Se eu começasse a ver os filmes de Sofia Coppola por aqui, provavelmente desistiria de ver outros da diretora. O filme em si não é ruim, mas o nome engana. Deveria se chamar Priscilla Presley, pois a personagem só existe enquanto na vida de Elvis, o que acaba sendo bem contraditório pelo filme tratar de Priscilla (supostamente). E sendo o filme sobre ela, tem umas poucas cenas específicas mostrando só o Elvis que fogem do foco nela, e apesar de ser escolha artística da diretora para ilustrar o apagamento da personagem, depõe contra o próprio filme. Além disso, o filme não só aumenta os eventos pra pintar Elvis ainda pior do que já era, como vitimiza excessivamente a Priscilla e a transforma quase numa mulher sem nenhuma voz, sendo que ela teve vários momentos dentro do casamento em que mostrou força ou oposição (como o caso com o instrutor de karatê que fica muito implícito no filme). No fim, você sai sem conhecer nada da Priscilla, a não ser que ela sofreu na mão de Elvis. E resumir a fase pós-casamento e maternidade à meia hora final ou menos foi um desperdício. Grande trilha sonora, bom trabalho de maquiagem e figurinos e a cena final é ótima, mas faltou substância ao filme, que não parece ter um objetivo muito claro a não ser construir um novo imaginário de Priscilla Presley que, ironicamente, a apaga ainda mais.
Incrível como o filme vai construindo uma tensão promissora e estabelecendo pontos curiosos para no fim tudo ser deixado de lado por uma pretensão de fazer tudo ser "misterioso" demais. Se o primeiro ato traz interesse, o segundo fica andando em círculos constantemente para segurar "revelações" até o terceiro ato, e isso faz com que os personagens se contradigam e se tornem somente estereótipos sem nuances: a esposa desconfiada e carrancuda, o marido positivo, o pai herói pelos outros, a filha ranzinza, o filho babaca e a filha mais nova curiosa e pouco ouvida. Seriam bons padrões se fossem além disso, mas o filme não sabe fazer seus personagens minimamente interessantes ou cativantes, nem a trama consegue ser impactante, pois a partir do momento que temos algumas conclusões sendo tiradas, chega a ser meio ridículo o drama que o filme tenta fazer sobre isso. Sam Esmail tenta fazer uma direção impressionante, mas se tornam extremamente cansativas e sem objetivo as tentativas de emplacar cenas visualmente diferentes que não dialogam em nada com a narrativa, estando ali totalmente deslocadas e sem peso algum. No final, de tantas possibilidades, talvez a menos criativa e mais "paga pau" do Estado americano foi a usada, o que foi simplesmente broxante. No fim, é um filme sem alma, sem graça, cansativo e que soa uma grande perda de tempo.
Vai além da espetacularização do sofrimento que o típico filme-tragédia faz, ou de uma tentativa de estabelecer heróis do mundo real em meio a situações extremas. É um filme que respeita a história, as pessoas envolvidas e os acontecimentos, sabendo ser impactante nos momentos de tensão, mas principalmente sensível ao conseguir tornar cada sobrevivente um personagem com voz, desejos, princípios, medos e esperanças. O final foi o que mais me soou um diferencial, pois ressalta a dificuldade do retorno ao mundo depois de sobreviver numa situação tão atípica que quebra com suas crenças mais básicas. Bela surpresa.
Um filme muito divertido, que traz um elenco afiado na comédia e com algumas atuações teatrais que funcionam muito bem, com uma atmosfera carnavalesca soteropolitana muito justa, mostrando o pior e o melhor que Salvador tem - ou ao menos a região do Pelourinho. Me impressiona como no final o filme consegue te destroçar completamente sem soar deslocado, acertando em cheio na carga dramática. Uma das grandes obras de Salvador sobre Salvador.
Por um lado, temos Fennell mostrando o quanto pode ser uma ótima diretora técnica e esteticamente, pois várias escolhas estéticas dela são maravilhosas, tendo um auxílio gigantesco da fotografia e direção de arte, que estão no ponto. Keoghan mais uma vez mostra o quanto é um ator de qualidade, e Elordi, apesar de não atuar tanto quanto seu parceiro de cena, está extremamente atraente e manda bem quando precisa ser acionado. Porém, é um filme que não tem roteiro, só um argumento central, porque nada é bem desenvolvido, os personagens são vazios, os backgrounds são jogados e as ações são idiotas, infantis, burras ou inverossímeis. Precisa não de muita, mas toda suspensão de descrença do mundo para acreditar que o filme acabaria como acabou. O que piora são as metáforas visuais óbvias que a Fennell deve ter achado geniais, mas só foram meio bobas mesmo, sem falar no encaixe desesperado de cenas tentando chocar ou "passar dos limites", quando só soam deslocadas e sedentas por causar algum choque no espectador, já que o enredo em si não pode fazer isso sozinho. O final todo mastigadinho, explicando tintim por tintim tudo que ocorreu porque trata o espectador como um idiota, é a cereja do bolo. Fennell tem que desistir de roteiro e procurar ficar só na direção, que é onde ela manda bem.
