Comecei com o pé atrás e mordi a língua. Não, não teve gosto de chocolate... 🥲
Não gosto de musicais, mas eu AMO "A Fantástica Fábrica de Chocolate", especialmente o primeiro filme. Por isso, minhas expectativas eram altas e, como bom idiota, minhas mãos estavam cheias de pedras de soberba. E, uau, cada pedrinha foi caindo, meu sorriso brotou e aumentou, eu respirei fundo e aqui, do alto da minha adultice de 36 anos, eu chorei no final ao escutar "Pure Imagination" e voltar uns 25 anos no tempo.
"Wonka" me conduziu para lembranças de quando eu era criança e, sem o nariz empinando de adulto, conseguia imergir nos filmes sem ter uma pedreira nas mãos. Nossa, e como foi bom. Acho que a vida adulta nos joga muitas coisas nas costas e filmes como esse nos pedem por um pouco de crença em algo melhor. Não de forma pueril, mas de modo palpável existente dentro de nós - e tão esquecido a cada novo boleto.
Foi amável assitir a "Wonka". Foi libertador escutar "Oompa-Loompa Loompa Dim-Du". Foi inspirador acreditar durante duas horas. Uma cura. ✨
Não é um filme ruim, pelo contrário. Principalmente o primeiro arco é bem tenso e chama atenção. PORÉM, foi impossível não julgar as atitudes do Bobby. Em certos momentos, a tentativa do roteiro de manter o ar de inocência em contraste com os sequestradores é colocada em cheque pelas atitudes dele (esconder corpo, se armar, etc). E isso me levou a questionar até que ponto esses dois pré-adolescentes são tão pueris ao ponto de não terem feito o que deveriam ter feito - e tiveram MUITAS oportunidades, especialmente o Bobby. Além disso, o uso de referências a filmes clássicos de terror foi legal, mas me deixou com uma sensação de "Ok, beleza, reconheci essa. Opa, reconheci essa. Ok. Tem alguma coisa nova?" E no final, diante de toda a situação, manter feridos dentro de uma viatura até o amanhecer foi bizarro. A falta de construção da personalidade dos sequestradores foi a cereja do bolo para ficar o velho tom de "a pessoa é má porque ela é assim mesmo". Enfraqueceu o personagem.
Confesso que fiquei dividido porque a mensagem do filme é legal. Eu sempre convivi com muitas pessoas idosas e aprendi a escutar, cuidar e respeitar por causa disso. PORÉM, tirando esse aspecto emocional, foi um filme MUITO chato. Sim, tem seus momentos engraçadinhos, mas no geral foi instável, com diálogos que tentavam forçar a comédia e tudo bem acelerado. Amo a Diane Keaton e, na minha opinião fecal, nem ela conseguiu salvar o filme. Sem contar que toda a beleza da mensagem sobre envelhecimento meio que caiu por terra no final. Sabe o que faltou: coragem. Tenho a impressão de que seria um filme bem melhor se parassem de tentar fazer graça e optassem por uma história mais serena.
CIRCLE: — Um jogador é uma IA. CASSIE: — Tipo aquele povo azul do "Avatar"? 😂😂😂
E não, isso não é um spoiler. Calma. 👊🏻
Gostei da temporada e das mudanças que fizeram. Gostei mais ainda dessa surpresa tecnológica logo no começo. Foi interessante e assustadora. PORÉM, gostaria que tivesse durado mais #SóPeloCaos . Acho que, por hora foi apenas um aperitivo, um teste. O restante da temporada foi intenso, especialmente por causa de um jogador que decidiu, de fato, jogar. Essa pessoa foi uma cobra, na minha opinião fecal, mas muito eficiente nas estratégias. E AMEI a pessoa que ganhou. Eu já desconfiava, porém, na hora do anúncio, foi uma explosão de almofadas jogadas pro ar aqui em casa - quebramos um copo.
P.S: quero muito que façam uma temporada onde não vejamos os participantes e tenha uma IA lá no meio para que nós também embarquemos na surpresa. Contudo, sei que fazer isso vai fazer os tecnófobos e os teóricos da conspiração de plantão enlouquecerem. Mas seria MUITO massa. 😈🍷
Sei lá quantas vezes já assisti a esse filme, mas sempre faço questão de vir aqui reiterar como "Louca Obsessão" é f*da.
