Definitivamente, Gilda é uma das femmes fatales mais icônicas do cinema! E isso graças à talentosa performance de Rita Hayworth, que transmite com maestria a ideia de uma mulher que se quer livre - ao menos para os parâmetros da época, quando os feminismos ainda avançavam vagarosamente. Acredito que esse fato tenha sido uma das razões que me causaram certo desconforto com o desdobramento da narrativa e o seu final, pois, por alguns momentos, tive a expectativa de que:
Gilda trespassaria as barreiras da dependência econômica e do amor romântico, dois aspectos na vida da personagem que só lhe trouxeram prejuízos e feridas. Quando Ballin forja a sua própria morte e escapa do país a fim de evitar a prisão, tive a impressão de que aquele seria "o" momento dela: Gilda gerindo o cassino ou conduzindo a sua vida com a liberdade que lhe era tão cara. Mas, ao contrário, ela casa-se com Johnny e passa a ter uma relação abusiva tão tóxica quanto o seu primeiro matrimônio. Já arrependida, tenta fugir, vingar-se e divorciar-se sem obter sucesso; contudo, no desfecho da história, quando ela finalmente pode optar por tomar as rédeas de sua vida, o que prevalece é a noção de amor romântico que a tudo cede e a tudo perdoa para manter o homem amado ao seu lado.
Enfim, eu imaginei uma GILDA DONA DA PORRA TODA, haha! Uma personagem forte e ousada como ela teria desempenhado um belo plot twist. Mas entendo que os 40's não aceitariam facilmente uma narrativa na qual a protagonista transgredisse o poder circunscrito pela autoridade masculina. Embora fosse um notório escândalo frente aos rigorosos códigos morais da época, ainda era admissível uma femme fatale fortemente erotizada, contanto que servisse para a satisfação do apetite e imaginário masculinos. Contudo, uma femme fatale que se atrevesse a romper paradigmas, tornando-se autônoma, independente e segura o bastante para amar a si mesma em primeiro lugar, ah, aí seria too much!
Ainda assim, um filme que vale cada minutinho.
"Only frustrated people smoke too much and only lonely people are frustrated".
Chama o Marighella de terrorista e acredita piamente que os governos militares da ditadura brasileira não cometeram crimes contra a humanidade.
Pergunto-me quem são essas pessoas, onde moram, como vivem, o que comem; serão eles terraplanistas? Leitores de Olavo de Carvalho? Fizeram curso de história pelo Youtube? Talvez nem um especial do Globo Repórter dê conta de esclarecer para nós quem é essa gente.
aqui está um filme que aparentemente pretende contar a história do projeto WikiLeaks, abordando com profundidade algumas das denúncias reveladas. terminei a película com a sensação de que assisti a uma propaganda anti-WikiLeaks, com um Assange vilão e um Daniel equilibrado e bonzinho. enfim, experiência decepcionante. não recomendo. as atuações são boas, em especial a do Benedict.
"Eu olhei as estrelas e imaginei como seria horrível para um homem virar o rosto para elas enquanto morria congelado e não ver ajuda ou piedade em toda a multidão."
Sofi: Do you know the story of the Phasianidae? Ian: The… No, what’s that? Sofi: It’s a bird that experiences all of time in one instant. And she sings the song of love and anger and fear and joy and sadness all at one. And this bird… when she meets the love of her life… is both happy and sad. Happy because she sees that for him is the beginning, and sad because she knows it is already over.
ah, que lindo! meu segundo filme mais querido... e que metáfora bonita a do mar, o mar que habita no horizonte do provável, assim como a poesia e toda a arte! a interpretação de massimo é muito cativante, a forma como ele mergulhou na inocência de criança de mario, que fazia com que o personagem visse/questionasse "todas as coisas do mundo" como grandes metáforas, pra mim, esse foi o ato de conquista de massimo troisi aos telespectadores... e phlippe noiret também, especialmente aquele olhar que ele tem no final, quando está na praia imaginando o que se passou durante a manifestação dos trabalhadores, é tão comovente que me fez chorar... belíssimo, poético, humorístico, cativante!
