Acho que esse é o tipo de filme que funcionaria melhor no teatro, deve ter sido feito durante a pandemia, poucos atores e apenas um cenário.
Como comédia até que é possível se divertir com muitos momentos, mas como terror é realmente entediante e muito difícil embarcar pois simplesmente não tem tensão suficiente pra segurar o filme e justificar a atitude dos personagens, tudo acontece rápido demais, é possível notar aqui um grande problema de ritmo da metade pro fim, o filme simplesmente não usa o potencial pra criar o clima claustrofóbico que essa obra precisava. Uma pena, pois realmente comprei a ideia e estava me divertindo com o roteiro inusitado sobre escritores discutindo a melhor forma de assustar.
Já o final, a cena final mesmo do pós créditos eu achei bem criativa, visto que envolve uma situação do começo do filme e uma reviravolta inesperada nas carreiras dos personagens. Pode funcionar também como uma metáfora para falar sobre ego e como a criatividade nada mais é do que um roubo de ideias.
O mais engraçado é que o personagem principal (que também é o diretor desse filme) fala que está escrevendo um conto de lobisomens e ele realmente lançou o filme "Um Lobo entre Nós" logo depois desse aqui.
Fui assistir achando que era uma comédia pastelão, tipo uma versão europeia do filme "Todo Poderoso" e me deparo com uma comédia ácida misturada com um drama existencialista profundo. É o tipo de filme que vc espera apenas comer uma pipoca e dar umas risadas e sai emocionado com lágrimas nos olhos, não é por acaso que foi indicado ao Globo de Ouro e foi o representante da Bélgica no Oscar 2016.
Obs: Existe uma cena muito engraçada após os créditos finais
Já tinha gostado de Mate- me por Favor, mas esse aqui é infinitamente superior, destaque para a trilha sonora repleta de sintetizadores, lembrando muito os filmes de terror dos anos 80. Achei superior também ao filme Divino Amor (2017), que também apresenta uma distopia religiosa como tema principal.
Medusa apresenta mais consistência na construção de seu roteiro e também mais coragem na crítica ao fundamentalismo religioso do que nessas duas outras obras.
O filme consegue com maestria misturar bem o terror com o humor, usando o primeiro como simbolismo da opressão religiosa e o segundo para retratar a distopia religiosa. Embora funcione, achei que muitas das referências são do Brasil de 2016 ("Bela, Recatada e do Lar", clara referência a esposa do presidente Michael Temer, também os "Vigilantes de Sião", uma espécie de exército gospel, claramente uma sátira ao Gladiadores do Altar da Igreja Universal que estava na mídia naquele ano), o que me faz crer que a produção do filme tenha começado já faz um bom tempo, então algumas sátiras parecem estar um pouco atrasadas e por isso a distopia mostrada no filme parece ser algo mais do passado do que do futuro, principalmente após o governo terrivelmente evangélico que tivemos.
Caso você não tenha assistido ao filme ainda, vale a pena pesquisar e ler um pouco sobre a mitologia da Medusa, várias cenas são repletas de simbolismos que remetem a essa lenda.
quando ela encontra a "Medusa" e passa a ver a verdadeira pessoa por trás dela e o filme se encerra com a maravilhosa versão feminina da música Baby It's You dos Beatles.
Protagonizado por Maika Monroe (de Corrente do Mal, um dos meus filmes de terror favoritos) e Jake Lacy (de The White Lotus, uma das minhas séries favoritas), o casal está ótimo na tela e entrega uma boa química, embora eles sejam um casal bem diferente, um complementa o outro, o cara se especializou mesmo nesse papel de babacão visto na série da HBO e a atriz se especializou no papel de final girl, entregando uma angústia fora do comum, entregaram juntos muito nesse filme.
O filme difere das ficções científicas convencionais em vários momentos, principalmente ao dar ênfase ao casal e aos detalhes de seu relacionamento (é praticamente um romance de terror), é angustiante quando vemos o relacionamento deles mudando ao poucos e quando passamos a desconfiar que pode ter algo sobrenatural na trama, destaque também para a criativa cena do confronto final..
Embora o alien fosse capaz de escapar de dentro de um tubarão vivo e de possuir os humanos com maestria e os usar como máquinas de matar, acaba sendo sufocado e derrotado por algo inimaginável, ao contrário do filme "Sinais" (2002), um dos maiores clássicos sobre alienígenas, aqui o alien não foi derrotado por um copo com água, aqui foi eliminado pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) que entrou nele ao possuir a protagonista.
O filme acaba abrindo um debate psicológico bem mais profundo do que parece, sobre o significado de ser humano, sentimentos, transtornos psicológicos, relacionamentos tóxicos e até uma criativa cena onde o vilão da trama tem certeza que finalmente entendeu o que é o amor.
Como ponto negativo confesso que não gostei muito da cena final que lembra os grandes blockbuster e seus espaços sempre abertos para continuações. Embora "Major Tom" de Peter Schilling tocando a todo vapor salva a cena.
Levando em conta os casos de feminicídios que não param de crescer a cada ano no Brasil, tenho certeza que muita gente não vai gostar do filme pois vão se identificar com a protagonista ou com o marido dela.
Filme mais do que necessário, deveriam tirar essa censura ridícula de 18 anos e passar nas escolas pra todo mundo assistir. E a atuação de Anna Kendrick está digna de premiações.
