Uma história não linear, contada da frente pra trás, de acordo com o desenrolar das situações, é montada em oito episódios que precisam necessariamente ser visto em ordem cronológica, correndo o risco de não ser compreendida caso isso não seja respeitado. Tudo porque a história é centrada no Departamento de Polícia de Louisiana, onde dois detetives investigam o assassinato covarde da prostituta Dora Lange, cujo corpo é encontrado em uma posição de reza, com uma galhada de veado na cabeça e cercado de objetos que se assemelham à cultura cajum (bastante popular na região sul do Mississipi), o que poderia evidenciar alguma espécie de ritual ou crime religioso. A partir daí, a história vai sendo desvendada, com lapsos confusos que depois se encaixam como peças de um quebra-cabeças bastante elaborado.
Encabeçando a investigação, Rustin “Rast” Chole (Matthew McConaughhey, em mais uma atuação excelente no seu currículo) e Martin “Marty” Hart (Woody Harrelson, que parece ter nascido para esses papeis sombrios de trama no interior do país e tem muita cara de policial), dois policiais que investigaram o caso, em 1995, mas que, dezessete anos depois, precisam revisitar a história por conta de outros crimes semelhantes que voltam a acontecer. Só que, quase duas décadas depois, a vida pessoal e os passados de cada um começam a cobrar o preço da negligência que ambos tiveram por conta do trabalho exigente.
De uma forma geral, a trama da primeira temporada de ‘True Detective’ não é exatamente original, porém o seu diferencial reside na forma fantástica como a história é contada. Desde a primeira cena, em que vemos uma queimada no matagal e em primeiro plano temos o longo e tristíssimo rio Mississipi, com uma paleta de cores escuras, do azul para o preto, contrastando com o amarelo alaranjado do fogo, para, duas cenas depois, sermos jogados em plena manhã seca e calorosa do delta, e observamos os dois investigadores se dirigirem para a cena do crime; em que a textura da plantação que definha sem água e a umidade sufocante do calor parecem saltar da tela, causando falta de ar no espectador. Ou ainda, a forma como a história foi recortada para ir sendo esclarecida pelos próprios personagens, a medida em que eles mesmos descobrem as novas pistas.
Tudo isso é corroborado por um clima noir que conduz a trama num misto de suspense e misticismo, que é exatamente a ambientação que se tem de um Mississipi desconhecido e isolado, palco de muitas lutas e injustiças.
Como fio condutor, a música tema ‘Far from any road’, cantada por The Handsome Family, que dá aquela sensação de marasmo mas que ao mesmo tempo parece que alguma coisa terrível está prestes a acontecer a cada instante. A trilha sonora é toda nesse estilo, e ajuda a criar uma atmosfera ainda mais imersiva na série.
True Detective é uma série fascinante, densa, claustrofóbica, que vai aumentando a tensão a cada episódio.
Com atuações brilhantes e uma história inquietante, torna-se uma série obrigatória para que curte, produções de investigações polícias e serial Killers.
Preferi não contar nenhum spoiler, para não estragar a experiência de quem ainda não assistiu.
"Você acha que eu não me preocupo? O problema é muito maior, Vera. Pra fila andar, saúde tinha que ser prioridade do governo, mas... infelizmente não é"
"Eu não acho justo
Eu já tinha falado isso aqui antes, mas vou repetir: Antes de ser uma série sobre medicina, Sob Pressão é uma série sobre política pública e corrupção. É o retrato (quase) perfeito da saúde pública no Brasil.
Ao longo das cinco temporadas, "Sob Pressão" se tornou uma série reconhecida em diversos lugares do mundo. Elogiada pelo público e pela crítica, a narrativa da obra ganhou notoriedade internacional logo na primeira temporada, sendo exibida em festivais como Berlinale (Berlim), e TIFF (Toronto). Desde então, a série vem conquistando reconhecimento: ganhou quatro prêmios no "31st Festival International de Programmes Audivisuels (2018), em Biarritz, nna França; melhor série; melhor interpretação feminina e masculina (para Marjorie Estiano e Julio Andrade, respectivamente); e melhor roteiro. Em 2019, Marjorie Estiano foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz por seu trabalho na segunda temporada. Na Argentina, a série estreou na Telefe em janeiro de 2019 e consagrou-se entre os programas mais assistidos da TV Aberta. "Sob Pressão" foi exibida também em Portugal, no canal Globo, e, além da Argentina, já foi licenciada para mais de 70 paíeses como Itália, Emirados Árabes, Catar, Egito, Equador, entre outros, e é hoje uma das séries mais vendidas da Globo.
A minissérie O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss.
“O Véu”, a nova série de Steven Knight, criador do sucesso “Peaky Blidenrs”, estreou no Star+. Dois episódios da produção já estão disponíveis. Ao todo são seis, que serão lançados semanalmente.
Primeiras Impressões:
É curioso notar que os projetos que a atriz Elisabeth Moss atua (e produz) têm sempre a mesma pegada, o mesmo tópico de discussão e órbita no mesmo tema, onde no caso do seriado O Véu (The Veil, 2024) não é diferente.
Na TV, seja com The Handmaid’s Tale ou Iluminadas, ou no cinema com O Homem Invisível, os projetos de Moss sempre tem um toque feminista, onde a atriz personifica personagens de mulheres contra o patriarcado, ou mulheres que sofreram e viveram relações abusivas com homens e isso tudo acaba por fazer parte da narrativa de uma forma ou de outra. E mesmo que em alguns, essa questão possa não ser o que representa o projeto em sua totalidade, fica claro que esses temas estão lá presentes de qualquer forma.
E O Véu tem isso em sua história e com essa personagem que Moss apresenta aqui. E talvez, o seriado que mais se aproxima do que O Véu apresenta nesses primeiros episódios, seja o drama Homeland, estrelado por Claire Danes, que durou 8 temporadas, e que marcou época por ser uma atração que colocava uma agente governamental à frente de diversas missões de espionagem.
Claro, no começo isso, não foi assim, mas começo de O Véu segue com a mesma narrativa, onde aqui o que temos são duas personagens, mulheres, num jogo de gato e rato, igual foi com Homeland no seu começo. Quem fala a verdade? E é esse o sentimento que essa nova série me passou nesse começo, nesses 2 primeiros episódios.
O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss. Afinal, a vencedora do Emmy aqui interpreta uma espiã que assume vários nomes e identidades (no começo ela é Portia) e que aqui vamos chamar de Imogen Salter. E num mundo globalizado, super tecnológico, cheio de drones, e dispositivos que só vemos em filmes de Bond, O Véu coloca essa espiã interpretada por Moss para fazer um trabalho que depende extremamente do contato humano. Nada de algoritmos, nada de informações vinda de softwares, análises de redes sociais. A agente Salter precisa descobrir, munida de sua intuição e seu felling da situação, se a refugiada Adilah El Idrissi (Yumna Marwan, muito boa) é apenas uma mãe separada da sua filha que vive na França ou se ela é a número 2 de uma organização terrorista que planeja um grande atentado no Ocidente nos próximos meses.
Assim, O Véu trabalha nesse jogo de ambiguidade, de mentiras e traições, enquanto Salter ajuda El Idrissi a sair de um campo de refugiados rumo à Turquia. Mas é claro que a agência governamental de espionagem francesa está de olho nelas, a agência de inteligência britânica também, e é claro que a CIA americana também, onde depois que chegam em Istambul o destino final dessas duas mulheres é a França.
O seriado então se preocupa em mostrar os diversos lados da comunidade de inteligência tentando reunir provas sobre a identidade da fugitiva. Do agente francês Malik Amar que tem um envolvimento pessoal com Salter, até mesmo o agente americano Max Peterson que está ali para assumir a operação, todos eles estão do outro lado do mundo, enquanto Salter atravessa as regiões mais perigosas do mundo ao lado de El Idrissi, e no final toma para si as rédeas da missão.
O mais interessante desse começo é ver o intrincado jogo de gato e rato que as duas jogam, na medida que o roteiro da atração coloca essas personagens contradizendo tudo que nós os espectadores sabemos delas. Em um dos momentos, Salter diz para El Idrissi
que não tem filhos, mas vemos nos flashbacks que a personagem teve uma filha.
Assim, a atração costura essa história dessas duas mulheres de uma forma que empolga e intriga para saber quem diz a verdade, e o quão verdadeira é essa verdade que elas dizem.
E tanto Moss quanto Marvan estão tão bem aqui, afinal, as duas balanceam qual das duas personagem está no controle da situação em determinado momento e quando um novo pedaço de informação chega (às vezes descobrimos as coisas antes das personagens) você começa a questionar tudo que já viu na tentativa de solucionar esse mistério antes que a série.
com os flashbacks sobre um homem mais velho, uma criança, e uma propriedade rural,
vão eclipsar seu julgamento? Será que ela vai conseguir respostas? Será que Yuman diz a verdade? Ou existe alguma coisa maior por trás e envolvida?
A série dá pistas, e também, sempre surge com novas perguntas, e nos deixa com a pulga atrás da orelha sempre que alguma coisa nova é introduzida.
E na medida que tentamos descobrir e saber o que está acontecendo, ajuda quando temos as paisagens das cidades como Paris e Istambul de plano de fundo. O único perigo de O Véu é na hora que o pano for levantado, as perguntas terem sido mais interessantes do que as respostas.
'O véu', com Elisabeth Moss, é genérico de 'Homeland'. Vale assistir?
Lançada na última semana pelo Star+, “O véu” não é “Homeland”, mas parece muito. A ação se desenrola na complicada geopolítica do Oriente Médio. A protagonista, interpretada por Elisabeth Moss (também produtora da série), é uma agente secreta. A trama mistura espionagem, suspense, cenários que variam entre Istambul, Paris e um campo de refugiados nas montanhas geladas entre a Síria e a Turquia. E há dúvidas acerca da orientação ideológica e moral de personagens centrais.
A produção é uma legítima representante da deliciosa categoria “é ruim, mas é boa”. A julgar pelos dois primeiros episódios disponíveis na plataforma — serão seis, um inédito por semana — veremos mais do mesmo. Mas com um lado bom: “o mesmo” a que me refiro é aquele compilado de ingredientes que o público adora. Quem estiver com saudade do gênero não vai se decepcionar.
Elisabeth Moss vive Imogen*, nome fantasia de uma britânica a serviço da agência de inteligência francesa, a DGSE. Nas primeiras cenas entendemos que ela é um poço de autoestima, dona de uma intuição imbatível e de um currículo de sucessos. Sua extrema autoconfiança é motivo de uma certa pose e faz com que não obedeça ordens superiores.
Sua missão é descobrir se uma mulher que surgiu num campo de refugiados sírio dizendo se chamar Adilah é ou não uma chefona do Estado Islâmico. Em caso afirmativo, trata-se da terrorista “mais procurada do mundo”.
Imogen tira Adilah do campo e viaja com ela de carro, aparentemente salvando-a de ser atacada por refugiadas que a teriam reconhecido.
Nessa jornada, conversando com a moça, busca descobrir a verdade. A estrada é longa e acidentada, como pede uma boa aventura.
Há dois núcleos preponderantes: o da viagem da dupla e o da agência, em Paris, onde os personagens vivem outros conflitos. Os americanos também querem capturar Adilah e Max (Josh Charles, de “The good wife”) é um agente da CIA que chega à França para uma operação teoricamente conjunta com a França, mas cheia de rivalidade.
Vale abrir um parágrafo para falar de Elisabeth Moss. É uma atriz premiada com Emmys e Globos de Ouro. Em “Mad men”, brilhou. Em “The Handmaid’s tale”, como a protagonista, idem. Aqui, contudo, num papel até menos desafiador, ela não consegue imprimir uma marca pessoal. Repete os olhares atravessados de June e lembra muito a Carrie de “Homeland” (Claire Danes). Uma pena.
“O véu” congrega os bons ingredientes de “Homeland”, de “24 horas” e de outros congêneres famosos. A soma de truques de roteiro ganha o reforço da direção, que capricha na eletricidade e na trilha, marcando o suspense. Porém, não vemos o frescor dessas produções citadas acima.
Sabendo disso, recomendo que o leitor deixe o preconceito de lado e se entregue ao bom entretenimento. Só assim mesmo.
* Da série de nomes femininos: "Usaria se não fosse lusófono", apresento-vos Imogen. Um nome relativamente conhecido no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, mas que, na minha perspetiva, é desconhecido aos olhos dos portugueses e dos brasileiros. Este nome chegou até mim através de uma personagem de um livro da autora britânica Dorothy Koomson, Os Aromas do Amor, que me cativou imenso e me despertou especial curiosidade, tanto, que até hoje não me esqueci do seu nome, nem da sua história.
Imogen foi usado pela primeira vez numa princesa, personagem da peça Cimbolino (Cymboline) de Shakespeare em 1609. Este, baseou-se numa personagem lendária denominada Innogen, porém, cúmulo dos cúmulos, este nome foi impresso incorretamente e nunca mais foi corrigido, Imogen então ficou. Innogen por sua vez deriva provavelmente do gaélico inghean que significa donzela. Um significado como não há muitos! O Behind the Name aponta também Imogene como variante.
Por isto, e por tudo mais, considero que Imogen tenha, sem dúvida, uma aura britânica bastante forte e evidente, o que não deixa de ser notado a nível de registos já que é em Inglaterra e em Gales onde tem o número superior no ranking, posição #34, para ser preciso. Na Austrália encontra-se na 39ª posição, na Nova Zelândia, na 98ª, na Escócia na 74ª e nos Estados Unidos na posição #977, o que é uma mudança drástica da Grã Bretanha para a América.
Este é um nome extremamente raro em Portugal, onde nem consta na lista do IRN, e no Brasil, onde nem os dados do IBGE são suficientes para nos serem apresentados. Como seria de esperar, nem em São Paulo, nem Portugal no ano passado nasceu alguma menina com este nome. A sua pronúncia Êmadgin- pode não ser considerada fácil para a língua portuguesa, e se for dito como se escreve soará a algo parecido com "imagem", o que, com certeza, causa estranheza.
Como outras referências a este nome apresento:
Imogen Heap - cantora e compositora britânica; Imogen Poots - atriz britânica; Imogen Thomas - modelo britânica;
Confirma-se a minha suspeita de que Imogen é um nome cem por cento britânico, e acho que essa sua característica é, para mim, uma mais valia, pois adoro a cultura do Reino Unido, e são raros os nomes exclusivamente britânicos. Se o quiserem utilizar em Portugal como no Brasil, não deixo de apoiar a decisão, pois acho-o um nome maravilhoso!
Tem uma frase dele no último episódio que define a vida:
“Quando você é abusado você se torna presa fácil para esses predadores que sentem o cheiro da sua ferida aberta e grudam em você como se você fosse um imã” foi algo assim, e sim é verdade.
Também achei a série mais honesta e bela que já assisti. Mas também, triste e perturbadora por conta dos transtornos psicológicos da Martha e do Donny e dos abusos que ele sofreu. Tudo nela é incrível: a forma como prende o espectador desde os primeiros segundos, as interpretações impecáveis dos atores, os sentimentos tão verdadeiros dos personagens (e os nossos também), as surpresas a cada episódio, as situações que nos deixam dúvidas por não serem explicadas, o fato de ser uma série curta e nos deixar com vontade de assistir mais, o final que insinua uma continuação, e, principalmente, a comoção que sentimos por ser uma história real. Isso deixa tudo ainda mais interessante. É admirável e muito emocionante.
O trauma se repete até que seja superado.
"Tive o cuidado de retratá-la como alguém que também sofria, e não apenas como uma pessoa ruim." (Richard Gadd)
Jamais romantizem o stalking, obsessão não é romance, é doença. Podemos ter empatia para entender o que se passa, também enfrentar essa situação de cabeça erguida mas nunca passar pano além de impor limites. O que começa mal termina mal, séries como essa só ressaltam a importância de deixar a manutenção da nossa saúde mental em dia, e questionar quando afetamos os limites de outras pessoas.
Essa mini série, para mim, é um micro cosmos de como funcionamos na vida real. Pessoas quebradas se envolvendo em ciclos viciosos de outras pessoas quebradas perpetuando atitudes nocivas sem nem conseguirmos processar o motivo. Série tragicamente maravilhosa, cinza, sem inocentes e cheio de vitimas.
Gostei muito da forma como trataram a dependência emocional na série, e a complexidade dos problemas psicológicos...
Os atores são maravilhosos, mas o Donny precisa de muita ajuda. Quando ele volta a casa do
Um ponto que me pega é o fato de como o abuso e assédio masculino ainda é subestimado.A vergonha, a auto depreciação dele são tão profundos que ele não consegue pedir ajuda. Claro que em ambos os casos é assustador, é desesperador, mas pensar que a repressão no cara é tanta que ele não consegue reagir é de cortar o coração
Fiquei impressionada com a atuação da Jessica Gunning que interpreta a Martha, ela demonstrava as mudanças de humor de forma impactante e amedrontadora.
A Marta me lembrou a enfermeira de Misery do Stephen King.
Repito aqui o que tenho comentado em tudo que é canto: Esse é o retrato mais fidedigno que eu já vi de uma violência sexual (a forma como ela acontece E as consequências que ela gera na vítima, a confusão, o medo, a vergonha, o sentimento de culpa, de estar perdido dentro do próprio corpo). Para mim, que também sofri violência sexual, assistir foi TERAPÊUTICO, sim, digo isso sem medo de exagerar, porque me fez encarar coisas sobre minha experiência que eu vinha enterrando embaixo do tapete. Agradeço MUITO ao Gadd não só por produzir, mas pela CORAGEM de escancarar seu trauma, inclusive atuando (e revivendo) as cenas mais pesadas. É de uma ousadia que eu admiro com todo o coração!
A série é um tratado sobre codependência, um tipo de transtorno de personalidade, ainda em estudos, a ser chancelado como tal pela comunidade que trata de saúde mental. Codependentes e narcisistas partilham de muitas semelhanças (negligência parental, traumas de infância, abusos, etc), traços que ensejam à validação do outro como meio de existência no mundo, tornando-se os primeiros vítimas preferenciais dos segundos, ou seja, o "match" perfeito ou o que chamam de dança macabra. Nessa relação tóxica de idas e vindas, cujos pares exercem papéis de "traficante" e "adicto" em busca de validação constante, a vida gira em círculos, um caminho labiríntico obscuro e (quase) sem saída. O final da série é bem emblemático quanto a isso. Bebê Rena, por essas e por outras questões, é imperdível, uma das melhores coisas da Netflix atualmente, pois vai a fundo num tema espinhoso e por muitas vezes minimizado dentro da sociedade.
O mais incrível disso a série não aparece nem no top 10 da Netflix! O povo não sabe o que é bom! Lembrando que a série é baseada no livro de Patrícia Highsmith do qual o roteirista adaptou a versão atual
O que deixou Tom tão interessante no original "O Talentoso Ripley", é que Matt Damon o interpretou tão jovem, inexperiente e de aparência inocente. Este Tom do Andrew Scott, grita: psico-assassino a um quilômetro de distância. Na visão de Ripley, pessoas são objetos que são usados e podem de acordo com as circunstâncias serem descartados. Também gostei muito do espelhamento entre Ripley e Caravaggio, como ambos são "duplos" como artistas e também compartilham traços de psicopatia.
Achei o figurino muito simbólico! No início o Ripely usa roupas escuras e o Dick roupas claras. A medida em que eles vão convivendo isso vai se invertendo até o Ripley absorver toda a apresentação do Dick, inclusive objetos que são sua marca registrada. O uso da cor para tipificar personagens é um recurso muito rico, e achei excelente como isso foi usado dentro da limitação da fotografia em preto e branco.
E, se alguém se interessar, a série é baseada em uma trilogia da escritora americana Patrícia Highsmith. Ambos, filme e série da Netflix, em minha opinião são ótimos, capturando formas diferentes de se interpretar a obra, mas, o livro ainda é insuperável. Gostaria do show ter explorado mais este aspecto artístico.
