Felizmente os pinschers da internet, seguidores desse moleque que tá sujando a cadeira da presidência do Brasil, não ditam bosta nenhuma. Salas cheias pra prestigiar essa obra. Tive que procurar diversos cinemas pra conseguir assistir... felizmente consegui, ainda que num assento péssimo, o que me fará ir assistir de novo... e vou levar gente comigo. rs
Não condeno quem assiste a filmes/séries esperando uma "lição de moral" no fim, uma mensagem didática à sociedade, um aceno de esperança. Mas eu, particularmente, ando tendo a mais completa aversão à obras que se dedicam a passar uma "mensagem", especialmente considerando o momento da história em que estamos.
Druk (Another Round) se tornou um dos meus favoritos porque ele é, como já citaram abaixo, extremamente humano. É tão humano que dói. É um filme que claramente se preocupa em ser humano, em apontar como o ser humano é falho, e o roteiro dá muitas "dicas" de que essa é a sua preocupação, como quando da cena do exame do Sebastian em que ele reproduz o conceito de ansiedade. Pra mim, ele me ganhou em falar sobre anti heróis e dispensar a moral pra tratar de um assunto tão delicado como alcoolismo. Não é o tipo de filme pra se passar pra uma turma de ensino médio, nem (óbvio) pra estampar uma campanha contra o consumo de álcool. Ao mesmo tempo, pra quem se atentou ao longa, ele mostra de forma extremamente fria (e quase cruel) como o consumo exagerado do álcool destrói relações e pessoas, mas faz isso sem nenhum pudor.
Por fim, só uma nota de rodapé mesmo, é importante destacar que o filme se passa na Dinamarca, é bem nacionalista (mostrando hinos, costumes e a vivência local) e o alcoolismo pra eles é tido/vivido de uma forma completamente diferente da nossa, considerando o contexto sócio-cultural que é separado por um abismo do nosso como sociedade brasileira.
Com bols*min*on e só atacando um livro de história no meio da cara e metendo uma vacina pra virar jacaré logo em seguida pra, QUEM SABE, tomar um pouco de vergonha na cara e ver se cria caráter.
Vamos de cinco estrelas pra melhorar a avaliação do filme que esse bando de doente tá se dando ao trabalho de avaliar mal sem sequer ter assistido.
Tenso durante boa parte de sua duração, definitivamente pesado e com uma atuação de Vanessa Kirby que hipnotiza, mas não me parece um filme que vou lembrar daqui alguns meses.
Um detalhe é o Shia interpretando... ele mesmo? Chatíssimo, projetinho de sad boy e intragável. Assim que ele saiu de cena, o filme se tornou mais digerível pra mim.
Alguns dos comentários rasos dessa seção, embora lamentáveis, não surpreendem. Apenas justificam um pouco do que vivemos como nação brasileira. Petra diz algo como "democracia baseada no esquecimento" no meio do documentário... e é isso. Boa parte do brasileiro não só não faz ideia da Historia do próprio país, como, baseado em erros crassos de pensamento e comportamento social (comemorar impeachment soltando rojão numa das principais avenidas do Brasil? não existe limite pro cafona?), tenta desacreditar a História de forma rasteira. É incrível que um bando de ratos saudando a família (entre criminosos, como torturadores) ao votar por impeachment cujo processo tem em sua autoria uma figura animal e claramente desequilibrada, inadmissivelmente solta em sociedade, muitos envolvidos diretamente com escândalo de corrupção, ainda sejam o reflexo mais puro e honesto de boa parte dos brasileiros. "É preciso um acordo nacional, com o Supremo, com tudo"... tudo tão na cara. Tudo tão VOMITADO. E milhares de brasileiros copófragas se alimentam disso em pleno 2020 - quase 21 -, de cabresto, entoando de forma disciplinada e obediente o discurso que uma elite minúscula determina que deve ser entoado, não só sem se questionar ou duvidar por um segundo ser mera massa de manobra, mas ainda com orgulho da própria burrice irresponsável. É o fim.
A nota do filme no Filmow é rídicula e baseada em opiniões controversas.
Por pouco desisto de assistir no cinema justamente pelo que li por aqui... ainda bem que já são anos de Filmow e tô acostumado com os exageros infundados da galera daqui. O filme é muito bom e a sua duração, pelo menos pra mim, não foi um problema. Pelo contrário: nem vi passar.
O elenco e a fotografia são os pontos altos... e embora seja uma adaptação (com todos os problemas intrínsecos a esse fato que já são esperados), achei muito boa: eu me senti envolto nos dramas das personagens e Nicole Kidman, pra variar, me emocionou. Gostei muito da forma como John Crowley brinca com a linearidade. Aqui, pra mim, funciona muitissimo bem.
Tão atual. Destaque, inclusive, pro Fernando Eiras fazendo o militar no início do filme. Me lembrou até um ser ignóbil aí muito em voga e infelizmente no comando do país.
