Filme mediano com um tema pertinente - a ausência de privacidade, mas mais pragmático que qualquer episódio do black mirror que estimule discussões mais aprofundadas. O visual minimalista compõe um mundo sóbrio e vazio de emoções sugerindo uma superficialidade que apenas outsiders do sistema insistem em combater, nenhuma novidade para um filme do gênero sci-fi. Clive Owen certamente não é o melhor ator para contribuir para esse mundo fictício: na minha lista particular de atores que transparecem uma canastrice pessoal ele está lá. Só vi pelo tema mesmo.
Cosplays de Bonnie & Clyde globalizados contra os traficantes do ódio. "Não vou deixar os Direitos Humanos reclamarem de liberdade de expressão no meu programa, ok? Vou explicar algo: Eu prefiro perder meu direito à liberdade de expressão do que jamais deixar vocês defenderem-na. Os Direitos Humanos causam mais dano aos EUA do que a Al Qaeda (....) - Todos aqueles que gostam de espalhar o medo às massas."
A diretora possui trabalhos com foco no Poder Judiciário, mas aqui ela direciona a narrativa já conhecida para o processo legislativo, um intrincado processo de natureza absolutamente política, e não judicial. Não obstante, sua narrativa possui o ângulo da defesa; visto sob um olhar fora dessa atmosfera, a defesa é mais do que estigmatizada, ela se apequena em sua existência sob um dedo em riste e autoritário acusando-a de não merecê-la. Passado essa poesia trágica.... Apesar de que, esse processo legislativo é feito com base em uma lei de 1950 e no Regimento Interno da Câmara (para aqueles vítimas da polarização desejo um castigo de 5 dias lendo os Regimentos Internos das duas casas até decorarem), mas dado ao ineditismo do acontecimento por justificativas demonstradas no filme, o rito processual sofreu mutações através de decisão oriunda do Poder Judiciário, fato mencionado em determinado minuto em plena Comissão Especial. Quisera eu que Maria Augusta fizesse novo documentário sobre as notas taquigráficas redigidas naquelas casas, veriam o montante de teatro político realizado (E o que não foi incluído nas notas a diretora registrou, imagino eu tb, em cenas gravadas e não incluídas no filme). E ainda bem que juntou em apenas um trabalho as acusações de ações futuras de uma agenda que não era surpresa, e a confirmação em tão pouco tempo de suas realizações. Essa Democracia é muito jovem: 2018 é um ano importante pois a Constituição faz 30 anos, capenga mas ainda existente, por mais que os atropelos passem por cima dela. E em tão pouco tempo já possui duas rupturas queloidianas extremas do sistema político, o que significa que ela não foi consolidada e é imatura, as consequências ainda se sente na pele. A dita cuja autora da denúncia, salvaguardada sob o manto da credibilidade e tradição da SanFran, e por quarenta e cinco mil reais, não pensou nos netos foi de ninguém: o preço foi vergonhoso pela contribuição da implosão de um sistema político emergente. Em uma coisa concordo a egocêntrica autora da denúncia: tem que estudar muito mesmo...... para não ser amador nessas terras. Que Maiakóvski continue ecoando...
Foi difícil escolher o melhor desse filme: Filippo e sua sensibilidade ou o irmão do Pati que rouba todas cenas que participa,o principal viés cômico divertidíssimo do filme.
Documentário padrão sobre a trajetória política de Mandela, importante para ter pelo menos noção do quanto sua história é integrada e simbiótica à história da África do Sul. Faltou dizer apenas como ele foi capaz de manter sua retidão dentro da prisão, e se a ditadura usou de subterfúgios para enfraquecê-lo moralmente ou psiquicamente, porque desconheço detalhes sobre.
Falta alguns filmes para criar a certeza pessoal de que esse é o melhor do Truffaut. Exceto..... pela piração em deixar a atriz de saia em pleno inverno com a neve caindo. Ela devia estar batendo os cambitos entre si.
