Os aspectos estruturados tentaram dar um ar de superioridade em comparação aos seus antecessores da franquia mas foi reduzido a uma experiência investigativa barata. Eu conceitualizei este terceiro filme como um episódio bônus da série 'Mindhunter'. O diretor, em sua premissa, não deixou claro o que era de fato seu objetivo mas suponho que era tudo menos para assustar. A fotografia, o design de produção e a montagem são quase que impecáveis mas senti que a direção não se permitiu errar. É tudo guiado de forma metódica que nada soa espontâneo, nem mesmo o casal Warren que servia como um "tapa buraco" da narrativa do primeiro e segundo filme da franquia.
é um filme bom. é interessante um ponto aqui que a trama se descolou do pai para os irmãos, a questão de internar o pai acaba se tornando coadjuvante e na real é um filme sobre irmãos e suas divergências em relação ao afeto, tempo e profissão. a união é dada graças ao pivô do pai estar doente. eu só senti que a direção pecou em não ser mais franca na real proposta do filme. o final é bem claro quando retrata o personagem do phillip seymour na infância, um fragmento em formato de teatro do motivo pelo afastamento do pai e que pode ter acontecido com a wendy também mas que os níveis de traumas pode ser diferente na vida de cada irmão.
É um filme muito poderoso e quebra o estigma de filmes demorados para mim, porque esse aqui cravou na minha cabeça que não vai sair tão cedo. Essa jogada distinta entre o que é a realidade ou o que é ficção traz a tona uma questão que poucos diretores conseguem conduzir de forma sútil, um belo exemplo é 'A Moment of Innocence' que é um título 100% de que tudo que você assistiu ali é sólido, mas te joga dentro de uma imersão nada realística e te faz questionar ''Isso é real? Isso é uma sátira?''. É um sentimento positivo porque os melhores filmes são aqueles que são óbvios mas que te seguram na incerteza de uma realidade. Filmes biográficos só tem dois caminhos: te contar tudo ou te contar pela metade, e quando isso é trabalhado de uma maneira integra como neste título, te traz curiosidades em cima de um roteiro tão dinâmico. Só assim conseguimos escolher um lado da história. O meu brother Mozart era sensacional e sempre acredito no lema que eu mesmo criei na cabeça, de quem é artista se submete a sua pior fraqueza para criar música, filme, arte etc. Defendo firmemente que se pessoas fizessem terapia, quase não existiria coisas boas para o universo consumir. Se Thom Yorke (vocalista do Radiohead), tivesse ido a terapia pra aceitar que seu olho esquerdo paralisado não era um problema pra conquistar uma guria, ele nunca teria escrito 'Creep' que é uma das músicas mais depressivas dos anos 90.... Tá que a banda não é definida por essa música, mas que o colocaram no eixo sim. Transformar a dor em arte é evolução. Estruturar a inveja para mostrar que o reconhecimento do seu próprio talento te cega também é outro ponto interessante, visto que, é quase cotidiano às pessoas terem preferência em olhar para os outros e esquecerem de suas virtudes e limitações diante daquilo. Sendo assim, meus sinceros aplausos ao incrível Tom Hulce. A mensuração do ator em driblar entre impulsividade e sátira agrega mais ao que eu disse no começo dessa crítica. Essa risada rítmica é como canção de ninar para mim haha e todas as cenas que o qual fazia presente, era bem recepcionado por mim. Por outro lado, temos o Abraham... Não é comparação, é bem comum quando um ator tenta engolir o outro e dá um show de atuação (exemplo: as coadjuvantes em A Favorita) mas neste aqui, eles são tão distintos em atuar que cada um brilhou por si só, e o Oscar daquele ano deveria ser um empate.