Quanto ao lance da subtrama da garota desaparecida, achei uma grande sacada do roteiro, pois ela aumenta o suspense da trama e ao mesmo tempo aumenta nossa angústia e faz com que entremos ainda mais na pele da protagonista.
Acredito que se o filme fosse um pouco mais contido no terror teria sido mais denso na exploração do terror psicológico, pois antes da metade do filme já dá pra ter opinião formada sobre as crianças.
Como destaque a trilha sonora que provoca calafrios e a excelente atuação da protagonista e do elenco mirim que estão muito bem em seus papéis e por ser um filme de um diretor de primeira viagem e ainda com selo Netflix (que ultimamente não está produzindo muitos filmes bons),achei bem acima da média.
O final realmente é ótimo, mas devido ao didatismo do roteiro talvez não cause tanto impacto como o planejado.
A única explicação plausível é que eles colocaram esse título tosco aqui no Brasil pra ninguém desconfiar que é uma adaptação americana do filme sueco "Um Homem Chamado Ove", indicado a 2 Oscars em 2017 (Melhor Filme Internacional e Melhor Maquiagem).
Mas pra quem não sabia disso como eu, até que é possível embarcar na trama e se emocionar um pouco com ela, embora seja extremamente previsível, esquecível (nas premiações também) e tenha um Tom Hanks no piloto automático.
Obs: Americanos precisam urgente a aprender ver filmes legendados, só isso pra justificar um remake de um filme tão recente.
O primeiro filme foi muito divertido, pra quem é de SP teve muitas cenas filmadas em Campinas e Paulínia. Bons tempos do Polo Cinematográfico de Paulínia, produziu muitos filmes bons que marcaram o cinema nacional e colocaram a região no mapa, hoje está tudo abandonado por falta de vontade política.
Ainda mais assustador que o que foi lançado em 2013, essa sequência troca a cabana do lago por um prédio decadente em uma noite de terremoto, inovando bastante no cenário e também em abordar a temática da maternidade como pano de fundo da história, mas assim como o primeiro filme da franquia o humor é deixado de lado e o foco está em aterrorizar o telespectador a cada segundo, como único ponto negativo achei o fato de copiar muito o primeiro filme em muitas das cenas, com a presença inclusive da tradicional serra elétrica por exemplo.
Notei referências a obras clássicas como O Iluminado (Cena do elevador) e até mesmo obras de terror contemporâneas como Resident Evil (Último monstro). Mas embora tenha gostado bastante do novo formato, confesso que senti falta do humor característico de Evil Dead, espero que ele volte dos mortos em um eventual terceiro filme da franquia.
Obs: Quem foi pro cinema esperando encontrar um filme como os da franquia Invocação do Mal, com certeza se borrou inteiro.
O filme é muito bom e gera debates muito necessários sobre a pressão que as mulheres sofrem para serem mães, mas achei muito visível que copiou diversas outras obras lançadas recentemente:
- O monstro do filme (A Mulher Alta) é simplesmente idêntico ao monstro principal de A Maldição da Residência Hill. Obs: Tem até a jogadinha com o pescoço quebrado.
- A cena do começo do filme da avó dela morrendo no balanço lembra muito uma cena de Halloween Kills.
- As cenas que envolvem os relógios e seus barulhos acompanhando a protagonista me lembraram muito de Stranger Things 4, fora o laboratório com aquelas máquinas tipo câmaras de bronzeamento que a mulher fica presa flutuando na água no escuro.
- O final do filme lembra muito o encerramento do premiado filme A Filha Perdida.
E falando no final. Pra quem não entendeu o fim do filme...
Ela está morta após cair do penhasco, tanto é que ela pulou de algemas e na cena final aparece sem algemas (passando a ideia de que ela finalmente se libertou). Então aparece o que seria o primeiro peixe da linhagem evolutiva que deu vida aos seres terrestres saindo da água e passando a respirar e andar fora dela, o peixe está protegendo seus ovos e olhando com cara de bravo pra ela, como se estivesse indignado por ela não seguir o seu papel na natureza de procriar sua espécie.
No fim do filme, antes dela matar o pai, quando o pai dela bate a cabeça, ele fala que viu a morte de perto e toda a linhagem da família, até o peixe que saiu fora do mar. E que eles não o aceitaram como membro da família, talvez pelo fato dele ter errado com ela.
Obs: Uma coisa que eu reparei aqui nos comentários, é que curiosamente a maioria dos que não gostaram do filme são homens.
Tudo nesse filme de estrutura narrativa engessada soa forçado em todos os momentos, é como se o filme não tivesse personalidade.
O próprio vício em drogas da protagonista é retratado de forma pouco profunda, aparentemente não faz nenhuma terapia, só frequenta reuniões de Alcóolicos Anônimos e não vi nenhum tipo de ajuda real, ela apenas parece piorar em todas as cenas, os amigos de infância dela no bar atuando como vilões de filme colegial, o que foi aquilo, chegou a dar vergonha alheia do filme aquela cena, muito infantil, parece que o filme quer que morremos de dó da garota o tempo inteiro, que tédio, a mãe da protagonista então coitada, é apenas um arquétipo, sem profundidade nenhuma, parece que vive no mundo da lua no tempo inteiro do filme.