Documentário didático, sobre como foi esquematizado um modelo de negócio baseado em desgraças (oh sim, existe esse tipo de modelo econômico), tornando-se em um negócio de vigilância autoritário, com vias de se tornar totalitário. "Simples" assim, o sonho do George Orwell....
O filme só deslancha mesmo a partir da metade, e claramente possui uma diferença considerável da versão de 52 com Richard Burton e Olivia de Havilland (inclusive a interpretação é superior a da Rachel): o desfecho. As diferenças definem a tendência em culpar o primo, repleto de ambiguidades propositais para confundir o espectador a permanecer na eternidade fazendo as mesmas perguntas que o primo. Enfim, minha preferência é pela versão de 52 mesmo, mais objetiva. Vale lembrar que o personagem era impetuoso e impulsivo, e nesse remake está ridículo o olhar permanente e amaciado do gato de botas apaixonado. Dá enjôo.
Um debate entre dois cavalheiros que adotam linhas de pensamento distintas, falando sobre natureza humana, criatividade e cultura, política (logicamente), justiça e Estado. Uma hora de conversas polidas, educadas, sem alterações e desgastes emocionais desnecessários. E o assunto continua pertinente 47 anos depois.
link para assistir: https://www.youtube.com/watch?v=2ZlzoWBVqkE
O documentário exibe fatos da vida de Malala até 2014, quando recebeu o Nobel da paz. Interessante a rotina escolar da "garota mais levada do mundo" na Inglaterra, vê-se que é exigente e primordial para o seu futuro ingresso na Universidade. Não há dúvidas, e eu nunca tive mesmo, da fantástica e determinante presença paternal na vida de Malala: um pai instruído, que para os padrões culturais de onde nasceu, é deveras progressivo, pois permitiu sua filha frequentar uma escola. Malala é aquela chama que acende timidamente dentro do peito, que faz torcer com fervor pelo seu ambicioso projeto em dar dignidade para 66 milhões de meninas através da educação, a mesma educação que é considerada uma ameaça questionadora dos poderes dominantes que acorrentam pela falta de conhecimento.
"quem foi que atirou em Malala? Não foi uma pessoa, foi uma ideologia"
Uma história construída com muitas ambiguidades morais severas feitas para ser um carrasco, difícil de manter o olhar imparcial. Cabe uma discussão tão duradoura quanto o filme. Isabelle aos 35 anos já era fenomenal.
Nem sabia que o Gérard estava no filme, agora o kit está completo: primeiro foi vê-lo atuando com Isabelle Huppert, agora breves cenas com Juliette, que deixaram um "gostinho de quero mais" com relação às suas atuações em conjunto. O filme é o caminho para a descoberta da autoestima, ponto final.
"você reina, nós governamos" Excetuando o apelo excessivo ao patriotismo (longe de ser exclusividade da URSS), a rainha stalker (seria o primeiro filme que reproduzisse o feitiche alienígena por seres supostamente tão interessantes?), a parte mais interessante é Marte mesmo, com um cenário artístico que impressiona (O futurismo como conceito), soldados que remetem referência à indumentária romana, e que faz concluir o questionamento em ser referência para Metrópolis.
Ruim ou bom, o filme se esforça em naturalizar os jogos de poder, com um final pra lá de dispensável. Sugere que é inspirado por qualquer presidente globalizado.
Como assim em 1945 tinha roteiro sobre uma empresária liderando uma equipe feminina? rsrsrsrs :p Brincadeiras à parte, só elogios aqui, nesse filme tem a teenager femme fatale rsrs adorei!
