Nem sequência, nem reboot: Matrix Resurrections é um spin-off da trilogia que revolucionou o cinema, mas sem suas qualidades. A direção tenta compensar um roteiro sem pé nem cabeça no carisma de seu elenco; por vezes consegue, mas tem tantas cenas "vergonha alheia" que tudo se perde. Em outros tempos, copiar o material original em uma sequencia seria chamado de "falta de originalidade" e "preguiçoso", mas hoje tem um nome mais bonitinho: fan-service, e nesse quesito, esse filme também erra miseravelmente. Não há outro motivo para a realização desse filme senão encher os bolsos da Warner, como é deixado claro no roteiro em um diálogo com todas as palavras! Mesmo sendo muito fã da franquia, não desce. Parece um mockbuster horroroso da Asylum, só que com muitos milhões de dólares no orçamento. (01/01/22) *
Interessante documentário sobre a trajetória dos primos israelenses Menagem Golan e Yohan Globus rumo ao sonho americano, como criaram a Cannon e criaram uma verdadeira indústria de filmes independentes de baixa qualidade. Os comentários de bastidores com ex-colaboradores da produtora oferece uma perspectiva de como eram os insanos anos 80: uma Hollywood apaixonada pelo cinema, atores com egos inflados, equipes que trabalhavam muito e ganhavam pouco, orçamentos extrapolados, falta de recursos para finalizar as produções, e produtores excêntricos que quebraram a barreira de produzir filmes em maior quantidade do que os grandes estúdios. Um prato cheio para os portadores da carteirinha da videolocadora! (30/12/21) ****
Um bom filme que encerra o ciclo de Daniel Craig como Bond, mas com algumas ressalvas. A insossa música de Billie Eilish não está no nível das canções apresentadas ao longo da franquia, e Rami Malek não convence como o grande vilão por trás da conspiração que pretende extinguir parte da humanidade. Os grandes destaques são Ana de Armas e Léa Seidoux, essas sim "bond-girls" à altura da franquia. Lashana Lynch é uma boa atriz, mas a sua personagem é rasa, limitando-se a um alívio cômico constrangedor. Tive a sensação de que faltou alguma coisa, mas no geral é um bom último capítulo, com um desfecho inovador na saga do maior espião do cinema. (19/12/21) ***
"Lamarca" tem os seus problemas, mas o seu elenco formidável - com destaque para Carla Camuratti, no auge de sua beleza e de seu talento como atriz, assim como José de Abreu interpretando o canalha de plantão e um Selton Mello saindo da puberdade - conseguem segurar o filme. O roteiro, de fato, poderia ter sido melhor trabalhado; os diálogos são mornos e a tensão não chega a surtir efeitos. Rezende opta por uma linguagem quase teatral, e em alguns pontos, parece que estamos assistindo a uma novela ao invés de um filme para cinema. A bela fotografia e os efeitos provocados pela filmagem em película nos brinda com o charme das produções brasileiras daquele período "pré-Ancine". (18/12/21) ***
Sensacional! Trey Parker teve a coragem de surpreender ao fazer esse "telefilme", mas com um tom diferente, menos escatológico e mais melodramático, causando sensações estranhas no estilo de BoJack Horseman. A história tem boas sacadas, e a segunda parte promete ser bem legal! Por mais especiais de South Park! (17/12/21) ****
Despretensiosa e divertida aventura norueguesa, no clássico "estilo Sessão da Tarde". Bons efeitos especiais, atores carismáticos e belas paisagens compensam um roteiro bobinho; é um bom representante do gênero de "fantasia", tornando-se uma boa opção para uma sessão em família. Disponível para assistir gratuitamente na plataforma do VIX. (17/12/21) ***
Nesse segundo especial de fim de ano para a Globoplay (no mínimo inusitado, já que é contratado do SBT), Murilo Couto volta a ter platéia presencial em um imenso teatro em São Paulo, com seu hilário espetáculo de stand-up comedy, recheado de piadas ácidas e politicamente incorretas. Essencial para todos os fãs do artista! (13/12/21) ****
Wagner Moura estreia na direção em grande estilo, com grande foco nas interpretações e na maravilhosa reconstituição dos anos de 1960! Seu Jorge entrega uma performance surpreendente, a fotografia é primorosa e o elenco recheado de bons atores consegue segurar o espectador pelas duas horas e meia de filme. Eu me surpreendi positivamente com a obra, que foi cancelada politicamente antes mesmo de sua estreia. (07/12/21) ***
