Filme maravilhoso que me fez sair do cinema com um baita de um sorriso. É bem interessante perceber como os 3 arcos narrativos são bem definidos e que, de forma excelente, cada personagem tem seu desenvolvimento. O uso das músicas é outra coisa que me pegou de surpresa. Chega a ser triste no final, mas Deserto Particular é um filme sobre recomeços, então tá tudo bem.
Aqui é inegável a qualidade das músicas e da trilha sonora incidental. Tudo muito caprichado. Uma pena que se torna cansativo ao ponto de que várias cenas são feitas exclusivamente para uma canção, prejudicando o já simplório enredo. Mesmo assim, vale como curiosidade.
Filme é lento e pouco carismático, mesmo com as músicas famosas tocando a cada 2 minutos. Não há muito charme, apesar do título, e as atuações são superestimadas, com exceção de Al Pacino. Além disso, não deu pra ficar muito credível um bando de americanos falando inglês com sotaque italiano. Outra coisa: a primeira meia hora é a melhor, mas depois fiquei com o sentimento de um filme quase interminável. Infelizmente, House of Gucci tem muito pouco de bom a oferecer.
Demora para acontecer algo relevante, mas quando deslancha, que é quando começa o baile, o filme ganha uma forma inesperada e até uma relativa sofisticação. A direção é competente em dosar o suspense e a montagem é muito boa. Há ainda algumas subtramas interessantes e as músicas são divertidas. Sim, o salto temporário que o filme apresenta não é credível, mas a 99% dos slashers têm problemas no roteiro, então isso não é o mais importante. No fim, acaba sendo um bom filme.
A angústia de Betty estava praticamente saindo da minha tela. É impressionante como é fácil a imersão nos filmes do Chabrol. Betty é um interessantíssimo estudo sobre transtornos e solidão, apoiado por um magnífico elenco e uma direção muito elegante. Adorei aquilo que pra mim foi um final feliz, que também é obviamente aberto a interpretação. Não é o meu Chabrol favorito dos anos 90, mas tem muito o que falar.
É um dos piores slashers que já vi. Parece tudo muito encomendado, com todos as ferramentas do gênero aparecendo de forma nada orgânica. Fica muito chato a certo ponto. Também não gostei nada do final, com uma sequência super mal ensaiada. Fica devendo e é de longe o pior filme da caixa da Versátil.
É um filmaço, mesmo. A fotografia em preto e branco é praticamente um personagem, que também serve para acompanhar cada nuance dos demais personagens. Difícil encontrar um filme que fale tão bem sobre obsessão quanto este. Eu tive apenas problemas com o ritmo em certo ponto, mas o filme nunca deixa de ser interessante. Pena que seja tão esquecido.
Não li o livro, então acho que me livrei de decepções rsrs. À parte disso, até que é divertido, tendo em vista que o filme nunca se leva a sério - nem precisaria -, tem uma boa trilha sonora do sensacional Michael Kamen (RIP) e tem uma abordagem mais moderna. A música, pensada para o Oscar, é boa. Pena que o roteiro faz algumas escolhas infelizes e não trata muito bem as mulheres. É divertido, enfim, mas tem seus "pecados".
Fui procurar por esse filme, pois é do mesmo roteirista da obra-prima Black Christmas. Aqui temos até que boas ideias. A sequência inicial da pandemia é muito boa, o uso do som na pós-produção é excelente e a sequência final é divertida porque nunca tinha visto uma batalha entre um avião e um carro. Porém, o roteiro dá umas paradas estranhas, principalmente aquela desnecessária e inconveniente sequência da comunidade na floresta. Com isso, o filme ficou longo e por vezes arrastado, ainda que, enfim, valha a pena se você assistir de forma descompromissada.
Me entediei facilmente porque no filme não acontece nada por mais de uma hora! Fica difícil em determinado momento. A maquiagem é ruim e tem ainda altos furos que foram complicados de aceitar. Pelo menos há uma clara homenagem a Romero, o final é legal e deu pra enxergar boa vontade dos idealizadores. Ainda bem que Bob Clark viria a realizar coisas muuuito melhores em seguida.
O filme me envolveu bastante. Gostei da maneira em que navega entre emoções. Em alguns momentos, assistindo aquele psicótico ciúme, dei risadas, em outros senti tristeza e por fim indignação. E é aí que acho que vale mencionar a estrondosa atuação de François Cluzet, que potencializa tudo e serve para apoiar a direção de Chabrol, pois sozinho não seria suficiente. Os filmes do Chabrol nos anos 90 são legais demais!