A cada mergulho que faço, eu descubro novas nuances, novas expressões da Kathy, detalhes que antes passaram despercebidos. E desta vez, agora atuando como escritor, foi massa ver como a adaptação funcionou muito bem e trouxe uma narrativa redonda. A construção da protagonista, por exemplo, é fantástica! Sem todo o tempo do livro, o diretor/roteirista utilizou de artifícios como a passagem do tempo medida pelos capítulos que o Paul escreve para gerar tensão. A questão da chuva servindo como gatilho mental, o close nas passadas da Annie como se fosse um Godzilla pela neve, o próprio começo, com ela carregando o Paul feito um boneco de palha, tudo envolve para que a tomemos com algum tempero de empatia. E o bizarro é que, aqui no filme, pelo menos para mim, fica uma sensação no final de que "ela poderia melhorar se tivesse tratamento".
O nome disso é o fenômeno Kathy Bates. Não é a toa que ganhou o Oscar de Melhor Atriz.
Incrível filme. Daqui a alguns anos, quando assistir de novo, volto aqui. ;D
É claro que há uma "fórmula" que molda muitas dessas narrativas, creio que isso seja inegável. Porém, o modo como essa "fórmula" é capaz de abraçar e encantar foi o que me ganhou aqui.
Uau, que filme bonito! Não apenas na questão do visual, mas principalmente na capacidade de te fazer sonhar junto. Eu sou um cara que olha muito pro céu, percebe as nuvens e se delicia com as nuances de cores que a natureza nos entrega a cada minuto. Ver tudo isso personificado nesses personagens, moldado em forma de uma história, foi inspirador. E, sério, quem não consegue se cativar com o Hodaka, com esse olhar que pende entre a adolescência e a infância, precisa ver se não está correndo demais na vida sem dar atenção às pequenas coisas. De verdade mesmo.
"O tempo com com você", percebo, também é um alerta para que apreciemos o tempo, seja ele físico, seja metaforicamente, seja com uma outra pessoa, seja com nós mesmos, mergulhados em quem somos (a maravilhosa solitude). A cena do menininho na janela olhando as minúcias de uma gota d'água em forma de peixe enquanto a mãe corre para fazer o jantar é muito, muito simbólica.
Precisamos parar um pouquinho. E há uma crítica muito interessante porque a sociedade está tão corrida e desesperada, imersa em celulares e outras telas, que é necessário pagar uma menina para que olhem para o sol e apreciem a natureza. Percebeu isso? É o poder da fantasia bem feita.
Foi aflitivo, sem dúvida. Agora, na minha opinião de m*rda, faltou alguma coisa aqui. Acho massa que não teve uma espécie de "Deus ex-machina", o surgimento de algo que fosse ajudar repentinamente, e que optaram por mostrar a força das duas. Isso foi incrível. Sem contar que, UAU, ambas, sozinhas, carregam o filme. É extraordinário. Porém, apesar da minha aflição, creio que faltou uma construção de personagem para que eu pudesse torcer por elas, entende? Para mim, parece que apostaram muito no fato de que a situação em si já causaria uma comoção (como de fato causa!), porém, só isso não sustenta a criação de empatia entre eu (público) e elas, personagens. E por isso o filme em certas partes me soou meio arrastado, quase repetitivo. Mesmo assim, no geral, é um filme bonito e tem uma mensagem f*da.
P.S: a trilha sonora é inspiradora. Já foi para a minha coleção. A música da última cena é um abraço na alma, um sussurro de "tá tudo bem".
Assisti a todos os episódios da série "Tributo" lançados até hoje (abr/2024) e, na minha opinião fecal, terminar essa maratona com este episódio foi um fechar inspirador. Para mim, por um motivo simples: Maneco, sendo um autor, é a fonte primordial de todos os outros homenageados. Claro, há os talentos, a grandeza das atuações, a força cultura, social e histórica, porém, um grande ator, uma grande atriz, não existe sem um grande papel, né? Nesse sentido, este "Tributo - Manoel Carlos" me levou a lugares de muita imersão e silêncio, uma aula para quem tem pretensões de melhorar na escrita criativa. Manoel Carlos e suas novelas sobre a vida, sobre a família, faz muita falta neste Brasil dos anos 2020 em que a população anda tão violenta, apática e polarizada.
Emocionante. Laura Cardoso tem uma força no olhar. É incrível como nas pequenas cenas que mostraram vê-se as personagens, não a atriz. Incrível, incrível. E a emoção da Dira Paes passou para cá. Nossa, foi inspirador.
Não achei um filme ruim, apenas mal roteirizado. A premissa é interessante, mas mal desenvolvida. Para mim, fica claro que Gaby e Paula Cohen são os grandes destaques do filme (por serem grandes atrizes). O problema é que, por estarem em um filme quase amador, o brilhantismo delas se diluiu frente aos equívocos em várias áreas.
