Lars eh um homem cis branco rico hetero, eu nao fui escravo, sou preto, nao preciso de salvador branco, dou td a liberdade a um artista de abordar o tema q quiser e da forma q quiser.
Nao vi mtos filmes sobre escravidao, mas dos poucos q vi ,este aki eh disparado o melhor, eh cinico, mordaz, subverssivo e pinta a tds como seres humanos, nao como anjos de luz.
Mais do q criticar o racismo estrutural, ele critica a America, ele toca na ferida dos EUA e como seus sistema afeta a tds q nele vivem, pretos ou brancos; eh um filme, assim como dogville, anti-eua.
Mas assim como em Dogville, a estilizacao extrema do filme nao me agradou tanto.
Acho mto simplorio e facil gravar num sound stage e fingir ser peca de teatro. a explicacao do Lars beira o infantil "queria q o publico focasse na estoria e nos personagens";
isso tira o proposito do Cinema, ele tratou como teatro; cinema eh uma arte de diretor, nao de roteiro; eu queria ter visto a estoria sendo contada visualmente nao apenas por palavras ditas e narracao.
Eu preciso maturar, mas ainda assim quero gritar: OBRA-PRIMA!
Pois superou Dogville.
Mais original pq nao eh uma adaptacao como Dogville foi, mas vem do amago do roteirista.
Achei uma fabula q poderia ser usada em aulas de sociologia e politica no geral, inclusive em cursos de Direito.
Ele eh mais enfadonho ate as primeiras reviravoltas, mas isso pq em Dogville vc tem misterios e a quebra de expectativas com os moradores sendo imorais, mas aki, eh bem mais disney, vc pensa q o lars ta sendo politicamente correto, retratando os pretos como vitimas e sendo bonzinhos, e os brancos como malzones, msm os brancos bem intencionados como a Grace.
Mas o tom vai mudando, Lars insere escuridao e camadas acinzentadas nas personalides e dinamicas.
funciona mto bem enquanto drama e mto bem enquanto ficcao cientifica; mas qdo misturados os dois, nao funciona e fica parecendo patetico; a metafora tao obvia q nem a praca eh nossa ousaria.
O lars eh polemico, acusado de assediar a bjork e outras atrizes; ele nao tem depressao e nao entende disso;
eu hj msm estou aki num episodio de depressao, passei o dia td comendo, q nem a Justine com o chocolate, e msm com a barriga estufada, vou assistir morimbundamente a outro filme e continuar a me empanturrar.
Mto perigoso pra mim e pra qm tem depressao ver um filme desses q tem uma intencao clara, mas nao unica, de q uma pessoa com "melancolia" traz o caos e arruina a vida de tds ao seu redor. Achei mto perigoso.
Nunca vou entender o odio q este diretor recebe. assisti a the square ontem e ja tinha visto triangulo da tristeza e acho o homi excelente.
Aki ele se supera e faz esta obra incrivel.
O quinto final (ultimo dia de esqui) eh q derrapa um pouco conceitualmente e vem com licao de moral, e das mais basicas e rasas.
Mas visualmente um deleite, intensificando o senso de perigo, desolamento e terror.
O Ruben tem este habito de fazer analogias e tratar assuntos um pouco de maneira direta, mas sempre ha camadas a serem exploradas de maneira mais profunda.
Acho-o inteligentissimo enquanto roteirista e soberbo com dominio total na direcao.
O titulo eh bem sinedoque/metonimico e as avalanches, os alpes se personificam em ser um personagem em si so.
As 2 cenas do drone foram orginalissimas.
O Ruben tb tem esta marca registrada de colocar os personagens em situacoes reais e incomuns, porem elevar o tom um tiquinho, trazendo estranheza e um quase artificialismo/exagero novelesco, q acho mto perspicaz e talentoso.
Por falar em talento, seus filmes sempre possuem pelo menos uma atuacao digna de premiacoes, costumam ser mto naturais (nao naturalista, natural msm), e requerem um espectro emocional dentro de um unico sentimento, ou seja, o ator precisa passar pelas zonas acinzentadas de um msm sentimento e nao apenas fazer carao ou cara de paisagem.
