Assisti Golda (2023) de Guy Nattiv na Prime Video. Assisti na casa da minha irmã. Queria ver apesar das críticas negativas. O roteiro é de Nicholas Martin. O filme se passa um pouco antes da Guerra do Yom Kippur, quando já tinham boatos que os egípcios iam atacar, até a morte de Golda Meir, que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra em Israel. Ela já estava muito doente, com câncer, fazendo radioterapia, enquanto tinha reuniões exaustivas com os chefes do exército e líderes dos Estados Unidos. Como o filme fala de Golda, mostra só esse lado do conflito. Mostra também o trabalho exaustivo das mulheres que ajudavam Golda, iam com ela nos procedimentos médicos. O quanto as mulheres são fundamentais na prática do cuidado. O filme mostrou o encontro histórico entre Golda Meir e Anwar Sadat, inclusive com vídeos e imagens históricas. Consegui capturar imagem real. E postei no álbum como de costume quando filmes são verídicos. Helen Mirren está incrível como Golda. Alguns outros do elenco são Camille Cottin e Liev Schreiber.
Assisti no cinema Poor Things (2023) de Yorgos Lanthimos. Eu queria muito ver esse filme mesmo e não pensei duas vezes. Mentira! Pensei demais, passei uma semana olhando os filmes, pra me decidir. E que filme! Jamais vou esquecer! Amo filmes surreais e fantásticos! Só depois que assisti que vi que é desse diretor que amo e enlouqueci com outro surreal, O Lagosta. E A Favorita. O roteiro genial é de Tony McNamara e Alasdair Gray. Até os cartazes são geniais! Um médico e cientista (William Dafoe) contrata um jovem médico (Ramy Youssef) para anotar tudo de sua filha. Quantas palavras aprende por dia, o que gosta de comer, absolutamente tudo. O jovem se apaixona por ela, o pai concorda com o casamento, e um homem (Mark Ruffalo) vem fazer o contrato. Ele se encanta com a jovem e combinam de fugir. O pai deixa e ela vai ver experiências pelo mundo começando por Lisboa. Emma Stone está majestosa! O filme fala muito do feminino. Enquanto o pai libera a filha pra viver experiências, o amante a aprisiona. Várias mulheres mais velhas (Katryn Hunter e Hanna Schygulla) falam do desinteresse sexual que as pessoas têm por elas, do quanto são colocadas em escanteio. A direção de arte é belíssima! Amei a trilha sonora. É todo metafórico e lindo! Com cenas muito poéticas! Que filme genial! São inúmeras cenas antológicas que quero rever! Alguns no elenco: Margaret Qualley, Christopher Abbolt, Jerrod Camichael, Suzy Bemba, Hanna Schygulla entre outros.
Assisti O Pagamento Final (1993) de Brian De Palma no SBT SábadoCine. É um excelente filme, com tomadas de câmera incríveis, excelente direção e um desempenho majestoso de Al Pacino. O roteiro é baseado no livro de Edwin Torres. Começa com o personagem do Al Pacino, Carlito Brigante, saindo da prisão. Ele é um porto-riquenho que vivia da criminalidade e do tráfico de drogas. Ele quer sair do crime, juntar dinheiro para entrar em sociedade com um conhecido em uma locadora de carros nas Bahamas. Para juntar dinheiro fica sócio do seu advogado em um bar. Só que é onde praticou todos os crimes anteriormente e tem a dificuldade de se manter longe de confusões. Na narração ele diz o tempo todo que tem azar, mas fica claro a dificuldade de viver com dignidade em um lugar onde a criminalidade corre solta e por muito tempo se alimentou dela. O Pagamento Final fala muito de preconceito. Em um texto. Al Pacino fala das delimitações que os porto-riquenhos tinham nos Estados Unidos. O próprio preconceito de negros com os porto-riquenhos e as delimitações de ruas. O advogado é interpretado maravilhosamente por Sean Penn e gostei muito da dançarina, interpretada pela bela Penelope Ann Miller. As tomadas de câmera são maravilhosas, bem como a iluminação, a edição, a direção e a fotografia. A direção de arte é de Gregory Bolton. A edição de Kristina Boden e Bill Pankow. E a Direção de Fotografia de Stephen H. Burum. Gostei muito da trilha sonora, a música principal, Your Are So Beautiful, é interpretada por Joe Cocker. Tem no youtube o trecho da música no filme quando sobem os créditos.
Assisti Duna (2021) de Dennis Villeneuve na Temperatura Máxima. É o filme que não acontece! Só más escolhas! Tudo o que queremos ver mostra mal ou não mostra, e tudo o que é desprezível não acaba. 2h35 de enrolação. Quero assistir o primeiro de 1984, está disponível na Starzplay da Net Claro que eu não tenho no meu pacote e na Netflix. Quando realmente o filme vai acontecer ele acaba. É um filme de promessas. Sim, esteticamente é bonito, ótimo elenco, mas as locações mais bonitas mal se veem e as feias nos cansamos de ver. As fotos de divulgação são dos segundos finais. Gosto muito do trio principal, Timothée Chalamet, Rebecca Fergurson e Oscar Isaac. Péssimo o personagem do Josh Brolin, debochado, destoa completamente do filme. A tão aguardada morte do barão (Stellan Skarsgard) mal dá pra ver, frustrante, o barão voa mas nunca vemos direito, sempre desfocado, como quase tudo no filme. Alguns outros do elenco são Jason Momoa, Dave Bautista, Chang Chen, Sharon Duncan-Brewster, Stephen McKinley Henderson,, Javier Bardem, Benjamin Clémentine, Charlotte Rampling e Zendaya. O trailer parece de um filme ágil, mas é lento e arrastado.
Assisti Inimigos Públicos (2009) de Michael Mann no SábadoCine do SBT. Noite sem outras possibilidades, como estão no elenco o Johnny Deep e a Marion Cotillard, resolvi assistir. Inimigos Públicos é baseado em mais um livro sobre o lendário assaltante de banco John Dillinger. Fica claro no próprio roteiro e no filme a idealização desse assaltante. O filme Inimigos Públicos é ambientado nos Estados Unidos, em 1930. Os dois protagonistas estão muito bem. Outro ator principal é o agente do FBI Melvin Purvis se que tenta capturar o Dillinger interpretado pelo Christian Bale. Por ser um filme de gangster e verídico a todo tempo é mencionado um o outro mafioso que já ouvimos ou presenciamos em outros filmes. Além do ambicioso J. Edgar Hoover diretor do FBI interpretado pelo Billy Crudup. É um bom filme, um pouco forçado em alguns momentos, mas bem realizado. Ainda estão no elenco: James Russo, Diana Krall, Jason Clarke, Leelee Sobieski, Channing Tatum, John Ortiz, Giovanni Ribisi, Stephen Lang, Christian Stolte, Stephen Dorff e Lili Taylor. Há vários, livros, filmes e séries baseados no Dillinger. Esse é baseado no livro de Bryan Burrough. Eu não gostei de uma cena final, logo após a morte do Dillinger um policial vai levar um recado romântico a amada do assaltante na cadeira, ficou forçado e esquisito, se fosse um recado importante, mas um romântico? Ficou ridículo!
Assisti O Gângster (2007) de Ridley Scott no SábadoCine SBT. Queria muito rever esse filme porque adoro esse diretor. O Gângster é muito bom! É baseado na vida do Frank Lucas, interpretado pelo ótimo Denzel Washington. Ele é um negro que foi braço direito de outro negro que aprendeu toda a sua estratégia com a máfia. Na década de 70 esse líder morre e o Frank Lucas assume o seu lugar. É a época da Guerra do Vietnã e o Frank Lucas vê uma notícia que relata a rapidez com que soldados se viciam em heroína e cocaína. Frank Lucas resolve montar um esquema para trazer a droga diretamente no Vietnã. Nos Estados Unidos a polícia está envolvida no tráfico e dilui excessivamente a droga para faturar mais e há muitos intermediários. Frank Lucas cria uma droga mais pura, arma um esquema para não ser descoberto dentro da estrutura da máfia onde a família toda trabalha. O personagem do Russell Crowe é policial Richie Roberts aspirante advogado. Honesto é contratado para descobrir quem tem esse esquema de venda de drogas. O Gângster é muito intrincado, muito bem dirigido, encenado e editado. Além de falar de corrupção, drogas, debate o racismo, o preconceito e a falta de oportunidade de ascenção de forma honesta de uma raça. É um texto excelente. Gostei muito! Curiosidades: 1. Realmente o casaco de chinchila U$100.000 e o chapéu de U$25.000 para a luta de Ali e Frazie foi a sua queda. 2.O mesmo policial responsável pela investigação que resultou na prisão de Frank e seus irmãos. Também foi seu advogado de defesa e auxiliava na Organização Yellow Brick Roads, cuja responsável é sua filha Francine, a única que teve com a porto-riquenha Julie. Alguns outros do elenco são: Chiwetel Ejiofor, Josh Brolin, Lymari Nadal, Carla Gugino, Cuba Gooding Junior e Malcolm Goodwin. A trilha sonora de Marc Streitenfeld é muito boa.