A cinebiografia faz jus à polêmica que o envolve. Primeiro que o roteiro é uma irresponsabilidade envolto de mentiras; segundo que a irresponsabilidade em forma de escrita foi feita pela diretora estreante, que não contente em desrespeitar a vida da artista, autorizou o uso de uma maquiagem que aparentou uma falsidade explícita e gritante. Nem falo da prótese no nariz: no caso não entendo o motivo da crítica. Ninguém criticou a prótese de Nicole Kidman quando fez Virginia Woolf, ou foi uma parcela mínima e irrelevante. Quanto à escolha da atriz, nem começaria a pensar nisso, se o trabalho por inteiro é prejudicado por uma visão distorcida e desrespeitosa do roteiro, que mais parece especulação de fofoqueiros de plantão.
A história é muito boa: criogenia, reconstituição celular alinhada com tecnologia para manutenção biosistêmica, e como não poderia deixar de ser, a bioética como principal instrumento de comunicação com o público. Ainda falta ver várias coisas, mas desde Ex Machina não vejo um Sci Fi tão bom, e que fizesse prevalecer uma reflexão sobre a bioética nos avanços tecnológicos. Satisfeita por ver algo com boa qualidade assim, uma produção franco-espanhola me surpreendendo com Ficção Científica!
Anon
2.8 268 Assista AgoraFilme mediano com um tema pertinente - a ausência de privacidade, mas mais pragmático que qualquer episódio do black mirror que estimule discussões mais aprofundadas. O visual minimalista compõe um mundo sóbrio e vazio de emoções sugerindo uma superficialidade que apenas outsiders do sistema insistem em combater, nenhuma novidade para um filme do gênero sci-fi. Clive Owen certamente não é o melhor ator para contribuir para esse mundo fictício: na minha lista particular de atores que transparecem uma canastrice pessoal ele está lá. Só vi pelo tema mesmo.
Deus Abençoe a América
4.0 798Cosplays de Bonnie & Clyde globalizados contra os traficantes do ódio.
"Não vou deixar os Direitos Humanos reclamarem de liberdade de expressão no meu programa, ok? Vou explicar algo: Eu prefiro perder meu direito à liberdade de expressão do que jamais deixar vocês defenderem-na. Os Direitos Humanos causam mais dano aos EUA do que a Al Qaeda
(....)
- Todos aqueles que gostam de espalhar o medo às massas."
Dois mil e onze
O Homem Que Viu o Infinito
3.8 227 Assista AgoraAh, a maravilhosa vida acadêmica, kidiliça!
O Processo
4.0 240A diretora possui trabalhos com foco no Poder Judiciário, mas aqui ela direciona a narrativa já conhecida para o processo legislativo, um intrincado processo de natureza absolutamente política, e não judicial. Não obstante, sua narrativa possui o ângulo da defesa; visto sob um olhar fora dessa atmosfera, a defesa é mais do que estigmatizada, ela se apequena em sua existência sob um dedo em riste e autoritário acusando-a de não merecê-la. Passado essa poesia trágica....
Apesar de que, esse processo legislativo é feito com base em uma lei de 1950 e no Regimento Interno da Câmara (para aqueles vítimas da polarização desejo um castigo de 5 dias lendo os Regimentos Internos das duas casas até decorarem), mas dado ao ineditismo do acontecimento por justificativas demonstradas no filme, o rito processual sofreu mutações através de decisão oriunda do Poder Judiciário, fato mencionado em determinado minuto em plena Comissão Especial.
Quisera eu que Maria Augusta fizesse novo documentário sobre as notas taquigráficas redigidas naquelas casas, veriam o montante de teatro político realizado (E o que não foi incluído nas notas a diretora registrou, imagino eu tb, em cenas gravadas e não incluídas no filme). E ainda bem que juntou em apenas um trabalho as acusações de ações futuras de uma agenda que não era surpresa, e a confirmação em tão pouco tempo de suas realizações.