Não só é um filme que não tem pena nenhuma no gore e na violência, abusando da sanguinolência e violência, como tem um forte subtextos político sobre o momento pandêmico, a negligência estatal com o cuidado quanto ao vírus, a politização da doença e a expansão de ódio como expressão política devido à extrema polarização. Além disso, o filme se chamar A Tristeza é bem significativo, pois a explicação dada pelo virologista sobre a infecção deixa tudo muito mais doloroso e traz novas cargas à história. Final pessimista daqueles também. Uma surpresa e tanto vinda de Taiwan.
Um filme esteticamente belo, com ótimas escolhas de montagem e direção, investindo numa construção da imaginação jovem e em cores mais vivas para mostrar esses momentos, além de ter um mundo opressivo cheio de cores que vão se perdendo à medida que tudo se torna mais sufocante. O roteiro acerta muito em centar a narrativa na visão de terceiros sobre os casos que o filme segue, deixando no ar motivações e nuances internas das personagens centrais, mas incomoda bastante o fato de que somente Lux é desenvolvida dentre as cinco irmãs, enquanto Cecília ainda consegue ter.um delineamento geral, mas as outras três são quase figurantes durante toda a projeção. Ainda assim, é um drama que trata de um tema pesado e levanta interessantes pontos em torno da adolescência, repressão parental, fundamentalismo e suicídio.
O filme até caminha bem com o novo jogo e o plot do terrorismo encabeçado pelo Nanahara, mas a partir do momento em que os participantes do jogo se encontram com os terroristas, o filme vai só ladeira abaixo, se tornando extremamente maçante, atropelado, melodramático em excesso, a ponto de ficar quase insuportável de lidar. As boas cenas de ação e a produção melhor que o primeiro filme não salvam o descarrilamento na segunda metade, em que a trama se perde toda e um monte de flashbacks são mal encaixados. Parecia que seria um bom filme, mas no final tudo desandou.
Esse e Madrugada dos Mortos foram dois filmes importantíssimos na renovação do gênero de zumbis. Esse traz inúmeras referências que se tornariam padrões do gênero, influenciando obras futuras. É um filme frenético em seu início, trazendo não zumbis em si, mas uma infecção que se propaga como no caso dos zumbis, e temos alguns momentos violentos bem legais. A câmera está péssima, mas Boyle consegue criar bons momentos. O filme se perde com a entrada dos militares, principalmente no final quando Jim se transforma num fuzileiro naval de filme de ação do nada, mas é um verdadeiro marco do terror. A cena alternativa é um final bem melhor que o do filme mesmo.
Em termos de ação, a câmera tremida nas lutas incomoda mais que no primeiro, mas temos cenas maiores e de proporções mais destrutivas, o que é um acerto. A produção mantém o excelente padrão visto no antecessor e o roteiro pareceu dar umas certas forçadas que não aconteceram no primeiro, principalmente em relação a Milady e Constance, mas temos uma trama mais intrincada, cheia de revelações, que fecha pontos iniciados no primeiro filme para que a última parte da trilogia seja a conclusão da aventura dos três - que na verdade agora são quatro - mosqueteiros.
Que espetáculo! Até hoje só tinha visto versões americanas de Godzilla, então esse foi meu primeiro contato com o monstro em produções japonesas. É uma das únicas vezes em que um filme de monstro me fez sentir opressão, receio e até medo, como se aquele ser fosse real e pudesse causar toda aquela destruição (ver isso na tela de cinema foi crucial nesse sentido). As limitações orçamentárias não impediram que o resultado visual fosse completamente crível e impressionante, pois o Godzilla está maravilhoso, provavelmente em sua melhor e mais perigosa versão. Além disso, o som do filme é formidável; nas cenas de destruição, a sensação é aterradora, é um mergulho profundo no caos através do som e da poderosíssima trilha sonora, além dos silêncios muito bem segurados e trabalhados nas cenas dramáticas - mérito da direção certeira de Yamazaki. Inclusive, esse é outro ponto - provavelmente o principal - que faz toda a diferença e coloca Minus One como um blockbuster muito acima de seus concorrentes: saber trabalhar o drama de seus personagens. O elenco não só está afiadíssimo, como o roteiro sabe trabalhar os traumas e dilemas de cada personagem da trama, dando ao público a sensação de apego a eles e provocando empatia e medo por sua integridade. Tudo nesse sentido é muito bem construído, sem falar no texto político e histórico, pois temos aqui uma grande ficção política sobre os traumas nacionais do pós-guerra e a contraposição entre o povo e o Estado, um lado querendo a vida e outro lado sem se preocupar com a morte. Chegou de surpresa e angariou uma vaga entre os melhores filmes do ano sem esforço algum. Uma surra nos blockbusters que Hollywood vem entregando ultimamente.