Eu passei duas horas boquiaberto. Que filme incrível. Uau. Pela mensagem de superação, é claro. E também uma lembrança contra o etarismo em tempos em que as pessoas esquecem que nós só temos dois caminhos: envelhecer ou morrer. Mas para mim o que pegou foi o modo como mostraram a construção desse feito.
Com as malditas redes sociais, tendemos a ver apenas o espetáculo, os feitos, as glórias. E a maioria dos que usam essas redes tende a publicar apenas a vitória, sem mostrar que para chegar àquele ponto foi necessário muito esforço, muitas dores, muitas mortes e renascimentos.
Nós somos um emaranhado de vitórias e de derrotas e tudo nos impulsiona ao amadurecimento.
Os flashbacks em 'NYAD" são fundamentais para que não esqueçamos disso. Minha avó, Firmina Gomes, sempre me disse: "Precisamos olhar para as raízes que nos trouxeram até aqui. Não somos nada sem as raízes". Raízes de dor, raízes de sorrisos, raízes de sombras, desespero e angústia, mas também de recomeço, despertar e amor-próprio.
"NYAD" pede para que mergulhamos nas raízes que nos trouxeram até aqui.
Sabe por que eu dei 5 estrelas? Porque dentro da proposta, o filme é muito bom. Nas mãos de um diretor amante do choro, poderia facilmente virar um melodrama absurdo. Mas não. O que eu presenciei aqui foi um olhar empático sobre as pessoas transgênero, sem esconder as dificuldades (que começam dentro de casa) e, diferente de outros filmes, trazendo uma mensagem de impulso; de olhar adiante. Por mais que não tenha o impacto de um "Girl", que é forte pelo impacto emocional que causa, "El(a)" me ganhou pelo caminho contrário de sutileza e "pé no chão" com que tratou o tema. Claro, dentro da realidade francesa e de um contexto econômico-social que passa longe de ser universal, mas ainda assim com essa mensagem de esperança. Belíssimo filme.
P.S: palmas efusivas por terem trazido uma atriz transgênero para interpretar a Enma. Isso é de um respeito tocante. ❤️
Percebi que os 6 últimos episódios nada mais são do que variações do que foi apresentado nos 6 primeiros. A série foi inspiradora, ainda mais para um escritor como sou, ao ponto de me fazer pensar em possibilidades que nunca imaginei. PORÉM, esse fascínio foi se corroendo a medida que começaram as abordagens do tipo "nós vamos exigir que a indústria tenha mais ética", ou "no futuro todos terão acesso a isso".
Na minha opinião fecal, são posições que desconsideram fatores sociais, muito baseadas nas bolhas das classes altas. Quando penso, por exemplo, na maravilha da impressão de roupas em casa, é impossível para mim não olhar para a realidade da periferia aqui de São Luís e pensar: "cara, essas pessoas dificilmente vão ter acesso a isso."
Que TODOS são esses que essas pessoas estão defendendo? Óbvio que fiquei empolgado, instigado, maravilhado, e todos os adjetivos possíveis. Mas desconsiderar a realidade de desigualdade social me parece uma forma de colocar ainda mais tijolos no muro social que já existe. É só ver o que tem acontecido com a inteligência artificial: eu tenho acesso a tecnologias que 90% das pessoas não têm.
Percebo que algumas pessoas estão tão mergulhadas no "ativismo de sofá", como Elza Soares cantava, que se tornaram incapazes de distinguir as coisas Muitos tomaram o filme como "uma apologia à escravização de animais selvagens!"... Calma. O que vi aqui foi um filme bonito sobre superação, inspirado em uma história real e que me deixou com o coração aquecido. Simples assim. Sou um defensor da natureza, mas não uso isso como uma espécie de "óculos de 8 ou 80", incapaz de ver as nuances da vida. Pessoal ama ficar aguerrido, com textos gigantescos, querendo pagar de revolucionário, mas tenho certeza de que, se tivessem na mesma situação que o protagonista e tivessem a oportunidade de ter um animal de serviço, essas mesmas pessoas não hesitariam.
Sabe quando você percebe que a pessoa está tentando fazer graça, mas não está dando certo? Foi o que senti aqui. Fica aquele risinho amarelo, sabe? Aquela sensação de "Certo... Era pra eu rir disso?" Muito, muito, muito fraco. Os tores são bons, isso é inegável.
O problema, na minha opinião fecal, é claramente com o roteiro. É bobo, óbvio, sem brilho. Confesso que no final eu pulei 30 minutos de filme porque não aguentava mais. Se eu estivesse no cinema teria ficado MUITO P*TO de raiva. E taí algo que percebi: se fosse um média-metragem, com uns 40 minutos, cortes que tornassem o filme mais dinâmico e ágil, seria ótimo.