É bom, mas terminou com uma sensação de inacabado. Saí da sala literalmente com esse sentimento, como se fosse continuar, se estender. Poderia ter se aprofundado mais. Apesar de ricos participantes e relatos interessantíssimos, acho que o doc tentou abordar muitos pontos, muitos momentos, e acabou deixando tudo bastante superficial. Em todo caso, ainda muito necessário.
Um filme de 1h30m de duração mas que pareceu interminável. Vale a pena (?) pela fotografia e pela trilha sonora, porque todo o resto não funciona. Definitivamente não é um filme gay. Se eu tivesse que dizer que público esse filme pretende representar acho que seria g0ys... e o pior é que tô falando sério.
A forma como o longa fala sobre "não se importar com o rótulo" chega a ser um desserviço. Eu pensei que fossem passar uma mensagem mais madura por tudo o que a crítica falou dessa coisa, mas não. Era isso mesmo.
Eu gostei de todos os filmes da franquia The Conjuring até aqui. Até A Freira, que tinha potencial pra deixar todo mundo sem dormir por uma semana mas que se resumiu àqueles sustinhos e ainda serviu de abertura pra essa ideia SEM SENTIDO de meter comédia em filme de terror, eu curti. Com ressalvas, mas curti. Agora, nesse Annabelle, a vontade de comunicar o Ministério Público pra instaurar uma ação contra essa porcaria por danos morais coletivos é quase que incontrolável. Pareceu durar mais que todos os Senhor dos Aneis e só piorava. O final foi um alívio.
Nada nesse filme funcionou, a meu ver. PRIMEIRO: ninguém pode entrar naquele caralho de sala, certo? Eles sempre mencionaram isso e isso foi, inclusive, pilar da premissa desse filme. Aí no final ela leva a menina lá dentro só pra falar meia dúzia de frases motivadoras? Quê? E não venham com "mas por que você tá esperando tanta coerência de um filme de terror?", porque os filmes da franquia tendem a ser fieis a sua própria mitologia, mas aqui parece que simplesmente se esquecem de tudo; SEGUNDO: quem realmente vai num cinema e paga pra ver um filme de terror pra ver alívio cômico? Isso já aconteceu na Freira e aqui é quase que parte da sinopse do filme. Quebra todo o pouco clima que esse Annabelle agoniza pra construir; e TERCEIRO: jura por deus que alguém achou uma boa ideia botar um lobisomem no meio do filme? o Thor, cachorro da Gracyanne Barbosa, daria mais medo. E o pior é que corri pra ver aquela novela de xmen da Record e os efeitos pareciam melhores que esse lobisomem e aquele diabo que pegou a filha dos Warren na sala de artefatos.
Sim, só tenho o que reclamar desse filme mesmo.
1,5 estrela por conta do trio Patrick Wilson, Vera Farmiga e McKenna Grace.
Zé de Abreu me arrancou muitas lágrimas com essa obra prima. Guta e Dalton foram incríveis também! Vale muito a pena e é um orgulho para o cinema nacional, tamanha sensibilidade do roteiro.
Mesmo tendo sido criado num ambiente cristão-pentecostal, eu tive a sorte de ter pais que, de fato, me amaram (e me amam) e, mesmo contra a filosofia e a crença deles, conseguiram mudar por mim. Mas, justamente por ter vivido nesse meio (bastante asqueroso, confesso), eu consegui ver naquele grupo da terapia coletiva tantos conhecidos meus de outrora. Pude ver naquelas personagens de pastores, ditos "homens sábios", o tanto de pastor que infelizmente conheci na vida real. O mesmo discurso vazio, a mesma sabedoria infundada, o mesmo terrorismo psicológico. Na realidade atual do país, na qual o conservadorismo anda tão em voga e a linha que separa a fé individual de cada um e a laicidade do Estado fica cada vez mais tênue, me preocupa o tanto de criança e adolescente por aí que, em grave conflito interno, continua tendo sua vida bombardeada com violência psicológica (e, frequentemente, física) por aí. E isso tudo por gente (às vezes, "família") que, maliciosamente, por ruindade, falta de caráter, interpreta a bíblia de forma tão venenosa que é capaz de ferir, machucar, matar. Esse filme me fez chorar não só pelo que vi na tela, não só pelo deja vu que me causou... mas porque joga na minha cara, me questiona, me chacoalha e indaga: o que você tem feito pra ajudar as pessoas que não tiveram a mesma sorte que você?
soco no estômago.
Ps.: o elenco está afiadíssimo. pra variar, Nicole Kidman magistral. Lucas Hedges e Troye Sivan maravilhosos.
Quero acreditar que o motivo da nota baixa pra esse filme necessário sobre Brasil seja relacionada às opiniões sobre roteiro, imagens, trilha sonora ou qualquer outra questão técnica. O longa aborda de forma magistral o que acontece no nosso sistema carcerário falido e nas injustiças perpetradas pelo Estado. Triste, mas essencial.
