Um excelente tratado sobre a ganância, a ambição e o desejo do homem, especialmente aqueles que mesmo que se escondam, estão ali. "O caminho do mal é o caminho da perdição, e seu rumo nunca muda". Kurosawão da porra.
Tecnicamente é ótimo, mereceu os prêmios que levou no Oscar (mixagem de som, edição de som e montagem). O fim do filme, com a reprodução da clássica apresentação do Queen no Live Aid, é apoteótico. A atuação do Rami Malek é soberba, encarnando uma lenda. No entanto, o roteiro deixa a desejar, algumas sub-tramas são mal desenvolvidas, falta profundidade em algumas relações focadas na história. Mas o peso das composições do Queen garante que não seja um filme esquecível.
Funciona muito mais como um filme infanto-juvenil, uma história de amizade, do que propriamente um terror. O fantasioso é só um elemento a mais no enredo, não deve ser compreendido como um filme para assustar. Se procura por isso, provavelmente vai se decepcionar, exceto se for mais jovem mesmo.
Incrível! É até complicado divagar sobre uma obra de escopo tão simples - a vida de uma mulher em busca da felicidade, mas sob a ótica de Fellini, apresentado como um universo de emoções, vivências, experiências. Um drama, ainda que cheio de humor, compaixão e esperança. O filme é todo de Mesina, que faz de sua Cabíria uma das grandes atuações da história do cinema, premiada em Cannes.
Única coisa que me incomodou mesmo foram aqueles mosquitos mal feitos digitalmente. De resto, é um filme muito bom, assusta, diverte, tem um desenvolvimento plausível do roteiro, um cara pegando fogo e um final divertido. Aguardemos as próximas aventuras do menino-demônio Paimon =P
Não tem como ser fã de Star Wars e não sair decepcionado do cinema. O enredo do filme, o roteiro, parece ter sido feito por um fã adolescente (update: roteiro é do JJ e de um tal de Chris Terrio, que também escreveu Liga da Justiça - alguém avisa esse cara que ele tá no trabalho errado). Nada de inovador, nada de surpreendente (sério, mesmo as "grandes" revelações do filme não foram apresentadas de forma satisfatória). O que foi o desfecho de alguns personagens? Poxa, quanta preguiça e falta de criatividade.
Tecnicamente o filme é ótimo, enquadramento, efeitos especiais, som, mas nada que já não tenhamos visto muitas vezes antes. Os atores são excelentes, tiram leite de pedra do que lhes é apresentado no papel. O início tem uma pegada de terror que eu achei genial, mas depois o filme vira um pastiche, mais do mesmo, um feijãozinho com arroz sem nenhuma misturinha. O JJ sabe dirigir um filme, mas que ele se concentrasse nisso e deixasse o roteiro para mãos mais hábeis. Algumas escolhas de cena não fazem sentido nenhum.
Achei o pior desfecho de todas as trilogias e o pior filme desta última, sem sombra de dúvidas. Lógico, é um Star Wars, é uma aventura fantasiosa foda, mas o sentimento que dá ao termino é um... ok. Faltou magia, faltou filosofia, faltou emoção, faltou um algo a mais. E não venham culpar os fãs pela alta expectativa, pois SW se trata de algo gigante na história da indústria cinematográfica (e não vou nem entrar no mérito do marketing global que alimenta a ânsia por um produto de qualidade - o que a equipe responsável pelo longa não atingiu).
Quanto cara reclamando de feminismo aqui, vsf. O filme é foda, basicamente de trata de uma continuação e uma refilmagem do Terminator 2, que é um dos melhores filmes de ação/ficção científica da história e se tem alguém que pode copiar aquele filme do caralho que seja o James Cameron, com a Sarinha e o Arnoldão. O novo trio de protagonistas é muito bom, especialmente a Mackenzie Davis. O diretor de Deadpool apresenta um filme muito bem feito, com cenas de ação espetaculares e uma dose certa de humor. Faltou um pouco de apreço do enredo e no roteiro, mas de resto é uma ótima sessão de cinema.
