Assisti Eu, Tonya (2017) de Craig Gillespie no Top Cine BAND. Esse filme é da série "todo mundo viu, menos eu". O roteiro é de Steven Rogers. Fala da grande patinadora Tonya Harding com uma história absurdamente surreal. Tonya participou de duas Olimpíadas. Aos 4 anos Tonya começou a treinar. Logo passou a ganhar campeonatos. Além da patinação Tonya aprendia com o pai a caçar e a consertar carros. Com o tempo ela largou os estudos pra se dedicar exclusivamente a patinação. Sua mãe foi interpretada por Allison Margot Robbie interpreta brilhantemente Tonya. Ganhou vários prêmios Tonya Harding sofreu inúmeros preconceitos. Mesmo sendo uma das poucas patinadoras do mundo que faz um Axel Triplo, era sua rival, com perfil de princesa, que saía vencedora. Os juízes criticavam sua aparência, que parecia ser mais importante que seu desempenho técnico. Filha de violência, Tonya trocou as agressões da mãe pelo do marido Jeff, interpretado por Sebastian Stan. Um terceiro personagem junta-se a eles, Shawn, melhor amigo de Jeff, interpretado por Paul Walter Hauser. Sua grande rival Nancy, a princesinha, sofreu um golpe nos joelhos. Os três foram acusados de terem pago os que realizaram o golpe e os dois acusaram que a mentora foi Tonya. O filme fala que ela não sabia dos detalhes, que a Nancy só seria ameaçada como ela vinha sendo, mas fica meio no ar quem mandou o crime. Tonya vai presa e sua carreira como patinadora termina. Nada justifica o que foi feito com a rival, mas Tonya sofreu violências sistemáticas de jurados por sua aparência, mesmo com desempenho superior. É um filme pra se pensar.
Assisti Um Simples Favor (2018) de Paul Feig no Tela de Sucesso RECORD . Que filme inteligente, divertido, bem editado! Foi uma grata surpresa! O ótimo roteiro é de Darcey Bell e Jessica Sharzer. É a história de duas mães que se conhecem na escola dos filhos. Stephanie (Anna Kendrick) é viúva, teve que se virar pra dar conta das despesas, o marido tinha feito seguro, ela separou uma parte pra faculdade do filho, outra que vai acabar logo. Pra viver ela faz vídeos no youtube para mães, mostra receitas, brincadeiras, atividades. É como consegue completar a pouca renda. A outra, Emily (Blake Lively) aparentemente é rica, com o tempo descobrimos que ela e o marido estão muito, mas muito endividados. Eles vivem em alto padrão. Com isso ela não tem dinheiro pra babá. A Stephanie sugere que se em algum momento ela precisar, ela pode ficar com o filho já que ele é amigo do dela. Já podem imaginar né? O filho da Emily passa a viver com a Stephanie, até que Emily desaparece e Stephanie passa a investigar. Tem uma cena que ela vai no trabalho da Emily, que tem um grande estilista. Ele sabe exatamente de que loja de departamento é o lenço dela, desqualifica as roupas dela, sinceramente, acho difícil que alguém saiba exatamente de onde vem as roupas. Hoje tudo é muito misturado. Sim, podia achar que ela estivesse mal vestida, mas os detalhes foram forçados. O marido (Henry Golding) escreveu um best-seller e ficou rico. Agora não consegue escrever mais. A esposa trabalha em uma agência, mas como o padrão deles é muito alto o dinheiro não cobre os custos. E a partir daí aquele suspense que eu curto muito. A trilha sonora é eclética e incrível! Várias músicas foram pra minhas playlists no Spotify.
Assisti Golda (2023) de Guy Nattiv na Prime Video. Assisti na casa da minha irmã. Queria ver apesar das críticas negativas. O roteiro é de Nicholas Martin. O filme se passa um pouco antes da Guerra do Yom Kippur, quando já tinham boatos que os egípcios iam atacar, até a morte de Golda Meir, que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra em Israel. Ela já estava muito doente, com câncer, fazendo radioterapia, enquanto tinha reuniões exaustivas com os chefes do exército e líderes dos Estados Unidos. Como o filme fala de Golda, mostra só esse lado do conflito. Mostra também o trabalho exaustivo das mulheres que ajudavam Golda, iam com ela nos procedimentos médicos. O quanto as mulheres são fundamentais na prática do cuidado. O filme mostrou o encontro histórico entre Golda Meir e Anwar Sadat, inclusive com vídeos e imagens históricas. Consegui capturar imagem real. E postei no álbum como de costume quando filmes são verídicos. Helen Mirren está incrível como Golda. Alguns outros do elenco são Camille Cottin e Liev Schreiber.
Assisti no cinema Poor Things (2023) de Yorgos Lanthimos. Eu queria muito ver esse filme mesmo e não pensei duas vezes. Mentira! Pensei demais, passei uma semana olhando os filmes, pra me decidir. E que filme! Jamais vou esquecer! Amo filmes surreais e fantásticos! Só depois que assisti que vi que é desse diretor que amo e enlouqueci com outro surreal, O Lagosta. E A Favorita. O roteiro genial é de Tony McNamara e Alasdair Gray. Até os cartazes são geniais! Um médico e cientista (William Dafoe) contrata um jovem médico (Ramy Youssef) para anotar tudo de sua filha. Quantas palavras aprende por dia, o que gosta de comer, absolutamente tudo. O jovem se apaixona por ela, o pai concorda com o casamento, e um homem (Mark Ruffalo) vem fazer o contrato. Ele se encanta com a jovem e combinam de fugir. O pai deixa e ela vai ver experiências pelo mundo começando por Lisboa. Emma Stone está majestosa! O filme fala muito do feminino. Enquanto o pai libera a filha pra viver experiências, o amante a aprisiona. Várias mulheres mais velhas (Katryn Hunter e Hanna Schygulla) falam do desinteresse sexual que as pessoas têm por elas, do quanto são colocadas em escanteio. A direção de arte é belíssima! Amei a trilha sonora. É todo metafórico e lindo! Com cenas muito poéticas! Que filme genial! São inúmeras cenas antológicas que quero rever! Alguns no elenco: Margaret Qualley, Christopher Abbolt, Jerrod Camichael, Suzy Bemba, Hanna Schygulla entre outros.
Assisti O Pagamento Final (1993) de Brian De Palma no SBT SábadoCine. É um excelente filme, com tomadas de câmera incríveis, excelente direção e um desempenho majestoso de Al Pacino. O roteiro é baseado no livro de Edwin Torres. Começa com o personagem do Al Pacino, Carlito Brigante, saindo da prisão. Ele é um porto-riquenho que vivia da criminalidade e do tráfico de drogas. Ele quer sair do crime, juntar dinheiro para entrar em sociedade com um conhecido em uma locadora de carros nas Bahamas. Para juntar dinheiro fica sócio do seu advogado em um bar. Só que é onde praticou todos os crimes anteriormente e tem a dificuldade de se manter longe de confusões. Na narração ele diz o tempo todo que tem azar, mas fica claro a dificuldade de viver com dignidade em um lugar onde a criminalidade corre solta e por muito tempo se alimentou dela. O Pagamento Final fala muito de preconceito. Em um texto. Al Pacino fala das delimitações que os porto-riquenhos tinham nos Estados Unidos. O próprio preconceito de negros com os porto-riquenhos e as delimitações de ruas. O advogado é interpretado maravilhosamente por Sean Penn e gostei muito da dançarina, interpretada pela bela Penelope Ann Miller. As tomadas de câmera são maravilhosas, bem como a iluminação, a edição, a direção e a fotografia. A direção de arte é de Gregory Bolton. A edição de Kristina Boden e Bill Pankow. E a Direção de Fotografia de Stephen H. Burum. Gostei muito da trilha sonora, a música principal, Your Are So Beautiful, é interpretada por Joe Cocker. Tem no youtube o trecho da música no filme quando sobem os créditos.
Assisti Duna (2021) de Dennis Villeneuve na Temperatura Máxima. É o filme que não acontece! Só más escolhas! Tudo o que queremos ver mostra mal ou não mostra, e tudo o que é desprezível não acaba. 2h35 de enrolação. Quero assistir o primeiro de 1984, está disponível na Starzplay da Net Claro que eu não tenho no meu pacote e na Netflix. Quando realmente o filme vai acontecer ele acaba. É um filme de promessas. Sim, esteticamente é bonito, ótimo elenco, mas as locações mais bonitas mal se veem e as feias nos cansamos de ver. As fotos de divulgação são dos segundos finais. Gosto muito do trio principal, Timothée Chalamet, Rebecca Fergurson e Oscar Isaac. Péssimo o personagem do Josh Brolin, debochado, destoa completamente do filme. A tão aguardada morte do barão (Stellan Skarsgard) mal dá pra ver, frustrante, o barão voa mas nunca vemos direito, sempre desfocado, como quase tudo no filme. Alguns outros do elenco são Jason Momoa, Dave Bautista, Chang Chen, Sharon Duncan-Brewster, Stephen McKinley Henderson,, Javier Bardem, Benjamin Clémentine, Charlotte Rampling e Zendaya. O trailer parece de um filme ágil, mas é lento e arrastado.
Assisti Inimigos Públicos (2009) de Michael Mann no SábadoCine do SBT. Noite sem outras possibilidades, como estão no elenco o Johnny Deep e a Marion Cotillard, resolvi assistir. Inimigos Públicos é baseado em mais um livro sobre o lendário assaltante de banco John Dillinger. Fica claro no próprio roteiro e no filme a idealização desse assaltante. O filme Inimigos Públicos é ambientado nos Estados Unidos, em 1930. Os dois protagonistas estão muito bem. Outro ator principal é o agente do FBI Melvin Purvis se que tenta capturar o Dillinger interpretado pelo Christian Bale. Por ser um filme de gangster e verídico a todo tempo é mencionado um o outro mafioso que já ouvimos ou presenciamos em outros filmes. Além do ambicioso J. Edgar Hoover diretor do FBI interpretado pelo Billy Crudup. É um bom filme, um pouco forçado em alguns momentos, mas bem realizado. Ainda estão no elenco: James Russo, Diana Krall, Jason Clarke, Leelee Sobieski, Channing Tatum, John Ortiz, Giovanni Ribisi, Stephen Lang, Christian Stolte, Stephen Dorff e Lili Taylor. Há vários, livros, filmes e séries baseados no Dillinger. Esse é baseado no livro de Bryan Burrough. Eu não gostei de uma cena final, logo após a morte do Dillinger um policial vai levar um recado romântico a amada do assaltante na cadeira, ficou forçado e esquisito, se fosse um recado importante, mas um romântico? Ficou ridículo!
Assisti O Gângster (2007) de Ridley Scott no SábadoCine SBT. Queria muito rever esse filme porque adoro esse diretor. O Gângster é muito bom! É baseado na vida do Frank Lucas, interpretado pelo ótimo Denzel Washington. Ele é um negro que foi braço direito de outro negro que aprendeu toda a sua estratégia com a máfia. Na década de 70 esse líder morre e o Frank Lucas assume o seu lugar. É a época da Guerra do Vietnã e o Frank Lucas vê uma notícia que relata a rapidez com que soldados se viciam em heroína e cocaína. Frank Lucas resolve montar um esquema para trazer a droga diretamente no Vietnã. Nos Estados Unidos a polícia está envolvida no tráfico e dilui excessivamente a droga para faturar mais e há muitos intermediários. Frank Lucas cria uma droga mais pura, arma um esquema para não ser descoberto dentro da estrutura da máfia onde a família toda trabalha. O personagem do Russell Crowe é policial Richie Roberts aspirante advogado. Honesto é contratado para descobrir quem tem esse esquema de venda de drogas. O Gângster é muito intrincado, muito bem dirigido, encenado e editado. Além de falar de corrupção, drogas, debate o racismo, o preconceito e a falta de oportunidade de ascenção de forma honesta de uma raça. É um texto excelente. Gostei muito! Curiosidades: 1. Realmente o casaco de chinchila U$100.000 e o chapéu de U$25.000 para a luta de Ali e Frazie foi a sua queda. 2.O mesmo policial responsável pela investigação que resultou na prisão de Frank e seus irmãos. Também foi seu advogado de defesa e auxiliava na Organização Yellow Brick Roads, cuja responsável é sua filha Francine, a única que teve com a porto-riquenha Julie. Alguns outros do elenco são: Chiwetel Ejiofor, Josh Brolin, Lymari Nadal, Carla Gugino, Cuba Gooding Junior e Malcolm Goodwin. A trilha sonora de Marc Streitenfeld é muito boa.
