Gostei muito do filme. Faz uma abordagem filosófica referente as IAs, tem uma excelente fotografia, e o ritmo condiz com a introspecção da narrativa. Uma obra sensorial.
Admito que em dado momento pode parecer confuso, mas no fim tudo se explica (ou quase tudo). O problema é que ao assistir uma vez, algumas informações importantes podem passar despercebidas. Porém, ao ver Intruso pela segunda vez, já sabendo do que se tratava o filme, tive uma imersão ainda mais profunda. Tudo se encaixa. O que parecia solto, está lá, bem amarradinho.
Enfim, tenho certeza de que no fim de 2024 este filme estará entre os meus preferidos do ano.
Os quatros atos são tão bem marcados, que poderia ser uma série de quatro episódios hehe.
Só não dei cinco estrelas pela questão dos eventos dos cavalos, que não me convenceu que acarretaria naquelas consequências, e pelo excesso de melodrama nos últimos 20 minutos de filme. De resto, uma obra-prima. Com personagens bem construídos, repletos de nuances e camadas, e que nos faz detestá-los e amá-los ao mesmo tempo. E isso é o que faz o cinema tão apaixonante.
E de pensar que tentaram cancelar, nos dias de hoje, esta grandiosidade da sétima arte.
Eu cada vez tenho mais certeza que artisticamente — e nisso se inclui o cinema —, esta época da história não deixará praticamente nada. Olharemos para trás, e salvo raras exceções, enxergaremos apenas um vazio artístico. O que produzimos são obras com uma forte carga política-ideológica se sobressaindo a narrativa (no caso do cinema e da arte moderna, isto é muito claro) ou produções com um erotismo cafona (aqui sim entra O Lado Bom de Ser Traída), sem contar a desconstrução de histórias e personagens já estabelecidos, pois é óbvio, é mais fácil descontruir do que construir algo do zero.
Enfim... tento ser um otimista ao olhar para o futuro, porém, nada justifica este meu sentimento, ainda mais quando analiso o cenário que circunda a classe artística.
Achei o terço final do filme arrastado. Já sabíamos basicamente tudo sobre os crimes, quem tinha cometido e como. E a investigação não trouxe nenhum elemento "novo" para a trama, além de caçar os culpados (que já sabíamos quem era). Houve uma quebra de ritmo que me cansou, em certa dose.
Fora isso, achei as primeiras duas horas ótimas. Tanto em montagem, como em fotografia, trilha, ritmo, atuações etc.
E o destino dos personagens ser contado em formato de programa de rádio sobre crimes reais, muito popular na primeira metade do século XX, foi uma puta sacada.
Quando o cinema se faz cinema. Onde os envolvidos tem mais a dar do que o entretenimento por ele mesmo.
Aqui há cuidado na fotografia, nas atuações, na trilha, na narrativa... Cada ponto, cada virgula do roteiro, nada desperdiçado (exceto por uma breve cena).
Sinto saudade deste cinema. Onde o entretenimento e questões ideológicas — ao contrário de hoje — não engoliam todo o resto. E sim, faziam parte de um contexto.
Este filme me fez relembrar os mestres Antonioni e Bergman.
Essa é uma das várias funções do cinema: nos fazer questionar os próprios valores.
E mesmo que o cinema, em muitos casos, seja uma metáfora da vida, houve um trabalho magistral de personagem aqui. Fazer o público (ou parte dele) criar empatia por um personagem com um passado tão desprezível, cruel, abjeto, é para poucos — e tudo isso de forma contida, sem atropelos.
Apesar de um tema denso, a fotografia, os planos mais abertos, a trilha, e a própria jardinagem, trazem certa leveza a obra.
Temos aqui os temas favoritos do Schrader: queda (ainda que de forma sutil), transformação e redenção — além do velho e bom diário, fiel companheira de seus personagens.
Assim como em Babysister e A Morte Te Dá Parabéns, curti bastante. Um humor irônico, e mesmo sem se levar a sério, dá ao público um mistério com o qual se prender.
Achei massa as referências a outros filmes utilizadas. E a década de 80, da qual sou um entusiasta.
A narrativa me lembrou dos filmes dos anos 80. Tudo bem definido. O herói, o inimigo e o tema a ser debatido. Uma jornada do herói bem estabelecida.
Bom, adorei. Haha. Sou um entusiasta dos anos oitenta. Realmente sentia falta de filmes assim, onde as virtudes do protagonista sejam enaltecidas, de maneira clara, sem dubiedade.
