No cinema de Naomi Kawase o espaço íntimo é um instrumento de infinitas experimentações. Ela, como poucos (talvez a que mais o faz), ignora qualquer barreira de privacidade, neste caso, ao filmar o cotidiano de sua avó; se em outro momento a "invasão" de Naomi seria posto em dúvida de valor ético, em Katatsumori o amor materno abre qualquer porta que porventura poderia estar fechada. Sendo até o ronco de sua vó um registro sensível do cotidiano.
Numa análise mais simplista pode-se afirmar que o filme é sobre Uno Kawase, mas ao olhar com mais atenção e delicadeza é fácil para nós percebermos que o tanto quanto de Uno o filme é sobre Naomi, como ela se porta perante ao amor materno, perante o ciclo da existência e, em uma espécie de depoimento de terceiros, sobre suas próprias memórias.
Ademais a flor que Uno desde muito tempo cuida, Naomi, se empondera como autora da obra decidindo acima de tudo e todos o que será mostrado na tela, se uma hora saberemos o que passa atrás da janela, em outra poderemos ser vetados de ter essa visão pelas mãos de Naomi. Em outro caso teremos que ver uma Vó com um espinho de roseira no nariz, ou mesmo nos será retificado pela cineasta o que é visto na tela de modo a atestar o que a ilusão do vídeo nos mostra.
Naomi Kawase é uma cineasta inquieta, urgente e acima de tudo sensível, e ao mesmo tempo uma pessoa comum de riso fácil como todos.
Caracol
4.3 9O poder do cineasta.
"Pare de me gravar o tempo todo."
No cinema de Naomi Kawase o espaço íntimo é um instrumento de infinitas experimentações. Ela, como poucos (talvez a que mais o faz), ignora qualquer barreira de privacidade, neste caso, ao filmar o cotidiano de sua avó; se em outro momento a "invasão" de Naomi seria posto em dúvida de valor ético, em Katatsumori o amor materno abre qualquer porta que porventura poderia estar fechada. Sendo até o ronco de sua vó um registro sensível do cotidiano.
Numa análise mais simplista pode-se afirmar que o filme é sobre Uno Kawase, mas ao olhar com mais atenção e delicadeza é fácil para nós percebermos que o tanto quanto de Uno o filme é sobre Naomi, como ela se porta perante ao amor materno, perante o ciclo da existência e, em uma espécie de depoimento de terceiros, sobre suas próprias memórias.
Ademais a flor que Uno desde muito tempo cuida, Naomi, se empondera como autora da obra decidindo acima de tudo e todos o que será mostrado na tela, se uma hora saberemos o que passa atrás da janela, em outra poderemos ser vetados de ter essa visão pelas mãos de Naomi. Em outro caso teremos que ver uma Vó com um espinho de roseira no nariz, ou mesmo nos será retificado pela cineasta o que é visto na tela de modo a atestar o que a ilusão do vídeo nos mostra.
Naomi Kawase é uma cineasta inquieta, urgente e acima de tudo sensível, e ao mesmo tempo uma pessoa comum de riso fácil como todos.
Príncipes no Exílio
3.4 2[/spoiler] Brigite vai abortar cintron não tem muita importancia top vai recusar um menage e não sei pq o camilo ta no filme
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