Já a amizade da protagonista com o idoso e a adolescente que deveria ser o motor narrativo do filme, simplesmente não convence em momento algum, ela acompanhando a adolescente na festa chega a ficar estranho pois elas não possuem nem amizade desenvolvida, só conversas no telefone rápidas, e o que dizer então do idoso vivendo uma relação totalmente tóxica e atuando como stalker na maior parte do tempo da garota, mas o filme parece não perceber isso, magicamente o idoso fala pra ela tomar pílula do dia seguinte, quando achamos que ele evoluiu, na cena seguinte já está com a arma apontada na cara do namoradinho da menina, rs.
Com direito a cartinha de despedida póstuma e até uma réplica dela na ferrovia de brinquedo, que tempo ocioso esse idoso tinha, acho que já sabia até a data de sua morte, rs.
Horrível, chega a dar pena da produção como um todo.
Aqui tem tudo o que faltou no Dungeons & Dragons de 2000.
Efeitos especiais de primeira, personagens carismáticos (Hugh Grant está sensacional de vilão), e o principal: o filme deixa a gente com coceira na mão de tanta vontade de jogar RPG.
Parece que 2023 chegou para quebrar uma grande maldição na indústria de Hollywood e trouxe pela primeira vez na história adaptações de games que são sucesso de crítica e público: The Last of Us, Super Mario Bros e Dungeons & Dragons.
O filme começa muito bem, mas do nada deixa a comédia de lado para virar um clichê de ação previsível com mensagem de auto ajuda bagaceira, esperava bem mais. Não valeu a pena ter visto no cinema.
Mas de qualquer forma Nicolas Cage está muito bem como Drácula, o que salva o filme de ser um tédio, diria que 90% do filme é ele.
Filme sueco muito divertido, parece uma mistura de De Repente 30 com Feitiço do Tempo. Tem toda aquela pegada de filme colegial, lembra muito os filmes que eram feitos no começo dos anos 2000.
Pena que o romance principal só começa a se desenvolver tarde demais, o que afeta muito a densidade da trama, mas ainda assim achei uma grata surpresa no catálogo da Netflix, onde é praticamente impossível achar filme colegial que seja bom.
Se Hollywood não consegue mais fazer bons filmes teens, vamos deixar para os europeus. Esse aqui consegue causar risos, boas lembranças pela nostalgia e até emocionar ao nos lembrar em todos os instantes que a vida passa rápido demais.
Uma frase marcante: "Pra mim você ainda tem 18 anos" - Mãe da Protagonista
A animação reflete os novos tempos, aqui a princesa não é a garotinha indefesa dos games que precisa ser salva, muito pelo contrário, aqui é o Luigi que é aprisionado e é ela quem treina o Mario e luta bravamente em várias cenas, o Bowser não é um simples vilão e sim alguém perdidamente apaixonado pela princesa Peach, mostrando já para as novas gerações os perigos das relações tóxicas.
Destaque especial para os personagens do jogo Donkey Kong que aparecem pra ajudar a salvar o Reino dos Cogumelos.
Irmãos Wayans cada vez mais sem graça, em nada lembram os geniais humoristas por trás de As Branquelas.
A comédia desse filme funciona menos que o humor de Adam Sandler em Halloween de Hubie e por mais que seja um terror infantil é difícil comprar a proposta ao vermos os monstros andando de machados e outras armas o tempo todo sem fazer nenhuma vítima pelo caminho, um filme de algoritmo infantil tão enfadonho que parece até um remake piorado do recente Goosebumbs 2, que também foi mal nas críticas.
Só não dou ruim em respeito a equipe de efeitos especiais e cenografia que fizeram um bom trabalho.
Referências a obras de terror presentes no filme:
A Hora do Pesadelo (Nome da rua Elm Street) Palhaços Assassinos do Espaço Sideral (Cenário montado no corredor do Halloween da escola) The Walking Dead (Decoração de Halloween do vizinho) A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Cena inicial do filme, a ponte coberta com mensagem de boas vindas é a mesma ponte onde o monstro aparece no filme de Tim Burton)
É interessante como esse filme espanhol consegue condensar tão bem a comédia com o terror e também gostei de ser todo protagonizado por mulheres de meia idade, enquanto filmes de terror geralmente são protagonizados apenas por jovens, aqui o único jovem do filme ainda é alvo de piadas (Rachei de rir quando elas falam: "Ah, esses jovens de hoje em dia", quando ele recusa um cigarro, rs).
Embora seja uma produção de baixo orçamento e que se passa em apenas uma única noite, é impossível não achar que tudo não faz parte de algo maior, tipo uma série ou programa de TV famoso lá na Espanha ou algo assim, quem dera se a série Arquivo X tivesse ganhado um filme assim em vez daquelas diversas porcarias.
É curioso como o terror deles é bem diferente do americano, aquela cena da mulher enlouquecendo na cozinha aos poucos com a faca na mão é bem tensa, o terceiro ato também é bem construído e toda aquela trilha sonora e narrações com vozes aterrorizantes conseguem gerar uma tensão que muitas produções de terror de grande orçamento não conseguem, notei muitas influências dos eventos de Noites de Terror de Halloween dos parques de diversões da Espanha em toda a concepção artística do filme, principalmente as narrações macabras e até no capuz enorme que o "fantasma" usa na cena final.