Como td filme dele, ele possuem uma cena destaque, q mts vezes eh promovida nos posteres, q eh imaginativamente bem executada e idealizada, aqui eu diria q eh a cena dos homens gritando na rave, q foi mto curta, mas interessante; nao tanto qto a familia se perdendo esquiando na neve.
Mas tb como todo o filme dele tb, sempre ha uma cena q passa do limite do proprio estilo pretendido; se em The square, a verossimilhanca esta comprometida com aquele guri querendo arruinar a vida do protagonista; aki em Forca Maior, a cena dele desabando em choro ficou infantil, dificil engolir, e o proprio ator nao encenou bem; porem acho q ele foi instruido pelo Ruben a ter aquela performance mais esteriotipica.
Enfim, jamais vou morrer de velhice sem saber o pq tanta gnt nao gosta dos trabalhos do diretor; o acho melhor q o Bong-jon hoo, q tem certas similaridades em temas abordados.
repisando os temas sem acrescentar mto, os comentarios acerca da era das redes sociais foi meio agua com acucar e nada q blackmirror ou outras obras mais antigas ja nao o tenham feito e com mais profundidade - como por ex george romero lancou 10 anos antes o Diary of the Dead q eh bastante denso sobre a era dos celulares e redes.
repisa temas de querer morrer, criancas tinhosas; seu estilo narrativo jogando cenas no escuro sem q entendamos a principio.
a cena do karaoke foi patetica, detesto qdo personagens tem cenas assim de danca e claramente percebesse q sao atores e msm qdo precisam dancar desengoncadamente, nota-se um atabalhoamento calculado e e bonito.
longe de ser um filme ruim, so nao eh o melhor do haneke, nao chega a ser tao desinterssante qto time of the wolf.
possivelmente o melhor filme do Haneke, do original funny games pra ca vi tudo ou quase e tinha achado code unknown o melhor, mas esse superou. ele tem a frieza e misantropia tipica do haneke mas explora o drama, coisa q nao acontece em Amour q eh um filme pra ser mais emocional e humano mas eh mto frio.
o haneke segue estrutura de roteiro mas a narrativa eh atipica, ele nao da tds as informacoes e na sua filmografia costuma nao ter climaxes resolutorios. qm esta acostumado com filmes de estudio, especialmente hollywoodianos, tera dificuldades em apreciar e em aceitar o final.
o estilo do haneke eh sempre bem frio e distante, msm com uma fotografia tao proxima e diversos close ups. Mas aki ate teve um tom de melodrama - o q pro haneke q costuma filmar com frigidez e apatia, da pra dizer q foi novelao bem agua com acucar, rs.
Queria ter gostado mais e acho q se tivesse tido uma pulsao mais folhetinesca, teria surtido melhor efeito e impacto.
eh um torture porn (ou seria splatter film ja q as torturas sao criativas) com pifio complexo de electra.
a atuacao do protagonista eh otima, mas o par de doidos nao convence, eh mto novela das 9.
Aborda o processo de perda e luto com mta qualidade dentro da estetica e genero de horror, pena q isso foi mais no inicio da projecao e dps eh deixado de lado.
Nao gostei do casalzinho secundario pq, apesar de interessantes e bem encenados, pareceu enchecao da linguica pra aumentar a ja curta metragem.
a direcao eh barbara e inspiradissima, imprimindo uma identidade bem estilizada.
O inicio ate o rapto do rapaz eh bastante original e epitome dos anos 90 e 00 - destaque para o protagonista andando ao som de Metal pesado e segurando a corrente de navalha cortando a mao toda - q inclusive eh um otimo uso da tecnica foreshadowing pra qdo ele eh forcado a chorar mas nao chora.
tava achando meio q obra-prima ate avancar um pouco com eles no navio do capitao. diminuiu o fascinio e o roteiro estrutural mostrou mais as caras. ainda assim eh bastante arthouse.
acho q preciso maturar o q vi, ou revistar a obra, mas me pareceu ser antiquada no quesito feminino, claramente radfem, excluindo trans e generos fluidos.
Ainda assim, eu um filme unico e magistral em sua maior parte.
fui ver o fime as cegas e o iniciozinho eh bem bacaninha ate eu ter achado estranho a professora mandar o menino tirar satisfacao com a faxineira.
