Ótimo épico medieval, onde o diretor Paul Verhoeven enfatiza de maneira crua todos os aspectos sombrios desse período histórico, como brutalidade sexual, barbárie anárquica, peste negra e moralidade religiosa ambígua. Rutger Hauer entrega um personagem odioso com muita personalidade, assim como uma jovem Jennifer Jason Leigh que transmite muito bem os sentimentos conturbados de sua personagem com uma atuação sensível e sua beleza angelical. Apesar de pouco conhecido atualmente, foi produzido com maestria, tornando-se um clássico atemporal. Recomendo! (09/03/22, YIFY) ****
Talvez eu tenha elevado as minhas expectativas ao ver o nome de Ridley Scott assinando a direção e tantos ícones integrando o elenco, mas no final do filme, fiquei com um sabor amargo de decepção. Os maiores destaques dessa produção são técnicos: direção de arte, reconstituição de época, a trilha sonora recheada de hits dos anos 70 e 80, o figurino e a maquiagem (Leto realmente está irreconhecível) são muito bons. Já o roteiro é pouco inspirado, os diálogos logo tornam-se cansativos; e por toda a repercussão sobre a performance de Lady Gaga, eu me frustrei nas cenas mais dramáticas, onde ela apresenta nada além de exagero. Realmente, não merecia disputar o Oscar nas categorias principais. (11/02/22) **
Um verdadeiro clássico dos anos 90, com um elenco repleto de - até então - jovens atores promissores, cheio várias auto-referências de Wes Craven - como na cena do faxineiro Freddy com a blusa listrada vermelha e preta, ou no diálogo entre Drew Barrymore e Ghostface sobre o primeiro A Hora do Pesadelo ter sido o único verdadeiramente assustador da franquia. Existe um certo deboche no roteiro, um humor certeiro que torna o filme ainda mais divertido! (30/01/22) ***
Tocante e belíssima animação, que aborda a tragédia humanitária do Afeganistão sob as ordens do Talibã, aos olhos de Parvana, uma garotinha sonhadora que se passa por menino para poder trabalhar e ajudar a sustentar a sua família quando o seu pai é preso injustamente. A animação é primorosa, e a jornada de Parvana é emocionante, difícil de segurar as lágrimas no final! (30/01/22, RTP Play) ****
"A Sombra de Stalin" é a cinebiografia do jornalista britânico Gareth Jones, que testemunhou os horrores cometidos pela União Soviética ao povo ucraniano às vésperas da Segunda Guerra Mundial. A direção da cineasta polonesa Agnieszka Holland (O Jardim Secreto, O Segredo de Beethoven) é competente, mas falha em momentos que poderiam ser mais impactantes. Tecnicamente, o filme tem muitas qualidades: os atores, a reconstituição de época, a fotografia, e o mais importante: relembrar uma história que não pode se repetir, nesses tempos em que vemos a possibilidade de uma intervenção militar russa na Ucrânia, noventa anos depois da viagem de Jones. (29/01/22, Sesc Digital) ***½
Estou um pouco atordoado ao ler tantos comentários positivos a esse filme, que tenta balancear um roteiro medíocre com o talento de seu elenco. É a história de um escritor que não escreve, e que se muda para um lugar isolado para ficar mais próximo do novo trabalho de sua esposa, que mesmo assim passa dias afastada para trabalhar. Não faz sentido, mas piora. Esse escritor é acompanhado de um amigo imaginário, um Ryan Reynolds com um colant ridículo de super-herói que, se não diverte, constrange bastante. Kieran Culkin está aqui só pra um desfecho tão inócuo quanto a reação de sua amiga. Ah, e claro, a maravilhosa Emma Stone, que consegue entregar mais uma excelente atuação, e a química inusitada com Jeff Daniels consegue garantir um interesse até o final. O filme até tem algumas boas ideias, mas parece haver um esforço para manter uma atmosfera hipster, e a sessão termina com uma sensação de potencial desperdiçado. (27/01/22, NetMovies) **