“E o que é um autêntico louco? É um homem que preferiu ficar louco, no sentido socialmente aceito, em vez de trair uma determinada ideia superior de honra humana. (…) Pois o louco é o homem que a sociedade não quer ouvir e que é impedido de enunciar certas verdades intoleráveis.” — Antonin Artaud, Van Gogh: O Suicídio Pela Sociedade
-Se se refere a confessar, teremos que fazer. Todo mundo faz. É inevitável.
-Não, não me refiro a confessar. Confessar não é trair. Me refiro a sentir. Se puderem mudar nossos sentimentos... podem conseguir que eu deixe de amar. Esta seria a verdadeira traição.
-Isso eles não podem fazer. Isso é a única coisa que não podem fazer. Eles podem te torturar, obrigar-lhe a contar tudo. Mas não podem fazer com que você acredite neles. Eles não podem entrar em você. Não podem chegar ao seu coração.
"Aqui começa a saudade de Iguatu" me faz pensar que estamos sempre, sempre voltando pra casa... A cena final ao som de Lawrence é uma das passagens mais lindas e marcantes do filme.
Gilda
4.0 225 Assista AgoraDefinitivamente, Gilda é uma das femmes fatales mais icônicas do cinema! E isso graças à talentosa performance de Rita Hayworth, que transmite com maestria a ideia de uma mulher que se quer livre - ao menos para os parâmetros da época, quando os feminismos ainda avançavam vagarosamente. Acredito que esse fato tenha sido uma das razões que me causaram certo desconforto com o desdobramento da narrativa e o seu final, pois, por alguns momentos, tive a expectativa de que:
Gilda trespassaria as barreiras da dependência econômica e do amor romântico, dois aspectos na vida da personagem que só lhe trouxeram prejuízos e feridas. Quando Ballin forja a sua própria morte e escapa do país a fim de evitar a prisão, tive a impressão de que aquele seria "o" momento dela: Gilda gerindo o cassino ou conduzindo a sua vida com a liberdade que lhe era tão cara. Mas, ao contrário, ela casa-se com Johnny e passa a ter uma relação abusiva tão tóxica quanto o seu primeiro matrimônio. Já arrependida, tenta fugir, vingar-se e divorciar-se sem obter sucesso; contudo, no desfecho da história, quando ela finalmente pode optar por tomar as rédeas de sua vida, o que prevalece é a noção de amor romântico que a tudo cede e a tudo perdoa para manter o homem amado ao seu lado.
Enfim, eu imaginei uma GILDA DONA DA PORRA TODA, haha! Uma personagem forte e ousada como ela teria desempenhado um belo plot twist. Mas entendo que os 40's não aceitariam facilmente uma narrativa na qual a protagonista transgredisse o poder circunscrito pela autoridade masculina. Embora fosse um notório escândalo frente aos rigorosos códigos morais da época, ainda era admissível uma femme fatale fortemente erotizada, contanto que servisse para a satisfação do apetite e imaginário masculinos. Contudo, uma femme fatale que se atrevesse a romper paradigmas, tornando-se autônoma, independente e segura o bastante para amar a si mesma em primeiro lugar, ah, aí seria too much!
"Only frustrated people smoke too much and only lonely people are frustrated".
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraA necessidade de atenção que a gente vê por aqui é gritante.
Não é à toa que o país está adoecido, sintomático demais.
Um Homem, Uma Mulher
4.1 87Como eternizar um filme delicado e encantador da Nouvelle Vage com uma das canções indie mais lindas desse mundão:
https://www.youtube.com/watch?v=JQcDWheqYC0
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraChama o Marighella de terrorista e acredita piamente que os governos militares da ditadura brasileira não cometeram crimes contra a humanidade.
Pergunto-me quem são essas pessoas, onde moram, como vivem, o que comem; serão eles terraplanistas? Leitores de Olavo de Carvalho? Fizeram curso de história pelo Youtube? Talvez nem um especial do Globo Repórter dê conta de esclarecer para nós quem é essa gente.
O Quinto Poder
3.3 176 Assista Agoraaqui está um filme que aparentemente pretende contar a história do projeto WikiLeaks, abordando com profundidade algumas das denúncias reveladas.
terminei a película com a sensação de que assisti a uma propaganda anti-WikiLeaks, com um Assange vilão e um Daniel equilibrado e bonzinho.
enfim, experiência decepcionante. não recomendo.
as atuações são boas, em especial a do Benedict.