incrível que o documentário baseado em ''fatos reais'' cheira a superficialidade igual a própria imagem da cantora. não há de novo aqui, o maior trama da vida dessa mulher no título foi o pai dela ter votado no trump (?).... gostei da pauta que ela abordou no final dizendo que mulheres sempre tem que se reinventar e isso é um fato principalmente quando se trabalha como performance/cantora pop mas ela disse algo óbvio e foram palavras rasas. adoro as músicas dela cara... 1989 é um ótimo álbum pop mas se tem algo que sempre vai me afastar dela como artista é a superficialidade e as mensagens nada realísticas que ela tenta trazer nas músicas. engraçado também é essa abordagem sobre a injustiça que fizeram com ela por meados de 2015, quando o hate excessivo atingiu a saúde mental dela.... é um pouco banal ficar triste com emoji de cobra, né.... tipo queridometro da vida real mas não vou banalizar isso né... cada um com suas dores.... mas a sua revolução (ou o modo de como tentou revidar a situação) foi lançando um álbum tão mesquinho e medíocre..... REPUTATION é altamente superficial mesmo que a imagem dela tenha se transformado em uma menina má e nem isso conseguiu reverter a persona rasa que ela carrega desde da situação do vma 09. reputation é ruim e pra piorar, ela lançou o lover que pelo menos tentou ser cativante igual ao 1989 mas se afundou no esquecimento até pelos fãs.
Quem autorizou um filme sobre a minha vida? Passei por isso nos primeiros períodos da faculdade, mas ao contrário do desfecho do filme, eu não resisti a pressão e voltei pra casa mas também nunca me esforcei de fato.
"Tudo que estou tentando é dar às pessoas, após este debate, mais conhecimento sobre os poderes que moldam as nossas vidas"
O documentário romeno trabalha sobre vários aspectos e um deles é o papel que o jornalismo exerce no país, apontando fatos e evidenciando os maus que corroem a sociedade. O que eu quero ressaltar é que atualmente a cidade de Manaus está sofrendo uma segunda onda do Covid-19 e todos os residentes da cidade descobriram que o fundo do poço é feito de areia movediça após se depararem com a falta de oxigênio nos hospitais daqui. E com todo esse caos, foi exposto pelos jornais de todo o país que o presidente Bolsonaro foi alertado sobre a falta de cilindros de oxigênio em Manaus antes do colapso vivido hoje.
''Foi uma decisão política''.
'Collective' enfatiza que a culpa não é de X ou Y. A ponta de um desastre começa pelo Estado, as vidas das pessoas são decididas a partir de um poder negliciado e que todos que estão dentro ou fora da bolha são responsáveis. O documentário não é pra dissertar sobre acidente ou procurar respostas, mas apresentar que estamos muito longe de uma política justa. Os lugares e perspectivas políticas podem até mudar mas a tirania é ágil em países corruptos.
''Tudo embaixo está podre. 90% de tudo neste ministério é profundamente corrupto, desmotivado... Eles não dão a mínima para nada lá fora [...] se as pessoas não votarem, os democratas sociais ganharão a maioria e junto com outros partidos retrógrados vão tentar mudas as coisas fazer com que voltem a como era antes. Porque esse é o mundo que eles podem comanda....''
O trama acompanha um casal que já estão quase indo para a teceria idade e recebem um casal de jovens e se desenvolve por aí. Talvez eu queria ter algumas palavras mais precisas para argumentar sobre o filme porém vai fazer mais um mês desde que eu vi e o ponto forte do filme é justo as atuações de Richard Burton e Elizabeth Taylor, além do casal de jovens que são ótimos coadjuvantes e só acrescentam mais a credibilidade da obra. Aqui temos um roteiro um tanto carregado por 2 horas e 10 minutos, que parece história pra te deixar exausto mas acredito que casamento seja isso, meus pais estão casados há 25 anos e parecem que vivem num círculo entre se amar e se odiar e o filme capta muito bem isso. Guardar segredo causa uma fragilidade imensa entre o homem e a mulher, talvez isso pudesse ser extinto da vida de um casal mas talvez isso poderia servir como um vínculo para uma dependência amorosa que se restabelece a cada mentira contada. É bom se entreter com segredos que cada um guarda e que ao se tornar velho, você se torna apropriado para dar conselhos aos mais jovens e os coadjuvantes estão na trama justo para exercer esse ditado ''faça o que eu digo, não faça o que eu faço''.
