O capítulo final (chamado de O Funeral) é o meu favorito, e também o que possui a passagem mais brilhante da película em si. A clássica música de David Bowie (Life on Mars?) se encaixa perfeitamente no momento, uma das partes - assim como a atuação de Emily Watson - que vale o filme.
Ah, esse país tão grande, tantas estradas, tantas pessoas. Vendo Central do Brasil a gente (assim como os personagens) questiona e talvez até descubra sobre nós mesmos. Descobrimos o quão pequenos somos nesse lugar onde há tantas almas que poderiam ser nossos vizinhos, nossos amigos ou nossas/nossos esposas/maridos. O tempo que perdemos brigando que poderíamos perder tentando amar, são tantas máximas em um pouco menos de duas horas.. Um país tão grande indo de Norte a Sul, onde há tantas crenças e tantas culturas - e também muita maldade - que parece que nossa alma fica cada vez mais vazia após reparar essas coisas assistindo essa obra intocável de Walter Salles. Aqui, o cinema é o que ele deve ser, e quem diria, ele aqui, é brasileiro.
O velho e excelente Woody anual! Este filme tornou-se um dos meus favoritos do diretor da qual eu sou fã declarado, não apenas pelo seu aspecto crítico e por ser um grande filme. Mas por ser o primeiro filme do cineasta que eu vi no cinema - coisas que obviamente não posso fazer com Kubrick, Buñuel, Fritz Lang, Bergman e etc, em suas estreias pelo menos. Allen praticamente inventou um estilo de cinema, diálogos rápidos e afiados, situações cômicas e tristes em um aspecto cotidiano e romântico. Mas quem diria, décadas depois de sua estréia no cinema Allen se reinventa. Em um drama sério e triste - apesar de ter suas partes cômicas - em que a protagonista não tem os mesmos tiques do diretor, e sim os tiques que uma típica cidadã fútil mimada pelo marido rico e corrupto que agora enfrenta face a face a decadência de sua vida. A partir daí entramos em um mundo onde Jasmine (que nem seu nome verdadeiro é) uma ex-cidadã de classe alta enfrenta os temores e a realidade da vida dura que o povo ralé costuma enfrentar. Allen até parece errar a mão algumas vezes, mas logo entendemos o que o diretor propõem em sua escalada da loucura e queda de Jasmine. A partir daí então somos jogados nesse universo de tragédia/comédia que é deliciosamente saboreado por ávidos amantes da sétima arte. Apenas lamento quem não gosta - ou parece fingir não gostar - desse diretor que gosta tanto de seu trabalho que nem consigo imaginar como consegue pensar tanto em fazer filmes (um por ano) que já está até dirigindo outro!!! Porque Woody aqui, está mais maduro do que nunca e corta as línguas daqueles que dizem ser um diretor chato e clichê. Diretor esse, que no meu ver, tem os roteiros mais criativos que o cinema já viu. Lembrete: Cate Blanchett está estupenda!
Mais simbólico seria impossível né? Woody constrói um pseudo-documentário em que suas principais características prevalecem, como a ironia, as crises existenciais e fala sério, mais simbólico impossível né? Parei para refletir depois do filme, quantos "Zelig's" eu já não conheci na vida. Pessoas que se transformam, que apenas querem ser aceitas por essa sociedade medíocre que as rodeia.
Cena em que Zelig está hipnotizado: "Eu entro numa sinagoga. Pergunto ao rabino o sentido da vida. Ele me diz o sentido da vida. Mas diz em hebraico. Eu não falo hebraico. Agora ele quer me cobrar 600 dólares por aulas de hebraico!