Uma colcha de retalhos de estéticas, argumentos e narrativas de filmes famosos, como Star Wars, Os Sete Samurais, ...E O Vento Levou, dentre outros, resultando num filme sem alma, sem carisma e sem originalidade. O vício técnico do slow motion de Snyder, que sinceramente nunca me incomodou muito, com algumas exceções, dessa vez foi extremamente irritante, com o mérito de atrapalhar todas as cenas de ação, quebrando o ritmo das lutas e usando o recurso de formas geralmente desnecessárias. Tem alguns poucos momentos de ação divertidos e personagens com algum potencial, mas estes foram deixados totalmente de lado para serem trabalhados na segunda parte (provavelmente). Os que ficaram em foco aqui ou nem tiveram muito a ser desenvolvido para ter o que se apegar ou não tinham o mínimo de carisma, especialmente a protagonista. Quanto ao roteiro e à história, Snyder tem que desistir dessa parte, porque cada vez mais ele vem se mostrando pior nisso, desde o argumento batido aos diálogos vazios e ridículos, além de que praticamente nenhuma personagem vai além de um estereótipo muito mal construído; a forma de chegar até eles é completamente mal elaborada e eles aceitam participar da empreitada porque sim, resumindo tudo a vingança, vingança, vingança. Visualmente, consegue ser mais certeiro quando aposta no puro CGI do que quando tenta usar cenários práticos, principalmente em cenas sem iluminação diurna. E mais uma vez, o paralelo visual com nazistas, que já tá batido até demais. Não é totalmente terrível, tem alguns momentos divertidos, mas é facilmente o pior filme da carreira de Snyder - até agora.
Um dos filmes mais interessantes da temporada passada. Uma comédia com mais a se pensar e a se sentir do que propriamente fazer rir. O elenco está soberbo, com atuações no ponto, especialmente a dupla Farrell e Gleeson. McDonagh mais uma vez mostra seu diferencial como diretor e roteirista, trazendo uma história que parte de uma premissa aparentemente boba, mas que se desenvolve para algo profundo e muitas vezes violento, dando início a algo muito maior. Os paralelos com a própria história da Irlanda e sua eterna guerra civil são fascinantes, e é muito triste pensar que o filme se passa em 1923 e a guerra já explodia na ilha ao lado, e hoje, 100 anos depois, as coisas continuam. Só para não deixar passar, que fotografia maravilhosa. A escolha das locações garantiu ao filme um ar bucólico quase divino.
Já nasce clássico. Investe num roteiro que desenvolve muito bem seus personagens e seus dramas pessoas, baseados em atuações potentes e atores extremamente carismáticos como suas contrapartes, numa conjunção nostálgica e certeira com direção de arte, figurinos, trilha sonora e fotografia para uma reprodução de época exímia, tendo na direção de Alexander Payne uma condução que dá espaço para cada um dos três excelentes protagonistas brilharem e estabelecer o foco sempre no que é mais importante. Aconchegante, libertador e espirituoso. O trio principal merece figurar nas premiações, assim como Payne na direção e Hemingson no roteiro.
Tem seus furos após o plot twist, mas vale demais pela tensão muito bem criada pela direção de Aja e pelo uso de um bom e valoroso gore. Certamente o filme do cinema extremo francês que mais curti.
Kurosawa pode até usar a internet como elemento, mas isso é o que menos interesse em seu filme. O pessimismo de sua forma de fazer terror, algo visto antes em A Cura, é o ponto central dessa narrativa que, entre explicações e lacunas, aborda não o risco da internet no distanciamento entre as pessoas, mas no fato de que isso já acontecia e que não seria a ilusão de proximidade que mudaria isso. A Tóquio megalópole, lotada de pessoas, neon e cores, dá lugar a subúrbios vazios, ruas desertas, apartamentos desarrumados e fábricas abandonadas, trazendo a imagem do cotidiano do cidadão dos grandes centros urbanos: a solidão, o distanciamento, o vazio e a vivência quase como um fantasma. Então, a pergunta que parecia ter resposta óbvia e até idiota se mostra pertinente: o que nos difere de fantasmas? De várias formas, o filme dialoga sobre isso, usando a tecnologia como o suporte da vez, mas demonstrando que, mesmo sem ela, essa é a condição atual do humano: viver só, na vida ou na morte, com vivos ou fantasmas. E não é por investir tão bem nessa alegoria bastante deprimente que deixa de ser um terror com propriedade; tem alguns momentos aqui que eu fiquei boquiaberto, a tensão que o diretor constrói auxiliado pela fotografia, pela trilha sonora e pela direção de arte é de cortar a respiração e fazer esbugalhar os olhos. É um terror de ritmo próprio, que constrói suas cenas mais densas sem pressa, sem subterfúgios, sem jumpscares, e isso não vai agradar muitos, mas atmosfericamente é certeiro em tudo que propõe. Esse merecia ser muito mais famoso e reconhecido que Ringu, mas infelizmente o péssimo remake americano fez o trabalho de manchar a reputação desse aqui.