Que série maravilhosa! A trama é tão interessante e Ripley tem uma personalidade tão instigante, que eu pretendo reler a obra original "O Talentoso Ripley".
Tendo Andrew Scott, Steven Zaillian (responsável por uma das melhores mini séries da história que é The Nigh Of) e você aclamando desse jeito, não tem como deixar passar! Uma coisa é certa, onde tem Andrew Scott tem TALENTO, e ACLAMAÇÃO.
Estou surpreso que agora tenham havido três temporadas pois os roteiristas e diretores não colocar a mesma dinâmica da serie Hawaii Five-0.
Por um lado, a série não tem ninguém que realmente use principalmente atores desconhecidos que certamente não são maus mas não tem o que é preciso para usar uma série dessa franquia e fascinar os fãs por muito tempo depois da primeira metade da segunda temporada foi uma brisa. Mesmo depois da saída das pessoas mais importantes, a série mãe NCIs já não me interessa. Gary Cole, de quem gosto muito e já assisti filmes entusiasticamente em muitas séries, infelizmente não se encaixa no NCIS, não funciona, mas não é por causa da sua atuação e sim por ser muito polarizado. Eu teria desejado que o McGee estivesse liderando a equipe que ele merecia estar na vanguarda, mas infelizmente os produtores decidiram de forma diferente, o que não leva a que a série fosse mais fascinante. Acho que eles deviam ter terminado depois da 20a temporada.
Pena que eu acho que o NCIS New Orleans só fez sete temporadas. Eu teria adorado ter visto mais do Rei (Scotts Bakula), especialmente porque Bakula é um dos meus atores favoritos de todos os tempos, mas de alguma forma ele nunca tem a chance de provar todo o seu talento de atuação. Infelizmente, todas as séries em que ele tem um papel principal nunca duram muito tempo. Eu adoraria ter mais temporadas com Star Trek Enterprise e New Orleans. Mas isso é Minha opinião e gosto.
A Metamorfose de Malcolm X: Uma Viagem Através dos Livros
Nascido Malcolm Little em 1925, em Omaha, Nebraska, a vida de Malcolm X foi um testemunho do poder da transformação através da auto educação. Seus primeiros anos foram marcados por dificuldades e delinquência, levando a uma sentença de prisão onde ele iria passar por uma profunda metamorfose. Foi dentro dos limites de uma cela de prisão que Malcolm X descobriu o poder transformador dos livros, uma descoberta que não só remodelaria a sua própria consciência, mas também deixaria uma marca indelével no mundo.
O despertar na prisão
O encarceramento de Malcolm X tornou-se o crucível improvável para o seu renascimento intelectual. Sentindo-se sem educação e incapaz de se expressar em letras, ele embarcou em um rigoroso programa autodidacta para dominar a palavra escrita . Ele começou por copiar todo o dicionário, uma tarefa meticulosa que expandiu seu vocabulário e melhorou suas habilidades de escrita. Esta auto disciplina lançou as bases para os seus vorazes hábitos de leitura.
No silêncio da sua cela, Malcolm X leu tudo o que podia colocar as mãos. Sua lista de leitura era extensa, variando da história à filosofia, abrangendo as lutas das comunidades africanas e o impacto do racismo. Juntou-se às aulas educacionais para promover os seus estudos e participou de debates na prisão, onde o seu conhecimento recém-descoberto lhe deu uma vantagem sobre os seus oponentes.
O poder da auto-educação
A jornada de auto educação de Malcolm X foi um farol de esperança para aqueles que se sentiram marginalizados e sem voz. Ele demonstrou que aprender e falar a mente eram ferramentas poderosas para a libertação pessoal. Sua experiência na prisão ensinou-lhe mais sobre o mundo, e especificamente sobre a história negra, do que ele acreditava que alguma vez teria aprendido num ambiente de educação formal.
Através de sua busca incansável pelo conhecimento, Malcolm X emergiu como um principal porta-voz do separatismo negro, defendendo que os americanos negros cortassem os laços com a comunidade branca. A sua visão radical dos direitos civis foi moldada pelos livros que leu, o que o ajudou a articular uma filosofia que combinava conhecimento político com uma profunda compreensão da discriminação racial.
A transformação e o legado
A transformação de Malcolm X de um bandido para um ministro muçulmano é vividamente narrada em sua autobiografia, co-autoria com Alex Haley . Sua conversão ao verdadeiro Islã durante uma peregrinação a Meca ajudou-o a confrontar sua raiva e a reconhecer a irmandade de toda a humanidade, levando-o a renunciar a muitas de suas crenças antigas. A autobiografia tem sido celebrada como um trabalho crucial para a compreensão da justiça social e da discriminação racial.
O legado de Malcolm X não está apenas nas suas ideias e discursos radicais, mas também na sua demonstração de como a mudança é possível a partir de dentro. A sua história de vida, contada através da sua autobiografia, continua a inspirar e desafiar os leitores, oferecendo uma visão radical para os direitos civis que permanece relevante hoje. A história de Malcolm X é um lembrete poderoso de como os livros podem moldar o destino de uma pessoa. Sua transformação de Malcolm Little para Malcolm X foi alimentada pelas palavras e ideias que ele encontrou em suas leituras. Aprendeu a ler, escrever, falar e inspirar outros, tornando-se um símbolo do poder da auto-educação e da busca da verdade.
Baseada em um romance de mesmo nome, Xógum: A Gloriosa História do Japão chegou ao Star+ com números impressionantes -- tal qual a primeira adaptação do livro.
Se tratando de uma adaptação de livros sobre um império e diferentes casas querendo o poder, muitos associaram a série a Game of Thrones. No entanto, o próprio diretor falou que ela parece mais com outro sucesso da HBO: Succession.
Mais Succession do que Game of Thrones
O diretor de Xógum, Jonathan van Tulleken, falou sobre as comparações que a série tem ganhado com Game of Thrones: “Este é um mundo perigoso onde a violência pode surgir do nada, mas o perigo real está nas conspirações. Uma conversa pode ser tão perigosa quanto qualquer outra coisa. Uma comparação melhor (do que Game of Thrones) seria Succession ou House of Cards".
Xógum terá uma segunda temporada?
A primeira adaptação de Xógum, feita pela NBC em 1980 foi uma minissérie com cinco episódios.
Os showrunners de Shōgun, Rachel Kondo e Justin Marks, esclareceram que uma segunda temporada é improvável, pois a série foi concebida desde o início como uma adaptação fiel do romance homônimo de James Clavell.
Michael Clavell, produtor executivo, disse que poderiam pensar em novas histórias caso a audiência as queira. Porém, Justin Marks, outro produtor executivo, disse que a primeira temporada acabará junto do livro, contando uma história que não teria continuação.
Xógum e seu impacto cultural
A minissérie dos anos 80 foi bastante impactante para a TV norte-americana. Dentre vários tabus quebrados, foi a primeira vez que uma cena de decapitação e a primeira vez que a palavra "mijo" apareceram na TV do país.
A média de audiência da minissérie foi de 26.3 milhões de expectadores. Ou seja, quase 33% das TV dos EUA assistiram o programa. Na época, essa foi a segunda maior audiência da história.
Há quem diga que toda essa atenção ao Japão que a minissérie deu, resultou numa explosão de comida japonesa nos EUA (e por consequência, no mundo).
"Xógum: A Gloriosa Saga do Japão" não deve ganhar uma segunda temporada, de acordo criadores da série. Número iniciais colocam a série do Disney+ com mais audiência do que "O Urso" e "Fargo".
“Amamos como o livro termina; foi uma das razões pelas quais nós dois sabíamos que queríamos fazer isso – e terminamos exatamente nesse lugar".
- via THR
Que ótima notícia. Assisti aquela com Richard Charbelain dos anos 80 também . Essa está fantástica.. 🥳🥳🥳🥳
No entanto apesar de ter muita coisa do livro acredito a maior diferença é para mim a mudança que justifica a maioria das alterações do livro para serie e que o livro foi escrito por um ocidental falando sobre elementos no Japão o que não e de maneira nem uma um defeito pois o livro é uma obra de arte eu amo esse livro . No entanto a série é dirigida por pessoas da cultura japonesa . Acredite isso muda muito o clima da narrativa mais isso é uma impressão minha . Se gostou da série recomendo fortemente le o livro pois para mim são duas obras bem distintas. A série está muito bem feita, enquadrando à realidade da época. tenho estado a gostar muito. Bons atores e uns bem conhecidos do público. No entanto, uma parcela do público fico muito triste com uma única situação, falam dos portugueses na série, e personagens encarnam o povo português, se assim o é, porquê que estão a falar em inglês? Para alguns, não tem sentido nenhum, foi uma falha enorme da realização/produção, o que é uma pena, a língua portuguesa nesta série dava outro encanto e beleza no desenrolar desta série histórica.
Vimos algumas pessoas reclamando o fato dos portugueses falarem em Inglês ao invés da língua portuguesa, mas creio que isso irrelevante, levando ao fato de que o foco da série são os japoneses e esses sim dialogam no seu próprio idioma, sem contar o fato de que a série perderia audiência em vários países cujo idioma predominante é o inglês.
Série com começo, meio e fim. Sem enrolação, encheção de linguiça, etc... melhor usar a experiência para adaptar outros épicos do que estragar o que já foi bem feito
Uma empreitada tecnológica envolta por escândalos e processos judiciais.
A década de 1990 foi bastante promissora para projetos envolvendo tecnologia, ponto de partida para muitas inovações que ainda hoje são uteis para o nosso cotidiano. Internet, celulares, computadores, softwares, vendas realizadas presencialmente que se tornaram possíveis por meio da virtualidade. Muitas coisas positivas, com alguns impactos negativos, afinal, tendo o fator humano envolvido, torna-se complicado prever uma horizontalidade na dimensão dos resultados desta interação. Lançada em 2021, Batalha Bilionária: O Caso Google Earth é uma minissérie em quatro longos capítulos, focada em radiografar os desdobramentos de um projeto do período que rendeu debates até recentemente: o suposto roubo da valiosa estrutura do software Terravision, concebido pela equipe dos alemães Carsteen Schleiter e Juri Muller, interpretados por Leonard Scheicher e Marius Ahrendt na fase mais jovem e por Mark Waschke e Misel Maticevic na fase mais madura, respectivamente. Segundo os envolvidos no processo judicial apresentado pela produção, um indivíduo teria recebido informações demais sobre a iniciativa e projetado algo semelhante no território Google, dominante na seara da tecnologia, como nós todos sabemos.
Com direção de Robert Thalheim, também responsável pelo roteiro, juntamente com Oliver Ziegenbalg, Batalha Bilionária: O Caso Google Earth aborda indivíduos acossados pelo esquema predatório das corporações gigantescas. Vítimas da falta de experiência, algo que culminou na empolgação excessiva e, consequentemente, na entrega de informações demais diante de um software com potencial econômico grandioso, contemplamos a briga destas figuras ficcionais, inspiradas em idealizadores da vida real, impactados pela maneira como tiveram uma brilhante ideia tomada de assalto. Em duas linhas temporais, a narrativa mantém um paralelo entre os anos 1990, era de imersão nas ideias, idas e vindas, criação de protótipos, testagem com o público, reunião com patrocinadores, dentre outras questões para todos os envolvidos na dinâmica de um projeto, trafegando pela atualidade, com a dupla de fundadores da ART+COM nos tribunais, a exigir o que é de direito, pois foram os criadores do software.
Em resumo, o Terravision se baseava em imagens aéreas e de satélites para criar uma representação visual de dados espaciais de um projeto. Manipulando um globo e com o botão de zoom, a pessoa que decidisse interagir com o software via imagens concebidas numa sequência contínua, partindo do espaço até chegar a qualquer parte do planeta. Assim, em feiras, encontros e ao encontrar diversas pessoas pelo caminho, os idealizadores acabaram dando informações demais sobre algo tão inovador, abrindo precedentes para que outros interessados em tecnologia copiassem as suas ideias e levassem para outro lugar, onde elas seriam mais desenvolvidas e transformadas em projeto inovador no campo em questão, sempre em frenético movimento. Sem didatismo que atrapalhe o seu avanço enquanto entretenimento, a minissérie investe em episódios de duração excessiva, mas ainda assim, consegue manter um ritmo interessante.
Os personagens são esféricos, algo que contribui para a qualidade do texto. Em sua dinâmica, podemos observar a realidade enfrentada por muitas startups, destroçadas covardemente por grupos dominantes na lógica tecnológica capitalista, conhecidos por usurpar a inovação alheia e colocar, com trunfo, as suas violentas assinaturas. Ingênuos, os protagonistas da minissérie tinham interesse financeiro no jogo, mas também eram idealistas, interessados em mudar o mundo de alguma forma, bem como suas vidas, tornando-se heróis do campo tecnológico. Como lições valiosas, a produção nos permite refletir sobre engajamento no trabalho em equipe, além de reforçar que informações de teor valioso precisam de tratamento sigiloso, ao menos até se tornarem consolidadas mercadologicamente. Compartilhamento de detalhes fora do âmbito dos envolvidos no projeto pode acarretar numa estressante jornada de perdas, não apenas financeira, mas de tempo, um bem precioso em nossa contemporaneidade agitada.
Além das discussões judiciais que permitem o estabelecimento de um bom roteiro, Batalha Bilionária: O Caso Google Earth apresenta aspectos estéticos bem desenvolvidos: a direção de fotografia de Henner Besuch aproxima os personagens da tela em momentos de intensidade dramática, assim como se afasta para contemplar os espaços concebidos pelo design de produção de Myrna Drews, essencial para compreendermos os contextos por onde os programadores e artistas do projeto Terravision pavimentam as suas caminhadas tecnológicas. Na textura percussiva imersiva, a dupla formada por Anton Feist e Uwe Bossenz concebe uma malha sonora envolvente, de acordo com os conflitos expostos ao longo de cada situação tensa e intensa dos quatro episódios da produção. Ademais, Frank Kaminski, responsável por supervisionar os efeitos visuais, também faz um trabalho eficiente e assegura, para a minissérie, o ritmo visual ideal para entendermos a confluência das duas linhas temporais, bem como as ideações dos protagonistas empreendedores e inovadores.
Em linhas gerais, uma série que promove entretenimento e muita reflexão.
É uma série de terror e suspense criada por Mike Flanagan, conhecido por seu trabalho em outras produções de horror, como "A Maldição da Residência Hill" e "Doctor Sleep". A série foi lançada na Netflix em 2021
"Midnight Mass" (2021): Quando a Fé se Torna Sobrenatural
A trama se desenrola em uma comunidade insular e religiosa chamada Crockett Island. O lugar está passando por mudanças dramáticas e misteriosas após a chegada de um misterioso padre, Padre Paul Hill (interpretado por Hamish Linklater).
A comunidade, inicialmente atormentada por problemas e tragédias, encontra uma renovação aparente de sua fé com a chegada do Padre Hill. Milagres começam a acontecer, incluindo curas milagrosas e ressurreições, gerando uma onda de entusiasmo religioso.
Conforme os eventos sobrenaturais se desenrolam, a comunidade se vê dividida entre a fé renovada e a crescente suspeita de que algo muito mais sinistro está acontecendo. A narrativa explora questões profundas sobre fé, fanatismo, redenção e os limites morais da devoção religiosa.
A série se destaca pela construção de personagens, mergulhando nas vidas individuais dos habitantes da ilha e explorando como a fé, o passado e os segredos pessoais influenciam as reações à chegada do misterioso padre.
Conforme a história se desenrola, segredos são revelados, e a linha entre o sobrenatural e o humano se torna cada vez mais tênue.
"Betinho - no fio da navalha" mescla entretenimento com boa informação.
O AfroReggae Audiovisual, em parceria com a Formata Produções e Conteúdo, estreou a série "Betinho: No Fio da Navalha" no dia 1º de dezembro de 2023 propositalmente. Afinal, a data representa o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, doença que vitimou Herbert José de Souza no dia 9 de agosto de 1997. A saga do sociólogo e ativista dos direitos humanos é contada de forma delicada e com ótimas interpretações de um elenco bem escalado.
A série é baseada na biografia de Herbert José de Sousa, homem que é símbolo do combate à fome no Brasil.
Herbert de Souza era um homem que sempre tinha pressa. De agir, de ajudar, de transformar vidas, de viver. Um herói brasileiro conhecido por muitos, mas nem sempre reconhecido. A história pessoal do sociólogo e o legado social que contribuiu para o país são as vertentes da série protagonizada por Júlio Andrade e criada por José Júnior, com direção geral de Lipe Binder. O trabalho impressiona principalmente pelo processo de caracterização do ator, feito por Martín Macías Trujillo, que o fez ficar tão parecido com Betinho a ponto de ser visto como um filho real do ativista.
Em oito episódios, a obra dramatúrgica biográfica retrata a luta de Herbert por grandes causas sociais, em especial o combate à AIDS e à fome, e resgata momentos importantes da vida do homenageado entre os anos 1960 e 1990, intercalando imagens de diferentes fases de Betinho.
Na adolescência, é o ator Antonio Haddad, o Marcinho da série "Os Outros", quem interpreta o mineiro de Bocaiúva. Em seu caminho, o ativista enfrentou a AIDS, a ditadura militar, a hemofilia e tantos outros obstáculos pessoais, mas escolheu a fome da população como seu principal inimigo, fundando a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, a maior campanha de solidariedade do Brasil, que completa 30 anos em 2023. A organização também reconhecida pelo Natal Sem Fome, um dos projetos parceiros do "Para Quem Doar" (https:// www. paraquemdoar. com. br), plataforma criada em abril de 2020 para conectar pessoas com organizações de todas as regiões do país que trabalham para combater e amenizar diferentes impactos sociais na vida da população em situação de risco e vulnerabilidade.
Depois do exílio político de oito anos no exterior, a luta de Betinho por justiça social foi ainda maior. E seu legado e representatividade serviram de inspiração para muitos movimentos sociais, incluindo o AfroReggae, projeto idealizado há três décadas por José Júnior, criador da série, que revela um lado pessoal pouco conhecido do ativista, a partir de uma trama familiar no centro da narrativa, costurada por eventos históricos, como a campanha das Diretas Já. Entre as locações, a trama passeia por lugares simbólicos da trajetória do homenageado, como as ruas da capital paulista e a igreja da Candelária, no Rio de Janeiro.
A série contou ainda com a participação ativa da família de Betinho, em especial Daniel Souza, seu filho, um dos consultores e produtor associado da obra. Na produção, é o ator Filipe Bragança quem revive a relação entre o filho e o pai ao interpretar Daniel. A séria traz ainda outros personagens que fizeram parte do convívio do sociólogo, como Dona Maria, mãe do protagonista, interpretada em diferentes fases por Silvia Buarque e Walderez de Barros. Já Ravel Andrade encara uma inusitada irmandade dentro e fora de cena com Julio Andrade: irmãos na vida real, eles contracenam como os também irmãos Chico Mário e Betinho. Outro irmão de Herbert de Souza que ganha destaque na trama é Henfil, cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro, personagem de Humberto Carrão. No campo afetivo, Leandra Leal é Irles Carvalho, primeira mulher do sociólogo e mãe de Daniel; e Julia Shimura é Maria Nakano, sua companheira até o fim da vida e mãe de seu segundo filho, Henrique.
Outras figuras reais marcam presença na trama, como Atila Roque (Michel Gomes) e Carlos Afonso (Luiz Bertazzo), grandes parceiros de Betinho na luta pelos direitos humanos no IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), fundado em 1981 pelo sociólogo e por Carlos e Marcos Arruda (Higor Campagnaro); Nádia Rebouças (Andréia Horta), publicitária e ativista ssocial com relevante atuaçção ao lado de Betinho na luta contra a miséria; Terezinha Mendes (Sirlea Aleixo), amiga do homenageado e criadora do slogan "Quem Tem Fome, Tem Pressa"; e dois grandes ícones da cultura popular brasileira, Elis Regina (Elá Marinho) e Chico Buarque (Mouhamed Harfouch). Uma produção que mescla entretenimento e muita informação com coesão e delicadeza.