Sério, esse filme vale CADA minuto, instante e toda atenção dedicada. Não sei como pode ter gente que "esperava mais". Esperava mais o quê? O filme entrega tudo e mais um pouco. Te transporta para o local, te faz ficar tenso com cada descoberta e te faz gritar junto com Jeanne.
Eu também descobri a identidade das pessoas procuradas junto das personagens e........... meu deus. Que obra de arte! ASSISTAM!!!
Depois de pensar e conversar com algumas pessoas, eu vou reescrever o meu comentário a respeito do filme.
Meu problema com Love, Simon não é o fato de ele ser água com açúcar à la sessão da tarde, ser um filme "leve" e sem grandes dramas e/ou não ter nada a ver com Brokeback Mountain, Moonlight ou Call Me By Your Name. Meu problema nunca foi o filme não ser cult. Eu bem sei como filmes da temática são raros na cena mainstream e o quanto esse filme poderia se tornar "necessário", mas tudo com esse longa errado pra mim.
Eu vou começar pelo ponto que, dentre tantos outros, mais soou problemático pra mim e até agora ninguém conseguiu "justificar" (até porque não teria como).
Simon agenciando uma de suas melhores amigas pra um completo babaca imbecil só pra ficar no armário. Assim... O filme mostra em imagens (que são reforçadas pela própria narração do protagonista mais insosso que eu já vi num filme gay) que o meio em que ele vive é completamente progressista. Ele mesmo diz que não entende por que se assumir é um problema pra ele, já que os pais são super pra frente. Isso obriga o protagonista a não sentir medo em se assumir? CLARO QUE NÃO. Qualquer indivíduo gay ou lésbica sabe que o momento de se aceitar e o consequente "sair do armário" é traumático independente do contexto em que se vive. Meu ponto em achar o filme completamente inverossímil na sua essência (por tratar do "sair do armário") é justamente por levar Simon a EXTREMOS como esse, sendo que, a. o fato de ele ser gay não era tão surpreendente assim (vide a reação da amiga dele quando ele conta ou do menino que o chantageia); e ii. o meio em que ele vive simplesmente não dá o menor sentido de ele chegar ao nível de escrotidão de agenciar a amiga dele separando ela de quem ela gosta, colocando ela em situações extremamente constrangedoras (pra não dizer humilhantes) e brincando com o sentimento de todos (eu disse TODOS) os seus amigos só pra manter esse segredo intacto. Se ele estivesse numa realidade tipo a que Moonlight apresenta, você ATÉ poderia entender o que o protagonista faz pra se safar, mas na realidade desse filme ele só me parece um filho da puta babaca mesmo.
Mas, ok, seguindo em frente e ignorando essa questão fundamental que eu citei, vou aceitar que o cara tinha um medo descomunal e que isso não o levou a pensar direito.
Ainda assim, a forma como ele se "redime" com seus amigos é uma das coisas mais absurdas que existem. Do nada, literalmente, voltam a se falar como se ele não tivesse feito tudo o que fez. Como se agenciar a menina como moeda de troca fosse uma coisa rotineira e legítima. Pior, se o que ele tinha era TANTO medo que as pessoas o vissem de forma diferente, por que na hora que ele de fato sai do armário pra família, por exemplo, não acontece nenhum diálogo LEVEMENTE fluido, mas, sim, o contrário? O protagonista só falta falar "vida que segue". Ué, cadê o medo todo de se assumir? Cadê o medo todo que levou o protagonista a se deixar ser chantageado a ponto de ser desleal com seus amigos só pra livrar sua barra?
na cena em que o Simon pega a dica que o Blue gosta de Game of Thrones, chega na escola e vê alguns meninos usando a camiseta da série e fica com aquela cara de "não, não acredito que ele possa ser um desses meninos" num tom claro de desgosto e a naturalidade com a qual esse filme trata mais essa atitude; e na revelação de quem é o Blue e aquele beijo super desconcertado que os dois deram na roda gigante
.
O filme, se analisado de forma fria (o que eu não fiz), pode, sim, ser um baita de um entretenimento. Love, Simon tem toda uma aura Netflix: paga de progressista, paga de cool, paga como se fosse a própria diversidade em tela e leva todo mundo a idealizar um mundo mágico, que pouco ou quase nunca acontece na vida não ficção, mas isso não é necessariamente um problema a depender dos olhos que você usa pra assistir o filme. De resto, em especial o que citei, achei que chega a ser desrespeitoso. Ou você lida com o sair do armário de forma despretensiosa e sem drama ou você realmente fala sobre o sair do armário com mais responsabilidade. Esse filme parece que só molha os pés, mas não se compromete por inteiro. Beira o fútil várias vezes. Brinca com uma tensão que simplesmente não acontece e quando você espera algo realmente relevante e verossímil, o filme se mostra totalmente anticlimático.