Bom filme de ação, um dos melhores protagonizados por Mark Dacascos (O Combate - Lágrimas do Guerreiro, O Pacto dos Lobos), aqui em seu auge como artista marcial, nas frenéticas sequencias de ação idealizadas por Koichi Sakamoto (especialista em tokusatsu, dirigiu diversos episódios de Power Rangers, Ultraman, Kamen Rider e o recente crossover Space Squad). Kadeem Hardison faz bem o papel de alívio cômico que, apesar de sua entrada ser um tanto desnecessária na trama, seu carisma dá sentido ao personagem. Vale ressaltar também uma Brittany Murphy bem maluquinha em uma das suas primeiras aparições no cinema, que rouba a cena todas as vezes que aparece. Altamente recomendável para os admiradores do cinema de ação noventista! (26/01/22, YouTube) ***
Diversão típica de videolocadora, com o lendário Chuck Norris distribuindo pontapés na cara do demônio! Com produção de Yoram Globus em um dos últimos projetos da Cannon, já sem seu parceiro Menahem Golan, a aventura tem como cenário Israel, país de origem dos lendários produtores, em uma espécie de homenagem à terra natal. O filme conta com a fotografia do brasileiro João Fernandes (Braddock, Red Scorpion), música de George S. Clinton (Mortal Kombat, Austin Powers) e direção do irmão mais novo de Chuck Norris, Aaron Norris (Comando Delta 2). São esses elementos toscos que tornam essa obra uma diversão nostálgica garantida! Não esqueça de rebobinar! (23/01/22, YouTube) ***
"A Hora do Acerto" é quinto filme da franquia Police Story, mas não é ligado diretamente aos demais. Aqui não existe a comédia habitual de Jackie Chan, pelo contrário, é um dos mais dramáticos de sua carreira - a perda de sua equipe, a quase execução de sua namorada, o desprezo de seus colegas, o alcoolismo causado por seu sentimento de culpa. Nicholas Tse divide muito bem a tela com Chan em uma química bem dinâmica, e não desaponta nas cenas de ação. Tem alguns pontos questionáveis, como o personagem de Tse se infiltrar na delegacia como policial e ninguém dar a mínima importância; e alguns efeitos digitais que já ficaram um pouco ultrapassados; mas não são problemas que atrapalham a diversão do filme, já que as cenas de luta funcionam muito bem, com as belas paisagens de Hong Kong muito bem fotografadas. No geral, é um bom filme de ação. (19/01/22, YouTube) ***
Fitinha de ação genérica produzida na Rússia, estrelado por Steven Brand (O Escorpião Rei), o ex-fisiculturista russo Alexander Nevsky, David Carradine (Kung Fu, Kill Bill) no fim de sua vida e carreira, e Sherilyn Fenn (Twin Peaks). Até que começa divertido, na mesma linha de "Caçadora de Relíquias", mas o filme não sabe onde quer chegar, e mistura todo tipo de elementos aleatórios: bandidos, tiroteios, templários, caça ao tesouro e corridas clandestinas. As cenas de ação são realmente péssimas - as lutas, os tiros, as explosões, nada teve capricho algum. Não chega a ser uma tortura assistir, mas longe de ser recomendável. Merece o esquecimento! (18/01/22, DVD) *½
Razoável suspense inspirado em obra de Stephen King, com interpretações fraquinhas de Wes Bentley e Christian Slater. O que Emmanuelle Vaugier tem de linda, a sua personagem tem de burra!! Apesar da direção, roteiro, atuações, montagem e trilha sonora serem ruins, o desfecho é satisfatório e a curta duração é um trunfo a seu favor. (18/01/22, DVD) **
Um surpreendente suspense com elementos de ficção científica e drama familiar, competente em sua proposta, com ótimas atuações de Dennis Quaid e Jim Caviezel.
