Mais uma belíssima obra de Charlie Chaplin. Um filme igualmente tocante e divertido, onde Chaplin demonstra nas telas o que há de melhor na natureza humana. É seu último filme sem diálogos falados, e o primeiro a utilizar efeitos sonoros sincronizados com a ação do filme. Chaplin foi brilhante ao se utilizar desses artifícios num momento em que o público clamava por filmes falados, após o lançamento do primeiro filme no formato produzido por, "The Jazz Singer", A cena final é uma das sequências mais emocionantes e belas da carreira de Chaplin.
Uma bela homenagem aos Tokusatsus. Para quem viveu uma infância nos anos 80 e 90, é fácil identificar as referências e sentir aquela nostalgia gostosa. O roteiro em si não traz nada de original. A fotografia, por vezes, deixa o filme ligeiramente confuso, tamanha a poluição visual de certas cenas, especialmente as ambientadas naquele espécie de hangar dos Jaegers.
O elenco não é lá dos melhores, mas dá pro gasto. Confesso que estava torcendo para que os personagens
de Charlie Hunnam e Robert Kazinsky formassem a dupla no Jaeger, ao invés da decepcionante e insossa personagem de Rinko Kikuchi
. A construção dos personagens é bem rasa, como é de se esperar em filmes do gênero, no entanto é um filme que cumpre o seu papel como blockbuster, que é o de entreter. As cenas de ação são espetaculares e compensam muito bem a fragilidade do roteiro.
Destaque especial deve ser dado a atriz mirim Mana Ashida, que desempenha o papel dramático mais convincente de todo o filme e consegue emocionar mais do que o drama clichê do personagem de Charlie Hunnam. Pena que sua versão adulta foi tão descartável e mal desempenhada por Rinko Kikuchi.
Tinha tudo para ser a homenagem perfeita à clássica série dos anos 60/70, mas não foi. Não se pode culpar apenas o roteiro, que possui até uma abordagem interessante no que se refere a série de tv. No entanto, a escolha de Will Ferrell para o papel de Jack Wyatt / Darrin Stephens pôs tudo a perder. O cara é caricato e exagerado demais. Suas caras e bocas são irritantes e conseguem estragar qualquer prazer que se poderia ter ao ver esse filme.
Nicole Kidman (Samantha) e Shirley MacLaine (Endora) foram as escolhas mais acertadas da produção e até teriam conseguido salvar o filme, se o roteiro não tivesse sido tão mal executado por Nora Ephron, resultando numa comédia (?) boba, caricata e totalmente sem graça.
Não é o filme mais surpreendente de suspense que já vi, mas certamente é um dos mais bem executados.
Tudo em 'A Mão que Balança o Berço' parece se encaixar, pelo bem da boa execução do filme. A começar pelo título, que por si, já desperta a curiosidade do espectador. As atuações de Annabella Sciorra, Hernie Hudson, uma promissora Julianne Moore, e Madeline Zima (1 ano antes de estrelar The Nanny) merecem grande destaque.
Mas é sem dúvida a beleza angelical e o talento de Rebecca De Mornay quem faz toda a diferença nesse filme. A atriz esbanja carisma, criando aquele tipo de vilã que amamos odiar. A serenidade que ela transmite à personagem enquanto arquiteta suas artimanhas é o contraponto perfeito para os momentos em que a mesma transfigura a louca descontrolada, criando uma atmosfera tensa e assustadora em cada passo calculado.
Minha única crítica ao filme é quanto ao ultimo ato.
A forma como Claire desvenda a verdade sobre Peyton parece pouco crível. As peças que ela junta são, ao meu ver, fracas demais para justificar sua reação agressiva subsequente, bem como o convencimento do marido
. Mas a falha é bem compensada pelas cenas finais, dotadas de muita tensão.
Ter a oportunidade de rever esse clássico do final dos anos 90 no cinema me fez relembrar os inúmeros motivos pelos quais considero esse, o meu filme de guerra preferido.
Deixando de lado a questão do patriotismo exagerado, a produção é impecável, não apenas nos quesitos técnicos e visuais, mas também em seu roteiro, construção de personagens e atuações. Além disso, é praticamente impossível não se apegar a cada personagem que nos é apresentado durante as quase 3 hs de filme.
A cena de abertura, uma reprodução do desembarque dos soldados americanos na Praia de Omaha, no dia D, é espetacular. São os 27 minutos de batalha mais intensos que já vi em um filme do gênero.
Pode ser o mais infantilizado de toda a série, mas ainda é o meu favorito. A atuação de Tina Turner é excelente, considerando sua falta de experiência no ramo. Mel Gibson, impecável como sempre no papel título. Visualmente, é o mais bem produzido filme da saga clássica. A perseguição final é espetacular.
Bom, eu não sou um grande fã de filmes de ação. Acho que todos eles se perdem nos mesmos clichês e chegam sempre ao mesmo final, tornando, para mim, uma experiência cansativa e nada interessante.
Mas então, descubro, em 2009, que um novo Mad Max iria ser produzido. Os anos foram se passando e eu continuei acompanhando noticias para saber se ele de fato iria ser lançado ou não. Mas enfim, ele foi e, na boa, que filme animal!
Não é exagero algum o que todos vem apontando nos comentários: Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de ação já produzido nos últimos anos. Ouvi uma garota, na poltrona ao lado, comentar com os amigos: "Nossa, não via um filme de ação assim tão bom desde Matrix". Todos foram saindo e eu permaneci ali, sentado na poltrona, observando os créditos subirem, pensando no que ela havia dito e cada vez mais, concordando: há muito tempo que não via um filme de ação surpreendente. Matrix talvez tenha sido o mais recente.
Senti falta, claro, de ver Mel Gibson no papel título dessa sequência. No entanto, o Tom Hardy desenvolve um personagem duro e seco tão bom quanto o original de Mel Gibson. O curioso foi o fato de Max ter ficado boa parte do filme na função de coadjuvante da Imperatriz Furiosa, vivida pela estonteante e sensacional Charlize Theron. A personagem rouba a cena na primeira parte do filme, sendo praticamente um espelho do velho Max. Nunca o Girl Power foi tão bem representado nas telas como nesse filme.