Obs: O filme tem uma cena pós-créditos muito divertida
Embora seja muito fácil de entender qual vai ser a reviravolta principal do filme muito antes dela acontecer, achei que convence bastante como drama e as atuações são excelentes, a química dos atores principais realmente é muito boa e digna de premiações.
Mas como comédia é apenas forçado na maior parte do tempo, creio que justificaria aqui ou eliminar a comédia de vez e focar apenas no drama ou fazer um filme focado apenas na comédia estilo Jojo Rabbit. Mas de qualquer forma é uma linda e bizarra história de amizade entre vizinhos que buscam enterrar seus passados trágicos e seguir em frente.
Inspirado na música Blue Jean de David Bowie. O filme basicamente mostra algo muito óbvio mas que poucas pessoas percebem, toda nossa vida é política, inclusive todos os atos que cometemos ou deixamos de cometer também são políticos, inclusive o simples fato de não sair do armário da personagem principal pode parecer ser algo aceitável para uma pessoa reservada, mas também é um ato político que a colocou ao lado dos seus principais algozes, a levando pra caminhos que a transformaram em alguns momentos na grande vilã da trama, prejudicando pessoas inocentes ao seu redor.
Por fim, assim como na música de estética oitentista do cantor britânico considerada sexista e de auto sabotagem de sua carreira, aqui ela também se sabota o tempo inteiro, mas assim como o saudoso cantor ela também consegue sua redenção e tudo isso com uma simples frase: "Eu sou lésbica".
Não sei como é no livro, mas aqui o roteiro parece ter sido feito de forma tão apressada, as vezes tudo está tão terrivelmente lento que parece que falta história, mas poucos segundos depois várias coisas dão errada ao mesmo tempo, fica difícil acreditar ao ver tantas coisas trágicas acontecendo no mesmo dia, esses excessos todos contribuem para deixar o filme pouco verossímil, poderiam diluir os acontecimentos de forma melhor na trama.
O filme também perde a oportunidade de mostrar as etapas do luto e prefere guardar segredo sobre o que aconteceu com a Zoe pro encerramento (não é spoiler pois está escrito o que aconteceu na sinopse), não entendi qual a necessidade disso pro desenvolvimento da trama, me pareceu que a única intenção foi tentar extrair mais uma emoção forçada de quem o assiste.
Em relação as atuações não entendo como o comentarista abaixo pode ter achado ruim, achei que foi o que realmente salvou esse filme, o romance é bastante funcional, as relações conflituosas entre as famílias passam bastante veracidade e a química entre os atores está realmente eficiente. As atuações são boas sim e o filme tem diversos momentos simples e memoráveis (como as deliciosas cenas do parque de diversões que torcemos para não acabarem nunca). A trilha sonora é outro ponto que acertaram em cheio, tanto pro drama quanto pro romance, ela conduz o filme de forma tão excessiva e engrandecedora que consegue extrair emoção de onde o roteiro não conseguiu.
Diria que o filme está muito acima dos romances dramáticos juvenis que vem sendo produzidos aos montes pela Netflix, mas um passo atrás dos filmes que costumam ser premiados em festivais, mas no geral é sim um bom entretenimento.
E é curioso ver como o investigador cresce na sua carreira, antes só ia atrás de quem dormia com ela, depois começa a enxergar o próprio machismo do qual também está inserido, e o filme é tão detalhista que isso fica evidente até na maneira dele andar de bicicleta, antes andava em círculos, agora busca desafios e espaços abertos, culminando com a chegada de uma recruta pra conduzir as investigações, com isso o filme passa a mensagem que até uma recruta pode possuir mais habilidades técnicas que investigadores experientes, principalmente quando suas visões estão embaçadas pelo machismo cotidiano de todos os dias.
Só não dou excelente pois achei que não precisava revelar no começo do filme o desfecho da história, isso acaba tirando um pouco o interesse de acompanhar as investigações, pois sabemos que não vão dar em nada, seria interessante manter as pessoas que gostam de suspense presas na trama, mesmo com o final inconclusivo.
Bom pra dormir. Ao contrário do divertido primeiro filme, aqui o mistério principal não faz o menor sentido e o pior é que nem mesmo as piadas.
Copiaram o formato exato do primeiro filme, me deu muito sono ao ver que muitas cenas são exatamente idênticas ao Mistério no Mediterrâneo (como a do quarto do casal que vai entrando vários suspeitos ao mesmo tempo), faltou alguém avisar os produtores que uma piada repetida duas vezes perde a graça, por melhor que seja. Chega dar muito preguiça de assistir até o fim.
Wicked
20Tomara que seja musical, se não for será muito mancada.
Me Assuste
2.6 44 Assista AgoraAcho que esse é o tipo de filme que funcionaria melhor no teatro, deve ter sido feito durante a pandemia, poucos atores e apenas um cenário.
Como comédia até que é possível se divertir com muitos momentos, mas como terror é realmente entediante e muito difícil embarcar pois simplesmente não tem tensão suficiente pra segurar o filme e justificar a atitude dos personagens, tudo acontece rápido demais, é possível notar aqui um grande problema de ritmo da metade pro fim, o filme simplesmente não usa o potencial pra criar o clima claustrofóbico que essa obra precisava. Uma pena, pois realmente comprei a ideia e estava me divertindo com o roteiro inusitado sobre escritores discutindo a melhor forma de assustar.