Na minha opinião, o filme envelheceu muito bem; nem parece ter mais de vinte anos de sua realização. Recomendo! (17/01/22) ***½
Diferente de filmes como Orquídea Selvagem e Lambada, em "Eu, Você, Ele e Os Outros" fica nítido que os produtores e atores interagiram de verdade com o nosso país - ainda que explore apenas os "clichês brasileiros" como carnaval, samba e futebol. Tem uma piada sagaz ao apresentar um bandido vilanesco conhecido como Tango, com os estereótipos de argentino. A dupla dos italianos Bud Spencer e Terence Hill sempre vale a sessão, com seus carismas e química únicos em tela. Essa é uma divertida aventura, que além de trazer todos os elementos clássicos da dupla - comédia com bastante pancadaria - é ambientada no Rio de Janeiro. Rachei muito com o Ataíde Arcoverde interpretando o chofer! Nostalgia mágica! (16/01/22, YouTube) ***
Um elenco excepcional, ótimo roteiro - claramente influenciado por Quentin Tarantino, talvez por influência dos produtores Weinstein, que também produziram a maioria de seus filmes -, e uma bela fotografia embalam "Coisas Para Fazer em Denver Quando Você Está Morto" como um excelente filme noir noventista!
Excelente retrato da história real do campo de concentração nazista de Sobibor, localizado no leste da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, e a fuga em massa de centenas de seus prisioneiros. O roteiro é bem escrito, e o trio de protagonistas - Arkin, Pacula e Hauer - entregam grandes interpretações, que garantem a imersão no drama dos personagens. Embora esse filme não seja muito conhecido, vale muito a pena assistir, e é possível encontrá-lo facilmente para assistir online (em baixa resolução). (13/01/22, YouTube) ****
Terminei de assistir no Festival Ano Novo da TV Globo, e constatei a minha desconfiança: essa é a pior adaptação de Robin Hood de todos os tempos! Impressionante ver que no currículo desse diretor tem episódios de Peaky Blinders e Black Mirror, porque aqui não existe qualidade alguma. Os figurinos são demasiadamente moderninhos, os atores não convencem, o roteiro é mal desenvolvido, a malandragem no excesso de cortes na edição para disfarçar a falta de técnica, efeitos bem meia-boca... Nada segura essa bomba! Serve apenas para constatar o quanto as versões de Kevin Reynolds e de Ridley Scott são geniais. (11/01/22, TV Globo) *
"As Trapaceiras" me passou desapercebido na época do seu lançamento, e acabei assistindo na sua estréia na TV aberta. Em uma determinada cena, eu achei que a trama estava se parecendo muito com "Os Safados" de 1988 e, depois de uma rápida pesquisa no Google, descobri que tratava-se de um remake. Algumas piadas funcionam, mas a personagem de Rebel Wilson, que na outra versão era interpretado de maneira brilhante por Steve Martin, se limita a fazer várias piadas de gordo, do tipo "eu adoro um buffet". Anne Hathaway também não mantém o tom sarcástico de Michael Caine, mas a sua presença em tela é sempre um deleite aos olhos, mesmo com preguiça de atuar. Não está à altura do material original, mas vale como entretenimento! (10/01/22, TV Globo - Tela Quente) **½
"Ghostland" é um filme ruim que ambiciona tanto em ser um cult-movie, que fica ainda pior. É uma colagem de várias idéias dispersas, quase lisérgicas, com referências a westerns, filmes pós-apocalípticos e de samurais; que mesmo embalados com uma boa fotografia e os talentos de Nicolas Cage e Sofia Boutella, não são o bastante para estancar a diarréia mental e megalomaníaca de Sion Sono. É o pior título dessa nova fase do astro que é todo nicolas-cagezinho. (10/01/21) *