O filme tem muitos méritos, principalmente pela verba investida e a dificuldade em produzir um filme sobre este tema (ainda mais em Hollywood, que sempre ignorou este tipo de abordagem. Por que será? Temos nossas desconfianças...)
A produtora Angel já tinha feita o magnífico The Chosen. E agora vem com esta grata surpresa.
Claro que o filme não é perfeito, mas por tudo que rolou entorno de Sound of Freedom — o tema que ele aborda, suas dificuldades de produção, Jim Caviezel que é um puta ator (sendo escanteado em Hollywood), por ser baseado em uma história real, a sabotagem que parte da mídia e do público (público este de caráter duvidoso) tentou criar etc. — não tenho coragem de apontar os erros, apenas enaltecer os envolvidos.
Quem sabe uma nova porta não se abriu para mais produções do tipo.
Sou roteirista e trabalhei recentemente com uma roteirista (não a conhecia) que tem um projeto de 2011 sobre o tráfico infantil. O projeto é uma série de cinco episódios e está todo em espanhol, pois ela o elaborou quando residiu em Madri. E ela, politicamente, é uma pessoa quase neutra hehe. Digamos que tem uma inclinação mais para a esquerda do que para direita. Me convidou para participar deste projeto, dizendo que quer retomá-lo e por aí vai. Recebi o projeto semanas atrás, e comentei sobre o sucesso de Sound of Freedom e suas polêmicas. Ela desconhecia o filme. Analisando os dados minuciosos que pôs na apresentação (ainda que de 2011), percebe-se que é um mercado real, palpável, e quem tenta descreditá-lo, afirmando ser conspiracionista, QAnon, e o caralho, deveria rever seus conceitos, pois está colocando sua ideologia à frente da realidade e se tornando um negacionista (e um negacionista num tema atroz, abjeto, e de suma importância a ser debatido e combatido). Esta prática é muito comum em países subdesenvolvido, como Benin, por exemplo, onde crianças são vendidas por 30 euros. Sem contar quando a prática nem envolve dinheiro, e sim, comida e objetos. É um assunto indigesto, que ao longo da história foi rechaçado por Hollywood e seus pares, por envolver uma cadeia colossal de interesses, de vários níveis sociais e em escala global.
Enfim, este comentário é quase um desabafo. Me embrulhou o estômago ler parte da mídia e do público, transformando um assunto de suma relevância, em teoria conspiracionista -- e deixando suas crenças ideológicas atropelarem a razão.
Diferentemente de O Lutador (que segue uma narrativa bem parecida com a Baleia, inclusive a cena final), da qual abracei a causa do Mickey Rourke, neste filme não houve essa conexão minha com os dramas dos personagens. Tentei visualizar com um olhar mais analítico, observando a obra como um todo. Mas sério, me distanciei de suas lamúrias. Devo estar ficando com o coração insensível haha.
Eu só pensava: "Porra, cara, levanta dessa merda de sofá, faz um tratamento psicológico e arranja um novo propósito pra tua vida (no caso, a filha dele). Para de sentir pena de si mesmo!"
Quando nem a filha (que ele dizia amar tanto) serviu de motivação para se recuperar, larguei de mão.
E o pessoal entorno dele parecia reafirmar todo aquele comportamento suicida.
O filme me lembrou aquela frase do Rollo May: "Este é um conto da agonia do indivíduo, cujo descanso noturno só o ressuscita para que ele possa suportar suas agonias no dia seguinte."
Porém, eu queria que o Charlie abraçasse a frase do Sartre: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim."
Enfim, Fraser esteve ótimo, mesmo que algumas cenas me causassem bocejos.
Gostei da construção, um ritmo mais lento, sem pressa, mas me prendeu do começo ao fim. O que me incomodou foram os diálogos, extremamente expositivos.
Cristo com dilemas existenciais, isso foi o que mais me agradou. A filmografia é boa também, apesar de achar que esta história poderia ter sido contada de maneira mais sucinta. Paul Schrader é expert em escrever histórias de declínio e redenção (mesmo essa sendo uma obra adaptada).
Num todo é um bom filme, ainda que cansativo em algumas partes.
Pelo fato de o roteiro ser assinado pelo Paul Schrader, já pesa a favor na minha nota. Num todo, gostei dos personagens, da atuação do Richard e da trilha. Como boa parte dos filmes da Nova Hollywood, o primeiro ato é espichado, preocupando-se em apresentar os personagens, seus conflitos e a atmosfera em que estão envolvidos. A partir daí passamos para o segundo ato, onde o crime ocorre e o ritmo de polícia e ladrão é inserido. Sou muito fã desta estrutura, apesar de ser quase sempre voto vencido, pois torna o filme mais lento.