Assisti Mahalia (2021) de Kenny Leon na Tela Quente. Vi esse filme iniciando e comecei assistir. É absolutamente inacreditável que eu não conheça essa cantora. Eu tenho um fascínio enorme por cantoras desse período e ouço sempre. Talvez seja pelo fato dela ter sido uma cantora gospel. Mahalia Jackson (1911-1972) começou a cantar desde cedo, as pessoas paravam na porta pra ouvir. Que voz potente, fiquei impactada, baixei uma playlist e não paro de ouvir as canções que ela interpretava. Ela era órfã e vivia com a sua tia que era abusiva. Aos 16 anos mudou-se para Chicago. Ela dizia que era deus que determinava tudo o que ela iria fazer e tudo que conseguia era graças a ele, então seu repertório era gospel na maioria das vezes. Danielle Brooks interpreta maravilhosamente a potente Mahala que teve muitos amigos, era generosa, dividia o pouco que tinha, e tinha um gênio forte. O filme mostra a amizade com Martin Luther King e quando ela foi cantar em suas manifestações e infelizmente em sua morte após ser assassinado. Ela foi ovacionada no Carniegie Hall. Vendeu inúmeros LPs. Foi muito bem sucedida musicalmente e financeiramente. Há outros filmes sobre a cantora, quero assistir.
Assisti Agente Stone (2023) de Tom Harper na Netflix. Eu queria ver pela Gal Gadot, já que não é meu gênero preferido. Gostei, mas é mirabolante demais que dá até preguiça O roteiro é exatamente igual a um filme recente que vi, no fiquei pensando se o mesmo roteirista conseguiu vender pra duas produções e ficou quieto. Esse filme é da série dá pra ver. A protagonista faz parte de um grupo autônomo de espionagem, a Carta. Ela tem que impedir que um dispositivo chegue em mãos inimigas porque pode derrubar aviões, explodir qualquer lugar do planeta, igualzinho ao outro filme. Ela e outros personagens não acreditam nos sistemas, em muitas pessoas e são traídos continuamente. Então criam grupos paralelos, mas volte e meia se enganam em quem acreditam. Gostei muito da Alia Bhatt e de seu personagem. É um filme caro, com locações belíssimas Islândia, Portugal, Alpes Italianos, Reino Unido, EUA e deserto do Saara. Alguns outros do elenco são Jamie Dornan, Mathias Schweighofer e Sophie Okonedo. Judi Dench faz uma pequena participação. Achei longo demais.
Assisti Passageiros (2016) de Mortem Tyldum na HBO On Demand. O roteiro é de Jon Spaihts. Apesar da roupagem ser ficção científica é um filme romântico, sobre o amor entre duas pessoas. Mas a parte de ficção científica é muito interessante. Uma belíssima nave está em órbita, acontece um acidente. Tudo é mecânico, nada humano. Ficamos sabendo então que mais de 5.000 pessoas estão hibernando, mais os responsáveis pela nave. Com a pane, só um hibernado acorda. Ele é orientado como se todos tivessem acordado. Ele vai então pesquisar e descobre que ele não dormiu 120 anos. Que faltam ainda 90 anos até chegarem ao planeta que iriam viver. Eles iam ser acordados somente 4 meses antes da chegada. Os responsáveis seriam acordados um pouco antes. Ele passa um ano sozinho, até que não suporta mais e acorda uma tripulante. Ela demora a descobrir o que ele fez. Gostei bastante, os temas debatidos são bem interessantes. Ele é Chris Pratt, ela Jennifer Lawrence. Há um robô barman interpretado por Michael Sheen. Com pequenas participações estão Laurence Fishburne, Julee Cerda e Andy Garcia.
Assisti Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) de Luc Besson na HBO Go. Eu não via esse filme porque tinham falado muito mal dele pra mim, uma pena, porque eu amei. É colorido, ágil, cheio de histórias e ramificações, uma delícia de filme. Também me emocionei muito! Um planeta maravilhoso, mágico, em harmonia com a natureza e todos habitantes é cruelmente dizimado. Fogem alguns. Eles demoram a aparecer no filme. Um casal que trabalha pro governo dos humanos tem a missão de buscar em um mercado alienígena um objeto roubado. O que não faltam são planetas, alienígenas, mundos paralelos, uma delícia. Os efeitos são ótimos! Os dois são interpretados por Dane DeHaan e Cara Delevingne. Alguns atores conhecidos aparecem na trama: Clive Owen, Sam Spruell, Rudge Hauer, Herbie Hancock, Ethan Hawke e Benoit Jacquot. Rihana tem uma participação deliciosa!
Assisti O Poder (2021) de Corinna Faith na Globoplay. Porque sábado é dia de fantasminhas! É um filme de terror muito tenso, mas muito tenso, até eu que estou acostumada sofri muito. Mas que filme urgente, que roteiro incrível, fiquei em estado de choque! Não se calem! É 1974. Há uma greve então há falta de energia à noite. Fui ler os fatos históricos desse período e são bem complexos. Desastradas ações políticas conservadoras levam trabalhadores à greve. Trabalhadores responsáveis pela energia estão em greve, então falta energia à noite. É nesse contexto que uma enfermeira vai trabalhar em um hospital. À noite é um caos, porque durante o dia boa parte dos pacientes são remanejados, mas a UTI fica e ela sem experiência, sem conhecer o local é designada pra ficar no plantão noturno. A perversidade do lugar só piora. Fala muito de abusos trabalhistas, desrespeito, mas infelizmente vai muito além, que filme difícil. Essa enfermeira era do orfanato e lá ela conhece uma jovem órfã que não melhora, não ganha peso, e logo a nova enfermeira percebe que negam alimentos pra menina, que a tratam diferenciada por ser imigrante e pobre. As duas atuam bem demais Rose Williams e Shakira Ramman. Tudo é sutil, mas vamos percebendo os detalhes. A parte de terror é muito forte, o filme é muito violento, é profundamente trágico e pior, a parte realista beira o insuportável. Logo contam que essa enfermeira foi órfã e fica claro também que ela vai sendo explorada exatamente por ser igualmente pobre. Os segredos obrigados a existir pelo silêncio são estarrecedores, que filme triste.
Assisti Dans La Brume (2018) de Daniel Roby no Tela Quente. Não sabia da existência desse filme. É mais ou menos. Adoro o Romain Duris e por ele insisti até o fim. É um filme de ficção científica meio arrastado. Acontece um terremoto leve e começa a vir bruma do subsolo. O casal corre para um apartamento alto de um vizinho. A filha vive em uma bolha. No filme, a mãe conta ao casal de idosos do vizinho que quando a filha nasceu eram poucas crianças com aquela má formação, mas que com o tempo nasceram muitos assim. A menina vive em uma bolha, e conversa por computador com várias outras crianças que vivem na mesma situação. Esse casal tenta então a todo custo salvar essa filha que ficou no quarto com a bruma, que precisa de baterias pra manter todo o sistema da bolha ligada, já que não há mais luz. Todo mundo que teve contato com a bruma morreu sufocado. O nome no Brasil é péssimo, O Último Suspiro, um crítico ainda ficou analisando o nome e nem viu que o original não tem nada a ver com o nome daqui. A mãe é interpretada por Olga Kurylenko. O casal idoso muito fofo é interpretado por Michel Robin e Anna Gaylor, os melhores personagens do filme. Uma graça também a menina que vive na bolha, Fantine Harduin.
Assisti Eduardo e Mônica (2020) de René Sampaio na Globoplay. Quando soube que ia ter a adaptação da música do Legião Urbana, com letra de Renato Russo, fiquei muito feliz. Durante o processo que vi matérias e fotos das filmagens, nem tanto. Adoro Alice Braga e Gabriel Leone, lindos e talentosos, mas nunca me convenceram como Eduardo e Mônica e menos ainda quando vi o filme, pode ter sido esse motivo que fez eu não embarcar na trama. Sim, Alice Braga parece uma menina, mas não convence ser tão jovem, nem o Leone ter 16 anos, faltava uma ingenuidade que quem tem mais de 25 anos não costuma ter. E eu não senti química nos dois, achei o amor deles muito encenado. Como disse, eu não embarquei na trama. Otávio Augusto faz o avô do Eduardo. Juliana Carneiro da Cunha a mãe da Mônica e Bruna Spínola, a irmã. Victor Lamoglia faz o melhor amigo do Eduardo. Alguns outros do elenco são Eli Ferreira, Fabrício Boliveira e Ivan Mendes. O diretor é o mesmo do maravilhoso Faroeste Caboclo e usou a mesma estrutura, só no final é que a música tocou.