Eu assisti com uma certa expectativa ao ver as atrizes que integravam o elenco, mas logo nos primeiros segundos, ela foi embora quando surgiu o nome "The Asylum". Olha, baixo orçamento não é desculpa: o filme parece ter sido gravado e editado em três dias, e seria muito legal se tivesse um pouquinho de carinho por parte da produção. Zöe Bell tem as melhores cenas de ação, mostrando todas as suas habilidades como dublê. (10/01/21, YouTube - Canal Alta Tensão) *
Emocionante drama sul-coreano, com grandes atuações e várias lágrimas! Recomendo muito! Esse filme está disponibilizado por tempo limitado na plataforma Cultura em Casa, para ser assistido gratuitamente. (09/01/22) ****
É difícil falar sobre "Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente" de maneira imparcial. Em 2003, eu tinha apenas dez anos, eu morava em São Paulo e, junto de minha mãe, frequentava muito a Biblioteca Sesi, que ficava no piso inferior do prédio da FIESP, na Avenida Paulista (atualmente, o espaço é um pavilhão para exposições, e a biblioteca foi transferida). Nessa época, estreava no teatro do Sesi a peça "Piratas do Tietê - O Filme", na qual assisti na pré-estréia e mais quatro vezes, a tal ponto de ter decorado as falas da peça! E na véspera da estréia, houve o encontro dos usuários da biblioteca com os cartunistas Angeli e Laerte (naquela época, ainda O Laerte, mas como disse o Angeli naquele dia, "sempre foi o viado da turma" rs). Esse encontro em tão tenra idade me deixou uma grande marca, e tornei-me ainda mais fã do trabalho desses dois caras (depois o Laerte virou a Laerte, mas acho que todo mundo já sabe). E eis que, quase 20 anos depois, pude assistir a esse maravilhoso trabalho em stop-motion que revisita toda a criatividade de Angeli, com uma metalinguagem de documentário, que faz um excelente balanço entre realidade e ficção. Sem contar nas ótimas colaborações de outros dois caras que eu sou muito fã e que dublam esse filme: Milhem Cortaz e Paulo Miklos. Sério, é uma experiência única ver esses personagens que conhecemos em tirinhas dos jornais com formas tridimensionais em uma animação realizada com muita paixão e capricho. Eu torço para que esse título abra os caminhos para explorar mais os quadrinhos nacionais na animação brasileira! Um novo clássico! (04/01/22) *****
É ruim com força, mas os filmes B dos anos 90 tinham uma atmosfera específica que os torna difíceis de serem julgados! Dacascos estava no ponto alto de sua carreira - emplacou DNA depois de protagonizar Esporte Sangrento, Double Dragon e O Combate - Lágrimas do Guerreiro, e às vésperas de ser o Eric Draven na série O Corvo. O filme é uma bagunça total - por vezes quer ser um filme de aventura na selva, depois tenta partir para um Predador genérico. Nada se salva, na verdade; mas não deixa de ser um filme bom para passar o tempo. É um daqueles filmes que dá para assistir no celular sem perder a experiência. (03/01/22 - YouTube, canal FilmPlus) **
Lucia Murat escancara o preconceito e o desconhecimento sobre o nosso país nesse interessante documentário que, apesar de entregar suas melhores cenas no trailer, agrega muito valor à filmografia nacional. Dá vontade de xingar alguns diretores depois de assistir! (SpCine Play, 02/01/22) ***
Um pouco inferior à primeira parte, mas continua com boas sacadas. Surpreende mais uma vez, ao nos fazer sentir pena do Cartman. Hilária a crítica aos jogos NFT! South Park continua excepcional! ****
Conquista Sangrenta
3.7 61 Assista AgoraÓtimo épico medieval, onde o diretor Paul Verhoeven enfatiza de maneira crua todos os aspectos sombrios desse período histórico, como brutalidade sexual, barbárie anárquica, peste negra e moralidade religiosa ambígua. Rutger Hauer entrega um personagem odioso com muita personalidade, assim como uma jovem Jennifer Jason Leigh que transmite muito bem os sentimentos conturbados de sua personagem com uma atuação sensível e sua beleza angelical. Apesar de pouco conhecido atualmente, foi produzido com maestria, tornando-se um clássico atemporal. Recomendo! (09/03/22, YIFY) ****