Um filme belíssimo e poderoso. Aqui o cinema mostra-se diferente do que os de hoje em dia que lotam salas e emplacam bilheterias, algo simples, cru e sentimental ao extremo. Uma estória linda, que poderia ser a sua ou poderia ser a minha história (e ainda pode ser). Mas não acho que vá levar o Oscar ( filme estrangeiro, pela Bélgica) por alguns motivos bobos. Afinal, não é fácil vencer os outros 75 filmes (se lembro bem) que concorrem. Lembrando que em 2014 será o ano mais disputado da história das premiações estrangeiras... Mas em primeiro, levar um Oscar ou não levar não vai fazer deste um filme melhor ou pior, então, tanto faz. Desde que esse filme não seja simplesmente esquecido por não levar esse ou aquele prêmio. Há cenas memoráveis, como a criança não entendo o porquê das coisas simplesmente morrerem e a de Didier com seu desabafo a religião e suas mediocridades: "Eu sou um macaco! E eu estou com medo! Sei que tenho que ser bom para meu companheiro para não receber um soco na cara.. Eu não preciso de um Deus para isso. Criamos deuses porque estávamos com medo. Por medo, por ignorância!" Ah.. O final é lindo.
Homenagem viva ao cinema: 10 Direção: 10 Roteiro escroto que só Almodóvar sabe transformar em cinema: 10 Final surpreendente: 10 Trilha sonora: 10 Hum...
Aquela sensação que se tem quando o filme acaba e você olha para o nada e diz "Que filme, que filme!", isso, é o que se pode dizer de "Hable con ella". Quase digo que esse filme não é apenas espanhol, e sim brasileiríssimo, ou como quiserem, latino. Personagem praticamente principal é argentino, e as referências ao Brasil não são poucas. Um roteiro que apenas Almodóvar consegue criar com sua genialidade e loucura - pois toda genialidade tem sua loucura.
1º Na cena da tourada o sangue do touro e seus ferimentos, eram reais. Isso perturba.
2º Elis Regina estava escrito de forma errada nos créditos finais, escrita como "Ellis". Enfim, O movimento da câmera é excelente, é lento quando precisa ser e é voraz quando também precisa; aliás, este que nem parecia um filme. Às vezes uma peça, outrora um concerto, coisas que só um filme realmente artístico consegue expor na tela. Favoritado.
Cansamos durante nossa vida de ler e ver romances, alguns fictícios e outros baseados em fatos reais. Mas e quando as encenações não são meras encenações e apenas memórias? Quando todas as palavras não foram escritas mas foram sentidas? Quando o gosto das lágrimas não são de uma boa atuação mas de uma grande lembrança? E quando tudo isso é sobre - como dito no início do documentário - uma atriz memorável e O cineasta? Sublime. * Fotografia belíssima.
Que porra é essa?! São essas as maiores bilheterias do cinema atualmente? Isso explica as coisas estarem assim. Filme totalmente canastrão e nonsense. Nada nele tem graça ou faz sentido, MUITO mal gosto.
Tem os seus erros e algumas vezes torna-se meio cansativo sim. Mas a fotografia desse filme é uma das mais lindas que eu já vi. O ano é 1973 e não existem efeitos especiais como existem hoje - e como vão existir amanhã -, se imaginam fazendo um filme apenas de gaivotas, outros animais e paisagens? Tudo cronometrado e com as reações que querem? Li o livro e o filme. Richard Bach é um existencialista de primeira, adora escrever livros sobre viver e aprender a viver. O filme não é tão bom quanto o livro, mas e daí? É um filme que chega a perfeição com sua sutileza e a beleza de suas palavras e imagens.
É óbvio que existem ou pelo menos devem existir diferenças berrantes entre o verdadeiro Mark Zuckerberg e o Mark Zuckerberg do filme, porque nenhum filme biográfico é 100% exato. A História é uma pirâmide de mitos e mentiras, mas nem por isso o filme se torna melhor ou pior e aliás, um erro horrível de todos é pensar que A Rede Social é um filme sobre o Facebook - o próprio Fincher e seus comandados falam que isso estava no mínimo na 6º colocação de importância em ser relevante e abordado no filme - enquanto mais me parece um filme que retrata a solidão, a ignorância, o "tudo pelo poder/dinheiro" e a frieza que isso traz (frieza que o filme é), acho que fazia algum tempo em que não via um filme em que viria a ficar na minha cabeça por mais de 2 dias.
Um fato não poderia ser melhor retratado, todos nós temos o quê? de 500 há 10.000 amigos no Facebook e mal conseguimos contar em uma mão em quais confiaríamos realmente a ponto de apostar a vida e o filme mais uma vez aborda isso de uma maneira brilhante estabelecendo um frio e triste paralelo entre o fim e o início do longa. Um retrato da era moderna que apenas um grande diretor e um grande elenco poderiam fazer, acertaram muito nesse filme.