"Seria" do verbo "não fizeram" conjugado no tempo "ficou chaaaato".
Ah, que temporada maravilhosa. Eu já estava encantado (!) pela primeira temporada e aqui esse sentimento foi ainda mais intenso. É família, é samba, é reflexão, raiz, diversidade, brasilidade, é tudo, tudo. Nossa, foram 12 episódios que me deixaram leve. Destaco o ep 2 ("Delírio Sensual"), o 3 ("Funcionário do Mês"), 7 ("Um dia, um adeus") e os 4 últimos, especialmente "Gurufum" (9) e "Samba Totalflex" (10). Quero muito uma terceira temporada - e vê que não sou de assistir a séries.
Temporadas cada vez melhores. Estou surpreso. Nesta, desafios mais intensos, surpresas absurdas e a desconstrução do conceito de perfeição foram aspectos que me ganharam. Sem firulas ou exageros narrativos, "Vidrados" mostra que um reality simples e bem produzido é grandioso, fascinante e emocionante.
De fato, demora a engrenar, mas entendo que tem muito a ver com o fato de terem que apresentar cada personagem principal. Depois disso, o filme decola. Adorei mergulhar novamente nesse universo e agora com.todo o aspecto de filme infantojuvenil, literalmente. O original já trazia essa personalidade e agora ela foi exacerbada com mais aventura. Creio que foi uma atualização interessante para a nova geração. As homenagens ao original, os elementos deixados para fazer a ligação entre os filmes, efeitos especiais, as características de cada personagem, as atuações, foi muito bom. Pena que, tirando a primeira parte, os dois outros terços do filme são bem acelerados, o que, na minha opinião fecal, prejudica a identificação com cada personalidade.
Tendemos a esquecer que nossos pais e mães foram criança, né? Que um dia foram frágeis, mas também sonhadoras, cheios de criatividade e imersas em uma realidade onde não tinham que "ser adultos".
De fato, o filme tem uma lentidão, porém, quando leio isso considerando o olhar de deslumbramento da Nelly, compreendo essa intenção de tudo ser aos poucos delicado, como uma mãe que passa remédio na ferida do filho e sopra lentamente. É um filme muito, muito delicado, que não cai no lugar-comum do melodrama. Pelo contrário, há muita maturidade aqui. Ainda bem. A cena final, então, é o reconhecimento de que, no fechar das cortinas, somos todos crianças.
Como diz a música "Resposta ao Tempo", "... no fundo é uma eterna criança / que não souber amadurecer..." Precisamos lembrar que algo de lúdico ainda vive dentro de nós.
Interessante por emular ao longo do curta a mesma contemplação que o Ousmane vivencia. Porém, apesar dessa beleza no silêncio, dessa evocação ao vazio externo que espelha o que trazemos dentro de nós (todos nós), achei meio "paradão", meio sem rumo. Valeu pela experiência, mas senti falta de um "tempero".
P.S.: esse cara tão tem outra sunga? kkkkkkk Ou ele é um porco que só tem essa sunga e f*da-se, ou ele tem uma máquina lava-e-seca para lavar a mesma sunga toda noite, ou ele tem várias sungas da mesma cor - e as três opções são igualmente bizarras.
Maravilhoso. Eu fiquei imerso nesses 45 minutos de um jeito que não esperava. É hipnotizante e poético como o documentário faz uma ode ao artista e ao corpo masculino. O mais curioso é que, 32 anos após a morte do Alair e 21 anos após o lançamento deste filme, essa obra poética ainda é vendida como proibida, opressiva, erótica. As pessoas têm problemas demais com a nudez. "A Morte de Narciso" é o enaltecimento de um artista que viu poesia onde a maioria, apesar do desejo instintivo, só via luxúria e pecado. Viva Alair Gomes!
Wonka
3.4 390 Assista AgoraComecei com o pé atrás e mordi a língua. Não, não teve gosto de chocolate... 🥲
Não gosto de musicais, mas eu AMO "A Fantástica Fábrica de Chocolate", especialmente o primeiro filme. Por isso, minhas expectativas eram altas e, como bom idiota, minhas mãos estavam cheias de pedras de soberba. E, uau, cada pedrinha foi caindo, meu sorriso brotou e aumentou, eu respirei fundo e aqui, do alto da minha adultice de 36 anos, eu chorei no final ao escutar "Pure Imagination" e voltar uns 25 anos no tempo.