Assisti Mahalia (2021) de Kenny Leon na Tela Quente. Vi esse filme iniciando e comecei assistir. É absolutamente inacreditável que eu não conheça essa cantora. Eu tenho um fascínio enorme por cantoras desse período e ouço sempre. Talvez seja pelo fato dela ter sido uma cantora gospel. Mahalia Jackson (1911-1972) começou a cantar desde cedo, as pessoas paravam na porta pra ouvir. Que voz potente, fiquei impactada, baixei uma playlist e não paro de ouvir as canções que ela interpretava. Ela era órfã e vivia com a sua tia que era abusiva. Aos 16 anos mudou-se para Chicago. Ela dizia que era deus que determinava tudo o que ela iria fazer e tudo que conseguia era graças a ele, então seu repertório era gospel na maioria das vezes. Danielle Brooks interpreta maravilhosamente a potente Mahala que teve muitos amigos, era generosa, dividia o pouco que tinha, e tinha um gênio forte. O filme mostra a amizade com Martin Luther King e quando ela foi cantar em suas manifestações e infelizmente em sua morte após ser assassinado. Ela foi ovacionada no Carniegie Hall. Vendeu inúmeros LPs. Foi muito bem sucedida musicalmente e financeiramente. Há outros filmes sobre a cantora, quero assistir.
Assisti Todas as Flores - Parte 2 (2023) de João Emmanuel Carneiro na GloboPlay. Como eu amo essa novela. A primeira parte eu comentei aqui. Se a mocinha sofre muito na primeira, nessa não é diferente. Sophie Charlotte está incrível como a doce Maíra que fica amarga, rancorosa e vingativa. Sua mãe sequestra seu filho, ela então começa um plano pra destruí-la. Rouba o seu dinheiro, faz cirurgia nos olhos e passa a ter baixa visão, mas mantém em segredo. Como lidar com bandido é sempre perigoso, ela se prejudica bastante. Humberto, mais canalha que nunca, rendeu bons momentos. Fiquei triste com o desfecho dele. Inacreditável, porque é muito vilão, dá até vergonha querer ele sobrevivendo e se dando bem. Fábio Assunção arrasou. Ele e a dupla com a Regina Casé renderam momentos deliciosos. A turma da fazenda continua sofrendo horrores. Como os internos precisam mostrar que colaboram, vários nunca sabemos de que lado estão. Estão ótimos Samantha Jones, Duda Batsow e Luiz Fortes. Muito bom que a grande Denise Weinberg se une ao time. Ela é a grande cientista que faz experimentos e ainda cuida de toda a parte médica dos internos para melhor resultados nos crimes de tráfico de crianças e órgãos. A fazenda tinha algumas forçadas. Quem era indisciplinado era incapacitado por cirurgia e mantido por lá. Custo alto demais manter inúmeros inoperantes que precisavam de remédios, funcionários, refeições. Vendiam os órgãos depois, mas ter tanto interno era esquisito. Mas dramaturgicamente a trama funcionava muito bem. Como eu torcia por Mauritânia e Javé, mas era uma relação difícil. Ele tinha uma química forte e uma relação sexual longa com a filha da Mauritânia e o que todos desconfiavam, ainda era pai do filho da jovem, portanto, pai da neta da amada. Thalita Carauta em um dos seus melhores personagens. Gostei muito do Jhona Burjak. Cenas quentes de vários atores não faltaram. No twitter então viviam falando que a Rhodes parecia um motel de tanto casal que namorava por lá. Muitas cenas quentes e instigantes. Minha irmã terminou de ver antes e disse que não gostou de alguns dos desfechos. Eu concordo. Acho que a Vanessa poderia ter tido um final menos mirabolantes. Achei muito coerente o final do Pablo. Caio Castro estava ótimo. Abrir mão de uma fortuna não parecia ser o perfil dele. Como a novela falava de tráfico humano, a segunda temporada foi bem tensa, muito até, sofri bastante. Mas não dava pra imaginar que pessoas que trabalhavam há tantos anos com tráfico de pessoas, órgãos, fossem ter ações sem violência. E como a Maíra gostou de ter filho. Gostei muito! Grande novela!
Assisti Agente Stone (2023) de Tom Harper na Netflix. Eu queria ver pela Gal Gadot, já que não é meu gênero preferido. Gostei, mas é mirabolante demais que dá até preguiça O roteiro é exatamente igual a um filme recente que vi, no fiquei pensando se o mesmo roteirista conseguiu vender pra duas produções e ficou quieto. Esse filme é da série dá pra ver. A protagonista faz parte de um grupo autônomo de espionagem, a Carta. Ela tem que impedir que um dispositivo chegue em mãos inimigas porque pode derrubar aviões, explodir qualquer lugar do planeta, igualzinho ao outro filme. Ela e outros personagens não acreditam nos sistemas, em muitas pessoas e são traídos continuamente. Então criam grupos paralelos, mas volte e meia se enganam em quem acreditam. Gostei muito da Alia Bhatt e de seu personagem. É um filme caro, com locações belíssimas Islândia, Portugal, Alpes Italianos, Reino Unido, EUA e deserto do Saara. Alguns outros do elenco são Jamie Dornan, Mathias Schweighofer e Sophie Okonedo. Judi Dench faz uma pequena participação. Achei longo demais.
Terminei de ver a 2ª Temporada de Cidade Invisível (2023) de Carlos Saldanha na Netflix. Eu amo essa série, amei a primeira temporada. Os personagens são tirados do folclore brasileiro. Essa temporada tem só 5 episódios, lembro de ler sobre dificuldades nas gravações, mas gostei bastante. Os cartazes são deslumbrantes. Essa começa com a lenda da Matinta Perê interpretada por várias atrizes, uma delas é Letícia Spiller. Manu Dieguez, que faz a filha do protagonista, está mais linda que nunca. Ela e Alessandra Negrini são lindas demais, em cenas deslumbrantes no Pará. Há cenas em natureza, barcos, lago, muito mágicas. Elas seguem atrás da pista do pai. É aí que a filha faz um pacto com a Matinta Perê. Muito da série é sombria, à noite e bem escura. Senti falta das cenas na exuberante beleza das matas e do Pará. A série passa a falar bastante dos povos originários, da preservação da natureza, fiquei profundamente emocionada. Indígenas que passam a lembrar de suas histórias e ver o seu passado de violência e mortes provocadas pelos brancos, pelo garimpo. Nesse núcleo estão Ermelinda Yepário e Zahy Guajajara (Maria Caninana). Zahy Tentehar integra esse elenco. Eu gosto muito que a série fala que todos nós somos diferentes, que os poderes de cada um não é uma maldição e sim uma dádiva. As cenas são muito mágicas e bonitas. Fiquei triste que muito provavelmente os personagens da Alessandra Negrini e do Marco Pigossi não seguem pra próxima temporada. Nesse surgem a Mula sem Cabeça (Simone Spoladore), Zaori (Mestre Sebá) e o Menino Lobo (Tomás de França).
Assisti Vai na Fé (2023) de Rosane Svartman na TV Globo e na GloboPlay. Os outros co-autores eram Mário Viana, Renata Corrêa, Pedro Alvarenga, Renata Sofia, Fabrício Santiago e Sabrina Rosa. Vi a maior parte na TV Globo, mas quando não conseguia ver no horário, via na GloboPlay. Eu sempre vejo os primeiros capítulos das novelas, mas achava que não veria essa depois, uma pelo estilo do horário, prefiro às das 21h, e outra por falar de fé. Embora pareça não sou muito religiosa, mas a ideia de assistir produtos que falem e relatam vários tipos de fé. Vai na Fé entrou para a lista de novelas que mais amei. Já estou com saudade! Eu participo de um grupo de novelas no whatsapp e tinha tempo que não víamos novelas juntas. Vai na Fé nos uniu de novo, bom, nem tanto, porque o bom de ver novela é poder discordar das escolhas, palpitar e "escrever a nossa própria novela". E volte e meia a gente discordava uma das outras. Eu era fã de Sol e Lui. Como disse uma amiga do grupo, ele fazia a Sol sorrir. José Loreto estava incrível. Mas a retomada do amor entre Sol e Ben, a construção do amor, foi muito lindo. Não teve como não se emocionar com o casamento. Já era tempo de Sheron Menezes ser protagonista, o mesmo pra outro incrível ator, Samuel de Assis. E não faltou música. E como nós amamos esses momentos. Além das músicas de Lui Lorenzo, ensaios, shows. Theo começou a ir em um karaokê, e outros iam com ele. A trama passou então a colocar músicas em vários trechos, com trilhas sonoras deslumbrantes, fortes e impactantes, com vários do elenco cantando. Que fantástico! Eu aguardava cada momento. Emílio Dantas arrasou em seu vilão pra lá de vilão. Amo Caio Manhente desde Berenice Procura. Ele fez par romântico com a maravilhosa Kate de Clara Moneke, uma das grandes revelações da novela. Linda e talentosa, seu personagem teve muitas nuances. Inicialmente ela se envolveu com o Theo e a novela debateu temas urgentes como abuso e violência contra a mulher. Emocionei quando a Letícia diz "mas ela é só uma menina". Na trama passaram a por a culpa do envolvimento da Kate com um homem rico, mais velho e casado. Ela não tinha profissão definida, era balconista de um café, de repente começa a ser assediado por um homem rico, lindo, bem sucedido, julgá-la é no mínimo perverso. Interessante que por ser uma novela das 19h, abordou e aprofundou muitas questões urgentes. Pra isso a novela contava com uma equipe de advogados. Dois protagonistas eram advogados talentosos em um escritório promissor. Era aí que ficava Lumiar, outra personagem cheia de camadas, inclusive a personagem que mais me identifiquei, por ela não ser religiosa, exagerada no trabalho, focada. E amei que o clichê não a levou para a fé, ela continuou cética, mesmo acompanhando a doença de sua mãe. Mais um grande personagem de Carolina Dieckman. Os estudantes de direito, Lumiar era uma professora, davam o segundo tom no tema advocacia. Cotistas, eles passavam a trazer temas menos abordados entre advogados, mas mais mencionados nos jornais policiais. Jean Paulo Campos, que arrasou, inclusive, é preso por reconhecimento em foto, aberração que ainda existe nos dias de hoje. Os jovens criaram um grupo para debater injustiças, entender a lei, cuidar de casos difíceis. Wilma Campos foi outra grande personagem com a maravilhosa Renata Sorrah em uma personagem repleta de diferenças. Atriz de grande sucesso, ela misturava em suas falas inúmeros trechos de grandes autores sejam da literatura, teatro, ou mesmo de novelas anteriores. Ao mesmo tempo foi uma péssima mãe e fez a bobagem de largar a carreira pra cuidar da do filho que desprezava. Ela odiava a música que ele ganhava dinheiro, então ela o humilhava constantemente. Vai na Fé trouxe ainda inúmeros trechos de peças de teatro, momentos únicos e mágicos. Queria que Lorençato (Bruno Garcia) tivesse voltado a trama e ficado com ela. Amei o curta Fumaça Macabra, nunca me diverti tanto. Fomos às lágrimas com a Dora defendida magicamente por Cláudia Ohana. Ela e o marido tinham o Refúgio, ele era o maravilhoso Zé Carlos Machado. Ela descobre uma doença terminal. E de novo Vai na Fé passou a debater temas importantes, como o direito de um paciente sem chances de cura, escolher viver com dignidade em sua própria casa, com paliativos. A cena após a morte, das cinzas, a música, explodiu na internet. Foi lindo o cuidado de não fugir ao melodrama e fazer doído e triste, mas sem exageros e sem apelos. Outro casal apaixonante era Clara e Helena. Gostei como foram construindo o amor das duas. Ela ainda casada com Theo, bastante preconceituosa em vários temas e a doce Helena. Regina Alves e Priscila Sztejnman arrasaram. Infelizmente o atual conservadorismo da TV Globo censurou várias vezes os beijos delas. A internet pressionou tanto que acabou acontecendo, mas bem depois quando outros casais entre pessoas do mesmo sexo também tiveram seus beijos censurados, foi muito triste e retrógado. Nós do grupo ficamos revoltadas. Foram muitos personagens incríveis. A cada momento algum despontava em uma grande trama, como o Orfeu. Jonathan Haagensen arrasou com esse sombrio sócio. Enquanto Theo posava de empresário do ano, Orfeu nas sombras tomava conta de toda a marginalidade dos negócios deles. Renata Miryanova inclusive teve seu momento de holofotes. Secretária desde o pai do Theo, ajudava em esconder as ações ilícitas até que é traída pelo chefe e foge com o dinheiro. Amava Bruna e Jairo, como torcia por esse casal. Ela começou vendendo quentinhas, passou a ter encomendas até que Sol ajudou ela e a mãe, a maravilhosa Elisa Lucinda, a montar um restaurante. Adoro a Clara Cristina Cardoso. Ela era daquelas amigas que todos queremos ter. Jairo era segurança de Lui Lorenzo e era muito batalhador. Lucas Oradovschi estava ótimo. A parte virtual foi muito bem construída. A Guiga era a que mais encabeçava o tema. Mel Maia arrasou. A trama dela era engraçada, mas tinha traços dramáticos tocantes. Logo no começo seu pai é preso e os bens bloqueados. A mãe sempre viajando. Ela que tinha uma vida confortável, se vê de repente totalmente sem dinheiro. Ela era uma influencer muito respeitada e consegue com o seu trabalho continuar pagando a faculdade e sobreviver. Ela tem que mudar o seu estilo de vida e viver em um apart apertado, mas consegue com dignidade e trabalho se sustentar mesmo tão jovem. Ela ensina inclusive seu futuro namorado a trabalhar com isso também. Sem romantizar, a novela ainda mostra os perigos de não ficar atento a picaretas. E sim, ela ainda exagerava, o que sempre nos divertia. Na foto está com o primeiro namorado interpretado por Henrique Barreira, que falou de masculinidade tóxica. Antony Verão de Orlando Caldeira e Erika, da Letícia Salles, os dois fofoqueiros da novela tinham colunas virtuais de sucesso. Amei os desdobramentos e o desfecho de Érika. Como disse eram muitos personagens. Outros atores eram Bella Campos como Jennifer, Mc Cabelinho como Hugo. Vitinho do incrível Luís Lobianco, o produtor. Naira de Tati Vilela, outra segurança. Dona Neide de Neyde Braga. Gabriel Contente como Tatá, Marcos Veras como Simas. Carlão por Che Morais. As crianças Manu Estevão, Nathália Costa e Nego Ney. Os jovens Sol, Ben e Theo; Jê Soares, Isacque Lopes e Matheus Polis.