Minha nota aqui totalmente avaliada apenas nas cenas do protagonista de regata preta. Eu tinha mo crush no rapaz na temporada de Stranger Things, chega nessa aposta para o Oscar e me deparo com o homem da minha vida. O ator sempre me passou essa imagem de alguém tranquilão igual a Irene do RV mas o filme não tem proposito.
"Dedicated to the ones who had to depart. See you down the road"
Não iria assistir esse filme tão cedo mas no final de 2020, eu tive uma experiência com 'The Rider' que tem Chloé Zhao na direção também e foi um trabalho extremo de realidade dentro do cinema e a partir disso, minha expectativa foi criada. Nomadland segue essa mesma proposta apresentada anteriormente por Chloé em 'The Rider', evidenciar povos que foram engolidos pelo presente radical e que hoje, vivem na beira de rodovia de alguns estados da nova américa. Ao mesmo tempo que a estória quer apresentar esses pequenos grupos quase que inexistentes, também traz à tona algumas reflexões sobre morte, luto e desapego. No filme do cavalo, o jovem é Brady é confrontado com a sua realidade toda vez que visita seu amigo no hospital, e aqui temos a Fern seguindo o fluxo da vida como uma nômade mas segue quase que perdida e com ressentimento do passado pouco explorado no decorrer do trama. A montagem do filme e os cortes super rápidos fizeram com que eu ficasse tão perdido quanto a própria Fern, as cenas se passaram tão rápido que foi muito (!) difícil de eu me conectar e ter empatia com a situação da personagem e tudo isso foi resolvido quase que no final do filme. A direção tinha dois temas principais: desenvolvimento do personagem e a abordagem sobre os nômades e todos tiveram seu começo, meio e fim mas a questão foi que tudo ocorreu rápido ao ponto de não me aprofundar tanto para despertar curiosidade em conhecer mais sobre essas pessoas que vivem assim. Eu me sentiria satisfeito se esse filme tivesse mais de 2 horas de duração porque as situações que ocorreram tinham um nível de abordagem considerável para ultrapassar 120 minutos de longa. Se algo foi pontual na certeira foi a performance incrível da Frances e a parceria da Chloé em dirigir a atriz para que o filme mostrasse uma evolução natural quanto o restante do elenco, que são pessoas reais. O maior desafio da Frances foi se integrar nesse grupo de pessoas, e mostrar sua capacidade de absorver tudo o que esse povo tem para oferecer e estruturar uma personagem consistente.
O solipsismo é o hábito que o Nolan apresenta em seu cinema, sendo um fundamentalismo que visa demonstrar o egoísmo do homem quando é disposto para fora de zona de conforto. O sujeito ignora todas as experiências além dos seus e se estabelece em uma uma concepção de que as coisas só existem através de um contexto anterior. O solipsismo é o presente, é a realidade pré determinada por um pensamento individualista. O ser que Nolan cria é disposto cruelmente à outras ideias, mas a filosofia não restringe o solipsismo só nas relações interpessoal mas também apresenta o conflito do homem com objetos — ao ser colocado diante do espaço cideral, em uma guerra marítima na cidade de Dunkirk e desavença com o seu próprio subconsciente para tentar lembrar quem matou sua mulher. O homem é egoísta para conceitualizar o que não entende mas a ideia da realidade ser maior que o próprio homem é a base do cinema de Nolan. A execução de ideias as vezes funcionam, mas não no caso de 'Tenet', que manifesta-se como uma idealização inacabada e apressada. A maioria das situações que foram organizadas no filme só funcionaram na cabeça do Nolan.