"Wonka" me conduziu para lembranças de quando eu era criança e, sem o nariz empinando de adulto, conseguia imergir nos filmes sem ter uma pedreira nas mãos. Nossa, e como foi bom. Acho que a vida adulta nos joga muitas coisas nas costas e filmes como esse nos pedem por um pouco de crença em algo melhor. Não de forma pueril, mas de modo palpável existente dentro de nós - e tão esquecido a cada novo boleto.
Foi amável assitir a "Wonka". Foi libertador escutar "Oompa-Loompa Loompa Dim-Du". Foi inspirador acreditar durante duas horas. Uma cura. ✨
O Menino Atrás da Porta
3.0 43Não é um filme ruim, pelo contrário. Principalmente o primeiro arco é bem tenso e chama atenção. PORÉM, foi impossível não julgar as atitudes do Bobby. Em certos momentos, a tentativa do roteiro de manter o ar de inocência em contraste com os sequestradores é colocada em cheque pelas atitudes dele (esconder corpo, se armar, etc). E isso me levou a questionar até que ponto esses dois pré-adolescentes são tão pueris ao ponto de não terem feito o que deveriam ter feito - e tiveram MUITAS oportunidades, especialmente o Bobby. Além disso, o uso de referências a filmes clássicos de terror foi legal, mas me deixou com uma sensação de "Ok, beleza, reconheci essa. Opa, reconheci essa. Ok. Tem alguma coisa nova?" E no final, diante de toda a situação, manter feridos dentro de uma viatura até o amanhecer foi bizarro. A falta de construção da personalidade dos sequestradores foi a cereja do bolo para ficar o velho tom de "a pessoa é má porque ela é assim mesmo". Enfraqueceu o personagem.
De Repente 70
2.6 31 Assista AgoraConfesso que fiquei dividido porque a mensagem do filme é legal. Eu sempre convivi com muitas pessoas idosas e aprendi a escutar, cuidar e respeitar por causa disso. PORÉM, tirando esse aspecto emocional, foi um filme MUITO chato. Sim, tem seus momentos engraçadinhos, mas no geral foi instável, com diálogos que tentavam forçar a comédia e tudo bem acelerado. Amo a Diane Keaton e, na minha opinião fecal, nem ela conseguiu salvar o filme. Sem contar que toda a beleza da mensagem sobre envelhecimento meio que caiu por terra no final. Sabe o que faltou: coragem. Tenho a impressão de que seria um filme bem melhor se parassem de tentar fazer graça e optassem por uma história mais serena.
The Circle: EUA (6ª Temporada)
3.7 6O diálogo da temporada, definitivamente, foi:
CIRCLE: — Um jogador é uma IA.
CASSIE: — Tipo aquele povo azul do "Avatar"? 😂😂😂
E não, isso não é um spoiler. Calma. 👊🏻
Gostei da temporada e das mudanças que fizeram. Gostei mais ainda dessa surpresa tecnológica logo no começo. Foi interessante e assustadora. PORÉM, gostaria que tivesse durado mais #SóPeloCaos . Acho que, por hora foi apenas um aperitivo, um teste. O restante da temporada foi intenso, especialmente por causa de um jogador que decidiu, de fato, jogar. Essa pessoa foi uma cobra, na minha opinião fecal, mas muito eficiente nas estratégias. E AMEI a pessoa que ganhou. Eu já desconfiava, porém, na hora do anúncio, foi uma explosão de almofadas jogadas pro ar aqui em casa - quebramos um copo.
P.S: quero muito que façam uma temporada onde não vejamos os participantes e tenha uma IA lá no meio para que nós também embarquemos na surpresa. Contudo, sei que fazer isso vai fazer os tecnófobos e os teóricos da conspiração de plantão enlouquecerem. Mas seria MUITO massa. 😈🍷
Louca Obsessão
4.1 1,3K Assista AgoraSei lá quantas vezes já assisti a esse filme, mas sempre faço questão de vir aqui reiterar como "Louca Obsessão" é f*da.
A cada mergulho que faço, eu descubro novas nuances, novas expressões da Kathy, detalhes que antes passaram despercebidos. E desta vez, agora atuando como escritor, foi massa ver como a adaptação funcionou muito bem e trouxe uma narrativa redonda. A construção da protagonista, por exemplo, é fantástica! Sem todo o tempo do livro, o diretor/roteirista utilizou de artifícios como a passagem do tempo medida pelos capítulos que o Paul escreve para gerar tensão. A questão da chuva servindo como gatilho mental, o close nas passadas da Annie como se fosse um Godzilla pela neve, o próprio começo, com ela carregando o Paul feito um boneco de palha, tudo envolve para que a tomemos com algum tempero de empatia. E o bizarro é que, aqui no filme, pelo menos para mim, fica uma sensação no final de que "ela poderia melhorar se tivesse tratamento".