O conflito entre árabes e judeus é relativamente recente, ao contrário do que muitos acreditam. Até o final do século 19, judeus e diferentes povos árabes viviam como "primos" (o que supõe, claro, conflitos ocasionais), e não só no Oriente Médio. A convivência se estendeu, por exemplo, à Espanha, ocupada pelos árabes até o fim do século 15.
Os problemas ganharam corpo com a crise dos grandes impérios, ao término do século 19, que permitiu o avanço de inúmeros movimentos nacionalistas. Isso tanto no Império Russo como no Império Turco-Otomano e no Império Austro-Húngaro. Entre os novos movimentos estavam o nacionalismo árabe, que defendia a criação de um grande Estado árabe independente dos turcos; e o movimento sionista, defensor da volta dos judeus à Palestina - dispersos por todo o mundo desde a destruição de seu Estado independente, no início da era cristã.
Os conflitos entre árabes e israelenses surgiram da disputa pela região da Palestina e pelo reconhecimento internacional do Estado da Palestina. A origem dessa tensão está diretamente relacionada com o surgimento do sionismo como movimento político dos judeus no final do século XIX.
CINCO motivos para ver a minissérie irmã de Band of Brothers e The Pacific
Baseada em um livro de não ficção escrito por Donald L. Miller, a minissérie Mestres do Ar acompanha os membros do 100º Grupo de Bombardeios, também conhecido como "Centésimo Sangrento", durante o período em que estiverem em ação na Segunda Guerra Mundial.
Confira 5 motivos para assistir ao show
5. Conflito nos céus
Não é de hoje que a Segunda Guerra Mundial serve como pano de fundo para séries de TV, mostrando a cruel realidade de soldados e civis vítimas do conflito. Normalmente, no entanto, tramas que focam no combate costumam dar destaque para aqueles que lutaram em terra, avançando pouco a pouco contra as forças inimigas e enfrentando balas e explosões.
Em Mestre do Ar, porém, todos os olhos se voltam para os ares e para esse grupo de jovens responsáveis por bombardear o território inimigo enquanto tentam sobreviver a 25 mil pés de altura.
Com tomadas aéreas lindas, a série mostra a que veio logo em seu primeiro episódio, quando vários esquadrões se unem em uma única ofensiva, que transporta o público para esse cenário de desespero, falta de ar e medo do desconhecido. Como diz o major Gale Clevende para o major John Egan após sua primeira missão, "você não me contou que era assim".
4. Ambientação impressionante
Por falar em grandiosidade, a série da Amazon Prime Video realmente não mediu esforços para entregar qualidade em suas cenas. Segundo a revista online norte-americana Deadline, foram mais de US$ 200 milhões investidos na produção, que desde 2013 estava nos planos da HBO, mas que em 2019 acabou sendo adquirida e produzida pela Apple.
Para as gravações fora de estúdio, a série utilizou antigos campos de aviação utilizados durante a Segunda Guerra Mundial e construiu um quartel em uma propriedade histórica de Buckinghamshire, na Inglaterra, onde se estabeleceu temporariamente.
Além disso, para as cenas filmadas dentro das cabines dos pilotos, Mestres do Ar utilizou o chamado The Volume, tecnologia usada em produções como 1899, The Mandalorian e Obi-Wan Kenobi em que painéis de LED criam uma sensação imersiva, gerando imagens em tempo real por computador.
3. Tríade de guerra
Outro ponto indiscutivelmente importante da série é seu legado dentro da TV. Embora tenha uma trama independente, que pode ser vista sozinha, Mestres do Ar forma uma trilogia de guerra com Band of Brothers e The Pacific, outras duas produções extremamente aclamadas pelo público e pela crítica.
Assim como suas irmãs, inclusive, a minissérietem como produtores executivos Steven Spielberg, Tom Hanks e Gary Goetzman, e direção dos cianeastas Cary Joji Fukunaga (007 - Sem Tempo para Morrer), Anna Boden e Ryan Fleck (Capitã Marvel), Dee Rees (Mudbound - Lágrimas Sobre o Mississipi) e Tim Van Patten, que também dirigiu alguns episódios de The Pacific.
2. Atores de peso
Para quem ainda não está suficientemente convencido, outro bom motivo para conferir a nova produção épica do Apple TV+ é o seu elenco estrelado.
Para se ter ideia, entre os protagonistas da minissérie estão os atores Austin Butler (Elvis) no papel de Gale Cleven; Callum Turner (Animais Fantásticos e Onde Habitam) como John Egan; e Anthony Boyle (Tolkien) como o tenente Harry Crosby.
Além deles, há ainda Barry Keoghan (Saltburn) na pele de Curtis Biddick; Nikolai Kinski como o coronel Harold Huglin e Raff Law (Twist), filho de Jude Law (O Talentoso Ripley), que faz uma participação como o sargento Ken Lemmons.
1. História real
Para quem é fascinado por histórias verídicas, Mestres do Ar tem ainda o bônus de retratar uma história real, que embora bastante trágica, mereceria ganhar uma homenagem respeitosa e épica como essa do Apple TV+.
Embora muitos já tenham ouvido falar sobre a história do "Centésimo Sangrento" - o grupo de bombardeios que atuou na Segunda Guerra Mundial e sofreu dezenas de baixas -, a produção do streaming se debruça menos sobre sua importância histórica e mais sobre quem era os homens que estavam no comando desses aviões.
Muito além de simples nomes, a série dá voz às suas histórias, mostrando como esses rapazes enfrentaram a brutalidade da guerra, a pressão psicológica dos bombardeios e incontáveis perdas pelo caminho.
Para quem ficou curioso pelo show, Mestres do Ar já teve os seus dois primeiros episódios disponíveis no Apple TV+. Os outros sete capítulos chegam um por semana, sempre às sextas-feiras.
ATENÇÃO, ATENÇÃO: Aproveite a chance para também assistir Red Tails (Brasil: Esquadrão Red Tails), 2012 ‧ Guerra/Ação ‧ 2h 5m
A força aérea norte-americana sofre muitas baixas devido aos bombardeiros em suas missões contra a Alemanha. O governo começa a considerar a possibilidade de ter pilotos afro descendentes. Surge, então, a chance destes jovens mostrarem sua coragem.
'MESTRES DO AR': A HISTÓRIA REAL POR TRÁS DO 100º GRUPO DE BOMBARDEIOS DOS EUA
Após anos de espera, os fãs das séries Band of Brothers (2001) e The Pacific (2010) finalmente receberam uma "continuação" para os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial em Mestres do Ar (2023), dirigida por Steven Spielberg.
Dessa vez, a história fala sobre o 100º Grupo de Bombardeios, também chamado de "Centésimo Sangrento", que voaram bombardeiros da Inglaterra para a Alemanha durante o conflito armado e sofreram enormes perdas.
Se o que é retratado nas telinhas e telonas já não é bruto o bastante, a realidade foi ainda mais horrível. Por isso, nos próximos parágrafos, aprofundaremos sobre o que realmente aconteceu com esses soldados.
Início da jornada
Cleven e Egan, os aviadores que estão no centro de Mestres do Ar, conheceram-se na primavera de 1940, quando foram designados para morar juntos na escola de aviação. Ambos se alistaram na Força Aérea dos Estados Unidos (USAAF) antes do ataque a Pearl Harbor — inspirados menos pelo patriotismo do que pelo desejo de se tornarem pilotos.
Juntos, os dois ficaram conhecidos como os "dois Buckys" por conta de seus apelidos iguais. Ambos foram enviados para servir no 100º Grupo de Bombardeios, um time de aviadores estabelecido em 1942 com uma formação de 37 tripulações, cada uma composta por 10 homens. Depois de passarem por treinamento corretivo nos EUA, o 100º partiu para Norfolk, na Inglaterra, no fim de maio de 1943. Na época, a Segunda Guerra Mundial já estava favorável para os Aliados, com o Eixo se rendendo no Norte da África e tropas se preparando para invadir o território nazista ocupado a partir de múltiplas frentes.
O grupo participou do seu primeiro bombardeio em 25 de junho daquele ano, pouco mais de duas semanas depois dos homens terem chegado na Inglaterra. Durante os ataques, as tripulações americanas de 10 pessoas engajaram-se em bombardeios de precisão à luz do dia, concentrando-se em alvos estratégicos. O objetivo era restringir a capacidade da Alemanha de "construir máquinas de guerra".
Perigo constante
Os homens da 101ª Divisão Aerotransportada e da Primeira Divisão de Fuzileiros Navais — os heróis das duas séries que precederam Mestres do Ar — passaram semanas ou meses na linha de frente e com poucas pausas. Os aviadores, por outro lado, poderiam estar "no seu beliche às 4 horas da manhã, no ar sobre Colônia às 10 horas, e depois num pub inglês às 20 horas", disseram historiadores.
As missões normalmente duravam menos de um dia e, quando terminavam, a tripulação sobrevivente podia voltar para seu dormitório e recarregar as baterias até o próximo confronto. Porém, servir na USAAF era mais perigoso do que lutar no solo e exigia um preço psicológico único, sendo o contraste entre o tempo passado na base e no ar especialmente nítido.
Um aviador poderia tranquilamente tomar café da manhã ao lado de dois amigos pela manhã e depois voltar para casa sem notícia de seus companheiros no fim do dia. Ou seja, ao contrário da guerra terrestre, não existe um corpo quando alguém é morto. Logo, era extremamente difícil saber se um aviador foi capturado, morto ou se simplesmente desaparecera.
A história do 'Centésimo Sangrento'
Em 1943, o objetivo da USAAF para bombardear a Alemanha até a submissão centrou-se no B-17, que as autoridades acreditavam que poderia se defender contra caças inimigos enquanto lançava bombas sobre alvos industriais preciosos. Foi assim que as Forças Aéreas enviaram uma operação com mais de 1 mil bombardeiros para a Alemanha durante um período de sete dias chamado de "Semana Negra".
Contudo, devido a sucessiva onda de ataques da Luftwaffe, a força aérea alemã, o ataque foi facilmente abatido. Ao final daquela semana, 148 bombardeiros foram destruídos e 1,5 mil homens foram mortos ou capturados, entre eles Cleven e Egan. O primeiro foi capturado e interrogado pelos alemães, enquanto Egan se ofereceu para liderar um ataque a Münster em 10 de outubro para vingar seu amigo.
A Semana Negra provou ser um ponto de virada na guerra aérea, concedendo uma vantagem à Luftwaffe e forçando os americanos a suspender os ataques de longo alcance. O revés, no entanto, foi temporário. Quando os Aliados desembarcaram na Normandia, em 6 de junho de 1944, a Força Aérea Alemã estava virtualmente derrotada, com seus caças atraídos por bombardeiros americanos.
Fim da guerra e legado
Ao contrário da sua reputação, o 100º não sofreu o maior número de perdas entre os grupos da Oitava Força Aérea, o que fez com que muitos historiadores questionassem a reputação de "Centésimo Sangrento" em suas memórias. No entanto, vale ressaltar que o grupo sofreu perdas gigantescas de uma só vez.
No dia 6 de março de 1944, por exemplo, 15 aeronaves do 100º foram abatidas em Berlim. Das 306 missões realizadas por eles entre 25 de junho de 1943 e 20 de abril de 1945, apenas oito foram responsáveis por quase metade de suas perdas.
Os dois Buckys surpreendentemente sobreviveram ao conflito e permaneceram amigos íntimos por anos, com Egan servindo de padrinho de casamento de Cleven com sua namorada de infância. Ambos permaneceram na Força Aérea após a guerra. Egan acabou morrendo de ataque cardíaco em 1961, enquanto Cleven morreu em 2006 aos 87 anos. Suas histórias, no entanto, seguem vivas para a eternidade.
Outras unidades perderam mais aeronaves e tripulações do que nós. O que nos tornou diferentes foi que quando perdemos, perdemos feio. Essas oito missões nos trouxeram fama.” – Harry H. Crosby
Crosby foi Navegador no 100º Grupo e esteve com sua unidade todos os vinte e dois meses em que o 100º esteve em status operacional na Segunda Guerra Mundial até o final das hostilidades em 9 de maio de 45. Ele escreveu um tratado sobre o 100º intitulado “A Wing and A Prayer”.
Durante 22 meses de combate aéreo, as tripulações do 100º Grupo voaram em missões mortais, aprimorando suas habilidades e táticas.
Ao analisar os números brutos de uma forma não emocional, as perdas durante a guerra do Centésimo Sangrento não foram as maiores para a 8ª Força Aérea, embora estivessem entre as três maiores em perdas de grupos de bombardeiros pesados. A história oficial da Fundação do 100º Grupo de Bombardeios totaliza 184 relatórios de tripulações desaparecidas em 306 missões. Em suas memórias, Oitavo Diário de Guerra da Força Aérea, o copiloto John Clark observou que “50% das perdas do Grupo ocorreram em apenas 3% de suas missões”. Como um jogador azarado, as equipes do 100 tiveram dias ruins, e às vezes tiveram dias realmente ruins. Assim, ganhando o apelido de “Bloody 100”.
Cerca de 26.000 membros da Oitava Força Aérea deram suas vidas. O número total de mortos ou desaparecidos foi ligeiramente superior ao sofrido pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e pouco menos de metade das vítimas sofridas por toda a Marinha dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Tais comparações não diminuem em nada as contribuições de outros ramos das forças armadas, mas antes apontam para a escala gigantesca dos esforços da Oitava Força Aérea. A parcela do 100º Grupo de Bombardeios nessas perdas foi de 785 mortos ou desaparecidos e 229 aeronaves destruídas ou tornadas impróprias para aeronavegabilidade. Mesmo assim de 25 de junho de 1943 a 20 de abril de 1945, o 100º Grupo de Bombardeio nunca ficou fora de combate devido a perdas.
A expectativa média de vida de um tripulante de B-17 da 8ª Força Aérea em 1943 era de onze missões!
ATENÇÃO, ATENÇÃO: Aproveite para assistir The Tuskegee Airmen (br Prova de Fogo), 1995 ‧ Guerra/Ação ‧ 1h 46m
O primeiro esquadrão de pilotos negros da Força Aérea dos Estados Unidos é formado durante a Segunda Guerra Mundial. Ao chegar à base de Tuskegee, os oficiais selecionados descobrem que, além da guerra, terão que lutar contra o preconceito.
A 3ª temporada de Reacher no Amazon Prime Video será baseada no livro .
O autor da saga de livros Lee Child revelou qual dos 27 livros publicados que será adaptado para a 3ª temporada:
Persuader - no Brasil tem o título "Acerto de Contas" -, que é o sétimo livro da saga de Jack Reacher.
“Eles podem fazer o que quiserem porque o lance dos dos livros é que você não precisa lê-los em ordem. Todos se seguram sozinhos. O mesmo personagem, obviamente, mas todos se seguram sozinhos. Reacher não é uma pessoa que pensa no passado. Ele nunca prevê o futuro e que vive no hoje então nunca há referências nos livros a livros anteriores. Você não perderá nada se os ler fora de ordem. Podemos fazer a série fora de ordem também”, Lee Child afirmou.
Na terceira temporada, Reacher deve se disfarçar para resgatar um informante detido por um inimigo assustador de seu passado.
"Nós escolhemos, está escolhido", confirmou Lee Child sobre o livro da 3ª temporada, lembrando que ele também é produtor executivo da série. "É uma boa escolha, devo dizer. Acho que fomos muito criativos na forma como sequenciamos o tipo de história".
Lee Child confirmou que veremos Reacher trabalhando sozinho, uma marca registrada do personagem nos livros.
"Sentimos que precisávamos de um livro que fosse mais Reacher sozinho para a terceira temporada. E então era uma questão de qual história funcionaria melhor para isso, e qual teria uma ótima cena de abertura e tudo mais, e encontramos uma que amamos", provocou o autor sobre os próximos episódios da série, que já estão em produção.
Ritchson declarou que a próxima aventura levará seu personagem para um “novo mundo”:
“Não posso falar muito sobre a 3ª temporada, mas direi que há muitas histórias clássicas dos livros que são aventuras nas quais Reacher é profundamente envolvido. E vamos aproveitar para levá-lo a um novo mundo. Pode não ter nada a ver com a família ou com seu passado, ele está apenas vivendo essa aventura e essa é a direção que tomamos.Parece realmente funcionar muito bem para o ritmo que pretendemos levá-lo.”
Além disso, também foi confirmado que Maria Sten voltará como Frances Neagley na terceira temporada.
A produção apresenta uma nova abordagem sobre Jack Reacher, personagem que já teve interpretação de Tom Cruise no cinema.
A 2ª temporada é baseada no livro “Bad Luck and Trouble" (Azar e Contratempo), o décimo primeiro romance de Jack Reacher publicado originalmente em 2007 e a série é estrelada por Alan Ritchson, de Titãs e Smallville. Na trama, Reacher recebe uma mensagem codificada de que os membros de sua antiga unidade do Exército dos EUA, a 110ª PM de Investigações Especiais, estão sendo brutalmente assassinados um a um.
Todos os episódios estão disponíveis no prime video
True Detective é uma série de televisão de drama criminal e antologia, conhecida por sua narrativa densa e atmosfera sombria.
Depois de três temporadas, a série continua a intrigar e cativar o público com suas histórias complexas, personagens fascinantes e reflexões profundas sobre a natureza humana.
A 4a temporada com Jodie Foster chega em 14 de janeiro na HBO. Descubra 10 curiosidades sobre True Detective.
Estreou em 2014
True Detective é uma série de antologia de crime e drama que estreou em 2014 na HBO. Cada temporada conta uma história independente com diferentes personagens, elenco e trama.
Criação de Pizzolatto
A série foi criada e escrita por Nic Pizzolatto, um renomado escritor e roteirista americano. Pizzolatto ganhou reconhecimento por sua escrita complexa e atmosférica em True Detective.
Começou bem
A primeira temporada de True Detective foi aclamada pela crítica e pelo público, sendo considerada uma das melhores séries de televisão dos últimos anos. Estrelada por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, a temporada explorou um caso de assassinato macabro no sul da Louisiana ao longo de várias décadas.
2a temporada
A segunda temporada de True Detective teve um estilo mais noir, caracterizado por seus visuais estilizados e personagens moralmente ambíguos. A temporada incorporou elementos da estética e narrativa do filme noir, criando uma atmosfera sombria e melancólica que lembra os filmes noir clássicos. A temporada dividiu opiniões, contando com Colin Farrell, Rachel McAdams e Vince Vaughn no elenco.
Mahershala Ali
A terceira temporada de True Detective marcou o retorno da série ao sul dos Estados Unidos, desta vez na região noroeste do Arkansas. Mahershala Ali interpretou o detetive principal, investigando um crime que se desenrola ao longo de três linhas do tempo diferentes.
Marca
A série é conhecida por sua cinematografia impressionante e atmosfera sombria. Os diretores de fotografia e os diretores de cada temporada contribuíram para criar uma estética visual única que se tornou uma marca registrada de True Detective.
Diálogos profundos
Os diálogos complexos e filosóficos são uma característica marcante da série. True Detective explora temas profundos, como a natureza da identidade, a existência do mal e a luta entre o bem e o mal.
Boa música
A trilha sonora de True Detective também recebeu muitos elogios. Cada temporada apresenta uma seleção cuidadosa de músicas que complementam a narrativa e a atmosfera da série.
Matthew McConaughey
A interpretação de Matthew McConaughey do detetive “filosófico” Rust Cohle na 1ª temporada foi aplaudida pela crítica. Ele passou por uma transformação física para o papel, perdendo peso e adotando a aparência para capturar a intensidade e a natureza complexa do personagem.
Natureza humana
True Detective cativou os fãs ao longo das temporadas com suas histórias envolventes e personagens complexos. Apesar de cada temporada ter uma abordagem única, a série continua a explorar os aspectos mais sombrios e profundos da natureza humana, mantendo seu status como uma das séries mais intrigantes e cativantes da televisão.
Debutou hoje no MCU, no ótimo 6° episódio da animação What if, a heroína nativo-americana Kahhori.
E agora trago 10 curiosidades sobre a Kahhori e o seu episódio que APOSTO que você não sabia.