Philip & Brandon dão uma festinha no apartamento após assassinar David com um pedaço de corda e esconder o corpo dentro de um baú, onde o baú é disposto como uma mesa de jantar para os convidados se servirem. São um casal de psicopatas, de um lado temos um ativo sofisticado e de outro temos um passivo neurótico achando que as pessoas presentes irão descobrir o verdadeiro paradeiro de David. É uma surpresa para mim, pois acredito que Rope seja um filme subestimado na tão implacável filmografia de Hitchcock pois normalmente as pessoas citam outros filmes do diretor como recomendação. A atmosfera de suspense criada a partir da presença de câmera de Hitchcock envolvida no cenário é uma natureza destacável, nossos olhos são guiados em direção a vários focos e desfoques de objetos e conversas dentro da narrativa e que não tem uma justificativa específica, assim soa naturalmente que, se tornamos apenas cúmplices do assassinato de David. Pois então, esse anseio da câmera de se conservar dentro do cenário que envolve a sala de estar, a sala de recepção e a cozinha enriquece mais a narrativa do filme, pois suplementa um recurso que realça mais aflição entre os dois assassinos.
Hitchcock demonstra novamente, essa aptidão cinematográfica em manipular o público para edificar os fatos da narrativa.
I'm Thinking of Ending Things', é mais um filme brutal de Kaufman que te deixa consciente da possibilidade de ter uma vida repetitiva. 'Synecdoche, New York' (2008), um dos meus filmes favoritos, tem esse apelo entre o presente e o futuro deixando ciente do ciclo de procurar sentido e respostas. Nesta nova obra do diretor, a situação é semelhante mas a diferença é que a Lucy já tem uma mente cautelosa e consegue projetar existências do futuro na primeira visita na casa dos pais do namorado. Nos primeiros 23 minutos do filme, é introduzido de forma inonfesiva a personagem Lucy— uma mulher que aparenta ter a resposta para tudo e tem a ideia de que o mundo estas sob a palma da mão. As projeções na casa dos pais do Jake são quase que involuntárias, dado que é uma das características inseridas na personalidade dela. O conformismo com os absurdos que ocorrem na casa se tornam intrigante, Lucy normaliza essas alusões que ainda não ocorreram pois sabe que é algo característico de quem ela é, uma mulher que tem domínio de tudo e de todos. O filme não disserta sobre solidão, e sim decisão. A trama aborda o exato momento que ela tem de tomar a decisão de terminar ou continuar seu relacionamento com o Jake, aparentando ter tudo sob seu controle — incluindo o seu próprio namorado. Os riscos de continuar o relacionamento integra: racombole antes do natal, sogros irritantes, divergência de filmes, cachorro sacudindo a neve todas as manhãs, lavagem do uniforme de trabalho do marido e por aí vai mas que no final das contas, pode valer a pena. Pessoas com esse tipo de habilidade têm tendência a pensar demais e agir pelo que convém e não pelo que é de fato significativo. No fim de tudo, por onde você olhar é uma rotina de dor. Admitir que eu me vejo nos personagens dos filmes de Kaufman é doloroso, e com a Lucy não é diferente. Ela trouxe uma perturbação em vários ocasiões , a discussão sobre culpar os pais por quem você é hoje ou até mesmo a problematização que ela trouxe em cima de composição de 1939 afirmando ser uma "música de estupro". Eu, particularmente, parei de escutar The Weeknd por eu achar que existe apelo abusivo em algumas composições do cantor e eu também carrego essa percepção de achar que tenho controle sobre as coisas com projeções já embutidas na minha cabeça.
Casa Gucci
3.2 706 Assista Agoralady gaga provando que não consegue ser uma boa atriz quando o assunto é personagem sem foco musical
O Sacrifício do Cervo Sagrado
3.7 1,2K Assista AgoraA purificação do pecado vem através do sacrifício do cervo mais sagrado que você tem escondido no quintal.
Tempo
3.1 1,1K Assista Agoraenvelheci 60 anos com tamanha radiação de filme. M. Night Shyamalan se aposenta, fio
Drive My Car
3.8 382 Assista Agoraquem quiser o link do drive deste, vem de privado fio
A Menina que Matou os Pais
3.1 679 Assista Agoraprodução viih tube, dialogos por thais braz, naturalidade de atuação por juliette freire
O Homem Com As Respostas
3.5 47gays na estrada, gays dirigindo
A Cura
3.9 79o sacrifício do cervo sagrado tá diferente
Tampopo: Os Brutos Também Comem Spaghetti
4.0 67eu gosto de comida
Sentidos do Amor
4.1 1,2Kvou baixar o tinder pra viver um amor assim
Cruella
4.0 1,4K Assista AgoraComeçou bem mas a segunda parte para o final ficou estilo novelão do horário nobre da televisão brasileira.
Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio
3.2 960 Assista AgoraOs aspectos estruturados tentaram dar um ar de superioridade em comparação aos seus antecessores da franquia mas foi reduzido a uma experiência investigativa barata. Eu conceitualizei este terceiro filme como um episódio bônus da série 'Mindhunter'. O diretor, em sua premissa, não deixou claro o que era de fato seu objetivo mas suponho que era tudo menos para assustar. A fotografia, o design de produção e a montagem são quase que impecáveis mas senti que a direção não se permitiu errar. É tudo guiado de forma metódica que nada soa espontâneo, nem mesmo o casal Warren que servia como um "tapa buraco" da narrativa do primeiro e segundo filme da franquia.
A Família Savage
3.6 118é um filme bom. é interessante um ponto aqui que a trama se descolou do pai para os irmãos, a questão de internar o pai acaba se tornando coadjuvante e na real é um filme sobre irmãos e suas divergências em relação ao afeto, tempo e profissão. a união é dada graças ao pivô do pai estar doente. eu só senti que a direção pecou em não ser mais franca na real proposta do filme. o final é bem claro quando retrata o personagem do phillip seymour na infância, um fragmento em formato de teatro do motivo pelo afastamento do pai e que pode ter acontecido com a wendy também mas que os níveis de traumas pode ser diferente na vida de cada irmão.
Amadeus
4.4 1,1KÉ um filme muito poderoso e quebra o estigma de filmes demorados para mim, porque esse aqui cravou na minha cabeça que não vai sair tão cedo. Essa jogada distinta entre o que é a realidade ou o que é ficção traz a tona uma questão que poucos diretores conseguem conduzir de forma sútil, um belo exemplo é 'A Moment of Innocence' que é um título 100% de que tudo que você assistiu ali é sólido, mas te joga dentro de uma imersão nada realística e te faz questionar ''Isso é real? Isso é uma sátira?''. É um sentimento positivo porque os melhores filmes são aqueles que são óbvios mas que te seguram na incerteza de uma realidade. Filmes biográficos só tem dois caminhos: te contar tudo ou te contar pela metade, e quando isso é trabalhado de uma maneira integra como neste título, te traz curiosidades em cima de um roteiro tão dinâmico. Só assim conseguimos escolher um lado da história. O meu brother Mozart era sensacional e sempre acredito no lema que eu mesmo criei na cabeça, de quem é artista se submete a sua pior fraqueza para criar música, filme, arte etc. Defendo firmemente que se pessoas fizessem terapia, quase não existiria coisas boas para o universo consumir. Se Thom Yorke (vocalista do Radiohead), tivesse ido a terapia pra aceitar que seu olho esquerdo paralisado não era um problema pra conquistar uma guria, ele nunca teria escrito 'Creep' que é uma das músicas mais depressivas dos anos 90.... Tá que a banda não é definida por essa música, mas que o colocaram no eixo sim. Transformar a dor em arte é evolução. Estruturar a inveja para mostrar que o reconhecimento do seu próprio talento te cega também é outro ponto interessante, visto que, é quase cotidiano às pessoas terem preferência em olhar para os outros e esquecerem de suas virtudes e limitações diante daquilo. Sendo assim, meus sinceros aplausos ao incrível Tom Hulce. A mensuração do ator em driblar entre impulsividade e sátira agrega mais ao que eu disse no começo dessa crítica. Essa risada rítmica é como canção de ninar para mim haha e todas as cenas que o qual fazia presente, era bem recepcionado por mim. Por outro lado, temos o Abraham... Não é comparação, é bem comum quando um ator tenta engolir o outro e dá um show de atuação (exemplo: as coadjuvantes em A Favorita) mas neste aqui, eles são tão distintos em atuar que cada um brilhou por si só, e o Oscar daquele ano deveria ser um empate.