Na minha opinião, a fórmula dos filmes do UCM apresenta um certo desgaste após "Vingadores: Ultimato", mas continuam sendo filmes divertidos e bem produzidos, com ótimos atores e efeitos especiais de primeira. Para assistir sem maiores pretensões. (06/12/21) ***
Alan Taylor foi diretor de diversos episódios de Família Soprano, e assina esse interessante spin-off, com uma boa caracterização dos atores, que ficaram impressionantemente parecidos com o elenco original da série. O roteiro, no entanto, não carrega a sagacidade e diálogos brilhantes característicos de uma das maiores obras já realizadas para a televisão. O elenco é excelente: Alessandro Nivola como Dickie Montisanti está incrível, Ray Liotta em um dos seus melhores papéis em muito tempo, assim como as válidas colaborações de Corey Stoll, Vera Farmiga e Jon Bernthal. Vale pela nostalgia; é como um episódio especial contado em retrospectiva. Mas acredito que não agrade novos espectadores que desconhecem o material original. (02/12/21) ***
Scott Adkins faz parte de um seleto grupo de atores que pode aceitar projetos de qualidade duvidosa sem causar grandes danos à sua imagem e carreira. Em "Prisão Estelar", uma produção B de ação e ficção científica, ele interpreta um agente do MI-6 que passa de herói a vilão, em uma premissa que já havia sido explorado à exaustão nos anos 80, mas com efeitos especiais digitais dos nossos tempos. Se o CGI não chega a ser uma grande experiência visual, também não passa vergonha. O filme é fraquinho, mas diverte quem curte o ator e o gênero - e suas podreiras; não chega a ser divertido, mas distrai. Que venham produções melhores no futuro de Adkins, um dos maiores astros de ação da atualidade. (02/12/21) *
Um bom filme nacional, com o nosso consagrado Santoro interpretando um vilão inescrupuloso, em uma trama sobre o submundo do trabalho escravo nas grandes cidades - à vista de todos, mas ao mesmo tempo, ninguém vê. Muito interessante a cena em que Luca está no carro discursando para Mateus, e a forma como os fios amontoados nos postes de São Paulo fazem a alusão ao cobre extraído de maneira sub-humana, em uma trágica sincronia à oratória do explorador. Nessa semana, "7 Prisioneiros" ocupou o Top 10 da Netflix em vinte países, provando que a produção cinematográfica brasileira é de nível de exportação! (30/11/21) ***
Realmente, uma das mais fracas adaptações dos quadrinhos para as telas dos últimos anos. Filme feito para encher os bolsos da Sony e do Tom Hardy que, além de atuar, ainda assina o roteiro e a produção dessa bomba! É nítido o desinteresse do elenco - os sempre ótimos Woody Harrelson e Michelle Williams, assim como o próprio Hardy, estão no piloto automático. Andy Serkis, consagrado ator pelas parcerias com Peter Jackson, mostra que não aprendeu muito com o mestre, e desaponta entregando um filme sem graça e sem personalidade, ao ponto em que parece que o diretor não chegou a regravar nenhuma cena, usando o primeiro take mesmo. Tem uma ou outra cena engraçadinha, mas no geral é só vergonha alheia mesmo. Dou duas estrelas e não só uma por conta da cena adicional que é bem legal, uma espécie de prólogo para "No Way Home", que aumenta o hype para o próximo filme do cabeça-de-teia! (25/11/21) **
Divertida aventura no estilo "Sessão da Tarde", com ótimo elenco, belos figurinos e design de produção bem caprichado. O roteiro compensa uma premissa bobinha com excelentes piadas; infelizmente, o final é meio abrupto dentro da narrativa que estava sendo construída, talvez pelos impactos da pandemia, mas não chega a estragar a experiência. (24/11/21, 16ª Festival do Cinema Italiano) ***
Eu assisti esperando uma comédia pastelona, mas está muito mais para um drama, que sabe trabalhar de maneira sutil temas pesados como pobreza, desemprego, habitação e relacionamento abusivo. A trilha sonora é recheada de belas músicas, os atores são ótimos e o enredo é bem original. É como se "Parasita" se encontrasse com "A Vida É Bela", mas em um desfecho muito mais agradável! Recomendo! (22/11/21, 16º Festival do Cinema Italiano) ****
Leve e despretensiosa comédia dramática, sobre a inesperada amizade de um renomado chef e um garoto com Síndrome de Asperger, que sonha em se tornar também um chef. Com produção dos brasileiros Caio e Fabiano Gullane, o filme é competente no que se propõe. (21/11/21. 16ª Festival do Cinema Italiano) ***