Já o final, a cena final mesmo do pós créditos eu achei bem criativa, visto que envolve uma situação do começo do filme e uma reviravolta inesperada nas carreiras dos personagens. Pode funcionar também como uma metáfora para falar sobre ego e como a criatividade nada mais é do que um roubo de ideias.
O mais engraçado é que o personagem principal (que também é o diretor desse filme) fala que está escrevendo um conto de lobisomens e ele realmente lançou o filme "Um Lobo entre Nós" logo depois desse aqui.
O Novíssimo Testamento
3.9 165Fui assistir achando que era uma comédia pastelão, tipo uma versão europeia do filme "Todo Poderoso" e me deparo com uma comédia ácida misturada com um drama existencialista profundo. É o tipo de filme que vc espera apenas comer uma pipoca e dar umas risadas e sai emocionado com lágrimas nos olhos, não é por acaso que foi indicado ao Globo de Ouro e foi o representante da Bélgica no Oscar 2016.
Obs: Existe uma cena muito engraçada após os créditos finais
Medusa
3.4 52 Assista AgoraJá tinha gostado de Mate- me por Favor, mas esse aqui é infinitamente superior, destaque para a trilha sonora repleta de sintetizadores, lembrando muito os filmes de terror dos anos 80. Achei superior também ao filme Divino Amor (2017), que também apresenta uma distopia religiosa como tema principal.
Medusa apresenta mais consistência na construção de seu roteiro e também mais coragem na crítica ao fundamentalismo religioso do que nessas duas outras obras.
O filme consegue com maestria misturar bem o terror com o humor, usando o primeiro como simbolismo da opressão religiosa e o segundo para retratar a distopia religiosa. Embora funcione, achei que muitas das referências são do Brasil de 2016 ("Bela, Recatada e do Lar", clara referência a esposa do presidente Michael Temer, também os "Vigilantes de Sião", uma espécie de exército gospel, claramente uma sátira ao Gladiadores do Altar da Igreja Universal que estava na mídia naquele ano), o que me faz crer que a produção do filme tenha começado já faz um bom tempo, então algumas sátiras parecem estar um pouco atrasadas e por isso a distopia mostrada no filme parece ser algo mais do passado do que do futuro, principalmente após o governo terrivelmente evangélico que tivemos.
Caso você não tenha assistido ao filme ainda, vale a pena pesquisar e ler um pouco sobre a mitologia da Medusa, várias cenas são repletas de simbolismos que remetem a essa lenda.
A cena final me arrepiou inteiro,
quando ela encontra a "Medusa" e passa a ver a verdadeira pessoa por trás dela e o filme se encerra com a maravilhosa versão feminina da música Baby It's You dos Beatles.
Uma Obsessão Desconhecida
2.6 94 Assista AgoraProtagonizado por Maika Monroe (de Corrente do Mal, um dos meus filmes de terror favoritos) e Jake Lacy (de The White Lotus, uma das minhas séries favoritas), o casal está ótimo na tela e entrega uma boa química, embora eles sejam um casal bem diferente, um complementa o outro, o cara se especializou mesmo nesse papel de babacão visto na série da HBO e a atriz se especializou no papel de final girl, entregando uma angústia fora do comum, entregaram juntos muito nesse filme.
O filme difere das ficções científicas convencionais em vários momentos, principalmente ao dar ênfase ao casal e aos detalhes de seu relacionamento (é praticamente um romance de terror), é angustiante quando vemos o relacionamento deles mudando ao poucos e quando passamos a desconfiar que pode ter algo sobrenatural na trama, destaque também para a criativa cena do confronto final..
Embora o alien fosse capaz de escapar de dentro de um tubarão vivo e de possuir os humanos com maestria e os usar como máquinas de matar, acaba sendo sufocado e derrotado por algo inimaginável, ao contrário do filme "Sinais" (2002), um dos maiores clássicos sobre alienígenas, aqui o alien não foi derrotado por um copo com água, aqui foi eliminado pelo Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) que entrou nele ao possuir a protagonista.
O filme acaba abrindo um debate psicológico bem mais profundo do que parece, sobre o significado de ser humano, sentimentos, transtornos psicológicos, relacionamentos tóxicos e até uma criativa cena onde o vilão da trama tem certeza que finalmente entendeu o que é o amor.
Como ponto negativo confesso que não gostei muito da cena final que lembra os grandes blockbuster e seus espaços sempre abertos para continuações. Embora "Major Tom" de Peter Schilling tocando a todo vapor salva a cena.
Belle
3.6 56A Disney até tentou, mas foi esse anime japonês quem realmente atualizou o conto da Bela e a Fera para os dias atuais.
Querida Alice
2.8 87 Assista AgoraLevando em conta os casos de feminicídios que não param de crescer a cada ano no Brasil, tenho certeza que muita gente não vai gostar do filme pois vão se identificar com a protagonista ou com o marido dela.
Filme mais do que necessário, deveriam tirar essa censura ridícula de 18 anos e passar nas escolas pra todo mundo assistir. E a atuação de Anna Kendrick está digna de premiações.
Quanto ao lance da subtrama da garota desaparecida, achei uma grande sacada do roteiro, pois ela aumenta o suspense da trama e ao mesmo tempo aumenta nossa angústia e faz com que entremos ainda mais na pele da protagonista.