Há um claro paralelo nas escolhas de Joe com o comentário social que o filme faz, o que é muito interessante. Com isso fica claro o pertencimento à nouvelle vague britânica. Pena que nada disso é muito mais aprofundado (para isso teriam que mudar o título do filme). E apesar do esforço que Ted Kotcheff aplica na direção, o filme não ganha muito mais interesse por causa do problemático desenvolvimento dos personagens, que nunca fica inteiramente credível, atrapalhando no final o entendimento do que aqueles personagens realmente queriam.
O filme é cheio de problemas. Raramente consegue construir uma boa situação de suspense. E para falar a verdade, os melhores momentos são aqueles em que o vilão não aparece. É tudo muito equivocado! As máscaras, o vilão, o cenário mal explorado... cheio de escolhas erradas. Sem falar que foi muito triste de assistir Curtis em um papel tão ruim. Pelo menos a ideia de participação ativa dos maquinistas foi boa e o mágico, claro, era o melhor personagem.
Ao contrário dos colegas logo aí abaixo, o que mais me chamou atenção aqui foi o roteiro. Muito bem medido, com diversas sugestões que espectadores mais atentos irão perceber. Há ainda um claro comentário sobre a situação econômica da França naquele momento. Tudo isso fez eu me lembrar muito de algumas obras britânicas do mesmo período. É um filme muito cara anos 90, lógico, com um bom uso do cenário e alguns momentos de inspiração do Chabrol. Não é uma obra-prima, mas é muito interessante de acompanhar.
É um interessante filme alemão, que mostra como as aparentemente gélidas relações das cabeças do setor financeiro podem arruinar, facilmente, a vida não apenas dos diretamente envolvidos, mas também de toda uma nação. Destaque para uma trilha sonora muito boa e por um elenco excelentemente escalado. Rostos perfeitos, de fato. Também adorei o final.
É pancada após pancada. Adoro como a primeira metade trata muito sobre a personalidade de João, desenvolvendo o personagem de forma muito satisfatória. Já na segunda metade temos um filme mais leve e até bastante otimista. O trabalho de câmera também é muito bom, focando demais na atuação de um elenco no seu melhor. Grande trabalho de Lázaro Ramos, aliás. Valeria até uma continuação.
Já sou fã declarado de Dreyer. Amo demais Dia de Ira e A Palavra. No entanto, Gertrud foi complicado pra mim. Todas as frustrações da protagonista não deixam de ser bem exploradas, só que todos aqueles diálogos longos e as extensões que cada cena tem, serviram para nada mais do que me curar da insônia. Talvez eu assista de novo, algum dia, mas não deixei de ficar decepcionado.
Um dos melhores slashers que já vi. Chega estar até a frente de seu tempo, com comentários claros sobre feminismo e feminicídio. E mesmo que o roteiro tenha alguns problemas, não tão prejudiciais como em outros slashers, a direção de Jean-Claude Lord impressiona já na primeira sequência de ação, na segurança de ritmo e na perspectiva de tela. Por exemplo: na primeira metade do filme não sabemos exatamente quando é o ponto de vista do vilão, o que foi excelente para manter o suspense. Vilão que, aliás, é incrívelmente interpretado por Michael Ironside, vale ressaltar. Gostei, por fim. Pena que é injustamente pouco conhecido.
O tom de documentário da primeira parte é extremamente comovente e realista, com uma montagem brilhante que é tão importante quanto a narrativa. Já na segunda metade, o filme transforma-se em um comovente drama sobre o fim de nossas vidas, solidão e compaixão. Destaque para TODAS as atuações, que intensificam cada uma das emoções em tela. O final, traumatizante, também é deveras impressionante. Filhos de Hiroshima é, enfim, um dos grandes filmes de Shindo.
Minhas ressalvas ficam sobre essa narrativa do "governo que criou uma arma tão perigosa que obviamente cai em mãos erradas" não ser nada nova. E também sobre como é estranho acompanhar um personagem, já tão bem definido, mudando de forma tão rápida. Pelo menos, amei a trilha sonora de Hans Zimmer, que ajuda bastante de forma a deixar o filme mais divertido. Sem falar da Ana De Armas, que rouba a cena durante todo o pouco tempo em que aparece.
Dreyer é o cara que deteve a voz mais potente quando se fala(va) sobre religião. Assim, como em A Palavra, aqui temos uma enxurrada de conflitos, discursos vazios sobre fé, liberdade, sofrimento, aceitação e amor (ou a hipócrita falta dele). Mostra como convicções cegas são derradeiras, de qualquer forma. Não é só uma aula de cinema, enfim, é também uma aula sobre a vida.
