Sobre Piaf- O hino ao amor: Li em uma crítica do Omelete que Piaf é o típico filme para emocionar os acadêmicos do Oscar, para o escritor da crítica isso seria ruim, eu discordo com total veemência e considero um objetivo e tanto. Um filme tem sempre um objetivo, o de Piaf talvez fosse esse, ou talvez esse não seja um filme para os críticos do Oscar e sim para todos aqueles que já viram Edith Piaf em cena e mesmo para aqueles que não a conhecem, no primeiro caso, a beleza do filme talvez seja maior. O filme não me impressiona quanto ao caminho que escolheu, conta a história pelo tempo da memória e não cronologicamente. Mas um filme biográfico, como é Piaf, tem esses dois caminhos a seguir. Eu prefiro o da memória, para mim é sempre mais interessante juntar os "pedaços" da história para entender o todo. No caso de um filme biográfico- eu já vi alguns, mas sobre a Edith Piaf é o primeiro- não existe surpresa quanto a história, não para aqueles que já conhecem o biografado, a surpresa, no caso desse tipo de filme, fica para como a história vai ser contada. O caminho que o diretor, Olivier Dahan, escolheu seguir me parece totalmente coerente, mas realmente o que surpreende no filme não é a direção e sim a brilhante atuação que beira ao realismo de Marion Cotilard e que lhe rendeu Oscar de melhor atriz. Ela está simplesmente irreconhecível em cena e convincente como Edith Piaf, honrarias sejam dadas, também, a caracterização que compõe junto com a genialidade de Marion uma Edith Piaf brilhante. O enredo fica por conta da própria biografia maravilhosa da La Môme Piaf ( nome artístico no início da carreira de Edith Piaf) que soube usar da sarjeta como palco para vim a ser a dama da música francesa.
A Felicidade não se compra é daqueles filmes para se assistir inegavelmente antes de morrer, ou melhor dizendo, para assistir quando pensamentos de morte resolvem sentar na sua sala e tomar um café contigo. É a mistura do realismo com o fantasioso e, por que não dizer, divino. É a história das coisas simples em uma obra prima milionária, as coisas sem preço num filme que dinheiro nenhum paga sua genialidade. Não me espantaria se daqui alguns anos eu esteja assistindo esse filme e dizendo que ele mudou minha vida, por certo mudou, não é mentira, ninguém permanece o mesmo após doses fortes de ânimo que A felicidade não se compra proporciona, sem cair na cartilha de autoajuda e das valorizações egocêntricas que o mundo contemporâneo tanto exalta. Ele consegue transpassar a atuação do James Stewart, que está ótimo no filme, ou a direção de Frank Capra que consegue fazer com que um filme em preto e branco se faça colorir nos olhos de quem assisti. Não é preciso acreditar em anjos, ou em além-céu, além-vida e nem mesmo em natal para comprar a mensagem, que é universal, do filme: A FELICIDADE NÃO SE COMPRA. Em tempos de selvageria capitalista e de "amores líquidos" como acertar Bauman, o filme devia ser figurinha repetida na televisão brasileira e não os filmes clichês de natais comercias. Encerro com uma frase do filme, " Lembre-se que ninguém é um fracasso se tem amigos".
Assisti "Carrie, a estranha", com muitas dúvidas se ia gostar, havia assistido uma adaptação de 2002 que não havia gostado, mas, já logo no início percebi que não se tratava de uma adaptação amadora e ao longo do filme fui percebendo o porquê do Stephen King gostar tanto, dessa que foi a primeira adaptação de um livro seu nas telonas. O filme segue uma linha simples, até revela-se para que veio: Deixar o telespectador em transe com a história. Pensei que ter assistido a adaptação de 2002 antes poderia provocar um certa premonição dos fatos por minha parte, o que em um filme de terror, na minha opinião, é o "fim da picada". Mas, não, a direção de Brian de Palma provocou em mim a sensação de não conhecer a história. O enquadramento de câmera, como as cenas do baile onde o diretor dividi as cenas das mortes no mesmo quadro, a fotografia, a cena do baile onde toda película assume a cor vermelha o que reforça a sensação de horror, tudo no filme faz dele um obra prima do terror. Cenas como a da morte da mãe da Carrie ( Magareth White) e da casa sendo destruída e além de toda a sequência do baile, onde o diretor tira o telespectador de uma sensação de torcida pela personagem e afeição para um sequência de medo e aversão a figura da Carrie, faz com que os olhos permaneçam estáticos na tela. Destaco a atuação da Piper Laurie (Magareth White) que, na minha opinião, é a melhor em cena e protagonizando um das mortes mais icônicas do cinema, que com certeza e infelizmente permanecerá na minha mente. E, claro, a Sissy Spacek, que como Carie, nos faz viajar entre o angelical e o demoníaco. Além de que dizer que ela é estranha é um pecado, por padim ciço que mulher linda.