Filmaço. Angustiante, o diretor apostou em alguns clichês clássicos, mas fez um ótimo trabalho com eles. Tecnicamente muito bem feito, ótima edição de som, bela fotografia e um show de atuação das crianças e, sobretudo, da Emily Blunt.
Um dos melhores filmes ruins que têm. Ruim porque do ponto de vista cinematográfico não acrescenta em nada. Os vilões não têm qualquer motivação, os coadjuvantes são meras representações figurativas, o roteiro (assinado pelo Stallone) é o suprassumo do charlatanismo. Mas o filme é divertido, a ação é desenfreada e as mortes são as mais violentas possíveis (para um blockbuster). Filme pra macho ligar a tevê e desligar o cérebro.
Melhor filme nacional (que vi) desde Tropa de Elite 2. Bacurau é poderoso, intenso, com representações imagéticas fortes, principalmente na figura do andrógino cangaceiro Lunga. Discurso político forte e direto para quem "vende" o Brasil para os gringos.
Como cinema e como obra de impacto-social-possível-gerador-de-consequências-catastróficas, Coringa é um filme que fica abaixo de similares, principalmente Taxi Driver (tá escancarada a referência ao clássico do Scorsese né), e, vai lá, Clube da Luta.
Se no primeiro, o estudo de personagem é ainda mais profundo, sujo, visceral e ainda assim deixa margem para tu colocar o Travis como um anti-herói (?!), nesse me parece que o diretor força um pouco a mão para humanizar a famosa psicopatia caótica que o Coringa representa. Nesse ponto, acredito que a dubiedade que o Nolan traz ao personagem em O Cavaleiro das Trevas, sem um elemento norteador, um passado definido e mesmo um propósito (causar o caos seria um propósito?!), transforma o personagem em alguém ainda mais icônico, imprevisível e perigoso. Viva Nolan e Ledger!
Sobre o potencial risco que o filme poderia causar, não acredito que a discussão ao menos valha a pena. Lógico, uma geração de millennials pode se impressionar com as frases de efeitos e a imagem poderosa que o Coringa representa, até mesmo se condoer com a trajetória de abusos que levam este homem ao limite, mas não achei o filme tão subversivo, como outrora foi Fight Club, esse sim, muito mais questionador e crítico quanto à uma sociedade consumista falida da porra. De toda forma, é digno de nota a crítica ao poder, especialmente o econômico.
Mas aqui se fala de filme (ou, pelo menos, se deveria): Joker é muito bem produzido, bem escrito e o diretor tem talento, vide a composição dos cenários, figurinos, ângulos, cortes e o que mais que o valha. A rima da degradação de Gotham com o estado mental do protagonista é um acerto e tanto. Entretanto, não tem como não reconhecer a soberba atuação do Joaquim Phoenix. O filme é DELE. Domina completamente a tela, sua transformação física é aterradora e a psicológica então, putz!, nunca dá pra saber ao certo o que ele está sentindo, pois, no segundo seguinte, o ator consegue modificar completamente sua persona. Seu riso involuntário e dolorosamente incontido já nasce um clássico da Sétima Arte.
A versão Tarantino para o triste episódio que sepultou o sonho hippie no verão de 1969. O filme parte da premissa de que se conheça a história dos envolvidos e o jeito tarantinesco de contar uma história, muito embora, talvez pela questão da idade, este seja o filme mais lento e nostálgico feito por ele, não que isso seja ruim, só é diferente de quem espera algo na verve de Pulp Fiction ou Kill Bill. De todo modo, o Tarantino Way está ali, inegavelmente.
E o que é esse jeito no filme? São diálogos bons (como sempre), condução de atores fodida, estilo, porrada, música, conflitos existenciais, glamour e referências, muitas referências. Tantas idas e voltas de carro, pra lá e pra cá, não tem como não pensar no próprio jovem Tarantino se descobrindo cinéfilo entre idas e vindas pelas ruas da capital do cinema.