Taylor Swift: Miss Americana
4.0 215 Assista Agoraincrível que o documentário baseado em ''fatos reais'' cheira a superficialidade igual a própria imagem da cantora. não há de novo aqui, o maior trama da vida dessa mulher no título foi o pai dela ter votado no trump (?).... gostei da pauta que ela abordou no final dizendo que mulheres sempre tem que se reinventar e isso é um fato principalmente quando se trabalha como performance/cantora pop mas ela disse algo óbvio e foram palavras rasas. adoro as músicas dela cara... 1989 é um ótimo álbum pop mas se tem algo que sempre vai me afastar dela como artista é a superficialidade e as mensagens nada realísticas que ela tenta trazer nas músicas. engraçado também é essa abordagem sobre a injustiça que fizeram com ela por meados de 2015, quando o hate excessivo atingiu a saúde mental dela.... é um pouco banal ficar triste com emoji de cobra, né.... tipo queridometro da vida real mas não vou banalizar isso né... cada um com suas dores.... mas a sua revolução (ou o modo de como tentou revidar a situação) foi lançando um álbum tão mesquinho e medíocre..... REPUTATION é altamente superficial mesmo que a imagem dela tenha se transformado em uma menina má e nem isso conseguiu reverter a persona rasa que ela carrega desde da situação do vma 09. reputation é ruim e pra piorar, ela lançou o lover que pelo menos tentou ser cativante igual ao 1989 mas se afundou no esquecimento até pelos fãs.
Festa de Família
4.2 396 Assista Agoramesma experiência que tô tendo com bbb 21.
Companheiros, Quase Uma História de Amor
4.3 30dj toca as mais tristes de teresa tang, hoje eu to romântico
O Calouro
3.6 36 Assista AgoraQuem autorizou um filme sobre a minha vida? Passei por isso nos primeiros períodos da faculdade, mas ao contrário do desfecho do filme, eu não resisti a pressão e voltei pra casa mas também nunca me esforcei de fato.
Colectiv
4.0 99"Tudo que estou tentando é dar às pessoas, após este debate, mais conhecimento sobre os poderes que moldam as nossas vidas"
O documentário romeno trabalha sobre vários aspectos e um deles é o papel que o jornalismo exerce no país, apontando fatos e evidenciando os maus que corroem a sociedade. O que eu quero ressaltar é que atualmente a cidade de Manaus está sofrendo uma segunda onda do Covid-19 e todos os residentes da cidade descobriram que o fundo do poço é feito de areia movediça após se depararem com a falta de oxigênio nos hospitais daqui. E com todo esse caos, foi exposto pelos jornais de todo o país que o presidente Bolsonaro foi alertado sobre a falta de cilindros de oxigênio em Manaus antes do colapso vivido hoje.
''Foi uma decisão política''.
'Collective' enfatiza que a culpa não é de X ou Y. A ponta de um desastre começa pelo Estado, as vidas das pessoas são decididas a partir de um poder negliciado e que todos que estão dentro ou fora da bolha são responsáveis. O documentário não é pra dissertar sobre acidente ou procurar respostas, mas apresentar que estamos muito longe de uma política justa. Os lugares e perspectivas políticas podem até mudar mas a tirania é ágil em países corruptos.
''Tudo embaixo está podre. 90% de tudo neste ministério é profundamente corrupto, desmotivado... Eles não dão a mínima para nada lá fora [...] se as pessoas não votarem, os democratas sociais ganharão a maioria e junto com outros partidos retrógrados vão tentar mudas as coisas fazer com que voltem a como era antes. Porque esse é o mundo que eles podem comanda....''
Quem Tem Medo de Virginia Woolf?