Assisti Passageiros (2016) de Mortem Tyldum na HBO On Demand. O roteiro é de Jon Spaihts. Apesar da roupagem ser ficção científica é um filme romântico, sobre o amor entre duas pessoas. Mas a parte de ficção científica é muito interessante. Uma belíssima nave está em órbita, acontece um acidente. Tudo é mecânico, nada humano. Ficamos sabendo então que mais de 5.000 pessoas estão hibernando, mais os responsáveis pela nave. Com a pane, só um hibernado acorda. Ele é orientado como se todos tivessem acordado. Ele vai então pesquisar e descobre que ele não dormiu 120 anos. Que faltam ainda 90 anos até chegarem ao planeta que iriam viver. Eles iam ser acordados somente 4 meses antes da chegada. Os responsáveis seriam acordados um pouco antes. Ele passa um ano sozinho, até que não suporta mais e acorda uma tripulante. Ela demora a descobrir o que ele fez. Gostei bastante, os temas debatidos são bem interessantes. Ele é Chris Pratt, ela Jennifer Lawrence. Há um robô barman interpretado por Michael Sheen. Com pequenas participações estão Laurence Fishburne, Julee Cerda e Andy Garcia.
Assisti Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) de Luc Besson na HBO Go. Eu não via esse filme porque tinham falado muito mal dele pra mim, uma pena, porque eu amei. É colorido, ágil, cheio de histórias e ramificações, uma delícia de filme. Também me emocionei muito! Um planeta maravilhoso, mágico, em harmonia com a natureza e todos habitantes é cruelmente dizimado. Fogem alguns. Eles demoram a aparecer no filme. Um casal que trabalha pro governo dos humanos tem a missão de buscar em um mercado alienígena um objeto roubado. O que não faltam são planetas, alienígenas, mundos paralelos, uma delícia. Os efeitos são ótimos! Os dois são interpretados por Dane DeHaan e Cara Delevingne. Alguns atores conhecidos aparecem na trama: Clive Owen, Sam Spruell, Rudge Hauer, Herbie Hancock, Ethan Hawke e Benoit Jacquot. Rihana tem uma participação deliciosa!
Assisti O Poder (2021) de Corinna Faith na Globoplay. Porque sábado é dia de fantasminhas! É um filme de terror muito tenso, mas muito tenso, até eu que estou acostumada sofri muito. Mas que filme urgente, que roteiro incrível, fiquei em estado de choque! Não se calem! É 1974. Há uma greve então há falta de energia à noite. Fui ler os fatos históricos desse período e são bem complexos. Desastradas ações políticas conservadoras levam trabalhadores à greve. Trabalhadores responsáveis pela energia estão em greve, então falta energia à noite. É nesse contexto que uma enfermeira vai trabalhar em um hospital. À noite é um caos, porque durante o dia boa parte dos pacientes são remanejados, mas a UTI fica e ela sem experiência, sem conhecer o local é designada pra ficar no plantão noturno. A perversidade do lugar só piora. Fala muito de abusos trabalhistas, desrespeito, mas infelizmente vai muito além, que filme difícil. Essa enfermeira era do orfanato e lá ela conhece uma jovem órfã que não melhora, não ganha peso, e logo a nova enfermeira percebe que negam alimentos pra menina, que a tratam diferenciada por ser imigrante e pobre. As duas atuam bem demais Rose Williams e Shakira Ramman. Tudo é sutil, mas vamos percebendo os detalhes. A parte de terror é muito forte, o filme é muito violento, é profundamente trágico e pior, a parte realista beira o insuportável. Logo contam que essa enfermeira foi órfã e fica claro também que ela vai sendo explorada exatamente por ser igualmente pobre. Os segredos obrigados a existir pelo silêncio são estarrecedores, que filme triste.
Assisti a série Rota 66: A Polícia que Mata (2022) de Philippe Barcinsky e Diego Martins na Globoplay. Sabia que não seria fácil já que tinha lido há muito tempo o livro. A série é muito bem realizada. Humberto Carrão está muito bem como o Caco Barcellos. A adaptação é de Maria Camargo e Teodoro Poppovic.Caco Barcellos pesquisou por muito tempo as inúmeras mortes pela polícia da Rota 66, uma polícia altamente letal. A investigação mostrou que dos 4200 mortos, 2200 eram inocentes. Infelizmente a pena de morte continua por alguns policiais, que sem ao menos saber quem é a pessoa que está na frente deles, julga, sentencia e mata em segundos, em uma grande maioria das vezes sem nem mesmo as pessoas estarem armadas como o caso da família que ia ao batizado ou da comerciante que tentou interferir na violência da polícia com suspeitos desarmados e pisaram no pescoço dela. Além de inúmeros outros casos. O livro fala da investigação do jornalista que teve vários processos por calúnia e difamação, Caco Barcellos foi inocentado de todos.A série mostra as pessoas, as famílias, a vida pessoal do jornalista que foi sistematicamente ameaçado e intimidado. Assustadora a hostilização armada no dia do lançamento do livro. O personagem do Aílton Graça era um policial da Rota 66, até que seu filho é executado quando ia comemorar sua formatura em direito. O elenco é incrível, muito corajosos os atores que aceitaram interpretar os monstros da Rota 66: Rômulo Braga, Ricardo Gelli e Rafael Lozano. A série fala das mortes pelos olhares das mães, esposas, avós que passam a procurar seus parentes desaparecidos, ou a conviver com a denúncia de que eram bandidos. É muito doloroso ver o sofrimento dessas mulheres e das crianças. A série mostra a difícil trajetória de reconstrução de suas vidas e histórias, após essas tragédias. O elenco é incrível: Lara Tremonoux, Juan Queiroz, Wesley Guimarães, Adriano Garib, Magali Biff, Naruna Costa, Ariclenes Barroso, Gabriel Godoy, Nizo Neto, Adriana Lessa, Ana Cecília Costa, Virgínia Rosa e Augusto Madeira. Participam: Martha Meola e Maria Manoella. Eu tinha me esquecido que o Caco Barcellos tinha feito a cobertura no massacre do Carandiru. A tropa de choque entrou e impediram familiares e a imprensa de entrar no local. Só conseguiram entrar depois. Recentemente tentaram perdoar os policiais do massacre, por sorte reverteram essa arbitrariedade e impunidade A série mostra mais o Humberto Carrão como repórter, no final que aparecem alguns trechos de matérias da época com o Caco Barcellos.
Assisti Dans La Brume (2018) de Daniel Roby no Tela Quente. Não sabia da existência desse filme. É mais ou menos. Adoro o Romain Duris e por ele insisti até o fim. É um filme de ficção científica meio arrastado. Acontece um terremoto leve e começa a vir bruma do subsolo. O casal corre para um apartamento alto de um vizinho. A filha vive em uma bolha. No filme, a mãe conta ao casal de idosos do vizinho que quando a filha nasceu eram poucas crianças com aquela má formação, mas que com o tempo nasceram muitos assim. A menina vive em uma bolha, e conversa por computador com várias outras crianças que vivem na mesma situação. Esse casal tenta então a todo custo salvar essa filha que ficou no quarto com a bruma, que precisa de baterias pra manter todo o sistema da bolha ligada, já que não há mais luz. Todo mundo que teve contato com a bruma morreu sufocado. O nome no Brasil é péssimo, O Último Suspiro, um crítico ainda ficou analisando o nome e nem viu que o original não tem nada a ver com o nome daqui. A mãe é interpretada por Olga Kurylenko. O casal idoso muito fofo é interpretado por Michel Robin e Anna Gaylor, os melhores personagens do filme. Uma graça também a menina que vive na bolha, Fantine Harduin.
Assisti Eduardo e Mônica (2020) de René Sampaio na Globoplay. Quando soube que ia ter a adaptação da música do Legião Urbana, com letra de Renato Russo, fiquei muito feliz. Durante o processo que vi matérias e fotos das filmagens, nem tanto. Adoro Alice Braga e Gabriel Leone, lindos e talentosos, mas nunca me convenceram como Eduardo e Mônica e menos ainda quando vi o filme, pode ter sido esse motivo que fez eu não embarcar na trama. Sim, Alice Braga parece uma menina, mas não convence ser tão jovem, nem o Leone ter 16 anos, faltava uma ingenuidade que quem tem mais de 25 anos não costuma ter. E eu não senti química nos dois, achei o amor deles muito encenado. Como disse, eu não embarquei na trama. Otávio Augusto faz o avô do Eduardo. Juliana Carneiro da Cunha a mãe da Mônica e Bruna Spínola, a irmã. Victor Lamoglia faz o melhor amigo do Eduardo. Alguns outros do elenco são Eli Ferreira, Fabrício Boliveira e Ivan Mendes. O diretor é o mesmo do maravilhoso Faroeste Caboclo e usou a mesma estrutura, só no final é que a música tocou.
Assisti Harriet (2019) de Kasi Lemmons no Tela Quente. Não conhecia a história dessa heroína Harriet Tubman. Ex-escrava, libertou inúmeros escravos no sul. Primeiro Harriet fugiu sozinha do sul para o norte. Um ano depois resolveu ir buscar alguns parentes e assim começou suas idas e vindas para salvar escravos. Ela chegou a resgatar mais de 300 escravos. A cada fuga muitas adversidades, mas ela não esmorecia. Ela lutou na Guerra Civil nos Estados Unidos e liderou vários grupos de ataque, uma das primeiras mulheres a ter essa função. Apesar de todo esse trabalho ela ainda conseguiu salvar os seus pais e levá-los ao Canadá, constituir família e ter filhos. Harriet Tubman faleceu com aproximadamente 91 anos. Cynthia Erivo simplesmente arrasa. Que atriz! Como ela é talentosa, linda e eclética! O filme é praticamente todo com a Cynthia Erivo. Outros atores que aparecem são: Janelle Monáe, Henry Hunter, Joe Alwyn, Leslie Odom Jr., Zacary Momoh, Clarke Peters, Vanessa Bell Calloway, Alexis Louder e Jennifer Nettles. No álbum uma foto da heroína Harriet Tubman
Assisti Entre Lençóis (2008) de Gustavo Nieto Roa no Cine BAND. O diretor é colombiano. Eu tinha lido trechos de críticas na época da estréia que falavam muito mal desse filme. Como adoro a Paola Oliveira e o Reynaldo Gianecchini, resolvi assistir e me surpreendi. Comentei com o 007 que disse que também viu e que igualmente gostou. O roteiro e a realização é relativamente simples. Há no início mais atores, simulando uma boate onde o casal se conhece. Eles seguem para um motel e lá passa todo o filme. O ótimo roteiro de René Belmonte e a direção criteriosa mostram a relação em crescimento. É bem estranha a primeira transa, a dificuldade de intimidade. Conforme eles vão se conhecendo tudo começa a ficar bonito e delicado. Entre Lençóis mexeu muito comigo. Só assistindo para irmos gota a gota conhecendo cada um desses personagens.