Tin & Tina
2.6 178 Assista AgoraAcredito que se o filme fosse um pouco mais contido no terror teria sido mais denso na exploração do terror psicológico, pois antes da metade do filme já dá pra ter opinião formada sobre as crianças.
Como destaque a trilha sonora que provoca calafrios e a excelente atuação da protagonista e do elenco mirim que estão muito bem em seus papéis e por ser um filme de um diretor de primeira viagem e ainda com selo Netflix (que ultimamente não está produzindo muitos filmes bons),achei bem acima da média.
O final realmente é ótimo, mas devido ao didatismo do roteiro talvez não cause tanto impacto como o planejado.
O Pior Vizinho do Mundo
4.0 495 Assista AgoraA única explicação plausível é que eles colocaram esse título tosco aqui no Brasil pra ninguém desconfiar que é uma adaptação americana do filme sueco "Um Homem Chamado Ove", indicado a 2 Oscars em 2017 (Melhor Filme Internacional e Melhor Maquiagem).
Mas pra quem não sabia disso como eu, até que é possível embarcar na trama e se emocionar um pouco com ela, embora seja extremamente previsível, esquecível (nas premiações também) e tenha um Tom Hanks no piloto automático.
Obs: Americanos precisam urgente a aprender ver filmes legendados, só isso pra justificar um remake de um filme tão recente.
Colegas 2
1O primeiro filme foi muito divertido, pra quem é de SP teve muitas cenas filmadas em Campinas e Paulínia. Bons tempos do Polo Cinematográfico de Paulínia, produziu muitos filmes bons que marcaram o cinema nacional e colocaram a região no mapa, hoje está tudo abandonado por falta de vontade política.
A Morte do Demônio: A Ascensão
3.3 817 Assista AgoraAinda mais assustador que o que foi lançado em 2013, essa sequência troca a cabana do lago por um prédio decadente em uma noite de terremoto, inovando bastante no cenário e também em abordar a temática da maternidade como pano de fundo da história, mas assim como o primeiro filme da franquia o humor é deixado de lado e o foco está em aterrorizar o telespectador a cada segundo, como único ponto negativo achei o fato de copiar muito o primeiro filme em muitas das cenas, com a presença inclusive da tradicional serra elétrica por exemplo.
Notei referências a obras clássicas como O Iluminado (Cena do elevador) e até mesmo obras de terror contemporâneas como Resident Evil (Último monstro). Mas embora tenha gostado bastante do novo formato, confesso que senti falta do humor característico de Evil Dead, espero que ele volte dos mortos em um eventual terceiro filme da franquia.
Obs: Quem foi pro cinema esperando encontrar um filme como os da franquia Invocação do Mal, com certeza se borrou inteiro.
Tic-Tac: A Maternidade do Mal
2.6 69 Assista AgoraO filme é muito bom e gera debates muito necessários sobre a pressão que as mulheres sofrem para serem mães, mas achei muito visível que copiou diversas outras obras lançadas recentemente:
- O monstro do filme (A Mulher Alta) é simplesmente idêntico ao monstro principal de A Maldição da Residência Hill. Obs: Tem até a jogadinha com o pescoço quebrado.
- A cena do começo do filme da avó dela morrendo no balanço lembra muito uma cena de Halloween Kills.
- As cenas que envolvem os relógios e seus barulhos acompanhando a protagonista me lembraram muito de Stranger Things 4, fora o laboratório com aquelas máquinas tipo câmaras de bronzeamento que a mulher fica presa flutuando na água no escuro.
- O final do filme lembra muito o encerramento do premiado filme A Filha Perdida.
E falando no final. Pra quem não entendeu o fim do filme...
Ela está morta após cair do penhasco, tanto é que ela pulou de algemas e na cena final aparece sem algemas (passando a ideia de que ela finalmente se libertou). Então aparece o que seria o primeiro peixe da linhagem evolutiva que deu vida aos seres terrestres saindo da água e passando a respirar e andar fora dela, o peixe está protegendo seus ovos e olhando com cara de bravo pra ela, como se estivesse indignado por ela não seguir o seu papel na natureza de procriar sua espécie.
No fim do filme, antes dela matar o pai, quando o pai dela bate a cabeça, ele fala que viu a morte de perto e toda a linhagem da família, até o peixe que saiu fora do mar. E que eles não o aceitaram como membro da família, talvez pelo fato dele ter errado com ela.
Obs: Uma coisa que eu reparei aqui nos comentários, é que curiosamente a maioria dos que não gostaram do filme são homens.
Uma Boa Pessoa
3.6 44Tudo nesse filme de estrutura narrativa engessada soa forçado em todos os momentos, é como se o filme não tivesse personalidade.
O próprio vício em drogas da protagonista é retratado de forma pouco profunda, aparentemente não faz nenhuma terapia, só frequenta reuniões de Alcóolicos Anônimos e não vi nenhum tipo de ajuda real, ela apenas parece piorar em todas as cenas, os amigos de infância dela no bar atuando como vilões de filme colegial, o que foi aquilo, chegou a dar vergonha alheia do filme aquela cena, muito infantil, parece que o filme quer que morremos de dó da garota o tempo inteiro, que tédio, a mãe da protagonista então coitada, é apenas um arquétipo, sem profundidade nenhuma, parece que vive no mundo da lua no tempo inteiro do filme.