Boa premissa, boas atuações, mas é tudo tão "técnico" e frio que isso acabou para mim indo contra o filme. A intenção é justamente abordar a bioética e as questões da maternidade sem julgar as personagens por quem eles são, mas pelas atitudes que tomam, mas isso meio que cria uma barreira a conseguir ter algum interesse para que queiramos ou não que os objetivos sejam atingidos. Além disso, é um drama com algumas cenas de gore, pois o elemento terror é extremamente escasso, senão inexistente, sem falar que devido ao foco ser muito sobre o processo científico da coisa e a relação entre as protagonistas baseada nisso, acaba sendo um filme muito parado e de ritmo lento.
O tipo de encerramento que a saga e o personagem merecia. Um retorno às origens, às ruas da Filadélfia, respeitando os personagens e mostrando o melhor de Rocky. A luta final, apesar de menos bem coreografada que as anteriores da franquia, é emblemática, principalmente quando ela acaba, Rocky sai do ringue e nem espera pelo resultado, pois sua vitória já havia sido conquistada. Depois de 30 anos, um ciclo se fecha da forma mais justa que poderia, reverenciando o melhor que a saga trouxe ao longo de três décadas. Poderia dar um background melhor ao Dixon e construir um pouco mais a relação de Rocky com o filho, mas no geral foi um filme que acertou muito no que se propôs.
Se conseguirem fazer algo pior que esse filme na franquia - considerando Creed como parte dela -, pode enterrar logo, porque morreu. Esse aqui tenta dar um novo rumo e uma espécie de encerramento à jornada de Rocky, mas falta carisma, roteiro, ritmo e alma. Nem parece que é o mesmo diretor do primeiro que se tornou um clássico. Até a trilha de Conti deram um jeito de estragar. Ainda é bom ver Rocky trocando socos e ainda mais indo pra outro tipo de luta quando a coisa está fora dos ringues, mas pouco dos acertos dos filmes anteriores foi visto aqui.
Um filme que peca pela presença de certos elementos desnecessários, como o robô ridículo da Sony, as montagens musicais longas com cenas dos filmes anteriores ou do próprio filme, e o discurso final de Rocky após a luta somado ao fato dos russos estarem ovacionando ele, o que, no contexto da coisa, não faz sentido. O drama é mal desenvolvido, e o impacto da morte de Apollo não condiz com a importância gigante do personagem na franquia. Vale pela entrada de Dolph Lundgren, que traz de longe o vilão mais memorável da saga, o gigantesco e mortal Ivan Drago, e pelo subtexto político, que traz o patriotismo americano, dividido entre os EUA da propaganda (Creed) e os EUA real (Balboa) contra a crueldade e frieza soviética (Drago). Uma aula didática do pensamento americano durante a Guerra Fria. Pena que o roteiro foi bem fraco.
Apesar de um degrau abaixo dos dois anteriores, é um filme que mostra uma nova fase da vida do protagonista, agora um superastro do boxe, e como toda essa tranquilidade e alegria pode ruir de repente. O fio emocional, depois de um primeiro ato um tanto mais ou menos, vem com força no segundo ato, e o processo de treinamento de Rocky, que vai de encontro a tudo que ele era e conhecia, é muito bom de acompanhar. A luta contra Mr. T mostra a melhor performance de Stallone no ringue, em que, mais do que um brutamontes que sabe aguentar porrada, ele vira um verdadeiro predador, com velocidade, agilidade e inteligência.
É uma continuação digna, que traz novos desafios da vida pessoal de Rocky e Adrian para mostrar por que a revanche que não deveria ocorrer aconteceu. A partir de certo momento, o filme é quase uma cópia do primeiro, mas o ato final é novamente algo grandioso.
Daqueles filmes simples, mas que funcionam por isso. O carisma de Stallone e a trilha de Bill Conti fazem com que esse filme, que podia ser esquecível, se torne um clássico do cinema que será sempre relembrado, referenciado e admirado. A luta entre Creed e Balboa é um evento à parte, elevando tudo no filme. No fim, mais que uma história de superação, Rocky é um conto americano sobre outras vitórias que podemos ter, mesmo que não atinjamos o grande objetivo.
Quase chega a ser um bom trash, mas isso quase se resume só a segunda metade do filme e tiveram a ideia genial de colocar um trash dentro de um filme idiota de adolescente na faculdade. Perde-se tanto tempo com personagens inúteis e sem graça que o filme só se torna maçante e frustrante, mas quando a preguiça entra em cena, é diversão idiota garantida. Animal mais apelão de todos os tempos, bebe, usa internet, rouba, mata, dirige carro, luta com espada, especialista em todo tipo de morte. Até na última cena perderam uma chance de ouro de fazer algo porra loca. Uma pena que se limitaram tanto, porque podia ser uma trasheira das boas.