É um filme de personagens mais do que uma história propriamente dita, centrado no ator Rick Dalton, do Leonardo DiCaprio (soberbo no papel!), e o universo ao seu derredor. Lógico que o seu dublê, Cliff Booth (Brad Pitt), teria um generoso espaço nessa trajetória e Pitt dá brilho ao personagem: carismático, impactante, uma força da natureza. Os demais atores praticamente são elementos figurativos da composição destes dois personagens.
É um belo filme. Para se curtir tal como uma longa viagem até o destino ideal. O filme é isso... uma transição para um ato final espetacular e que vale o ingresso.
Como fã do cabeça-de-teia e, principalmente, de bons filmes, saí do cinema decepcionado. A premissa é interessante, a história por si. Pega o cenário de um mundo em construção, agradecido pelos heróis que salvaram o planeta e em busca do sucessor do finado Stark. Colocar o Aranha nesse jogo é um caminho correto, afinal, ele sempre foi dos heróis mais humanos, sensíveis: pare ele, as consequências do heroísmo sempre foram mais impactantes. Mas o filme falha em passar isso.
Soam artificiais as próprias cenas que envolvem o Peter Parker, apesar do grande esforço do Holland, novamente um destaque. Gyllenhaal se destaca como vilão, embora, depois de um Thanos da vida, o pressuposto do qual ele demonstra sua vilania é tão raso. Os coadjuvantes então, que miséria. Da Tia May, completamente subutilizada, ao elenco "adolescente", retratado na tela de maneira idiota ao invés de inocente, demonstra o péssimo roteiro dos caras.
A direção não ajuda em nada, apesar de, repito, o talento do elenco. O romance do Peter com a MJ, sempre um norte na histórias do Aranha, é conduzida de forma que não fecha, não dá liga. Os efeitos especiais então, representam um retrocesso frente a tanto que a Marvel já mostrou, lembrando aquela coisa horrível que a DC fez em BvS e a Liga da Justiça. Nem os clássicos balançares do Aranha causam qualquer emoção e a cena envolvendo os drones, por favor, implausível mesmo para o nosso querido Amigão da Vizinhança (que, aliás, deslocado pra Europa, nem isso representa).
Achei o pior filme do Homem-Aranha. O bilhão nas bilheterias resulta do filme ser o sucessor do Ultimato e pelo carisma do personagem-título, no entanto, como filme, é completamente descartável. Nem a trilha sonora evoca qualquer emoção.
A primeira cena pós-crédito é melhor que o filme. E é isso. Uma pena.
Um bom filme. Sem o lado cômico pelo qual o Jackie é reconhecido mundialmente, mas, lógico, rola uma porradaria. A direção peca no uso de muitos cortes para dar uma ideia de dinamismo, mas que acaba por comprometer o resultado apresentado na tela. O roteiro tem uns diálogos fraquinhos, ainda assim chama a atenção por remeter a, vai lá, "Rashomon", emulando uma parte da história sob pontos de vista diferenciados. Achei legal isso no filme, além de não ser uma história tão clichê.
Trono Manchado de Sangue
4.4 121 Assista AgoraUm excelente tratado sobre a ganância, a ambição e o desejo do homem, especialmente aqueles que mesmo que se escondam, estão ali. "O caminho do mal é o caminho da perdição, e seu rumo nunca muda".
Kurosawão da porra.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraQuase me afoguei em lágrimas em relação à beleza da mensagem desse filme, é emocionante. A animação é linda, muito foda mesmo.
O Circo
4.4 227 Assista AgoraComo o Chaplin era genial! O esquete na corda-bamba é extraordinário. Só não recebe nota máxima porque o final não é dos melhores.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraTá aí um filme superestimado...