Assisti Harriet (2019) de Kasi Lemmons no Tela Quente. Não conhecia a história dessa heroína Harriet Tubman. Ex-escrava, libertou inúmeros escravos no sul. Primeiro Harriet fugiu sozinha do sul para o norte. Um ano depois resolveu ir buscar alguns parentes e assim começou suas idas e vindas para salvar escravos. Ela chegou a resgatar mais de 300 escravos. A cada fuga muitas adversidades, mas ela não esmorecia. Ela lutou na Guerra Civil nos Estados Unidos e liderou vários grupos de ataque, uma das primeiras mulheres a ter essa função. Apesar de todo esse trabalho ela ainda conseguiu salvar os seus pais e levá-los ao Canadá, constituir família e ter filhos. Harriet Tubman faleceu com aproximadamente 91 anos. Cynthia Erivo simplesmente arrasa. Que atriz! Como ela é talentosa, linda e eclética! O filme é praticamente todo com a Cynthia Erivo. Outros atores que aparecem são: Janelle Monáe, Henry Hunter, Joe Alwyn, Leslie Odom Jr., Zacary Momoh, Clarke Peters, Vanessa Bell Calloway, Alexis Louder e Jennifer Nettles. No álbum uma foto da heroína Harriet Tubman
Assisti Entre Lençóis (2008) de Gustavo Nieto Roa no Cine BAND. O diretor é colombiano. Eu tinha lido trechos de críticas na época da estréia que falavam muito mal desse filme. Como adoro a Paola Oliveira e o Reynaldo Gianecchini, resolvi assistir e me surpreendi. Comentei com o 007 que disse que também viu e que igualmente gostou. O roteiro e a realização é relativamente simples. Há no início mais atores, simulando uma boate onde o casal se conhece. Eles seguem para um motel e lá passa todo o filme. O ótimo roteiro de René Belmonte e a direção criteriosa mostram a relação em crescimento. É bem estranha a primeira transa, a dificuldade de intimidade. Conforme eles vão se conhecendo tudo começa a ficar bonito e delicado. Entre Lençóis mexeu muito comigo. Só assistindo para irmos gota a gota conhecendo cada um desses personagens.
Assisti Pureza (2022) de Renato Barbieri na Globoplay. Eu queria muito ver esse filme, tinha acompanhado entrevistas e matérias. Fala de escravidão contemporânea, termo que acontece quando um trabalhador fica preso em um local de trabalho, porque deve muito mais do que tem a receber. Em uma artimanha matemática, o empregador utiliza de trabalho escravo, fingindo ser o trabalhador que deve. O empregador não tem nenhum dever e o trabalhador, todos. Sem falar nas péssimas condições de moradia, alimentação, em violência e morte. O filme é inspirado na história de Pureza Lopes Loyola, moradora de um sítio no Maranhão. Na foto ela com Dira Paes que a interpreta no filme. Ela e a família viviam de fazer tijolos e recebiam muito pouco pelo trabalhão que tinham. Exploração gera exploração. O filho cansado da labuta e pouquíssimo dinheiro, resolve ir embora para o garimpo no início da década de 90. Como o filho (Matheus Abreu) não se comunica mais com ela, nem ela tem informação dos parentes, ela resolve ir atrás ao rastro dele pra encontrá-lo. Ela se infiltra de cozinheira em uma das inúmeras fazendas no Maranhão e vê todo tipo de exploração. Água podre pros trabalhadores beberem, dívidas enormes com o pouco que pegavam pra comer, trabalho exaustivo sem remuneração, violência e morte. Ela foi às fazendas de desmatamento pra gado do Maranhão. Não acha o seu filho, mas resolve denunciar os abusos. Ela consegue fugir e com a ajuda de um padre (Claudio Barros) e de uma ativista (Mariana Nunes) vai à Brasília. Lá ela percebe o desinteresse em querer resolver a questão e também a corrupção dos políticos com os fazendeiros denunciados. Ela resolve então voltar as fazendas pra libertar os homens. E agora é preparada pela ativista a levar uma máquina fotográfica e um gravador, com isso ela consegue ter provas. Há uma foto de Pureza como essa nos créditos do filme. Que coragem dessa mulher voltar ao lugar dos assassinatos, pra levantar provas. Da ida dela as fazendas até ela conseguir provas foram 3 anos. É uma história inacreditável, de tanta coragem, luta, ela era considerada por muitos como uma mãe. Flávio Bauraqui é o manda-chuva da fazenda que Pureza trabalha como cozinheira. Antonio Grassi o político mancomunado com os fazendeiros poderosos. Por muito mais Purezas no Brasil, mas que não precisem existir tantas mais se o ser humano parar de explorar o outro em benefício próprio. Pureza chegou a acompanhar algumas das gravações e disse que estava muito parecido, mas que era muito pior que aquilo e o filme beira o insuportável. Muitos dos que interpretaram os escravizados eram mesmo trabalhadores da terra. No final o filme lembra o quanto o Brasil regrediu nos últimos anos em relação aos direitos humanos, a fiscalização do trabalho escravo e a conivência dos poderosos e políticos. Na galeria de fotos estão às fotos de: Pureza e Dira/ Dira interpretando Pureza e os trabalhadores/ Pureza e o filho Abel.
Assisti Corra! (2016) de Jordan Peele no Domingo Maior. Eu tinha alta expectativa em ver esse filme e uma certa culpa por ter achado que A Forma da Água merecia o Oscar de Melhor Filme sem ter visto esse, um dos mais elogiados filmes que concorreram ao Oscar. E não, Corra! não merecia o Oscar de Melhor Filme, muito menos o Oscar de Melhor Roteiro Original. Quem como eu gosta de filmes de fantasminhas e experiências científicas sabe que Corra! não é nada original. Inclusive Corra! é um filme de um tema só e maniqueísta. Brancos líderes engabelam Pretos para tirar deles o que os idosos "precisam". Sim, Corra! é um bom filme, mas simplista. O protagonista é um parvo, ele percebe que algo muito errado acontece naquela reunião onde brancos sabem seu nome, o idolatram e onde os pretos que aparecem são parvos e robotizados. Primeiro o filme demora a acontecer. São longas demais as cenas na cidade com a namorada e a viagem. Acho que estavam sem assunto. Como disse, o filme tem um roteiro simples demais, então encheram linguiça. Confesso que em vários momentos me lembraram as soluções simplistas do Shyamalan por ter tanta cafonice. E as interpretações não são nada demais. Como Corra! é muito maniqueísta, os pretos são fortes, viris e fruto de inveja, e os brancos idiotas, querendo o que o pretos tem. Daniel Kaluuya é o protagonista parvo, lindo, mas o personagem exige muito pouco do ator. A namorada é interpretada por Alissom Williams. Os pais psicopatas dela são interpretados Catherine Keener e Bradley Whitford. Alguns outros do elenco são: Caleb Landry Jones, Marcus Henderson, Betty Gabriel, Lakeith Stanfield, Stephen Root e Lirel Howery. O tempo todo eu ficava com a sensação que já tinha visto um filme semelhante. Não igual ao final, mas a trama de pegar uma pessoa para enxertar algo nela. E Corra! tem vários furos. Gostei do final, mas é o momento de mais furos. O protagonista matou todo mundo da casa, há impressões digitais em tudo. Ok, ele ia mostrar os laboratórios, mas o grupo que freqüentava a casa era enorme, iam ser muitas testemunhas contra ele. E sim, ele matou aquela gente toda, iria preso mesmo que fosse em legítima defesa. O diretor resolveu esse problema terminando o protagonista indo embora. Também não é de hoje que tem me incomodado a forma rápida como hipnotizadores conseguem dominar a mente do outro. Estou quebrando a cabeça, uma hora vou lembrar o filme que Corra! me lembrou.
Assisti Jean Charles (2009) de Henrique Goldman no TV Brasil. Eu não desejava muito ver esse filme, mas me surpreendi. É um filme sobre imigrantes, no final que passam a morte do Jean Charles. Quase todo o filme mostra a quantidade de brasileiros que vive em Londres, muitos em situação irregular, fazendo todo o tipo de trabalho, na maioria das vezes trabalhos pesados. O diretor vive na Inglaterra. Jean Charles era um rapaz simples, que acreditava que era possível ter uma vida melhor vivendo em Londres, tanto que ele estimulava a família a ir pra lá. No apartamento que ele vivia ele acolhia um amigo e duas primas, uma inclusive é interpretada pela própria prima do Jean Charles. Outros do elenco interpretam eles mesmos.Gostei que não idealizaram o Jean Charles, ele era um rapaz trabalhador, não tinha medo de trabalho pesado, comunicativo, ajudava as pessoas, mas também cometia erros, dava alguns jeitinhos pra permanecer no país ou ajudar algumas pessoas a permanecer no país. Selton Mello está excelente. O filme começa com a chegada da prima interpretada pela Vanessa Giácomo. O amigo é interpretado brilhantemente por Luís Miranda. O Daniel Oliveira faz uma pequena participação como o namorado da prima que fica no Brasil. O filme também mostra a tensão que ocorre quando começam os atentados terroristas no metrô. O próprio grupo se assusta e fica preocupado. Jean Charles é confundido com um rapaz que tinha largado uma mochila que depois explodiu. Que eles tivessem preso por engano o Jean Charles pra interrogá-lo seria compreensível, mas vários policiais atiram no metrô a queima roupa sem nem ao menos checar nada, nem documentos. Quando viram a besteira que fizeram tentaram abafar como puderam. Tentaram impedir os amigos de vê-lo, alegaram que ele correu, quando ele na verdade ficou sentado e foi alvejado na maioria pelas costas, ajudaram e indenizaram pouco a família. Infelizmente até hoje eles tentam encobertar o caso e os policiais estão impunes, mas impunidade no Brasil e culpados soltos é o que não falta.