Assisti Pureza (2022) de Renato Barbieri na Globoplay. Eu queria muito ver esse filme, tinha acompanhado entrevistas e matérias. Fala de escravidão contemporânea, termo que acontece quando um trabalhador fica preso em um local de trabalho, porque deve muito mais do que tem a receber. Em uma artimanha matemática, o empregador utiliza de trabalho escravo, fingindo ser o trabalhador que deve. O empregador não tem nenhum dever e o trabalhador, todos. Sem falar nas péssimas condições de moradia, alimentação, em violência e morte. O filme é inspirado na história de Pureza Lopes Loyola, moradora de um sítio no Maranhão. Na foto ela com Dira Paes que a interpreta no filme. Ela e a família viviam de fazer tijolos e recebiam muito pouco pelo trabalhão que tinham. Exploração gera exploração. O filho cansado da labuta e pouquíssimo dinheiro, resolve ir embora para o garimpo no início da década de 90. Como o filho (Matheus Abreu) não se comunica mais com ela, nem ela tem informação dos parentes, ela resolve ir atrás ao rastro dele pra encontrá-lo. Ela se infiltra de cozinheira em uma das inúmeras fazendas no Maranhão e vê todo tipo de exploração. Água podre pros trabalhadores beberem, dívidas enormes com o pouco que pegavam pra comer, trabalho exaustivo sem remuneração, violência e morte. Ela foi às fazendas de desmatamento pra gado do Maranhão. Não acha o seu filho, mas resolve denunciar os abusos. Ela consegue fugir e com a ajuda de um padre (Claudio Barros) e de uma ativista (Mariana Nunes) vai à Brasília. Lá ela percebe o desinteresse em querer resolver a questão e também a corrupção dos políticos com os fazendeiros denunciados. Ela resolve então voltar as fazendas pra libertar os homens. E agora é preparada pela ativista a levar uma máquina fotográfica e um gravador, com isso ela consegue ter provas. Há uma foto de Pureza como essa nos créditos do filme. Que coragem dessa mulher voltar ao lugar dos assassinatos, pra levantar provas. Da ida dela as fazendas até ela conseguir provas foram 3 anos. É uma história inacreditável, de tanta coragem, luta, ela era considerada por muitos como uma mãe. Flávio Bauraqui é o manda-chuva da fazenda que Pureza trabalha como cozinheira. Antonio Grassi o político mancomunado com os fazendeiros poderosos. Por muito mais Purezas no Brasil, mas que não precisem existir tantas mais se o ser humano parar de explorar o outro em benefício próprio. Pureza chegou a acompanhar algumas das gravações e disse que estava muito parecido, mas que era muito pior que aquilo e o filme beira o insuportável. Muitos dos que interpretaram os escravizados eram mesmo trabalhadores da terra. No final o filme lembra o quanto o Brasil regrediu nos últimos anos em relação aos direitos humanos, a fiscalização do trabalho escravo e a conivência dos poderosos e políticos. Na galeria de fotos estão às fotos de: Pureza e Dira/ Dira interpretando Pureza e os trabalhadores/ Pureza e o filho Abel.
Assisti Corra! (2016) de Jordan Peele no Domingo Maior. Eu tinha alta expectativa em ver esse filme e uma certa culpa por ter achado que A Forma da Água merecia o Oscar de Melhor Filme sem ter visto esse, um dos mais elogiados filmes que concorreram ao Oscar. E não, Corra! não merecia o Oscar de Melhor Filme, muito menos o Oscar de Melhor Roteiro Original. Quem como eu gosta de filmes de fantasminhas e experiências científicas sabe que Corra! não é nada original. Inclusive Corra! é um filme de um tema só e maniqueísta. Brancos líderes engabelam Pretos para tirar deles o que os idosos "precisam". Sim, Corra! é um bom filme, mas simplista. O protagonista é um parvo, ele percebe que algo muito errado acontece naquela reunião onde brancos sabem seu nome, o idolatram e onde os pretos que aparecem são parvos e robotizados. Primeiro o filme demora a acontecer. São longas demais as cenas na cidade com a namorada e a viagem. Acho que estavam sem assunto. Como disse, o filme tem um roteiro simples demais, então encheram linguiça. Confesso que em vários momentos me lembraram as soluções simplistas do Shyamalan por ter tanta cafonice. E as interpretações não são nada demais. Como Corra! é muito maniqueísta, os pretos são fortes, viris e fruto de inveja, e os brancos idiotas, querendo o que o pretos tem. Daniel Kaluuya é o protagonista parvo, lindo, mas o personagem exige muito pouco do ator. A namorada é interpretada por Alissom Williams. Os pais psicopatas dela são interpretados Catherine Keener e Bradley Whitford. Alguns outros do elenco são: Caleb Landry Jones, Marcus Henderson, Betty Gabriel, Lakeith Stanfield, Stephen Root e Lirel Howery. O tempo todo eu ficava com a sensação que já tinha visto um filme semelhante. Não igual ao final, mas a trama de pegar uma pessoa para enxertar algo nela. E Corra! tem vários furos. Gostei do final, mas é o momento de mais furos. O protagonista matou todo mundo da casa, há impressões digitais em tudo. Ok, ele ia mostrar os laboratórios, mas o grupo que freqüentava a casa era enorme, iam ser muitas testemunhas contra ele. E sim, ele matou aquela gente toda, iria preso mesmo que fosse em legítima defesa. O diretor resolveu esse problema terminando o protagonista indo embora. Também não é de hoje que tem me incomodado a forma rápida como hipnotizadores conseguem dominar a mente do outro. Estou quebrando a cabeça, uma hora vou lembrar o filme que Corra! me lembrou.
Assisti a Primeira Fase de Todas as Flores (2022) de João Emanuel Carneiro na Globoplay. Eu e minha irmã, noveleiras ficamos bem incomodadas que a novela não estrearia na TV aberta. Sem gostarmos das novelas que estão no ar, queríamos muito ver essa. Assinantes Globoplay, não paravam de elogiar, a internet e os críticos também, nos rendemos e cancelamos temporariamente Netflix, que é facílimo ir e voltar, o que me agradou demais, e assinamos Globoplay por um ano. Que estou aproveitando muito! Gosto muito de novelas que tem várias protagonistas, Sophie Charlotte, Letícia Colin, Regina Casé e Mariana Nunes, sim, uma novela matriarcal. E todas arrasam! Penso que talvez esse autor seja mais aberto a inovações e talvez esse motivo de o terem colocado no Globoplay. Como essa ideia de duas fases, parar a novela no auge e voltar um tempo depois. Ele sempre inovou também nos roteiros. O elenco é bem diverso, alguns entre os atores mais adorados da TV Globo, mas outros grandes atores que ou não eram chamados para televisão ou ficavam na sombra. Cássio Gabus Mendes seria o grande vilão, mas é ele que está desbaratando a máfia do tráfico humano. Todos tem vários traços e camadas. Sua mulher e filha são lindíssimas e talentosas Naruna Costa e Yara Charry. A mãe é advogada. O pai é investigador e sócio da Rhodes, a filha tem então um cargo alto na empresa, mas é igualmente competente como os pais, apesar de carregar um trauma que é desvendado na primeira temporada. E não procuraram só atender a cota da lei, inúmeros grandes atores negros, em vários núcleos, no protagonismo, com personagens em várias profissões, classes sociais. Cada ator tinha o seu momento de destaque. Eu ouvi uma fofoca que a TV Globo vinha solicitando que as novelas encolhessem os seus elencos. Todas as Flores dava essa sensação, mas nem tanto, porque em algum momento era um núcleo que ganhava destaque. A novela tem o núcleo da Rhodes e da Gamboa, linda a vila que criaram na Gamboa. E como há muitos segredos, vamos descobrindo que muitos que estão no lado rico da novela, vieram da Gamboa. E ter uma loja permite que inúmeros patrocinadores apareçam. Adorei que escalaram o grande ator de teatro Nilton Bicudo para um personagem complexo e emocionante. Raulzito era casado com Patsy, outra personagem ampla, com a incrível Suzy Rêgo. Ele está pra morrer, tem uma doença terminal, então quer aproveitar cada instante, vive em festas. Até que ele topa com uma das grandes personagens de Todas as Flores, Mauritânia, da maravilhosa Thalita Carauta. Mauritânia é tão importante na trama que a internet encaixou ela no cartaz oficial. Vide nas imagens. E que riqueza de personagem, sim, é cômico muitas vezes, mas a parte dramática me emocionou muitas vezes. Na juventude, Mauritânia vai tentar sobreviver como atriz pornô e é expulsa de casa pela mãe, com a maravilhosa Zezeh Barbosa. Mostra a hipocrisia da sociedade que condena uma mulher de ganhar dinheiro com o que é dela, mas não expulsa de casa o corrupto que rouba dinheiro dos outros. E pra falar profundamente dessa ironia, Mauritânia fica milionária e torna-se uma das sócias da Rhodes. No núcleo da Zezeh estão Xande de Pilares, Michele Machado, Jonah Bujark, Heloisa Honein e Mumuzinho. A mocinha sofre o diabo. Ela descobre que tem uma mãe viva e uma irmã que precisa de transplante de medula porque tem um câncer. Pra piorar o destino dela, ela e o namorado da irmã se apaixonam. Formando um quarteto está o personagem de Caio Castro, outro que alterna muito entre vilão e mocinho. O personagem de Humberto Carrão é bobão demais, que raiva que dá dele. Ana Beatriz Nogueira tem um lindo personagem que sai de cena logo. Ela é a diretora da Rhodes, uma das principais sócias, seu filho que assume o seu lugar. E que personagem de Fábio Assunção. É vilão, mas como alguns vilões dessa novela, ele alterna entre culpa e vilania. Ele quer se livrar da facção, mas não tem caráter suficiente. E adora dinheiro. Outro que sofre o diabo é Diego. Nicolas Prattes arrasa. Ele e seu núcleo familiar é muito pobre e vão morar nas ruas. Ele aceita assumir a culpa de um riquinho mimado e só se ferra, inclusive sua família. A mãe é vívida por Kelzy Ecard arrasa. A irmã Duda Batsow (Jéssica), tem destinos insuportáveis. E o desenrolar de sua tragédia fica pra segunda fase, que agonia. O irmãozinho Biel é Rodrigo Vida. Muitos atores estão em lugares diferentes do que normalmente atuam. Ângelo Antonio arrasa. Ele que ajuda Diego na prisão, mas tudo sempre tem um preço. Ele é casado com a linda Débora de Bárbara Reis. Adoro o núcleo dos perfumistas: Cleber Tolini (Márcio), Camila Araújo (Gabriela) e Moira Braga (Fafá). A Rhodes tem um projeto de capacitação para deficientes visuais. Os diálogos eram demais e sutilmente falavam de capacitismo e preconceito. E que atores. Que delícia a personagem da Fafá. Também adorei o concurso garoto Rhodes com perfis de lindos homens diferentes. Uma forma divertida de amenizar o real motivo da trama, que alguns momentos torna-se denso e intensa principalmente nas fases que os participantes da organização mostram o que realmente são capazes de fazer. Ficamos muito tristes com o a saída das personagens: Guiomar, Raulzito e Deca. Que novela! Ainda no elenco estão: Jackson Antunes, Samantha Jones, Luis Navarro, Adriana Seiffert, Douglas Silva, Mary Sheila, Valentina Bandeira, Luiz Fortes e Leonardo Lima Carvalho. E participações de Chico Diaz, Denise Weinberg, Charles Paraventi, Angela Rebello, Bruno Ibañez e Antonio Karnewale. A trilha sonora é maravilhosa e tem no Spotify.
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraAssisti Eu, Tonya (2017) de Craig Gillespie no Top Cine BAND. Esse filme é da série "todo mundo viu, menos eu". O roteiro é de Steven Rogers. Fala da grande patinadora Tonya Harding com uma história absurdamente surreal. Tonya participou de duas Olimpíadas.
