Últimas opiniões enviadas
-
Provavelmente em algum momento vou escrever algo mais aprofundado sobre esse filme. No momento vou tecer alguns comentários simples.
Eu simplesmente adorei o filme. É incrível. Nutri um grande sentimento de angústia ao ver o desenrolar da drama.
A sensação é muito diferente de "Três Homens em Conflito" ou "Era uma Vez no oeste". Nesses filmes, quando eu acaba de assisti-lo, sentia um desejo inconsciente de ser um cowboy. Estar nesse mundo e de certa forma ter a potência desses protagonistas, mas o que acontece com "Rastros de Ódio" é completamente o oposto. O meu pensamento mais frequente foi "Eu não quero estar nesse lugar, eu não quero ser Ethan Edwards ou Martin Pawley". Isso por que a atmosfera do filme, ou melhor, o universo do velho oeste apresentado nessa obra é terrível. Completamente horripilante. Não apenas por causa das dificuldades de sobrevivência, pela morte, pelo assassinato, mas sim pela forma de morrer. Os antagonistas não se contentam em matar. Existe uma brutalidade nesse ato e mais especificamente uma brutalidade sexual, que se potencializa com o silêncio, pois nunca é dito em palavras. Nunca é dito, "Elas foram estupradas", porque isso é terrível demais para os personagens e para as pessoas que estão assistindo. E não apenas isso! Ainda existe a ideia de que talvez a vingança nunca venha. Talvez nunca seja possível fazer justiça.
Eu esperava que o filme fosse mais racista, pelo que ouvia das pessoas, mas não sei se é necessariamente ruim os indígenas serem os vilões da história, tendo em conta que o protagonista é um cowboy que teve a família brutalmente morte. Um homem carente de história. Para nós, do mundo contemporâneo, enxergar as coisas como "Os índios foram exterminados" é fácil, pois temos o auxilio da história, mas talvez para um homem comum, vivendo no meio do nada, essa perspectiva é impossível. Tudo que ele tem é sua família e sua terra e os certos antagonistas que espreitam e fazem crueldades terríveis. Qualquer um naquele posição faria o mesmo.
Enfim, é um filme incrível e todos deveriam assistir. (Desculpa se escrevi algo errado. Escrevi de uma vez e não estou com vontade de revisar)
Últimos recados
-
Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
A versão de James Gunn traz em sua gênese uma violência burra e cômica.
O filme possui quebras de expectativas absurdas, brincando, de forma violenta, com o valor da vida dos personagens. Uma violência exercida de forma tosca (no bom sentido), atrelando com um aspecto cômico absurdo, de humor negro extremamente pesado, brincando a todo momento com o expectador de uma forma genial, original e visceral, com uma estrutura similar a filmes como Pulp Fiction e Bastardos Inglórios.
Tudo é ridículo, tosco, brega e caricato, mas mesmo assim consegue produzir pontos dramáticos muito potentes. Quero destacar aqui um que acontece com o personagem Pacificar no terceiro ato do filme.
A avacalhação é tanta, que o filme traz consigo um vilão ridículo, o Starro, uma estrela do mar gigante, que pra quem não sabe foi o primeiro vilão da liga da justiça, mas que nessa versão se encaixa perfeitamente.
É interessante se atentar a primeira cena. Nos primeiros minutos já é possível notar a dinâmica de quebra de expectativa que segue o filme todo que mais parece um anti-filme de super-herói, que ainda de quebra, faz uma crítica incrível ao intervencionismo americano.