Parece ser um dos expoentes da Nuberu Bagu. Tem uma consistência narrativa já parecida com os melhores filmes do movimento. História simples, mas bastante tocante e credível. É muito interessante de acompanhar que, apesar da boa vontade de alguns burgueses, estava difícil de entender a situação daquela família, sem nenhuma sensação de pertencimento ou alguma experiência. O final é perfeito, também. Só peca pela pouca duração, que até prejudica um pouco na transição dos arcos do filme. Apesar disso, "Uma Cidade de Amor e Esperança" é uma excelente estreia de Nagisa Ōshima.
É bem complicado de acompanhar, realmente. Tem um ritmo estranho e a dependência de textos é difícil de aceitar. No entanto, há ainda muito de interessante por aqui: o trabalho com as sombras é algo fenomenal, o cenário é perfeito, a trilha sonora é interessante e maneira que a câmera nos apresenta os cenários é inventiva demais. O Vampiro é um filme irregular, longe de ser o melhor do mestre, mas é imperdível para quem gosta de terror fantástico.
Imamura já no primeiro filme consegue trazer um retrato muito interessante do mais íntimo sobre a sociedade japonesa. Pode ser até meio exagerado por alguns momentos, mas não deixa de impressionante a capacidade do diretor em explorar temas que pareciam tabu na época. Fala-se sobre sexo, adultério, imaturidade e a até sobre a importância da coletividade. Chama mais atenção a história de indecisão que o ator graduado passa. É um ótimo filme.
Deserto Particular
3.8 184 Assista AgoraFilme maravilhoso que me fez sair do cinema com um baita de um sorriso. É bem interessante perceber como os 3 arcos narrativos são bem definidos e que, de forma excelente, cada personagem tem seu desenvolvimento. O uso das músicas é outra coisa que me pegou de surpresa. Chega a ser triste no final, mas Deserto Particular é um filme sobre recomeços, então tá tudo bem.
O Clamor da Juventude
3.1 2Aqui é inegável a qualidade das músicas e da trilha sonora incidental. Tudo muito caprichado. Uma pena que se torna cansativo ao ponto de que várias cenas são feitas exclusivamente para uma canção, prejudicando o já simplório enredo. Mesmo assim, vale como curiosidade.
Casa Gucci
3.2 708 Assista AgoraFilme é lento e pouco carismático, mesmo com as músicas famosas tocando a cada 2 minutos. Não há muito charme, apesar do título, e as atuações são superestimadas, com exceção de Al Pacino. Além disso, não deu pra ficar muito credível um bando de americanos falando inglês com sotaque italiano. Outra coisa: a primeira meia hora é a melhor, mas depois fiquei com o sentimento de um filme quase interminável. Infelizmente, House of Gucci tem muito pouco de bom a oferecer.
A Morte Convida para Dançar
2.7 163Demora para acontecer algo relevante, mas quando deslancha, que é quando começa o baile, o filme ganha uma forma inesperada e até uma relativa sofisticação. A direção é competente em dosar o suspense e a montagem é muito boa. Há ainda algumas subtramas interessantes e as músicas são divertidas. Sim, o salto temporário que o filme apresenta não é credível, mas a 99% dos slashers têm problemas no roteiro, então isso não é o mais importante. No fim, acaba sendo um bom filme.
Betty - Uma Mulher Sem Passado
3.5 7A angústia de Betty estava praticamente saindo da minha tela. É impressionante como é fácil a imersão nos filmes do Chabrol. Betty é um interessantíssimo estudo sobre transtornos e solidão, apoiado por um magnífico elenco e uma direção muito elegante. Adorei aquilo que pra mim foi um final feliz, que também é obviamente aberto a interpretação. Não é o meu Chabrol favorito dos anos 90, mas tem muito o que falar.
Iniciação
3.1 29É um dos piores slashers que já vi. Parece tudo muito encomendado, com todos as ferramentas do gênero aparecendo de forma nada orgânica. Fica muito chato a certo ponto. Também não gostei nada do final, com uma sequência super mal ensaiada. Fica devendo e é de longe o pior filme da caixa da Versátil.
Ophélia
3.7 3É um filmaço, mesmo. A fotografia em preto e branco é praticamente um personagem, que também serve para acompanhar cada nuance dos demais personagens. Difícil encontrar um filme que fale tão bem sobre obsessão quanto este. Eu tive apenas problemas com o ritmo em certo ponto, mas o filme nunca deixa de ser interessante. Pena que seja tão esquecido.