Um grande destaque deve ser dado também a Nicholas Hoult, que viveu, em toda plenitude, a insanidade de seu personagem! Que atuação foda! Testemunhei! haha
Para quem é fã dos anteriores, certamente será fácil identificar as diversas referências aos filmes originais, incluídas até mesmo na trilha sonora. A fotografia é espetacular, assim como as cenas de ação e o design Dieselpunk sensacional dos veículos. E o que dizer da trilha sonora? É muito rock na veia, atuando na cadência das cenas de ação! Vi diversas vezes o diretor comentar que ele estava produzindo uma 'ópera rock" e definitivamente, ele o fez. A presença daquele carro, com aquela bateria e o incansável guitarrista insano é a concretização dessa ideia.
Mad Max: Estrada da Fúria é um filme eletrizante e tenso, do início ao fim. Cumpre o prometido pelo diretor, que nos entrega um filmaço de ação, cruel e insano, com apenas os diálogos necessários, sem muita perda de tempo com explicações.
Sei que agora virão os haters dar "deslike" também nesse comentário à favor dessa superprodução! Minha resposta, para vcs, é: "Oh que dia, que dia lindo!".
Filmaço. O que quebrou um pouco pra mim foi o clichê q envolve a situação de Kirk, no final do filme, que já tinha sacado qual seria a solução desde o começo da cena. rs
Meu suspense policial preferido. Um filme q não costuma figurar na lista de favoritos de muitos e é até bem desconhecido, mas que surpreende bastante. Como em todo e qualquer filme do gênero, a produção está impregnada de clichês. Entretanto nada disso influencia negativamente para o clima tenso e mórbido em que o filme se desenvolve. Grandes atores, com grandes atuações. Destaque especial para o veterano Nick Nolte e para Ewan McGregor, ainda no começo de carreira.
O cinema surgiu de um princípio básico: fornecer ao espectador um bom entretenimento. Com o passar dos anos, novos conceitos e tendencias foram desenvolvidas para o cinema, abrindo um leque de opções para os amantes da sétima arte, que abrangem desde blockbusters explosivos até filmes de arte que te proporcionam longas horas de reflexão sobre o sentido da vida.
'Os Vingadores' entra justamente na categoria 'Blockbuster', um filme repleto de cenas de ação e clichês com mensagens positivistas. É um filme ruim? CLARO QUE NÃO! É um filme sensacional, entretenimento puro e garantia de diversão para quem aprecia o gênero. No entanto, se vc é um cinéfilo, que só assiste filmes europeus e acha que o cinema americano que conta é apenas o que David Lynch e Stanley Kubrick produziram, bem, esse filme NÃO É PARA VC!
Eu, mesmo não tendo nenhum apreço por histórias em quadrinhos, achei esse filme sensacional, o melhor que já tive oportunidade de ver do gênero 'super-heróis'. Até mesmo personagens que não curto, como Hulk, Thor e Homem de Ferro, incluídos na composição geral, fizeram desta uma grande produção. Loki foi um grande destaque, uma verdadeira DIVA, hahaha. Curti muito a cena do Hulk dando uma boa lição no fdp! Filmaço que vi no cinema e revi a pouco tempo, como aquecimento para o segundo.
A paixão de David Lynch pelo bizarro e desfuncional encontra seu melhor momento nessa produção. Para mim é, até o presente momento, o melhor filme dele que ja tive oportunidade de assistir.
Lynch conseguiu contar a dramática história real de Joseph "John" Merrick sem apelar para o dramalhão comercial. O filme emociona de forma natural. A produção, realizada em preto e branco, deu um charme especial ao filme, que, além de tudo, é marcado por grandes atuações.
Este filme é, acima de tudo, uma grande lição de vida!
Esse é um daqueles filmes que sempre ouvi falar, mas nunca havia tido oportunidade de ver... até agora.
Sempre ouvi meus amigos dizendo que Pennywise era a figura mais assustadora que eles já haviam visto em um filme e hoje entendo o motivo. Realmente, o palhaço, vivido pelo sempre fantástico Tim Cury é assustador, especialmente se quem estiver vendo esse filme sofrer de Coulrofobia (medo de palhaços). No entanto, a parte assustadora do filme é apenas essa.
Não espere ver nesse filme algo de fato assustador. Essa produção, na verdade uma minissérie em dois episódios, produzida em 1990, não consegue alcançar metade do que a obra de Stephen King proporciona no que diz respeito à terror. O livro é, de fato, assustador, mas o filme deixa a desejar por ser brando demais. As mortes não são mostradas, sempre substituídas pela imagem dos dentes afiados de Pennywise, diferentemente do livro, que é bem detalhista nessa parte, diga-se de passagem.
O texto também foi abrandando, deixando de fora o palavriado chulo, muitas vezes usado pelos pré-adolescentes na versão literária. Além disso, a cena de sexo protagonizada por dois personagens no núcleo infantil também ficou de fora (nesse caso, decisão mais do que correta).
O elenco infantil é impecável, marcado por ótimas atuações. Os atores mirins realmente fizeram jus aos personagens do livro de Stephen King, inclusive no que diz respeito à personalidade de cada um. Entretanto, o mesmo elogio não é extensivo ao elenco adulto, marcado por atuações que beiram o amadorismo em diversos momentos (com destaque especial para as cenas "dramáticas" da, até então, nada talentosa Annette O'Toole). John Ritter e Tim Reid foram os melhores em cena, na minha opinião.
Boa parte dos efeitos especiais são datados e, em alguns momentos, parecem bizarros (especialmente nas cenas finais), mas há que se lembrar que esta é uma produção de 1990 para a tv, logo, além dos recursos para a época serem bem limitados, o orçamento certamente não era alto para que fossem produzidos grandes efeitos.
It - A Obra Prima do Medo é um filme para se apreciar sem compromisso e sem grandes expectativas. Serve como um ótimo entretenimento, especialmente para quem já leu o livro e quer ver como algumas coisas do livro funcionariam na tela. Só consegue ser assustador talvez para crianças, mas não possui o mesmo efeito em adultos (exceto, claro, se vc sofrer de Coulrofobia).
Sempre tive certa resistência ao cinema de Stanley Kubrick. Dois de seus mais aclamados filmes são títulos que prefiro passar bem longe e mudar de canal sem nenhuma cerimônia, caso tope com um deles em exibição; são eles: 2001 - Uma Odisseia no Espaço e O Iluminado. Desgosto de cada um por motivos específicos e que não cabem aqui comentar.