O ator que faz o protagonista é......... meu deus. Kristen Stewart consegue ter mais expressões que esse menino. Ele parecia lendo um script o tempo todo. Trilha sonora bem adolescente e Jack Antonoff por trás, o que já explica muita coisa. E Josh Duhamel é bem fofinho, o que pra mim foi quem se destacou (pra ver o nível desse filme).
Enfim, eu não recomendo, mas acho importante que as pessoas assistam pra tirar suas conclusões sobre esse spin off de 13 reasons why, digo, Love, Simon.
pra ser honesto, esse é o primeiro filme com temática história/HIV que não me emociona, não me comove, nada. chegou até irritar em alguns momentos. achei os personagens principais apáticos, rasos, até tinham potencial mas o roteiro parece ter se perdido ou pretendido uma história de amor que simplesmente não aconteceu, ou seja, perda de tempo em tela.
eu acho que nunca vi uma mãe no cinema tão sem graça como a do Sean, a princípio pensei que fosse alguma enfermeira.
pra mim, os pontos positivos foram as cenas de embate com a sociedade e com os laboratórios, em especial a cena na escola, e a trilha sonora. de resto, bem dispensável.
Quando eu era pequeno, eu passava quase todas as férias escolares na casa da minha avó. Ela costumava fazer as minhas comidas prediletas, assistíamos TV juntos, ríamos e ela me deixava com a sensação de que lá era um dos melhores lugares do mundo para se estar, apesar (ou talvez justamente) da simplicidade. Estar lá me fazia torcer para que o tempo demorasse a passar, me dava aquela sensação gostosa de não ver as horas irem embora. Com esse filme eu senti exatamente a mesma coisa.
Belíssimo, obra de arte, pra ter na estante, pra recomendar, pra favoritar, pra assistir de novo, pra refletir a respeito... e, sim, tô de coração partido e com o psicológico seriamente abalado.
Gente, que abuso essa nota! Merece muito mais que, até então, 3.4. Eu me emocionei com o filme, achei fantástico. E qualquer filme que tenha Jake e Tatiana no elenco merece muito mais respeito.
Esse filme me fez abrir os olhos para algumas coisas e, principalmente, para alguns preconceitos meus.
Por exemplo, eu realmente fiquei irritado com a Jéssica de "não saber o seu lugar". A personagem parecia folgada, espaçosa, até mesmo ingrata com a mãe. Parando pra analisar a construção da personagem e parando pra analisar o filme agora que o vi por inteiro, percebo que a minha estranheza com a Jessica (pra não dizer irritabilidade) vem justamente do fato de estar tão intrínseco na gente essa questão de "lugar de empregada", sendo que ela SEQUER tinha qualquer vínculo empregatício com os patrões da mãe dela.
É verdade que talvez tenha lhe faltado empatia no início do longa, em especial porque suas atitudes poderiam acarretar maiores prejuízos à mãe, mas eu acho que a Jessica é uma menina tão segura de si, que não abaixou a cabeça pra máxima de "lugar de pobre" e foi à luta. Mesmo com as adversidades (mãe morando longe,
filho na adolescência e falta de uma condição financeira boa), conseguiu passar no vestibular, enquanto o Fabinho, com todas oportunidades em mãos, diferentemente dela, não só não passou, como ainda foi presenteado com um intercâmbio pra Austrália.
Precisa dizer mais? O longa aborda muitas outras questões importantes.
O Zé Carlos me lembrou uma música do Jay Vaquer (Cotidiano de um Casal Feliz), em especial no tocante ao seu relacionamento com a mulher.
A forma como ele era invasivo com Jessica também me deixou enojado.
Embora Regina Cazé tenha brilhado com a sua Val, e isso é incontestável, pra mim a Jessica tem um papel extremamente importante, tanto dentro da trama (pra própria mãe), quanto pro público.
Pra mãe, porque ela despertou essa necessidade de liberdade e de auto valorização. O que dizer da Val entrando na piscina, com a água batendo na canela, e aquela expressão de liberdade?? A cena foi poética! E pro público, porque ela é um tremendo tapa na cara de todo mundo que torce o nariz quando vê pobre, negro, filho(a) de empregada tomando seu lugar na sociedade.
Felizmente não vi nenhum doente comentando "filme de esquerdopata" por aqui. Excelente longa! Recomendo muito!!
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraFelizmente os pinschers da internet, seguidores desse moleque que tá sujando a cadeira da presidência do Brasil, não ditam bosta nenhuma. Salas cheias pra prestigiar essa obra. Tive que procurar diversos cinemas pra conseguir assistir... felizmente consegui, ainda que num assento péssimo, o que me fará ir assistir de novo... e vou levar gente comigo. rs
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraNão condeno quem assiste a filmes/séries esperando uma "lição de moral" no fim, uma mensagem didática à sociedade, um aceno de esperança. Mas eu, particularmente, ando tendo a mais completa aversão à obras que se dedicam a passar uma "mensagem", especialmente considerando o momento da história em que estamos.