Ai qdo chegou a cena da torta foi meio q reviravolta e o filme mostra ao q veio.
porem aqueles 20 minutos delas no cha de nazismo eu achei mto, mas mto ridiculo, ficou sendo uma satira das mais obvias nivel zorra total e sitcoms sem risadas de fundo. foi dificil engolir aquela superficialidade banal.
Mas ai a cena do clubinho delas acaba e o filme continua e melhora mto, vira um suspense invasao domiciliar.
achei tds as vilas carismaticas e tive empatia pra com elas (pois a vida delas estaria arruinada apos o q fizeram).
o final eh uma metonimia/sinedoque para renascimento (ou trauma), porem achei um tanto leve e covarde, deveria ter se encerrado sem emergir do fundo da agua.
eh um filme q tem um trabalho de direcao esperto e minucioso. porem a identidade visual e musical de videoclipe cansou apos um tempo; preferiria se tivesse sido mais coadjuvante em vez de ser grandiosa.
Preocupou-me um pouco o retrato estigmatizante e cliche em tratar pessoas com doencas mentais (neurodivergentes em geral, e aki, esquizofrenicos) como seres violentos e ate msm psicopaticos. eh hollywood, neh. praxe.
o longa se inicia de maneira meio original mas fica aguado no desenrolar, bem generico.
um que forte de horror lovecratiniano q eu queria ter visto ser explorado.
do miike vi itchy, visitor q, audition e talvez mais 1 ou 2 filmes q ja nem lembro. Vcs q me perdoem, mas acho esse melhor q tds os supracitados. ele eh bem soturno, com trilha arrepiante minimalista; trabalho de camera, cenografia e fotografia precisos e mui eficientes.
como bem disse um comentarista ai embaixo, eh lynch mas no finalzinho vira cronenberg.
mais do q procurar entender aquele final, eh se deixar levar pela experiencia catartica e cinestesica pura q o cinema pode oferecer: a estetica.
dialoga bastante com visitor q e um certo tema de maternidade renascimento.
vi este filme hj, um dia apos A Sala dos Professores (longa alemao q concorreu a melhor filme internacional no oscar 2024). Disseram q tinha uma tematica e trama mto similar.
eu acho q apenas esbarram, e os escopos sao completamente diferentes. Ambos eu recomendo com intensidade.
q novelao! e eu amei!!! melodrama hitchockiniano classico e sem brechas interpretativas sobre os abusos sexuais.
mas eh coisa bem de pais rico branco neh. se fosse no br seria curta-metragem pq tao logo a coordenadora da escolinha contasse aos pais o q houve, o Mads seria linchado ou ate a morte ou ficaria em coma e na curta-metragem parte 2 voltaria para cacar os "cidadaos de bem justiceiros".
eh um filme q td br medio deveria ver pq funciona como um cautionary tale (estoria com licao de moral).
meio q achei obra-prima nao fosse o final abrupto.
eh um filme sobre seres humanos, e enquanto tais, somos tds falhos. msm a protagonista esta longe de ser a mocinha ilibada e tem algumas atitudes q seriam o suficiente para q ela fosse "cancelada".
eh um filme q retrata nossa sociedade quase q em tds os seus aspectos gerencionais hierarquicos; mas no microcosmo escolar.
Tem inclusive um subtexto sobre papeis de genero em esfera biologica - como o fato de a professora nao ser mto respeitada pelos alunos nem qdo se impoe, mas se fosse um homem, seria mais prontamente respeitado.
lembra mto os filmes do iraniano asghar farhadi, mas sem conclusoes.
olhe, a direcao eh magnifica. normalmente os carros aparecem se movendo virando curvas, como q se fosse seres humanos espiando.
a cinematografia tb casa mto com o tema q vem na reviravolta.
mas tive um problema mto grande para com o roteiro. ele constroi td aquele misterio novelesco da traicao na trupe de atores pra nos +- 40 min finais abandonar por completo.
Aquela reviravolta nao so nao me convenceu mas foi mto deus ex machina; porem eu fiquei intrigado pq pensei q iria trazer respostas ao q ocorreu no resto do filme e desenvolver mais o grupo teatral.
Mas nao, o roteiro realmente abandona tudo aquilo, como q se nao tivesse ocorrido; como q se fossem 2 filmes completamente diferentes; uma colagem sem logica (como o proprio diretor da peca diz ao trocar os atores de papeis).