Assisti Mãe! (2017) de Darren Aronofsky no TelecineCult. Eu tinha uma certa resistência em ver esse filme pelas inúmeras críticas negativas, mas principalmente por ouvir falar que tinha religião, mas Mãe! é muito mais que isso, é absurdamente complexo, um filme que me deixou impactada e que devo ficar assim por muito tempo. Mãe! permite inúmeras interpretações e li uma entrevista com o diretor onde ele se divertia com as inúmeras visões que os jornalistas da coletiva tinham tido com o seu filme, mas há uma questão, a que acho mais impactante, que passa a ser fundamental para debatermos nos dias de hoje. Na entrevista o diretor fala da indiferença há duas questões ambientais no Canadá e Estados Unidos, mas que você traz a questão para dentro de sua casa, quando pessoas entram na sua casa sem você convidar e queimam o seu tapete, as pessoas ficam indignadas. E é esse o grande trunfo de Mãe! Colocar a terra como uma mulher constantemente violentada, desrespeitada, invadida, dentro de sua intimidade, dentro de sua própria casa. A terra é a casa e nós invadimos sem a menor cerimônia, mudando como bem entendemos a casa do outro. No finalzinho que eu achei que a protagonista era a terra e tudo se encaixou junto com a perplexidade. As relações bíblicas são alegorias para contar a história. Um casal está arrumando a casa que já tinha sido totalmente destruída por um incêndio. A protagonista cuida de cada detalhe, enquanto um marido narcisista, egoísta e egocêntrico a ignora por completo. Talvez aí o ódio de muitos para esse filme já que esse homem pode ser deus. Até que o diretor não errou muito com essa imagem de deus que tudo vê e nada faz, um verdadeiro omisso que adora ser idolatrado e pouco se importa com o resto, inclusive pouco se importa com a terra. E se existe não é mais ou menos assim? As crianças continuam morrendo de fome no mundo, na Etiópia, nas travessias de fugas de imigrantes e se existe alguém que "olha por nós", porque continuam morrendo? O homem tem a mesma arrogância quando a terra cobra dele alguma proteção, alguma posição. Ele sempre a menospreza, maltrata e a violenta, mas ele vai muito mais longe, um verdadeiro monstro. As pessoas vão entrando nessa casa sem pedir autorização ou dizem que o marido convidou e vão usando tudo, quebrando tudo e pasmem, até pintando a casa porque viram a tinta... Ela fica indignada, mas todos riem, ou reclamam dela e continuam. Ela diz que a casa é dela e todos riem. E não é como fazemos com a terra? Compram uma fazenda e a primeira coisa que fazem é derrubar todas as árvores, inúmeras raras e centenárias. Constroem uma casa e aí plantam umas poucas árvores onde poucas vão sobreviver como "reposição". Mas se enjoam da casa naquele lugar, destroem tudo de novo, tiram as árvores de novo e plantam outras de novo depois em outro lugar. Mas fora esses exageros monstruosos, o que cada um de nós faz por essa casa de outra pessoa? Realmente simbolizar a terra na casa de alguém fica tudo mais claro. A convidada deixa inúmeras cascas de limão espalhadas pela cozinha com inúmeras outras sujeiras e a "terra" que limpe. E a pia que não estava soldada? Ela avisa várias vezes para não sentarem nela e riem dela. E o quanto rimos de quem fala para cuidarmos melhor do planeta, quantos já vi rirem quando você fala pra não jogar lixo no chão. E voltamos de novo para nossas pequenas ações, o quanto consumimos lixo e jogamos "lá fora", no próprio planeta. As referências bíblicas foram as que menos interessaram. Elas permitiram a história ter um roteiro, Adão e Eva, Caim e Abel, e no final o apocalipse. O diretor falou ainda que tinha o sacrifício de Jesus e outras referências, mas é o de menos. Servem para mostrar como o homem tudo invade, como cada um de nós não respeita a nossa casa que é a terra que de forma tão generosa nos acolhe. A terra é a Mãe que tenta a todo custo preservar a casa, cuida, cozinha, ama e nós só usamos, destruímos. No "apocalipse" os homens matam uns aos outros sem explicações claras. E o parto? É insuportável. Ela está em trabalho de parto e continua sofrendo violências, não é protegida, a empurram, a agridem. O filme é contundente demais, insuportável demais, como somos desumanos. Qual a parcela de culpa de cada um de nós para a destruição da terra? No filme há os monstros, os radicais, mas eu fiquei desconfortável várias vezes e me perguntava o que eu fazia para proteger a terra? Nunca vou esquecer esse filme. odo o elenco está impressionante. Que incrível a atuação da Jennifer Lawrence. Como Javier Bardem está insuportável como esse homem omisso, agressivo e assassino. Os personagens do Ed Harris e da Michelle Pfeiffer também dão vontade de esganar. Ela pede que não fumem na casa, ele finge que aceita, mas continua fumando, até mesmo na cara dela. E a esposa ridiculariza o tempo todo a anfitriã. Fala mal de tudo, o quanto não reclamamos do que ganhamos de graça da terra?
Assisti A Família Bélier (2014) de Eric Lartigau no TelecineTouch. Foi a minha irmã Bete que me falou desse filme e comentou alguns pontos. E o mesmo roteiro recebeu um remake que ganhou Oscar de melhor filme esse ano. Vi a sinopse e levei um tempo para ver, mas como é comédia, resolvi ver. É muito bonitinho. O mais bonito é a união familiar. Três são surdos, só a menina ouve. Eles vivem dos produtos da fazenda que é bem produtiva. A menina auxilia no contato com os outros, na venda dos produtos e na compra do que precisam para a produção. A menina vai participar no coral da escola e se destaca. O professor sugere ela participar de um concurso em Paris. Ela participa escondida da preparação e mente ao professor. As regras da menina aparecem, então calculei que ela teria no máximo 14 anos, apesar da atriz parecer ter bem mais. Hoje em dia as regras costumam surgir entre 11 e 12 anos, no máximo 14. O professor é bem revoltado pelo trabalho, desejaria uma colocação melhor, mas com o repertório popular que trabalha é compreensível o ostracismo. Por sorte no canto há a possibilidade de aos 14 anos conseguir ingressar em uma escola formal e seguir se tiver talento. Se fosse para um instrumento seria tarde demais, 14 anos é muito tarde. Por sorte também a banca autoriza uma canção popular. Estranho só terem duas candidatas a vaga, em geral são filas e filas de candidatos. Mas o mais bonito do filme é a linda relação de amor e compreensão da família. A mãe é um pouco controladora, mas sabe respeitar as diferenças, reluta um pouco, mas é muito amorosa. O prefeito da cidade é um oportunista, tenta se aproveitar da deficiência auditiva da família para faturar. O pai da menina fica muito bravo e também com as propostas do prefeito, resolve se candidatar. Todos estão ótimos. A menina é interpretada pela Louane Emera, ela inclusive ganhou César de Melhor Atriz Promissora. A atriz está com 25 anos, devia ter uns 17 quando atuou no filme. O pai está ótimo e é interpretado por François Damiens. A mãe é muito engraçada e interpretada por Karin Viard. O professor por Eric Elmosnino. Alguns outros do elenco são: Roxane Duran, Luca Gelberg, Stéphan Wojtowicz e Ilian Bergala.