Priscilla
3.4 166 Assista AgoraSe eu começasse a ver os filmes de Sofia Coppola por aqui, provavelmente desistiria de ver outros da diretora. O filme em si não é ruim, mas o nome engana. Deveria se chamar Priscilla Presley, pois a personagem só existe enquanto na vida de Elvis, o que acaba sendo bem contraditório pelo filme tratar de Priscilla (supostamente). E sendo o filme sobre ela, tem umas poucas cenas específicas mostrando só o Elvis que fogem do foco nela, e apesar de ser escolha artística da diretora para ilustrar o apagamento da personagem, depõe contra o próprio filme. Além disso, o filme não só aumenta os eventos pra pintar Elvis ainda pior do que já era, como vitimiza excessivamente a Priscilla e a transforma quase numa mulher sem nenhuma voz, sendo que ela teve vários momentos dentro do casamento em que mostrou força ou oposição (como o caso com o instrutor de karatê que fica muito implícito no filme). No fim, você sai sem conhecer nada da Priscilla, a não ser que ela sofreu na mão de Elvis. E resumir a fase pós-casamento e maternidade à meia hora final ou menos foi um desperdício. Grande trilha sonora, bom trabalho de maquiagem e figurinos e a cena final é ótima, mas faltou substância ao filme, que não parece ter um objetivo muito claro a não ser construir um novo imaginário de Priscilla Presley que, ironicamente, a apaga ainda mais.
O Mundo Depois de Nós
3.2 892 Assista AgoraIncrível como o filme vai construindo uma tensão promissora e estabelecendo pontos curiosos para no fim tudo ser deixado de lado por uma pretensão de fazer tudo ser "misterioso" demais. Se o primeiro ato traz interesse, o segundo fica andando em círculos constantemente para segurar "revelações" até o terceiro ato, e isso faz com que os personagens se contradigam e se tornem somente estereótipos sem nuances: a esposa desconfiada e carrancuda, o marido positivo, o pai herói pelos outros, a filha ranzinza, o filho babaca e a filha mais nova curiosa e pouco ouvida. Seriam bons padrões se fossem além disso, mas o filme não sabe fazer seus personagens minimamente interessantes ou cativantes, nem a trama consegue ser impactante, pois a partir do momento que temos algumas conclusões sendo tiradas, chega a ser meio ridículo o drama que o filme tenta fazer sobre isso. Sam Esmail tenta fazer uma direção impressionante, mas se tornam extremamente cansativas e sem objetivo as tentativas de emplacar cenas visualmente diferentes que não dialogam em nada com a narrativa, estando ali totalmente deslocadas e sem peso algum. No final, de tantas possibilidades, talvez a menos criativa e mais "paga pau" do Estado americano foi a usada, o que foi simplesmente broxante. No fim, é um filme sem alma, sem graça, cansativo e que soa uma grande perda de tempo.
A Sociedade da Neve
4.2 720 Assista AgoraVai além da espetacularização do sofrimento que o típico filme-tragédia faz, ou de uma tentativa de estabelecer heróis do mundo real em meio a situações extremas. É um filme que respeita a história, as pessoas envolvidas e os acontecimentos, sabendo ser impactante nos momentos de tensão, mas principalmente sensível ao conseguir tornar cada sobrevivente um personagem com voz, desejos, princípios, medos e esperanças. O final foi o que mais me soou um diferencial, pois ressalta a dificuldade do retorno ao mundo depois de sobreviver numa situação tão atípica que quebra com suas crenças mais básicas. Bela surpresa.
Ó Paí, Ó
3.2 476Um filme muito divertido, que traz um elenco afiado na comédia e com algumas atuações teatrais que funcionam muito bem, com uma atmosfera carnavalesca soteropolitana muito justa, mostrando o pior e o melhor que Salvador tem - ou ao menos a região do Pelourinho. Me impressiona como no final o filme consegue te destroçar completamente sem soar deslocado, acertando em cheio na carga dramática. Uma das grandes obras de Salvador sobre Salvador.
Saltburn
3.5 857Por um lado, temos Fennell mostrando o quanto pode ser uma ótima diretora técnica e esteticamente, pois várias escolhas estéticas dela são maravilhosas, tendo um auxílio gigantesco da fotografia e direção de arte, que estão no ponto. Keoghan mais uma vez mostra o quanto é um ator de qualidade, e Elordi, apesar de não atuar tanto quanto seu parceiro de cena, está extremamente atraente e manda bem quando precisa ser acionado. Porém, é um filme que não tem roteiro, só um argumento central, porque nada é bem desenvolvido, os personagens são vazios, os backgrounds são jogados e as ações são idiotas, infantis, burras ou inverossímeis. Precisa não de muita, mas toda suspensão de descrença do mundo para acreditar que o filme acabaria como acabou. O que piora são as metáforas visuais óbvias que a Fennell deve ter achado geniais, mas só foram meio bobas mesmo, sem falar no encaixe desesperado de cenas tentando chocar ou "passar dos limites", quando só soam deslocadas e sedentas por causar algum choque no espectador, já que o enredo em si não pode fazer isso sozinho. O final todo mastigadinho, explicando tintim por tintim tudo que ocorreu porque trata o espectador como um idiota, é a cereja do bolo. Fennell tem que desistir de roteiro e procurar ficar só na direção, que é onde ela manda bem.