O personagem Mark Zuckerberg é o cara que faz a rede em que podemos ter milhões de amigos, mas ele não conseguiu manter o único que tinha por criar essa mesma rede de milhões de amigos. Contraditório, frio e reflexivo. No início sua (futura) ex-namorada diz que as meninas se afastariam dele não por ser um nerd, mas por ser um babaca, já no final a acompanhante dos depoimentos dos processos dele diz que ele não era um babaca, mas que fazia de tudo para ser. Então o mesmo fica reiniciando a página de sua ex (a mesma do início do filme) tentando ver se ela aceita seu pedido de amizade na própria página que ele próprio criou, com um ar de solidão que chega a incomodar.. GENIAL, genial..
Por isso digo e repito: um hino a nossa era moderna.
"Eu não tenho medo da morte, apenas dos homícidios!" Caul, Harry. (01 h 19 m de filme)
CONTÉM SPOILERS, mas nada muito relevante.
Um filme maçante e cansativo, mas tudo isso por uma boa causa. É bom lembrar que nada em "A Conversação" é de graça e acontece por acontecer. A melancolia solitária do personagem até seus ataques de fúria por motivos aparentemente fúteis são apenas tijolos na construção de uma grande obra (olha que simbolismo, obra do cinema e tijolo em uma obra de construção muahaha) que o cinema testemunhou, porque eu particularmente ainda não vi nada igual.
A cena em que o personagem principal (Harry) está na cama com uma mulher e não consegue se abrir, cheio de mistérios. "Você às vezes vem aqui e fica me espionando, durante quase uma hora. Abre a porta de uma maneira brusca, como se esperasse me encontrar fazendo algo..".
Depois em outra cena, com outra mulher, que ambos conversam Coppola faz exatamente três vezes um jogo de câmera onde sai de trás de Harry (protagonista) e foca seu rosto; apenas demonstrando como ele se sente em abrir-se, e em como é difícil e que isso está quase, veja bem, QUASE acontecendo. Logo após, ambos transam e ele mal consegue sentir alguma coisa além de pensamentos perdidos. Tudo isso fazendo com que o protagonista se sinta fora de si pelo o que está acontecendo, inconformado.
A última cena (apartamento destruído, saxofone e jazz) é tão poética que chega a ser marcante (para quem entendeu o filme), porque depois de tudo isso que o personagem passou, sente-se "destruído", como uma desconstrução de si mesmo (aí uma simbolismo para a destruição do apartamento).
Por que eu disse no parágrafo anterior "para quem entendeu o filme"? Porque minha nota para o filme não seria nada mais do que 2 estrelas, mas admito que depois de rever algumas cenas e sacar tudo, entendi o brilhantismo de Coppola, o papel de Gene Hackman e sua instigante Conversação.
O filme tão famoso por ser extremamente lapidado, com um roteiro perfeito, instigante e sem furos. Mas parece que só eu percebi um furo imenso (não é no roteiro e sim na fotografia). Quando cortam o nariz do Jack Nicholson a lâmina do homem com a faca (que é o próprio diretor do filme, Roman Polanski) está ao contrário? Ou seja, a faca tem dois lados, a reta e com a lâmina. No filme, a que corta o nariz de nosso protagonista é a parte reta (???), o que para mim não faz muito sentido, mas é apenas um detalhe e nada mais. A última cena é desastrosa, inesperada e deixa qualquer um aflito, imitando nossas efêmeras vidas, não possuem um final feliz.
Retardado, canastrão e clichê. Fica bacana da metade para o fim, mas a partir daí torna-se tarde demais. Winona Ryder é boa atriz e carismática, mas está longe de ser boa o suficiente para salvar um filme assim..