4.3 497 Assista AgoraO trama acompanha um casal que já estão quase indo para a teceria idade e recebem um casal de jovens e se desenvolve por aí. Talvez eu queria ter algumas palavras mais precisas para argumentar sobre o filme porém vai fazer mais um mês desde que eu vi e o ponto forte do filme é justo as atuações de Richard Burton e Elizabeth Taylor, além do casal de jovens que são ótimos coadjuvantes e só acrescentam mais a credibilidade da obra. Aqui temos um roteiro um tanto carregado por 2 horas e 10 minutos, que parece história pra te deixar exausto mas acredito que casamento seja isso, meus pais estão casados há 25 anos e parecem que vivem num círculo entre se amar e se odiar e o filme capta muito bem isso. Guardar segredo causa uma fragilidade imensa entre o homem e a mulher, talvez isso pudesse ser extinto da vida de um casal mas talvez isso poderia servir como um vínculo para uma dependência amorosa que se restabelece a cada mentira contada. É bom se entreter com segredos que cada um guarda e que ao se tornar velho, você se torna apropriado para dar conselhos aos mais jovens e os coadjuvantes estão na trama justo para exercer esse ditado ''faça o que eu digo, não faça o que eu faço''.
Nunca Mais Nevará
3.1 15 Assista AgoraMinha nota aqui totalmente avaliada apenas nas cenas do protagonista de regata preta. Eu tinha mo crush no rapaz na temporada de Stranger Things, chega nessa aposta para o Oscar e me deparo com o homem da minha vida. O ator sempre me passou essa imagem de alguém tranquilão igual a Irene do RV mas o filme não tem proposito.
Nomadland
3.9 896 Assista Agora"Dedicated to the ones who had to depart. See you down the road"
Não iria assistir esse filme tão cedo mas no final de 2020, eu tive uma experiência com 'The Rider' que tem Chloé Zhao na direção também e foi um trabalho extremo de realidade dentro do cinema e a partir disso, minha expectativa foi criada. Nomadland segue essa mesma proposta apresentada anteriormente por Chloé em 'The Rider', evidenciar povos que foram engolidos pelo presente radical e que hoje, vivem na beira de rodovia de alguns estados da nova américa. Ao mesmo tempo que a estória quer apresentar esses pequenos grupos quase que inexistentes, também traz à tona algumas reflexões sobre morte, luto e desapego. No filme do cavalo, o jovem é Brady é confrontado com a sua realidade toda vez que visita seu amigo no hospital, e aqui temos a Fern seguindo o fluxo da vida como uma nômade mas segue quase que perdida e com ressentimento do passado pouco explorado no decorrer do trama. A montagem do filme e os cortes super rápidos fizeram com que eu ficasse tão perdido quanto a própria Fern, as cenas se passaram tão rápido que foi muito (!) difícil de eu me conectar e ter empatia com a situação da personagem e tudo isso foi resolvido quase que no final do filme. A direção tinha dois temas principais: desenvolvimento do personagem e a abordagem sobre os nômades e todos tiveram seu começo, meio e fim mas a questão foi que tudo ocorreu rápido ao ponto de não me aprofundar tanto para despertar curiosidade em conhecer mais sobre essas pessoas que vivem assim. Eu me sentiria satisfeito se esse filme tivesse mais de 2 horas de duração porque as situações que ocorreram tinham um nível de abordagem considerável para ultrapassar 120 minutos de longa. Se algo foi pontual na certeira foi a performance incrível da Frances e a parceria da Chloé em dirigir a atriz para que o filme mostrasse uma evolução natural quanto o restante do elenco, que são pessoas reais. O maior desafio da Frances foi se integrar nesse grupo de pessoas, e mostrar sua capacidade de absorver tudo o que esse povo tem para oferecer e estruturar uma personagem consistente.
Tenet
3.4 1,3K Assista Agora"Você luta por uma causa que não entende"
O solipsismo é o hábito que o Nolan apresenta em seu cinema, sendo um fundamentalismo que visa demonstrar o egoísmo do homem quando é disposto para fora de zona de conforto. O sujeito ignora todas as experiências além dos seus e se estabelece em uma uma concepção de que as coisas só existem através de um contexto anterior. O solipsismo é o presente, é a realidade pré determinada por um pensamento individualista. O ser que Nolan cria é disposto cruelmente à outras ideias, mas a filosofia não restringe o solipsismo só nas relações interpessoal mas também apresenta o conflito do homem com objetos — ao ser colocado diante do espaço cideral, em uma guerra marítima na cidade de Dunkirk e desavença com o seu próprio subconsciente para tentar lembrar quem matou sua mulher. O homem é egoísta para conceitualizar o que não entende mas a ideia da realidade ser maior que o próprio homem é a base do cinema de Nolan. A execução de ideias as vezes funcionam, mas não no caso de 'Tenet', que manifesta-se como uma idealização inacabada e apressada. A maioria das situações que foram organizadas no filme só funcionaram na cabeça do Nolan.