Acho um filme inteligente, que não entrega tudo ao espectador e com final lúdico, belo.
Legal pro gênero. Algumas bobagens, mas num todo, gostei. Principalmente dos enquadramentos de câmeras. Fotografia muito bem elaborada. Vale o ingresso.
Assim como boa parte do cinema da Nova Hollywood, o primeiro ato é uma longa apresentação dos personagens e de seus conflitos (muitas vezes internos). Chegando próximo dos 40 minutos que teremos o primeiro ponto de virada. Aqui também segue essa linha. Sou fã da Nova Hollywood e como é respeitado a construção de personagens. Porém, este não me pegou. Algumas cenas bastante descartáveis, e enrolado além da conta.
A Cor do Dinheiro
3.5 118 Assista AgoraSério, que sinopse é essa? Uma das mais absurdas que já vi. Desvirtua totalmente o enredo do filme.
Intruso
3.0 110Gostei muito do filme. Faz uma abordagem filosófica referente as IAs, tem uma excelente fotografia, e o ritmo condiz com a introspecção da narrativa. Uma obra sensorial.
Admito que em dado momento pode parecer confuso, mas no fim tudo se explica (ou quase tudo). O problema é que ao assistir uma vez, algumas informações importantes podem passar despercebidas. Porém, ao ver Intruso pela segunda vez, já sabendo do que se tratava o filme, tive uma imersão ainda mais profunda. Tudo se encaixa. O que parecia solto, está lá, bem amarradinho.
Enfim, tenho certeza de que no fim de 2024 este filme estará entre os meus preferidos do ano.
Gaiola Mental
2.2 116Às vezes ir atrás do Top 10 da Netflix dá nisso. Estava em segundo dos mais vistos. Bom, vou arriscar, pensei. E deu nisso.
Entre todos os problemas do filme, o que mais me incomodou foi a química entre os dois protagonistas (inclusive com o público).
...E o Vento Levou
4.3 1,4K Assista AgoraOs quatros atos são tão bem marcados, que poderia ser uma série de quatro episódios hehe.
Só não dei cinco estrelas pela questão dos eventos dos cavalos, que não me convenceu que acarretaria naquelas consequências, e pelo excesso de melodrama nos últimos 20 minutos de filme. De resto, uma obra-prima. Com personagens bem construídos, repletos de nuances e camadas, e que nos faz detestá-los e amá-los ao mesmo tempo. E isso é o que faz o cinema tão apaixonante.
E de pensar que tentaram cancelar, nos dias de hoje, esta grandiosidade da sétima arte.
Segredos de um Escândalo
3.5 271 Assista AgoraAquela trilha em conjunto com alguns planos, me lembrou os filmes do Supercine da década de 90 hehe.
Fora isso, o que entendi:
Gracie é a legítima sociopata narcisista, ciente do mundo ao seu redor e que sabe manipular a tudo e a todos, conscientemente.
Aquele último diálogo com a Elizabeth me fez pensar isto.
O Lado Bom de Ser Traída
1.8 145Eu cada vez tenho mais certeza que artisticamente — e nisso se inclui o cinema —, esta época da história não deixará praticamente nada. Olharemos para trás, e salvo raras exceções, enxergaremos apenas um vazio artístico. O que produzimos são obras com uma forte carga política-ideológica se sobressaindo a narrativa (no caso do cinema e da arte moderna, isto é muito claro) ou produções com um erotismo cafona (aqui sim entra O Lado Bom de Ser Traída), sem contar a desconstrução de histórias e personagens já estabelecidos, pois é óbvio, é mais fácil descontruir do que construir algo do zero.
Enfim... tento ser um otimista ao olhar para o futuro, porém, nada justifica este meu sentimento, ainda mais quando analiso o cenário que circunda a classe artística.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 606 Assista AgoraAchei o terço final do filme arrastado. Já sabíamos basicamente tudo sobre os crimes, quem tinha cometido e como. E a investigação não trouxe nenhum elemento "novo" para a trama, além de caçar os culpados (que já sabíamos quem era). Houve uma quebra de ritmo que me cansou, em certa dose.
Fora isso, achei as primeiras duas horas ótimas. Tanto em montagem, como em fotografia, trilha, ritmo, atuações etc.
E o destino dos personagens ser contado em formato de programa de rádio sobre crimes reais, muito popular na primeira metade do século XX, foi uma puta sacada.