1. Ela é uma personagem original da animação. Não existe uma Kahhori nas HQs.
2. Ela faz parte do povo Mohawk, que viviam na região de New York (nordeste americano) e pelo Canadá. Eles fazem parte da Confederação Iroquesa, ou Haudenosaunee, uma importante civilização nativo-americana da América do Norte.
3. O episódio foi desenvolvido com colaboração de membros da Nação Mohawk, como o historiador Doug George e a especialista em língua mohawk Cecelia King.
4. O episódio foi quase todo falado na língua Mohawk e se passa em Akwesasne (hoje conhecido como interior de New York).
5. Kahhori é um nome real do Clã Lobo, que significa 'ela agita a floresta'/alguém que motiva aqueles ao seu redor. E convenhamos, faz todo sentido, né?
6. Ryan Litte é o escritor e co-criador da Kahhori. Ele trabalha nesse episódio desde 2019. E contou que existe um corte do episódio com 10 minutos adicionais.
7. Kahhori foi dublada na versão original pela atriz Kawennáhere Devery Jacobs, que faz parte da Nação Mohawk.
8. O nível se consulta com especialistas na Nação Mohawk foi tão grande que eles colaboraram em todas as camadas da história. Desde o nome dos personagens, personalidades e vestimentas. Tudo para produzir um episódio que fosse fiel e respeitoso.
9. Nos quadrinhos há um reino adjacente e conectado com a Terra chamado Giizhigong. Ele é povoado por nativo-americanos e é acessado pelo Rio Colorado. Giizhigong, na língua Ojíbua, significa "céu" ou "lugar do céu". O que combina com o "Mundo do Céu" que Kahhori visitou.
10. Esse reino adjacente à Terra, mas ainda conectado com ela, é semelhante a Ta-Lo, ligado à cultura chinesa. Vimos ele aparecer em Shang-Chi e a Lenda dos 10 Anéis. Outro reino nesse sentido, mas um pouco diferente, mais espiritual, é Djalia. Esse é o plano astral que contém a memória coletiva de Wakanda
PS: Quando falamos “criem personagens originais”, é disso que estamos falando! Finalmente what if mostrou algo minimamente diferente do MCU... Gostei da iniciativa
Nossas impurezas não são fraquezas; na realidade, são justamente elas que nos fazem mais fortes. Esse é o ponto de partida de Samurai de Olhos Azuis, animação franco-americana que estreou na Netflix e tornou-se uma das gratas surpresas do streaming neste final de 2023. Só que a primeira temporada da produção (que tem oito episódios), consegue ser ainda mais profunda.
Para começar, apesar da temática e do pano de fundo orientais, este não é um anime. Trata-se de um "animesque", um desenho animado ocidental que é influenciado pela cultura nipônica. No caso, a criação foi da dupla Amber Noizumi e Michael Green – este último roteirista de Logan e responsável pelo texto do futuro Blade. Os dois também são produtores executivos, ao lado de Erwin Stoff (de Matrix e Constantine). A supervisão de direção é de Jane Wu.
Mal comparando, é como se os animes fossem como o champagne, um produto de origem controlada. Já Samurai de Olhos Azuis é como o espumante: um produto parecido, mas de outro lugar e com suas particularidades.
E que espumante Samurai de Olhos Azuis é: a animação mistura o “sabor” do chanbara (o cinema de samurai, dos clássicos filmes do diretor japonês Akira Kurosawa) com os longas-metragens de spaghetti western estrelados por Clint Eastwood, além de trazer referências a animes como Samurai X e ao bunraku, que é o tradicional teatro de fantoches japonês.
Um samurai com nome
Esta história é sobre Mizu, grande espadachim de olhos azuis que busca vingança contra os homens que amaldiçoaram a sua vida. Até aí, nada que você não tenha visto antes.
Acontece que o desenho animado se passa em meados do século 17, quando o xogum – o ditador militar do Japão, que mandava em tudo enquanto o imperador tinha poder apenas cerimonial – proibiu a entrada e a permanência de cidadãos estrangeiros no país, na política isolacionista conhecida como sakoku e que durou mais de 260 anos.
Pois este é o toque único da produção: Mizu, ao ter a mistura de sangue japonês com europeu, é amaldiçoado pela sociedade, que o considera menos que humano.
Eram quatro os homens brancos que viviam no país ilegalmente no momento do nascimento do samurai, que não sabe quem realmente é o seu pai. Não tem problema: Mizu irá atrás de todos para se vingar por sua existência, trazendo convenientemente uma temporada para cada caçada.
Com esse contexto, Samurai de Olhos Azuis começa a sua trajetória ressoando entre todos aqueles que se sentiram, ou ainda se sentem, rejeitados pela sociedade por suas diferenças.
Não estamos falando apenas de questões étnicas. É aqui que entra um belo paralelo com as espadas: é preciso tirar as impurezas do aço durante o processo de fabricação, mas a busca pela pureza total apenas criará uma liga fraca e quebradiça. São nossas peculiaridades e particularidades que nos dão força e resistência.
Isso por si só já serviria para botar o roteiro de pé, mas os oito episódios desta primeira temporada vão além. De surpresa, Samurai de Olhos Azuis evolui rapidamente para um comentário social, apontando a opressão sofrida pelas mulheres. No contexto do Japão do Período Edo, as jovens só têm dois destinos para suas vidas: se casarem ou se tornarem prostitutas. Na prática, muda apenas o tipo de homem ao qual são vendidas pelo pai.
Nesse sentido, o animesque traz suas principais protagonistas femininas lutando contra as estruturas sociais com as armas que encontram, batalhando pelo controle de seus destinos e pela chance de escolher o seu próprio caminho. Então vem o primeiro grande plot twist da série, que não é um spoiler por estar no material de divulgação: Mizu é, na realidade, uma mulher que se passa por um homem para sobreviver.
Animação e realismo
Samurai de Olhos Azuis é pintado com uma animação bastante bela e moderna, feita em computação gráfica com um toque do estilo tradicional. Já as cenas de luta foram desenhadas a partir de coreografias em live-action com espadachins reais. O resultado na tela lembra os desenhos animados de cinema dos anos 1990, quando a técnica da rotoscopia e os retoques em CGI fizeram com que longas como Anastasia e A Bela e a Fera tivessem aquela movimentação quase real.
Tudo isso é fechado pelo ótimo trabalho de voz original de atores famosos como George Takei (o Sulu da série original de Star Trek), Ming-Na Wen (de Agents of SHIELD e Mulan), Kenneth Branagh (Oppenheimer, Dunkirk) e Cary-Hiroyuki Tagawa (Mortal Kombat, o de 1995). Mas quem comanda a ação mesmo é Maya Erskine, que dá vida a Mizu, fechando o quarteto de protagonistas ao lado de Masi Oka (e seu encantador Ringo), Darren Barnet e Brenda Song.
Nem tudo é perfeito, é claro. Percebe-se que, em alguns momentos, há a tentativa de alongar o enredo, fazendo-o preencher os oito episódios de cerca de 45 minutos. Claramente era possível cortar uma gordura aqui e ali, mas, ao mesmo tempo, essas “esticadas” são bem utilizadas, trazendo surpresas que, por mais que pareçam heterodoxas em um primeiro momento, funcionam bem para o cenário que a animação quer construir.
A equipe de produção (composta por pessoas de diversas origens) também pode incomodar os mais puristas. Mas, mais uma vez, este não é um anime, nem tem como principal alvo o mercado japonês. Trata-se de um produto global.
Talvez aí esteja o real motivo de Samurai de Olhos Azuis ser bem-sucedido, em um ponto que nos leva de volta ao começo desta crítica: é a mistura de ligas que faz o metal ser mais forte.
quando você for mãe/pai e criar uma "Alice" na sua vida, nunca a mimem dando tudo que ela desejar, por mais difícil que seja, as vezes um não também é necessário, especialmente broncas e punições quando a mesma tiver errada. A metáfora do biscoito se referindo as drogas foi muito boa.
Se os pais não tivessem mimado tanto a Alice e tivessem a punido quando a mesma fez coisas erradas, talvez a filha estaria viva para ficar com os pais.
Amo esse estilo de arte, a história da loja e tudo me lembra um pouco xxxholic, se alguém conhecer mais obras nessa vibe por favor me indiquem
A frase final é: "Sereias são mesmo possessivas."
Uma obra prima,o criador é de um talento inigualável....
" O príncipe que confundiu culpa com amor verdadeiro." O resumo do episódio 2, aliás só 4 capítulos não é suficiente para essa obra de arte.
Todos os capítulos dessa série são ótimos, mas amo esse episódio 3:
Ele morreu no auge da sua carreira, e como o conde D mostrou para o Detetive no funeral, todos estavam o elogiando e lamentando sua morte precoce, ele nunca envelhecerá e perderá sua glória ou será esquecido, pois morreu enquanto ainda era uma estrela.
𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨: Escrita por Maria Adelaide Amaral, é livremente inspirada no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz, e escrita com colaboração de Vincent Villari e João Emanuel Carneiro, teve a direção de Alexandre Avancini e Luiz Henrique Rios, contou com a direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo, e também contou com a direção de núcleo de Denise Saraceni. Contou com Alessandra Negrini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, Vera Holtz, Leonardo Brício, Débora Evelyn, Mauro Mendonça e Tarcísio Meira nos papéis principais.
𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚:
"Século XVII. Três mulheres em busca de um sonho. Para alcançá-lo, devem cruzar a maior cadeia de montanhas do Brasil. Devem cruzar a muralha." (traduzido do site da minissérie no Canal 13 do Chile) Os bandeirantes foram os pioneiros no desbravamento europeu do território brasileiro. Paulistas suas atividades consistiam em abrir rotas rumo ao interior do país em busca de riquezas e, também, de índios para serem vendidos como escravos. Mesmo sob domínio territorial português, a luta pela posse das propriedades era constante. Vindos de diferentes partes do mundo, inúmeros forasteiros tentavam se apossar do território conquistado pelos bandeirantes. A muralha é uma referência à Serra do Mar, um grande obstáculo às incursões ao centro do país. É pelas cercanias da Vila de São Paulo, na fazenda de Lagoa Serena, após atravessar a muralha, que habita dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), um patriarca que lidera sua família e sua bandeira com muito trabalho e sacrifício. Sua luta principal é dominar e vender mão de obra indígena, adquirida através das empreitadas feitas ao interior.
Nisto, se difere de seu filho Tiago Olinto (Leonardo Brício), que vê, na conquista do ouro, a grande razão para seu empenho pessoal. Junto de dom Braz em suas aventuras, está também Afonso Góis (Celso Frateschi), seu genro, casado com Basília (Deborah Evelyn), sua filha. O casal padece da dor da perda do filho Pedro, que desapareceu, aos 13 anos, durante uma expedição com o pai. Em função disso, a expectativa pelo reencontro do filho é uma constante para Afonso e Basília. Rosália (Regiane Alves), a caçula de Braz, é uma jovem determinada, que se dispõe a largar tudo quando se apaixona de verdade por Bento Coutinho (Caco Ciocler), que trabalha na bandeira de seu pai. Leonel (Leonardo Medeiros), seu filho, é casado com a sensível Margarida (Maria Luísa Mendonça), que acha que seu casamento só será completo após a chegada de um filho. Ainda na fazenda, mora Mãe Cândida (Vera Holtz), esposa de dom Braz, que assume a casa nos períodos em que os homens estão fora.
Afetuosa, porém contida, seus critérios não se baseiam na religião ou na justiça, mas nas prioridades de seus homens. Junto dos filhos, mora a sobrinha Isabel (Alessandra Negrini), a única mulher a enfrentar a mata e as batalhas no meio dos homens. É considerada, por dom Braz, o melhor soldado de sua tropa, inclusive porque salvara a vida do tio durante um ataque à aldeia. Isabel é apaixonada por Tiago e tem comportamento selvagem, o que a faz sentir-se quase como um bicho. Após a batalha, dom Braz informa Tiago de que havia mandado vir de Portugal uma mulher que não fosse uma nativa ou impura, para se casar com o filho. O conflito entre os dois é inevitável. Tendo sido criado no Colégio dos Jesuítas, Tiago teve contato com pensamentos renascentistas e era contra a dominação e o desrespeito aos índios. Seu interesse estava concentrado na observação de estrelas e em sonhar com a conquista do ouro no sertão, na cidade de Sabaraboçu, que muitos achavam se tratar de uma lenda. Tiago tem, como melhor amigo, o índio Apingorá (André Gonçalves), líder de sua tribo, que sabe ler e escrever em português e que ajuda dom Braz nas suas empreitadas.
Pelo mar, chega Beatriz (Leandra Leal), a noiva de Tiago, que é também sua prima. Trata-se de uma menina cheia de sonhos e apaixonada pelo futuro esposo, que sequer conhece. Junto com ela, chegam Ana (Letícia Sabatella), a prostituta Antônia (Cláudia Ohana) e o padre Miguel (Matheus Nachtergaele). A chegada até Lagoa Serena se dá por uma tortuosa caminhada através da Serra do Mar, que já simboliza toda a dificuldade que Beatriz, uma dama europeia, encontra na rudeza dos territórios brasileiros da época. Ao longo do caminho, porém, ela se revela alguém de muita fibra e força, disposta a enfrentar tudo para alcançar seus objetivos, despindo-se de seus sapatos e vestes para enfrentar os campos coloniais. Ana é uma cristã-nova, que chega triste ao Brasil para cumprir sua promessa e casar-se com dom Jerônimo (Tarcísio Meira), um comerciante inimigo de dom Braz.
A promessa de casamento fora feita por seu pai Samuel (Elias Andreato), a quem dom Jerônimo livrara da fogueira da Inquisição. Ao chegar ao Brasil, Ana é recebida por Guilherme Schetz (Alexandre Borges), responsável por levá-la até dom Jerônimo. Assim, Ana passa uma noite na casa de Guilherme, pressentindo que seu destino após a boa companhia do rapaz não seria bom. A figura de dom Jerônimo era a síntese da hipocrisia religiosa de seu tempo e, ao conhecer Ana, ele passa a escravizá-la e espioná-la para saber de sua real conversão. Trata-se de um pervertido, que estupra Moatira (Maria Maya) inúmeras vezes. Dissimulado, porém, passa a maior parte do tempo a procurar heresias e escrevendo cartas ao tribunal do Santo Ofício, a Inquisição. Antônia veio ao Brasil em busca de um bom casamento, sabendo que não havia muitas mulheres brancas por estas terras. Irreverente e debochada, ela ocupa funções estratégicas na vila, como mensageira entre Ana e Guilherme e, mais tarde, ao reencontrar Beatriz, ajudando-a a conquistar Tiago. Já ao chegar, cai nas graças do bem-humorado mestre Davidão (Pedro Paulo Rangel), que passa a cortejá-la. Padre Miguel é um jovem idealista e verdadeiramente crente de sua missão: evangelizar o gentio. Em seu caminho, a paixão por Moatira o faz rever seus conceitos e acreditar que o caminho cultural traçado que não era errado, mas diferente.
Beatriz enfrenta forte luta para conquistar o coração de Tiago. Acobertada por mãe Cândida, Isabel esconde até quando pode sua gravidez, fruto do relacionamento com o primo a quem amava. Durante uma batalha, no entanto, dom Braz é atingido e, antes de morrer, confessa a Isabel que também é sua filha. Ciente de que não poderia levar seu sentimento adiante, a moça se despede de Tiago e entrega seu filho a Beatriz, para que ela assuma sua criação. Isabel segue, então, para uma aldeia e, sob a proteção de Caraíba (Stênio Garcia), é intimada a cumprir seu destino. Voltando ao lugar que lhe pertence, nua, ela anda rumo à mata, que a acolhe, dando a entender que se transforma em uma onça. Após denunciar vários cidadãos da vila à Inquisição, dom Jerônimo passa a mandar prender todos aqueles que se colocam contra sua autoridade. São presos: mestre Davidão e Antônia, Ana e Guilherme e, também, o padre Miguel. Para o julgamento inquisitório, o próprio dom Jerônimo assume o papel de juiz e arma uma audiência pública para incriminar os acusados. Lá, eles são acusados injustamente de pecados como apostasia, prostituição e devassidão moral.
Perante os demais cidadãos, que acompanham inconformados aquele julgamento, todos são condenados à fogueira. Antes de ser queimado, entretanto, Guilherme consegue uma faca e acerta o abdômen de dom Jerônimo. Nesse momento, ele passa a ouvir as verdades sobre sua própria devassidão e pecados ditas por Ana e vê, no centro da fogueira, a falecida Moatira, a quem estuprara diversas vezes e Dom Braz, seu inimigo mortal. Desesperado com as alucinações, termina morto em uma das fogueiras que ele mesmo acendeu. Antônia aceita casar-se com Davidão e Ana passa a viver feliz ao lado de Guilherme, terminando grávida. Padre Miguel se dedica a cuidar de crianças, sob orientação de Caraíba e vê, nas pequenas meninas, a imagem de Moatira, a quem amava. Em Lagoa Serena, Leonel chega de Sabaraboçu dizendo ao irmão Tiago que a terra do ouro não era uma lenda. Nove meses se passam e, após Beatriz dar à luz a pequena Margarida, nome dado em homenagem à falecida cunhada, os dois irmãos tomam a estrada rumo a essas terras, em companhia de Beatriz, que se diz pronta para enfrentar o que for ao lado do marido, e levam os filhos Braz e Margarida.
Eu tenho uma opinião impopular, prefiro muito o filme, ele trouxe uma edição muito bacana com pegada teen, músicas impecáveis e as lutas foram muito bem legais. Gostaria que a animação fosse uma continuação do que aconteceu após o filme mesmo
A série norte-americana NCIS: Hawai'i (também conhecida como NCIS: Hawaii) se passa, como o título sugere, no paradisíaco estado norte-americano e acompanha a mulher que é a primeira agente especial feminina a liderar “NCIS: Pearl Harbor ” . sobre. Enquanto ela e os membros de sua equipe tentam cumprir seus deveres para com seu país e sua família, eles investigam casos altamente explosivos envolvendo militares e segurança nacional e também descobrem os segredos da ilha.
"NCIS: Hawai'i" é um spin-off da série NCIS (Navy CIS) .
A terceira temporada da série policial ensolarada "NCIS: Havaí" está programada para começar em meados de fevereiro. Agora a rede de olhos da CBS finalmente revelou o início das filmagens. Deve começar novamente na próxima semana.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraUma das melhores minissérie já feitas - 📺
Uma história não linear, contada da frente pra trás, de acordo com o desenrolar das situações, é montada em oito episódios que precisam necessariamente ser visto em ordem cronológica, correndo o risco de não ser compreendida caso isso não seja respeitado. Tudo porque a história é centrada no Departamento de Polícia de Louisiana, onde dois detetives investigam o assassinato covarde da prostituta Dora Lange, cujo corpo é encontrado em uma posição de reza, com uma galhada de veado na cabeça e cercado de objetos que se assemelham à cultura cajum (bastante popular na região sul do Mississipi), o que poderia evidenciar alguma espécie de ritual ou crime religioso. A partir daí, a história vai sendo desvendada, com lapsos confusos que depois se encaixam como peças de um quebra-cabeças bastante elaborado.
Encabeçando a investigação, Rustin “Rast” Chole (Matthew McConaughhey, em mais uma atuação excelente no seu currículo) e Martin “Marty” Hart (Woody Harrelson, que parece ter nascido para esses papeis sombrios de trama no interior do país e tem muita cara de policial), dois policiais que investigaram o caso, em 1995, mas que, dezessete anos depois, precisam revisitar a história por conta de outros crimes semelhantes que voltam a acontecer. Só que, quase duas décadas depois, a vida pessoal e os passados de cada um começam a cobrar o preço da negligência que ambos tiveram por conta do trabalho exigente.
De uma forma geral, a trama da primeira temporada de ‘True Detective’ não é exatamente original, porém o seu diferencial reside na forma fantástica como a história é contada.