Assisti Dreamgirls (2006) de Bill Condon no TelecineTouch. Eu acho que esse filme é da série "todo mundo viu menos eu". Eu sempre quis ver, há um tempo cheguei a procurar e não achei. Agora está lá naquele acervo mais completo recente do Telecine. O texto é de um musical de Tom Eyen. Gostei muito! É a estreia da maravilhosa Jennifer Hudson. Linda e talentosa, como canta. Ela é a voz líder do trio, todas cantam demais, mas ela é a voz mais potente. Elas são convidadas pra ser backing vocal de um grande cantor, isso mesmo, Eddie Murphy, com a promessa que com o tempo elas teriam um show só delas, mas 7 anos se passam e nada. Quando chega o momento, é a época de vozes mais intimistas, e novamente ela é preterida. Cruel demais o que fazem com ela. Depois muito esquisito quando ela tenta retomar e o filme fala que ela sempre foi temperamental. Não é verdade, ela sempre aceitou e baixou a cabeça. Achei esses momentos bem machistas, claramente escritos por um homem. Do período mais intimista, as cantoras seguem para os ritmos de Discoteca. Beyoncé faz a cantora que ganha o lugar de destaque, o empresário por Jamie Foxx. Só tem feras no elenco. O outro agente por Danny Glover. O compositor por Keith D. Robinson e as outras cantoras por Anika Non Rose e Jennifer Hudson. O filme mostra muito como funcionam os bastidores, embora meio estranho a principal ficar anos sem ter nada. Em geral músico vai dar aulas, canta em bares caindo aos pedaços, mas não fica parado. E elas fizeram tanto sucesso, conseguiria um local mesmo que fosse pra ganhar pouco. A ótima trilha está no Spotify.
Assisti As Panteras - Detonando (2003) de McG no Cine Maior Record. Nem lembrava que fazia tanto tempo que assisitr esse filme. Reassistir na casa da minha mãe, com a família toda reunida. É bem divertido e bem ruinzinho. Furos e mais furos. Além das lindíssimas: Cameron Diaz, Luci Liu e Drew Barrymore, aparece no elenco a Demi Moore. Rodrigo Santoro aparece de novo, como sempre ele entra mudo e sai calado. Há cenas inclusive que acho que usaram a mesma da outra vez. Eu vi na casa da minha mãe e minha irmã reparou que o sapato que a Demi Moore salta chega outro no chão. O mais divertido dessa versão são os disfarces. Como o roteiro é bem fraquinho, elas aparecem incansavelmente com outros cabelos, outros figurinos e inúmeros personagens, muito divertido. Há vários momentos que esse filme se parece bem com histórias em quadrinhos. É engraçado quando uma das panteras originais, interpretada pela Jaclyn Smith, aparece de fantasminha pra falar com a da Drew Barrymore. O filme As Panteras - Detonando ganhou 2 Framboesas de Ouro de Pior Atriz Coadjuvante (Demi Moore) e Pior Sequência ou Refilmagem. A trilha sonora é muito bacana, Natalie Cole, Bon Jovi, David Bowie, Donna Summer e The Beach Boys.
Assisti Trama Internacional (2009) de Tom Tykwer no Band Domingo no Cinema. Há um tempo vi na programação esse filme e tinha curiosidade de ver pelo elenco, adoro o Clive Owen e a Naomi Watts. Gostei muito, é um bom filme de ação com um roteiro muito atual. Eu imagino que a expectativa da produção em repercussão deveria ser bem maior, é um ótimo filme de ação, mas não é tão impactante quanto o custo de realização. Acredito que eles desejassem a repercussão da trilogia Bourne, por isso os altos custos em locações em tantos países. Trama Internacional é filmado em Istambul, Berlim, Milão e Nova York. O personagem de Clive Owen está em uma investigação das negociações de um banco alemão. Muitos assassinatos começam a acontecer e ele percebe que não há interesse das grandes instituições em desvendar o caso. Além da trama de ação, há a trama atual dos interesses levianos capitalistas em relações financeiras vantajosas com países de terceiro mundo, mesmo que seja financiar os conflitos, não importam de que lado. As locações são belíssimas. Alguns outros do elenco são: Remy Auberjonois, Armin Mueller-Stahl, Ulrich Thomsen, Patrick Baladi, Luca Calvani e Alessandro Fabrizi
Assisti À Beira do Caminho (2012) de Breno Silveira. Lembrei, em uma entrevista com o diretor no Canal Brasil. Ele contou que fez o filme primeiro e depois mostrou ao Roberto Carlos para ver se ele autorizava as músicas. O Roberto Carlos liberou quatro. Eu e minha mãe nos emocionamos muito, que filme lindo, bem realizado, roteiro inteligente. Lembrei também de uma entrevista na época que o diretor precisou parar o filme um tempo para cuidar da esposa que faleceu e que foi muito difícil finalizar depois já que o filme fala muito de perdas. O post no blog dele está aqui. Nosso protagonista é interpretado pelo incrível João Miguel. Ele é um homem solitário, caminhoneiro, amargurado, não gosta de falar com ninguém, até que aparece escondido no caminhão dele um garoto. Ele faz de tudo para deixar o garoto nas delegacias que passa, mas a precariedade do Brasil não permite. O menino fugiu de um abrigo, a mãe dele morreu. Ele só tem uma foto do pai e um endereço, quer ir atrás dele. A história do protagonista vem em flashes, pouco conhecemos. O garoto também está impressionante, Vinícius Nascimento estreia na atuação nesse filme. O filme é focado nos dois. Aparecem ainda Dira Paes, Ludmila Rosa, Ângelo Antonio e Denise Weinberg.À Beira do Caminho ganhou Melhor Filme, Melhor Ator (João Miguel), Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Vinícius Nascimento) no Cine PE. Boa parte do filme utilizou o Pólo Cinematográfico de Paulínia que foi desativado por desinteresse político. Nesse pólo tinham muitos cursos profissionalizantes para os segmentos da produção de um filme.
Golda: A Mulher De Uma Nação
3.0 63Assisti Golda (2023) de Guy Nattiv na Prime Video. Assisti na casa da minha irmã. Queria ver apesar das críticas negativas. O roteiro é de Nicholas Martin. O filme se passa um pouco antes da Guerra do Yom Kippur, quando já tinham boatos que os egípcios iam atacar, até a morte de Golda Meir, que foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Primeira-Ministra em Israel. Ela já estava muito doente, com câncer, fazendo radioterapia, enquanto tinha reuniões exaustivas com os chefes do exército e líderes dos Estados Unidos. Como o filme fala de Golda, mostra só esse lado do conflito. Mostra também o trabalho exaustivo das mulheres que ajudavam Golda, iam com ela nos procedimentos médicos. O quanto as mulheres são fundamentais na prática do cuidado. O filme mostrou o encontro histórico entre Golda Meir e Anwar Sadat, inclusive com vídeos e imagens históricas. Consegui capturar imagem real. E postei no álbum como de costume quando filmes são verídicos. Helen Mirren está incrível como Golda. Alguns outros do elenco são Camille Cottin e Liev Schreiber.
Pobres Criaturas
4.1 1,1K Assista AgoraAssisti no cinema Poor Things (2023) de Yorgos Lanthimos. Eu queria muito ver esse filme mesmo e não pensei duas vezes. Mentira! Pensei demais, passei uma semana olhando os filmes, pra me decidir. E que filme! Jamais vou esquecer! Amo filmes surreais e fantásticos! Só depois que assisti que vi que é desse diretor que amo e enlouqueci com outro surreal, O Lagosta. E A Favorita. O roteiro genial é de Tony McNamara e Alasdair Gray. Até os cartazes são geniais!
Um médico e cientista (William Dafoe) contrata um jovem médico (Ramy Youssef) para anotar tudo de sua filha. Quantas palavras aprende por dia, o que gosta de comer, absolutamente tudo.
O jovem se apaixona por ela, o pai concorda com o casamento, e um homem (Mark Ruffalo) vem fazer o contrato. Ele se encanta com a jovem e combinam de fugir. O pai deixa e ela vai ver experiências pelo mundo começando por Lisboa. Emma Stone está majestosa!
O filme fala muito do feminino. Enquanto o pai libera a filha pra viver experiências, o amante a aprisiona. Várias mulheres mais velhas (Katryn Hunter e Hanna Schygulla) falam do desinteresse sexual que as pessoas têm por elas, do quanto são colocadas em escanteio.
A direção de arte é belíssima! Amei a trilha sonora. É todo metafórico e lindo! Com cenas muito poéticas! Que filme genial! São inúmeras cenas antológicas que quero rever!
Alguns no elenco: Margaret Qualley, Christopher Abbolt, Jerrod Camichael, Suzy Bemba, Hanna Schygulla entre outros.
O Pagamento Final
4.2 375 Assista AgoraAssisti O Pagamento Final (1993) de Brian De Palma no SBT SábadoCine. É um excelente filme, com tomadas de câmera incríveis, excelente direção e um desempenho majestoso de Al Pacino. O roteiro é baseado no livro de Edwin Torres.
Começa com o personagem do Al Pacino, Carlito Brigante, saindo da prisão. Ele é um porto-riquenho que vivia da criminalidade e do tráfico de drogas. Ele quer sair do crime, juntar dinheiro para entrar em sociedade com um conhecido em uma locadora de carros nas Bahamas. Para juntar dinheiro fica sócio do seu advogado em um bar. Só que é onde praticou todos os crimes anteriormente e tem a dificuldade de se manter longe de confusões. Na narração ele diz o tempo todo que tem azar, mas fica claro a dificuldade de viver com dignidade em um lugar onde a criminalidade corre solta e por muito tempo se alimentou dela.