Druk (Another Round) se tornou um dos meus favoritos porque ele é, como já citaram abaixo, extremamente humano. É tão humano que dói. É um filme que claramente se preocupa em ser humano, em apontar como o ser humano é falho, e o roteiro dá muitas "dicas" de que essa é a sua preocupação, como quando da cena do exame do Sebastian em que ele reproduz o conceito de ansiedade. Pra mim, ele me ganhou em falar sobre anti heróis e dispensar a moral pra tratar de um assunto tão delicado como alcoolismo. Não é o tipo de filme pra se passar pra uma turma de ensino médio, nem (óbvio) pra estampar uma campanha contra o consumo de álcool. Ao mesmo tempo, pra quem se atentou ao longa, ele mostra de forma extremamente fria (e quase cruel) como o consumo exagerado do álcool destrói relações e pessoas, mas faz isso sem nenhum pudor.
Por fim, só uma nota de rodapé mesmo, é importante destacar que o filme se passa na Dinamarca, é bem nacionalista (mostrando hinos, costumes e a vivência local) e o alcoolismo pra eles é tido/vivido de uma forma completamente diferente da nossa, considerando o contexto sócio-cultural que é separado por um abismo do nosso como sociedade brasileira.
Se levar o Oscar, será extremamente merecido.
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraCom bols*min*on e só atacando um livro de história no meio da cara e metendo uma vacina pra virar jacaré logo em seguida pra, QUEM SABE, tomar um pouco de vergonha na cara e ver se cria caráter.
Vamos de cinco estrelas pra melhorar a avaliação do filme que esse bando de doente tá se dando ao trabalho de avaliar mal sem sequer ter assistido.
Pedaços De Uma Mulher
3.8 544 Assista AgoraTenso durante boa parte de sua duração, definitivamente pesado e com uma atuação de Vanessa Kirby que hipnotiza, mas não me parece um filme que vou lembrar daqui alguns meses.
Um detalhe é o Shia interpretando... ele mesmo? Chatíssimo, projetinho de sad boy e intragável. Assim que ele saiu de cena, o filme se tornou mais digerível pra mim.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KAlguns dos comentários rasos dessa seção, embora lamentáveis, não surpreendem. Apenas justificam um pouco do que vivemos como nação brasileira. Petra diz algo como "democracia baseada no esquecimento" no meio do documentário... e é isso. Boa parte do brasileiro não só não faz ideia da Historia do próprio país, como, baseado em erros crassos de pensamento e comportamento social (comemorar impeachment soltando rojão numa das principais avenidas do Brasil? não existe limite pro cafona?), tenta desacreditar a História de forma rasteira. É incrível que um bando de ratos saudando a família (entre criminosos, como torturadores) ao votar por impeachment cujo processo tem em sua autoria uma figura animal e claramente desequilibrada, inadmissivelmente solta em sociedade, muitos envolvidos diretamente com escândalo de corrupção, ainda sejam o reflexo mais puro e honesto de boa parte dos brasileiros. "É preciso um acordo nacional, com o Supremo, com tudo"... tudo tão na cara. Tudo tão VOMITADO. E milhares de brasileiros copófragas se alimentam disso em pleno 2020 - quase 21 -, de cabresto, entoando de forma disciplinada e obediente o discurso que uma elite minúscula determina que deve ser entoado, não só sem se questionar ou duvidar por um segundo ser mera massa de manobra, mas ainda com orgulho da própria burrice irresponsável. É o fim.
O Fascínio
2.1 100 Assista AgoraPra um filme de terror tá bom demais: tem mitologia, tem suspense, tem susto e o final acaba sendo bem amarradinho.
Merece uma nota maior.
Cafarnaum
4.6 673 Assista Agora"I'd want adults to listen to me. I want adults who can't raise kids not to have any."
O Pintassilgo
3.3 111 Assista AgoraA nota do filme no Filmow é rídicula e baseada em opiniões controversas.
Por pouco desisto de assistir no cinema justamente pelo que li por aqui... ainda bem que já são anos de Filmow e tô acostumado com os exageros infundados da galera daqui. O filme é muito bom e a sua duração, pelo menos pra mim, não foi um problema. Pelo contrário: nem vi passar.
O elenco e a fotografia são os pontos altos... e embora seja uma adaptação (com todos os problemas intrínsecos a esse fato que já são esperados), achei muito boa: eu me senti envolto nos dramas das personagens e Nicole Kidman, pra variar, me emocionou. Gostei muito da forma como John Crowley brinca com a linearidade. Aqui, pra mim, funciona muitissimo bem.
Veria de novo.
Hebe: A Estrela do Brasil
3.4 182"Nós estamos vivendo num mundinho de merda."
Tão atual. Destaque, inclusive, pro Fernando Eiras fazendo o militar no início do filme. Me lembrou até um ser ignóbil aí muito em voga e infelizmente no comando do país.