Há alguns anos, o SBT exibiu um festival do diretor, reprisando alguns de seus filmes. Um deles foi esse, 'Nascido para Matar'. Assisti apenas a última meia hora de filme na ocasião e achei interessante. Hoje, finalmente, vi o filme completo.
Bom, se quem for assistir esse filme, buscar uma grande produção sobre a Guerra do Vietnã, informo esta não é a produção mais indicada. Outros filmes foram infinitamente melhor executados e concebidos, para retratar os eventos dessa disputa, como Platoon e Apocalipse Now.
Nascido para Matar é um filme que usa como enredo a Guerra do Vietnã, mas não é sobre isso que ela efetivamente trata. Tudo no roteiro desse filme, no que tange a propaganda de guerra e a vergonha que ela representou para os EUA, é clichê, temas diversas vezes discutidos em outras produções. No entanto, o que Kubrick realizou aqui é um grande épico, sobre a natureza humana em uma situação de extrema pressão, que é a guerra.
A primeira parte do filme mostra o processo de transformação, com o homem normal, passando pela mais nítida tortura psicológica em prol de um amadurecimento e embrutecimento forçados. Tudo aqui é tratado com boas doses de humor, para quebrar na tela o clima produzido pela brutalidade. A segunda parte, por muitos considerada cansativa, é onde vermos o resultado dessa transformação. Sei que muitos esperavam que a parte do combate em campo fosse mais enérgica e eletrizante, mas Kubrick preferiu surpreender e apoiá-la mais no drama do que na brutalidade e na carnificina, que tantos outros filmes já cansaram de expor.
Ao invés de fazer o mais do mesmo, o diretor, de forma brilhante, preferiu colocar em pauta o debate sobre os efeitos da transformação forçada e suas consequências em uma situação extrema. O treinamento teria sido eficaz, em produzir máquinas de guerra ou ainda restou algum pingo de humanidade dentro deste homens embrutecidos por um treinamento e transtornados pela realidade nua e crua de um campo de guerra? Essas são questões observadas e respondidas por Kubrick neste filme, o primeiro do diretor que assisti e posso dizer, com toda certeza, que gostei de verdade!
Produção sensacional. Pena que foi cancelada sem que o desfecho fosse produzido. Isso, no entanto, não tira o mérito dessa série. O argumento não linear da trama é, sem dúvida, algo raro na linguagem televisiva, o que fazia dessa, uma produção de risco, já que nem todo telespectador tem paciência para lidar com esse tipo de narrativa.
Não me arrependo de ter visto, independentemente da falta de conclusão. Quem é fã de séries, certamente já está mais que acostumado com esse tipo de situação.
Uma ótima série, Uma versão interessante do clássico de Shakespeare, Romeu e Julieta. Uma ótima escolha de elenco e roteiros bem escritos Pena que a série foi vítima do falso moralismo e pudor do público americano e suas donas de casa desocupadas, que fizeram campanhas contra a exibição da série nas repetidoras da Fox americana.
Cancelada com apenas 3 episódios exibidos, dos 8 produzidos. Nem mesmo a Warner Channel pôde exibir esses episódios, posteriormente liberados para exibição em um canal a cabo americano.
Sabe aquela série que vc assistiu e se arrependeu do tempo que perdeu? Então, é essa! Nunca achei a história do Tarzan interessante, mas essa série tinha no elenco a eterna Xena, Lucy Lawless, além da lindíssima Sarah Wayne Callies, no começo de carreira, tempos antes de se tornar conhecida por seus papéis em Prision Break e The Walking Dead. Além, claro, de Mitch Pileggi, de Arquivo X! Com esse cast, valia a pena o risco... ou ao menos foi o que pensei na ocasião.
A série, em si, é uma boa porcaria. Roteiros fraquíssimos e um protagonista que não é nada mais do que um rosto e corpo bonito, já que o talento passava bem longe de Travis Fimmel nessa ocasião, então um ator muito cru para ser protagonista.
Ao menos a desgraça dura apenas 8 episódios, encerrando com um final meia boca e pouco satisfatório, apenas para não deixar a vergonha sem uma conclusão. E pensar que a WB cancelou Birds of Prey para substituir por isso...
Foi uma ótima série. Pena que a WB na ocasião não deu oportunidade para que a série se desenvolvesse, na ânsia de encontrar mais uma outra série de aventura com super heróis que pudesse fazer cia ao bem sucedido Smallville.
A média de audiência da época era razoável, mas longe de ser o sucesso esperado pelo canal. Ao menos deram a oportunidade de finalizar a trama para que a produção não ficasse em aberto.
Uma pena que na edição em DVD, a trilha sonora foi trocada, especialmente o tema de abertura original, que era 'Revolution', um rock de Aimee Allen, substituída por uma musiquinha melódica e sem graça que nem sei o nome e 'All The Things She Said', de T.a.T.u., que tinha a cadência perfeita para a luta do episódio final da série. Quem tiver oportunidade de ver na versão originalmente exibida, recomendo!
Sobre o título louco que o SBT colocou nessa série, até hj não consigo entender. Onde diabos eles viram a Mulher Gato, além da abertura?
Sabe aquele tipo de filme que você assiste centenas de vezes e nunca cansa? Taí, De Volta para o Futuro é um desses! Já tinha visto ele uma dezena de vezes, na tv, em DVD e em Blu-ray, mas faltava vê-lo na tela grande, no Cinema. O Cinemark cuidou disso e, claro, não só aproveitei, como vi duas vezes!
O filme é um clássico definitivo da ficção. Temos boas atuações e um roteiro bem construído, além das diversas referências à cultura pop (mais evidentes ainda no segundo filme).
O remake repete o feito do original: consegue chocar! Fede conseguiu fazer um filme à altura da franquia, sem cometer o erro de tentar refazer o original. Ao invés disso, ele inseriu elementos do clássico no remake (destaque para a cabana original e o carro de Ash) e apostou mais no gore do que na comédia para fazer sua versão de Evil Dead. O sangue em excesso e as mortes exageradas são o grande destaque da produção, além de surpreender bastante no final. E é exatamente nos exageros que o filme consegue arrancar algumas risadas, tal qual o original o fez, com sua cenas nojentas e (hj) efeitos visuais bizarros.
Por incrível que pareça, nunca tinha sequer ouvido falar desse filme. Vi na grade do NOW (Claro Vídeo) achei a sinopse simpática e decidir dar uma chance, afinal, é um filme q tem o esporte como pano de fundo e costumo gostar desse tipo de filme.