Quase não consigo entender a admiração histórica por esse filme! Talvez eu precise ver e rever novamente. Marcello Mastroianni é um ator espetacular e Fellini com certeza é um dos grandes, mas o filme é chato e não empolga (e em raros momentos te faz refletir). Acho até "Stardust Memories (1980)" do Woody Allen mais empolgante, artístico e filosófico. Inegável o fato de ser um filme visualmente deslumbrante e de ter quebrado barreiras cinematográficas e artísticas; entretanto, a minha infame nota nada tem a ver com o filme e sim com sua importância cinematográfica no meio onírico.
É um filme muito bonitinho e bacana, mas é feito para adolescentes sem cérebro. O roteiro do filme avança de forma inesperada e as pessoas mudam como se personalidade fosse roupas. Um bom filme, mas bem canastrão.
Assisti faz um tempo (o que não torna meu comentário menos válido), é um filme fantasioso e sério, bíblico e poético. Ele não é ruim, o erro é vocês que tentam entender ao invés de sentir. Existem os complexos, e existem os que nos fazem sentir. Este aqui é para amar ou odiar e ou você ama ou você odeia. Ele falha em momentos (não como o tão criticado dinossauro, porque poxa! Dinossauros fazem parte da nossa história também) como o de Sean Penn que mal sabemos o porquê de ele estar lá, mas é um filme diferente e magnífico. Praticamente único de tudo o que vemos no cinema americano pop-industrial-parapseudos-cinéfilosburros.
Aquela cena do Maradona pequeno deslumbrado vendo a La Bombonera ao seu redor é poética!
Enfim, Maradona é um fanfarrão que botou muita coisa fora por drogas (mas não aquela Copa em 1994) e gosta de ser ridículo (mas nem tanto como Pelé) e chamar atenção. Mas este filme narra da melhor maneira possível sua vida e carreira, magnífico.
Eu sei meus gafanhotos, eu sei.. O homem de A Conversação, O Poderoso Chefão e Apocalypse Now fazendo isso? Oh, meu deus, não me parece verídico. Um filme que às vezes o diretor parece aqueles de filmes B na qual está lançando seu maior sucesso com um filmezinho de esquina um tanto razoável. O que falta para muitos entenderem e ainda não entenderam é que o cinema é uma arte, mas a arte como um cinema não se trata apenas de filmes épicos e póstumos, megaproduções e encantadores para "intelectuais" como os da academia, por exemplo. Mas também de sentimentos, de lições de vida, de amor e de carinho. Hum, e sinceramente, se alguém fez isso tão bem com uma comédia água com açúcar, esse cara foi nosso Don Coppola. Que para mim - ao contrário de muitos - não baixou meu respeito pelo mesmo como cineasta, mas apenas aumentou.
Que livro complexo é "O tempo e o Vento". Mas acredito que em quase 2 horas o livro foi muito bem exposto, sou contra o filme virar minissérie. Tenho um mal costume de achar que o brasileiro pouco consegue separar o cinema de novela e novela de série. Isso acaba prejudicando nossos meios de expressão (principalmente o cinema). Não gostei muito da atuação da Cléo Pires (meio pessoal, não sei..) mas Fernanda Montenegro está brilhante como sempre e Thiago Lacerda faz muito bem o seu papel. Aqui está um dos poucos filmes brasileiros que eu lembre de achar a fotografia bem representada e maravilhosa. Entendo que algumas pessoas se decepcionam por ter lido o livro e não ser bem o que viram no filme, pois é muito mais fácil transformar isso em série do que em filme. Mas no resumo, vale a pena. O cinema aqui é uma grande experiência de aprendizagem.
Ondas do Destino
4.2 335 Assista AgoraO capítulo final (chamado de O Funeral) é o meu favorito, e também o que possui a passagem mais brilhante da película em si. A clássica música de David Bowie (Life on Mars?) se encaixa perfeitamente no momento, uma das partes - assim como a atuação de Emily Watson - que vale o filme.
Gritos e Sussurros
4.3 4721 estrela apenas para uma das fotografias mais lindas que o cinema apresentou em seus mais de 100 anos..