O nome disso é o fenômeno Kathy Bates. Não é a toa que ganhou o Oscar de Melhor Atriz.
Incrível filme. Daqui a alguns anos, quando assistir de novo, volto aqui. ;D
O Tempo com Você
3.9 141 Assista AgoraÉ claro que há uma "fórmula" que molda muitas dessas narrativas, creio que isso seja inegável. Porém, o modo como essa "fórmula" é capaz de abraçar e encantar foi o que me ganhou aqui.
Uau, que filme bonito! Não apenas na questão do visual, mas principalmente na capacidade de te fazer sonhar junto. Eu sou um cara que olha muito pro céu, percebe as nuvens e se delicia com as nuances de cores que a natureza nos entrega a cada minuto. Ver tudo isso personificado nesses personagens, moldado em forma de uma história, foi inspirador. E, sério, quem não consegue se cativar com o Hodaka, com esse olhar que pende entre a adolescência e a infância, precisa ver se não está correndo demais na vida sem dar atenção às pequenas coisas. De verdade mesmo.
"O tempo com com você", percebo, também é um alerta para que apreciemos o tempo, seja ele físico, seja metaforicamente, seja com uma outra pessoa, seja com nós mesmos, mergulhados em quem somos (a maravilhosa solitude). A cena do menininho na janela olhando as minúcias de uma gota d'água em forma de peixe enquanto a mãe corre para fazer o jantar é muito, muito simbólica.
Precisamos parar um pouquinho. E há uma crítica muito interessante porque a sociedade está tão corrida e desesperada, imersa em celulares e outras telas, que é necessário pagar uma menina para que olhem para o sol e apreciem a natureza. Percebeu isso? É o poder da fantasia bem feita.
Animes são f*da!
Sem Ar
2.6 69 Assista AgoraFoi aflitivo, sem dúvida. Agora, na minha opinião de m*rda, faltou alguma coisa aqui. Acho massa que não teve uma espécie de "Deus ex-machina", o surgimento de algo que fosse ajudar repentinamente, e que optaram por mostrar a força das duas. Isso foi incrível. Sem contar que, UAU, ambas, sozinhas, carregam o filme. É extraordinário. Porém, apesar da minha aflição, creio que faltou uma construção de personagem para que eu pudesse torcer por elas, entende? Para mim, parece que apostaram muito no fato de que a situação em si já causaria uma comoção (como de fato causa!), porém, só isso não sustenta a criação de empatia entre eu (público) e elas, personagens. E por isso o filme em certas partes me soou meio arrastado, quase repetitivo. Mesmo assim, no geral, é um filme bonito e tem uma mensagem f*da.
P.S: a trilha sonora é inspiradora. Já foi para a minha coleção. A música da última cena é um abraço na alma, um sussurro de "tá tudo bem".
Tributo - Manoel Carlos
4.1 5Assisti a todos os episódios da série "Tributo" lançados até hoje (abr/2024) e, na minha opinião fecal, terminar essa maratona com este episódio foi um fechar inspirador. Para mim, por um motivo simples: Maneco, sendo um autor, é a fonte primordial de todos os outros homenageados. Claro, há os talentos, a grandeza das atuações, a força cultura, social e histórica, porém, um grande ator, uma grande atriz, não existe sem um grande papel, né? Nesse sentido, este "Tributo - Manoel Carlos" me levou a lugares de muita imersão e silêncio, uma aula para quem tem pretensões de melhorar na escrita criativa. Manoel Carlos e suas novelas sobre a vida, sobre a família, faz muita falta neste Brasil dos anos 2020 em que a população anda tão violenta, apática e polarizada.
Tributo - Ary Fontoura
4.2 1Politizado, sereno, sensato, atual. Incrível, Ary. Incrível!
Tributo - Léa Garcia
4.5 1Que bom, que bom!, que ainda recebeu este tributo em vida. Léa Garcia é um ícone que construiu muito do que temos hoje na TV.
Tributo - Laura Cardoso
4.6 1Emocionante. Laura Cardoso tem uma força no olhar. É incrível como nas pequenas cenas que mostraram vê-se as personagens, não a atriz. Incrível, incrível. E a emoção da Dira Paes passou para cá. Nossa, foi inspirador.
Tributo - Zezé Motta
4.6 1Arrepiante!
Serial Kelly
2.8 51Não achei um filme ruim, apenas mal roteirizado. A premissa é interessante, mas mal desenvolvida. Para mim, fica claro que Gaby e Paula Cohen são os grandes destaques do filme (por serem grandes atrizes). O problema é que, por estarem em um filme quase amador, o brilhantismo delas se diluiu frente aos equívocos em várias áreas.