No entanto, Campo dos Sonhos conseguiu me surpreender, positivamente, especialmente pelo fato de o esporte não ser retratado como uma disputa, mas como canalizador de sonhos e esperanças. A mensagem do filme é belíssima e no final, entendemos perfeitamente o sentido do nome "Campo dos Sonhos", afinal, é o lugar onde todas as realizações dos personagens se tornam reais, um paralelo ao sentimento que o fã de esportes e o próprio esportista experimenta, quando alcançam seus objetivos. A cena final, com Ray e a cena da estrada, fechando o filme, são sensacionais.
Roteiro sensacional! Atuações estupendas, alem de direções de arte e fotografia de primeira. Não posso dizer que sou um "Nolete", pois meu conhecimento de seu trabalho se resume aos filmes do Batman e a esta produção, mas não há como negar: o cara faz um trabalho fenomenal! O final do filme ainda consegue causar admiração, mesmo para quem já havia visto o filme anteriormente e se recorda da conclusão. Minha curiosidade agora é em ler o livro que originou a história, "O Prestígio", de Christopher Priest e ver o que há de diferente entre os dois. Pelo que vi nas entrevistas do autor, que também participou do roteiro, as mudanças foram sutis e necessárias, mas ainda assim quero conferir!
Eu poderia soltar centenas de elogios, dizer que achei o filme brilhante e fazer média com a maioria das pessoas que gostam do trabalho de Lynch, mas não o farei. Achei esse filme a coisa mais louca e incompreensível que já tive a oportunidade de assistir. No entanto, não posso classificá-lo exatamente como um filme ruim, pois estaria sendo leviano. Trata-se de uma produção de alto nível? Sem sombra de dúvida! No entanto, isso não muda o fato de o roteiro de Lynch ser extremamente confuso e apto apenas para um público mais cult!
Confesso que não sou um grande entusiasta de filmes do gênero "mindfreak", característica marcante do trabalho de Lych, no entanto, o que ainda me atrai em seus filmes é a poderosa união deste gênero com o sombrio, o bizarro e uma trilha sonora que propicia o clima certo. Vi muito de Twin Peaks nesse filme e isso, por óbvio, me agradou bastante como grande fã da série que sou, mas após assistir ao filme, tive q pesquisar e ler opiniões para ter certeza que havia chegado às conclusões certas e percebi que algumas eu sequer havia alcançado.
Para mim, o bom filme deve ser claro em sua proposta ou que ao menos o final proporcione com clareza o objetivo da produção. No entanto, não é o que esse filme proporciona ao espectador. Ao final, vc se pegará analisando tudo o que acabou de ver e provavelmente se sentirá a pessoa mais estúpida do mundo por não entender absolutamente nada do que acabou de assistir, o que é natural, em se tratando de David Lynch.
De certo que, se não fosse por influência do trabalho de Lynch em Twin Peaks, dificilmente assistiria esse ou qq outro filme do diretor e, com isso, estaria perdendo a oportunidade de explorar a visão bizarra e original que que o diretor proporciona para a sétima arte. Mesmo sem entender, continuarei vendo seus filmes, seu maldito! haha
É o tipo de filme que vejo apenas uma vez, apenas pela curiosidade de saber como foi executado. De um modo geral, é um filme regular, com bons efeitos especiais, mas que não chega a cativar, fazendo dele uma produção fadada ao esquecimento. O elenco infelizmente não ajuda muito, pois apesar de serem nomes de destaque na indústria cinematográfica, realizaram atuações aquém de outros trabalhos.
Sobre a produção em si, o que me chamou muito a atenção foram os elementos modernos inseridos no contexto de uma história inspirada em numa religião primitiva, pré-cristã, que adicionam à trama uma atmosfera steampunk, gênero que particularmente me agrada bastante. Achei interessante também terem inserido no roteiro certas licenças criativas para tornar essa fábula bíblica mais crível que o texto religioso, em especial a teoria da evolução das espécies.
Observando alguns comentários, em especial do colega Raoni Cintra, pude perceber que não fui o único a notar esses elementos. Aliás, a teoria do Raoni me parece bem plausível, a de considerarmos esse filme não um épico, mas sim um filme pós-apocalíptico, se consideramos os elementos modernos inseridos na composição e as metáforas ao cotidiano e aos receios da sociedade contemporânea.
Para mim, até hoje, é o melhor filme de vampiros que tive a oportunidade de ver. As atuações de Tom Cruise e Brad Pitt são sensacionais, mas a de Kristen Dunst é espetacular! Ela conseguiu canalizar toda a essência da personagem criada por Anne Rice de uma forma impressionante, esbanjando talento aos 11 anos de idade! A atuação que mais decepciona, na minha opinião, é a de Antônio Banderas, que em nada lembra o Armand da obra de Anne Rice
Aliás, após ler o livro, o filme acaba perdendo um pouco do encanto. Apesar da adaptação do roteiro ser da própria Anne Rice, acho que o filme deixa alguns pontos mal explicados, por conta das partes que ficaram de fora. As mudanças em si considero boas, pois não comprometeram em nenhum momento o desenvolvimento da história. As partes do livro que mais senti falta foram
a viagem de Claudia e Louis pela Europa e o consequente encontro com os "vampiros-zumbis" e a presença de Lestat no Teatro dos Vampiros, acusando Cláudia de tentar matá-lo, parte que, pra mim, deixa a execução de Cláudia e Madeline mais crível que a simples acusação de Santiago
Esse filme e livro são um ótimo exemplo de como se desconstrói e se recria uma figura mitológica com competência. Por mais que os vampiros de Anne Rice sejam andróginos e imunes à estaca no coração, crucifixo e dente de alho, eles conseguem ser grandiosos, sedutores e envolventes, fazendo justiça a visão original popularizada pela obra de Bram Stoker, diferentemente da piada que se tornaram após a versão "crespuscular" do mito.
Luzes da Cidade
4.6 625 Assista AgoraMais uma belíssima obra de Charlie Chaplin. Um filme igualmente tocante e divertido, onde Chaplin demonstra nas telas o que há de melhor na natureza humana. É seu último filme sem diálogos falados, e o primeiro a utilizar efeitos sonoros sincronizados com a ação do filme. Chaplin foi brilhante ao se utilizar desses artifícios num momento em que o público clamava por filmes falados, após o lançamento do primeiro filme no formato produzido por, "The Jazz Singer",
A cena final é uma das sequências mais emocionantes e belas da carreira de Chaplin.