Aos 4 anos Tonya começou a treinar. Logo passou a ganhar campeonatos. Além da patinação Tonya aprendia com o pai a caçar e a consertar carros. Com o tempo ela largou os estudos pra se dedicar exclusivamente a patinação. Sua mãe foi interpretada por Allison Margot Robbie interpreta brilhantemente Tonya. Ganhou vários prêmios
Tonya Harding sofreu inúmeros preconceitos. Mesmo sendo uma das poucas patinadoras do mundo que faz um Axel Triplo, era sua rival, com perfil de princesa, que saía vencedora. Os juízes criticavam sua aparência, que parecia ser mais importante que seu desempenho técnico.
Filha de violência, Tonya trocou as agressões da mãe pelo do marido Jeff, interpretado por Sebastian Stan.
Um terceiro personagem junta-se a eles, Shawn, melhor amigo de Jeff, interpretado por Paul Walter Hauser. Sua grande rival Nancy, a princesinha, sofreu um golpe nos joelhos. Os três foram acusados de terem pago os que realizaram o golpe e os dois acusaram que a mentora foi Tonya. O filme fala que ela não sabia dos detalhes, que a Nancy só seria ameaçada como ela vinha sendo, mas fica meio no ar quem mandou o crime. Tonya vai presa e sua carreira como patinadora termina. Nada justifica o que foi feito com a rival, mas Tonya sofreu violências sistemáticas de jurados por sua aparência, mesmo com desempenho superior. É um filme pra se pensar.
Um Pequeno Favor
3.3 694 Assista AgoraAssisti Um Simples Favor (2018) de Paul Feig no Tela de Sucesso RECORD . Que filme inteligente, divertido, bem editado! Foi uma grata surpresa! O ótimo roteiro é de Darcey Bell e Jessica Sharzer. É a história de duas mães que se conhecem na escola dos filhos. Stephanie (Anna Kendrick) é viúva, teve que se virar pra dar conta das despesas, o marido tinha feito seguro, ela separou uma parte pra faculdade do filho, outra que vai acabar logo. Pra viver ela faz vídeos no youtube para mães, mostra receitas, brincadeiras, atividades. É como consegue completar a pouca renda.
A outra, Emily (Blake Lively) aparentemente é rica, com o tempo descobrimos que ela e o marido estão muito, mas muito endividados. Eles vivem em alto padrão. Com isso ela não tem dinheiro pra babá. A Stephanie sugere que se em algum momento ela precisar, ela pode ficar com o filho já que ele é amigo do dela. Já podem imaginar né? O filho da Emily passa a viver com a Stephanie, até que Emily desaparece e Stephanie passa a investigar. Tem uma cena que ela vai no trabalho da Emily, que tem um grande estilista. Ele sabe exatamente de que loja de departamento é o lenço dela, desqualifica as roupas dela, sinceramente, acho difícil que alguém saiba exatamente de onde vem as roupas. Hoje tudo é muito misturado. Sim, podia achar que ela estivesse mal vestida, mas os detalhes foram forçados. O marido (Henry Golding) escreveu um best-seller e ficou rico. Agora não consegue escrever mais. A esposa trabalha em uma agência, mas como o padrão deles é muito alto o dinheiro não cobre os custos. E a partir daí aquele suspense que eu curto muito. A trilha sonora é eclética e incrível! Várias músicas foram pra minhas playlists no Spotify.
Golda: A Mulher De Uma Nação
3.0 64Assisti Golda (2023) de Guy Nattiv na Prime Video. Assisti na casa da minha irmã. Queria ver apesar das críticas negativas. O roteiro é de Nicholas Martin. O filme se passa um pouco antes da Guerra do Yom Kippur, quando já tinham boatos que os egípcios iam atacar, até a morte de Golda Meir, que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra em Israel. Ela já estava muito doente, com câncer, fazendo radioterapia, enquanto tinha reuniões exaustivas com os chefes do exército e líderes dos Estados Unidos. Como o filme fala de Golda, mostra só esse lado do conflito. Mostra também o trabalho exaustivo das mulheres que ajudavam Golda, iam com ela nos procedimentos médicos. O quanto as mulheres são fundamentais na prática do cuidado. O filme mostrou o encontro histórico entre Golda Meir e Anwar Sadat, inclusive com vídeos e imagens históricas. Consegui capturar imagem real. E postei no álbum como de costume quando filmes são verídicos. Helen Mirren está incrível como Golda. Alguns outros do elenco são Camille Cottin e Liev Schreiber.
Pobres Criaturas
4.1 1,2K Assista AgoraAssisti no cinema Poor Things (2023) de Yorgos Lanthimos. Eu queria muito ver esse filme mesmo e não pensei duas vezes. Mentira! Pensei demais, passei uma semana olhando os filmes, pra me decidir. E que filme! Jamais vou esquecer! Amo filmes surreais e fantásticos! Só depois que assisti que vi que é desse diretor que amo e enlouqueci com outro surreal, O Lagosta. E A Favorita. O roteiro genial é de Tony McNamara e Alasdair Gray. Até os cartazes são geniais!
Um médico e cientista (William Dafoe) contrata um jovem médico (Ramy Youssef) para anotar tudo de sua filha. Quantas palavras aprende por dia, o que gosta de comer, absolutamente tudo.
O jovem se apaixona por ela, o pai concorda com o casamento, e um homem (Mark Ruffalo) vem fazer o contrato. Ele se encanta com a jovem e combinam de fugir. O pai deixa e ela vai ver experiências pelo mundo começando por Lisboa. Emma Stone está majestosa!
O filme fala muito do feminino. Enquanto o pai libera a filha pra viver experiências, o amante a aprisiona. Várias mulheres mais velhas (Katryn Hunter e Hanna Schygulla) falam do desinteresse sexual que as pessoas têm por elas, do quanto são colocadas em escanteio.
A direção de arte é belíssima! Amei a trilha sonora. É todo metafórico e lindo! Com cenas muito poéticas! Que filme genial! São inúmeras cenas antológicas que quero rever!
Alguns no elenco: Margaret Qualley, Christopher Abbolt, Jerrod Camichael, Suzy Bemba, Hanna Schygulla entre outros.
O Pagamento Final
4.2 375 Assista AgoraAssisti O Pagamento Final (1993) de Brian De Palma no SBT SábadoCine. É um excelente filme, com tomadas de câmera incríveis, excelente direção e um desempenho majestoso de Al Pacino. O roteiro é baseado no livro de Edwin Torres.
Começa com o personagem do Al Pacino, Carlito Brigante, saindo da prisão. Ele é um porto-riquenho que vivia da criminalidade e do tráfico de drogas. Ele quer sair do crime, juntar dinheiro para entrar em sociedade com um conhecido em uma locadora de carros nas Bahamas. Para juntar dinheiro fica sócio do seu advogado em um bar. Só que é onde praticou todos os crimes anteriormente e tem a dificuldade de se manter longe de confusões. Na narração ele diz o tempo todo que tem azar, mas fica claro a dificuldade de viver com dignidade em um lugar onde a criminalidade corre solta e por muito tempo se alimentou dela.
O Pagamento Final fala muito de preconceito. Em um texto. Al Pacino fala das delimitações que os porto-riquenhos tinham nos Estados Unidos. O próprio preconceito de negros com os porto-riquenhos e as delimitações de ruas.
O advogado é interpretado maravilhosamente por Sean Penn e gostei muito da dançarina, interpretada pela bela Penelope Ann Miller. As tomadas de câmera são maravilhosas, bem como a iluminação, a edição, a direção e a fotografia. A direção de arte é de Gregory Bolton. A edição de Kristina Boden e Bill Pankow. E a Direção de Fotografia de Stephen H. Burum.
Gostei muito da trilha sonora, a música principal, Your Are So Beautiful, é interpretada por Joe Cocker. Tem no youtube o trecho da música no filme quando sobem os créditos.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraAssisti Duna (2021) de Dennis Villeneuve na Temperatura Máxima. É o filme que não acontece! Só más escolhas! Tudo o que queremos ver mostra mal ou não mostra, e tudo o que é desprezível não acaba. 2h35 de enrolação. Quero assistir o primeiro de 1984, está disponível na Starzplay da Net Claro que eu não tenho no meu pacote e na Netflix.
Quando realmente o filme vai acontecer ele acaba. É um filme de promessas. Sim, esteticamente é bonito, ótimo elenco, mas as locações mais bonitas mal se veem e as feias nos cansamos de ver. As fotos de divulgação são dos segundos finais. Gosto muito do trio principal, Timothée Chalamet, Rebecca Fergurson e Oscar Isaac.
Péssimo o personagem do Josh Brolin, debochado, destoa completamente do filme. A tão aguardada morte do barão (Stellan Skarsgard) mal dá pra ver, frustrante, o barão voa mas nunca vemos direito, sempre desfocado, como quase tudo no filme. Alguns outros do elenco são Jason Momoa, Dave Bautista, Chang Chen, Sharon Duncan-Brewster, Stephen McKinley Henderson,, Javier Bardem, Benjamin Clémentine, Charlotte Rampling e Zendaya.
O trailer parece de um filme ágil, mas é lento e arrastado.
Inimigos Públicos
3.6 1,1K Assista AgoraAssisti Inimigos Públicos (2009) de Michael Mann no SábadoCine do SBT. Noite sem outras possibilidades, como estão no elenco o Johnny Deep e a Marion Cotillard, resolvi assistir. Inimigos Públicos é baseado em mais um livro sobre o lendário assaltante de banco John Dillinger. Fica claro no próprio roteiro e no filme a idealização desse assaltante. O filme Inimigos Públicos é ambientado nos Estados Unidos, em 1930. Os dois protagonistas estão muito bem. Outro ator principal é o agente do FBI Melvin Purvis se que tenta capturar o Dillinger interpretado pelo Christian Bale. Por ser um filme de gangster e verídico a todo tempo é mencionado um o outro mafioso que já ouvimos ou presenciamos em outros filmes. Além do ambicioso J. Edgar Hoover diretor do FBI interpretado pelo Billy Crudup. É um bom filme, um pouco forçado em alguns momentos, mas bem realizado. Ainda estão no elenco: James Russo, Diana Krall, Jason Clarke, Leelee Sobieski, Channing Tatum, John Ortiz, Giovanni Ribisi, Stephen Lang, Christian Stolte, Stephen Dorff e Lili Taylor. Há vários, livros, filmes e séries baseados no Dillinger. Esse é baseado no livro de Bryan Burrough. Eu não gostei de uma cena final, logo após a morte do Dillinger um policial vai levar um recado romântico a amada do assaltante na cadeira, ficou forçado e esquisito, se fosse um recado importante, mas um romântico? Ficou ridículo!
O Gângster
4.0 456 Assista AgoraAssisti O Gângster (2007) de Ridley Scott no SábadoCine SBT. Queria muito rever esse filme porque adoro esse diretor. O Gângster é muito bom! É baseado na vida do Frank Lucas, interpretado pelo ótimo Denzel Washington. Ele é um negro que foi braço direito de outro negro que aprendeu toda a sua estratégia com a máfia. Na década de 70 esse líder morre e o Frank Lucas assume o seu lugar. É a época da Guerra do Vietnã e o Frank Lucas vê uma notícia que relata a rapidez com que soldados se viciam em heroína e cocaína. Frank Lucas resolve montar um esquema para trazer a droga diretamente no Vietnã. Nos Estados Unidos a polícia está envolvida no tráfico e dilui excessivamente a droga para faturar mais e há muitos intermediários. Frank Lucas cria uma droga mais pura, arma um esquema para não ser descoberto dentro da estrutura da máfia onde a família toda trabalha.
O personagem do Russell Crowe é policial Richie Roberts aspirante advogado. Honesto é contratado para descobrir quem tem esse esquema de venda de drogas. O Gângster é muito intrincado, muito bem dirigido, encenado e editado. Além de falar de corrupção, drogas, debate o racismo, o preconceito e a falta de oportunidade de ascenção de forma honesta de uma raça. É um texto excelente. Gostei muito!
Curiosidades: 1. Realmente o casaco de chinchila U$100.000 e o chapéu de U$25.000 para a luta de Ali e Frazie foi a sua queda.
2.O mesmo policial responsável pela investigação que resultou na prisão de Frank e seus irmãos. Também foi seu advogado de defesa e auxiliava na Organização Yellow Brick Roads, cuja responsável é sua filha Francine, a única que teve com a porto-riquenha Julie.
Alguns outros do elenco são: Chiwetel Ejiofor, Josh Brolin, Lymari Nadal, Carla Gugino, Cuba Gooding Junior e Malcolm Goodwin. A trilha sonora de Marc Streitenfeld é muito boa.
A História De Mahalia Jackson
3.0 1Assisti Mahalia (2021) de Kenny Leon na Tela Quente. Vi esse filme iniciando e comecei assistir. É absolutamente inacreditável que eu não conheça essa cantora. Eu tenho um fascínio enorme por cantoras desse período e ouço sempre. Talvez seja pelo fato dela ter sido uma cantora gospel.