Essa Democracia é muito jovem: 2018 é um ano importante pois a Constituição faz 30 anos, capenga mas ainda existente, por mais que os atropelos passem por cima dela. E em tão pouco tempo já possui duas rupturas queloidianas extremas do sistema político, o que significa que ela não foi consolidada e é imatura, as consequências ainda se sente na pele. A dita cuja autora da denúncia, salvaguardada sob o manto da credibilidade e tradição da SanFran, e por quarenta e cinco mil reais, não pensou nos netos foi de ninguém: o preço foi vergonhoso pela contribuição da implosão de um sistema político emergente. Em uma coisa concordo a egocêntrica autora da denúncia: tem que estudar muito mesmo...... para não ser amador nessas terras. Que Maiakóvski continue ecoando...
A Luneta do Tempo
3.4 88Vale a pena pela trilha sonora, principalmente, por Irandhir, o figurino e a direção de arte.
Artista do Desastre
3.8 555 Assista AgoraL.A. underground, goxto
Troféu joinha pro Seth Rogen que não atuou a ponto de não suportá-lo como sempre.
A Vida em Família
3.4 9Foi difícil escolher o melhor desse filme: Filippo e sua sensibilidade ou o irmão do Pati que rouba todas cenas que participa,o principal viés cômico divertidíssimo do filme.
Mandela - O Homem Por Trás da Lenda
3.9 5Documentário padrão sobre a trajetória política de Mandela, importante para ter pelo menos noção do quanto sua história é integrada e simbiótica à história da África do Sul. Faltou dizer apenas como ele foi capaz de manter sua retidão dentro da prisão, e se a ditadura usou de subterfúgios para enfraquecê-lo moralmente ou psiquicamente, porque desconheço detalhes sobre.
Rebecca, a Mulher Inesquecível
4.2 359 Assista AgoraMinha nossa senhora Santa Pipoquinha, acabei o filmaço de queixo caído
Fahrenheit 451
4.2 418Falta alguns filmes para criar a certeza pessoal de que esse é o melhor do Truffaut. Exceto..... pela piração em deixar a atriz de saia em pleno inverno com a neve caindo. Ela devia estar batendo os cambitos entre si.
Sujeito a Termos e Condições
4.0 24Documentário didático, sobre como foi esquematizado um modelo de negócio baseado em desgraças (oh sim, existe esse tipo de modelo econômico), tornando-se em um negócio de vigilância autoritário, com vias de se tornar totalitário. "Simples" assim, o sonho do George Orwell....
Minha Prima Raquel
3.0 103O filme só deslancha mesmo a partir da metade, e claramente possui uma diferença considerável da versão de 52 com Richard Burton e Olivia de Havilland (inclusive a interpretação é superior a da Rachel): o desfecho. As diferenças definem a tendência em culpar o primo, repleto de ambiguidades propositais para confundir o espectador a permanecer na eternidade fazendo as mesmas perguntas que o primo.
Enfim, minha preferência é pela versão de 52 mesmo, mais objetiva. Vale lembrar que o personagem era impetuoso e impulsivo, e nesse remake está ridículo o olhar permanente e amaciado do gato de botas apaixonado. Dá enjôo.
Debate Noam Chomsky & Michel Foucault: natureza humana
4.5 4Um debate entre dois cavalheiros que adotam linhas de pensamento distintas, falando sobre natureza humana, criatividade e cultura, política (logicamente), justiça e Estado. Uma hora de conversas polidas, educadas, sem alterações e desgastes emocionais desnecessários. E o assunto continua pertinente 47 anos depois.
link para assistir: https://www.youtube.com/watch?v=2ZlzoWBVqkE
Malala
4.3 97O documentário exibe fatos da vida de Malala até 2014, quando recebeu o Nobel da paz. Interessante a rotina escolar da "garota mais levada do mundo" na Inglaterra, vê-se que é exigente e primordial para o seu futuro ingresso na Universidade.
Não há dúvidas, e eu nunca tive mesmo, da fantástica e determinante presença paternal na vida de Malala: um pai instruído, que para os padrões culturais de onde nasceu, é deveras progressivo, pois permitiu sua filha frequentar uma escola.