Nada Santo
3.1 41 Assista Agoraça va sans dire
Perfect Blue
4.3 815mindfuck!
Regras da Vida
3.7 232 Assista Agora"Eu olhei as estrelas e imaginei como seria horrível para um homem virar o rosto para elas enquanto morria congelado e não ver ajuda ou piedade em toda a multidão."
Lou
3.5 39"Acredite: a vida lhe dará poucos presentes
Se você quer uma vida,
aprenda... a roubá-la!"
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista Agora"He felt everything, poor Vincent!
He felt too much! It made him
want the impossible!".
</3
(Pere Tanguy)
O Universo No Olhar
4.2 1,3KThis.
Sofi: Do you know the story of the Phasianidae?
Ian: The… No, what’s that?
Sofi: It’s a bird that experiences all of time in one instant. And she sings the song of love and anger and fear and joy and sadness all at one. And this bird… when she meets the love of her life… is both happy and sad. Happy because she sees that for him is the beginning, and sad because she knows it is already over.
Laurence Anyways
4.1 551 Assista AgoraLindo.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraOne man, one bullet.
A Delicadeza do Amor
3.9 920 Assista Agoralindeza demaaaaaais!
Camille Claudel
4.0 90teria sido mais catártico se menos longo, ainda assim, um bom filme.
O Carteiro e o Poeta
4.2 300ah, que lindo! meu segundo filme mais querido... e que metáfora bonita a do mar, o mar que habita no horizonte do provável, assim como a poesia e toda a arte! a interpretação de massimo é muito cativante, a forma como ele mergulhou na inocência de criança de mario, que fazia com que o personagem visse/questionasse "todas as coisas do mundo" como grandes metáforas, pra mim, esse foi o ato de conquista de massimo troisi aos telespectadores... e phlippe noiret também, especialmente aquele olhar que ele tem no final, quando está na praia imaginando o que se passou durante a manifestação dos trabalhadores, é tão comovente que me fez chorar... belíssimo, poético, humorístico, cativante!
Sentidos do Amor
4.1 1,2KAnd no voice was raised
and no song was sung...
http://www.youtube.com/watch?v=hG6k2CttpEA
Estamira
4.3 375 Assista Agora“E o que é um autêntico louco? É um homem que preferiu ficar louco, no sentido socialmente aceito, em vez de trair uma determinada ideia superior de honra humana. (…) Pois o louco é o homem que a sociedade não quer ouvir e que é impedido de enunciar certas verdades intoleráveis.”
— Antonin Artaud, Van Gogh: O Suicídio Pela Sociedade
Mais Forte que a Vingança
4.0 53 Assista Agora“You can’t cheat the mountain, pilgrim, the mountain’s got its own ways"...
1984
3.7 544 Assista Agora"-O que conta é não trairmos um ao outro.
-Se se refere a confessar, teremos que fazer. Todo mundo faz. É inevitável.
-Não, não me refiro a confessar. Confessar não é trair. Me refiro a sentir. Se puderem mudar nossos sentimentos... podem conseguir que eu deixe de amar. Esta seria a verdadeira traição.
-Isso eles não podem fazer. Isso é a única coisa que não podem fazer. Eles podem te torturar, obrigar-lhe a contar tudo. Mas não podem fazer com que você acredite neles. Eles não podem entrar em você. Não podem chegar ao seu coração.
Triste foi saber que sim, eles podem...
Sarabanda
4.1 65Pais e Filhos:
"Gosto mais de ti, ou desgosto menos, quando usas esse tom. Há uma dose de ódio saudável na tua pieguice geral."
O Bandido da Luz Vermelha
3.9 265 Assista Agora-O que senhor acha da miséria?
-Que miséria, meu filho? Um país sem miséria é um país sem folclore
e um país sem folclore... O que que nós podemos mostrar pro turista?
Ao contrário de alguns, achei a narrativa um dos pontos mais bacanas do filme.
O Céu de Suely
3.9 464 Assista Agora"Aqui começa a saudade de Iguatu" me faz pensar que estamos sempre, sempre voltando pra casa...
A cena final ao som de Lawrence é uma das passagens mais lindas e marcantes do filme.
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraO vermelho como testemunho.