Piaf - Um Hino ao Amor
4.3 1,1K Assista AgoraSobre Piaf- O hino ao amor:
Li em uma crítica do Omelete que Piaf é o típico filme para emocionar os acadêmicos do Oscar, para o escritor da crítica isso seria ruim, eu discordo com total veemência e considero um objetivo e tanto. Um filme tem sempre um objetivo, o de Piaf talvez fosse esse, ou talvez esse não seja um filme para os críticos do Oscar e sim para todos aqueles que já viram Edith Piaf em cena e mesmo para aqueles que não a conhecem, no primeiro caso, a beleza do filme talvez seja maior. O filme não me impressiona quanto ao caminho que escolheu, conta a história pelo tempo da memória e não cronologicamente. Mas um filme biográfico, como é Piaf, tem esses dois caminhos a seguir. Eu prefiro o da memória, para mim é sempre mais interessante juntar os "pedaços" da história para entender o todo. No caso de um filme biográfico- eu já vi alguns, mas sobre a Edith Piaf é o primeiro- não existe surpresa quanto a história, não para aqueles que já conhecem o biografado, a surpresa, no caso desse tipo de filme, fica para como a história vai ser contada. O caminho que o diretor, Olivier Dahan, escolheu seguir me parece totalmente coerente, mas realmente o que surpreende no filme não é a direção e sim a brilhante atuação que beira ao realismo de Marion Cotilard e que lhe rendeu Oscar de melhor atriz. Ela está simplesmente irreconhecível em cena e convincente como Edith Piaf, honrarias sejam dadas, também, a caracterização que compõe junto com a genialidade de Marion uma Edith Piaf brilhante. O enredo fica por conta da própria biografia maravilhosa da La Môme Piaf ( nome artístico no início da carreira de Edith Piaf) que soube usar da sarjeta como palco para vim a ser a dama da música francesa.
A Felicidade Não Se Compra
4.5 1,2K Assista AgoraA Felicidade não se compra é daqueles filmes para se assistir inegavelmente antes de morrer, ou melhor dizendo, para assistir quando pensamentos de morte resolvem sentar na sua sala e tomar um café contigo. É a mistura do realismo com o fantasioso e, por que não dizer, divino. É a história das coisas simples em uma obra prima milionária, as coisas sem preço num filme que dinheiro nenhum paga sua genialidade. Não me espantaria se daqui alguns anos eu esteja assistindo esse filme e dizendo que ele mudou minha vida, por certo mudou, não é mentira, ninguém permanece o mesmo após doses fortes de ânimo que A felicidade não se compra proporciona, sem cair na cartilha de autoajuda e das valorizações egocêntricas que o mundo contemporâneo tanto exalta. Ele consegue transpassar a atuação do James Stewart, que está ótimo no filme, ou a direção de Frank Capra que consegue fazer com que um filme em preto e branco se faça colorir nos olhos de quem assisti. Não é preciso acreditar em anjos, ou em além-céu, além-vida e nem mesmo em natal para comprar a mensagem, que é universal, do filme: A FELICIDADE NÃO SE COMPRA. Em tempos de selvageria capitalista e de "amores líquidos" como acertar Bauman, o filme devia ser figurinha repetida na televisão brasileira e não os filmes clichês de natais comercias. Encerro com uma frase do filme, " Lembre-se que ninguém é um fracasso se tem amigos".
Carrie, a Estranha
3.7 1,4K Assista AgoraAssisti "Carrie, a estranha", com muitas dúvidas se ia gostar, havia assistido uma adaptação de 2002 que não havia gostado, mas, já logo no início percebi que não se tratava de uma adaptação amadora e ao longo do filme fui percebendo o porquê do Stephen King gostar tanto, dessa que foi a primeira adaptação de um livro seu nas telonas. O filme segue uma linha simples, até revela-se para que veio: Deixar o telespectador em transe com a história. Pensei que ter assistido a adaptação de 2002 antes poderia provocar um certa premonição dos fatos por minha parte, o que em um filme de terror, na minha opinião, é o "fim da picada". Mas, não, a direção de Brian de Palma provocou em mim a sensação de não conhecer a história. O enquadramento de câmera, como as cenas do baile onde o diretor dividi as cenas das mortes no mesmo quadro, a fotografia, a cena do baile onde toda película assume a cor vermelha o que reforça a sensação de horror, tudo no filme faz dele um obra prima do terror. Cenas como a da morte da mãe da Carrie ( Magareth White) e da casa sendo destruída e além de toda a sequência do baile, onde o diretor tira o telespectador de uma sensação de torcida pela personagem e afeição para um sequência de medo e aversão a figura da Carrie, faz com que os olhos permaneçam estáticos na tela. Destaco a atuação da Piper Laurie (Magareth White) que, na minha opinião, é a melhor em cena e protagonizando um das mortes mais icônicas do cinema, que com certeza e infelizmente permanecerá na minha mente. E, claro, a Sissy Spacek, que como Carie, nos faz viajar entre o angelical e o demoníaco. Além de que dizer que ela é estranha é um pecado, por padim ciço que mulher linda.