Aquele dialogo td do protagonista com o padre sobre vender a religiao catolica em lunabador beira o infantil, feito por aluno da quarta serie de escola de padre q ta tendo primeiro contato com Marx ou niilismo. Foi vergonha pura.
Mas o filme no geral eh bom, eh uma experiencia unica msm q o diretor converse consigo msm e se autoparodia; inclusive nr.10 significa q eh o decimo filme dele.
Bem mediano. se perdeu pq qdo eles chegam ao laboratorio, ficou kitsch, ficou trash sem eles se darem conta daquilo ja q investiram uns 80% do orcamento naquele ultimo ato no cgi.
o conceito foi otimo mas desenvolvido e realizado; nao soube dosar o terror - no qual tentou se ancorar por boa metragem da fita - nem a comedia; e depois descambou por completo para a ficcao cientifica.
o filme estava um arroubo, meio q genial ate; com uma fotografia quase td natural; mas ai qdo eles chegam ao armazem, o filme perde forca pq o haneke tem seu estilo em q os personagens seguram informacao (withhold) do espectador.
aki isto, aliado ao distanciamento q o haneke tb tem como marca tarimbada, nao funciona mto; uma enxurada de personagens com aparencia similar (causada pelas roupas tb) e iluminacao baixa faz com q achemos desinteressante tds os conflitos e encontros.
destaque para os filhos da huppert, q possuem lutas internas profundas e na vdd movem o filme; eh mto raro no cinema ver as criancas serem psicologicamente mais desafiadas de maneira madura que os pais.
perdi a virgindade de Lars. E olhe...gostei baaaastante. Achei ate genial em diversos momentos. Eh tudo o q o Yorgos Lanthimos queria ser mas nao consegue. Misantropia com alto introspecto filosofico
acho q esse o filme do sono centrado em um personagem masculino q mais desenvolve o msm. e ainda assim nao tem a qualidade da trilogia do clube do suicidio nem de tokyo vampire hotel - q sao protagonizados por mulheres.
aki , diferentemente dos outrso q citei, o sion sono explora psicologicamente mas sem ir mto a fundo e sem trazer respostas e conclusoes ainda mais profundas, deixando tudo muito solto, uma viagem interrompida antes de atingir o seu destino final.
ainda assim eh melhor q os outros filmes de macho q vi do sion; love exposure, hazard, himizu e talvez mais algum outro q eu nao me lembre agora.
enfim, o yorgos lanthimos na sua era grega tem uma estrutura e tematica similar; mas claro, nao chega aos pes do sion sono
Recomendo assisitir sem saber de nada e sem pesquisar sobre a peca de teatro no qual eh baseado. o filme teve um ritmo problematico e eu tava me perguntando se o cronnenberg pegou pra rodar pq tinha dividas a pagar. ai la pelos 1h22m vem uma das maiores reviravoltas q ja vi num filme.
nao eh de todo ruim, as cenas com a cantora acima do peso sao otimas; mas... o dario nao aprendeu, sempre foi acusado de misogino, e aki reitera isso com repetidos momentos em q a tal cantora eh chamada de va*a g**rda.
porem, no quesito male gaze, ele melhorou e mto; a cena do bordel eh praticamente feita para os espectadores gays e mulheres pois os homens la sao musculosos e ha um par de homossexuais, enquanto q as prostitutas q aparecem nuas sao quase todas "fora de forma" e nao nos padroes de beleza. Foi a primeira vez q vi o Argento fazer isso
Manderlay
4.0 297 Assista AgoraLars eh um homem cis branco rico hetero, eu nao fui escravo, sou preto, nao preciso de salvador branco, dou td a liberdade a um artista de abordar o tema q quiser e da forma q quiser.
Nao vi mtos filmes sobre escravidao, mas dos poucos q vi ,este aki eh disparado o melhor, eh cinico, mordaz, subverssivo e pinta a tds como seres humanos, nao como anjos de luz.
Mais do q criticar o racismo estrutural, ele critica a America, ele toca na ferida dos EUA e como seus sistema afeta a tds q nele vivem, pretos ou brancos; eh um filme, assim como dogville, anti-eua.