Bohemian Rhapsody
4.1 2,2K Assista AgoraTecnicamente é ótimo, mereceu os prêmios que levou no Oscar (mixagem de som, edição de som e montagem). O fim do filme, com a reprodução da clássica apresentação do Queen no Live Aid, é apoteótico. A atuação do Rami Malek é soberba, encarnando uma lenda. No entanto, o roteiro deixa a desejar, algumas sub-tramas são mal desenvolvidas, falta profundidade em algumas relações focadas na história. Mas o peso das composições do Queen garante que não seja um filme esquecível.
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraFunciona muito mais como um filme infanto-juvenil, uma história de amizade, do que propriamente um terror. O fantasioso é só um elemento a mais no enredo, não deve ser compreendido como um filme para assustar. Se procura por isso, provavelmente vai se decepcionar, exceto se for mais jovem mesmo.
Noites de Cabíria
4.5 381 Assista AgoraIncrível! É até complicado divagar sobre uma obra de escopo tão simples - a vida de uma mulher em busca da felicidade, mas sob a ótica de Fellini, apresentado como um universo de emoções, vivências, experiências. Um drama, ainda que cheio de humor, compaixão e esperança. O filme é todo de Mesina, que faz de sua Cabíria uma das grandes atuações da história do cinema, premiada em Cannes.
Para Sama
4.4 110Tem que arrumar o filme na categoria "Documentário".
Hereditário
3.8 3,0K Assista AgoraÚnica coisa que me incomodou mesmo foram aqueles mosquitos mal feitos digitalmente. De resto, é um filme muito bom, assusta, diverte, tem um desenvolvimento plausível do roteiro, um cara pegando fogo e um final divertido. Aguardemos as próximas aventuras do menino-demônio Paimon =P
1917
4.2 1,8K Assista AgoraVocês são uns mala
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraGenial mesmo só o Babu Frik
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista AgoraNão tem como ser fã de Star Wars e não sair decepcionado do cinema. O enredo do filme, o roteiro, parece ter sido feito por um fã adolescente (update: roteiro é do JJ e de um tal de Chris Terrio, que também escreveu Liga da Justiça - alguém avisa esse cara que ele tá no trabalho errado). Nada de inovador, nada de surpreendente (sério, mesmo as "grandes" revelações do filme não foram apresentadas de forma satisfatória). O que foi o desfecho de alguns personagens? Poxa, quanta preguiça e falta de criatividade.
Tecnicamente o filme é ótimo, enquadramento, efeitos especiais, som, mas nada que já não tenhamos visto muitas vezes antes. Os atores são excelentes, tiram leite de pedra do que lhes é apresentado no papel. O início tem uma pegada de terror que eu achei genial, mas depois o filme vira um pastiche, mais do mesmo, um feijãozinho com arroz sem nenhuma misturinha. O JJ sabe dirigir um filme, mas que ele se concentrasse nisso e deixasse o roteiro para mãos mais hábeis. Algumas escolhas de cena não fazem sentido nenhum.
Achei o pior desfecho de todas as trilogias e o pior filme desta última, sem sombra de dúvidas. Lógico, é um Star Wars, é uma aventura fantasiosa foda, mas o sentimento que dá ao termino é um... ok. Faltou magia, faltou filosofia, faltou emoção, faltou um algo a mais. E não venham culpar os fãs pela alta expectativa, pois SW se trata de algo gigante na história da indústria cinematográfica (e não vou nem entrar no mérito do marketing global que alimenta a ânsia por um produto de qualidade - o que a equipe responsável pelo longa não atingiu).
O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio
3.1 725 Assista AgoraQuanto cara reclamando de feminismo aqui, vsf.
O filme é foda, basicamente de trata de uma continuação e uma refilmagem do Terminator 2, que é um dos melhores filmes de ação/ficção científica da história e se tem alguém que pode copiar aquele filme do caralho que seja o James Cameron, com a Sarinha e o Arnoldão. O novo trio de protagonistas é muito bom, especialmente a Mackenzie Davis. O diretor de Deadpool apresenta um filme muito bem feito, com cenas de ação espetaculares e uma dose certa de humor. Faltou um pouco de apreço do enredo e no roteiro, mas de resto é uma ótima sessão de cinema.