Central do Brasil
4.1 1,8K Assista AgoraAh, esse país tão grande, tantas estradas, tantas pessoas. Vendo Central do Brasil a gente (assim como os personagens) questiona e talvez até descubra sobre nós mesmos. Descobrimos o quão pequenos somos nesse lugar onde há tantas almas que poderiam ser nossos vizinhos, nossos amigos ou nossas/nossos esposas/maridos. O tempo que perdemos brigando que poderíamos perder tentando amar, são tantas máximas em um pouco menos de duas horas.. Um país tão grande indo de Norte a Sul, onde há tantas crenças e tantas culturas - e também muita maldade - que parece que nossa alma fica cada vez mais vazia após reparar essas coisas assistindo essa obra intocável de Walter Salles. Aqui, o cinema é o que ele deve ser, e quem diria, ele aqui, é brasileiro.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraO velho e excelente Woody anual! Este filme tornou-se um dos meus favoritos do diretor da qual eu sou fã declarado, não apenas pelo seu aspecto crítico e por ser um grande filme. Mas por ser o primeiro filme do cineasta que eu vi no cinema - coisas que obviamente não posso fazer com Kubrick, Buñuel, Fritz Lang, Bergman e etc, em suas estreias pelo menos.
Allen praticamente inventou um estilo de cinema, diálogos rápidos e afiados, situações cômicas e tristes em um aspecto cotidiano e romântico. Mas quem diria, décadas depois de sua estréia no cinema Allen se reinventa. Em um drama sério e triste - apesar de ter suas partes cômicas - em que a protagonista não tem os mesmos tiques do diretor, e sim os tiques que uma típica cidadã fútil mimada pelo marido rico e corrupto que agora enfrenta face a face a decadência de sua vida. A partir daí entramos em um mundo onde Jasmine (que nem seu nome verdadeiro é) uma ex-cidadã de classe alta enfrenta os temores e a realidade da vida dura que o povo ralé costuma enfrentar. Allen até parece errar a mão algumas vezes, mas logo entendemos o que o diretor propõem em sua escalada da loucura e queda de Jasmine. A partir daí então somos jogados nesse universo de tragédia/comédia que é deliciosamente saboreado por ávidos amantes da sétima arte.
Apenas lamento quem não gosta - ou parece fingir não gostar - desse diretor que gosta tanto de seu trabalho que nem consigo imaginar como consegue pensar tanto em fazer filmes (um por ano) que já está até dirigindo outro!!! Porque Woody aqui, está mais maduro do que nunca e corta as línguas daqueles que dizem ser um diretor chato e clichê. Diretor esse, que no meu ver, tem os roteiros mais criativos que o cinema já viu.
Lembrete: Cate Blanchett está estupenda!
Zelig
4.2 355Mais simbólico seria impossível né? Woody constrói um pseudo-documentário em que suas principais características prevalecem, como a ironia, as crises existenciais e fala sério, mais simbólico impossível né? Parei para refletir depois do filme, quantos "Zelig's" eu já não conheci na vida. Pessoas que se transformam, que apenas querem ser aceitas por essa sociedade medíocre que as rodeia.
Cena em que Zelig está hipnotizado: "Eu entro numa sinagoga. Pergunto ao rabino o sentido da vida. Ele me diz o sentido da vida. Mas diz em hebraico. Eu não falo hebraico. Agora ele quer me cobrar 600 dólares por aulas de hebraico!
Hahahahahahaha, ai ai. Um filme brilhante!
Alabama Monroe
4.3 1,4KUm filme belíssimo e poderoso. Aqui o cinema mostra-se diferente do que os de hoje em dia que lotam salas e emplacam bilheterias, algo simples, cru e sentimental ao extremo. Uma estória linda, que poderia ser a sua ou poderia ser a minha história (e ainda pode ser). Mas não acho que vá levar o Oscar ( filme estrangeiro, pela Bélgica) por alguns motivos bobos. Afinal, não é fácil vencer os outros 75 filmes (se lembro bem) que concorrem. Lembrando que em 2014 será o ano mais disputado da história das premiações estrangeiras... Mas em primeiro, levar um Oscar ou não levar não vai fazer deste um filme melhor ou pior, então, tanto faz. Desde que esse filme não seja simplesmente esquecido por não levar esse ou aquele prêmio. Há cenas memoráveis, como a criança não entendo o porquê das coisas simplesmente morrerem e a de Didier com seu desabafo a religião e suas mediocridades:
"Eu sou um macaco! E eu estou com medo! Sei que tenho que ser bom para meu companheiro para não receber um soco na cara.. Eu não preciso de um Deus para isso. Criamos deuses porque estávamos com medo. Por medo, por ignorância!"