NYAD
3.7 153Eu passei duas horas boquiaberto. Que filme incrível. Uau. Pela mensagem de superação, é claro. E também uma lembrança contra o etarismo em tempos em que as pessoas esquecem que nós só temos dois caminhos: envelhecer ou morrer. Mas para mim o que pegou foi o modo como mostraram a construção desse feito.
Com as malditas redes sociais, tendemos a ver apenas o espetáculo, os feitos, as glórias. E a maioria dos que usam essas redes tende a publicar apenas a vitória, sem mostrar que para chegar àquele ponto foi necessário muito esforço, muitas dores, muitas mortes e renascimentos.
Nós somos um emaranhado de vitórias e de derrotas e tudo nos impulsiona ao amadurecimento.
Os flashbacks em 'NYAD" são fundamentais para que não esqueçamos disso. Minha avó, Firmina Gomes, sempre me disse: "Precisamos olhar para as raízes que nos trouxeram até aqui. Não somos nada sem as raízes". Raízes de dor, raízes de sorrisos, raízes de sombras, desespero e angústia, mas também de recomeço, despertar e amor-próprio.
"NYAD" pede para que mergulhamos nas raízes que nos trouxeram até aqui.
El(a)
3.9 17Sabe por que eu dei 5 estrelas? Porque dentro da proposta, o filme é muito bom. Nas mãos de um diretor amante do choro, poderia facilmente virar um melodrama absurdo. Mas não. O que eu presenciei aqui foi um olhar empático sobre as pessoas transgênero, sem esconder as dificuldades (que começam dentro de casa) e, diferente de outros filmes, trazendo uma mensagem de impulso; de olhar adiante. Por mais que não tenha o impacto de um "Girl", que é forte pelo impacto emocional que causa, "El(a)" me ganhou pelo caminho contrário de sutileza e "pé no chão" com que tratou o tema. Claro, dentro da realidade francesa e de um contexto econômico-social que passa longe de ser universal, mas ainda assim com essa mensagem de esperança. Belíssimo filme.
P.S: palmas efusivas por terem trazido uma atriz transgênero para interpretar a Enma. Isso é de um respeito tocante. ❤️
O futuro
3.6 7 Assista AgoraPercebi que os 6 últimos episódios nada mais são do que variações do que foi apresentado nos 6 primeiros. A série foi inspiradora, ainda mais para um escritor como sou, ao ponto de me fazer pensar em possibilidades que nunca imaginei. PORÉM, esse fascínio foi se corroendo a medida que começaram as abordagens do tipo "nós vamos exigir que a indústria tenha mais ética", ou "no futuro todos terão acesso a isso".
Na minha opinião fecal, são posições que desconsideram fatores sociais, muito baseadas nas bolhas das classes altas. Quando penso, por exemplo, na maravilha da impressão de roupas em casa, é impossível para mim não olhar para a realidade da periferia aqui de São Luís e pensar: "cara, essas pessoas dificilmente vão ter acesso a isso."
Que TODOS são esses que essas pessoas estão defendendo? Óbvio que fiquei empolgado, instigado, maravilhado, e todos os adjetivos possíveis. Mas desconsiderar a realidade de desigualdade social me parece uma forma de colocar ainda mais tijolos no muro social que já existe. É só ver o que tem acontecido com a inteligência artificial: eu tenho acesso a tecnologias que 90% das pessoas não têm.
Que futuro tão maravilhoso é esse?
Gigi & Nate
2.8 3Percebo que algumas pessoas estão tão mergulhadas no "ativismo de sofá", como Elza Soares cantava, que se tornaram incapazes de distinguir as coisas Muitos tomaram o filme como "uma apologia à escravização de animais selvagens!"... Calma. O que vi aqui foi um filme bonito sobre superação, inspirado em uma história real e que me deixou com o coração aquecido. Simples assim. Sou um defensor da natureza, mas não uso isso como uma espécie de "óculos de 8 ou 80", incapaz de ver as nuances da vida. Pessoal ama ficar aguerrido, com textos gigantescos, querendo pagar de revolucionário, mas tenho certeza de que, se tivessem na mesma situação que o protagonista e tivessem a oportunidade de ter um animal de serviço, essas mesmas pessoas não hesitariam.
Desapega!
2.3 26 Assista AgoraSabe quando você percebe que a pessoa está tentando fazer graça, mas não está dando certo? Foi o que senti aqui. Fica aquele risinho amarelo, sabe? Aquela sensação de "Certo... Era pra eu rir disso?" Muito, muito, muito fraco. Os tores são bons, isso é inegável.