Han Solo: Uma História Star Wars
3.3 638 Assista AgoraConsegue ser pior que A Ameaça Fantasma e que O Ataque dos Clones. Decepcionante, sem graça, fraco demais.
Deadpool 2
3.8 1,3K Assista AgoraPagação o tempo inteiro, tal como nas HQ's do Mercenário Tagarela. Talvez o mais engraçado "filme de herói" já feito.
Um Lugar Silencioso
4.0 3,0K Assista AgoraFilmaço. Angustiante, o diretor apostou em alguns clichês clássicos, mas fez um ótimo trabalho com eles. Tecnicamente muito bem feito, ótima edição de som, bela fotografia e um show de atuação das crianças e, sobretudo, da Emily Blunt.
Stallone: Cobra
3.4 589 Assista AgoraUm dos melhores filmes ruins que têm. Ruim porque do ponto de vista cinematográfico não acrescenta em nada. Os vilões não têm qualquer motivação, os coadjuvantes são meras representações figurativas, o roteiro (assinado pelo Stallone) é o suprassumo do charlatanismo.
Mas o filme é divertido, a ação é desenfreada e as mortes são as mais violentas possíveis (para um blockbuster). Filme pra macho ligar a tevê e desligar o cérebro.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraMelhor filme nacional (que vi) desde Tropa de Elite 2. Bacurau é poderoso, intenso, com representações imagéticas fortes, principalmente na figura do andrógino cangaceiro Lunga. Discurso político forte e direto para quem "vende" o Brasil para os gringos.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraComo cinema e como obra de impacto-social-possível-gerador-de-consequências-catastróficas, Coringa é um filme que fica abaixo de similares, principalmente Taxi Driver (tá escancarada a referência ao clássico do Scorsese né), e, vai lá, Clube da Luta.
Se no primeiro, o estudo de personagem é ainda mais profundo, sujo, visceral e ainda assim deixa margem para tu colocar o Travis como um anti-herói (?!), nesse me parece que o diretor força um pouco a mão para humanizar a famosa psicopatia caótica que o Coringa representa. Nesse ponto, acredito que a dubiedade que o Nolan traz ao personagem em O Cavaleiro das Trevas, sem um elemento norteador, um passado definido e mesmo um propósito (causar o caos seria um propósito?!), transforma o personagem em alguém ainda mais icônico, imprevisível e perigoso. Viva Nolan e Ledger!
Sobre o potencial risco que o filme poderia causar, não acredito que a discussão ao menos valha a pena. Lógico, uma geração de millennials pode se impressionar com as frases de efeitos e a imagem poderosa que o Coringa representa, até mesmo se condoer com a trajetória de abusos que levam este homem ao limite, mas não achei o filme tão subversivo, como outrora foi Fight Club, esse sim, muito mais questionador e crítico quanto à uma sociedade consumista falida da porra. De toda forma, é digno de nota a crítica ao poder, especialmente o econômico.
Mas aqui se fala de filme (ou, pelo menos, se deveria): Joker é muito bem produzido, bem escrito e o diretor tem talento, vide a composição dos cenários, figurinos, ângulos, cortes e o que mais que o valha. A rima da degradação de Gotham com o estado mental do protagonista é um acerto e tanto. Entretanto, não tem como não reconhecer a soberba atuação do Joaquim Phoenix. O filme é DELE. Domina completamente a tela, sua transformação física é aterradora e a psicológica então, putz!, nunca dá pra saber ao certo o que ele está sentindo, pois, no segundo seguinte, o ator consegue modificar completamente sua persona. Seu riso involuntário e dolorosamente incontido já nasce um clássico da Sétima Arte.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraPorra, explodiram a cabeça do Travis Bickle!