Mas assim como em Dogville, a estilizacao extrema do filme nao me agradou tanto.
Acho mto simplorio e facil gravar num sound stage e fingir ser peca de teatro.
a explicacao do Lars beira o infantil "queria q o publico focasse na estoria e nos personagens";
isso tira o proposito do Cinema, ele tratou como teatro; cinema eh uma arte de diretor, nao de roteiro; eu queria ter visto a estoria sendo contada visualmente nao apenas por palavras ditas e narracao.
Manderlay
4.0 297 Assista AgoraEu preciso maturar, mas ainda assim quero gritar: OBRA-PRIMA!
Pois superou Dogville.
Mais original pq nao eh uma adaptacao como Dogville foi, mas vem do amago do roteirista.
Achei uma fabula q poderia ser usada em aulas de sociologia e politica no geral, inclusive em cursos de Direito.
Ele eh mais enfadonho ate as primeiras reviravoltas, mas isso pq em Dogville vc tem misterios e a quebra de expectativas com os moradores sendo imorais, mas aki, eh bem mais disney, vc pensa q o lars ta sendo politicamente correto, retratando os pretos como vitimas e sendo bonzinhos, e os brancos como malzones, msm os brancos bem intencionados como a Grace.
Mas o tom vai mudando, Lars insere escuridao e camadas acinzentadas nas personalides e dinamicas.
Melancolia
3.8 3,1K Assista Agoranao entendo o fuzue entorno da performance da kristen dunst. Ela esta otima, mas qm brilha ali pra mim eh a charlotte
Melancolia
3.8 3,1K Assista Agorafunciona mto bem enquanto drama e mto bem enquanto ficcao cientifica; mas qdo misturados os dois, nao funciona e fica parecendo patetico; a metafora tao obvia q nem a praca eh nossa ousaria.
O lars eh polemico, acusado de assediar a bjork e outras atrizes; ele nao tem depressao e nao entende disso;
eu hj msm estou aki num episodio de depressao, passei o dia td comendo, q nem a Justine com o chocolate, e msm com a barriga estufada, vou assistir morimbundamente a outro filme e continuar a me empanturrar.
Mto perigoso pra mim e pra qm tem depressao ver um filme desses q tem uma intencao clara, mas nao unica, de q uma pessoa com "melancolia" traz o caos e arruina a vida de tds ao seu redor. Achei mto perigoso.
Força Maior
3.6 241Nunca vou entender o odio q este diretor recebe. assisti a the square ontem e ja tinha visto triangulo da tristeza e acho o homi excelente.
Aki ele se supera e faz esta obra incrivel.
O quinto final (ultimo dia de esqui) eh q derrapa um pouco conceitualmente e vem com licao de moral, e das mais basicas e rasas.
Mas visualmente um deleite, intensificando o senso de perigo, desolamento e terror.
O Ruben tem este habito de fazer analogias e tratar assuntos um pouco de maneira direta, mas sempre ha camadas a serem exploradas de maneira mais profunda.
Acho-o inteligentissimo enquanto roteirista e soberbo com dominio total na direcao.
O titulo eh bem sinedoque/metonimico e as avalanches, os alpes se personificam em ser um personagem em si so.
As 2 cenas do drone foram orginalissimas.
O Ruben tb tem esta marca registrada de colocar os personagens em situacoes reais e incomuns, porem elevar o tom um tiquinho, trazendo estranheza e um quase artificialismo/exagero novelesco, q acho mto perspicaz e talentoso.
Por falar em talento, seus filmes sempre possuem pelo menos uma atuacao digna de premiacoes, costumam ser mto naturais (nao naturalista, natural msm), e requerem um espectro emocional dentro de um unico sentimento, ou seja, o ator precisa passar pelas zonas acinzentadas de um msm sentimento e nao apenas fazer carao ou cara de paisagem.
Como td filme dele, ele possuem uma cena destaque, q mts vezes eh promovida nos posteres, q eh imaginativamente bem executada e idealizada, aqui eu diria q eh a cena dos homens gritando na rave, q foi mto curta, mas interessante; nao tanto qto a familia se perdendo esquiando na neve.