Já a amizade da protagonista com o idoso e a adolescente que deveria ser o motor narrativo do filme, simplesmente não convence em momento algum, ela acompanhando a adolescente na festa chega a ficar estranho pois elas não possuem nem amizade desenvolvida, só conversas no telefone rápidas, e o que dizer então do idoso vivendo uma relação totalmente tóxica e atuando como stalker na maior parte do tempo da garota, mas o filme parece não perceber isso, magicamente o idoso fala pra ela tomar pílula do dia seguinte, quando achamos que ele evoluiu, na cena seguinte já está com a arma apontada na cara do namoradinho da menina, rs.
Mas o pior é o final:
Com direito a cartinha de despedida póstuma e até uma réplica dela na ferrovia de brinquedo, que tempo ocioso esse idoso tinha, acho que já sabia até a data de sua morte, rs.
Horrível, chega a dar pena da produção como um todo.
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
3.6 509 Assista AgoraAqui tem tudo o que faltou no Dungeons & Dragons de 2000.
Efeitos especiais de primeira, personagens carismáticos (Hugh Grant está sensacional de vilão), e o principal: o filme deixa a gente com coceira na mão de tanta vontade de jogar RPG.
Parece que 2023 chegou para quebrar uma grande maldição na indústria de Hollywood e trouxe pela primeira vez na história adaptações de games que são sucesso de crítica e público: The Last of Us, Super Mario Bros e Dungeons & Dragons.
Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe
3.2 251 Assista AgoraO filme começa muito bem, mas do nada deixa a comédia de lado para virar um clichê de ação previsível com mensagem de auto ajuda bagaceira, esperava bem mais. Não valeu a pena ter visto no cinema.
Mas de qualquer forma Nicolas Cage está muito bem como Drácula, o que salva o filme de ser um tédio, diria que 90% do filme é ele.
Tudo de Novo, Mais Uma Vez
2.8 32 Assista AgoraFilme sueco muito divertido, parece uma mistura de De Repente 30 com Feitiço do Tempo. Tem toda aquela pegada de filme colegial, lembra muito os filmes que eram feitos no começo dos anos 2000.
Pena que o romance principal só começa a se desenvolver tarde demais, o que afeta muito a densidade da trama, mas ainda assim achei uma grata surpresa no catálogo da Netflix, onde é praticamente impossível achar filme colegial que seja bom.
Se Hollywood não consegue mais fazer bons filmes teens, vamos deixar para os europeus. Esse aqui consegue causar risos, boas lembranças pela nostalgia e até emocionar ao nos lembrar em todos os instantes que a vida passa rápido demais.
Uma frase marcante: "Pra mim você ainda tem 18 anos" - Mãe da Protagonista
Só eu que fiquei esperando que nem bobo o beijo na cena final?
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 785 Assista AgoraA animação reflete os novos tempos, aqui a princesa não é a garotinha indefesa dos games que precisa ser salva, muito pelo contrário, aqui é o Luigi que é aprisionado e é ela quem treina o Mario e luta bravamente em várias cenas, o Bowser não é um simples vilão e sim alguém perdidamente apaixonado pela princesa Peach, mostrando já para as novas gerações os perigos das relações tóxicas.
Destaque especial para os personagens do jogo Donkey Kong que aparecem pra ajudar a salvar o Reino dos Cogumelos.
A Maldição de Bridge Hollow
2.6 67 Assista AgoraIrmãos Wayans cada vez mais sem graça, em nada lembram os geniais humoristas por trás de As Branquelas.
A comédia desse filme funciona menos que o humor de Adam Sandler em Halloween de Hubie e por mais que seja um terror infantil é difícil comprar a proposta ao vermos os monstros andando de machados e outras armas o tempo todo sem fazer nenhuma vítima pelo caminho, um filme de algoritmo infantil tão enfadonho que parece até um remake piorado do recente Goosebumbs 2, que também foi mal nas críticas.
Só não dou ruim em respeito a equipe de efeitos especiais e cenografia que fizeram um bom trabalho.
Referências a obras de terror presentes no filme:
A Hora do Pesadelo (Nome da rua Elm Street)
Palhaços Assassinos do Espaço Sideral (Cenário montado no corredor do Halloween da escola)
The Walking Dead (Decoração de Halloween do vizinho)
A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Cena inicial do filme, a ponte coberta com mensagem de boas vindas é a mesma ponte onde o monstro aparece no filme de Tim Burton)
Assombrosas
2.6 32 Assista AgoraÉ interessante como esse filme espanhol consegue condensar tão bem a comédia com o terror e também gostei de ser todo protagonizado por mulheres de meia idade, enquanto filmes de terror geralmente são protagonizados apenas por jovens, aqui o único jovem do filme ainda é alvo de piadas (Rachei de rir quando elas falam: "Ah, esses jovens de hoje em dia", quando ele recusa um cigarro, rs).
Embora seja uma produção de baixo orçamento e que se passa em apenas uma única noite, é impossível não achar que tudo não faz parte de algo maior, tipo uma série ou programa de TV famoso lá na Espanha ou algo assim, quem dera se a série Arquivo X tivesse ganhado um filme assim em vez daquelas diversas porcarias.