O Pagamento Final fala muito de preconceito. Em um texto. Al Pacino fala das delimitações que os porto-riquenhos tinham nos Estados Unidos. O próprio preconceito de negros com os porto-riquenhos e as delimitações de ruas.
O advogado é interpretado maravilhosamente por Sean Penn e gostei muito da dançarina, interpretada pela bela Penelope Ann Miller. As tomadas de câmera são maravilhosas, bem como a iluminação, a edição, a direção e a fotografia. A direção de arte é de Gregory Bolton. A edição de Kristina Boden e Bill Pankow. E a Direção de Fotografia de Stephen H. Burum.
Gostei muito da trilha sonora, a música principal, Your Are So Beautiful, é interpretada por Joe Cocker. Tem no youtube o trecho da música no filme quando sobem os créditos.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraAssisti Duna (2021) de Dennis Villeneuve na Temperatura Máxima. É o filme que não acontece! Só más escolhas! Tudo o que queremos ver mostra mal ou não mostra, e tudo o que é desprezível não acaba. 2h35 de enrolação. Quero assistir o primeiro de 1984, está disponível na Starzplay da Net Claro que eu não tenho no meu pacote e na Netflix.
Quando realmente o filme vai acontecer ele acaba. É um filme de promessas. Sim, esteticamente é bonito, ótimo elenco, mas as locações mais bonitas mal se veem e as feias nos cansamos de ver. As fotos de divulgação são dos segundos finais. Gosto muito do trio principal, Timothée Chalamet, Rebecca Fergurson e Oscar Isaac.
Péssimo o personagem do Josh Brolin, debochado, destoa completamente do filme. A tão aguardada morte do barão (Stellan Skarsgard) mal dá pra ver, frustrante, o barão voa mas nunca vemos direito, sempre desfocado, como quase tudo no filme. Alguns outros do elenco são Jason Momoa, Dave Bautista, Chang Chen, Sharon Duncan-Brewster, Stephen McKinley Henderson,, Javier Bardem, Benjamin Clémentine, Charlotte Rampling e Zendaya.
O trailer parece de um filme ágil, mas é lento e arrastado.
Inimigos Públicos
3.6 1,1K Assista AgoraAssisti Inimigos Públicos (2009) de Michael Mann no SábadoCine do SBT. Noite sem outras possibilidades, como estão no elenco o Johnny Deep e a Marion Cotillard, resolvi assistir. Inimigos Públicos é baseado em mais um livro sobre o lendário assaltante de banco John Dillinger. Fica claro no próprio roteiro e no filme a idealização desse assaltante. O filme Inimigos Públicos é ambientado nos Estados Unidos, em 1930. Os dois protagonistas estão muito bem. Outro ator principal é o agente do FBI Melvin Purvis se que tenta capturar o Dillinger interpretado pelo Christian Bale. Por ser um filme de gangster e verídico a todo tempo é mencionado um o outro mafioso que já ouvimos ou presenciamos em outros filmes. Além do ambicioso J. Edgar Hoover diretor do FBI interpretado pelo Billy Crudup. É um bom filme, um pouco forçado em alguns momentos, mas bem realizado. Ainda estão no elenco: James Russo, Diana Krall, Jason Clarke, Leelee Sobieski, Channing Tatum, John Ortiz, Giovanni Ribisi, Stephen Lang, Christian Stolte, Stephen Dorff e Lili Taylor. Há vários, livros, filmes e séries baseados no Dillinger. Esse é baseado no livro de Bryan Burrough. Eu não gostei de uma cena final, logo após a morte do Dillinger um policial vai levar um recado romântico a amada do assaltante na cadeira, ficou forçado e esquisito, se fosse um recado importante, mas um romântico? Ficou ridículo!
O Gângster
4.0 456 Assista AgoraAssisti O Gângster (2007) de Ridley Scott no SábadoCine SBT. Queria muito rever esse filme porque adoro esse diretor. O Gângster é muito bom! É baseado na vida do Frank Lucas, interpretado pelo ótimo Denzel Washington. Ele é um negro que foi braço direito de outro negro que aprendeu toda a sua estratégia com a máfia. Na década de 70 esse líder morre e o Frank Lucas assume o seu lugar. É a época da Guerra do Vietnã e o Frank Lucas vê uma notícia que relata a rapidez com que soldados se viciam em heroína e cocaína. Frank Lucas resolve montar um esquema para trazer a droga diretamente no Vietnã. Nos Estados Unidos a polícia está envolvida no tráfico e dilui excessivamente a droga para faturar mais e há muitos intermediários. Frank Lucas cria uma droga mais pura, arma um esquema para não ser descoberto dentro da estrutura da máfia onde a família toda trabalha.
O personagem do Russell Crowe é policial Richie Roberts aspirante advogado. Honesto é contratado para descobrir quem tem esse esquema de venda de drogas. O Gângster é muito intrincado, muito bem dirigido, encenado e editado. Além de falar de corrupção, drogas, debate o racismo, o preconceito e a falta de oportunidade de ascenção de forma honesta de uma raça. É um texto excelente. Gostei muito!
Curiosidades: 1. Realmente o casaco de chinchila U$100.000 e o chapéu de U$25.000 para a luta de Ali e Frazie foi a sua queda.
2.O mesmo policial responsável pela investigação que resultou na prisão de Frank e seus irmãos. Também foi seu advogado de defesa e auxiliava na Organização Yellow Brick Roads, cuja responsável é sua filha Francine, a única que teve com a porto-riquenha Julie.
Alguns outros do elenco são: Chiwetel Ejiofor, Josh Brolin, Lymari Nadal, Carla Gugino, Cuba Gooding Junior e Malcolm Goodwin. A trilha sonora de Marc Streitenfeld é muito boa.
A História De Mahalia Jackson
3.0 1Assisti Mahalia (2021) de Kenny Leon na Tela Quente. Vi esse filme iniciando e comecei assistir. É absolutamente inacreditável que eu não conheça essa cantora. Eu tenho um fascínio enorme por cantoras desse período e ouço sempre. Talvez seja pelo fato dela ter sido uma cantora gospel.
Mahalia Jackson (1911-1972) começou a cantar desde cedo, as pessoas paravam na porta pra ouvir. Que voz potente, fiquei impactada, baixei uma playlist e não paro de ouvir as canções que ela interpretava. Ela era órfã e vivia com a sua tia que era abusiva. Aos 16 anos mudou-se para Chicago. Ela dizia que era deus que determinava tudo o que ela iria fazer e tudo que conseguia era graças a ele, então seu repertório era gospel na maioria das vezes.
Danielle Brooks interpreta maravilhosamente a potente Mahala que teve muitos amigos, era generosa, dividia o pouco que tinha, e tinha um gênio forte. O filme mostra a amizade com Martin Luther King e quando ela foi cantar em suas manifestações e infelizmente em sua morte após ser assassinado. Ela foi ovacionada no Carniegie Hall. Vendeu inúmeros LPs. Foi muito bem sucedida musicalmente e financeiramente. Há outros filmes sobre a cantora, quero assistir.
Agente Stone
3.0 144 Assista AgoraAssisti Agente Stone (2023) de Tom Harper na Netflix. Eu queria ver pela Gal Gadot, já que não é meu gênero preferido. Gostei, mas é mirabolante demais que dá até preguiça O roteiro é exatamente igual a um filme recente que vi, no fiquei pensando se o mesmo roteirista conseguiu vender pra duas produções e ficou quieto. Esse filme é da série dá pra ver. A protagonista faz parte de um grupo autônomo de espionagem, a Carta. Ela tem que impedir que um dispositivo chegue em mãos inimigas porque pode derrubar aviões, explodir qualquer lugar do planeta, igualzinho ao outro filme.
Ela e outros personagens não acreditam nos sistemas, em muitas pessoas e são traídos continuamente. Então criam grupos paralelos, mas volte e meia se enganam em quem acreditam. Gostei muito da Alia Bhatt e de seu personagem.
É um filme caro, com locações belíssimas Islândia, Portugal, Alpes Italianos, Reino Unido, EUA e deserto do Saara. Alguns outros do elenco são Jamie Dornan, Mathias Schweighofer e Sophie Okonedo. Judi Dench faz uma pequena participação. Achei longo demais.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraAssisti Passageiros (2016) de Mortem Tyldum na HBO On Demand. O roteiro é de Jon Spaihts. Apesar da roupagem ser ficção científica é um filme romântico, sobre o amor entre duas pessoas. Mas a parte de ficção científica é muito interessante. Uma belíssima nave está em órbita, acontece um acidente. Tudo é mecânico, nada humano. Ficamos sabendo então que mais de 5.000 pessoas estão hibernando, mais os responsáveis pela nave.