Mahalia Jackson (1911-1972) começou a cantar desde cedo, as pessoas paravam na porta pra ouvir. Que voz potente, fiquei impactada, baixei uma playlist e não paro de ouvir as canções que ela interpretava. Ela era órfã e vivia com a sua tia que era abusiva. Aos 16 anos mudou-se para Chicago. Ela dizia que era deus que determinava tudo o que ela iria fazer e tudo que conseguia era graças a ele, então seu repertório era gospel na maioria das vezes.
Danielle Brooks interpreta maravilhosamente a potente Mahala que teve muitos amigos, era generosa, dividia o pouco que tinha, e tinha um gênio forte. O filme mostra a amizade com Martin Luther King e quando ela foi cantar em suas manifestações e infelizmente em sua morte após ser assassinado. Ela foi ovacionada no Carniegie Hall. Vendeu inúmeros LPs. Foi muito bem sucedida musicalmente e financeiramente. Há outros filmes sobre a cantora, quero assistir.
Todas as Flores
3.4 99 Assista AgoraAssisti Todas as Flores - Parte 2 (2023) de João Emmanuel Carneiro na GloboPlay. Como eu amo essa novela. A primeira parte eu comentei aqui. Se a mocinha sofre muito na primeira, nessa não é diferente. Sophie Charlotte está incrível como a doce Maíra que fica amarga, rancorosa e vingativa. Sua mãe sequestra seu filho, ela então começa um plano pra destruí-la. Rouba o seu dinheiro, faz cirurgia nos olhos e passa a ter baixa visão, mas mantém em segredo. Como lidar com bandido é sempre perigoso, ela se prejudica bastante.
Humberto, mais canalha que nunca, rendeu bons momentos. Fiquei triste com o desfecho dele. Inacreditável, porque é muito vilão, dá até vergonha querer ele sobrevivendo e se dando bem. Fábio Assunção arrasou. Ele e a dupla com a Regina Casé renderam momentos deliciosos.
A turma da fazenda continua sofrendo horrores. Como os internos precisam mostrar que colaboram, vários nunca sabemos de que lado estão. Estão ótimos Samantha Jones, Duda Batsow e Luiz Fortes. Muito bom que a grande Denise Weinberg se une ao time. Ela é a grande cientista que faz experimentos e ainda cuida de toda a parte médica dos internos para melhor resultados nos crimes de tráfico de crianças e órgãos. A fazenda tinha algumas forçadas. Quem era indisciplinado era incapacitado por cirurgia e mantido por lá. Custo alto demais manter inúmeros inoperantes que precisavam de remédios, funcionários, refeições. Vendiam os órgãos depois, mas ter tanto interno era esquisito. Mas dramaturgicamente a trama funcionava muito bem.
Como eu torcia por Mauritânia e Javé, mas era uma relação difícil. Ele tinha uma química forte e uma relação sexual longa com a filha da Mauritânia e o que todos desconfiavam, ainda era pai do filho da jovem, portanto, pai da neta da amada. Thalita Carauta em um dos seus melhores personagens. Gostei muito do Jhona Burjak. Cenas quentes de vários atores não faltaram. No twitter então viviam falando que a Rhodes parecia um motel de tanto casal que namorava por lá. Muitas cenas quentes e instigantes.
Minha irmã terminou de ver antes e disse que não gostou de alguns dos desfechos. Eu concordo. Acho que a Vanessa poderia ter tido um final menos mirabolantes. Achei muito coerente o final do Pablo. Caio Castro estava ótimo. Abrir mão de uma fortuna não parecia ser o perfil dele. Como a novela falava de tráfico humano, a segunda temporada foi bem tensa, muito até, sofri bastante. Mas não dava pra imaginar que pessoas que trabalhavam há tantos anos com tráfico de pessoas, órgãos, fossem ter ações sem violência. E como a Maíra gostou de ter filho. Gostei muito! Grande novela!
Agente Stone
3.0 144 Assista AgoraAssisti Agente Stone (2023) de Tom Harper na Netflix. Eu queria ver pela Gal Gadot, já que não é meu gênero preferido. Gostei, mas é mirabolante demais que dá até preguiça O roteiro é exatamente igual a um filme recente que vi, no fiquei pensando se o mesmo roteirista conseguiu vender pra duas produções e ficou quieto. Esse filme é da série dá pra ver. A protagonista faz parte de um grupo autônomo de espionagem, a Carta. Ela tem que impedir que um dispositivo chegue em mãos inimigas porque pode derrubar aviões, explodir qualquer lugar do planeta, igualzinho ao outro filme.
Ela e outros personagens não acreditam nos sistemas, em muitas pessoas e são traídos continuamente. Então criam grupos paralelos, mas volte e meia se enganam em quem acreditam. Gostei muito da Alia Bhatt e de seu personagem.
É um filme caro, com locações belíssimas Islândia, Portugal, Alpes Italianos, Reino Unido, EUA e deserto do Saara. Alguns outros do elenco são Jamie Dornan, Mathias Schweighofer e Sophie Okonedo. Judi Dench faz uma pequena participação. Achei longo demais.
Cidade Invisível (2ª Temporada)
3.4 184 Assista AgoraTerminei de ver a 2ª Temporada de Cidade Invisível (2023) de Carlos Saldanha na Netflix. Eu amo essa série, amei a primeira temporada. Os personagens são tirados do folclore brasileiro. Essa temporada tem só 5 episódios, lembro de ler sobre dificuldades nas gravações, mas gostei bastante. Os cartazes são deslumbrantes.
Essa começa com a lenda da Matinta Perê interpretada por várias atrizes, uma delas é Letícia Spiller.
Manu Dieguez, que faz a filha do protagonista, está mais linda que nunca. Ela e Alessandra Negrini são lindas demais, em cenas deslumbrantes no Pará. Há cenas em natureza, barcos, lago, muito mágicas.
Elas seguem atrás da pista do pai. É aí que a filha faz um pacto com a Matinta Perê. Muito da série é sombria, à noite e bem escura. Senti falta das cenas na exuberante beleza das matas e do Pará.
A série passa a falar bastante dos povos originários, da preservação da natureza, fiquei profundamente emocionada. Indígenas que passam a lembrar de suas histórias e ver o seu passado de violência e mortes provocadas pelos brancos, pelo garimpo. Nesse núcleo estão Ermelinda Yepário e Zahy Guajajara (Maria Caninana).
Zahy Tentehar integra esse elenco. Eu gosto muito que a série fala que todos nós somos diferentes, que os poderes de cada um não é uma maldição e sim uma dádiva.
As cenas são muito mágicas e bonitas. Fiquei triste que muito provavelmente os personagens da Alessandra Negrini e do Marco Pigossi não seguem pra próxima temporada. Nesse surgem a Mula sem Cabeça (Simone Spoladore), Zaori (Mestre Sebá) e o Menino Lobo (Tomás de França).
Vai na Fé
3.8 23Assisti Vai na Fé (2023) de Rosane Svartman na TV Globo e na GloboPlay. Os outros co-autores eram Mário Viana, Renata Corrêa, Pedro Alvarenga, Renata Sofia, Fabrício Santiago e Sabrina Rosa. Vi a maior parte na TV Globo, mas quando não conseguia ver no horário, via na GloboPlay. Eu sempre vejo os primeiros capítulos das novelas, mas achava que não veria essa depois, uma pelo estilo do horário, prefiro às das 21h, e outra por falar de fé. Embora pareça não sou muito religiosa, mas a ideia de assistir produtos que falem e relatam vários tipos de fé. Vai na Fé entrou para a lista de novelas que mais amei. Já estou com saudade!
Eu participo de um grupo de novelas no whatsapp e tinha tempo que não víamos novelas juntas. Vai na Fé nos uniu de novo, bom, nem tanto, porque o bom de ver novela é poder discordar das escolhas, palpitar e "escrever a nossa própria novela". E volte e meia a gente discordava uma das outras. Eu era fã de Sol e Lui. Como disse uma amiga do grupo, ele fazia a Sol sorrir. José Loreto estava incrível.
Mas a retomada do amor entre Sol e Ben, a construção do amor, foi muito lindo. Não teve como não se emocionar com o casamento. Já era tempo de Sheron Menezes ser protagonista, o mesmo pra outro incrível ator, Samuel de Assis.
E não faltou música. E como nós amamos esses momentos. Além das músicas de Lui Lorenzo, ensaios, shows. Theo começou a ir em um karaokê, e outros iam com ele. A trama passou então a colocar músicas em vários trechos, com trilhas sonoras deslumbrantes, fortes e impactantes, com vários do elenco cantando. Que fantástico! Eu aguardava cada momento. Emílio Dantas arrasou em seu vilão pra lá de vilão. Amo Caio Manhente desde Berenice Procura.
Ele fez par romântico com a maravilhosa Kate de Clara Moneke, uma das grandes revelações da novela. Linda e talentosa, seu personagem teve muitas nuances. Inicialmente ela se envolveu com o Theo e a novela debateu temas urgentes como abuso e violência contra a mulher. Emocionei quando a Letícia diz "mas ela é só uma menina". Na trama passaram a por a culpa do envolvimento da Kate com um homem rico, mais velho e casado. Ela não tinha profissão definida, era balconista de um café, de repente começa a ser assediado por um homem rico, lindo, bem sucedido, julgá-la é no mínimo perverso. Interessante que por ser uma novela das 19h, abordou e aprofundou muitas questões urgentes.
Pra isso a novela contava com uma equipe de advogados. Dois protagonistas eram advogados talentosos em um escritório promissor. Era aí que ficava Lumiar, outra personagem cheia de camadas, inclusive a personagem que mais me identifiquei, por ela não ser religiosa, exagerada no trabalho, focada. E amei que o clichê não a levou para a fé, ela continuou cética, mesmo acompanhando a doença de sua mãe. Mais um grande personagem de Carolina Dieckman.
Os estudantes de direito, Lumiar era uma professora, davam o segundo tom no tema advocacia. Cotistas, eles passavam a trazer temas menos abordados entre advogados, mas mais mencionados nos jornais policiais. Jean Paulo Campos, que arrasou, inclusive, é preso por reconhecimento em foto, aberração que ainda existe nos dias de hoje. Os jovens criaram um grupo para debater injustiças, entender a lei, cuidar de casos difíceis.
Wilma Campos foi outra grande personagem com a maravilhosa Renata Sorrah em uma personagem repleta de diferenças. Atriz de grande sucesso, ela misturava em suas falas inúmeros trechos de grandes autores sejam da literatura, teatro, ou mesmo de novelas anteriores. Ao mesmo tempo foi uma péssima mãe e fez a bobagem de largar a carreira pra cuidar da do filho que desprezava. Ela odiava a música que ele ganhava dinheiro, então ela o humilhava constantemente. Vai na Fé trouxe ainda inúmeros trechos de peças de teatro, momentos únicos e mágicos. Queria que Lorençato (Bruno Garcia) tivesse voltado a trama e ficado com ela. Amei o curta Fumaça Macabra, nunca me diverti tanto.
Fomos às lágrimas com a Dora defendida magicamente por Cláudia Ohana. Ela e o marido tinham o Refúgio, ele era o maravilhoso Zé Carlos Machado. Ela descobre uma doença terminal. E de novo Vai na Fé passou a debater temas importantes, como o direito de um paciente sem chances de cura, escolher viver com dignidade em sua própria casa, com paliativos. A cena após a morte, das cinzas, a música, explodiu na internet. Foi lindo o cuidado de não fugir ao melodrama e fazer doído e triste, mas sem exageros e sem apelos.
Outro casal apaixonante era Clara e Helena. Gostei como foram construindo o amor das duas. Ela ainda casada com Theo, bastante preconceituosa em vários temas e a doce Helena. Regina Alves e Priscila Sztejnman arrasaram. Infelizmente o atual conservadorismo da TV Globo censurou várias vezes os beijos delas. A internet pressionou tanto que acabou acontecendo, mas bem depois quando outros casais entre pessoas do mesmo sexo também tiveram seus beijos censurados, foi muito triste e retrógado. Nós do grupo ficamos revoltadas.
Foram muitos personagens incríveis. A cada momento algum despontava em uma grande trama, como o Orfeu. Jonathan Haagensen arrasou com esse sombrio sócio. Enquanto Theo posava de empresário do ano, Orfeu nas sombras tomava conta de toda a marginalidade dos negócios deles. Renata Miryanova inclusive teve seu momento de holofotes. Secretária desde o pai do Theo, ajudava em esconder as ações ilícitas até que é traída pelo chefe e foge com o dinheiro.