É curioso como o terror deles é bem diferente do americano, aquela cena da mulher enlouquecendo na cozinha aos poucos com a faca na mão é bem tensa, o terceiro ato também é bem construído e toda aquela trilha sonora e narrações com vozes aterrorizantes conseguem gerar uma tensão que muitas produções de terror de grande orçamento não conseguem, notei muitas influências dos eventos de Noites de Terror de Halloween dos parques de diversões da Espanha em toda a concepção artística do filme, principalmente as narrações macabras e até no capuz enorme que o "fantasma" usa na cena final.
Obs: O filme tem uma cena pós-créditos muito divertida
Meu Vizinho Adolf
3.5 24 Assista AgoraEmbora seja muito fácil de entender qual vai ser a reviravolta principal do filme muito antes dela acontecer, achei que convence bastante como drama e as atuações são excelentes, a química dos atores principais realmente é muito boa e digna de premiações.
Mas como comédia é apenas forçado na maior parte do tempo, creio que justificaria aqui ou eliminar a comédia de vez e focar apenas no drama ou fazer um filme focado apenas na comédia estilo Jojo Rabbit. Mas de qualquer forma é uma linda e bizarra história de amizade entre vizinhos que buscam enterrar seus passados trágicos e seguir em frente.
Blue Jean
3.9 16 Assista AgoraInspirado na música Blue Jean de David Bowie. O filme basicamente mostra algo muito óbvio mas que poucas pessoas percebem, toda nossa vida é política, inclusive todos os atos que cometemos ou deixamos de cometer também são políticos, inclusive o simples fato de não sair do armário da personagem principal pode parecer ser algo aceitável para uma pessoa reservada, mas também é um ato político que a colocou ao lado dos seus principais algozes, a levando pra caminhos que a transformaram em alguns momentos na grande vilã da trama, prejudicando pessoas inocentes ao seu redor.
Por fim, assim como na música de estética oitentista do cantor britânico considerada sexista e de auto sabotagem de sua carreira, aqui ela também se sabota o tempo inteiro, mas assim como o saudoso cantor ela também consegue sua redenção e tudo isso com uma simples frase: "Eu sou lésbica".
Querida Zoe
3.1 10 Assista AgoraNão sei como é no livro, mas aqui o roteiro parece ter sido feito de forma tão apressada, as vezes tudo está tão terrivelmente lento que parece que falta história, mas poucos segundos depois várias coisas dão errada ao mesmo tempo, fica difícil acreditar ao ver tantas coisas trágicas acontecendo no mesmo dia, esses excessos todos contribuem para deixar o filme pouco verossímil, poderiam diluir os acontecimentos de forma melhor na trama.
O filme também perde a oportunidade de mostrar as etapas do luto e prefere guardar segredo sobre o que aconteceu com a Zoe pro encerramento (não é spoiler pois está escrito o que aconteceu na sinopse), não entendi qual a necessidade disso pro desenvolvimento da trama, me pareceu que a única intenção foi tentar extrair mais uma emoção forçada de quem o assiste.
Em relação as atuações não entendo como o comentarista abaixo pode ter achado ruim, achei que foi o que realmente salvou esse filme, o romance é bastante funcional, as relações conflituosas entre as famílias passam bastante veracidade e a química entre os atores está realmente eficiente. As atuações são boas sim e o filme tem diversos momentos simples e memoráveis (como as deliciosas cenas do parque de diversões que torcemos para não acabarem nunca). A trilha sonora é outro ponto que acertaram em cheio, tanto pro drama quanto pro romance, ela conduz o filme de forma tão excessiva e engrandecedora que consegue extrair emoção de onde o roteiro não conseguiu.
Diria que o filme está muito acima dos romances dramáticos juvenis que vem sendo produzidos aos montes pela Netflix, mas um passo atrás dos filmes que costumam ser premiados em festivais, mas no geral é sim um bom entretenimento.
A Noite do Dia 12
3.8 14Achei um Decisão de Partir melhorado, mereceu ser agraciado como o grande vencedor do Cesar Awards 2023.
O filme é muito mais abrangente que uma simples investigação policial, diria que ele está mais para um raio X do próprio sistema.
E é curioso ver como o investigador cresce na sua carreira, antes só ia atrás de quem dormia com ela, depois começa a enxergar o próprio machismo do qual também está inserido, e o filme é tão detalhista que isso fica evidente até na maneira dele andar de bicicleta, antes andava em círculos, agora busca desafios e espaços abertos, culminando com a chegada de uma recruta pra conduzir as investigações, com isso o filme passa a mensagem que até uma recruta pode possuir mais habilidades técnicas que investigadores experientes, principalmente quando suas visões estão embaçadas pelo machismo cotidiano de todos os dias.
Só não dou excelente pois achei que não precisava revelar no começo do filme o desfecho da história, isso acaba tirando um pouco o interesse de acompanhar as investigações, pois sabemos que não vão dar em nada, seria interessante manter as pessoas que gostam de suspense presas na trama, mesmo com o final inconclusivo.
Mistério em Paris
2.8 173 Assista AgoraBom pra dormir. Ao contrário do divertido primeiro filme, aqui o mistério principal não faz o menor sentido e o pior é que nem mesmo as piadas.
Copiaram o formato exato do primeiro filme, me deu muito sono ao ver que muitas cenas são exatamente idênticas ao Mistério no Mediterrâneo (como a do quarto do casal que vai entrando vários suspeitos ao mesmo tempo), faltou alguém avisar os produtores que uma piada repetida duas vezes perde a graça, por melhor que seja. Chega dar muito preguiça de assistir até o fim.