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraA versão Tarantino para o triste episódio que sepultou o sonho hippie no verão de 1969. O filme parte da premissa de que se conheça a história dos envolvidos e o jeito tarantinesco de contar uma história, muito embora, talvez pela questão da idade, este seja o filme mais lento e nostálgico feito por ele, não que isso seja ruim, só é diferente de quem espera algo na verve de Pulp Fiction ou Kill Bill. De todo modo, o Tarantino Way está ali, inegavelmente.
E o que é esse jeito no filme? São diálogos bons (como sempre), condução de atores fodida, estilo, porrada, música, conflitos existenciais, glamour e referências, muitas referências. Tantas idas e voltas de carro, pra lá e pra cá, não tem como não pensar no próprio jovem Tarantino se descobrindo cinéfilo entre idas e vindas pelas ruas da capital do cinema.
É um filme de personagens mais do que uma história propriamente dita, centrado no ator Rick Dalton, do Leonardo DiCaprio (soberbo no papel!), e o universo ao seu derredor. Lógico que o seu dublê, Cliff Booth (Brad Pitt), teria um generoso espaço nessa trajetória e Pitt dá brilho ao personagem: carismático, impactante, uma força da natureza. Os demais atores praticamente são elementos figurativos da composição destes dois personagens.
É um belo filme. Para se curtir tal como uma longa viagem até o destino ideal. O filme é isso... uma transição para um ato final espetacular e que vale o ingresso.
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraComo fã do cabeça-de-teia e, principalmente, de bons filmes, saí do cinema decepcionado. A premissa é interessante, a história por si. Pega o cenário de um mundo em construção, agradecido pelos heróis que salvaram o planeta e em busca do sucessor do finado Stark. Colocar o Aranha nesse jogo é um caminho correto, afinal, ele sempre foi dos heróis mais humanos, sensíveis: pare ele, as consequências do heroísmo sempre foram mais impactantes. Mas o filme falha em passar isso.
Soam artificiais as próprias cenas que envolvem o Peter Parker, apesar do grande esforço do Holland, novamente um destaque. Gyllenhaal se destaca como vilão, embora, depois de um Thanos da vida, o pressuposto do qual ele demonstra sua vilania é tão raso. Os coadjuvantes então, que miséria. Da Tia May, completamente subutilizada, ao elenco "adolescente", retratado na tela de maneira idiota ao invés de inocente, demonstra o péssimo roteiro dos caras.
A direção não ajuda em nada, apesar de, repito, o talento do elenco. O romance do Peter com a MJ, sempre um norte na histórias do Aranha, é conduzida de forma que não fecha, não dá liga. Os efeitos especiais então, representam um retrocesso frente a tanto que a Marvel já mostrou, lembrando aquela coisa horrível que a DC fez em BvS e a Liga da Justiça. Nem os clássicos balançares do Aranha causam qualquer emoção e a cena envolvendo os drones, por favor, implausível mesmo para o nosso querido Amigão da Vizinhança (que, aliás, deslocado pra Europa, nem isso representa).
Achei o pior filme do Homem-Aranha. O bilhão nas bilheterias resulta do filme ser o sucessor do Ultimato e pelo carisma do personagem-título, no entanto, como filme, é completamente descartável. Nem a trilha sonora evoca qualquer emoção.
A primeira cena pós-crédito é melhor que o filme. E é isso. Uma pena.
Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros
3.9 1,7K Assista AgoraÉ diversão, é escapismo, é cinemão. Não sejam chatos e melhorem suas notas para com este clássico absurdo.
Em Nome da Lei
3.1 67 Assista grátisUm bom filme. Sem o lado cômico pelo qual o Jackie é reconhecido mundialmente, mas, lógico, rola uma porradaria. A direção peca no uso de muitos cortes para dar uma ideia de dinamismo, mas que acaba por comprometer o resultado apresentado na tela. O roteiro tem uns diálogos fraquinhos, ainda assim chama a atenção por remeter a, vai lá, "Rashomon", emulando uma parte da história sob pontos de vista diferenciados. Achei legal isso no filme, além de não ser uma história tão clichê.