Amava Bruna e Jairo, como torcia por esse casal. Ela começou vendendo quentinhas, passou a ter encomendas até que Sol ajudou ela e a mãe, a maravilhosa Elisa Lucinda, a montar um restaurante. Adoro a Clara Cristina Cardoso. Ela era daquelas amigas que todos queremos ter. Jairo era segurança de Lui Lorenzo e era muito batalhador. Lucas Oradovschi estava ótimo.
A parte virtual foi muito bem construída. A Guiga era a que mais encabeçava o tema. Mel Maia arrasou. A trama dela era engraçada, mas tinha traços dramáticos tocantes. Logo no começo seu pai é preso e os bens bloqueados. A mãe sempre viajando. Ela que tinha uma vida confortável, se vê de repente totalmente sem dinheiro. Ela era uma influencer muito respeitada e consegue com o seu trabalho continuar pagando a faculdade e sobreviver. Ela tem que mudar o seu estilo de vida e viver em um apart apertado, mas consegue com dignidade e trabalho se sustentar mesmo tão jovem. Ela ensina inclusive seu futuro namorado a trabalhar com isso também. Sem romantizar, a novela ainda mostra os perigos de não ficar atento a picaretas. E sim, ela ainda exagerava, o que sempre nos divertia. Na foto está com o primeiro namorado interpretado por Henrique Barreira, que falou de masculinidade tóxica. Antony Verão de Orlando Caldeira e Erika, da Letícia Salles, os dois fofoqueiros da novela tinham colunas virtuais de sucesso. Amei os desdobramentos e o desfecho de Érika.
Como disse eram muitos personagens. Outros atores eram Bella Campos como Jennifer, Mc Cabelinho como Hugo. Vitinho do incrível Luís Lobianco, o produtor. Naira de Tati Vilela, outra segurança. Dona Neide de Neyde Braga. Gabriel Contente como Tatá, Marcos Veras como Simas. Carlão por Che Morais. As crianças Manu Estevão, Nathália Costa e Nego Ney. Os jovens Sol, Ben e Theo; Jê Soares, Isacque Lopes e Matheus Polis.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraAssisti Passageiros (2016) de Mortem Tyldum na HBO On Demand. O roteiro é de Jon Spaihts. Apesar da roupagem ser ficção científica é um filme romântico, sobre o amor entre duas pessoas. Mas a parte de ficção científica é muito interessante. Uma belíssima nave está em órbita, acontece um acidente. Tudo é mecânico, nada humano. Ficamos sabendo então que mais de 5.000 pessoas estão hibernando, mais os responsáveis pela nave.
Com a pane, só um hibernado acorda. Ele é orientado como se todos tivessem acordado. Ele vai então pesquisar e descobre que ele não dormiu 120 anos. Que faltam ainda 90 anos até chegarem ao planeta que iriam viver. Eles iam ser acordados somente 4 meses antes da chegada. Os responsáveis seriam acordados um pouco antes. Ele passa um ano sozinho, até que não suporta mais e acorda uma tripulante. Ela demora a descobrir o que ele fez. Gostei bastante, os temas debatidos são bem interessantes. Ele é Chris Pratt, ela Jennifer Lawrence. Há um robô barman interpretado por Michael Sheen. Com pequenas participações estão Laurence Fishburne, Julee Cerda e Andy Garcia.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
3.1 580 Assista AgoraAssisti Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) de Luc Besson na HBO Go. Eu não via esse filme porque tinham falado muito mal dele pra mim, uma pena, porque eu amei. É colorido, ágil, cheio de histórias e ramificações, uma delícia de filme. Também me emocionei muito! Um planeta maravilhoso, mágico, em harmonia com a natureza e todos habitantes é cruelmente dizimado. Fogem alguns. Eles demoram a aparecer no filme. Um casal que trabalha pro governo dos humanos tem a missão de buscar em um mercado alienígena um objeto roubado. O que não faltam são planetas, alienígenas, mundos paralelos, uma delícia. Os efeitos são ótimos! Os dois são interpretados por Dane DeHaan e Cara Delevingne.
Alguns atores conhecidos aparecem na trama: Clive Owen, Sam Spruell, Rudge Hauer, Herbie Hancock, Ethan Hawke e Benoit Jacquot. Rihana tem uma participação deliciosa!
The Power
2.7 36 Assista AgoraAssisti O Poder (2021) de Corinna Faith na Globoplay. Porque sábado é dia de fantasminhas! É um filme de terror muito tenso, mas muito tenso, até eu que estou acostumada sofri muito. Mas que filme urgente, que roteiro incrível, fiquei em estado de choque! Não se calem!
É 1974. Há uma greve então há falta de energia à noite. Fui ler os fatos históricos desse período e são bem complexos. Desastradas ações políticas conservadoras levam trabalhadores à greve. Trabalhadores responsáveis pela energia estão em greve, então falta energia à noite. É nesse contexto que uma enfermeira vai trabalhar em um hospital. À noite é um caos, porque durante o dia boa parte dos pacientes são remanejados, mas a UTI fica e ela sem experiência, sem conhecer o local é designada pra ficar no plantão noturno. A perversidade do lugar só piora. Fala muito de abusos trabalhistas, desrespeito, mas infelizmente vai muito além, que filme difícil. Essa enfermeira era do orfanato e lá ela conhece uma jovem órfã que não melhora, não ganha peso, e logo a nova enfermeira percebe que negam alimentos pra menina, que a tratam diferenciada por ser imigrante e pobre. As duas atuam bem demais Rose Williams e Shakira Ramman. Tudo é sutil, mas vamos percebendo os detalhes. A parte de terror é muito forte, o filme é muito violento, é profundamente trágico e pior, a parte realista beira o insuportável. Logo contam que essa enfermeira foi órfã e fica claro também que ela vai sendo explorada exatamente por ser igualmente pobre. Os segredos obrigados a existir pelo silêncio são estarrecedores, que filme triste.
Rota 66: A Polícia que Mata (1ª Temporada)
4.3 31Assisti a série Rota 66: A Polícia que Mata (2022) de Philippe Barcinsky e Diego Martins na Globoplay. Sabia que não seria fácil já que tinha lido há muito tempo o livro. A série é muito bem realizada. Humberto Carrão está muito bem como o Caco Barcellos. A adaptação é de Maria Camargo e Teodoro Poppovic.Caco Barcellos pesquisou por muito tempo as inúmeras mortes pela polícia da Rota 66, uma polícia altamente letal. A investigação mostrou que dos 4200 mortos, 2200 eram inocentes. Infelizmente a pena de morte continua por alguns policiais, que sem ao menos saber quem é a pessoa que está na frente deles, julga, sentencia e mata em segundos, em uma grande maioria das vezes sem nem mesmo as pessoas estarem armadas como o caso da família que ia ao batizado ou da comerciante que tentou interferir na violência da polícia com suspeitos desarmados e pisaram no pescoço dela. Além de inúmeros outros casos. O livro fala da investigação do jornalista que teve vários processos por calúnia e difamação, Caco Barcellos foi inocentado de todos.A série mostra as pessoas, as famílias, a vida pessoal do jornalista que foi sistematicamente ameaçado e intimidado. Assustadora a hostilização armada no dia do lançamento do livro. O personagem do Aílton Graça era um policial da Rota 66, até que seu filho é executado quando ia comemorar sua formatura em direito. O elenco é incrível, muito corajosos os atores que aceitaram interpretar os monstros da Rota 66: Rômulo Braga, Ricardo Gelli e Rafael Lozano. A série fala das mortes pelos olhares das mães, esposas, avós que passam a procurar seus parentes desaparecidos, ou a conviver com a denúncia de que eram bandidos. É muito doloroso ver o sofrimento dessas mulheres e das crianças. A série mostra a difícil trajetória de reconstrução de suas vidas e histórias, após essas tragédias. O elenco é incrível: Lara Tremonoux, Juan Queiroz, Wesley Guimarães, Adriano Garib, Magali Biff, Naruna Costa, Ariclenes Barroso, Gabriel Godoy, Nizo Neto, Adriana Lessa, Ana Cecília Costa, Virgínia Rosa e Augusto Madeira. Participam: Martha Meola e Maria Manoella. Eu tinha me esquecido que o Caco Barcellos tinha feito a cobertura no massacre do Carandiru. A tropa de choque entrou e impediram familiares e a imprensa de entrar no local. Só conseguiram entrar depois. Recentemente tentaram perdoar os policiais do massacre, por sorte reverteram essa arbitrariedade e impunidade A série mostra mais o Humberto Carrão como repórter, no final que aparecem alguns trechos de matérias da época com o Caco Barcellos.
O Último Suspiro
3.0 139 Assista AgoraAssisti Dans La Brume (2018) de Daniel Roby no Tela Quente. Não sabia da existência desse filme. É mais ou menos. Adoro o Romain Duris e por ele insisti até o fim. É um filme de ficção científica meio arrastado. Acontece um terremoto leve e começa a vir bruma do subsolo. O casal corre para um apartamento alto de um vizinho. A filha vive em uma bolha. No filme, a mãe conta ao casal de idosos do vizinho que quando a filha nasceu eram poucas crianças com aquela má formação, mas que com o tempo nasceram muitos assim. A menina vive em uma bolha, e conversa por computador com várias outras crianças que vivem na mesma situação. Esse casal tenta então a todo custo salvar essa filha que ficou no quarto com a bruma, que precisa de baterias pra manter todo o sistema da bolha ligada, já que não há mais luz. Todo mundo que teve contato com a bruma morreu sufocado. O nome no Brasil é péssimo, O Último Suspiro, um crítico ainda ficou analisando o nome e nem viu que o original não tem nada a ver com o nome daqui. A mãe é interpretada por Olga Kurylenko. O casal idoso muito fofo é interpretado por Michel Robin e Anna Gaylor, os melhores personagens do filme. Uma graça também a menina que vive na bolha, Fantine Harduin.
Eduardo e Mônica
3.6 369Assisti Eduardo e Mônica (2020) de René Sampaio na Globoplay. Quando soube que ia ter a adaptação da música do Legião Urbana, com letra de Renato Russo, fiquei muito feliz. Durante o processo que vi matérias e fotos das filmagens, nem tanto. Adoro Alice Braga e Gabriel Leone, lindos e talentosos, mas nunca me convenceram como Eduardo e Mônica e menos ainda quando vi o filme, pode ter sido esse motivo que fez eu não embarcar na trama. Sim, Alice Braga parece uma menina, mas não convence ser tão jovem, nem o Leone ter 16 anos, faltava uma ingenuidade que quem tem mais de 25 anos não costuma ter. E eu não senti química nos dois, achei o amor deles muito encenado. Como disse, eu não embarquei na trama. Otávio Augusto faz o avô do Eduardo. Juliana Carneiro da Cunha a mãe da Mônica e Bruna Spínola, a irmã. Victor Lamoglia faz o melhor amigo do Eduardo. Alguns outros do elenco são Eli Ferreira, Fabrício Boliveira e Ivan Mendes. O diretor é o mesmo do maravilhoso Faroeste Caboclo e usou a mesma estrutura, só no final é que a música tocou.
Harriet: O Caminho Para a Liberdade
3.7 218 Assista AgoraAssisti Harriet (2019) de Kasi Lemmons no Tela Quente. Não conhecia a história dessa heroína Harriet Tubman. Ex-escrava, libertou inúmeros escravos no sul. Primeiro Harriet fugiu sozinha do sul para o norte. Um ano depois resolveu ir buscar alguns parentes e assim começou suas idas e vindas para salvar escravos. Ela chegou a resgatar mais de 300 escravos. A cada fuga muitas adversidades, mas ela não esmorecia. Ela lutou na Guerra Civil nos Estados Unidos e liderou vários grupos de ataque, uma das primeiras mulheres a ter essa função. Apesar de todo esse trabalho ela ainda conseguiu salvar os seus pais e levá-los ao Canadá, constituir família e ter filhos. Harriet Tubman faleceu com aproximadamente 91 anos. Cynthia Erivo simplesmente arrasa. Que atriz! Como ela é talentosa, linda e eclética! O filme é praticamente todo com a Cynthia Erivo. Outros atores que aparecem são: Janelle Monáe, Henry Hunter, Joe Alwyn, Leslie Odom Jr., Zacary Momoh, Clarke Peters, Vanessa Bell Calloway, Alexis Louder e Jennifer Nettles. No álbum uma foto da heroína Harriet Tubman
Entre Lençóis
2.3 443 Assista AgoraAssisti Entre Lençóis (2008) de Gustavo Nieto Roa no Cine BAND. O diretor é colombiano. Eu tinha lido trechos de críticas na época da estréia que falavam muito mal desse filme. Como adoro a Paola Oliveira e o Reynaldo Gianecchini, resolvi assistir e me surpreendi. Comentei com o 007 que disse que também viu e que igualmente gostou. O roteiro e a realização é relativamente simples. Há no início mais atores, simulando uma boate onde o casal se conhece. Eles seguem para um motel e lá passa todo o filme. O ótimo roteiro de René Belmonte e a direção criteriosa mostram a relação em crescimento. É bem estranha a primeira transa, a dificuldade de intimidade. Conforme eles vão se conhecendo tudo começa a ficar bonito e delicado. Entre Lençóis mexeu muito comigo. Só assistindo para irmos gota a gota conhecendo cada um desses personagens.