Casa Gucci
3.2 706 Assista AgoraTalvez eu tenha elevado as minhas expectativas ao ver o nome de Ridley Scott assinando a direção e tantos ícones integrando o elenco, mas no final do filme, fiquei com um sabor amargo de decepção. Os maiores destaques dessa produção são técnicos: direção de arte, reconstituição de época, a trilha sonora recheada de hits dos anos 70 e 80, o figurino e a maquiagem (Leto realmente está irreconhecível) são muito bons. Já o roteiro é pouco inspirado, os diálogos logo tornam-se cansativos; e por toda a repercussão sobre a performance de Lady Gaga, eu me frustrei nas cenas mais dramáticas, onde ela apresenta nada além de exagero. Realmente, não merecia disputar o Oscar nas categorias principais. (11/02/22) **
Pânico
3.6 1,6K Assista AgoraUm verdadeiro clássico dos anos 90, com um elenco repleto de - até então - jovens atores promissores, cheio várias auto-referências de Wes Craven - como na cena do faxineiro Freddy com a blusa listrada vermelha e preta, ou no diálogo entre Drew Barrymore e Ghostface sobre o primeiro A Hora do Pesadelo ter sido o único verdadeiramente assustador da franquia. Existe um certo deboche no roteiro, um humor certeiro que torna o filme ainda mais divertido! (30/01/22) ***
A Ganha-Pão
4.4 272Tocante e belíssima animação, que aborda a tragédia humanitária do Afeganistão sob as ordens do Talibã, aos olhos de Parvana, uma garotinha sonhadora que se passa por menino para poder trabalhar e ajudar a sustentar a sua família quando o seu pai é preso injustamente. A animação é primorosa, e a jornada de Parvana é emocionante, difícil de segurar as lágrimas no final! (30/01/22, RTP Play) ****
A Sombra de Stalin
3.5 59 Assista Agora"A Sombra de Stalin" é a cinebiografia do jornalista britânico Gareth Jones, que testemunhou os horrores cometidos pela União Soviética ao povo ucraniano às vésperas da Segunda Guerra Mundial.
A direção da cineasta polonesa Agnieszka Holland (O Jardim Secreto, O Segredo de Beethoven) é competente, mas falha em momentos que poderiam ser mais impactantes. Tecnicamente, o filme tem muitas qualidades: os atores, a reconstituição de época, a fotografia, e o mais importante: relembrar uma história que não pode se repetir, nesses tempos em que vemos a possibilidade de uma intervenção militar russa na Ucrânia, noventa anos depois da viagem de Jones. (29/01/22, Sesc Digital) ***½
Tempo de Crescer
3.5 246Estou um pouco atordoado ao ler tantos comentários positivos a esse filme, que tenta balancear um roteiro medíocre com o talento de seu elenco. É a história de um escritor que não escreve, e que se muda para um lugar isolado para ficar mais próximo do novo trabalho de sua esposa, que mesmo assim passa dias afastada para trabalhar. Não faz sentido, mas piora. Esse escritor é acompanhado de um amigo imaginário, um Ryan Reynolds com um colant ridículo de super-herói que, se não diverte, constrange bastante. Kieran Culkin está aqui só pra um desfecho tão inócuo quanto a reação de sua amiga. Ah, e claro, a maravilhosa Emma Stone, que consegue entregar mais uma excelente atuação, e a química inusitada com Jeff Daniels consegue garantir um interesse até o final. O filme até tem algumas boas ideias, mas parece haver um esforço para manter uma atmosfera hipster, e a sessão termina com uma sensação de potencial desperdiçado. (27/01/22, NetMovies) **
Drive: Tensão Máxima
3.5 43Bom filme de ação, um dos melhores protagonizados por Mark Dacascos (O Combate - Lágrimas do Guerreiro, O Pacto dos Lobos), aqui em seu auge como artista marcial, nas frenéticas sequencias de ação idealizadas por Koichi Sakamoto (especialista em tokusatsu, dirigiu diversos episódios de Power Rangers, Ultraman, Kamen Rider e o recente crossover Space Squad).