A Tristeza
3.4 230Não só é um filme que não tem pena nenhuma no gore e na violência, abusando da sanguinolência e violência, como tem um forte subtextos político sobre o momento pandêmico, a negligência estatal com o cuidado quanto ao vírus, a politização da doença e a expansão de ódio como expressão política devido à extrema polarização. Além disso, o filme se chamar A Tristeza é bem significativo, pois a explicação dada pelo virologista sobre a infecção deixa tudo muito mais doloroso e traz novas cargas à história. Final pessimista daqueles também. Uma surpresa e tanto vinda de Taiwan.
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraUm filme esteticamente belo, com ótimas escolhas de montagem e direção, investindo numa construção da imaginação jovem e em cores mais vivas para mostrar esses momentos, além de ter um mundo opressivo cheio de cores que vão se perdendo à medida que tudo se torna mais sufocante. O roteiro acerta muito em centar a narrativa na visão de terceiros sobre os casos que o filme segue, deixando no ar motivações e nuances internas das personagens centrais, mas incomoda bastante o fato de que somente Lux é desenvolvida dentre as cinco irmãs, enquanto Cecília ainda consegue ter.um delineamento geral, mas as outras três são quase figurantes durante toda a projeção. Ainda assim, é um drama que trata de um tema pesado e levanta interessantes pontos em torno da adolescência, repressão parental, fundamentalismo e suicídio.
Batalha Real II
2.6 39O filme até caminha bem com o novo jogo e o plot do terrorismo encabeçado pelo Nanahara, mas a partir do momento em que os participantes do jogo se encontram com os terroristas, o filme vai só ladeira abaixo, se tornando extremamente maçante, atropelado, melodramático em excesso, a ponto de ficar quase insuportável de lidar. As boas cenas de ação e a produção melhor que o primeiro filme não salvam o descarrilamento na segunda metade, em que a trama se perde toda e um monte de flashbacks são mal encaixados. Parecia que seria um bom filme, mas no final tudo desandou.
Extermínio
3.7 947Esse e Madrugada dos Mortos foram dois filmes importantíssimos na renovação do gênero de zumbis. Esse traz inúmeras referências que se tornariam padrões do gênero, influenciando obras futuras. É um filme frenético em seu início, trazendo não zumbis em si, mas uma infecção que se propaga como no caso dos zumbis, e temos alguns momentos violentos bem legais. A câmera está péssima, mas Boyle consegue criar bons momentos. O filme se perde com a entrada dos militares, principalmente no final quando Jim se transforma num fuzileiro naval de filme de ação do nada, mas é um verdadeiro marco do terror. A cena alternativa é um final bem melhor que o do filme mesmo.
Os Três Mosqueteiros: Milady
3.3 21 Assista AgoraEm termos de ação, a câmera tremida nas lutas incomoda mais que no primeiro, mas temos cenas maiores e de proporções mais destrutivas, o que é um acerto. A produção mantém o excelente padrão visto no antecessor e o roteiro pareceu dar umas certas forçadas que não aconteceram no primeiro, principalmente em relação a Milady e Constance, mas temos uma trama mais intrincada, cheia de revelações, que fecha pontos iniciados no primeiro filme para que a última parte da trilogia seja a conclusão da aventura dos três - que na verdade agora são quatro - mosqueteiros.
Godzilla: Minus One
4.1 308Que espetáculo! Até hoje só tinha visto versões americanas de Godzilla, então esse foi meu primeiro contato com o monstro em produções japonesas. É uma das únicas vezes em que um filme de monstro me fez sentir opressão, receio e até medo, como se aquele ser fosse real e pudesse causar toda aquela destruição (ver isso na tela de cinema foi crucial nesse sentido). As limitações orçamentárias não impediram que o resultado visual fosse completamente crível e impressionante, pois o Godzilla está maravilhoso, provavelmente em sua melhor e mais perigosa versão. Além disso, o som do filme é formidável; nas cenas de destruição, a sensação é aterradora, é um mergulho profundo no caos através do som e da poderosíssima trilha sonora, além dos silêncios muito bem segurados e trabalhados nas cenas dramáticas - mérito da direção certeira de Yamazaki. Inclusive, esse é outro ponto - provavelmente o principal - que faz toda a diferença e coloca Minus One como um blockbuster muito acima de seus concorrentes: saber trabalhar o drama de seus personagens. O elenco não só está afiadíssimo, como o roteiro sabe trabalhar os traumas e dilemas de cada personagem da trama, dando ao público a sensação de apego a eles e provocando empatia e medo por sua integridade. Tudo nesse sentido é muito bem construído, sem falar no texto político e histórico, pois temos aqui uma grande ficção política sobre os traumas nacionais do pós-guerra e a contraposição entre o povo e o Estado, um lado querendo a vida e outro lado sem se preocupar com a morte. Chegou de surpresa e angariou uma vaga entre os melhores filmes do ano sem esforço algum. Uma surra nos blockbusters que Hollywood vem entregando ultimamente.
Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
2.6 304 Assista AgoraUma colcha de retalhos de estéticas, argumentos e narrativas de filmes famosos, como Star Wars, Os Sete Samurais, ...E O Vento Levou, dentre outros, resultando num filme sem alma, sem carisma e sem originalidade. O vício técnico do slow motion de Snyder, que sinceramente nunca me incomodou muito, com algumas exceções, dessa vez foi extremamente irritante, com o mérito de atrapalhar todas as cenas de ação, quebrando o ritmo das lutas e usando o recurso de formas geralmente desnecessárias. Tem alguns poucos momentos de ação divertidos e personagens com algum potencial, mas estes foram deixados totalmente de lado para serem trabalhados na segunda parte (provavelmente). Os que ficaram em foco aqui ou nem tiveram muito a ser desenvolvido para ter o que se apegar ou não tinham o mínimo de carisma, especialmente a protagonista. Quanto ao roteiro e à história, Snyder tem que desistir dessa parte, porque cada vez mais ele vem se mostrando pior nisso, desde o argumento batido aos diálogos vazios e ridículos, além de que praticamente nenhuma personagem vai além de um estereótipo muito mal construído; a forma de chegar até eles é completamente mal elaborada e eles aceitam participar da empreitada porque sim, resumindo tudo a vingança, vingança, vingança. Visualmente, consegue ser mais certeiro quando aposta no puro CGI do que quando tenta usar cenários práticos, principalmente em cenas sem iluminação diurna. E mais uma vez, o paralelo visual com nazistas, que já tá batido até demais. Não é totalmente terrível, tem alguns momentos divertidos, mas é facilmente o pior filme da carreira de Snyder - até agora.
Os Banshees de Inisherin
3.9 571 Assista AgoraUm dos filmes mais interessantes da temporada passada. Uma comédia com mais a se pensar e a se sentir do que propriamente fazer rir. O elenco está soberbo, com atuações no ponto, especialmente a dupla Farrell e Gleeson. McDonagh mais uma vez mostra seu diferencial como diretor e roteirista, trazendo uma história que parte de uma premissa aparentemente boba, mas que se desenvolve para algo profundo e muitas vezes violento, dando início a algo muito maior. Os paralelos com a própria história da Irlanda e sua eterna guerra civil são fascinantes, e é muito triste pensar que o filme se passa em 1923 e a guerra já explodia na ilha ao lado, e hoje, 100 anos depois, as coisas continuam. Só para não deixar passar, que fotografia maravilhosa. A escolha das locações garantiu ao filme um ar bucólico quase divino.
Os Rejeitados
4.0 320 Assista AgoraJá nasce clássico. Investe num roteiro que desenvolve muito bem seus personagens e seus dramas pessoas, baseados em atuações potentes e atores extremamente carismáticos como suas contrapartes, numa conjunção nostálgica e certeira com direção de arte, figurinos, trilha sonora e fotografia para uma reprodução de época exímia, tendo na direção de Alexander Payne uma condução que dá espaço para cada um dos três excelentes protagonistas brilharem e estabelecer o foco sempre no que é mais importante. Aconchegante, libertador e espirituoso. O trio principal merece figurar nas premiações, assim como Payne na direção e Hemingson no roteiro.
Alta Tensão
3.5 570Tem seus furos após o plot twist, mas vale demais pela tensão muito bem criada pela direção de Aja e pelo uso de um bom e valoroso gore. Certamente o filme do cinema extremo francês que mais curti.
Kairo
3.4 165Kurosawa pode até usar a internet como elemento, mas isso é o que menos interesse em seu filme. O pessimismo de sua forma de fazer terror, algo visto antes em A Cura, é o ponto central dessa narrativa que, entre explicações e lacunas, aborda não o risco da internet no distanciamento entre as pessoas, mas no fato de que isso já acontecia e que não seria a ilusão de proximidade que mudaria isso. A Tóquio megalópole, lotada de pessoas, neon e cores, dá lugar a subúrbios vazios, ruas desertas, apartamentos desarrumados e fábricas abandonadas, trazendo a imagem do cotidiano do cidadão dos grandes centros urbanos: a solidão, o distanciamento, o vazio e a vivência quase como um fantasma. Então, a pergunta que parecia ter resposta óbvia e até idiota se mostra pertinente: o que nos difere de fantasmas? De várias formas, o filme dialoga sobre isso, usando a tecnologia como o suporte da vez, mas demonstrando que, mesmo sem ela, essa é a condição atual do humano: viver só, na vida ou na morte, com vivos ou fantasmas. E não é por investir tão bem nessa alegoria bastante deprimente que deixa de ser um terror com propriedade; tem alguns momentos aqui que eu fiquei boquiaberto, a tensão que o diretor constrói auxiliado pela fotografia, pela trilha sonora e pela direção de arte é de cortar a respiração e fazer esbugalhar os olhos. É um terror de ritmo próprio, que constrói suas cenas mais densas sem pressa, sem subterfúgios, sem jumpscares, e isso não vai agradar muitos, mas atmosfericamente é certeiro em tudo que propõe. Esse merecia ser muito mais famoso e reconhecido que Ringu, mas infelizmente o péssimo remake americano fez o trabalho de manchar a reputação desse aqui.