Festim Diabólico
4.3 883 Assista AgoraPhilip & Brandon dão uma festinha no apartamento após assassinar David com um pedaço de corda e esconder o corpo dentro de um baú, onde o baú é disposto como uma mesa de jantar para os convidados se servirem. São um casal de psicopatas, de um lado temos um ativo sofisticado e de outro temos um passivo neurótico achando que as pessoas presentes irão descobrir o verdadeiro paradeiro de David. É uma surpresa para mim, pois acredito que Rope seja um filme subestimado na tão implacável filmografia de Hitchcock pois normalmente as pessoas citam outros filmes do diretor como recomendação. A atmosfera de suspense criada a partir da presença de câmera de Hitchcock envolvida no cenário é uma natureza destacável, nossos olhos são guiados em direção a vários focos e desfoques de objetos e conversas dentro da narrativa e que não tem uma justificativa específica, assim soa naturalmente que, se tornamos apenas cúmplices do assassinato de David. Pois então, esse anseio da câmera de se conservar dentro do cenário que envolve a sala de estar, a sala de recepção e a cozinha enriquece mais a narrativa do filme, pois suplementa um recurso que realça mais aflição entre os dois assassinos.
Hitchcock demonstra novamente, essa aptidão cinematográfica em manipular o público para edificar os fatos da narrativa.
Estou Pensando em Acabar com Tudo
3.1 1,0K Assista AgoraI'm Thinking of Ending Things', é mais um filme brutal de Kaufman que te deixa consciente da possibilidade de ter uma vida repetitiva. 'Synecdoche, New York' (2008), um dos meus filmes favoritos, tem esse apelo entre o presente e o futuro deixando ciente do ciclo de procurar sentido e respostas. Nesta nova obra do diretor, a situação é semelhante mas a diferença é que a Lucy já tem uma mente cautelosa e consegue projetar existências do futuro na primeira visita na casa dos pais do namorado. Nos primeiros 23 minutos do filme, é introduzido de forma inonfesiva a personagem Lucy— uma mulher que aparenta ter a resposta para tudo e tem a ideia de que o mundo estas sob a palma da mão. As projeções na casa dos pais do Jake são quase que involuntárias, dado que é uma das características inseridas na personalidade dela. O conformismo com os absurdos que ocorrem na casa se tornam intrigante, Lucy normaliza essas alusões que ainda não ocorreram pois sabe que é algo característico de quem ela é, uma mulher que tem domínio de tudo e de todos. O filme não disserta sobre solidão, e sim decisão. A trama aborda o exato momento que ela tem de tomar a decisão de terminar ou continuar seu relacionamento com o Jake, aparentando ter tudo sob seu controle — incluindo o seu próprio namorado. Os riscos de continuar o relacionamento integra: racombole antes do natal, sogros irritantes, divergência de filmes, cachorro sacudindo a neve todas as manhãs, lavagem do uniforme de trabalho do marido e por aí vai mas que no final das contas, pode valer a pena. Pessoas com esse tipo de habilidade têm tendência a pensar demais e agir pelo que convém e não pelo que é de fato significativo. No fim de tudo, por onde você olhar é uma rotina de dor. Admitir que eu me vejo nos personagens dos filmes de Kaufman é doloroso, e com a Lucy não é diferente. Ela trouxe uma perturbação em vários ocasiões , a discussão sobre culpar os pais por quem você é hoje ou até mesmo a problematização que ela trouxe em cima de composição de 1939 afirmando ser uma "música de estupro". Eu, particularmente, parei de escutar The Weeknd por eu achar que existe apelo abusivo em algumas composições do cantor e eu também carrego essa percepção de achar que tenho controle sobre as coisas com projeções já embutidas na minha cabeça.