Ah.. O final é lindo.
Má Educação
4.2 1,1K Assista AgoraHomenagem viva ao cinema: 10
Direção: 10
Roteiro escroto que só Almodóvar sabe transformar em cinema: 10
Final surpreendente: 10
Trilha sonora: 10
Hum...
(Depois dos padres matarem o travesti)
- Ufa! Agora não tem nem testemunhas!
- Só Deus..
- (espanto) Ah! Mas ele está do nosso lado..
hahahahahahaha
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraAquela sensação que se tem quando o filme acaba e você olha para o nada e diz "Que filme, que filme!", isso, é o que se pode dizer de "Hable con ella". Quase digo que esse filme não é apenas espanhol, e sim brasileiríssimo, ou como quiserem, latino. Personagem praticamente principal é argentino, e as referências ao Brasil não são poucas. Um roteiro que apenas Almodóvar consegue criar com sua genialidade e loucura - pois toda genialidade tem sua loucura.
Basicamente, duas coisas não me agradaram.
1º Na cena da tourada o sangue do touro e seus ferimentos, eram reais. Isso perturba.
Cenas de um Casamento
4.4 232De longe o melhor filme para se assistir no dia da sua Lua de Mel :)
Liv & Ingmar - Uma História de Amor
4.2 125Cansamos durante nossa vida de ler e ver romances, alguns fictícios e outros baseados em fatos reais. Mas e quando as encenações não são meras encenações e apenas memórias? Quando todas as palavras não foram escritas mas foram sentidas? Quando o gosto das lágrimas não são de uma boa atuação mas de uma grande lembrança? E quando tudo isso é sobre - como dito no início do documentário - uma atriz memorável e O cineasta? Sublime.
* Fotografia belíssima.
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraQue porra é essa?! São essas as maiores bilheterias do cinema atualmente? Isso explica as coisas estarem assim. Filme totalmente canastrão e nonsense. Nada nele tem graça ou faz sentido, MUITO mal gosto.
Fernão Capelo Gaivota
3.4 66 Assista AgoraTem os seus erros e algumas vezes torna-se meio cansativo sim. Mas a fotografia desse filme é uma das mais lindas que eu já vi. O ano é 1973 e não existem efeitos especiais como existem hoje - e como vão existir amanhã -, se imaginam fazendo um filme apenas de gaivotas, outros animais e paisagens? Tudo cronometrado e com as reações que querem? Li o livro e o filme. Richard Bach é um existencialista de primeira, adora escrever livros sobre viver e aprender a viver. O filme não é tão bom quanto o livro, mas e daí? É um filme que chega a perfeição com sua sutileza e a beleza de suas palavras e imagens.
A Rede Social
3.6 3,1K Assista AgoraÉ óbvio que existem ou pelo menos devem existir diferenças berrantes entre o verdadeiro Mark Zuckerberg e o Mark Zuckerberg do filme, porque nenhum filme biográfico é 100% exato. A História é uma pirâmide de mitos e mentiras, mas nem por isso o filme se torna melhor ou pior e aliás, um erro horrível de todos é pensar que A Rede Social é um filme sobre o Facebook - o próprio Fincher e seus comandados falam que isso estava no mínimo na 6º colocação de importância em ser relevante e abordado no filme - enquanto mais me parece um filme que retrata a solidão, a ignorância, o "tudo pelo poder/dinheiro" e a frieza que isso traz (frieza que o filme é), acho que fazia algum tempo em que não via um filme em que viria a ficar na minha cabeça por mais de 2 dias.
Um fato não poderia ser melhor retratado, todos nós temos o quê? de 500 há 10.000 amigos no Facebook e mal conseguimos contar em uma mão em quais confiaríamos realmente a ponto de apostar a vida e o filme mais uma vez aborda isso de uma maneira brilhante estabelecendo um frio e triste paralelo entre o fim e o início do longa. Um retrato da era moderna que apenas um grande diretor e um grande elenco poderiam fazer, acertaram muito nesse filme.