O problema, na minha opinião fecal, é claramente com o roteiro. É bobo, óbvio, sem brilho. Confesso que no final eu pulei 30 minutos de filme porque não aguentava mais. Se eu estivesse no cinema teria ficado MUITO P*TO de raiva. E taí algo que percebi: se fosse um média-metragem, com uns 40 minutos, cortes que tornassem o filme mais dinâmico e ágil, seria ótimo.
"Seria" do verbo "não fizeram" conjugado no tempo "ficou chaaaato".
Encantado’s (2ª Temporada)
3.8 2Ah, que temporada maravilhosa. Eu já estava encantado (!) pela primeira temporada e aqui esse sentimento foi ainda mais intenso. É família, é samba, é reflexão, raiz, diversidade, brasilidade, é tudo, tudo. Nossa, foram 12 episódios que me deixaram leve. Destaco o ep 2 ("Delírio Sensual"), o 3 ("Funcionário do Mês"), 7 ("Um dia, um adeus") e os 4 últimos, especialmente "Gurufum" (9) e "Samba Totalflex" (10). Quero muito uma terceira temporada - e vê que não sou de assistir a séries.
P.S: Evelyn Castro! ❤❤❤ Apenas.
Vidrados (4ª Temporada)
4.0 8Temporadas cada vez melhores. Estou surpreso. Nesta, desafios mais intensos, surpresas absurdas e a desconstrução do conceito de perfeição foram aspectos que me ganharam. Sem firulas ou exageros narrativos, "Vidrados" mostra que um reality simples e bem produzido é grandioso, fascinante e emocionante.
Ghostbusters: Mais Além
3.5 408 Assista AgoraDe fato, demora a engrenar, mas entendo que tem muito a ver com o fato de terem que apresentar cada personagem principal. Depois disso, o filme decola. Adorei mergulhar novamente nesse universo e agora com.todo o aspecto de filme infantojuvenil, literalmente. O original já trazia essa personalidade e agora ela foi exacerbada com mais aventura. Creio que foi uma atualização interessante para a nova geração. As homenagens ao original, os elementos deixados para fazer a ligação entre os filmes, efeitos especiais, as características de cada personagem, as atuações, foi muito bom. Pena que, tirando a primeira parte, os dois outros terços do filme são bem acelerados, o que, na minha opinião fecal, prejudica a identificação com cada personalidade.
Pequena Mamãe
3.8 87Tendemos a esquecer que nossos pais e mães foram criança, né? Que um dia foram frágeis, mas também sonhadoras, cheios de criatividade e imersas em uma realidade onde não tinham que "ser adultos".
De fato, o filme tem uma lentidão, porém, quando leio isso considerando o olhar de deslumbramento da Nelly, compreendo essa intenção de tudo ser aos poucos delicado, como uma mãe que passa remédio na ferida do filho e sopra lentamente. É um filme muito, muito delicado, que não cai no lugar-comum do melodrama. Pelo contrário, há muita maturidade aqui. Ainda bem. A cena final, então, é o reconhecimento de que, no fechar das cortinas, somos todos crianças.
Como diz a música "Resposta ao Tempo", "... no fundo é uma eterna criança / que não souber amadurecer..." Precisamos lembrar que algo de lúdico ainda vive dentro de nós.
O Rei que contemplava o mar
2.5 1Interessante por emular ao longo do curta a mesma contemplação que o Ousmane vivencia. Porém, apesar dessa beleza no silêncio, dessa evocação ao vazio externo que espelha o que trazemos dentro de nós (todos nós), achei meio "paradão", meio sem rumo. Valeu pela experiência, mas senti falta de um "tempero".
P.S.: esse cara tão tem outra sunga? kkkkkkk Ou ele é um porco que só tem essa sunga e f*da-se, ou ele tem uma máquina lava-e-seca para lavar a mesma sunga toda noite, ou ele tem várias sungas da mesma cor - e as três opções são igualmente bizarras.
A Morte de Narciso
3.1 8Maravilhoso. Eu fiquei imerso nesses 45 minutos de um jeito que não esperava. É hipnotizante e poético como o documentário faz uma ode ao artista e ao corpo masculino. O mais curioso é que, 32 anos após a morte do Alair e 21 anos após o lançamento deste filme, essa obra poética ainda é vendida como proibida, opressiva, erótica. As pessoas têm problemas demais com a nudez. "A Morte de Narciso" é o enaltecimento de um artista que viu poesia onde a maioria, apesar do desejo instintivo, só via luxúria e pecado. Viva Alair Gomes!