Italianíssimo giallo, com direção de Dario Argento, música de Ennio Morricone e fotografia de Vittorio Storaro. O suspense consegue segurar o expectador até o final, as reviravoltas são bem elaboradas e o conjunto de personagens bizarros - como o cafetão gago que repete "adeus" em todas as frases, ou o excêntrico pintor que se alimenta de gatos - garantem a diversão com essa pérola dos anos 70! (20/11/21, 16ª Mostra de Cinema Italiano) ***
Charmosa aventura da velha Hollywood, com o ar teatral e despojado dos filmes produzidos na década de 1940. Maureen O'Hara, que viria a contracenar diversas vezes com John Wayne, está no auge da sua graciosidade, aos seus 25 anos. É interessante ver como existem obras que envelhecem mal em pouco tempo, e outras que mantém a sua essência com o passar de (muitas) décadas! Delicioso e divertido! (15/11/21. YouTube, canal Cine Clássico) ***½
Esse filme é maravilhoso, mas não é para todos os públicos. A produção é impecável: Denis Villeneuve entrega mais uma direção grandiosa, excelentes fotografia e efeitos especiais, grande trilha sonora de Hans Zimmer, e o elenco é sensacional. Contudo, quem não conhece a obra de Frank Herbert, seja pelos livros ou pelas adaptações anteriores (a de 1984, dirigida por David Lynch, e a minissérie de 2000 produzida pelo SyFy) pode se sentir um tanto deslocado; assim como para quem espera uma obra recheada de ação e explosões. Sem sombra de dúvidas, é a versão definitiva da obra Duna para as telas. Para quem gostou, mas ficou com aquele gostinho de quero mais, recomendo veementemente as duas minisséries produzidas pelo canal SyFy, Duna (2000) e Filhos de Duna (2003), que contam os eventos posteriores aos desse filme. ****
Se for comparado ao primeiro filme da franquia, o péssimo "Skyline - A Invasão", até que conseguiram tirar leite de pedra nessa sequencia. Mas continua sendo uma franquia bem mais ou menos. Ritmo insosso, situações que não fazem muito sentido, efeitos especiais razoáveis e personagens rasos - eu dormi três vezes no meio do filme. Frank Grillo faz o que pode para segurar essa bomba, que segue trilhando sua carreira como herói de ação e ficção. **
Guy Ritchie comprova em Magnatas do Crime porque é um dos grandes cineastas da atualidade, ao escrever um roteiro delicioso, sobre os jogos de poder no submundo da indústria de drogas, recheado de ótimos diálogos, reviravoltas e piadas de humor negro; e entregar uma direção precisa, digna de um verdadeiro mestre. A fotografia foi assinada por Alan Stewart, que trabalhou com Ritchie em "Alladin" e "Infiltrado". Também não tem como não falar das atuações impecáveis de Matthew McConaughey, Charlie Hunnam, Colin Farrell e Hugh Grant, todos com personagens bem marcantes em suas carreiras. Perdi tempo em não ter visto antes, filmaço! (07/11/21) ****
Crossover entre os dois clássicos dos desenhos animados, com roteiro pouco inspirado, da safra de animações que a Warner têm produzido no atacado. Eustáquio tem um número musical bem vergonha alheia, assim como todos os personagens dançando no final, uma marca registrada de animações de baixa qualidade. Alegar que é feito para crianças não justifica resultados medíocres - a própria Hanna-Barbera desenvolveu uma série de longas nos anos 80 que garantia a diversão das crianças, mas também agradava aos adultos, que cresceram acompanhando os personagens. Vale pela curiosidade de ver os personagens reunidos e a repetição das fórmulas dos dois títulos. (07/11/21) **
Matrix Resurrections
2.8 1,3K Assista AgoraNem sequência, nem reboot: Matrix Resurrections é um spin-off da trilogia que revolucionou o cinema, mas sem suas qualidades. A direção tenta compensar um roteiro sem pé nem cabeça no carisma de seu elenco; por vezes consegue, mas tem tantas cenas "vergonha alheia" que tudo se perde.
Em outros tempos, copiar o material original em uma sequencia seria chamado de "falta de originalidade" e "preguiçoso", mas hoje tem um nome mais bonitinho: fan-service, e nesse quesito, esse filme também erra miseravelmente. Não há outro motivo para a realização desse filme senão encher os bolsos da Warner, como é deixado claro no roteiro em um diálogo com todas as palavras!