Malala é aquela chama que acende timidamente dentro do peito, que faz torcer com fervor pelo seu ambicioso projeto em dar dignidade para 66 milhões de meninas através da educação, a mesma educação que é considerada uma ameaça questionadora dos poderes dominantes que acorrentam pela falta de conhecimento.
"quem foi que atirou em Malala?
Não foi uma pessoa, foi uma ideologia"
Eu Te Matarei, Querida
3.6 18Vontade de dar uns cascudos no Philip apaixonado, e umas guarda-chuvadas na cabeça da falsiane.
Um Assunto de Mulheres
4.2 77Uma história construída com muitas ambiguidades morais severas feitas para ser um carrasco, difícil de manter o olhar imparcial. Cabe uma discussão tão duradoura quanto o filme. Isabelle aos 35 anos já era fenomenal.
Deixe a Luz do Sol Entrar
3.0 76Nem sabia que o Gérard estava no filme, agora o kit está completo: primeiro foi vê-lo atuando com Isabelle Huppert, agora breves cenas com Juliette, que deixaram um "gostinho de quero mais" com relação às suas atuações em conjunto.
O filme é o caminho para a descoberta da autoestima, ponto final.
End Game - O plano para a escravidão global
3.3 9Daciolo não pode assistir isso aqui.
(sorry, foi inevitável)
Aelita - A Rainha de Marte
3.4 9"você reina, nós governamos"
Excetuando o apelo excessivo ao patriotismo (longe de ser exclusividade da URSS), a rainha stalker (seria o primeiro filme que reproduzisse o feitiche alienígena por seres supostamente tão interessantes?), a parte mais interessante é Marte mesmo, com um cenário artístico que impressiona (O futurismo como conceito), soldados que remetem referência à indumentária romana, e que faz concluir o questionamento em ser referência para Metrópolis.
Mecânica das Sombras
2.9 28Ruim ou bom, o filme se esforça em naturalizar os jogos de poder, com um final pra lá de dispensável. Sugere que é inspirado por qualquer presidente globalizado.
Alma em Suplício
4.2 140 Assista AgoraComo assim em 1945 tinha roteiro sobre uma empresária liderando uma equipe feminina? rsrsrsrs :p
Brincadeiras à parte, só elogios aqui, nesse filme tem a teenager femme fatale rsrs adorei!
Desonrada
3.8 9"- Tomara que esteja do meu lado na próxima guerra." (1931)
Se não são visionários, quero saber o que são.
Nina
2.6 82 Assista AgoraA cinebiografia faz jus à polêmica que o envolve. Primeiro que o roteiro é uma irresponsabilidade envolto de mentiras; segundo que a irresponsabilidade em forma de escrita foi feita pela diretora estreante, que não contente em desrespeitar a vida da artista, autorizou o uso de uma maquiagem que aparentou uma falsidade explícita e gritante.
Nem falo da prótese no nariz: no caso não entendo o motivo da crítica. Ninguém criticou a prótese de Nicole Kidman quando fez Virginia Woolf, ou foi uma parcela mínima e irrelevante.
Quanto à escolha da atriz, nem começaria a pensar nisso, se o trabalho por inteiro é prejudicado por uma visão distorcida e desrespeitosa do roteiro, que mais parece especulação de fofoqueiros de plantão.
Reviver
3.1 43 Assista AgoraA história é muito boa: criogenia, reconstituição celular alinhada com tecnologia para manutenção biosistêmica, e como não poderia deixar de ser, a bioética como principal instrumento de comunicação com o público.
Ainda falta ver várias coisas, mas desde Ex Machina não vejo um Sci Fi tão bom, e que fizesse prevalecer uma reflexão sobre a bioética nos avanços tecnológicos. Satisfeita por ver algo com boa qualidade assim, uma produção franco-espanhola me surpreendendo com Ficção Científica!