Kadeem Hardison faz bem o papel de alívio cômico que, apesar de sua entrada ser um tanto desnecessária na trama, seu carisma dá sentido ao personagem. Vale ressaltar também uma Brittany Murphy bem maluquinha em uma das suas primeiras aparições no cinema, que rouba a cena todas as vezes que aparece.
Altamente recomendável para os admiradores do cinema de ação noventista!
(26/01/22, YouTube) ***
Perigo Mortal
3.1 44Diversão típica de videolocadora, com o lendário Chuck Norris distribuindo pontapés na cara do demônio! Com produção de Yoram Globus em um dos últimos projetos da Cannon, já sem seu parceiro Menahem Golan, a aventura tem como cenário Israel, país de origem dos lendários produtores, em uma espécie de homenagem à terra natal. O filme conta com a fotografia do brasileiro João Fernandes (Braddock, Red Scorpion), música de George S. Clinton (Mortal Kombat, Austin Powers) e direção do irmão mais novo de Chuck Norris, Aaron Norris (Comando Delta 2). São esses elementos toscos que tornam essa obra uma diversão nostálgica garantida! Não esqueça de rebobinar! (23/01/22, YouTube) ***
A Hora do Acerto
3.6 76 Assista Agora"A Hora do Acerto" é quinto filme da franquia Police Story, mas não é ligado diretamente aos demais. Aqui não existe a comédia habitual de Jackie Chan, pelo contrário, é um dos mais dramáticos de sua carreira - a perda de sua equipe, a quase execução de sua namorada, o desprezo de seus colegas, o alcoolismo causado por seu sentimento de culpa. Nicholas Tse divide muito bem a tela com Chan em uma química bem dinâmica, e não desaponta nas cenas de ação.
Tem alguns pontos questionáveis, como o personagem de Tse se infiltrar na delegacia como policial e ninguém dar a mínima importância; e alguns efeitos digitais que já ficaram um pouco ultrapassados; mas não são problemas que atrapalham a diversão do filme, já que as cenas de luta funcionam muito bem, com as belas paisagens de Hong Kong muito bem fotografadas. No geral, é um bom filme de ação. (19/01/22, YouTube) ***
Velozes e Audazes: Caçadores de Tesouros
2.5 4 Assista AgoraFitinha de ação genérica produzida na Rússia, estrelado por Steven Brand (O Escorpião Rei), o ex-fisiculturista russo Alexander Nevsky, David Carradine (Kung Fu, Kill Bill) no fim de sua vida e carreira, e Sherilyn Fenn (Twin Peaks).
Até que começa divertido, na mesma linha de "Caçadora de Relíquias", mas o filme não sabe onde quer chegar, e mistura todo tipo de elementos aleatórios: bandidos, tiroteios, templários, caça ao tesouro e corridas clandestinas. As cenas de ação são realmente péssimas - as lutas, os tiros, as explosões, nada teve capricho algum.
Não chega a ser uma tortura assistir, mas longe de ser recomendável. Merece o esquecimento! (18/01/22, DVD) *½
Sede de Vingança
3.0 84Razoável suspense inspirado em obra de Stephen King, com interpretações fraquinhas de Wes Bentley e Christian Slater. O que Emmanuelle Vaugier tem de linda, a sua personagem tem de burra!! Apesar da direção, roteiro, atuações, montagem e trilha sonora serem ruins, o desfecho é satisfatório e a curta duração é um trunfo a seu favor. (18/01/22, DVD) **
Alta Frequência
3.9 389 Assista AgoraUm surpreendente suspense com elementos de ficção científica e drama familiar, competente em sua proposta, com ótimas atuações de Dennis Quaid e Jim Caviezel.