Com a pane, só um hibernado acorda. Ele é orientado como se todos tivessem acordado. Ele vai então pesquisar e descobre que ele não dormiu 120 anos. Que faltam ainda 90 anos até chegarem ao planeta que iriam viver. Eles iam ser acordados somente 4 meses antes da chegada. Os responsáveis seriam acordados um pouco antes. Ele passa um ano sozinho, até que não suporta mais e acorda uma tripulante. Ela demora a descobrir o que ele fez. Gostei bastante, os temas debatidos são bem interessantes. Ele é Chris Pratt, ela Jennifer Lawrence. Há um robô barman interpretado por Michael Sheen. Com pequenas participações estão Laurence Fishburne, Julee Cerda e Andy Garcia.
Valerian e a Cidade dos Mil Planetas
3.1 580 Assista AgoraAssisti Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) de Luc Besson na HBO Go. Eu não via esse filme porque tinham falado muito mal dele pra mim, uma pena, porque eu amei. É colorido, ágil, cheio de histórias e ramificações, uma delícia de filme. Também me emocionei muito! Um planeta maravilhoso, mágico, em harmonia com a natureza e todos habitantes é cruelmente dizimado. Fogem alguns. Eles demoram a aparecer no filme. Um casal que trabalha pro governo dos humanos tem a missão de buscar em um mercado alienígena um objeto roubado. O que não faltam são planetas, alienígenas, mundos paralelos, uma delícia. Os efeitos são ótimos! Os dois são interpretados por Dane DeHaan e Cara Delevingne.
Alguns atores conhecidos aparecem na trama: Clive Owen, Sam Spruell, Rudge Hauer, Herbie Hancock, Ethan Hawke e Benoit Jacquot. Rihana tem uma participação deliciosa!
The Power
2.7 36 Assista AgoraAssisti O Poder (2021) de Corinna Faith na Globoplay. Porque sábado é dia de fantasminhas! É um filme de terror muito tenso, mas muito tenso, até eu que estou acostumada sofri muito. Mas que filme urgente, que roteiro incrível, fiquei em estado de choque! Não se calem!
É 1974. Há uma greve então há falta de energia à noite. Fui ler os fatos históricos desse período e são bem complexos. Desastradas ações políticas conservadoras levam trabalhadores à greve. Trabalhadores responsáveis pela energia estão em greve, então falta energia à noite. É nesse contexto que uma enfermeira vai trabalhar em um hospital. À noite é um caos, porque durante o dia boa parte dos pacientes são remanejados, mas a UTI fica e ela sem experiência, sem conhecer o local é designada pra ficar no plantão noturno. A perversidade do lugar só piora. Fala muito de abusos trabalhistas, desrespeito, mas infelizmente vai muito além, que filme difícil. Essa enfermeira era do orfanato e lá ela conhece uma jovem órfã que não melhora, não ganha peso, e logo a nova enfermeira percebe que negam alimentos pra menina, que a tratam diferenciada por ser imigrante e pobre. As duas atuam bem demais Rose Williams e Shakira Ramman. Tudo é sutil, mas vamos percebendo os detalhes. A parte de terror é muito forte, o filme é muito violento, é profundamente trágico e pior, a parte realista beira o insuportável. Logo contam que essa enfermeira foi órfã e fica claro também que ela vai sendo explorada exatamente por ser igualmente pobre. Os segredos obrigados a existir pelo silêncio são estarrecedores, que filme triste.
O Último Suspiro
3.0 138 Assista AgoraAssisti Dans La Brume (2018) de Daniel Roby no Tela Quente. Não sabia da existência desse filme. É mais ou menos. Adoro o Romain Duris e por ele insisti até o fim. É um filme de ficção científica meio arrastado. Acontece um terremoto leve e começa a vir bruma do subsolo. O casal corre para um apartamento alto de um vizinho. A filha vive em uma bolha. No filme, a mãe conta ao casal de idosos do vizinho que quando a filha nasceu eram poucas crianças com aquela má formação, mas que com o tempo nasceram muitos assim. A menina vive em uma bolha, e conversa por computador com várias outras crianças que vivem na mesma situação. Esse casal tenta então a todo custo salvar essa filha que ficou no quarto com a bruma, que precisa de baterias pra manter todo o sistema da bolha ligada, já que não há mais luz. Todo mundo que teve contato com a bruma morreu sufocado. O nome no Brasil é péssimo, O Último Suspiro, um crítico ainda ficou analisando o nome e nem viu que o original não tem nada a ver com o nome daqui. A mãe é interpretada por Olga Kurylenko. O casal idoso muito fofo é interpretado por Michel Robin e Anna Gaylor, os melhores personagens do filme. Uma graça também a menina que vive na bolha, Fantine Harduin.
Eduardo e Mônica
3.6 368Assisti Eduardo e Mônica (2020) de René Sampaio na Globoplay. Quando soube que ia ter a adaptação da música do Legião Urbana, com letra de Renato Russo, fiquei muito feliz. Durante o processo que vi matérias e fotos das filmagens, nem tanto. Adoro Alice Braga e Gabriel Leone, lindos e talentosos, mas nunca me convenceram como Eduardo e Mônica e menos ainda quando vi o filme, pode ter sido esse motivo que fez eu não embarcar na trama. Sim, Alice Braga parece uma menina, mas não convence ser tão jovem, nem o Leone ter 16 anos, faltava uma ingenuidade que quem tem mais de 25 anos não costuma ter. E eu não senti química nos dois, achei o amor deles muito encenado. Como disse, eu não embarquei na trama. Otávio Augusto faz o avô do Eduardo. Juliana Carneiro da Cunha a mãe da Mônica e Bruna Spínola, a irmã. Victor Lamoglia faz o melhor amigo do Eduardo. Alguns outros do elenco são Eli Ferreira, Fabrício Boliveira e Ivan Mendes. O diretor é o mesmo do maravilhoso Faroeste Caboclo e usou a mesma estrutura, só no final é que a música tocou.
Harriet: O Caminho Para a Liberdade
3.7 217 Assista AgoraAssisti Harriet (2019) de Kasi Lemmons no Tela Quente. Não conhecia a história dessa heroína Harriet Tubman. Ex-escrava, libertou inúmeros escravos no sul. Primeiro Harriet fugiu sozinha do sul para o norte. Um ano depois resolveu ir buscar alguns parentes e assim começou suas idas e vindas para salvar escravos. Ela chegou a resgatar mais de 300 escravos. A cada fuga muitas adversidades, mas ela não esmorecia. Ela lutou na Guerra Civil nos Estados Unidos e liderou vários grupos de ataque, uma das primeiras mulheres a ter essa função. Apesar de todo esse trabalho ela ainda conseguiu salvar os seus pais e levá-los ao Canadá, constituir família e ter filhos. Harriet Tubman faleceu com aproximadamente 91 anos. Cynthia Erivo simplesmente arrasa. Que atriz! Como ela é talentosa, linda e eclética! O filme é praticamente todo com a Cynthia Erivo. Outros atores que aparecem são: Janelle Monáe, Henry Hunter, Joe Alwyn, Leslie Odom Jr., Zacary Momoh, Clarke Peters, Vanessa Bell Calloway, Alexis Louder e Jennifer Nettles. No álbum uma foto da heroína Harriet Tubman
Entre Lençóis
2.3 443 Assista AgoraAssisti Entre Lençóis (2008) de Gustavo Nieto Roa no Cine BAND. O diretor é colombiano. Eu tinha lido trechos de críticas na época da estréia que falavam muito mal desse filme. Como adoro a Paola Oliveira e o Reynaldo Gianecchini, resolvi assistir e me surpreendi. Comentei com o 007 que disse que também viu e que igualmente gostou. O roteiro e a realização é relativamente simples. Há no início mais atores, simulando uma boate onde o casal se conhece. Eles seguem para um motel e lá passa todo o filme. O ótimo roteiro de René Belmonte e a direção criteriosa mostram a relação em crescimento. É bem estranha a primeira transa, a dificuldade de intimidade. Conforme eles vão se conhecendo tudo começa a ficar bonito e delicado. Entre Lençóis mexeu muito comigo. Só assistindo para irmos gota a gota conhecendo cada um desses personagens.