Os Três Mosqueteiros
3.3 173 Assista AgoraNão li o livro, então acho que me livrei de decepções rsrs. À parte disso, até que é divertido, tendo em vista que o filme nunca se leva a sério - nem precisaria -, tem uma boa trilha sonora do sensacional Michael Kamen (RIP) e tem uma abordagem mais moderna. A música, pensada para o Oscar, é boa. Pena que o roteiro faz algumas escolhas infelizes e não trata muito bem as mulheres. É divertido, enfim, mas tem seus "pecados".
A Última Perseguição
2.1 2Fui procurar por esse filme, pois é do mesmo roteirista da obra-prima Black Christmas. Aqui temos até que boas ideias. A sequência inicial da pandemia é muito boa, o uso do som na pós-produção é excelente e a sequência final é divertida porque nunca tinha visto uma batalha entre um avião e um carro. Porém, o roteiro dá umas paradas estranhas, principalmente aquela desnecessária e inconveniente sequência da comunidade na floresta. Com isso, o filme ficou longo e por vezes arrastado, ainda que, enfim, valha a pena se você assistir de forma descompromissada.
As Crianças Não Devem Brincar Com Coisas Mortas
3.0 20 Assista AgoraMe entediei facilmente porque no filme não acontece nada por mais de uma hora! Fica difícil em determinado momento. A maquiagem é ruim e tem ainda altos furos que foram complicados de aceitar. Pelo menos há uma clara homenagem a Romero, o final é legal e deu pra enxergar boa vontade dos idealizadores. Ainda bem que Bob Clark viria a realizar coisas muuuito melhores em seguida.
Ciúme - O Inferno do Amor Possessivo
3.7 37O filme me envolveu bastante. Gostei da maneira em que navega entre emoções. Em alguns momentos, assistindo aquele psicótico ciúme, dei risadas, em outros senti tristeza e por fim indignação. E é aí que acho que vale mencionar a estrondosa atuação de François Cluzet, que potencializa tudo e serve para apoiar a direção de Chabrol, pois sozinho não seria suficiente. Os filmes do Chabrol nos anos 90 são legais demais!
Leilão de Almas
3.4 3Há um claro paralelo nas escolhas de Joe com o comentário social que o filme faz, o que é muito interessante. Com isso fica claro o pertencimento à nouvelle vague britânica. Pena que nada disso é muito mais aprofundado (para isso teriam que mudar o título do filme). E apesar do esforço que Ted Kotcheff aplica na direção, o filme não ganha muito mais interesse por causa do problemático desenvolvimento dos personagens, que nunca fica inteiramente credível, atrapalhando no final o entendimento do que aqueles personagens realmente queriam.
O Trem do Terror
3.0 72 Assista AgoraO filme é cheio de problemas. Raramente consegue construir uma boa situação de suspense. E para falar a verdade, os melhores momentos são aqueles em que o vilão não aparece. É tudo muito equivocado! As máscaras, o vilão, o cenário mal explorado... cheio de escolhas erradas. Sem falar que foi muito triste de assistir Curtis em um papel tão ruim. Pelo menos a ideia de participação ativa dos maquinistas foi boa e o mágico, claro, era o melhor personagem.
A Cor da Mentira
3.5 3Ao contrário dos colegas logo aí abaixo, o que mais me chamou atenção aqui foi o roteiro. Muito bem medido, com diversas sugestões que espectadores mais atentos irão perceber. Há ainda um claro comentário sobre a situação econômica da França naquele momento. Tudo isso fez eu me lembrar muito de algumas obras britânicas do mesmo período. É um filme muito cara anos 90, lógico, com um bom uso do cenário e alguns momentos de inspiração do Chabrol. Não é uma obra-prima, mas é muito interessante de acompanhar.
A Cidade Abaixo
3.1 9É um interessante filme alemão, que mostra como as aparentemente gélidas relações das cabeças do setor financeiro podem arruinar, facilmente, a vida não apenas dos diretamente envolvidos, mas também de toda uma nação. Destaque para uma trilha sonora muito boa e por um elenco excelentemente escalado. Rostos perfeitos, de fato. Também adorei o final.