Garota Sombria Caminha Pela Noite
3.7 343 Assista AgoraQuando o cinema se faz cinema. Onde os envolvidos tem mais a dar do que o entretenimento por ele mesmo.
Aqui há cuidado na fotografia, nas atuações, na trilha, na narrativa... Cada ponto, cada virgula do roteiro, nada desperdiçado (exceto por uma breve cena).
Sinto saudade deste cinema. Onde o entretenimento e questões ideológicas — ao contrário de hoje — não engoliam todo o resto. E sim, faziam parte de um contexto.
Este filme me fez relembrar os mestres Antonioni e Bergman.
Que achado!
Jardim dos Desejos
3.3 11Essa é uma das várias funções do cinema: nos fazer questionar os próprios valores.
E mesmo que o cinema, em muitos casos, seja uma metáfora da vida, houve um trabalho magistral de personagem aqui. Fazer o público (ou parte dele) criar empatia por um personagem com um passado tão desprezível, cruel, abjeto, é para poucos — e tudo isso de forma contida, sem atropelos.
Apesar de um tema denso, a fotografia, os planos mais abertos, a trilha, e a própria jardinagem, trazem certa leveza a obra.
Temos aqui os temas favoritos do Schrader: queda (ainda que de forma sutil), transformação e redenção — além do velho e bom diário, fiel companheira de seus personagens.
Dezesseis Facadas
3.3 390Assim como em Babysister e A Morte Te Dá Parabéns, curti bastante. Um humor irônico, e mesmo sem se levar a sério, dá ao público um mistério com o qual se prender.
Achei massa as referências a outros filmes utilizadas. E a década de 80, da qual sou um entusiasta.
Vale a pena assistir. Ótimo entretenimento.
Som da Liberdade
3.8 481 Assista AgoraA narrativa me lembrou dos filmes dos anos 80. Tudo bem definido. O herói, o inimigo e o tema a ser debatido. Uma jornada do herói bem estabelecida.
Bom, adorei. Haha. Sou um entusiasta dos anos oitenta. Realmente sentia falta de filmes assim, onde as virtudes do protagonista sejam enaltecidas, de maneira clara, sem dubiedade.
O filme tem muitos méritos, principalmente pela verba investida e a dificuldade em produzir um filme sobre este tema (ainda mais em Hollywood, que sempre ignorou este tipo de abordagem. Por que será? Temos nossas desconfianças...)
A produtora Angel já tinha feita o magnífico The Chosen. E agora vem com esta grata surpresa.
Claro que o filme não é perfeito, mas por tudo que rolou entorno de Sound of Freedom — o tema que ele aborda, suas dificuldades de produção, Jim Caviezel que é um puta ator (sendo escanteado em Hollywood), por ser baseado em uma história real, a sabotagem que parte da mídia e do público (público este de caráter duvidoso) tentou criar etc. — não tenho coragem de apontar os erros, apenas enaltecer os envolvidos.
Quem sabe uma nova porta não se abriu para mais produções do tipo.
Som da Liberdade
3.8 481 Assista AgoraSou roteirista e trabalhei recentemente com uma roteirista (não a conhecia) que tem um projeto de 2011 sobre o tráfico infantil. O projeto é uma série de cinco episódios e está todo em espanhol, pois ela o elaborou quando residiu em Madri. E ela, politicamente, é uma pessoa quase neutra hehe. Digamos que tem uma inclinação mais para a esquerda do que para direita. Me convidou para participar deste projeto, dizendo que quer retomá-lo e por aí vai. Recebi o projeto semanas atrás, e comentei sobre o sucesso de Sound of Freedom e suas polêmicas. Ela desconhecia o filme. Analisando os dados minuciosos que pôs na apresentação (ainda que de 2011), percebe-se que é um mercado real, palpável, e quem tenta descreditá-lo, afirmando ser conspiracionista, QAnon, e o caralho, deveria rever seus conceitos, pois está colocando sua ideologia à frente da realidade e se tornando um negacionista (e um negacionista num tema atroz, abjeto, e de suma importância a ser debatido e combatido). Esta prática é muito comum em países subdesenvolvido, como Benin, por exemplo, onde crianças são vendidas por 30 euros. Sem contar quando a prática nem envolve dinheiro, e sim, comida e objetos. É um assunto indigesto, que ao longo da história foi rechaçado por Hollywood e seus pares, por envolver uma cadeia colossal de interesses, de vários níveis sociais e em escala global.
Enfim, este comentário é quase um desabafo. Me embrulhou o estômago ler parte da mídia e do público, transformando um assunto de suma relevância, em teoria conspiracionista -- e deixando suas crenças ideológicas atropelarem a razão.