Desde a primeira cena, em que vemos uma queimada no matagal e em primeiro plano temos o longo e tristíssimo rio Mississipi, com uma paleta de cores escuras, do azul para o preto, contrastando com o amarelo alaranjado do fogo, para, duas cenas depois, sermos jogados em plena manhã seca e calorosa do delta, e observamos os dois investigadores se dirigirem para a cena do crime; em que a textura da plantação que definha sem água e a umidade sufocante do calor parecem saltar da tela, causando falta de ar no espectador. Ou ainda, a forma como a história foi recortada para ir sendo esclarecida pelos próprios personagens, a medida em que eles mesmos descobrem as novas pistas.
Tudo isso é corroborado por um clima noir que conduz a trama num misto de suspense e misticismo, que é exatamente a ambientação que se tem de um Mississipi desconhecido e isolado, palco de muitas lutas e injustiças.
Como fio condutor, a música tema ‘Far from any road’, cantada por The Handsome Family, que dá aquela sensação de marasmo mas que ao mesmo tempo parece que alguma coisa terrível está prestes a acontecer a cada instante. A trilha sonora é toda nesse estilo, e ajuda a criar uma atmosfera ainda mais imersiva na série.
True Detective é uma série fascinante, densa, claustrofóbica, que vai aumentando a tensão a cada episódio.
Com atuações brilhantes e uma história inquietante, torna-se uma série obrigatória para que curte, produções de investigações polícias e serial Killers.
Preferi não contar nenhum spoiler, para não estragar a experiência de quem ainda não assistiu.
Sob Pressão (5ª Temporada)
4.5 35"As pessoas não são número, Décio"
"Você acha que eu não me preocupo? O problema é muito maior, Vera. Pra fila andar, saúde tinha que ser prioridade do governo, mas... infelizmente não é"
"Eu não acho justo
Eu já tinha falado isso aqui antes, mas vou repetir: Antes de ser uma série sobre medicina, Sob Pressão é uma série sobre política pública e corrupção. É o retrato (quase) perfeito da saúde pública no Brasil.
Ao longo das cinco temporadas, "Sob Pressão" se tornou uma série reconhecida em diversos lugares do mundo. Elogiada pelo público e pela crítica, a narrativa da obra ganhou notoriedade internacional logo na primeira temporada, sendo exibida em festivais como Berlinale (Berlim), e TIFF (Toronto). Desde então, a série vem conquistando reconhecimento: ganhou quatro prêmios no "31st Festival International de Programmes Audivisuels (2018), em Biarritz, nna França; melhor série; melhor interpretação feminina e masculina (para Marjorie Estiano e Julio Andrade, respectivamente); e melhor roteiro. Em 2019, Marjorie Estiano foi indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz por seu trabalho na segunda temporada. Na Argentina, a série estreou na Telefe em janeiro de 2019 e consagrou-se entre os programas mais assistidos da TV Aberta. "Sob Pressão" foi exibida também em Portugal, no canal Globo, e, além da Argentina, já foi licenciada para mais de 70 paíeses como Itália, Emirados Árabes, Catar, Egito, Equador, entre outros, e é hoje uma das séries mais vendidas da Globo.
O Véu
3.0 3A minissérie O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss.
“O Véu”, a nova série de Steven Knight, criador do sucesso “Peaky Blidenrs”, estreou no Star+. Dois episódios da produção já estão disponíveis. Ao todo são seis, que serão lançados semanalmente.
Primeiras Impressões:
É curioso notar que os projetos que a atriz Elisabeth Moss atua (e produz) têm sempre a mesma pegada, o mesmo tópico de discussão e órbita no mesmo tema, onde no caso do seriado O Véu (The Veil, 2024) não é diferente.
Na TV, seja com The Handmaid’s Tale ou Iluminadas, ou no cinema com O Homem Invisível, os projetos de Moss sempre tem um toque feminista, onde a atriz personifica personagens de mulheres contra o patriarcado, ou mulheres que sofreram e viveram relações abusivas com homens e isso tudo acaba por fazer parte da narrativa de uma forma ou de outra. E mesmo que em alguns, essa questão possa não ser o que representa o projeto em sua totalidade, fica claro que esses temas estão lá presentes de qualquer forma.
E O Véu tem isso em sua história e com essa personagem que Moss apresenta aqui. E talvez, o seriado que mais se aproxima do que O Véu apresenta nesses primeiros episódios, seja o drama Homeland, estrelado por Claire Danes, que durou 8 temporadas, e que marcou época por ser uma atração que colocava uma agente governamental à frente de diversas missões de espionagem.
Claro, no começo isso, não foi assim, mas começo de O Véu segue com a mesma narrativa, onde aqui o que temos são duas personagens, mulheres, num jogo de gato e rato, igual foi com Homeland no seu começo. Quem fala a verdade? E é esse o sentimento que essa nova série me passou nesse começo, nesses 2 primeiros episódios.
O Véu é tipo Homeland, só que com Elisabeth Moss. Afinal, a vencedora do Emmy aqui interpreta uma espiã que assume vários nomes e identidades (no começo ela é Portia) e que aqui vamos chamar de Imogen Salter. E num mundo globalizado, super tecnológico, cheio de drones, e dispositivos que só vemos em filmes de Bond, O Véu coloca essa espiã interpretada por Moss para fazer um trabalho que depende extremamente do contato humano. Nada de algoritmos, nada de informações vinda de softwares, análises de redes sociais. A agente Salter precisa descobrir, munida de sua intuição e seu felling da situação, se a refugiada Adilah El Idrissi (Yumna Marwan, muito boa) é apenas uma mãe separada da sua filha que vive na França ou se ela é a número 2 de uma organização terrorista que planeja um grande atentado no Ocidente nos próximos meses.
Assim, O Véu trabalha nesse jogo de ambiguidade, de mentiras e traições, enquanto Salter ajuda El Idrissi a sair de um campo de refugiados rumo à Turquia. Mas é claro que a agência governamental de espionagem francesa está de olho nelas, a agência de inteligência britânica também, e é claro que a CIA americana também, onde depois que chegam em Istambul o destino final dessas duas mulheres é a França.
O seriado então se preocupa em mostrar os diversos lados da comunidade de inteligência tentando reunir provas sobre a identidade da fugitiva. Do agente francês Malik Amar que tem um envolvimento pessoal com Salter, até mesmo o agente americano Max Peterson que está ali para assumir a operação, todos eles estão do outro lado do mundo, enquanto Salter atravessa as regiões mais perigosas do mundo ao lado de El Idrissi, e no final toma para si as rédeas da missão.
O mais interessante desse começo é ver o intrincado jogo de gato e rato que as duas jogam, na medida que o roteiro da atração coloca essas personagens contradizendo tudo que nós os espectadores sabemos delas. Em um dos momentos, Salter diz para El Idrissi
que não tem filhos, mas vemos nos flashbacks que a personagem teve uma filha.
E tanto Moss quanto Marvan estão tão bem aqui, afinal, as duas balanceam qual das duas personagem está no controle da situação em determinado momento e quando um novo pedaço de informação chega (às vezes descobrimos as coisas antes das personagens) você começa a questionar tudo que já viu na tentativa de solucionar esse mistério antes que a série.
Será que o passado de Salter,
com os flashbacks sobre um homem mais velho, uma criança, e uma propriedade rural,
Será que ela vai conseguir respostas?
Será que Yuman diz a verdade?
Ou existe alguma coisa maior por trás e envolvida?
A série dá pistas, e também, sempre surge com novas perguntas, e nos deixa com a pulga atrás da orelha sempre que alguma coisa nova é introduzida.
E na medida que tentamos descobrir e saber o que está acontecendo, ajuda quando temos as paisagens das cidades como Paris e Istambul de plano de fundo. O único perigo de O Véu é na hora que o pano for levantado, as perguntas terem sido mais interessantes do que as respostas.
Vamos saber nos próximos capítulos.
O Véu
3.0 3'O véu', com Elisabeth Moss, é genérico de 'Homeland'. Vale assistir?
Lançada na última semana pelo Star+, “O véu” não é “Homeland”, mas parece muito. A ação se desenrola na complicada geopolítica do Oriente Médio. A protagonista, interpretada por Elisabeth Moss (também produtora da série), é uma agente secreta. A trama mistura espionagem, suspense, cenários que variam entre Istambul, Paris e um campo de refugiados nas montanhas geladas entre a Síria e a Turquia. E há dúvidas acerca da orientação ideológica e moral de personagens centrais.
A produção é uma legítima representante da deliciosa categoria “é ruim, mas é boa”. A julgar pelos dois primeiros episódios disponíveis na plataforma — serão seis, um inédito por semana — veremos mais do mesmo. Mas com um lado bom: “o mesmo” a que me refiro é aquele compilado de ingredientes que o público adora. Quem estiver com saudade do gênero não vai se decepcionar.
Elisabeth Moss vive Imogen*, nome fantasia de uma britânica a serviço da agência de inteligência francesa, a DGSE. Nas primeiras cenas entendemos que ela é um poço de autoestima, dona de uma intuição imbatível e de um currículo de sucessos. Sua extrema autoconfiança é motivo de uma certa pose e faz com que não obedeça ordens superiores.
Sua missão é descobrir se uma mulher que surgiu num campo de refugiados sírio dizendo se chamar Adilah é ou não uma chefona do Estado Islâmico. Em caso afirmativo, trata-se da terrorista “mais procurada do mundo”.
Imogen tira Adilah do campo e viaja com ela de carro, aparentemente salvando-a de ser atacada por refugiadas que a teriam reconhecido.
Nessa jornada, conversando com a moça, busca descobrir a verdade. A estrada é longa e acidentada, como pede uma boa aventura.
Há dois núcleos preponderantes: o da viagem da dupla e o da agência, em Paris, onde os personagens vivem outros conflitos. Os americanos também querem capturar Adilah e Max (Josh Charles, de “The good wife”) é um agente da CIA que chega à França para uma operação teoricamente conjunta com a França, mas cheia de rivalidade.
Vale abrir um parágrafo para falar de Elisabeth Moss. É uma atriz premiada com Emmys e Globos de Ouro. Em “Mad men”, brilhou. Em “The Handmaid’s tale”, como a protagonista, idem. Aqui, contudo, num papel até menos desafiador, ela não consegue imprimir uma marca pessoal. Repete os olhares atravessados de June e lembra muito a Carrie de “Homeland” (Claire Danes). Uma pena.
“O véu” congrega os bons ingredientes de “Homeland”, de “24 horas” e de outros congêneres famosos. A soma de truques de roteiro ganha o reforço da direção, que capricha na eletricidade e na trilha, marcando o suspense. Porém, não vemos o frescor dessas produções citadas acima.
Sabendo disso, recomendo que o leitor deixe o preconceito de lado e se entregue ao bom entretenimento. Só assim mesmo.
* Da série de nomes femininos: "Usaria se não fosse lusófono", apresento-vos Imogen. Um nome relativamente conhecido no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, mas que, na minha perspetiva, é desconhecido aos olhos dos portugueses e dos brasileiros. Este nome chegou até mim através de uma personagem de um livro da autora britânica Dorothy Koomson, Os Aromas do Amor, que me cativou imenso e me despertou especial curiosidade, tanto, que até hoje não me esqueci do seu nome, nem da sua história.
Imogen foi usado pela primeira vez numa princesa, personagem da peça Cimbolino (Cymboline) de Shakespeare em 1609. Este, baseou-se numa personagem lendária denominada Innogen, porém, cúmulo dos cúmulos, este nome foi impresso incorretamente e nunca mais foi corrigido, Imogen então ficou. Innogen por sua vez deriva provavelmente do gaélico inghean que significa donzela. Um significado como não há muitos! O Behind the Name aponta também Imogene como variante.
Por isto, e por tudo mais, considero que Imogen tenha, sem dúvida, uma aura britânica bastante forte e evidente, o que não deixa de ser notado a nível de registos já que é em Inglaterra e em Gales onde tem o número superior no ranking, posição #34, para ser preciso. Na Austrália encontra-se na 39ª posição, na Nova Zelândia, na 98ª, na Escócia na 74ª e nos Estados Unidos na posição #977, o que é uma mudança drástica da Grã Bretanha para a América.
Este é um nome extremamente raro em Portugal, onde nem consta na lista do IRN, e no Brasil, onde nem os dados do IBGE são suficientes para nos serem apresentados. Como seria de esperar, nem em São Paulo, nem Portugal no ano passado nasceu alguma menina com este nome. A sua pronúncia Êmadgin- pode não ser considerada fácil para a língua portuguesa, e se for dito como se escreve soará a algo parecido com "imagem", o que, com certeza, causa estranheza.
Como outras referências a este nome apresento:
Imogen Heap - cantora e compositora britânica;
Imogen Poots - atriz britânica;
Imogen Thomas - modelo britânica;
Confirma-se a minha suspeita de que Imogen é um nome cem por cento britânico, e acho que essa sua característica é, para mim, uma mais valia, pois adoro a cultura do Reino Unido, e são raros os nomes exclusivamente britânicos. Se o quiserem utilizar em Portugal como no Brasil, não deixo de apoiar a decisão, pois acho-o um nome maravilhoso!
Bebê Rena
4.1 386 Assista AgoraTem uma frase dele no último episódio que define a vida:
“Quando você é abusado você se torna presa fácil para esses predadores que sentem o cheiro da sua ferida aberta e grudam em você como se você fosse um imã” foi algo assim, e sim é verdade.
Também achei a série mais honesta e bela que já assisti. Mas também, triste e perturbadora por conta dos transtornos psicológicos da Martha e do Donny e dos abusos que ele sofreu. Tudo nela é incrível: a forma como prende o espectador desde os primeiros segundos, as interpretações impecáveis dos atores, os sentimentos tão verdadeiros dos personagens (e os nossos também), as surpresas a cada episódio, as situações que nos deixam dúvidas por não serem explicadas, o fato de ser uma série curta e nos deixar com vontade de assistir mais, o final que insinua uma continuação, e, principalmente, a comoção que sentimos por ser uma história real. Isso deixa tudo ainda mais interessante. É admirável e muito emocionante.
O trauma se repete até que seja superado.
"Tive o cuidado de retratá-la como alguém que também sofria, e não apenas como uma pessoa ruim." (Richard Gadd)
Jamais romantizem o stalking, obsessão não é romance, é doença. Podemos ter empatia para entender o que se passa, também enfrentar essa situação de cabeça erguida mas nunca passar pano além de impor limites. O que começa mal termina mal, séries como essa só ressaltam a importância de deixar a manutenção da nossa saúde mental em dia, e questionar quando afetamos os limites de outras pessoas.
Essa mini série, para mim, é um micro cosmos de como funcionamos na vida real. Pessoas quebradas se envolvendo em ciclos viciosos de outras pessoas quebradas perpetuando atitudes nocivas sem nem conseguirmos processar o motivo. Série tragicamente maravilhosa, cinza, sem inocentes e cheio de vitimas.
Gostei muito da forma como trataram a dependência emocional na série, e a complexidade dos problemas psicológicos...
Os atores são maravilhosos, mas o Donny precisa de muita ajuda.
Quando ele volta a casa do
abus3d0r
síndrome de Estocolmo
Um ponto que me pega é o fato de como o abuso e assédio masculino ainda é subestimado.A vergonha, a auto depreciação dele são tão profundos que ele não consegue pedir ajuda. Claro que em ambos os casos é assustador, é desesperador, mas pensar que a repressão no cara é tanta que ele não consegue reagir é de cortar o coração
Fiquei impressionada com a atuação da Jessica Gunning que interpreta a Martha, ela demonstrava as mudanças de humor de forma impactante e amedrontadora.
A Marta me lembrou a enfermeira de Misery do Stephen King.
Repito aqui o que tenho comentado em tudo que é canto: Esse é o retrato mais fidedigno que eu já vi de uma violência sexual (a forma como ela acontece E as consequências que ela gera na vítima, a confusão, o medo, a vergonha, o sentimento de culpa, de estar perdido dentro do próprio corpo). Para mim, que também sofri violência sexual, assistir foi TERAPÊUTICO, sim, digo isso sem medo de exagerar, porque me fez encarar coisas sobre minha experiência que eu vinha enterrando embaixo do tapete. Agradeço MUITO ao Gadd não só por produzir, mas pela CORAGEM de escancarar seu trauma, inclusive atuando (e revivendo) as cenas mais pesadas. É de uma ousadia que eu admiro com todo o coração!
A série é um tratado sobre codependência, um tipo de transtorno de personalidade, ainda em estudos, a ser chancelado como tal pela comunidade que trata de saúde mental. Codependentes e narcisistas partilham de muitas semelhanças (negligência parental, traumas de infância, abusos, etc), traços que ensejam à validação do outro como meio de existência no mundo, tornando-se os primeiros vítimas preferenciais dos segundos, ou seja, o "match" perfeito ou o que chamam de dança macabra. Nessa relação tóxica de idas e vindas, cujos pares exercem papéis de "traficante" e "adicto" em busca de validação constante, a vida gira em círculos, um caminho labiríntico obscuro e (quase) sem saída. O final da série é bem emblemático quanto a isso. Bebê Rena, por essas e por outras questões, é imperdível, uma das melhores coisas da Netflix atualmente, pois vai a fundo num tema espinhoso e por muitas vezes minimizado dentro da sociedade.
Recomendadíssima!
Ripley
4.2 71 Assista AgoraO mais incrível disso a série não aparece nem no top 10 da Netflix! O povo não sabe o que é bom!
Lembrando que a série é baseada no livro de Patrícia Highsmith do qual o roteirista adaptou a versão atual
O que deixou Tom tão interessante no original "O Talentoso Ripley", é que Matt Damon o interpretou tão jovem, inexperiente e de aparência inocente. Este Tom do Andrew Scott, grita: psico-assassino a um quilômetro de distância.
Na visão de Ripley, pessoas são objetos que são usados e podem de acordo com as circunstâncias serem descartados. Também gostei muito do espelhamento entre Ripley e Caravaggio, como ambos são "duplos" como artistas e também compartilham traços de psicopatia.
Achei o figurino muito simbólico! No início o Ripely usa roupas escuras e o Dick roupas claras. A medida em que eles vão convivendo isso vai se invertendo até o Ripley absorver toda a apresentação do Dick, inclusive objetos que são sua marca registrada. O uso da cor para tipificar personagens é um recurso muito rico, e achei excelente como isso foi usado dentro da limitação da fotografia em preto e branco.
E, se alguém se interessar, a série é baseada em uma trilogia da escritora americana Patrícia Highsmith. Ambos, filme e série da Netflix, em minha opinião são ótimos, capturando formas diferentes de se interpretar a obra, mas, o livro ainda é insuperável. Gostaria do show ter explorado mais este aspecto artístico.
Que série maravilhosa! A trama é tão interessante e Ripley tem uma personalidade tão instigante, que eu pretendo reler a obra original "O Talentoso Ripley".
Tendo Andrew Scott, Steven Zaillian (responsável por uma das melhores mini séries da história que é The Nigh Of) e você aclamando desse jeito, não tem como deixar passar!
Uma coisa é certa, onde tem Andrew Scott tem TALENTO, e ACLAMAÇÃO.
NCIS: Hawai'i (3ª Temporada)
2.2 1Estou surpreso que agora tenham havido três temporadas pois os roteiristas e diretores não colocar a mesma dinâmica da serie Hawaii Five-0.
Por um lado, a série não tem ninguém que realmente use principalmente atores desconhecidos que certamente não são maus mas não tem o que é preciso para usar uma série dessa franquia e fascinar os fãs por muito tempo depois da primeira metade da segunda temporada foi uma brisa. Mesmo depois da saída das pessoas mais importantes, a série mãe NCIs já não me interessa. Gary Cole, de quem gosto muito e já assisti filmes entusiasticamente em muitas séries, infelizmente não se encaixa no NCIS, não funciona, mas não é por causa da sua atuação e sim por ser muito polarizado. Eu teria desejado que o McGee estivesse liderando a equipe que ele merecia estar na vanguarda, mas infelizmente os produtores decidiram de forma diferente, o que não leva a que a série fosse mais fascinante. Acho que eles deviam ter terminado depois da 20a temporada.