Na minha opinião, o filme envelheceu muito bem; nem parece ter mais de vinte anos de sua realização. Recomendo! (17/01/22) ***½
Eu, Você, Ele e os Outros
3.4 29Diferente de filmes como Orquídea Selvagem e Lambada, em "Eu, Você, Ele e Os Outros" fica nítido que os produtores e atores interagiram de verdade com o nosso país - ainda que explore apenas os "clichês brasileiros" como carnaval, samba e futebol. Tem uma piada sagaz ao apresentar um bandido vilanesco conhecido como Tango, com os estereótipos de argentino.
A dupla dos italianos Bud Spencer e Terence Hill sempre vale a sessão, com seus carismas e química únicos em tela. Essa é uma divertida aventura, que além de trazer todos os elementos clássicos da dupla - comédia com bastante pancadaria - é ambientada no Rio de Janeiro. Rachei muito com o Ataíde Arcoverde interpretando o chofer!
Nostalgia mágica! (16/01/22, YouTube) ***
Coisas Para Fazer em Denver Quando Você Está Morto
3.4 65Um elenco excepcional, ótimo roteiro - claramente influenciado por Quentin Tarantino, talvez por influência dos produtores Weinstein, que também produziram a maioria de seus filmes -, e uma bela fotografia embalam "Coisas Para Fazer em Denver Quando Você Está Morto" como um excelente filme noir noventista!
Fuga de Sobibor
4.1 65 Assista AgoraExcelente retrato da história real do campo de concentração nazista de Sobibor, localizado no leste da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial, e a fuga em massa de centenas de seus prisioneiros. O roteiro é bem escrito, e o trio de protagonistas - Arkin, Pacula e Hauer - entregam grandes interpretações, que garantem a imersão no drama dos personagens. Embora esse filme não seja muito conhecido, vale muito a pena assistir, e é possível encontrá-lo facilmente para assistir online (em baixa resolução). (13/01/22, YouTube) ****
Robin Hood: A Origem
2.8 297 Assista AgoraTerminei de assistir no Festival Ano Novo da TV Globo, e constatei a minha desconfiança: essa é a pior adaptação de Robin Hood de todos os tempos! Impressionante ver que no currículo desse diretor tem episódios de Peaky Blinders e Black Mirror, porque aqui não existe qualidade alguma. Os figurinos são demasiadamente moderninhos, os atores não convencem, o roteiro é mal desenvolvido, a malandragem no excesso de cortes na edição para disfarçar a falta de técnica, efeitos bem meia-boca... Nada segura essa bomba! Serve apenas para constatar o quanto as versões de Kevin Reynolds e de Ridley Scott são geniais. (11/01/22, TV Globo) *
As Trapaceiras
2.7 316 Assista Agora"As Trapaceiras" me passou desapercebido na época do seu lançamento, e acabei assistindo na sua estréia na TV aberta. Em uma determinada cena, eu achei que a trama estava se parecendo muito com "Os Safados" de 1988 e, depois de uma rápida pesquisa no Google, descobri que tratava-se de um remake. Algumas piadas funcionam, mas a personagem de Rebel Wilson, que na outra versão era interpretado de maneira brilhante por Steve Martin, se limita a fazer várias piadas de gordo, do tipo "eu adoro um buffet". Anne Hathaway também não mantém o tom sarcástico de Michael Caine, mas a sua presença em tela é sempre um deleite aos olhos, mesmo com preguiça de atuar. Não está à altura do material original, mas vale como entretenimento! (10/01/22, TV Globo - Tela Quente) **½
Ghostland: Terra Sem Lei
2.2 63 Assista Agora"Ghostland" é um filme ruim que ambiciona tanto em ser um cult-movie, que fica ainda pior. É uma colagem de várias idéias dispersas, quase lisérgicas, com referências a westerns, filmes pós-apocalípticos e de samurais; que mesmo embalados com uma boa fotografia e os talentos de Nicolas Cage e Sofia Boutella, não são o bastante para estancar a diarréia mental e megalomaníaca de Sion Sono. É o pior título dessa nova fase do astro que é todo nicolas-cagezinho. (10/01/21) *
As Mercenárias
2.5 34Eu assisti com uma certa expectativa ao ver as atrizes que integravam o elenco, mas logo nos primeiros segundos, ela foi embora quando surgiu o nome "The Asylum". Olha, baixo orçamento não é desculpa: o filme parece ter sido gravado e editado em três dias, e seria muito legal se tivesse um pouquinho de carinho por parte da produção.