O paralelo é:
O personagem Mark Zuckerberg é o cara que faz a rede em que podemos ter milhões de amigos, mas ele não conseguiu manter o único que tinha por criar essa mesma rede de milhões de amigos. Contraditório, frio e reflexivo. No início sua (futura) ex-namorada diz que as meninas se afastariam dele não por ser um nerd, mas por ser um babaca, já no final a acompanhante dos depoimentos dos processos dele diz que ele não era um babaca, mas que fazia de tudo para ser. Então o mesmo fica reiniciando a página de sua ex (a mesma do início do filme) tentando ver se ela aceita seu pedido de amizade na própria página que ele próprio criou, com um ar de solidão que chega a incomodar.. GENIAL, genial..
Por isso digo e repito: um hino a nossa era moderna.
A Conversação
4.0 231 Assista Agora"Eu não tenho medo da morte, apenas dos homícidios!" Caul, Harry. (01 h 19 m de filme)
CONTÉM SPOILERS, mas nada muito relevante.
Um filme maçante e cansativo, mas tudo isso por uma boa causa. É bom lembrar que nada em "A Conversação" é de graça e acontece por acontecer. A melancolia solitária do personagem até seus ataques de fúria por motivos aparentemente fúteis são apenas tijolos na construção de uma grande obra (olha que simbolismo, obra do cinema e tijolo em uma obra de construção muahaha) que o cinema testemunhou, porque eu particularmente ainda não vi nada igual.
A cena em que o personagem principal (Harry) está na cama com uma mulher e não consegue se abrir, cheio de mistérios. "Você às vezes vem aqui e fica me espionando, durante quase uma hora. Abre a porta de uma maneira brusca, como se esperasse me encontrar fazendo algo..".
Depois em outra cena, com outra mulher, que ambos conversam Coppola faz exatamente três vezes um jogo de câmera onde sai de trás de Harry (protagonista) e foca seu rosto; apenas demonstrando como ele se sente em abrir-se, e em como é difícil e que isso está quase, veja bem, QUASE acontecendo. Logo após, ambos transam e ele mal consegue sentir alguma coisa além de pensamentos perdidos. Tudo isso fazendo com que o protagonista se sinta fora de si pelo o que está acontecendo, inconformado.
A última cena (apartamento destruído, saxofone e jazz) é tão poética que chega a ser marcante (para quem entendeu o filme), porque depois de tudo isso que o personagem passou, sente-se "destruído", como uma desconstrução de si mesmo (aí uma simbolismo para a destruição do apartamento).
Por que eu disse no parágrafo anterior "para quem entendeu o filme"? Porque minha nota para o filme não seria nada mais do que 2 estrelas, mas admito que depois de rever algumas cenas e sacar tudo, entendi o brilhantismo de Coppola, o papel de Gene Hackman e sua instigante Conversação.
Chinatown
4.1 635 Assista AgoraO filme tão famoso por ser extremamente lapidado, com um roteiro perfeito, instigante e sem furos. Mas parece que só eu percebi um furo imenso (não é no roteiro e sim na fotografia). Quando cortam o nariz do Jack Nicholson a lâmina do homem com a faca (que é o próprio diretor do filme, Roman Polanski) está ao contrário? Ou seja, a faca tem dois lados, a reta e com a lâmina. No filme, a que corta o nariz de nosso protagonista é a parte reta (???), o que para mim não faz muito sentido, mas é apenas um detalhe e nada mais. A última cena é desastrosa, inesperada e deixa qualquer um aflito, imitando nossas efêmeras vidas, não possuem um final feliz.
Quatro Casamentos e Um Funeral
3.3 255 Assista AgoraUma comédia.. Inteligente com um pouco de humor negro. Como eu amo essa combinação.
A Herança de Mr. Deeds
2.9 402Retardado, canastrão e clichê. Fica bacana da metade para o fim, mas a partir daí torna-se tarde demais. Winona Ryder é boa atriz e carismática, mas está longe de ser boa o suficiente para salvar um filme assim..