Carta Para Além dos Muros
4.4 94É bom, mas terminou com uma sensação de inacabado. Saí da sala literalmente com esse sentimento, como se fosse continuar, se estender. Poderia ter se aprofundado mais. Apesar de ricos participantes e relatos interessantíssimos, acho que o doc tentou abordar muitos pontos, muitos momentos, e acabou deixando tudo bastante superficial. Em todo caso, ainda muito necessário.
Pequenos Gigantes
3.4 70Um filme de 1h30m de duração mas que pareceu interminável. Vale a pena (?) pela fotografia e pela trilha sonora, porque todo o resto não funciona. Definitivamente não é um filme gay. Se eu tivesse que dizer que público esse filme pretende representar acho que seria g0ys... e o pior é que tô falando sério.
A forma como o longa fala sobre "não se importar com o rótulo" chega a ser um desserviço. Eu pensei que fossem passar uma mensagem mais madura por tudo o que a crítica falou dessa coisa, mas não. Era isso mesmo.
Annabelle 3: De Volta Para Casa
2.8 680 Assista AgoraEu gostei de todos os filmes da franquia The Conjuring até aqui. Até A Freira, que tinha potencial pra deixar todo mundo sem dormir por uma semana mas que se resumiu àqueles sustinhos e ainda serviu de abertura pra essa ideia SEM SENTIDO de meter comédia em filme de terror, eu curti. Com ressalvas, mas curti. Agora, nesse Annabelle, a vontade de comunicar o Ministério Público pra instaurar uma ação contra essa porcaria por danos morais coletivos é quase que incontrolável. Pareceu durar mais que todos os Senhor dos Aneis e só piorava. O final foi um alívio.
Nada nesse filme funcionou, a meu ver. PRIMEIRO: ninguém pode entrar naquele caralho de sala, certo? Eles sempre mencionaram isso e isso foi, inclusive, pilar da premissa desse filme. Aí no final ela leva a menina lá dentro só pra falar meia dúzia de frases motivadoras? Quê? E não venham com "mas por que você tá esperando tanta coerência de um filme de terror?", porque os filmes da franquia tendem a ser fieis a sua própria mitologia, mas aqui parece que simplesmente se esquecem de tudo; SEGUNDO: quem realmente vai num cinema e paga pra ver um filme de terror pra ver alívio cômico? Isso já aconteceu na Freira e aqui é quase que parte da sinopse do filme. Quebra todo o pouco clima que esse Annabelle agoniza pra construir; e TERCEIRO: jura por deus que alguém achou uma boa ideia botar um lobisomem no meio do filme? o Thor, cachorro da Gracyanne Barbosa, daria mais medo. E o pior é que corri pra ver aquela novela de xmen da Record e os efeitos pareciam melhores que esse lobisomem e aquele diabo que pegou a filha dos Warren na sala de artefatos.
1,5 estrela por conta do trio Patrick Wilson, Vera Farmiga e McKenna Grace.
Antes Que Eu Me Esqueça
3.5 61Zé de Abreu me arrancou muitas lágrimas com essa obra prima. Guta e Dalton foram incríveis também! Vale muito a pena e é um orgulho para o cinema nacional, tamanha sensibilidade do roteiro.
Boy Erased: Uma Verdade Anulada
3.6 404 Assista AgoraMesmo tendo sido criado num ambiente cristão-pentecostal, eu tive a sorte de ter pais que, de fato, me amaram (e me amam) e, mesmo contra a filosofia e a crença deles, conseguiram mudar por mim. Mas, justamente por ter vivido nesse meio (bastante asqueroso, confesso), eu consegui ver naquele grupo da terapia coletiva tantos conhecidos meus de outrora. Pude ver naquelas personagens de pastores, ditos "homens sábios", o tanto de pastor que infelizmente conheci na vida real. O mesmo discurso vazio, a mesma sabedoria infundada, o mesmo terrorismo psicológico. Na realidade atual do país, na qual o conservadorismo anda tão em voga e a linha que separa a fé individual de cada um e a laicidade do Estado fica cada vez mais tênue, me preocupa o tanto de criança e adolescente por aí que, em grave conflito interno, continua tendo sua vida bombardeada com violência psicológica (e, frequentemente, física) por aí. E isso tudo por gente (às vezes, "família") que, maliciosamente, por ruindade, falta de caráter, interpreta a bíblia de forma tão venenosa que é capaz de ferir, machucar, matar. Esse filme me fez chorar não só pelo que vi na tela, não só pelo deja vu que me causou... mas porque joga na minha cara, me questiona, me chacoalha e indaga: o que você tem feito pra ajudar as pessoas que não tiveram a mesma sorte que você?
soco no estômago.
Ps.: o elenco está afiadíssimo. pra variar, Nicole Kidman magistral. Lucas Hedges e Troye Sivan maravilhosos.
Ps.: Começa com The Good Side e termina com Revelation. Não tinha como dar errado.
Querido Menino
3.8 470 Assista AgoraAssistam os créditos.
Maus Momentos no Hotel Royale
3.6 339 Assista AgoraAcabei de assistir e tô em êxtase. Filme magnífico.