Mas tb como todo o filme dele tb, sempre ha uma cena q passa do limite do proprio estilo pretendido; se em The square, a verossimilhanca esta comprometida com aquele guri querendo arruinar a vida do protagonista; aki em Forca Maior, a cena dele desabando em choro ficou infantil, dificil engolir, e o proprio ator nao encenou bem; porem acho q ele foi instruido pelo Ruben a ter aquela performance mais esteriotipica.
Enfim, jamais vou morrer de velhice sem saber o pq tanta gnt nao gosta dos trabalhos do diretor; o acho melhor q o Bong-jon hoo, q tem certas similaridades em temas abordados.
Happy End
3.5 93 Assista Agorarepisando os temas sem acrescentar mto, os comentarios acerca da era das redes sociais foi meio agua com acucar e nada q blackmirror ou outras obras mais antigas ja nao o tenham feito e com mais profundidade - como por ex george romero lancou 10 anos antes o Diary of the Dead q eh bastante denso sobre a era dos celulares e redes.
repisa temas de querer morrer, criancas tinhosas; seu estilo narrativo jogando cenas no escuro sem q entendamos a principio.
a cena do karaoke foi patetica, detesto qdo personagens tem cenas assim de danca e claramente percebesse q sao atores e msm qdo precisam dancar desengoncadamente, nota-se um atabalhoamento calculado e e bonito.
longe de ser um filme ruim, so nao eh o melhor do haneke, nao chega a ser tao desinterssante qto time of the wolf.
A Fita Branca
4.0 756 Assista Agorapossivelmente o melhor filme do Haneke, do original funny games pra ca vi tudo ou quase e tinha achado code unknown o melhor, mas esse superou. ele tem a frieza e misantropia tipica do haneke mas explora o drama, coisa q nao acontece em Amour q eh um filme pra ser mais emocional e humano mas eh mto frio.
o haneke segue estrutura de roteiro mas a narrativa eh atipica, ele nao da tds as informacoes e na sua filmografia costuma nao ter climaxes resolutorios. qm esta acostumado com filmes de estudio, especialmente hollywoodianos, tera dificuldades em apreciar e em aceitar o final.
Amor
4.2 2,2K Assista Agorao estilo do haneke eh sempre bem frio e distante, msm com uma fotografia tao proxima e diversos close ups. Mas aki ate teve um tom de melodrama - o q pro haneke q costuma filmar com frigidez e apatia, da pra dizer q foi novelao bem agua com acucar, rs.
Queria ter gostado mais e acho q se tivesse tido uma pulsao mais folhetinesca, teria surtido melhor efeito e impacto.
Entes Queridos
3.5 499eh um torture porn (ou seria splatter film ja q as torturas sao criativas) com pifio complexo de electra.
a atuacao do protagonista eh otima, mas o par de doidos nao convence, eh mto novela das 9.
Aborda o processo de perda e luto com mta qualidade dentro da estetica e genero de horror, pena q isso foi mais no inicio da projecao e dps eh deixado de lado.
Nao gostei do casalzinho secundario pq, apesar de interessantes e bem encenados, pareceu enchecao da linguica pra aumentar a ja curta metragem.
a direcao eh barbara e inspiradissima, imprimindo uma identidade bem estilizada.
O inicio ate o rapto do rapaz eh bastante original e epitome dos anos 90 e 00 - destaque para o protagonista andando ao som de Metal pesado e segurando a corrente de navalha cortando a mao toda - q inclusive eh um otimo uso da tecnica foreshadowing pra qdo ele eh forcado a chorar mas nao chora.
Os Garotos Selvagens
3.8 26 Assista Agoratava achando meio q obra-prima ate avancar um pouco com eles no navio do capitao. diminuiu o fascinio e o roteiro estrutural mostrou mais as caras.
ainda assim eh bastante arthouse.
acho q preciso maturar o q vi, ou revistar a obra, mas me pareceu ser antiquada no quesito feminino, claramente radfem, excluindo trans e generos fluidos.
Ainda assim, eu um filme unico e magistral em sua maior parte.
Soft & Quiet
3.5 244fui ver o fime as cegas e o iniciozinho eh bem bacaninha ate eu ter achado estranho a professora mandar o menino tirar satisfacao com a faxineira.