8½
4.3 409 Assista AgoraQuase não consigo entender a admiração histórica por esse filme! Talvez eu precise ver e rever novamente. Marcello Mastroianni é um ator espetacular e Fellini com certeza é um dos grandes, mas o filme é chato e não empolga (e em raros momentos te faz refletir). Acho até "Stardust Memories (1980)" do Woody Allen mais empolgante, artístico e filosófico. Inegável o fato de ser um filme visualmente deslumbrante e de ter quebrado barreiras cinematográficas e artísticas; entretanto, a minha infame nota nada tem a ver com o filme e sim com sua importância cinematográfica no meio onírico.
Um Amor Para Recordar
3.6 3,3K Assista AgoraÉ um filme muito bonitinho e bacana, mas é feito para adolescentes sem cérebro. O roteiro do filme avança de forma inesperada e as pessoas mudam como se personalidade fosse roupas. Um bom filme, mas bem canastrão.
Alice no País das Maravilhas Eróticas
3.0 17Achei isso aqui por acaso e lembrei que já assisti na Internet. Filmow lembra de tudo, nossa hahahahaha.
A Árvore da Vida
3.4 3,1K Assista AgoraAssisti faz um tempo (o que não torna meu comentário menos válido), é um filme fantasioso e sério, bíblico e poético. Ele não é ruim, o erro é vocês que tentam entender ao invés de sentir. Existem os complexos, e existem os que nos fazem sentir. Este aqui é para amar ou odiar e ou você ama ou você odeia. Ele falha em momentos (não como o tão criticado dinossauro, porque poxa! Dinossauros fazem parte da nossa história também) como o de Sean Penn que mal sabemos o porquê de ele estar lá, mas é um filme diferente e magnífico. Praticamente único de tudo o que vemos no cinema americano pop-industrial-parapseudos-cinéfilosburros.
Maradona – A mão de Deus
3.6 6 Assista AgoraAquela cena do Maradona pequeno deslumbrado vendo a La Bombonera ao seu redor é poética!
Enfim, Maradona é um fanfarrão que botou muita coisa fora por drogas (mas não aquela Copa em 1994) e gosta de ser ridículo (mas nem tanto como Pelé) e chamar atenção. Mas este filme narra da melhor maneira possível sua vida e carreira, magnífico.
Jack
3.5 272 Assista AgoraEu sei meus gafanhotos, eu sei.. O homem de A Conversação, O Poderoso Chefão e Apocalypse Now fazendo isso? Oh, meu deus, não me parece verídico. Um filme que às vezes o diretor parece aqueles de filmes B na qual está lançando seu maior sucesso com um filmezinho de esquina um tanto razoável. O que falta para muitos entenderem e ainda não entenderam é que o cinema é uma arte, mas a arte como um cinema não se trata apenas de filmes épicos e póstumos, megaproduções e encantadores para "intelectuais" como os da academia, por exemplo. Mas também de sentimentos, de lições de vida, de amor e de carinho. Hum, e sinceramente, se alguém fez isso tão bem com uma comédia água com açúcar, esse cara foi nosso Don Coppola. Que para mim - ao contrário de muitos - não baixou meu respeito pelo mesmo como cineasta, mas apenas aumentou.
O Tempo e o Vento
3.6 453 Assista AgoraQue livro complexo é "O tempo e o Vento". Mas acredito que em quase 2 horas o livro foi muito bem exposto, sou contra o filme virar minissérie. Tenho um mal costume de achar que o brasileiro pouco consegue separar o cinema de novela e novela de série. Isso acaba prejudicando nossos meios de expressão (principalmente o cinema). Não gostei muito da atuação da Cléo Pires (meio pessoal, não sei..) mas Fernanda Montenegro está brilhante como sempre e Thiago Lacerda faz muito bem o seu papel. Aqui está um dos poucos filmes brasileiros que eu lembre de achar a fotografia bem representada e maravilhosa. Entendo que algumas pessoas se decepcionam por ter lido o livro e não ser bem o que viram no filme, pois é muito mais fácil transformar isso em série do que em filme. Mas no resumo, vale a pena. O cinema aqui é uma grande experiência de aprendizagem.