Pena que eu acho que o NCIS New Orleans só fez sete temporadas. Eu teria adorado ter visto mais do Rei (Scotts Bakula), especialmente porque Bakula é um dos meus atores favoritos de todos os tempos, mas de alguma forma ele nunca tem a chance de provar todo o seu talento de atuação. Infelizmente, todas as séries em que ele tem um papel principal nunca duram muito tempo. Eu adoraria ter mais temporadas com Star Trek Enterprise e New Orleans. Mas isso é Minha opinião e gosto.
Quem Matou Malcolm X?
4.2 14 Assista AgoraA Metamorfose de Malcolm X: Uma Viagem Através dos Livros
Nascido Malcolm Little em 1925, em Omaha, Nebraska, a vida de Malcolm X foi um testemunho do poder da transformação através da auto educação. Seus primeiros anos foram marcados por dificuldades e delinquência, levando a uma sentença de prisão onde ele iria passar por uma profunda metamorfose. Foi dentro dos limites de uma cela de prisão que Malcolm X descobriu o poder transformador dos livros, uma descoberta que não só remodelaria a sua própria consciência, mas também deixaria uma marca indelével no mundo.
O despertar na prisão
O encarceramento de Malcolm X tornou-se o crucível improvável para o seu renascimento intelectual. Sentindo-se sem educação e incapaz de se expressar em letras, ele embarcou em um rigoroso programa autodidacta para dominar a palavra escrita . Ele começou por copiar todo o dicionário, uma tarefa meticulosa que expandiu seu vocabulário e melhorou suas habilidades de escrita. Esta auto disciplina lançou as bases para os seus vorazes hábitos de leitura.
No silêncio da sua cela, Malcolm X leu tudo o que podia colocar as mãos. Sua lista de leitura era extensa, variando da história à filosofia, abrangendo as lutas das comunidades africanas e o impacto do racismo. Juntou-se às aulas educacionais para promover os seus estudos e participou de debates na prisão, onde o seu conhecimento recém-descoberto lhe deu uma vantagem sobre os seus oponentes.
O poder da auto-educação
A jornada de auto educação de Malcolm X foi um farol de esperança para aqueles que se sentiram marginalizados e sem voz. Ele demonstrou que aprender e falar a mente eram ferramentas poderosas para a libertação pessoal. Sua experiência na prisão ensinou-lhe mais sobre o mundo, e especificamente sobre a história negra, do que ele acreditava que alguma vez teria aprendido num ambiente de educação formal.
Através de sua busca incansável pelo conhecimento, Malcolm X emergiu como um principal porta-voz do separatismo negro, defendendo que os americanos negros cortassem os laços com a comunidade branca. A sua visão radical dos direitos civis foi moldada pelos livros que leu, o que o ajudou a articular uma filosofia que combinava conhecimento político com uma profunda compreensão da discriminação racial.
A transformação e o legado
A transformação de Malcolm X de um bandido para um ministro muçulmano é vividamente narrada em sua autobiografia, co-autoria com Alex Haley . Sua conversão ao verdadeiro Islã durante uma peregrinação a Meca ajudou-o a confrontar sua raiva e a reconhecer a irmandade de toda a humanidade, levando-o a renunciar a muitas de suas crenças antigas. A autobiografia tem sido celebrada como um trabalho crucial para a compreensão da justiça social e da discriminação racial.
O legado de Malcolm X não está apenas nas suas ideias e discursos radicais, mas também na sua demonstração de como a mudança é possível a partir de dentro. A sua história de vida, contada através da sua autobiografia, continua a inspirar e desafiar os leitores, oferecendo uma visão radical para os direitos civis que permanece relevante hoje.
A história de Malcolm X é um lembrete poderoso de como os livros podem moldar o destino de uma pessoa. Sua transformação de Malcolm Little para Malcolm X foi alimentada pelas palavras e ideias que ele encontrou em suas leituras. Aprendeu a ler, escrever, falar e inspirar outros, tornando-se um símbolo do poder da auto-educação e da busca da verdade.
Xógum: A Gloriosa Saga do Japão
4.1 108 Assista AgoraXógum.
Baseada em um romance de mesmo nome, Xógum: A Gloriosa História do Japão chegou ao Star+ com números impressionantes -- tal qual a primeira adaptação do livro.
Se tratando de uma adaptação de livros sobre um império e diferentes casas querendo o poder, muitos associaram a série a Game of Thrones. No entanto, o próprio diretor falou que ela parece mais com outro sucesso da HBO: Succession.
Mais Succession do que Game of Thrones
O diretor de Xógum, Jonathan van Tulleken, falou sobre as comparações que a série tem ganhado com Game of Thrones: “Este é um mundo perigoso onde a violência pode surgir do nada, mas o perigo real está nas conspirações. Uma conversa pode ser tão perigosa quanto qualquer outra coisa. Uma comparação melhor (do que Game of Thrones) seria Succession ou House of Cards".
Xógum terá uma segunda temporada?
A primeira adaptação de Xógum, feita pela NBC em 1980 foi uma minissérie com cinco episódios.
Os showrunners de Shōgun, Rachel Kondo e Justin Marks, esclareceram que uma segunda temporada é improvável, pois a série foi concebida desde o início como uma adaptação fiel do romance homônimo de James Clavell.
Michael Clavell, produtor executivo, disse que poderiam pensar em novas histórias caso a audiência as queira. Porém, Justin Marks, outro produtor executivo, disse que a primeira temporada acabará junto do livro, contando uma história que não teria continuação.
Xógum e seu impacto cultural
A minissérie dos anos 80 foi bastante impactante para a TV norte-americana. Dentre vários tabus quebrados, foi a primeira vez que uma cena de decapitação e a primeira vez que a palavra "mijo" apareceram na TV do país.
A média de audiência da minissérie foi de 26.3 milhões de expectadores. Ou seja, quase 33% das TV dos EUA assistiram o programa. Na época, essa foi a segunda maior audiência da história.
Há quem diga que toda essa atenção ao Japão que a minissérie deu, resultou numa explosão de comida japonesa nos EUA (e por consequência, no mundo).
Xógum: A Gloriosa Saga do Japão
4.1 108 Assista Agora"Xógum: A Gloriosa Saga do Japão" não deve ganhar uma segunda temporada, de acordo criadores da série. Número iniciais colocam a série do Disney+ com mais audiência do que "O Urso" e "Fargo".
“Amamos como o livro termina; foi uma das razões pelas quais nós dois sabíamos que queríamos fazer isso – e terminamos exatamente nesse lugar".
- via THR
Que ótima notícia. Assisti aquela com Richard Charbelain dos anos 80 também . Essa está fantástica.. 🥳🥳🥳🥳
No entanto apesar de ter muita coisa do livro acredito a maior diferença é para mim a mudança que justifica a maioria das alterações do livro para serie e que o livro foi escrito por um ocidental falando sobre elementos no Japão o que não e de maneira nem uma um defeito pois o livro é uma obra de arte eu amo esse livro . No entanto a série é dirigida por pessoas da cultura japonesa . Acredite isso muda muito o clima da narrativa mais isso é uma impressão minha . Se gostou da série recomendo fortemente le o livro pois para mim são duas obras bem distintas.
A série está muito bem feita, enquadrando à realidade da época. tenho estado a gostar muito. Bons atores e uns bem conhecidos do público. No entanto, uma parcela do público fico muito triste com uma única situação, falam dos portugueses na série, e personagens encarnam o povo português, se assim o é, porquê que estão a falar em inglês? Para alguns, não tem sentido nenhum, foi uma falha enorme da realização/produção, o que é uma pena, a língua portuguesa nesta série dava outro encanto e beleza no desenrolar desta série histórica.
Vimos algumas pessoas reclamando o fato dos portugueses falarem em Inglês ao invés da língua portuguesa, mas creio que isso irrelevante, levando ao fato de que o foco da série são os japoneses e esses sim dialogam no seu próprio idioma, sem contar o fato de que a série perderia audiência em vários países cujo idioma predominante é o inglês.
Série com começo, meio e fim. Sem enrolação, encheção de linguiça, etc... melhor usar a experiência para adaptar outros épicos do que estragar o que já foi bem feito
Batalha Bilionária: O Caso Google Earth
4.3 28 Assista AgoraUma empreitada tecnológica envolta por escândalos e processos judiciais.
A década de 1990 foi bastante promissora para projetos envolvendo tecnologia, ponto de partida para muitas inovações que ainda hoje são uteis para o nosso cotidiano. Internet, celulares, computadores, softwares, vendas realizadas presencialmente que se tornaram possíveis por meio da virtualidade. Muitas coisas positivas, com alguns impactos negativos, afinal, tendo o fator humano envolvido, torna-se complicado prever uma horizontalidade na dimensão dos resultados desta interação. Lançada em 2021, Batalha Bilionária: O Caso Google Earth é uma minissérie em quatro longos capítulos, focada em radiografar os desdobramentos de um projeto do período que rendeu debates até recentemente: o suposto roubo da valiosa estrutura do software Terravision, concebido pela equipe dos alemães Carsteen Schleiter e Juri Muller, interpretados por Leonard Scheicher e Marius Ahrendt na fase mais jovem e por Mark Waschke e Misel Maticevic na fase mais madura, respectivamente. Segundo os envolvidos no processo judicial apresentado pela produção, um indivíduo teria recebido informações demais sobre a iniciativa e projetado algo semelhante no território Google, dominante na seara da tecnologia, como nós todos sabemos.
Com direção de Robert Thalheim, também responsável pelo roteiro, juntamente com Oliver Ziegenbalg, Batalha Bilionária: O Caso Google Earth aborda indivíduos acossados pelo esquema predatório das corporações gigantescas. Vítimas da falta de experiência, algo que culminou na empolgação excessiva e, consequentemente, na entrega de informações demais diante de um software com potencial econômico grandioso, contemplamos a briga destas figuras ficcionais, inspiradas em idealizadores da vida real, impactados pela maneira como tiveram uma brilhante ideia tomada de assalto. Em duas linhas temporais, a narrativa mantém um paralelo entre os anos 1990, era de imersão nas ideias, idas e vindas, criação de protótipos, testagem com o público, reunião com patrocinadores, dentre outras questões para todos os envolvidos na dinâmica de um projeto, trafegando pela atualidade, com a dupla de fundadores da ART+COM nos tribunais, a exigir o que é de direito, pois foram os criadores do software.
Em resumo, o Terravision se baseava em imagens aéreas e de satélites para criar uma representação visual de dados espaciais de um projeto. Manipulando um globo e com o botão de zoom, a pessoa que decidisse interagir com o software via imagens concebidas numa sequência contínua, partindo do espaço até chegar a qualquer parte do planeta. Assim, em feiras, encontros e ao encontrar diversas pessoas pelo caminho, os idealizadores acabaram dando informações demais sobre algo tão inovador, abrindo precedentes para que outros interessados em tecnologia copiassem as suas ideias e levassem para outro lugar, onde elas seriam mais desenvolvidas e transformadas em projeto inovador no campo em questão, sempre em frenético movimento. Sem didatismo que atrapalhe o seu avanço enquanto entretenimento, a minissérie investe em episódios de duração excessiva, mas ainda assim, consegue manter um ritmo interessante.
Os personagens são esféricos, algo que contribui para a qualidade do texto. Em sua dinâmica, podemos observar a realidade enfrentada por muitas startups, destroçadas covardemente por grupos dominantes na lógica tecnológica capitalista, conhecidos por usurpar a inovação alheia e colocar, com trunfo, as suas violentas assinaturas. Ingênuos, os protagonistas da minissérie tinham interesse financeiro no jogo, mas também eram idealistas, interessados em mudar o mundo de alguma forma, bem como suas vidas, tornando-se heróis do campo tecnológico. Como lições valiosas, a produção nos permite refletir sobre engajamento no trabalho em equipe, além de reforçar que informações de teor valioso precisam de tratamento sigiloso, ao menos até se tornarem consolidadas mercadologicamente. Compartilhamento de detalhes fora do âmbito dos envolvidos no projeto pode acarretar numa estressante jornada de perdas, não apenas financeira, mas de tempo, um bem precioso em nossa contemporaneidade agitada.
Além das discussões judiciais que permitem o estabelecimento de um bom roteiro, Batalha Bilionária: O Caso Google Earth apresenta aspectos estéticos bem desenvolvidos: a direção de fotografia de Henner Besuch aproxima os personagens da tela em momentos de intensidade dramática, assim como se afasta para contemplar os espaços concebidos pelo design de produção de Myrna Drews, essencial para compreendermos os contextos por onde os programadores e artistas do projeto Terravision pavimentam as suas caminhadas tecnológicas. Na textura percussiva imersiva, a dupla formada por Anton Feist e Uwe Bossenz concebe uma malha sonora envolvente, de acordo com os conflitos expostos ao longo de cada situação tensa e intensa dos quatro episódios da produção. Ademais, Frank Kaminski, responsável por supervisionar os efeitos visuais, também faz um trabalho eficiente e assegura, para a minissérie, o ritmo visual ideal para entendermos a confluência das duas linhas temporais, bem como as ideações dos protagonistas empreendedores e inovadores.
Em linhas gerais, uma série que promove entretenimento e muita reflexão.
Missa da Meia-Noite
3.9 730Missa da Meia Noite (BR)/ Midnight Mass (EUA)
É uma série de terror e suspense criada por Mike Flanagan, conhecido por seu trabalho em outras produções de horror, como "A Maldição da Residência Hill" e "Doctor Sleep". A série foi lançada na Netflix em 2021
"Midnight Mass" (2021): Quando a Fé se Torna Sobrenatural
A trama se desenrola em uma comunidade insular e religiosa chamada Crockett Island. O lugar está passando por mudanças dramáticas e misteriosas após a chegada de um misterioso padre, Padre Paul Hill (interpretado por Hamish Linklater).
A comunidade, inicialmente atormentada por problemas e tragédias, encontra uma renovação aparente de sua fé com a chegada do Padre Hill. Milagres começam a acontecer, incluindo curas milagrosas e ressurreições, gerando uma onda de entusiasmo religioso.
Conforme os eventos sobrenaturais se desenrolam, a comunidade se vê dividida entre a fé renovada e a crescente suspeita de que algo muito mais sinistro está acontecendo. A narrativa explora questões profundas sobre fé, fanatismo, redenção e os limites morais da devoção religiosa.
A série se destaca pela construção de personagens, mergulhando nas vidas individuais dos habitantes da ilha e explorando como a fé, o passado e os segredos pessoais influenciam as reações à chegada do misterioso padre.
Conforme a história se desenrola, segredos são revelados, e a linha entre o sobrenatural e o humano se torna cada vez mais tênue.
Betinho: No Fio da Navalha
4.4 17"Betinho - no fio da navalha" mescla entretenimento com boa informação.
O AfroReggae Audiovisual, em parceria com a Formata Produções e Conteúdo, estreou a série "Betinho: No Fio da Navalha" no dia 1º de dezembro de 2023 propositalmente. Afinal, a data representa o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, doença que vitimou Herbert José de Souza no dia 9 de agosto de 1997. A saga do sociólogo e ativista dos direitos humanos é contada de forma delicada e com ótimas interpretações de um elenco bem escalado.
A série é baseada na biografia de Herbert José de Sousa, homem que é símbolo do combate à fome no Brasil.
Herbert de Souza era um homem que sempre tinha pressa. De agir, de ajudar, de transformar vidas, de viver. Um herói brasileiro conhecido por muitos, mas nem sempre reconhecido. A história pessoal do sociólogo e o legado social que contribuiu para o país são as vertentes da série protagonizada por Júlio Andrade e criada por José Júnior, com direção geral de Lipe Binder. O trabalho impressiona principalmente pelo processo de caracterização do ator, feito por Martín Macías Trujillo, que o fez ficar tão parecido com Betinho a ponto de ser visto como um filho real do ativista.
Em oito episódios, a obra dramatúrgica biográfica retrata a luta de Herbert por grandes causas sociais, em especial o combate à AIDS e à fome, e resgata momentos importantes da vida do homenageado entre os anos 1960 e 1990, intercalando imagens de diferentes fases de Betinho.
Na adolescência, é o ator Antonio Haddad, o Marcinho da série "Os Outros", quem interpreta o mineiro de Bocaiúva. Em seu caminho, o ativista enfrentou a AIDS, a ditadura militar, a hemofilia e tantos outros obstáculos pessoais, mas escolheu a fome da população como seu principal inimigo, fundando a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida, a maior campanha de solidariedade do Brasil, que completa 30 anos em 2023. A organização também reconhecida pelo Natal Sem Fome, um dos projetos parceiros do "Para Quem Doar" (https:// www. paraquemdoar. com. br), plataforma criada em abril de 2020 para conectar pessoas com organizações de todas as regiões do país que trabalham para combater e amenizar diferentes impactos sociais na vida da população em situação de risco e vulnerabilidade.
Depois do exílio político de oito anos no exterior, a luta de Betinho por justiça social foi ainda maior. E seu legado e representatividade serviram de inspiração para muitos movimentos sociais, incluindo o AfroReggae, projeto idealizado há três décadas por José Júnior, criador da série, que revela um lado pessoal pouco conhecido do ativista, a partir de uma trama familiar no centro da narrativa, costurada por eventos históricos, como a campanha das Diretas Já. Entre as locações, a trama passeia por lugares simbólicos da trajetória do homenageado, como as ruas da capital paulista e a igreja da Candelária, no Rio de Janeiro.
A série contou ainda com a participação ativa da família de Betinho, em especial Daniel Souza, seu filho, um dos consultores e produtor associado da obra. Na produção, é o ator Filipe Bragança quem revive a relação entre o filho e o pai ao interpretar Daniel. A séria traz ainda outros personagens que fizeram parte do convívio do sociólogo, como Dona Maria, mãe do protagonista, interpretada em diferentes fases por Silvia Buarque e Walderez de Barros. Já Ravel Andrade encara uma inusitada irmandade dentro e fora de cena com Julio Andrade: irmãos na vida real, eles contracenam como os também irmãos Chico Mário e Betinho. Outro irmão de Herbert de Souza que ganha destaque na trama é Henfil, cartunista, quadrinista, jornalista e escritor brasileiro, personagem de Humberto Carrão. No campo afetivo, Leandra Leal é Irles Carvalho, primeira mulher do sociólogo e mãe de Daniel; e Julia Shimura é Maria Nakano, sua companheira até o fim da vida e mãe de seu segundo filho, Henrique.
Outras figuras reais marcam presença na trama, como Atila Roque (Michel Gomes) e Carlos Afonso (Luiz Bertazzo), grandes parceiros de Betinho na luta pelos direitos humanos no IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), fundado em 1981 pelo sociólogo e por Carlos e Marcos Arruda (Higor Campagnaro); Nádia Rebouças (Andréia Horta), publicitária e ativista ssocial com relevante atuaçção ao lado de Betinho na luta contra a miséria; Terezinha Mendes (Sirlea Aleixo), amiga do homenageado e criadora do slogan "Quem Tem Fome, Tem Pressa"; e dois grandes ícones da cultura popular brasileira, Elis Regina (Elá Marinho) e Chico Buarque (Mouhamed Harfouch). Uma produção que mescla entretenimento e muita informação com coesão e delicadeza.
Todo mundo deveria ver.
Judeus e Muçulmanos: Tão Longe e Tão Perto
3.5 2O conflito entre árabes e judeus é relativamente recente, ao contrário do que muitos acreditam. Até o final do século 19, judeus e diferentes povos árabes viviam como "primos" (o que supõe, claro, conflitos ocasionais), e não só no Oriente Médio. A convivência se estendeu, por exemplo, à Espanha, ocupada pelos árabes até o fim do século 15.
Os problemas ganharam corpo com a crise dos grandes impérios, ao término do século 19, que permitiu o avanço de inúmeros movimentos nacionalistas. Isso tanto no Império Russo como no Império Turco-Otomano e no Império Austro-Húngaro. Entre os novos movimentos estavam o nacionalismo árabe, que defendia a criação de um grande Estado árabe independente dos turcos; e o movimento sionista, defensor da volta dos judeus à Palestina - dispersos por todo o mundo desde a destruição de seu Estado independente, no início da era cristã.