Zöe Bell tem as melhores cenas de ação, mostrando todas as suas habilidades como dublê. (10/01/21, YouTube - Canal Alta Tensão) *
Canola
4.3 48Emocionante drama sul-coreano, com grandes atuações e várias lágrimas! Recomendo muito! Esse filme está disponibilizado por tempo limitado na plataforma Cultura em Casa, para ser assistido gratuitamente. (09/01/22) ****
Bob Cuspe: Nós Não Gostamos de Gente
3.7 39É difícil falar sobre "Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente" de maneira imparcial. Em 2003, eu tinha apenas dez anos, eu morava em São Paulo e, junto de minha mãe, frequentava muito a Biblioteca Sesi, que ficava no piso inferior do prédio da FIESP, na Avenida Paulista (atualmente, o espaço é um pavilhão para exposições, e a biblioteca foi transferida). Nessa época, estreava no teatro do Sesi a peça "Piratas do Tietê - O Filme", na qual assisti na pré-estréia e mais quatro vezes, a tal ponto de ter decorado as falas da peça! E na véspera da estréia, houve o encontro dos usuários da biblioteca com os cartunistas Angeli e Laerte (naquela época, ainda O Laerte, mas como disse o Angeli naquele dia, "sempre foi o viado da turma" rs).
Esse encontro em tão tenra idade me deixou uma grande marca, e tornei-me ainda mais fã do trabalho desses dois caras (depois o Laerte virou a Laerte, mas acho que todo mundo já sabe). E eis que, quase 20 anos depois, pude assistir a esse maravilhoso trabalho em stop-motion que revisita toda a criatividade de Angeli, com uma metalinguagem de documentário, que faz um excelente balanço entre realidade e ficção.
Sem contar nas ótimas colaborações de outros dois caras que eu sou muito fã e que dublam esse filme: Milhem Cortaz e Paulo Miklos.
Sério, é uma experiência única ver esses personagens que conhecemos em tirinhas dos jornais com formas tridimensionais em uma animação realizada com muita paixão e capricho. Eu torço para que esse título abra os caminhos para explorar mais os quadrinhos nacionais na animação brasileira! Um novo clássico! (04/01/22) *****
DNA: Caçada ao Predador
2.3 64 Assista AgoraÉ ruim com força, mas os filmes B dos anos 90 tinham uma atmosfera específica que os torna difíceis de serem julgados! Dacascos estava no ponto alto de sua carreira - emplacou DNA depois de protagonizar Esporte Sangrento, Double Dragon e O Combate - Lágrimas do Guerreiro, e às vésperas de ser o Eric Draven na série O Corvo.
O filme é uma bagunça total - por vezes quer ser um filme de aventura na selva, depois tenta partir para um Predador genérico. Nada se salva, na verdade; mas não deixa de ser um filme bom para passar o tempo. É um daqueles filmes que dá para assistir no celular sem perder a experiência. (03/01/22 - YouTube, canal FilmPlus) **
Olhar Estrangeiro
3.8 47 Assista AgoraLucia Murat escancara o preconceito e o desconhecimento sobre o nosso país nesse interessante documentário que, apesar de entregar suas melhores cenas no trailer, agrega muito valor à filmografia nacional. Dá vontade de xingar alguns diretores depois de assistir! (SpCine Play, 02/01/22) ***
South Park: Pós-Covid
3.5 29 Assista AgoraUm pouco inferior à primeira parte, mas continua com boas sacadas. Surpreende mais uma vez, ao nos fazer sentir pena do Cartman. Hilária a crítica aos jogos NFT! South Park continua excepcional! ****