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraUma bela homenagem aos Tokusatsus. Para quem viveu uma infância nos anos 80 e 90, é fácil identificar as referências e sentir aquela nostalgia gostosa. O roteiro em si não traz nada de original. A fotografia, por vezes, deixa o filme ligeiramente confuso, tamanha a poluição visual de certas cenas, especialmente as ambientadas naquele espécie de hangar dos Jaegers.
O elenco não é lá dos melhores, mas dá pro gasto. Confesso que estava torcendo para que os personagens
de Charlie Hunnam e Robert Kazinsky formassem a dupla no Jaeger, ao invés da decepcionante e insossa personagem de Rinko Kikuchi
Destaque especial deve ser dado a atriz mirim Mana Ashida, que desempenha o papel dramático mais convincente de todo o filme e consegue emocionar mais do que o drama clichê do personagem de Charlie Hunnam. Pena que sua versão adulta foi tão descartável e mal desempenhada por Rinko Kikuchi.
A Feiticeira
2.5 523 Assista AgoraTinha tudo para ser a homenagem perfeita à clássica série dos anos 60/70, mas não foi. Não se pode culpar apenas o roteiro, que possui até uma abordagem interessante no que se refere a série de tv. No entanto, a escolha de Will Ferrell para o papel de Jack Wyatt / Darrin Stephens pôs tudo a perder. O cara é caricato e exagerado demais. Suas caras e bocas são irritantes e conseguem estragar qualquer prazer que se poderia ter ao ver esse filme.
Nicole Kidman (Samantha) e Shirley MacLaine (Endora) foram as escolhas mais acertadas da produção e até teriam conseguido salvar o filme, se o roteiro não tivesse sido tão mal executado por Nora Ephron, resultando numa comédia (?) boba, caricata e totalmente sem graça.
A Mão que Balança o Berço
3.7 903 Assista AgoraNão é o filme mais surpreendente de suspense que já vi, mas certamente é um dos mais bem executados.
Tudo em 'A Mão que Balança o Berço' parece se encaixar, pelo bem da boa execução do filme. A começar pelo título, que por si, já desperta a curiosidade do espectador. As atuações de Annabella Sciorra, Hernie Hudson, uma promissora Julianne Moore, e Madeline Zima (1 ano antes de estrelar The Nanny) merecem grande destaque.
Mas é sem dúvida a beleza angelical e o talento de Rebecca De Mornay quem faz toda a diferença nesse filme. A atriz esbanja carisma, criando aquele tipo de vilã que amamos odiar. A serenidade que ela transmite à personagem enquanto arquiteta suas artimanhas é o contraponto perfeito para os momentos em que a mesma transfigura a louca descontrolada, criando uma atmosfera tensa e assustadora em cada passo calculado.
Minha única crítica ao filme é quanto ao ultimo ato.
A forma como Claire desvenda a verdade sobre Peyton parece pouco crível. As peças que ela junta são, ao meu ver, fracas demais para justificar sua reação agressiva subsequente, bem como o convencimento do marido
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,6K Assista AgoraTer a oportunidade de rever esse clássico do final dos anos 90 no cinema me fez relembrar os inúmeros motivos pelos quais considero esse, o meu filme de guerra preferido.
Deixando de lado a questão do patriotismo exagerado, a produção é impecável, não apenas nos quesitos técnicos e visuais, mas também em seu roteiro, construção de personagens e atuações. Além disso, é praticamente impossível não se apegar a cada personagem que nos é apresentado durante as quase 3 hs de filme.
A cena de abertura, uma reprodução do desembarque dos soldados americanos na Praia de Omaha, no dia D, é espetacular. São os 27 minutos de batalha mais intensos que já vi em um filme do gênero.
Mad Max 3: Além da Cúpula do Trovão
3.4 487 Assista AgoraPode ser o mais infantilizado de toda a série, mas ainda é o meu favorito. A atuação de Tina Turner é excelente, considerando sua falta de experiência no ramo. Mel Gibson, impecável como sempre no papel título. Visualmente, é o mais bem produzido filme da saga clássica. A perseguição final é espetacular.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraBom, eu não sou um grande fã de filmes de ação. Acho que todos eles se perdem nos mesmos clichês e chegam sempre ao mesmo final, tornando, para mim, uma experiência cansativa e nada interessante.
Mas então, descubro, em 2009, que um novo Mad Max iria ser produzido. Os anos foram se passando e eu continuei acompanhando noticias para saber se ele de fato iria ser lançado ou não. Mas enfim, ele foi e, na boa, que filme animal!
Não é exagero algum o que todos vem apontando nos comentários: Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de ação já produzido nos últimos anos. Ouvi uma garota, na poltrona ao lado, comentar com os amigos: "Nossa, não via um filme de ação assim tão bom desde Matrix". Todos foram saindo e eu permaneci ali, sentado na poltrona, observando os créditos subirem, pensando no que ela havia dito e cada vez mais, concordando: há muito tempo que não via um filme de ação surpreendente. Matrix talvez tenha sido o mais recente.
Senti falta, claro, de ver Mel Gibson no papel título dessa sequência. No entanto, o Tom Hardy desenvolve um personagem duro e seco tão bom quanto o original de Mel Gibson. O curioso foi o fato de Max ter ficado boa parte do filme na função de coadjuvante da Imperatriz Furiosa, vivida pela estonteante e sensacional Charlize Theron. A personagem rouba a cena na primeira parte do filme, sendo praticamente um espelho do velho Max. Nunca o Girl Power foi tão bem representado nas telas como nesse filme.
Um grande destaque deve ser dado também a Nicholas Hoult, que viveu, em toda plenitude, a insanidade de seu personagem! Que atuação foda! Testemunhei! haha
Para quem é fã dos anteriores, certamente será fácil identificar as diversas referências aos filmes originais, incluídas até mesmo na trilha sonora. A fotografia é espetacular, assim como as cenas de ação e o design Dieselpunk sensacional dos veículos. E o que dizer da trilha sonora? É muito rock na veia, atuando na cadência das cenas de ação! Vi diversas vezes o diretor comentar que ele estava produzindo uma 'ópera rock" e definitivamente, ele o fez. A presença daquele carro, com aquela bateria e o incansável guitarrista insano é a concretização dessa ideia.