Pureza
4.0 94 Assista AgoraAssisti Pureza (2022) de Renato Barbieri na Globoplay. Eu queria muito ver esse filme, tinha acompanhado entrevistas e matérias. Fala de escravidão contemporânea, termo que acontece quando um trabalhador fica preso em um local de trabalho, porque deve muito mais do que tem a receber. Em uma artimanha matemática, o empregador utiliza de trabalho escravo, fingindo ser o trabalhador que deve. O empregador não tem nenhum dever e o trabalhador, todos. Sem falar nas péssimas condições de moradia, alimentação, em violência e morte. O filme é inspirado na história de Pureza Lopes Loyola, moradora de um sítio no Maranhão. Na foto ela com Dira Paes que a interpreta no filme. Ela e a família viviam de fazer tijolos e recebiam muito pouco pelo trabalhão que tinham. Exploração gera exploração. O filho cansado da labuta e pouquíssimo dinheiro, resolve ir embora para o garimpo no início da década de 90. Como o filho (Matheus Abreu) não se comunica mais com ela, nem ela tem informação dos parentes, ela resolve ir atrás ao rastro dele pra encontrá-lo. Ela se infiltra de cozinheira em uma das inúmeras fazendas no Maranhão e vê todo tipo de exploração. Água podre pros trabalhadores beberem, dívidas enormes com o pouco que pegavam pra comer, trabalho exaustivo sem remuneração, violência e morte. Ela foi às fazendas de desmatamento pra gado do Maranhão. Não acha o seu filho, mas resolve denunciar os abusos. Ela consegue fugir e com a ajuda de um padre (Claudio Barros) e de uma ativista (Mariana Nunes) vai à Brasília. Lá ela percebe o desinteresse em querer resolver a questão e também a corrupção dos políticos com os fazendeiros denunciados. Ela resolve então voltar as fazendas pra libertar os homens. E agora é preparada pela ativista a levar uma máquina fotográfica e um gravador, com isso ela consegue ter provas. Há uma foto de Pureza como essa nos créditos do filme. Que coragem dessa mulher voltar ao lugar dos assassinatos, pra levantar provas. Da ida dela as fazendas até ela conseguir provas foram 3 anos. É uma história inacreditável, de tanta coragem, luta, ela era considerada por muitos como uma mãe. Flávio Bauraqui é o manda-chuva da fazenda que Pureza trabalha como cozinheira. Antonio Grassi o político mancomunado com os fazendeiros poderosos. Por muito mais Purezas no Brasil, mas que não precisem existir tantas mais se o ser humano parar de explorar o outro em benefício próprio. Pureza chegou a acompanhar algumas das gravações e disse que estava muito parecido, mas que era muito pior que aquilo e o filme beira o insuportável. Muitos dos que interpretaram os escravizados eram mesmo trabalhadores da terra. No final o filme lembra o quanto o Brasil regrediu nos últimos anos em relação aos direitos humanos, a fiscalização do trabalho escravo e a conivência dos poderosos e políticos. Na galeria de fotos estão às fotos de: Pureza e Dira/ Dira interpretando Pureza e os trabalhadores/ Pureza e o filho Abel.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraAssisti Corra! (2016) de Jordan Peele no Domingo Maior. Eu tinha alta expectativa em ver esse filme e uma certa culpa por ter achado que A Forma da Água merecia o Oscar de Melhor Filme sem ter visto esse, um dos mais elogiados filmes que concorreram ao Oscar. E não, Corra! não merecia o Oscar de Melhor Filme, muito menos o Oscar de Melhor Roteiro Original. Quem como eu gosta de filmes de fantasminhas e experiências científicas sabe que Corra! não é nada original. Inclusive Corra! é um filme de um tema só e maniqueísta. Brancos líderes engabelam Pretos para tirar deles o que os idosos "precisam". Sim, Corra! é um bom filme, mas simplista. O protagonista é um parvo, ele percebe que algo muito errado acontece naquela reunião onde brancos sabem seu nome, o idolatram e onde os pretos que aparecem são parvos e robotizados. Primeiro o filme demora a acontecer. São longas demais as cenas na cidade com a namorada e a viagem. Acho que estavam sem assunto. Como disse, o filme tem um roteiro simples demais, então encheram linguiça. Confesso que em vários momentos me lembraram as soluções simplistas do Shyamalan por ter tanta cafonice. E as interpretações não são nada demais. Como Corra! é muito maniqueísta, os pretos são fortes, viris e fruto de inveja, e os brancos idiotas, querendo o que o pretos tem. Daniel Kaluuya é o protagonista parvo, lindo, mas o personagem exige muito pouco do ator. A namorada é interpretada por Alissom Williams. Os pais psicopatas dela são interpretados Catherine Keener e Bradley Whitford. Alguns outros do elenco são: Caleb Landry Jones, Marcus Henderson, Betty Gabriel, Lakeith Stanfield, Stephen Root e Lirel Howery. O tempo todo eu ficava com a sensação que já tinha visto um filme semelhante. Não igual ao final, mas a trama de pegar uma pessoa para enxertar algo nela. E Corra! tem vários furos. Gostei do final, mas é o momento de mais furos. O protagonista matou todo mundo da casa, há impressões digitais em tudo. Ok, ele ia mostrar os laboratórios, mas o grupo que freqüentava a casa era enorme, iam ser muitas testemunhas contra ele. E sim, ele matou aquela gente toda, iria preso mesmo que fosse em legítima defesa. O diretor resolveu esse problema terminando o protagonista indo embora. Também não é de hoje que tem me incomodado a forma rápida como hipnotizadores conseguem dominar a mente do outro. Estou quebrando a cabeça, uma hora vou lembrar o filme que Corra! me lembrou.
Todas as Flores
3.4 99 Assista AgoraAssisti a Primeira Fase de Todas as Flores (2022) de João Emanuel Carneiro na Globoplay. Eu e minha irmã, noveleiras ficamos bem incomodadas que a novela não estrearia na TV aberta. Sem gostarmos das novelas que estão no ar, queríamos muito ver essa. Assinantes Globoplay, não paravam de elogiar, a internet e os críticos também, nos rendemos e cancelamos temporariamente Netflix, que é facílimo ir e voltar, o que me agradou demais, e assinamos Globoplay por um ano. Que estou aproveitando muito! Gosto muito de novelas que tem várias protagonistas, Sophie Charlotte, Letícia Colin, Regina Casé e Mariana Nunes, sim, uma novela matriarcal. E todas arrasam!
Penso que talvez esse autor seja mais aberto a inovações e talvez esse motivo de o terem colocado no Globoplay. Como essa ideia de duas fases, parar a novela no auge e voltar um tempo depois. Ele sempre inovou também nos roteiros.
O elenco é bem diverso, alguns entre os atores mais adorados da TV Globo, mas outros grandes atores que ou não eram chamados para televisão ou ficavam na sombra. Cássio Gabus Mendes seria o grande vilão, mas é ele que está desbaratando a máfia do tráfico humano. Todos tem vários traços e camadas. Sua mulher e filha são lindíssimas e talentosas Naruna Costa e Yara Charry. A mãe é advogada. O pai é investigador e sócio da Rhodes, a filha tem então um cargo alto na empresa, mas é igualmente competente como os pais, apesar de carregar um trauma que é desvendado na primeira temporada.
E não procuraram só atender a cota da lei, inúmeros grandes atores negros, em vários núcleos, no protagonismo, com personagens em várias profissões, classes sociais. Cada ator tinha o seu momento de destaque. Eu ouvi uma fofoca que a TV Globo vinha solicitando que as novelas encolhessem os seus elencos. Todas as Flores dava essa sensação, mas nem tanto, porque em algum momento era um núcleo que ganhava destaque. A novela tem o núcleo da Rhodes e da Gamboa, linda a vila que criaram na Gamboa. E como há muitos segredos, vamos descobrindo que muitos que estão no lado rico da novela, vieram da Gamboa. E ter uma loja permite que inúmeros patrocinadores apareçam.
Adorei que escalaram o grande ator de teatro Nilton Bicudo para um personagem complexo e emocionante. Raulzito era casado com Patsy, outra personagem ampla, com a incrível Suzy Rêgo. Ele está pra morrer, tem uma doença terminal, então quer aproveitar cada instante, vive em festas. Até que ele topa com uma das grandes personagens de Todas as Flores, Mauritânia, da maravilhosa Thalita Carauta.
Mauritânia é tão importante na trama que a internet encaixou ela no cartaz oficial. Vide nas imagens. E que riqueza de personagem, sim, é cômico muitas vezes, mas a parte dramática me emocionou muitas vezes. Na juventude, Mauritânia vai tentar sobreviver como atriz pornô e é expulsa de casa pela mãe, com a maravilhosa Zezeh Barbosa. Mostra a hipocrisia da sociedade que condena uma mulher de ganhar dinheiro com o que é dela, mas não expulsa de casa o corrupto que rouba dinheiro dos outros. E pra falar profundamente dessa ironia, Mauritânia fica milionária e torna-se uma das sócias da Rhodes. No núcleo da Zezeh estão Xande de Pilares, Michele Machado, Jonah Bujark, Heloisa Honein e Mumuzinho.
A mocinha sofre o diabo. Ela descobre que tem uma mãe viva e uma irmã que precisa de transplante de medula porque tem um câncer. Pra piorar o destino dela, ela e o namorado da irmã se apaixonam. Formando um quarteto está o personagem de Caio Castro, outro que alterna muito entre vilão e mocinho.
O personagem de Humberto Carrão é bobão demais, que raiva que dá dele. Ana Beatriz Nogueira tem um lindo personagem que sai de cena logo. Ela é a diretora da Rhodes, uma das principais sócias, seu filho que assume o seu lugar. E que personagem de Fábio Assunção. É vilão, mas como alguns vilões dessa novela, ele alterna entre culpa e vilania. Ele quer se livrar da facção, mas não tem caráter suficiente. E adora dinheiro.
Outro que sofre o diabo é Diego. Nicolas Prattes arrasa. Ele e seu núcleo familiar é muito pobre e vão morar nas ruas. Ele aceita assumir a culpa de um riquinho mimado e só se ferra, inclusive sua família.
A mãe é vívida por Kelzy Ecard arrasa. A irmã Duda Batsow (Jéssica), tem destinos insuportáveis. E o desenrolar de sua tragédia fica pra segunda fase, que agonia. O irmãozinho Biel é Rodrigo Vida.
Muitos atores estão em lugares diferentes do que normalmente atuam. Ângelo Antonio arrasa. Ele que ajuda Diego na prisão, mas tudo sempre tem um preço. Ele é casado com a linda Débora de Bárbara Reis.
Adoro o núcleo dos perfumistas: Cleber Tolini (Márcio), Camila Araújo (Gabriela) e Moira Braga (Fafá). A Rhodes tem um projeto de capacitação para deficientes visuais. Os diálogos eram demais e sutilmente falavam de capacitismo e preconceito. E que atores. Que delícia a personagem da Fafá. Também adorei o concurso garoto Rhodes com perfis de lindos homens diferentes. Uma forma divertida de amenizar o real motivo da trama, que alguns momentos torna-se denso e intensa principalmente nas fases que os participantes da organização mostram o que realmente são capazes de fazer. Ficamos muito tristes com o a saída das personagens: Guiomar, Raulzito e Deca. Que novela! Ainda no elenco estão: Jackson Antunes, Samantha Jones, Luis Navarro, Adriana Seiffert, Douglas Silva, Mary Sheila, Valentina Bandeira, Luiz Fortes e Leonardo Lima Carvalho. E participações de Chico Diaz, Denise Weinberg, Charles Paraventi, Angela Rebello, Bruno Ibañez e Antonio Karnewale. A trilha sonora é maravilhosa e tem no Spotify.