Dentre tantos comentários possíveis, não poderia deixar de registrar que não consigo parar de remeter a personagem
Rose
Bem bitolada, bem fanática, bem alucinada, bem... burra.
Carandiru
3.7 750 Assista AgoraQuero acreditar que o motivo da nota baixa pra esse filme necessário sobre Brasil seja relacionada às opiniões sobre roteiro, imagens, trilha sonora ou qualquer outra questão técnica. O longa aborda de forma magistral o que acontece no nosso sistema carcerário falido e nas injustiças perpetradas pelo Estado. Triste, mas essencial.
Incêndios
4.5 1,9KMEU DEUS.
Sério, esse filme vale CADA minuto, instante e toda atenção dedicada. Não sei como pode ter gente que "esperava mais". Esperava mais o quê? O filme entrega tudo e mais um pouco. Te transporta para o local, te faz ficar tenso com cada descoberta e te faz gritar junto com Jeanne.
Eu também descobri a identidade das pessoas procuradas junto das personagens e........... meu deus. Que obra de arte! ASSISTAM!!!
O Bebê de Rosemary
3.9 1,9K Assista AgoraEu adorei. No final eu estava morrendo de rir, mas o filme me deixou super tenso durante quase toda sua duração. Nem vi o tempo passar.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraDepois de pensar e conversar com algumas pessoas, eu vou reescrever o meu comentário a respeito do filme.
Meu problema com Love, Simon não é o fato de ele ser água com açúcar à la sessão da tarde, ser um filme "leve" e sem grandes dramas e/ou não ter nada a ver com Brokeback Mountain, Moonlight ou Call Me By Your Name. Meu problema nunca foi o filme não ser cult. Eu bem sei como filmes da temática são raros na cena mainstream e o quanto esse filme poderia se tornar "necessário", mas tudo com esse longa errado pra mim.
Eu vou começar pelo ponto que, dentre tantos outros, mais soou problemático pra mim e até agora ninguém conseguiu "justificar" (até porque não teria como).
Simon agenciando uma de suas melhores amigas pra um completo babaca imbecil só pra ficar no armário. Assim... O filme mostra em imagens (que são reforçadas pela própria narração do protagonista mais insosso que eu já vi num filme gay) que o meio em que ele vive é completamente progressista. Ele mesmo diz que não entende por que se assumir é um problema pra ele, já que os pais são super pra frente. Isso obriga o protagonista a não sentir medo em se assumir? CLARO QUE NÃO. Qualquer indivíduo gay ou lésbica sabe que o momento de se aceitar e o consequente "sair do armário" é traumático independente do contexto em que se vive. Meu ponto em achar o filme completamente inverossímil na sua essência (por tratar do "sair do armário") é justamente por levar Simon a EXTREMOS como esse, sendo que, a. o fato de ele ser gay não era tão surpreendente assim (vide a reação da amiga dele quando ele conta ou do menino que o chantageia); e ii. o meio em que ele vive simplesmente não dá o menor sentido de ele chegar ao nível de escrotidão de agenciar a amiga dele separando ela de quem ela gosta, colocando ela em situações extremamente constrangedoras (pra não dizer humilhantes) e brincando com o sentimento de todos (eu disse TODOS) os seus amigos só pra manter esse segredo intacto. Se ele estivesse numa realidade tipo a que Moonlight apresenta, você ATÉ poderia entender o que o protagonista faz pra se safar, mas na realidade desse filme ele só me parece um filho da puta babaca mesmo.
Mas, ok, seguindo em frente e ignorando essa questão fundamental que eu citei, vou aceitar que o cara tinha um medo descomunal e que isso não o levou a pensar direito.
Ainda assim, a forma como ele se "redime" com seus amigos é uma das coisas mais absurdas que existem. Do nada, literalmente, voltam a se falar como se ele não tivesse feito tudo o que fez. Como se agenciar a menina como moeda de troca fosse uma coisa rotineira e legítima. Pior, se o que ele tinha era TANTO medo que as pessoas o vissem de forma diferente, por que na hora que ele de fato sai do armário pra família, por exemplo, não acontece nenhum diálogo LEVEMENTE fluido, mas, sim, o contrário? O protagonista só falta falar "vida que segue". Ué, cadê o medo todo de se assumir? Cadê o medo todo que levou o protagonista a se deixar ser chantageado a ponto de ser desleal com seus amigos só pra livrar sua barra?