(Re)nascer
3.2 58 Assista AgoraBoa premissa, boas atuações, mas é tudo tão "técnico" e frio que isso acabou para mim indo contra o filme. A intenção é justamente abordar a bioética e as questões da maternidade sem julgar as personagens por quem eles são, mas pelas atitudes que tomam, mas isso meio que cria uma barreira a conseguir ter algum interesse para que queiramos ou não que os objetivos sejam atingidos. Além disso, é um drama com algumas cenas de gore, pois o elemento terror é extremamente escasso, senão inexistente, sem falar que devido ao foco ser muito sobre o processo científico da coisa e a relação entre as protagonistas baseada nisso, acaba sendo um filme muito parado e de ritmo lento.
Rocky Balboa
3.8 573 Assista AgoraO tipo de encerramento que a saga e o personagem merecia. Um retorno às origens, às ruas da Filadélfia, respeitando os personagens e mostrando o melhor de Rocky. A luta final, apesar de menos bem coreografada que as anteriores da franquia, é emblemática, principalmente quando ela acaba, Rocky sai do ringue e nem espera pelo resultado, pois sua vitória já havia sido conquistada. Depois de 30 anos, um ciclo se fecha da forma mais justa que poderia, reverenciando o melhor que a saga trouxe ao longo de três décadas. Poderia dar um background melhor ao Dixon e construir um pouco mais a relação de Rocky com o filho, mas no geral foi um filme que acertou muito no que se propôs.
Rocky V
3.1 322 Assista AgoraSe conseguirem fazer algo pior que esse filme na franquia - considerando Creed como parte dela -, pode enterrar logo, porque morreu. Esse aqui tenta dar um novo rumo e uma espécie de encerramento à jornada de Rocky, mas falta carisma, roteiro, ritmo e alma. Nem parece que é o mesmo diretor do primeiro que se tornou um clássico. Até a trilha de Conti deram um jeito de estragar. Ainda é bom ver Rocky trocando socos e ainda mais indo pra outro tipo de luta quando a coisa está fora dos ringues, mas pouco dos acertos dos filmes anteriores foi visto aqui.
Rocky IV
3.6 443 Assista AgoraUm filme que peca pela presença de certos elementos desnecessários, como o robô ridículo da Sony, as montagens musicais longas com cenas dos filmes anteriores ou do próprio filme, e o discurso final de Rocky após a luta somado ao fato dos russos estarem ovacionando ele, o que, no contexto da coisa, não faz sentido. O drama é mal desenvolvido, e o impacto da morte de Apollo não condiz com a importância gigante do personagem na franquia. Vale pela entrada de Dolph Lundgren, que traz de longe o vilão mais memorável da saga, o gigantesco e mortal Ivan Drago, e pelo subtexto político, que traz o patriotismo americano, dividido entre os EUA da propaganda (Creed) e os EUA real (Balboa) contra a crueldade e frieza soviética (Drago). Uma aula didática do pensamento americano durante a Guerra Fria. Pena que o roteiro foi bem fraco.
Rocky III: O Desafio Supremo
3.6 348 Assista AgoraApesar de um degrau abaixo dos dois anteriores, é um filme que mostra uma nova fase da vida do protagonista, agora um superastro do boxe, e como toda essa tranquilidade e alegria pode ruir de repente. O fio emocional, depois de um primeiro ato um tanto mais ou menos, vem com força no segundo ato, e o processo de treinamento de Rocky, que vai de encontro a tudo que ele era e conhecia, é muito bom de acompanhar. A luta contra Mr. T mostra a melhor performance de Stallone no ringue, em que, mais do que um brutamontes que sabe aguentar porrada, ele vira um verdadeiro predador, com velocidade, agilidade e inteligência.
Rocky II: A Revanche
3.8 360 Assista AgoraÉ uma continuação digna, que traz novos desafios da vida pessoal de Rocky e Adrian para mostrar por que a revanche que não deveria ocorrer aconteceu. A partir de certo momento, o filme é quase uma cópia do primeiro, mas o ato final é novamente algo grandioso.
Rocky: Um Lutador
4.1 848 Assista AgoraDaqueles filmes simples, mas que funcionam por isso. O carisma de Stallone e a trilha de Bill Conti fazem com que esse filme, que podia ser esquecível, se torne um clássico do cinema que será sempre relembrado, referenciado e admirado. A luta entre Creed e Balboa é um evento à parte, elevando tudo no filme. No fim, mais que uma história de superação, Rocky é um conto americano sobre outras vitórias que podemos ter, mesmo que não atinjamos o grande objetivo.
Garras Vorazes
2.0 39 Assista AgoraQuase chega a ser um bom trash, mas isso quase se resume só a segunda metade do filme e tiveram a ideia genial de colocar um trash dentro de um filme idiota de adolescente na faculdade. Perde-se tanto tempo com personagens inúteis e sem graça que o filme só se torna maçante e frustrante, mas quando a preguiça entra em cena, é diversão idiota garantida. Animal mais apelão de todos os tempos, bebe, usa internet, rouba, mata, dirige carro, luta com espada, especialista em todo tipo de morte. Até na última cena perderam uma chance de ouro de fazer algo porra loca. Uma pena que se limitaram tanto, porque podia ser uma trasheira das boas.