Os conflitos entre árabes e israelenses surgiram da disputa pela região da Palestina e pelo reconhecimento internacional do Estado da Palestina. A origem dessa tensão está diretamente relacionada com o surgimento do sionismo como movimento político dos judeus no final do século XIX.
Mestres do Ar
3.8 37 Assista AgoraCINCO motivos para ver a minissérie irmã de Band of Brothers e The Pacific
Baseada em um livro de não ficção escrito por Donald L. Miller, a minissérie Mestres do Ar acompanha os membros do 100º Grupo de Bombardeios, também conhecido como "Centésimo Sangrento", durante o período em que estiverem em ação na Segunda Guerra Mundial.
Confira 5 motivos para assistir ao show
5. Conflito nos céus
Não é de hoje que a Segunda Guerra Mundial serve como pano de fundo para séries de TV, mostrando a cruel realidade de soldados e civis vítimas do conflito. Normalmente, no entanto, tramas que focam no combate costumam dar destaque para aqueles que lutaram em terra, avançando pouco a pouco contra as forças inimigas e enfrentando balas e explosões.
Em Mestre do Ar, porém, todos os olhos se voltam para os ares e para esse grupo de jovens responsáveis por bombardear o território inimigo enquanto tentam sobreviver a 25 mil pés de altura.
Com tomadas aéreas lindas, a série mostra a que veio logo em seu primeiro episódio, quando vários esquadrões se unem em uma única ofensiva, que transporta o público para esse cenário de desespero, falta de ar e medo do desconhecido. Como diz o major Gale Clevende para o major John Egan após sua primeira missão, "você não me contou que era assim".
4. Ambientação impressionante
Por falar em grandiosidade, a série da Amazon Prime Video realmente não mediu esforços para entregar qualidade em suas cenas. Segundo a revista online norte-americana Deadline, foram mais de US$ 200 milhões investidos na produção, que desde 2013 estava nos planos da HBO, mas que em 2019 acabou sendo adquirida e produzida pela Apple.
Para as gravações fora de estúdio, a série utilizou antigos campos de aviação utilizados durante a Segunda Guerra Mundial e construiu um quartel em uma propriedade histórica de Buckinghamshire, na Inglaterra, onde se estabeleceu temporariamente.
Além disso, para as cenas filmadas dentro das cabines dos pilotos, Mestres do Ar utilizou o chamado The Volume, tecnologia usada em produções como 1899, The Mandalorian e Obi-Wan Kenobi em que painéis de LED criam uma sensação imersiva, gerando imagens em tempo real por computador.
3. Tríade de guerra
Outro ponto indiscutivelmente importante da série é seu legado dentro da TV. Embora tenha uma trama independente, que pode ser vista sozinha, Mestres do Ar forma uma trilogia de guerra com Band of Brothers e The Pacific, outras duas produções extremamente aclamadas pelo público e pela crítica.
Assim como suas irmãs, inclusive, a minissérietem como produtores executivos Steven Spielberg, Tom Hanks e Gary Goetzman, e direção dos cianeastas Cary Joji Fukunaga (007 - Sem Tempo para Morrer), Anna Boden e Ryan Fleck (Capitã Marvel), Dee Rees (Mudbound - Lágrimas Sobre o Mississipi) e Tim Van Patten, que também dirigiu alguns episódios de The Pacific.
2. Atores de peso
Para quem ainda não está suficientemente convencido, outro bom motivo para conferir a nova produção épica do Apple TV+ é o seu elenco estrelado.
Para se ter ideia, entre os protagonistas da minissérie estão os atores Austin Butler (Elvis) no papel de Gale Cleven; Callum Turner (Animais Fantásticos e Onde Habitam) como John Egan; e Anthony Boyle (Tolkien) como o tenente Harry Crosby.
Além deles, há ainda Barry Keoghan (Saltburn) na pele de Curtis Biddick; Nikolai Kinski como o coronel Harold Huglin e Raff Law (Twist), filho de Jude Law (O Talentoso Ripley), que faz uma participação como o sargento Ken Lemmons.
1. História real
Para quem é fascinado por histórias verídicas, Mestres do Ar tem ainda o bônus de retratar uma história real, que embora bastante trágica, mereceria ganhar uma homenagem respeitosa e épica como essa do Apple TV+.
Embora muitos já tenham ouvido falar sobre a história do "Centésimo Sangrento" - o grupo de bombardeios que atuou na Segunda Guerra Mundial e sofreu dezenas de baixas -, a produção do streaming se debruça menos sobre sua importância histórica e mais sobre quem era os homens que estavam no comando desses aviões.
Muito além de simples nomes, a série dá voz às suas histórias, mostrando como esses rapazes enfrentaram a brutalidade da guerra, a pressão psicológica dos bombardeios e incontáveis perdas pelo caminho.
Para quem ficou curioso pelo show, Mestres do Ar já teve os seus dois primeiros episódios disponíveis no Apple TV+. Os outros sete capítulos chegam um por semana, sempre às sextas-feiras.
ATENÇÃO, ATENÇÃO: Aproveite a chance para também assistir Red Tails (Brasil: Esquadrão Red Tails), 2012 ‧ Guerra/Ação ‧ 2h 5m
A força aérea norte-americana sofre muitas baixas devido aos bombardeiros em suas missões contra a Alemanha. O governo começa a considerar a possibilidade de ter pilotos afro descendentes. Surge, então, a chance destes jovens mostrarem sua coragem.
Mestres do Ar
3.8 37 Assista Agora'MESTRES DO AR': A HISTÓRIA REAL POR TRÁS DO 100º GRUPO DE BOMBARDEIOS DOS EUA
Após anos de espera, os fãs das séries Band of Brothers (2001) e The Pacific (2010) finalmente receberam uma "continuação" para os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial em Mestres do Ar (2023), dirigida por Steven Spielberg.
Dessa vez, a história fala sobre o 100º Grupo de Bombardeios, também chamado de "Centésimo Sangrento", que voaram bombardeiros da Inglaterra para a Alemanha durante o conflito armado e sofreram enormes perdas.
Se o que é retratado nas telinhas e telonas já não é bruto o bastante, a realidade foi ainda mais horrível. Por isso, nos próximos parágrafos, aprofundaremos sobre o que realmente aconteceu com esses soldados.
Início da jornada
Cleven e Egan, os aviadores que estão no centro de Mestres do Ar, conheceram-se na primavera de 1940, quando foram designados para morar juntos na escola de aviação. Ambos se alistaram na Força Aérea dos Estados Unidos (USAAF) antes do ataque a Pearl Harbor — inspirados menos pelo patriotismo do que pelo desejo de se tornarem pilotos.
Juntos, os dois ficaram conhecidos como os "dois Buckys" por conta de seus apelidos iguais. Ambos foram enviados para servir no 100º Grupo de Bombardeios, um time de aviadores estabelecido em 1942 com uma formação de 37 tripulações, cada uma composta por 10 homens. Depois de passarem por treinamento corretivo nos EUA, o 100º partiu para Norfolk, na Inglaterra, no fim de maio de 1943. Na época, a Segunda Guerra Mundial já estava favorável para os Aliados, com o Eixo se rendendo no Norte da África e tropas se preparando para invadir o território nazista ocupado a partir de múltiplas frentes.
O grupo participou do seu primeiro bombardeio em 25 de junho daquele ano, pouco mais de duas semanas depois dos homens terem chegado na Inglaterra. Durante os ataques, as tripulações americanas de 10 pessoas engajaram-se em bombardeios de precisão à luz do dia, concentrando-se em alvos estratégicos. O objetivo era restringir a capacidade da Alemanha de "construir máquinas de guerra".
Perigo constante
Os homens da 101ª Divisão Aerotransportada e da Primeira Divisão de Fuzileiros Navais — os heróis das duas séries que precederam Mestres do Ar — passaram semanas ou meses na linha de frente e com poucas pausas. Os aviadores, por outro lado, poderiam estar "no seu beliche às 4 horas da manhã, no ar sobre Colônia às 10 horas, e depois num pub inglês às 20 horas", disseram historiadores.
As missões normalmente duravam menos de um dia e, quando terminavam, a tripulação sobrevivente podia voltar para seu dormitório e recarregar as baterias até o próximo confronto. Porém, servir na USAAF era mais perigoso do que lutar no solo e exigia um preço psicológico único, sendo o contraste entre o tempo passado na base e no ar especialmente nítido.
Um aviador poderia tranquilamente tomar café da manhã ao lado de dois amigos pela manhã e depois voltar para casa sem notícia de seus companheiros no fim do dia. Ou seja, ao contrário da guerra terrestre, não existe um corpo quando alguém é morto. Logo, era extremamente difícil saber se um aviador foi capturado, morto ou se simplesmente desaparecera.
A história do 'Centésimo Sangrento'
Em 1943, o objetivo da USAAF para bombardear a Alemanha até a submissão centrou-se no B-17, que as autoridades acreditavam que poderia se defender contra caças inimigos enquanto lançava bombas sobre alvos industriais preciosos. Foi assim que as Forças Aéreas enviaram uma operação com mais de 1 mil bombardeiros para a Alemanha durante um período de sete dias chamado de "Semana Negra".
Contudo, devido a sucessiva onda de ataques da Luftwaffe, a força aérea alemã, o ataque foi facilmente abatido. Ao final daquela semana, 148 bombardeiros foram destruídos e 1,5 mil homens foram mortos ou capturados, entre eles Cleven e Egan. O primeiro foi capturado e interrogado pelos alemães, enquanto Egan se ofereceu para liderar um ataque a Münster em 10 de outubro para vingar seu amigo.
A Semana Negra provou ser um ponto de virada na guerra aérea, concedendo uma vantagem à Luftwaffe e forçando os americanos a suspender os ataques de longo alcance. O revés, no entanto, foi temporário. Quando os Aliados desembarcaram na Normandia, em 6 de junho de 1944, a Força Aérea Alemã estava virtualmente derrotada, com seus caças atraídos por bombardeiros americanos.
Fim da guerra e legado
Ao contrário da sua reputação, o 100º não sofreu o maior número de perdas entre os grupos da Oitava Força Aérea, o que fez com que muitos historiadores questionassem a reputação de "Centésimo Sangrento" em suas memórias. No entanto, vale ressaltar que o grupo sofreu perdas gigantescas de uma só vez.
No dia 6 de março de 1944, por exemplo, 15 aeronaves do 100º foram abatidas em Berlim. Das 306 missões realizadas por eles entre 25 de junho de 1943 e 20 de abril de 1945, apenas oito foram responsáveis por quase metade de suas perdas.
Os dois Buckys surpreendentemente sobreviveram ao conflito e permaneceram amigos íntimos por anos, com Egan servindo de padrinho de casamento de Cleven com sua namorada de infância. Ambos permaneceram na Força Aérea após a guerra. Egan acabou morrendo de ataque cardíaco em 1961, enquanto Cleven morreu em 2006 aos 87 anos. Suas histórias, no entanto, seguem vivas para a eternidade.
Merecemos ser chamados de “Centésimo Sangrento”?
Outras unidades perderam mais aeronaves e tripulações do que nós. O que nos tornou diferentes foi que quando perdemos, perdemos feio. Essas oito missões nos trouxeram fama.” – Harry H. Crosby
Crosby foi Navegador no 100º Grupo e esteve com sua unidade todos os vinte e dois meses em que o 100º esteve em status operacional na Segunda Guerra Mundial até o final das hostilidades em 9 de maio de 45. Ele escreveu um tratado sobre o 100º intitulado “A Wing and A Prayer”.
Durante 22 meses de combate aéreo, as tripulações do 100º Grupo voaram em missões mortais, aprimorando suas habilidades e táticas.
Ao analisar os números brutos de uma forma não emocional, as perdas durante a guerra do Centésimo Sangrento não foram as maiores para a 8ª Força Aérea, embora estivessem entre as três maiores em perdas de grupos de bombardeiros pesados. A história oficial da Fundação do 100º Grupo de Bombardeios totaliza 184 relatórios de tripulações desaparecidas em 306 missões. Em suas memórias, Oitavo Diário de Guerra da Força Aérea, o copiloto John Clark observou que “50% das perdas do Grupo ocorreram em apenas 3% de suas missões”. Como um jogador azarado, as equipes do 100 tiveram dias ruins, e às vezes tiveram dias realmente ruins. Assim, ganhando o apelido de “Bloody 100”.
Cerca de 26.000 membros da Oitava Força Aérea deram suas vidas. O número total de mortos ou desaparecidos foi ligeiramente superior ao sofrido pelo Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e pouco menos de metade das vítimas sofridas por toda a Marinha dos EUA na Segunda Guerra Mundial. Tais comparações não diminuem em nada as contribuições de outros ramos das forças armadas, mas antes apontam para a escala gigantesca dos esforços da Oitava Força Aérea. A parcela do 100º Grupo de Bombardeios nessas perdas foi de 785 mortos ou desaparecidos e 229 aeronaves destruídas ou tornadas impróprias para aeronavegabilidade. Mesmo assim de 25 de junho de 1943 a 20 de abril de 1945, o 100º Grupo de Bombardeio nunca ficou fora de combate devido a perdas.
A expectativa média de vida de um tripulante de B-17 da 8ª Força Aérea em 1943 era de onze missões!
ATENÇÃO, ATENÇÃO: Aproveite para assistir The Tuskegee Airmen (br Prova de Fogo), 1995 ‧ Guerra/Ação ‧ 1h 46m
O primeiro esquadrão de pilotos negros da Força Aérea dos Estados Unidos é formado durante a Segunda Guerra Mundial. Ao chegar à base de Tuskegee, os oficiais selecionados descobrem que, além da guerra, terão que lutar contra o preconceito.
Reacher (3ª Temporada)
3.8 1🕵️♂️🎞️🚨 Qual será o próximo livro adaptado?
A 3ª temporada de Reacher no Amazon Prime Video será baseada no livro .
O autor da saga de livros Lee Child revelou qual dos 27 livros publicados que será adaptado para a 3ª temporada:
Persuader - no Brasil tem o título "Acerto de Contas" -, que é o sétimo livro da saga de Jack Reacher.
“Eles podem fazer o que quiserem porque o lance dos dos livros é que você não precisa lê-los em ordem. Todos se seguram sozinhos. O mesmo personagem, obviamente, mas todos se seguram sozinhos. Reacher não é uma pessoa que pensa no passado. Ele nunca prevê o futuro e que vive no hoje então nunca há referências nos livros a livros anteriores. Você não perderá nada se os ler fora de ordem. Podemos fazer a série fora de ordem também”, Lee Child afirmou.
Na terceira temporada, Reacher deve se disfarçar para resgatar um informante detido por um inimigo assustador de seu passado.
"Nós escolhemos, está escolhido", confirmou Lee Child sobre o livro da 3ª temporada, lembrando que ele também é produtor executivo da série. "É uma boa escolha, devo dizer. Acho que fomos muito criativos na forma como sequenciamos o tipo de história".
Lee Child confirmou que veremos Reacher trabalhando sozinho, uma marca registrada do personagem nos livros.
"Sentimos que precisávamos de um livro que fosse mais Reacher sozinho para a terceira temporada. E então era uma questão de qual história funcionaria melhor para isso, e qual teria uma ótima cena de abertura e tudo mais, e encontramos uma que amamos", provocou o autor sobre os próximos episódios da série, que já estão em produção.
Ritchson declarou que a próxima aventura levará seu personagem para um “novo mundo”:
“Não posso falar muito sobre a 3ª temporada, mas direi que há muitas histórias clássicas dos livros que são aventuras nas quais Reacher é profundamente envolvido. E vamos aproveitar para levá-lo a um novo mundo. Pode não ter nada a ver com a família ou com seu passado, ele está apenas vivendo essa aventura e essa é a direção que tomamos.Parece realmente funcionar muito bem para o ritmo que pretendemos levá-lo.”
Além disso, também foi confirmado que Maria Sten voltará como Frances Neagley na terceira temporada.
A produção apresenta uma nova abordagem sobre Jack Reacher, personagem que já teve interpretação de Tom Cruise no cinema.
A 2ª temporada é baseada no livro “Bad Luck and Trouble" (Azar e Contratempo), o décimo primeiro romance de Jack Reacher publicado originalmente em 2007 e a série é estrelada por Alan Ritchson, de Titãs e Smallville. Na trama, Reacher recebe uma mensagem codificada de que os membros de sua antiga unidade do Exército dos EUA, a 110ª PM de Investigações Especiais, estão sendo brutalmente assassinados um a um.
Todos os episódios estão disponíveis no prime video
True Detective: Terra Noturna (4ª Temporada)
3.4 229 Assista Agora10 curiosidades sobre a série True Detective
True Detective é uma série de televisão de drama criminal e antologia, conhecida por sua narrativa densa e atmosfera sombria.
Depois de três temporadas, a série continua a intrigar e cativar o público com suas histórias complexas, personagens fascinantes e reflexões profundas sobre a natureza humana.
A 4a temporada com Jodie Foster chega em 14 de janeiro na HBO. Descubra 10 curiosidades sobre True Detective.
Estreou em 2014
True Detective é uma série de antologia de crime e drama que estreou em 2014 na HBO. Cada temporada conta uma história independente com diferentes personagens, elenco e trama.
Criação de Pizzolatto
A série foi criada e escrita por Nic Pizzolatto, um renomado escritor e roteirista americano. Pizzolatto ganhou reconhecimento por sua escrita complexa e atmosférica em True Detective.
Começou bem
A primeira temporada de True Detective foi aclamada pela crítica e pelo público, sendo considerada uma das melhores séries de televisão dos últimos anos. Estrelada por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, a temporada explorou um caso de assassinato macabro no sul da Louisiana ao longo de várias décadas.
2a temporada
A segunda temporada de True Detective teve um estilo mais noir, caracterizado por seus visuais estilizados e personagens moralmente ambíguos. A temporada incorporou elementos da estética e narrativa do filme noir, criando uma atmosfera sombria e melancólica que lembra os filmes noir clássicos. A temporada dividiu opiniões, contando com Colin Farrell, Rachel McAdams e Vince Vaughn no elenco.
Mahershala Ali
A terceira temporada de True Detective marcou o retorno da série ao sul dos Estados Unidos, desta vez na região noroeste do Arkansas. Mahershala Ali interpretou o detetive principal, investigando um crime que se desenrola ao longo de três linhas do tempo diferentes.
Marca
A série é conhecida por sua cinematografia impressionante e atmosfera sombria. Os diretores de fotografia e os diretores de cada temporada contribuíram para criar uma estética visual única que se tornou uma marca registrada de True Detective.
Diálogos profundos
Os diálogos complexos e filosóficos são uma característica marcante da série. True Detective explora temas profundos, como a natureza da identidade, a existência do mal e a luta entre o bem e o mal.
Boa música
A trilha sonora de True Detective também recebeu muitos elogios. Cada temporada apresenta uma seleção cuidadosa de músicas que complementam a narrativa e a atmosfera da série.
Matthew McConaughey
A interpretação de Matthew McConaughey do detetive “filosófico” Rust Cohle na 1ª temporada foi aplaudida pela crítica. Ele passou por uma transformação física para o papel, perdendo peso e adotando a aparência para capturar a intensidade e a natureza complexa do personagem.
Natureza humana
True Detective cativou os fãs ao longo das temporadas com suas histórias envolventes e personagens complexos. Apesar de cada temporada ter uma abordagem única, a série continua a explorar os aspectos mais sombrios e profundos da natureza humana, mantendo seu status como uma das séries mais intrigantes e cativantes da televisão.
What If...? (2ª Temporada)
3.5 6910 CURIOSIDADES SOBRE A KAHHORI
Debutou hoje no MCU, no ótimo 6° episódio da animação What if, a heroína nativo-americana Kahhori.
E agora trago 10 curiosidades sobre a Kahhori e o seu episódio que APOSTO que você não sabia.