Super Size Me - A Dieta do Palhaço
3.7 495 Assista AgoraUma porcaria. Achei o estilo de construção da narrativa fraca, um excesso de terceirização de responsabilidade, e extremamente sensacionalista.
Há outros documentários sobre o tema, melhor estruturado e que nos dá posições muito mais claras, por um viés menos vitimista.
O Último Boy Scout: O Jogo da Vingança
3.3 81 Assista AgoraBons diálogos e cenas sem frescura.
Bom entretenimento de ação, como a maioria dos filmes do gênero dos anos 80/90.
Tango e Cash: Os Vingadores
3.2 237 Assista AgoraAquela ação raiz dos anos 80. Diálogos sarcásticos, explosões e boas cenas de luta.
A Baleia
4.0 1,0K Assista AgoraDiferentemente de O Lutador (que segue uma narrativa bem parecida com a Baleia, inclusive a cena final), da qual abracei a causa do Mickey Rourke, neste filme não houve essa conexão minha com os dramas dos personagens. Tentei visualizar com um olhar mais analítico, observando a obra como um todo. Mas sério, me distanciei de suas lamúrias. Devo estar ficando com o coração insensível haha.
Eu só pensava: "Porra, cara, levanta dessa merda de sofá, faz um tratamento psicológico e arranja um novo propósito pra tua vida (no caso, a filha dele). Para de sentir pena de si mesmo!"
Quando nem a filha (que ele dizia amar tanto) serviu de motivação para se recuperar, larguei de mão.
E o pessoal entorno dele parecia reafirmar todo aquele comportamento suicida.
O filme me lembrou aquela frase do Rollo May: "Este é um conto da agonia do indivíduo, cujo descanso noturno só o ressuscita para que ele possa suportar suas agonias no dia seguinte."
Porém, eu queria que o Charlie abraçasse a frase do Sartre: "Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim."
Enfim, Fraser esteve ótimo, mesmo que algumas cenas me causassem bocejos.
Drugstore Cowboy
3.7 107 Assista AgoraBom filme. Gosto desta pegada mais linear, existencial, de conflitos mais internos que externos. Um pouco de queda e redenção.
Vale o ingresso.
O Pálido Olho Azul
3.3 272 Assista AgoraGostei da construção, um ritmo mais lento, sem pressa, mas me prendeu do começo ao fim. O que me incomodou foram os diálogos, extremamente expositivos.
E um bom plot twist no final.
A Marca da Pantera
3.2 138É.. deixa rolar...
A Última Tentação de Cristo
4.0 296 Assista AgoraCristo com dilemas existenciais, isso foi o que mais me agradou. A filmografia é boa também, apesar de achar que esta história poderia ter sido contada de maneira mais sucinta. Paul Schrader é expert em escrever histórias de declínio e redenção (mesmo essa sendo uma obra adaptada).
Num todo é um bom filme, ainda que cansativo em algumas partes.
Trágica Obsessão
3.8 60Roteiro bem amarrado, bom plot twist e um final belo. Gostei muito do desenvolvimento do filme e a forma que foi conduzido pelo De Palma.
Gigolô Americano
3.2 66 Assista AgoraPelo fato de o roteiro ser assinado pelo Paul Schrader, já pesa a favor na minha nota. Num todo, gostei dos personagens, da atuação do Richard e da trilha. Como boa parte dos filmes da Nova Hollywood, o primeiro ato é espichado, preocupando-se em apresentar os personagens, seus conflitos e a atmosfera em que estão envolvidos. A partir daí passamos para o segundo ato, onde o crime ocorre e o ritmo de polícia e ladrão é inserido. Sou muito fã desta estrutura, apesar de ser quase sempre voto vencido, pois torna o filme mais lento.
Acho um filme inteligente, que não entrega tudo ao espectador e com final lúdico, belo.
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista AgoraLegal pro gênero. Algumas bobagens, mas num todo, gostei. Principalmente dos enquadramentos de câmeras. Fotografia muito bem elaborada. Vale o ingresso.
A Outra Face da Violência
3.5 44Assim como boa parte do cinema da Nova Hollywood, o primeiro ato é uma longa apresentação dos personagens e de seus conflitos (muitas vezes internos). Chegando próximo dos 40 minutos que teremos o primeiro ponto de virada. Aqui também segue essa linha. Sou fã da Nova Hollywood e como é respeitado a construção de personagens. Porém, este não me pegou. Algumas cenas bastante descartáveis, e enrolado além da conta.