Ai qdo chegou a cena da torta foi meio q reviravolta e o filme mostra ao q veio.
porem aqueles 20 minutos delas no cha de nazismo eu achei mto, mas mto ridiculo, ficou sendo uma satira das mais obvias nivel zorra total e sitcoms sem risadas de fundo.
foi dificil engolir aquela superficialidade banal.
Mas ai a cena do clubinho delas acaba e o filme continua e melhora mto, vira um suspense invasao domiciliar.
achei tds as vilas carismaticas e tive empatia pra com elas (pois a vida delas estaria arruinada apos o q fizeram).
o final eh uma metonimia/sinedoque para renascimento (ou trauma), porem achei um tanto leve e covarde, deveria ter se encerrado sem emergir do fundo da agua.
Daniel Isn't Real
2.9 51eh um filme q tem um trabalho de direcao esperto e minucioso. porem a identidade visual e musical de videoclipe cansou apos um tempo; preferiria se tivesse sido mais coadjuvante em vez de ser grandiosa.
Preocupou-me um pouco o retrato estigmatizante e cliche em tratar pessoas com doencas mentais (neurodivergentes em geral, e aki, esquizofrenicos) como seres violentos e ate msm psicopaticos. eh hollywood, neh. praxe.
o longa se inicia de maneira meio original mas fica aguado no desenrolar, bem generico.
um que forte de horror lovecratiniano q eu queria ter visto ser explorado.
Gozu
3.7 56do miike vi itchy, visitor q, audition e talvez mais 1 ou 2 filmes q ja nem lembro.
Vcs q me perdoem, mas acho esse melhor q tds os supracitados. ele eh bem soturno, com trilha arrepiante minimalista; trabalho de camera, cenografia e fotografia precisos e mui eficientes.
como bem disse um comentarista ai embaixo, eh lynch mas no finalzinho vira cronenberg.
mais do q procurar entender aquele final, eh se deixar levar pela experiencia catartica e cinestesica pura q o cinema pode oferecer: a estetica.
dialoga bastante com visitor q e um certo tema de maternidade renascimento.
A Caça
4.2 2,0K Assista Agoravi este filme hj, um dia apos A Sala dos Professores (longa alemao q concorreu a melhor filme internacional no oscar 2024). Disseram q tinha uma tematica e trama mto similar.
eu acho q apenas esbarram, e os escopos sao completamente diferentes. Ambos eu recomendo com intensidade.
A Caça
4.2 2,0K Assista Agoraq novelao! e eu amei!!!
melodrama hitchockiniano classico e sem brechas interpretativas sobre os abusos sexuais.
mas eh coisa bem de pais rico branco neh. se fosse no br seria curta-metragem pq tao logo a coordenadora da escolinha contasse aos pais o q houve, o Mads seria linchado ou ate a morte ou ficaria em coma e na curta-metragem parte 2 voltaria para cacar os "cidadaos de bem justiceiros".
eh um filme q td br medio deveria ver pq funciona como um cautionary tale (estoria com licao de moral).
A Sala dos Professores
3.9 140 Assista Agorameio q achei obra-prima nao fosse o final abrupto.
eh um filme sobre seres humanos, e enquanto tais, somos tds falhos. msm a protagonista esta longe de ser a mocinha ilibada e tem algumas atitudes q seriam o suficiente para q ela fosse "cancelada".
eh um filme q retrata nossa sociedade quase q em tds os seus aspectos gerencionais hierarquicos; mas no microcosmo escolar.
Tem inclusive um subtexto sobre papeis de genero em esfera biologica - como o fato de a professora nao ser mto respeitada pelos alunos nem qdo se impoe, mas se fosse um homem, seria mais prontamente respeitado.
lembra mto os filmes do iraniano asghar farhadi, mas sem conclusoes.
O número 10
3.1 2olhe, a direcao eh magnifica. normalmente os carros aparecem se movendo virando curvas, como q se fosse seres humanos espiando.
a cinematografia tb casa mto com o tema q vem na reviravolta.
mas tive um problema mto grande para com o roteiro. ele constroi td aquele misterio novelesco da traicao na trupe de atores pra nos +- 40 min finais abandonar por completo.
Aquela reviravolta nao so nao me convenceu mas foi mto deus ex machina; porem eu fiquei intrigado pq pensei q iria trazer respostas ao q ocorreu no resto do filme e desenvolver mais o grupo teatral.