Mesmo sendo muito fã da franquia, não desce. Parece um mockbuster horroroso da Asylum, só que com muitos milhões de dólares no orçamento. (01/01/22) *
Electric Boogaloo: The Wild, Untold Story of Cannon Films
4.2 16Interessante documentário sobre a trajetória dos primos israelenses Menagem Golan e Yohan Globus rumo ao sonho americano, como criaram a Cannon e criaram uma verdadeira indústria de filmes independentes de baixa qualidade. Os comentários de bastidores com ex-colaboradores da produtora oferece uma perspectiva de como eram os insanos anos 80: uma Hollywood apaixonada pelo cinema, atores com egos inflados, equipes que trabalhavam muito e ganhavam pouco, orçamentos extrapolados, falta de recursos para finalizar as produções, e produtores excêntricos que quebraram a barreira de produzir filmes em maior quantidade do que os grandes estúdios. Um prato cheio para os portadores da carteirinha da videolocadora! (30/12/21) ****
007: Sem Tempo para Morrer
3.6 564 Assista AgoraUm bom filme que encerra o ciclo de Daniel Craig como Bond, mas com algumas ressalvas. A insossa música de Billie Eilish não está no nível das canções apresentadas ao longo da franquia, e Rami Malek não convence como o grande vilão por trás da conspiração que pretende extinguir parte da humanidade. Os grandes destaques são Ana de Armas e Léa Seidoux, essas sim "bond-girls" à altura da franquia. Lashana Lynch é uma boa atriz, mas a sua personagem é rasa, limitando-se a um alívio cômico constrangedor. Tive a sensação de que faltou alguma coisa, mas no geral é um bom último capítulo, com um desfecho inovador na saga do maior espião do cinema. (19/12/21) ***
Lamarca
3.3 52 Assista Agora"Lamarca" tem os seus problemas, mas o seu elenco formidável - com destaque para Carla Camuratti, no auge de sua beleza e de seu talento como atriz, assim como José de Abreu interpretando o canalha de plantão e um Selton Mello saindo da puberdade - conseguem segurar o filme. O roteiro, de fato, poderia ter sido melhor trabalhado; os diálogos são mornos e a tensão não chega a surtir efeitos. Rezende opta por uma linguagem quase teatral, e em alguns pontos, parece que estamos assistindo a uma novela ao invés de um filme para cinema. A bela fotografia e os efeitos provocados pela filmagem em película nos brinda com o charme das produções brasileiras daquele período "pré-Ancine". (18/12/21) ***
Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa
4.2 1,8K Assista AgoraFilmaço! Um grande desfecho para a trilogia do Tom Holland! (17/12/21) ****
South Park: Pós-Covid
3.5 29 Assista AgoraSensacional! Trey Parker teve a coragem de surpreender ao fazer esse "telefilme", mas com um tom diferente, menos escatológico e mais melodramático, causando sensações estranhas no estilo de BoJack Horseman. A história tem boas sacadas, e a segunda parte promete ser bem legal! Por mais especiais de South Park! (17/12/21) ****
Em Busca do Castelo Dourado
3.0 8 Assista AgoraDespretensiosa e divertida aventura norueguesa, no clássico "estilo Sessão da Tarde". Bons efeitos especiais, atores carismáticos e belas paisagens compensam um roteiro bobinho; é um bom representante do gênero de "fantasia", tornando-se uma boa opção para uma sessão em família. Disponível para assistir gratuitamente na plataforma do VIX. (17/12/21) ***
Murilo Couto: 2021
3.6 3Nesse segundo especial de fim de ano para a Globoplay (no mínimo inusitado, já que é contratado do SBT), Murilo Couto volta a ter platéia presencial em um imenso teatro em São Paulo, com seu hilário espetáculo de stand-up comedy, recheado de piadas ácidas e politicamente incorretas. Essencial para todos os fãs do artista! (13/12/21) ****
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraWagner Moura estreia na direção em grande estilo, com grande foco nas interpretações e na maravilhosa reconstituição dos anos de 1960! Seu Jorge entrega uma performance surpreendente, a fotografia é primorosa e o elenco recheado de bons atores consegue segurar o espectador pelas duas horas e meia de filme. Eu me surpreendi positivamente com a obra, que foi cancelada politicamente antes mesmo de sua estreia. (07/12/21) ***
Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
3.8 895 Assista AgoraNa minha opinião, a fórmula dos filmes do UCM apresenta um certo desgaste após "Vingadores: Ultimato", mas continuam sendo filmes divertidos e bem produzidos, com ótimos atores e efeitos especiais de primeira. Para assistir sem maiores pretensões. (06/12/21) ***
São Pedro Poveda
3.5 4 Assista Agora"A luz sempre será maior que a escuridão."