Mad Max: Estrada da Fúria é um filme eletrizante e tenso, do início ao fim. Cumpre o prometido pelo diretor, que nos entrega um filmaço de ação, cruel e insano, com apenas os diálogos necessários, sem muita perda de tempo com explicações.
Sei que agora virão os haters dar "deslike" também nesse comentário à favor dessa superprodução! Minha resposta, para vcs, é: "Oh que dia, que dia lindo!".
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraFilmaço. O que quebrou um pouco pra mim foi o clichê q envolve a situação de Kirk, no final do filme, que já tinha sacado qual seria a solução desde o começo da cena. rs
O Principal Suspeito
3.4 94Meu suspense policial preferido. Um filme q não costuma figurar na lista de favoritos de muitos e é até bem desconhecido, mas que surpreende bastante.
Como em todo e qualquer filme do gênero, a produção está impregnada de clichês. Entretanto nada disso influencia negativamente para o clima tenso e mórbido em que o filme se desenvolve.
Grandes atores, com grandes atuações. Destaque especial para o veterano Nick Nolte e para Ewan McGregor, ainda no começo de carreira.
Os Vingadores
4.0 6,9K Assista AgoraO cinema surgiu de um princípio básico: fornecer ao espectador um bom entretenimento. Com o passar dos anos, novos conceitos e tendencias foram desenvolvidas para o cinema, abrindo um leque de opções para os amantes da sétima arte, que abrangem desde blockbusters explosivos até filmes de arte que te proporcionam longas horas de reflexão sobre o sentido da vida.
'Os Vingadores' entra justamente na categoria 'Blockbuster', um filme repleto de cenas de ação e clichês com mensagens positivistas. É um filme ruim? CLARO QUE NÃO! É um filme sensacional, entretenimento puro e garantia de diversão para quem aprecia o gênero. No entanto, se vc é um cinéfilo, que só assiste filmes europeus e acha que o cinema americano que conta é apenas o que David Lynch e Stanley Kubrick produziram, bem, esse filme NÃO É PARA VC!
Eu, mesmo não tendo nenhum apreço por histórias em quadrinhos, achei esse filme sensacional, o melhor que já tive oportunidade de ver do gênero 'super-heróis'. Até mesmo personagens que não curto, como Hulk, Thor e Homem de Ferro, incluídos na composição geral, fizeram desta uma grande produção. Loki foi um grande destaque, uma verdadeira DIVA, hahaha. Curti muito a cena do Hulk dando uma boa lição no fdp! Filmaço que vi no cinema e revi a pouco tempo, como aquecimento para o segundo.
O Homem Elefante
4.4 1,0K Assista AgoraA paixão de David Lynch pelo bizarro e desfuncional encontra seu melhor momento nessa produção. Para mim é, até o presente momento, o melhor filme dele que ja tive oportunidade de assistir.
Lynch conseguiu contar a dramática história real de Joseph "John" Merrick sem apelar para o dramalhão comercial. O filme emociona de forma natural. A produção, realizada em preto e branco, deu um charme especial ao filme, que, além de tudo, é marcado por grandes atuações.
Este filme é, acima de tudo, uma grande lição de vida!
It: Uma Obra Prima do Medo
3.5 1,3KEsse é um daqueles filmes que sempre ouvi falar, mas nunca havia tido oportunidade de ver... até agora.
Sempre ouvi meus amigos dizendo que Pennywise era a figura mais assustadora que eles já haviam visto em um filme e hoje entendo o motivo. Realmente, o palhaço, vivido pelo sempre fantástico Tim Cury é assustador, especialmente se quem estiver vendo esse filme sofrer de Coulrofobia (medo de palhaços). No entanto, a parte assustadora do filme é apenas essa.
Não espere ver nesse filme algo de fato assustador. Essa produção, na verdade uma minissérie em dois episódios, produzida em 1990, não consegue alcançar metade do que a obra de Stephen King proporciona no que diz respeito à terror. O livro é, de fato, assustador, mas o filme deixa a desejar por ser brando demais. As mortes não são mostradas, sempre substituídas pela imagem dos dentes afiados de Pennywise, diferentemente do livro, que é bem detalhista nessa parte, diga-se de passagem.
O texto também foi abrandando, deixando de fora o palavriado chulo, muitas vezes usado pelos pré-adolescentes na versão literária. Além disso, a cena de sexo protagonizada por dois personagens no núcleo infantil também ficou de fora (nesse caso, decisão mais do que correta).
O elenco infantil é impecável, marcado por ótimas atuações. Os atores mirins realmente fizeram jus aos personagens do livro de Stephen King, inclusive no que diz respeito à personalidade de cada um. Entretanto, o mesmo elogio não é extensivo ao elenco adulto, marcado por atuações que beiram o amadorismo em diversos momentos (com destaque especial para as cenas "dramáticas" da, até então, nada talentosa Annette O'Toole). John Ritter e Tim Reid foram os melhores em cena, na minha opinião.
Boa parte dos efeitos especiais são datados e, em alguns momentos, parecem bizarros (especialmente nas cenas finais), mas há que se lembrar que esta é uma produção de 1990 para a tv, logo, além dos recursos para a época serem bem limitados, o orçamento certamente não era alto para que fossem produzidos grandes efeitos.
It - A Obra Prima do Medo é um filme para se apreciar sem compromisso e sem grandes expectativas. Serve como um ótimo entretenimento, especialmente para quem já leu o livro e quer ver como algumas coisas do livro funcionariam na tela. Só consegue ser assustador talvez para crianças, mas não possui o mesmo efeito em adultos (exceto, claro, se vc sofrer de Coulrofobia).
Nascido Para Matar
4.3 1,1K Assista AgoraSempre tive certa resistência ao cinema de Stanley Kubrick. Dois de seus mais aclamados filmes são títulos que prefiro passar bem longe e mudar de canal sem nenhuma cerimônia, caso tope com um deles em exibição; são eles: 2001 - Uma Odisseia no Espaço e O Iluminado. Desgosto de cada um por motivos específicos e que não cabem aqui comentar.
Há alguns anos, o SBT exibiu um festival do diretor, reprisando alguns de seus filmes. Um deles foi esse, 'Nascido para Matar'. Assisti apenas a última meia hora de filme na ocasião e achei interessante. Hoje, finalmente, vi o filme completo.