Mas nao, o roteiro realmente abandona tudo aquilo, como q se nao tivesse ocorrido; como q se fossem 2 filmes completamente diferentes; uma colagem sem logica (como o proprio diretor da peca diz ao trocar os atores de papeis).
Aquele dialogo td do protagonista com o padre sobre vender a religiao catolica em lunabador beira o infantil, feito por aluno da quarta serie de escola de padre q ta tendo primeiro contato com Marx ou niilismo. Foi vergonha pura.
Mas o filme no geral eh bom, eh uma experiencia unica msm q o diretor converse consigo msm e se autoparodia; inclusive nr.10 significa q eh o decimo filme dele.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KBem mediano. se perdeu pq qdo eles chegam ao laboratorio, ficou kitsch, ficou trash sem eles se darem conta daquilo ja q investiram uns 80% do orcamento naquele ultimo ato no cgi.
o conceito foi otimo mas desenvolvido e realizado; nao soube dosar o terror - no qual tentou se ancorar por boa metragem da fita - nem a comedia; e depois descambou por completo para a ficcao cientifica.
O Tempo do Lobo
3.6 71 Assista Agorao filme estava um arroubo, meio q genial ate; com uma fotografia quase td natural; mas ai qdo eles chegam ao armazem, o filme perde forca pq o haneke tem seu estilo em q os personagens seguram informacao (withhold) do espectador.
aki isto, aliado ao distanciamento q o haneke tb tem como marca tarimbada, nao funciona mto; uma enxurada de personagens com aparencia similar (causada pelas roupas tb) e iluminacao baixa faz com q achemos desinteressante tds os conflitos e encontros.
destaque para os filhos da huppert, q possuem lutas internas profundas e na vdd movem o filme; eh mto raro no cinema ver as criancas serem psicologicamente mais desafiadas de maneira madura que os pais.
A Casa Que Jack Construiu
3.5 788 Assista Agoraperdi a virgindade de Lars.
E olhe...gostei baaaastante. Achei ate genial em diversos momentos. Eh tudo o q o Yorgos Lanthimos queria ser mas nao consegue. Misantropia com alto introspecto filosofico
Into A Dream
3.8 3acho q esse o filme do sono centrado em um personagem masculino q mais desenvolve o msm. e ainda assim nao tem a qualidade da trilogia do clube do suicidio nem de tokyo vampire hotel - q sao protagonizados por mulheres.
aki , diferentemente dos outrso q citei, o sion sono explora psicologicamente mas sem ir mto a fundo e sem trazer respostas e conclusoes ainda mais profundas, deixando tudo muito solto, uma viagem interrompida antes de atingir o seu destino final.
ainda assim eh melhor q os outros filmes de macho q vi do sion; love exposure, hazard, himizu e talvez mais algum outro q eu nao me lembre agora.
enfim, o yorgos lanthimos na sua era grega tem uma estrutura e tematica similar; mas claro, nao chega aos pes do sion sono
Ichi: O Assassino
3.7 302 Assista Agoraqueria q tivesse sido dirigido pelo Sion Sono; teria sido melhor e exploraria psicologicamente mais o sadismo, masoquismo e sadomasoquismo.
M. Butterfly
3.8 89Recomendo assisitir sem saber de nada e sem pesquisar sobre a peca de teatro no qual eh baseado.
o filme teve um ritmo problematico e eu tava me perguntando se o cronnenberg pegou pra rodar pq tinha dividas a pagar.
ai la pelos 1h22m vem uma das maiores reviravoltas q ja vi num filme.
Um Vulto na Escuridão
2.7 20nao eh de todo ruim, as cenas com a cantora acima do peso sao otimas; mas... o dario nao aprendeu, sempre foi acusado de misogino, e aki reitera isso com repetidos momentos em q a tal cantora eh chamada de va*a g**rda.
porem, no quesito male gaze, ele melhorou e mto; a cena do bordel eh praticamente feita para os espectadores gays e mulheres pois os homens la sao musculosos e ha um par de homossexuais, enquanto q as prostitutas q aparecem nuas sao quase todas "fora de forma" e nao nos padroes de beleza. Foi a primeira vez q vi o
Argento fazer isso