Os Muitos Santos de Newark: Uma História Soprano
3.3 109 Assista AgoraAlan Taylor foi diretor de diversos episódios de Família Soprano, e assina esse interessante spin-off, com uma boa caracterização dos atores, que ficaram impressionantemente parecidos com o elenco original da série. O roteiro, no entanto, não carrega a sagacidade e diálogos brilhantes característicos de uma das maiores obras já realizadas para a televisão. O elenco é excelente: Alessandro Nivola como Dickie Montisanti está incrível, Ray Liotta em um dos seus melhores papéis em muito tempo, assim como as válidas colaborações de Corey Stoll, Vera Farmiga e Jon Bernthal. Vale pela nostalgia; é como um episódio especial contado em retrospectiva. Mas acredito que não agrade novos espectadores que desconhecem o material original. (02/12/21) ***
Prisão Estelar
1.4 25Scott Adkins faz parte de um seleto grupo de atores que pode aceitar projetos de qualidade duvidosa sem causar grandes danos à sua imagem e carreira. Em "Prisão Estelar", uma produção B de ação e ficção científica, ele interpreta um agente do MI-6 que passa de herói a vilão, em uma premissa que já havia sido explorado à exaustão nos anos 80, mas com efeitos especiais digitais dos nossos tempos. Se o CGI não chega a ser uma grande experiência visual, também não passa vergonha. O filme é fraquinho, mas diverte quem curte o ator e o gênero - e suas podreiras; não chega a ser divertido, mas distrai. Que venham produções melhores no futuro de Adkins, um dos maiores astros de ação da atualidade. (02/12/21) *
7 Prisioneiros
3.9 318Um bom filme nacional, com o nosso consagrado Santoro interpretando um vilão inescrupuloso, em uma trama sobre o submundo do trabalho escravo nas grandes cidades - à vista de todos, mas ao mesmo tempo, ninguém vê. Muito interessante a cena em que Luca está no carro discursando para Mateus, e a forma como os fios amontoados nos postes de São Paulo fazem a alusão ao cobre extraído de maneira sub-humana, em uma trágica sincronia à oratória do explorador. Nessa semana, "7 Prisioneiros" ocupou o Top 10 da Netflix em vinte países, provando que a produção cinematográfica brasileira é de nível de exportação! (30/11/21) ***
Venom: Tempo de Carnificina
2.7 637 Assista AgoraRealmente, uma das mais fracas adaptações dos quadrinhos para as telas dos últimos anos. Filme feito para encher os bolsos da Sony e do Tom Hardy que, além de atuar, ainda assina o roteiro e a produção dessa bomba! É nítido o desinteresse do elenco - os sempre ótimos Woody Harrelson e Michelle Williams, assim como o próprio Hardy, estão no piloto automático. Andy Serkis, consagrado ator pelas parcerias com Peter Jackson, mostra que não aprendeu muito com o mestre, e desaponta entregando um filme sem graça e sem personalidade, ao ponto em que parece que o diretor não chegou a regravar nenhuma cena, usando o primeiro take mesmo. Tem uma ou outra cena engraçadinha, mas no geral é só vergonha alheia mesmo. Dou duas estrelas e não só uma por conta da cena adicional que é bem legal, uma espécie de prólogo para "No Way Home", que aumenta o hype para o próximo filme do cabeça-de-teia! (25/11/21) **
Todos-por-1-1-por-Todos
3.2 1Divertida aventura no estilo "Sessão da Tarde", com ótimo elenco, belos figurinos e design de produção bem caprichado. O roteiro compensa uma premissa bobinha com excelentes piadas; infelizmente, o final é meio abrupto dentro da narrativa que estava sendo construída, talvez pelos impactos da pandemia, mas não chega a estragar a experiência. (24/11/21, 16ª Festival do Cinema Italiano) ***
Os Nossos Fantasmas
3.4 6 Assista AgoraEu assisti esperando uma comédia pastelona, mas está muito mais para um drama, que sabe trabalhar de maneira sutil temas pesados como pobreza, desemprego, habitação e relacionamento abusivo. A trilha sonora é recheada de belas músicas, os atores são ótimos e o enredo é bem original. É como se "Parasita" se encontrasse com "A Vida É Bela", mas em um desfecho muito mais agradável! Recomendo! (22/11/21, 16º Festival do Cinema Italiano) ****
Quanto Basta - O Tempero do Chef