Bom, se quem for assistir esse filme, buscar uma grande produção sobre a Guerra do Vietnã, informo esta não é a produção mais indicada. Outros filmes foram infinitamente melhor executados e concebidos, para retratar os eventos dessa disputa, como Platoon e Apocalipse Now.
Nascido para Matar é um filme que usa como enredo a Guerra do Vietnã, mas não é sobre isso que ela efetivamente trata. Tudo no roteiro desse filme, no que tange a propaganda de guerra e a vergonha que ela representou para os EUA, é clichê, temas diversas vezes discutidos em outras produções. No entanto, o que Kubrick realizou aqui é um grande épico, sobre a natureza humana em uma situação de extrema pressão, que é a guerra.
A primeira parte do filme mostra o processo de transformação, com o homem normal, passando pela mais nítida tortura psicológica em prol de um amadurecimento e embrutecimento forçados. Tudo aqui é tratado com boas doses de humor, para quebrar na tela o clima produzido pela brutalidade. A segunda parte, por muitos considerada cansativa, é onde vermos o resultado dessa transformação. Sei que muitos esperavam que a parte do combate em campo fosse mais enérgica e eletrizante, mas Kubrick preferiu surpreender e apoiá-la mais no drama do que na brutalidade e na carnificina, que tantos outros filmes já cansaram de expor.
Ao invés de fazer o mais do mesmo, o diretor, de forma brilhante, preferiu colocar em pauta o debate sobre os efeitos da transformação forçada e suas consequências em uma situação extrema. O treinamento teria sido eficaz, em produzir máquinas de guerra ou ainda restou algum pingo de humanidade dentro deste homens embrutecidos por um treinamento e transtornados pela realidade nua e crua de um campo de guerra? Essas são questões observadas e respondidas por Kubrick neste filme, o primeiro do diretor que assisti e posso dizer, com toda certeza, que gostei de verdade!
Reunião
4.0 50Produção sensacional. Pena que foi cancelada sem que o desfecho fosse produzido. Isso, no entanto, não tira o mérito dessa série. O argumento não linear da trama é, sem dúvida, algo raro na linguagem televisiva, o que fazia dessa, uma produção de risco, já que nem todo telespectador tem paciência para lidar com esse tipo de narrativa.
Não me arrependo de ter visto, independentemente da falta de conclusão. Quem é fã de séries, certamente já está mais que acostumado com esse tipo de situação.
Skin
4.1 1Uma ótima série, Uma versão interessante do clássico de Shakespeare, Romeu e Julieta. Uma ótima escolha de elenco e roteiros bem escritos Pena que a série foi vítima do falso moralismo e pudor do público americano e suas donas de casa desocupadas, que fizeram campanhas contra a exibição da série nas repetidoras da Fox americana.
Cancelada com apenas 3 episódios exibidos, dos 8 produzidos. Nem mesmo a Warner Channel pôde exibir esses episódios, posteriormente liberados para exibição em um canal a cabo americano.
Tarzan (1ª Temporada)
2.6 6Sabe aquela série que vc assistiu e se arrependeu do tempo que perdeu? Então, é essa! Nunca achei a história do Tarzan interessante, mas essa série tinha no elenco a eterna Xena, Lucy Lawless, além da lindíssima Sarah Wayne Callies, no começo de carreira, tempos antes de se tornar conhecida por seus papéis em Prision Break e The Walking Dead. Além, claro, de Mitch Pileggi, de Arquivo X! Com esse cast, valia a pena o risco... ou ao menos foi o que pensei na ocasião.
A série, em si, é uma boa porcaria. Roteiros fraquíssimos e um protagonista que não é nada mais do que um rosto e corpo bonito, já que o talento passava bem longe de Travis Fimmel nessa ocasião, então um ator muito cru para ser protagonista.
Ao menos a desgraça dura apenas 8 episódios, encerrando com um final meia boca e pouco satisfatório, apenas para não deixar a vergonha sem uma conclusão. E pensar que a WB cancelou Birds of Prey para substituir por isso...
Mulher-Gato (1ª Temporada)
3.2 53Foi uma ótima série. Pena que a WB na ocasião não deu oportunidade para que a série se desenvolvesse, na ânsia de encontrar mais uma outra série de aventura com super heróis que pudesse fazer cia ao bem sucedido Smallville.
A média de audiência da época era razoável, mas longe de ser o sucesso esperado pelo canal. Ao menos deram a oportunidade de finalizar a trama para que a produção não ficasse em aberto.
Uma pena que na edição em DVD, a trilha sonora foi trocada, especialmente o tema de abertura original, que era 'Revolution', um rock de Aimee Allen, substituída por uma musiquinha melódica e sem graça que nem sei o nome e 'All The Things She Said', de T.a.T.u., que tinha a cadência perfeita para a luta do episódio final da série. Quem tiver oportunidade de ver na versão originalmente exibida, recomendo!
Sobre o título louco que o SBT colocou nessa série, até hj não consigo entender. Onde diabos eles viram a Mulher Gato, além da abertura?
De Volta Para o Futuro
4.4 1,8K Assista AgoraSabe aquele tipo de filme que você assiste centenas de vezes e nunca cansa? Taí, De Volta para o Futuro é um desses! Já tinha visto ele uma dezena de vezes, na tv, em DVD e em Blu-ray, mas faltava vê-lo na tela grande, no Cinema. O Cinemark cuidou disso e, claro, não só aproveitei, como vi duas vezes!
O filme é um clássico definitivo da ficção. Temos boas atuações e um roteiro bem construído, além das diversas referências à cultura pop (mais evidentes ainda no segundo filme).
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraO remake repete o feito do original: consegue chocar! Fede conseguiu fazer um filme à altura da franquia, sem cometer o erro de tentar refazer o original. Ao invés disso, ele inseriu elementos do clássico no remake (destaque para a cabana original e o carro de Ash) e apostou mais no gore do que na comédia para fazer sua versão de Evil Dead. O sangue em excesso e as mortes exageradas são o grande destaque da produção, além de surpreender bastante no final. E é exatamente nos exageros que o filme consegue arrancar algumas risadas, tal qual o original o fez, com sua cenas nojentas e (hj) efeitos visuais bizarros.