Madame Satã
3.9 421 Assista AgoraÉ pancada após pancada. Adoro como a primeira metade trata muito sobre a personalidade de João, desenvolvendo o personagem de forma muito satisfatória. Já na segunda metade temos um filme mais leve e até bastante otimista. O trabalho de câmera também é muito bom, focando demais na atuação de um elenco no seu melhor. Grande trabalho de Lázaro Ramos, aliás. Valeria até uma continuação.
Gertrud
4.1 33Já sou fã declarado de Dreyer. Amo demais Dia de Ira e A Palavra. No entanto, Gertrud foi complicado pra mim. Todas as frustrações da protagonista não deixam de ser bem exploradas, só que todos aqueles diálogos longos e as extensões que cada cena tem, serviram para nada mais do que me curar da insônia. Talvez eu assista de novo, algum dia, mas não deixei de ficar decepcionado.
Horário de Visitas
3.3 40Um dos melhores slashers que já vi. Chega estar até a frente de seu tempo, com comentários claros sobre feminismo e feminicídio. E mesmo que o roteiro tenha alguns problemas, não tão prejudiciais como em outros slashers, a direção de Jean-Claude Lord impressiona já na primeira sequência de ação, na segurança de ritmo e na perspectiva de tela. Por exemplo: na primeira metade do filme não sabemos exatamente quando é o ponto de vista do vilão, o que foi excelente para manter o suspense. Vilão que, aliás, é incrívelmente interpretado por Michael Ironside, vale ressaltar. Gostei, por fim. Pena que é injustamente pouco conhecido.
Filhos de Hiroshima
4.2 12 Assista AgoraO tom de documentário da primeira parte é extremamente comovente e realista, com uma montagem brilhante que é tão importante quanto a narrativa. Já na segunda metade, o filme transforma-se em um comovente drama sobre o fim de nossas vidas, solidão e compaixão. Destaque para TODAS as atuações, que intensificam cada uma das emoções em tela. O final, traumatizante, também é deveras impressionante. Filhos de Hiroshima é, enfim, um dos grandes filmes de Shindo.
007: Sem Tempo para Morrer
3.6 566 Assista AgoraMinhas ressalvas ficam sobre essa narrativa do "governo que criou uma arma tão perigosa que obviamente cai em mãos erradas" não ser nada nova. E também sobre como é estranho acompanhar um personagem, já tão bem definido, mudando de forma tão rápida. Pelo menos, amei a trilha sonora de Hans Zimmer, que ajuda bastante de forma a deixar o filme mais divertido. Sem falar da Ana De Armas, que rouba a cena durante todo o pouco tempo em que aparece.
Dias de Ira
4.3 38 Assista AgoraDreyer é o cara que deteve a voz mais potente quando se fala(va) sobre religião. Assim, como em A Palavra, aqui temos uma enxurrada de conflitos, discursos vazios sobre fé, liberdade, sofrimento, aceitação e amor (ou a hipócrita falta dele). Mostra como convicções cegas são derradeiras, de qualquer forma. Não é só uma aula de cinema, enfim, é também uma aula sobre a vida.
Uma Cidade de Amor e de Esperança
4.1 9Parece ser um dos expoentes da Nuberu Bagu. Tem uma consistência narrativa já parecida com os melhores filmes do movimento. História simples, mas bastante tocante e credível. É muito interessante de acompanhar que, apesar da boa vontade de alguns burgueses, estava difícil de entender a situação daquela família, sem nenhuma sensação de pertencimento ou alguma experiência. O final é perfeito, também. Só peca pela pouca duração, que até prejudica um pouco na transição dos arcos do filme. Apesar disso, "Uma Cidade de Amor e Esperança" é uma excelente estreia de Nagisa Ōshima.
O Vampiro
4.0 77É bem complicado de acompanhar, realmente. Tem um ritmo estranho e a dependência de textos é difícil de aceitar. No entanto, há ainda muito de interessante por aqui: o trabalho com as sombras é algo fenomenal, o cenário é perfeito, a trilha sonora é interessante e maneira que a câmera nos apresenta os cenários é inventiva demais. O Vampiro é um filme irregular, longe de ser o melhor do mestre, mas é imperdível para quem gosta de terror fantástico.
Desejo Não Alcançado
3.6 4Imamura já no primeiro filme consegue trazer um retrato muito interessante do mais íntimo sobre a sociedade japonesa. Pode ser até meio exagerado por alguns momentos, mas não deixa de impressionante a capacidade do diretor em explorar temas que pareciam tabu na época. Fala-se sobre sexo, adultério, imaturidade e a até sobre a importância da coletividade. Chama mais atenção a história de indecisão que o ator graduado passa. É um ótimo filme.