2.8 1Leve e despretensiosa comédia dramática, sobre a inesperada amizade de um renomado chef e um garoto com Síndrome de Asperger, que sonha em se tornar também um chef. Com produção dos brasileiros Caio e Fabiano Gullane, o filme é competente no que se propõe. (21/11/21. 16ª Festival do Cinema Italiano) ***
O Pássaro das Plumas de Cristal
3.8 103Italianíssimo giallo, com direção de Dario Argento, música de Ennio Morricone e fotografia de Vittorio Storaro. O suspense consegue segurar o expectador até o final, as reviravoltas são bem elaboradas e o conjunto de personagens bizarros - como o cafetão gago que repete "adeus" em todas as frases, ou o excêntrico pintor que se alimenta de gatos - garantem a diversão com essa pérola dos anos 70! (20/11/21, 16ª Mostra de Cinema Italiano) ***
O Pirata dos Sete Mares
3.5 9 Assista AgoraCharmosa aventura da velha Hollywood, com o ar teatral e despojado dos filmes produzidos na década de 1940. Maureen O'Hara, que viria a contracenar diversas vezes com John Wayne, está no auge da sua graciosidade, aos seus 25 anos. É interessante ver como existem obras que envelhecem mal em pouco tempo, e outras que mantém a sua essência com o passar de (muitas) décadas! Delicioso e divertido! (15/11/21. YouTube, canal Cine Clássico) ***½
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraEsse filme é maravilhoso, mas não é para todos os públicos. A produção é impecável: Denis Villeneuve entrega mais uma direção grandiosa, excelentes fotografia e efeitos especiais, grande trilha sonora de Hans Zimmer, e o elenco é sensacional. Contudo, quem não conhece a obra de Frank Herbert, seja pelos livros ou pelas adaptações anteriores (a de 1984, dirigida por David Lynch, e a minissérie de 2000 produzida pelo SyFy) pode se sentir um tanto deslocado; assim como para quem espera uma obra recheada de ação e explosões. Sem sombra de dúvidas, é a versão definitiva da obra Duna para as telas. Para quem gostou, mas ficou com aquele gostinho de quero mais, recomendo veementemente as duas minisséries produzidas pelo canal SyFy, Duna (2000) e Filhos de Duna (2003), que contam os eventos posteriores aos desse filme. ****
Skyline: Além do Horizonte
2.5 141 Assista AgoraSe for comparado ao primeiro filme da franquia, o péssimo "Skyline - A Invasão", até que conseguiram tirar leite de pedra nessa sequencia. Mas continua sendo uma franquia bem mais ou menos. Ritmo insosso, situações que não fazem muito sentido, efeitos especiais razoáveis e personagens rasos - eu dormi três vezes no meio do filme. Frank Grillo faz o que pode para segurar essa bomba, que segue trilhando sua carreira como herói de ação e ficção. **
Magnatas do Crime
3.8 300 Assista AgoraGuy Ritchie comprova em Magnatas do Crime porque é um dos grandes cineastas da atualidade, ao escrever um roteiro delicioso, sobre os jogos de poder no submundo da indústria de drogas, recheado de ótimos diálogos, reviravoltas e piadas de humor negro; e entregar uma direção precisa, digna de um verdadeiro mestre. A fotografia foi assinada por Alan Stewart, que trabalhou com Ritchie em "Alladin" e "Infiltrado". Também não tem como não falar das atuações impecáveis de Matthew McConaughey, Charlie Hunnam, Colin Farrell e Hugh Grant, todos com personagens bem marcantes em suas carreiras. Perdi tempo em não ter visto antes, filmaço! (07/11/21) ****
Diretamente de Lugar Nenhum: Scooby-Doo! Encontra Coragem, O Cão Covarde
3.3 47 Assista AgoraCrossover entre os dois clássicos dos desenhos animados, com roteiro pouco inspirado, da safra de animações que a Warner têm produzido no atacado. Eustáquio tem um número musical bem vergonha alheia, assim como todos os personagens dançando no final, uma marca registrada de animações de baixa qualidade. Alegar que é feito para crianças não justifica resultados medíocres - a própria Hanna-Barbera desenvolveu uma série de longas nos anos 80 que garantia a diversão das crianças, mas também agradava aos adultos, que cresceram acompanhando os personagens. Vale pela curiosidade de ver os personagens reunidos e a repetição das fórmulas dos dois títulos. (07/11/21) **