Outras coisas me incomodaram bastante, como
na cena em que o Simon pega a dica que o Blue gosta de Game of Thrones, chega na escola e vê alguns meninos usando a camiseta da série e fica com aquela cara de "não, não acredito que ele possa ser um desses meninos" num tom claro de desgosto e a naturalidade com a qual esse filme trata mais essa atitude; e na revelação de quem é o Blue e aquele beijo super desconcertado que os dois deram na roda gigante
O filme, se analisado de forma fria (o que eu não fiz), pode, sim, ser um baita de um entretenimento. Love, Simon tem toda uma aura Netflix: paga de progressista, paga de cool, paga como se fosse a própria diversidade em tela e leva todo mundo a idealizar um mundo mágico, que pouco ou quase nunca acontece na vida não ficção, mas isso não é necessariamente um problema a depender dos olhos que você usa pra assistir o filme. De resto, em especial o que citei, achei que chega a ser desrespeitoso. Ou você lida com o sair do armário de forma despretensiosa e sem drama ou você realmente fala sobre o sair do armário com mais responsabilidade. Esse filme parece que só molha os pés, mas não se compromete por inteiro. Beira o fútil várias vezes. Brinca com uma tensão que simplesmente não acontece e quando você espera algo realmente relevante e verossímil, o filme se mostra totalmente anticlimático.
O ator que faz o protagonista é......... meu deus. Kristen Stewart consegue ter mais expressões que esse menino. Ele parecia lendo um script o tempo todo. Trilha sonora bem adolescente e Jack Antonoff por trás, o que já explica muita coisa. E Josh Duhamel é bem fofinho, o que pra mim foi quem se destacou (pra ver o nível desse filme).
Enfim, eu não recomendo, mas acho importante que as pessoas assistam pra tirar suas conclusões sobre esse spin off de 13 reasons why, digo, Love, Simon.
120 Batimentos por Minuto
4.0 190infelizmente não é tão bom.
pra ser honesto, esse é o primeiro filme com temática história/HIV que não me emociona, não me comove, nada. chegou até irritar em alguns momentos. achei os personagens principais apáticos, rasos, até tinham potencial mas o roteiro parece ter se perdido ou pretendido uma história de amor que simplesmente não aconteceu, ou seja, perda de tempo em tela.
eu acho que nunca vi uma mãe no cinema tão sem graça como a do Sean, a princípio pensei que fosse alguma enfermeira.
Me Chame Pelo Seu Nome
4.1 2,6K Assista AgoraQuando eu era pequeno, eu passava quase todas as férias escolares na casa da minha avó. Ela costumava fazer as minhas comidas prediletas, assistíamos TV juntos, ríamos e ela me deixava com a sensação de que lá era um dos melhores lugares do mundo para se estar, apesar (ou talvez justamente) da simplicidade. Estar lá me fazia torcer para que o tempo demorasse a passar, me dava aquela sensação gostosa de não ver as horas irem embora. Com esse filme eu senti exatamente a mesma coisa.
Belíssimo, obra de arte, pra ter na estante, pra recomendar, pra favoritar, pra assistir de novo, pra refletir a respeito... e, sim, tô de coração partido e com o psicológico seriamente abalado.
O Que te Faz Mais Forte
3.3 221Gente, que abuso essa nota! Merece muito mais que, até então, 3.4. Eu me emocionei com o filme, achei fantástico. E qualquer filme que tenha Jake e Tatiana no elenco merece muito mais respeito.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraEsse filme me fez abrir os olhos para algumas coisas e, principalmente, para alguns preconceitos meus.
Por exemplo, eu realmente fiquei irritado com a Jéssica de "não saber o seu lugar". A personagem parecia folgada, espaçosa, até mesmo ingrata com a mãe. Parando pra analisar a construção da personagem e parando pra analisar o filme agora que o vi por inteiro, percebo que a minha estranheza com a Jessica (pra não dizer irritabilidade) vem justamente do fato de estar tão intrínseco na gente essa questão de "lugar de empregada", sendo que ela SEQUER tinha qualquer vínculo empregatício com os patrões da mãe dela.
É verdade que talvez tenha lhe faltado empatia no início do longa, em especial porque suas atitudes poderiam acarretar maiores prejuízos à mãe, mas eu acho que a Jessica é uma menina tão segura de si, que não abaixou a cabeça pra máxima de "lugar de pobre" e foi à luta. Mesmo com as adversidades (mãe morando longe,
filho na adolescência e falta de uma condição financeira boa), conseguiu passar no vestibular, enquanto o Fabinho, com todas oportunidades em mãos, diferentemente dela, não só não passou, como ainda foi presenteado com um intercâmbio pra Austrália.
O Zé Carlos me lembrou uma música do Jay Vaquer (Cotidiano de um Casal Feliz), em especial no tocante ao seu relacionamento com a mulher.
A forma como ele era invasivo com Jessica também me deixou enojado.
Embora Regina Cazé tenha brilhado com a sua Val, e isso é incontestável, pra mim a Jessica tem um papel extremamente importante, tanto dentro da trama (pra própria mãe), quanto pro público.
Pra mãe, porque ela despertou essa necessidade de liberdade e de auto valorização. O que dizer da Val entrando na piscina, com a água batendo na canela, e aquela expressão de liberdade?? A cena foi poética! E pro público, porque ela é um tremendo tapa na cara de todo mundo que torce o nariz quando vê pobre, negro, filho(a) de empregada tomando seu lugar na sociedade.