1. Ela é uma personagem original da animação. Não existe uma Kahhori nas HQs.
2. Ela faz parte do povo Mohawk, que viviam na região de New York (nordeste americano) e pelo Canadá. Eles fazem parte da Confederação Iroquesa, ou Haudenosaunee, uma importante civilização nativo-americana da América do Norte.
3. O episódio foi desenvolvido com colaboração de membros da Nação Mohawk, como o historiador Doug George e a especialista em língua mohawk Cecelia King.
4. O episódio foi quase todo falado na língua Mohawk e se passa em Akwesasne (hoje conhecido como interior de New York).
5. Kahhori é um nome real do Clã Lobo, que significa 'ela agita a floresta'/alguém que motiva aqueles ao seu redor. E convenhamos, faz todo sentido, né?
6. Ryan Litte é o escritor e co-criador da Kahhori. Ele trabalha nesse episódio desde 2019. E contou que existe um corte do episódio com 10 minutos adicionais.
7. Kahhori foi dublada na versão original pela atriz Kawennáhere Devery Jacobs, que faz parte da Nação Mohawk.
8. O nível se consulta com especialistas na Nação Mohawk foi tão grande que eles colaboraram em todas as camadas da história. Desde o nome dos personagens, personalidades e vestimentas. Tudo para produzir um episódio que fosse fiel e respeitoso.
9. Nos quadrinhos há um reino adjacente e conectado com a Terra chamado Giizhigong. Ele é povoado por nativo-americanos e é acessado pelo Rio Colorado.
Giizhigong, na língua Ojíbua, significa "céu" ou "lugar do céu". O que combina com o "Mundo do Céu" que Kahhori visitou.
10. Esse reino adjacente à Terra, mas ainda conectado com ela, é semelhante a Ta-Lo, ligado à cultura chinesa. Vimos ele aparecer em Shang-Chi e a Lenda dos 10 Anéis.
Outro reino nesse sentido, mas um pouco diferente, mais espiritual, é Djalia. Esse é o plano astral que contém a memória coletiva de Wakanda
PS: Quando falamos “criem personagens originais”, é disso que estamos falando! Finalmente what if mostrou algo minimamente diferente do MCU... Gostei da iniciativa
Samurai de Olhos Azuis (1ª Temporada)
4.4 112 Assista AgoraNossas impurezas não são fraquezas; na realidade, são justamente elas que nos fazem mais fortes. Esse é o ponto de partida de Samurai de Olhos Azuis, animação franco-americana que estreou na Netflix e tornou-se uma das gratas surpresas do streaming neste final de 2023. Só que a primeira temporada da produção (que tem oito episódios), consegue ser ainda mais profunda.
Para começar, apesar da temática e do pano de fundo orientais, este não é um anime. Trata-se de um "animesque", um desenho animado ocidental que é influenciado pela cultura nipônica. No caso, a criação foi da dupla Amber Noizumi e Michael Green – este último roteirista de Logan e responsável pelo texto do futuro Blade. Os dois também são produtores executivos, ao lado de Erwin Stoff (de Matrix e Constantine). A supervisão de direção é de Jane Wu.
Mal comparando, é como se os animes fossem como o champagne, um produto de origem controlada. Já Samurai de Olhos Azuis é como o espumante: um produto parecido, mas de outro lugar e com suas particularidades.
E que espumante Samurai de Olhos Azuis é: a animação mistura o “sabor” do chanbara (o cinema de samurai, dos clássicos filmes do diretor japonês Akira Kurosawa) com os longas-metragens de spaghetti western estrelados por Clint Eastwood, além de trazer referências a animes como Samurai X e ao bunraku, que é o tradicional teatro de fantoches japonês.
Um samurai com nome
Esta história é sobre Mizu, grande espadachim de olhos azuis que busca vingança contra os homens que amaldiçoaram a sua vida. Até aí, nada que você não tenha visto antes.
Acontece que o desenho animado se passa em meados do século 17, quando o xogum – o ditador militar do Japão, que mandava em tudo enquanto o imperador tinha poder apenas cerimonial – proibiu a entrada e a permanência de cidadãos estrangeiros no país, na política isolacionista conhecida como sakoku e que durou mais de 260 anos.
Pois este é o toque único da produção: Mizu, ao ter a mistura de sangue japonês com europeu, é amaldiçoado pela sociedade, que o considera menos que humano.
Eram quatro os homens brancos que viviam no país ilegalmente no momento do nascimento do samurai, que não sabe quem realmente é o seu pai. Não tem problema: Mizu irá atrás de todos para se vingar por sua existência, trazendo convenientemente uma temporada para cada caçada.
Com esse contexto, Samurai de Olhos Azuis começa a sua trajetória ressoando entre todos aqueles que se sentiram, ou ainda se sentem, rejeitados pela sociedade por suas diferenças.
Não estamos falando apenas de questões étnicas. É aqui que entra um belo paralelo com as espadas: é preciso tirar as impurezas do aço durante o processo de fabricação, mas a busca pela pureza total apenas criará uma liga fraca e quebradiça. São nossas peculiaridades e particularidades que nos dão força e resistência.
Isso por si só já serviria para botar o roteiro de pé, mas os oito episódios desta primeira temporada vão além. De surpresa, Samurai de Olhos Azuis evolui rapidamente para um comentário social, apontando a opressão sofrida pelas mulheres. No contexto do Japão do Período Edo, as jovens só têm dois destinos para suas vidas: se casarem ou se tornarem prostitutas. Na prática, muda apenas o tipo de homem ao qual são vendidas pelo pai.
Nesse sentido, o animesque traz suas principais protagonistas femininas lutando contra as estruturas sociais com as armas que encontram, batalhando pelo controle de seus destinos e pela chance de escolher o seu próprio caminho. Então vem o primeiro grande plot twist da série, que não é um spoiler por estar no material de divulgação: Mizu é, na realidade, uma mulher que se passa por um homem para sobreviver.
Animação e realismo
Samurai de Olhos Azuis é pintado com uma animação bastante bela e moderna, feita em computação gráfica com um toque do estilo tradicional. Já as cenas de luta foram desenhadas a partir de coreografias em live-action com espadachins reais. O resultado na tela lembra os desenhos animados de cinema dos anos 1990, quando a técnica da rotoscopia e os retoques em CGI fizeram com que longas como Anastasia e A Bela e a Fera tivessem aquela movimentação quase real.
Tudo isso é fechado pelo ótimo trabalho de voz original de atores famosos como George Takei (o Sulu da série original de Star Trek), Ming-Na Wen (de Agents of SHIELD e Mulan), Kenneth Branagh (Oppenheimer, Dunkirk) e Cary-Hiroyuki Tagawa (Mortal Kombat, o de 1995). Mas quem comanda a ação mesmo é Maya Erskine, que dá vida a Mizu, fechando o quarteto de protagonistas ao lado de Masi Oka (e seu encantador Ringo), Darren Barnet e Brenda Song.
Nem tudo é perfeito, é claro. Percebe-se que, em alguns momentos, há a tentativa de alongar o enredo, fazendo-o preencher os oito episódios de cerca de 45 minutos. Claramente era possível cortar uma gordura aqui e ali, mas, ao mesmo tempo, essas “esticadas” são bem utilizadas, trazendo surpresas que, por mais que pareçam heterodoxas em um primeiro momento, funcionam bem para o cenário que a animação quer construir.
A equipe de produção (composta por pessoas de diversas origens) também pode incomodar os mais puristas. Mas, mais uma vez, este não é um anime, nem tem como principal alvo o mercado japonês. Trata-se de um produto global.
Talvez aí esteja o real motivo de Samurai de Olhos Azuis ser bem-sucedido, em um ponto que nos leva de volta ao começo desta crítica: é a mistura de ligas que faz o metal ser mais forte.
Pet Shop of Horrors
4.0 32A vibe desse anime e algo unico
Lição aprendida com esse anime:
quando você for mãe/pai e criar uma "Alice" na sua vida, nunca a mimem dando tudo que ela desejar, por mais difícil que seja, as vezes um não também é necessário, especialmente broncas e punições quando a mesma tiver errada.
A metáfora do biscoito se referindo as drogas foi muito boa.
Se os pais não tivessem mimado tanto a Alice e tivessem a punido quando a mesma fez coisas erradas, talvez a filha estaria viva para ficar com os pais.
Amo esse estilo de arte, a história da loja e tudo me lembra um pouco xxxholic, se alguém conhecer mais obras nessa vibe por favor me indiquem
A frase final é: "Sereias são mesmo possessivas."
Uma obra prima,o criador é de um talento inigualável....
" O príncipe que confundiu culpa com amor verdadeiro."
O resumo do episódio 2, aliás só 4 capítulos não é suficiente para essa obra de arte.
Todos os capítulos dessa série são ótimos, mas amo esse episódio 3:
Ele morreu no auge da sua carreira, e como o conde D mostrou para o Detetive no funeral, todos estavam o elogiando e lamentando sua morte precoce, ele nunca envelhecerá e perderá sua glória ou será esquecido, pois morreu enquanto ainda era uma estrela.
Único episódio com um final feliz é o quinto:
o Kirin viu que o cara tinha a sabedoria para liderar e a bondade para dar felicidade para menina, então os dois aconteceram
A Muralha
4.0 86𝐀 𝐌𝐔𝐑𝐀𝐋𝐇𝐀 (𝐌𝐢𝐧𝐢𝐬𝐬é𝐫𝐢𝐞)
𝘈 𝘔𝘶𝘳𝘢𝘭𝘩𝘢 𝘧𝘰𝘪 𝘶𝘮𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘴é𝘳𝘪𝘦 𝘣𝘳𝘢𝘴𝘪𝘭𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘱𝘳𝘰𝘥𝘶𝘻𝘪𝘥𝘢 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘛𝘝 𝘎𝘭𝘰𝘣𝘰 𝘦 𝘦𝘹𝘪𝘣𝘪𝘥𝘢 𝘥𝘦 4 𝘥𝘦 𝘫𝘢𝘯𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘢 31 𝘥𝘦 𝘮𝘢𝘳ç𝘰 𝘥𝘦 2000, 𝘦𝘮 51 𝘤𝘢𝘱í𝘵𝘶𝘭𝘰𝘴, à𝘴 23𝘩15 𝘥𝘢 𝘯𝘰𝘪𝘵𝘦.
𝐏𝐫𝐨𝐝𝐮çã𝐨:
Escrita por Maria Adelaide Amaral, é livremente inspirada no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz, e escrita com colaboração de Vincent Villari e João Emanuel Carneiro, teve a direção de Alexandre Avancini e Luiz Henrique Rios, contou com a direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo, e também contou com a direção de núcleo de Denise Saraceni.
Contou com Alessandra Negrini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, Vera Holtz, Leonardo Brício, Débora Evelyn, Mauro Mendonça e Tarcísio Meira nos papéis principais.
𝐇𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚:
"Século XVII. Três mulheres em busca de um sonho. Para alcançá-lo, devem cruzar a maior cadeia de montanhas do Brasil. Devem cruzar a muralha." (traduzido do site da minissérie no Canal 13 do Chile)
Os bandeirantes foram os pioneiros no desbravamento europeu do território brasileiro. Paulistas suas atividades consistiam em abrir rotas rumo ao interior do país em busca de riquezas e, também, de índios para serem vendidos como escravos. Mesmo sob domínio territorial português, a luta pela posse das propriedades era constante. Vindos de diferentes partes do mundo, inúmeros forasteiros tentavam se apossar do território conquistado pelos bandeirantes. A muralha é uma referência à Serra do Mar, um grande obstáculo às incursões ao centro do país. É pelas cercanias da Vila de São Paulo, na fazenda de Lagoa Serena, após atravessar a muralha, que habita dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), um patriarca que lidera sua família e sua bandeira com muito trabalho e sacrifício. Sua luta principal é dominar e vender mão de obra indígena, adquirida através das empreitadas feitas ao interior.
Nisto, se difere de seu filho Tiago Olinto (Leonardo Brício), que vê, na conquista do ouro, a grande razão para seu empenho pessoal. Junto de dom Braz em suas aventuras, está também Afonso Góis (Celso Frateschi), seu genro, casado com Basília (Deborah Evelyn), sua filha. O casal padece da dor da perda do filho Pedro, que desapareceu, aos 13 anos, durante uma expedição com o pai. Em função disso, a expectativa pelo reencontro do filho é uma constante para Afonso e Basília. Rosália (Regiane Alves), a caçula de Braz, é uma jovem determinada, que se dispõe a largar tudo quando se apaixona de verdade por Bento Coutinho (Caco Ciocler), que trabalha na bandeira de seu pai. Leonel (Leonardo Medeiros), seu filho, é casado com a sensível Margarida (Maria Luísa Mendonça), que acha que seu casamento só será completo após a chegada de um filho. Ainda na fazenda, mora Mãe Cândida (Vera Holtz), esposa de dom Braz, que assume a casa nos períodos em que os homens estão fora.
Afetuosa, porém contida, seus critérios não se baseiam na religião ou na justiça, mas nas prioridades de seus homens. Junto dos filhos, mora a sobrinha Isabel (Alessandra Negrini), a única mulher a enfrentar a mata e as batalhas no meio dos homens. É considerada, por dom Braz, o melhor soldado de sua tropa, inclusive porque salvara a vida do tio durante um ataque à aldeia. Isabel é apaixonada por Tiago e tem comportamento selvagem, o que a faz sentir-se quase como um bicho. Após a batalha, dom Braz informa Tiago de que havia mandado vir de Portugal uma mulher que não fosse uma nativa ou impura, para se casar com o filho. O conflito entre os dois é inevitável. Tendo sido criado no Colégio dos Jesuítas, Tiago teve contato com pensamentos renascentistas e era contra a dominação e o desrespeito aos índios. Seu interesse estava concentrado na observação de estrelas e em sonhar com a conquista do ouro no sertão, na cidade de Sabaraboçu, que muitos achavam se tratar de uma lenda. Tiago tem, como melhor amigo, o índio Apingorá (André Gonçalves), líder de sua tribo, que sabe ler e escrever em português e que ajuda dom Braz nas suas empreitadas.
Pelo mar, chega Beatriz (Leandra Leal), a noiva de Tiago, que é também sua prima. Trata-se de uma menina cheia de sonhos e apaixonada pelo futuro esposo, que sequer conhece. Junto com ela, chegam Ana (Letícia Sabatella), a prostituta Antônia (Cláudia Ohana) e o padre Miguel (Matheus Nachtergaele). A chegada até Lagoa Serena se dá por uma tortuosa caminhada através da Serra do Mar, que já simboliza toda a dificuldade que Beatriz, uma dama europeia, encontra na rudeza dos territórios brasileiros da época. Ao longo do caminho, porém, ela se revela alguém de muita fibra e força, disposta a enfrentar tudo para alcançar seus objetivos, despindo-se de seus sapatos e vestes para enfrentar os campos coloniais. Ana é uma cristã-nova, que chega triste ao Brasil para cumprir sua promessa e casar-se com dom Jerônimo (Tarcísio Meira), um comerciante inimigo de dom Braz.
A promessa de casamento fora feita por seu pai Samuel (Elias Andreato), a quem dom Jerônimo livrara da fogueira da Inquisição. Ao chegar ao Brasil, Ana é recebida por Guilherme Schetz (Alexandre Borges), responsável por levá-la até dom Jerônimo. Assim, Ana passa uma noite na casa de Guilherme, pressentindo que seu destino após a boa companhia do rapaz não seria bom. A figura de dom Jerônimo era a síntese da hipocrisia religiosa de seu tempo e, ao conhecer Ana, ele passa a escravizá-la e espioná-la para saber de sua real conversão. Trata-se de um pervertido, que estupra Moatira (Maria Maya) inúmeras vezes. Dissimulado, porém, passa a maior parte do tempo a procurar heresias e escrevendo cartas ao tribunal do Santo Ofício, a Inquisição. Antônia veio ao Brasil em busca de um bom casamento, sabendo que não havia muitas mulheres brancas por estas terras. Irreverente e debochada, ela ocupa funções estratégicas na vila, como mensageira entre Ana e Guilherme e, mais tarde, ao reencontrar Beatriz, ajudando-a a conquistar Tiago. Já ao chegar, cai nas graças do bem-humorado mestre Davidão (Pedro Paulo Rangel), que passa a cortejá-la. Padre Miguel é um jovem idealista e verdadeiramente crente de sua missão: evangelizar o gentio. Em seu caminho, a paixão por Moatira o faz rever seus conceitos e acreditar que o caminho cultural traçado que não era errado, mas diferente.
Beatriz enfrenta forte luta para conquistar o coração de Tiago. Acobertada por mãe Cândida, Isabel esconde até quando pode sua gravidez, fruto do relacionamento com o primo a quem amava. Durante uma batalha, no entanto, dom Braz é atingido e, antes de morrer, confessa a Isabel que também é sua filha. Ciente de que não poderia levar seu sentimento adiante, a moça se despede de Tiago e entrega seu filho a Beatriz, para que ela assuma sua criação. Isabel segue, então, para uma aldeia e, sob a proteção de Caraíba (Stênio Garcia), é intimada a cumprir seu destino. Voltando ao lugar que lhe pertence, nua, ela anda rumo à mata, que a acolhe, dando a entender que se transforma em uma onça. Após denunciar vários cidadãos da vila à Inquisição, dom Jerônimo passa a mandar prender todos aqueles que se colocam contra sua autoridade. São presos: mestre Davidão e Antônia, Ana e Guilherme e, também, o padre Miguel. Para o julgamento inquisitório, o próprio dom Jerônimo assume o papel de juiz e arma uma audiência pública para incriminar os acusados. Lá, eles são acusados injustamente de pecados como apostasia, prostituição e devassidão moral.
Perante os demais cidadãos, que acompanham inconformados aquele julgamento, todos são condenados à fogueira. Antes de ser queimado, entretanto, Guilherme consegue uma faca e acerta o abdômen de dom Jerônimo. Nesse momento, ele passa a ouvir as verdades sobre sua própria devassidão e pecados ditas por Ana e vê, no centro da fogueira, a falecida Moatira, a quem estuprara diversas vezes e Dom Braz, seu inimigo mortal. Desesperado com as alucinações, termina morto em uma das fogueiras que ele mesmo acendeu. Antônia aceita casar-se com Davidão e Ana passa a viver feliz ao lado de Guilherme, terminando grávida. Padre Miguel se dedica a cuidar de crianças, sob orientação de Caraíba e vê, nas pequenas meninas, a imagem de Moatira, a quem amava. Em Lagoa Serena, Leonel chega de Sabaraboçu dizendo ao irmão Tiago que a terra do ouro não era uma lenda. Nove meses se passam e, após Beatriz dar à luz a pequena Margarida, nome dado em homenagem à falecida cunhada, os dois irmãos tomam a estrada rumo a essas terras, em companhia de Beatriz, que se diz pronta para enfrentar o que for ao lado do marido, e levam os filhos Braz e Margarida.
Scott Pilgrim: A Série
4.0 58Eu tenho uma opinião impopular, prefiro muito o filme, ele trouxe uma edição muito bacana com pegada teen, músicas impecáveis e as lutas foram muito bem legais. Gostaria que a animação fosse uma continuação do que aconteceu após o filme mesmo
NCIS - Hawai'i (2ª Temporada)
3.9 1A série norte-americana NCIS: Hawai'i (também conhecida como NCIS: Hawaii) se passa, como o título sugere, no paradisíaco estado norte-americano e acompanha a mulher que é a primeira agente especial feminina a liderar “NCIS: Pearl Harbor ” . sobre. Enquanto ela e os membros de sua equipe tentam cumprir seus deveres para com seu país e sua família, eles investigam casos altamente explosivos envolvendo militares e segurança nacional e também descobrem os segredos da ilha.
"NCIS: Hawai'i" é um spin-off da série NCIS (Navy CIS) .
A terceira temporada da série policial ensolarada "NCIS: Havaí" está programada para começar em meados de fevereiro. Agora a rede de olhos da CBS finalmente revelou o início das filmagens. Deve começar novamente na próxima semana.