Campo dos Sonhos
3.5 189 Assista AgoraPor incrível que pareça, nunca tinha sequer ouvido falar desse filme. Vi na grade do NOW (Claro Vídeo) achei a sinopse simpática e decidir dar uma chance, afinal, é um filme q tem o esporte como pano de fundo e costumo gostar desse tipo de filme.
No entanto, Campo dos Sonhos conseguiu me surpreender, positivamente, especialmente pelo fato de o esporte não ser retratado como uma disputa, mas como canalizador de sonhos e esperanças. A mensagem do filme é belíssima e no final, entendemos perfeitamente o sentido do nome "Campo dos Sonhos", afinal, é o lugar onde todas as realizações dos personagens se tornam reais, um paralelo ao sentimento que o fã de esportes e o próprio esportista experimenta, quando alcançam seus objetivos. A cena final, com Ray e a cena da estrada, fechando o filme, são sensacionais.
O Grande Truque
4.2 2,0K Assista AgoraRoteiro sensacional! Atuações estupendas, alem de direções de arte e fotografia de primeira. Não posso dizer que sou um "Nolete", pois meu conhecimento de seu trabalho se resume aos filmes do Batman e a esta produção, mas não há como negar: o cara faz um trabalho fenomenal!
O final do filme ainda consegue causar admiração, mesmo para quem já havia visto o filme anteriormente e se recorda da conclusão. Minha curiosidade agora é em ler o livro que originou a história, "O Prestígio", de Christopher Priest e ver o que há de diferente entre os dois. Pelo que vi nas entrevistas do autor, que também participou do roteiro, as mudanças foram sutis e necessárias, mas ainda assim quero conferir!
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraEu poderia soltar centenas de elogios, dizer que achei o filme brilhante e fazer média com a maioria das pessoas que gostam do trabalho de Lynch, mas não o farei. Achei esse filme a coisa mais louca e incompreensível que já tive a oportunidade de assistir. No entanto, não posso classificá-lo exatamente como um filme ruim, pois estaria sendo leviano. Trata-se de uma produção de alto nível? Sem sombra de dúvida! No entanto, isso não muda o fato de o roteiro de Lynch ser extremamente confuso e apto apenas para um público mais cult!
Confesso que não sou um grande entusiasta de filmes do gênero "mindfreak", característica marcante do trabalho de Lych, no entanto, o que ainda me atrai em seus filmes é a poderosa união deste gênero com o sombrio, o bizarro e uma trilha sonora que propicia o clima certo. Vi muito de Twin Peaks nesse filme e isso, por óbvio, me agradou bastante como grande fã da série que sou, mas após assistir ao filme, tive q pesquisar e ler opiniões para ter certeza que havia chegado às conclusões certas e percebi que algumas eu sequer havia alcançado.
Para mim, o bom filme deve ser claro em sua proposta ou que ao menos o final proporcione com clareza o objetivo da produção. No entanto, não é o que esse filme proporciona ao espectador. Ao final, vc se pegará analisando tudo o que acabou de ver e provavelmente se sentirá a pessoa mais estúpida do mundo por não entender absolutamente nada do que acabou de assistir, o que é natural, em se tratando de David Lynch.
De certo que, se não fosse por influência do trabalho de Lynch em Twin Peaks, dificilmente assistiria esse ou qq outro filme do diretor e, com isso, estaria perdendo a oportunidade de explorar a visão bizarra e original que que o diretor proporciona para a sétima arte. Mesmo sem entender, continuarei vendo seus filmes, seu maldito! haha
Noé
3.0 2,6K Assista AgoraÉ o tipo de filme que vejo apenas uma vez, apenas pela curiosidade de saber como foi executado. De um modo geral, é um filme regular, com bons efeitos especiais, mas que não chega a cativar, fazendo dele uma produção fadada ao esquecimento. O elenco infelizmente não ajuda muito, pois apesar de serem nomes de destaque na indústria cinematográfica, realizaram atuações aquém de outros trabalhos.
Sobre a produção em si, o que me chamou muito a atenção foram os elementos modernos inseridos no contexto de uma história inspirada em numa religião primitiva, pré-cristã, que adicionam à trama uma atmosfera steampunk, gênero que particularmente me agrada bastante. Achei interessante também terem inserido no roteiro certas licenças criativas para tornar essa fábula bíblica mais crível que o texto religioso, em especial a teoria da evolução das espécies.
Observando alguns comentários, em especial do colega Raoni Cintra, pude perceber que não fui o único a notar esses elementos. Aliás, a teoria do Raoni me parece bem plausível, a de considerarmos esse filme não um épico, mas sim um filme pós-apocalíptico, se consideramos os elementos modernos inseridos na composição e as metáforas ao cotidiano e aos receios da sociedade contemporânea.
Entrevista Com o Vampiro
4.1 2,2K Assista AgoraPara mim, até hoje, é o melhor filme de vampiros que tive a oportunidade de ver. As atuações de Tom Cruise e Brad Pitt são sensacionais, mas a de Kristen Dunst é espetacular! Ela conseguiu canalizar toda a essência da personagem criada por Anne Rice de uma forma impressionante, esbanjando talento aos 11 anos de idade! A atuação que mais decepciona, na minha opinião, é a de Antônio Banderas, que em nada lembra o Armand da obra de Anne Rice
Aliás, após ler o livro, o filme acaba perdendo um pouco do encanto. Apesar da adaptação do roteiro ser da própria Anne Rice, acho que o filme deixa alguns pontos mal explicados, por conta das partes que ficaram de fora. As mudanças em si considero boas, pois não comprometeram em nenhum momento o desenvolvimento da história. As partes do livro que mais senti falta foram
a viagem de Claudia e Louis pela Europa e o consequente encontro com os "vampiros-zumbis" e a presença de Lestat no Teatro dos Vampiros, acusando Cláudia de tentar matá-lo, parte que, pra mim, deixa a execução de Cláudia e Madeline mais crível que a simples acusação de Santiago
Esse filme e livro são um ótimo exemplo de como se desconstrói e se recria uma figura mitológica com competência. Por mais que os vampiros de Anne Rice sejam andróginos e imunes à estaca no coração, crucifixo e dente de alho, eles conseguem ser grandiosos, sedutores e envolventes, fazendo justiça a visão original popularizada pela obra de Bram Stoker, diferentemente da piada que se tornaram após a versão "crespuscular" do mito.