Pureza
4.0 94 Assista AgoraAssisti Pureza (2022) de Renato Barbieri na Globoplay. Eu queria muito ver esse filme, tinha acompanhado entrevistas e matérias. Fala de escravidão contemporânea, termo que acontece quando um trabalhador fica preso em um local de trabalho, porque deve muito mais do que tem a receber. Em uma artimanha matemática, o empregador utiliza de trabalho escravo, fingindo ser o trabalhador que deve. O empregador não tem nenhum dever e o trabalhador, todos. Sem falar nas péssimas condições de moradia, alimentação, em violência e morte. O filme é inspirado na história de Pureza Lopes Loyola, moradora de um sítio no Maranhão. Na foto ela com Dira Paes que a interpreta no filme. Ela e a família viviam de fazer tijolos e recebiam muito pouco pelo trabalhão que tinham. Exploração gera exploração. O filho cansado da labuta e pouquíssimo dinheiro, resolve ir embora para o garimpo no início da década de 90. Como o filho (Matheus Abreu) não se comunica mais com ela, nem ela tem informação dos parentes, ela resolve ir atrás ao rastro dele pra encontrá-lo. Ela se infiltra de cozinheira em uma das inúmeras fazendas no Maranhão e vê todo tipo de exploração. Água podre pros trabalhadores beberem, dívidas enormes com o pouco que pegavam pra comer, trabalho exaustivo sem remuneração, violência e morte. Ela foi às fazendas de desmatamento pra gado do Maranhão. Não acha o seu filho, mas resolve denunciar os abusos. Ela consegue fugir e com a ajuda de um padre (Claudio Barros) e de uma ativista (Mariana Nunes) vai à Brasília. Lá ela percebe o desinteresse em querer resolver a questão e também a corrupção dos políticos com os fazendeiros denunciados. Ela resolve então voltar as fazendas pra libertar os homens. E agora é preparada pela ativista a levar uma máquina fotográfica e um gravador, com isso ela consegue ter provas. Há uma foto de Pureza como essa nos créditos do filme. Que coragem dessa mulher voltar ao lugar dos assassinatos, pra levantar provas. Da ida dela as fazendas até ela conseguir provas foram 3 anos. É uma história inacreditável, de tanta coragem, luta, ela era considerada por muitos como uma mãe. Flávio Bauraqui é o manda-chuva da fazenda que Pureza trabalha como cozinheira. Antonio Grassi o político mancomunado com os fazendeiros poderosos. Por muito mais Purezas no Brasil, mas que não precisem existir tantas mais se o ser humano parar de explorar o outro em benefício próprio. Pureza chegou a acompanhar algumas das gravações e disse que estava muito parecido, mas que era muito pior que aquilo e o filme beira o insuportável. Muitos dos que interpretaram os escravizados eram mesmo trabalhadores da terra. No final o filme lembra o quanto o Brasil regrediu nos últimos anos em relação aos direitos humanos, a fiscalização do trabalho escravo e a conivência dos poderosos e políticos. Na galeria de fotos estão às fotos de: Pureza e Dira/ Dira interpretando Pureza e os trabalhadores/ Pureza e o filho Abel.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraAssisti Corra! (2016) de Jordan Peele no Domingo Maior. Eu tinha alta expectativa em ver esse filme e uma certa culpa por ter achado que A Forma da Água merecia o Oscar de Melhor Filme sem ter visto esse, um dos mais elogiados filmes que concorreram ao Oscar. E não, Corra! não merecia o Oscar de Melhor Filme, muito menos o Oscar de Melhor Roteiro Original. Quem como eu gosta de filmes de fantasminhas e experiências científicas sabe que Corra! não é nada original. Inclusive Corra! é um filme de um tema só e maniqueísta. Brancos líderes engabelam Pretos para tirar deles o que os idosos "precisam". Sim, Corra! é um bom filme, mas simplista. O protagonista é um parvo, ele percebe que algo muito errado acontece naquela reunião onde brancos sabem seu nome, o idolatram e onde os pretos que aparecem são parvos e robotizados. Primeiro o filme demora a acontecer. São longas demais as cenas na cidade com a namorada e a viagem. Acho que estavam sem assunto. Como disse, o filme tem um roteiro simples demais, então encheram linguiça. Confesso que em vários momentos me lembraram as soluções simplistas do Shyamalan por ter tanta cafonice. E as interpretações não são nada demais. Como Corra! é muito maniqueísta, os pretos são fortes, viris e fruto de inveja, e os brancos idiotas, querendo o que o pretos tem. Daniel Kaluuya é o protagonista parvo, lindo, mas o personagem exige muito pouco do ator. A namorada é interpretada por Alissom Williams. Os pais psicopatas dela são interpretados Catherine Keener e Bradley Whitford. Alguns outros do elenco são: Caleb Landry Jones, Marcus Henderson, Betty Gabriel, Lakeith Stanfield, Stephen Root e Lirel Howery. O tempo todo eu ficava com a sensação que já tinha visto um filme semelhante. Não igual ao final, mas a trama de pegar uma pessoa para enxertar algo nela. E Corra! tem vários furos. Gostei do final, mas é o momento de mais furos. O protagonista matou todo mundo da casa, há impressões digitais em tudo. Ok, ele ia mostrar os laboratórios, mas o grupo que freqüentava a casa era enorme, iam ser muitas testemunhas contra ele. E sim, ele matou aquela gente toda, iria preso mesmo que fosse em legítima defesa. O diretor resolveu esse problema terminando o protagonista indo embora. Também não é de hoje que tem me incomodado a forma rápida como hipnotizadores conseguem dominar a mente do outro. Estou quebrando a cabeça, uma hora vou lembrar o filme que Corra! me lembrou.
Jean Charles
3.0 427 Assista AgoraAssisti Jean Charles (2009) de Henrique Goldman no TV Brasil. Eu não desejava muito ver esse filme, mas me surpreendi. É um filme sobre imigrantes, no final que passam a morte do Jean Charles. Quase todo o filme mostra a quantidade de brasileiros que vive em Londres, muitos em situação irregular, fazendo todo o tipo de trabalho, na maioria das vezes trabalhos pesados. O diretor vive na Inglaterra. Jean Charles era um rapaz simples, que acreditava que era possível ter uma vida melhor vivendo em Londres, tanto que ele estimulava a família a ir pra lá. No apartamento que ele vivia ele acolhia um amigo e duas primas, uma inclusive é interpretada pela própria prima do Jean Charles. Outros do elenco interpretam eles mesmos.Gostei que não idealizaram o Jean Charles, ele era um rapaz trabalhador, não tinha medo de trabalho pesado, comunicativo, ajudava as pessoas, mas também cometia erros, dava alguns jeitinhos pra permanecer no país ou ajudar algumas pessoas a permanecer no país. Selton Mello está excelente. O filme começa com a chegada da prima interpretada pela Vanessa Giácomo. O amigo é interpretado brilhantemente por Luís Miranda. O Daniel Oliveira faz uma pequena participação como o namorado da prima que fica no Brasil. O filme também mostra a tensão que ocorre quando começam os atentados terroristas no metrô. O próprio grupo se assusta e fica preocupado. Jean Charles é confundido com um rapaz que tinha largado uma mochila que depois explodiu. Que eles tivessem preso por engano o Jean Charles pra interrogá-lo seria compreensível, mas vários policiais atiram no metrô a queima roupa sem nem ao menos checar nada, nem documentos. Quando viram a besteira que fizeram tentaram abafar como puderam. Tentaram impedir os amigos de vê-lo, alegaram que ele correu, quando ele na verdade ficou sentado e foi alvejado na maioria pelas costas, ajudaram e indenizaram pouco a família. Infelizmente até hoje eles tentam encobertar o caso e os policiais estão impunes, mas impunidade no Brasil e culpados soltos é o que não falta.
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraAssisti Mãe! (2017) de Darren Aronofsky no TelecineCult. Eu tinha uma certa resistência em ver esse filme pelas inúmeras críticas negativas, mas principalmente por ouvir falar que tinha religião, mas Mãe! é muito mais que isso, é absurdamente complexo, um filme que me deixou impactada e que devo ficar assim por muito tempo. Mãe! permite inúmeras interpretações e li uma entrevista com o diretor onde ele se divertia com as inúmeras visões que os jornalistas da coletiva tinham tido com o seu filme, mas há uma questão, a que acho mais impactante, que passa a ser fundamental para debatermos nos dias de hoje. Na entrevista o diretor fala da indiferença há duas questões ambientais no Canadá e Estados Unidos, mas que você traz a questão para dentro de sua casa, quando pessoas entram na sua casa sem você convidar e queimam o seu tapete, as pessoas ficam indignadas. E é esse o grande trunfo de Mãe! Colocar a terra como uma mulher constantemente violentada, desrespeitada, invadida, dentro de sua intimidade, dentro de sua própria casa. A terra é a casa e nós invadimos sem a menor cerimônia, mudando como bem entendemos a casa do outro. No finalzinho que eu achei que a protagonista era a terra e tudo se encaixou junto com a perplexidade. As relações bíblicas são alegorias para contar a história. Um casal está arrumando a casa que já tinha sido totalmente destruída por um incêndio. A protagonista cuida de cada detalhe, enquanto um marido narcisista, egoísta e egocêntrico a ignora por completo. Talvez aí o ódio de muitos para esse filme já que esse homem pode ser deus. Até que o diretor não errou muito com essa imagem de deus que tudo vê e nada faz, um verdadeiro omisso que adora ser idolatrado e pouco se importa com o resto, inclusive pouco se importa com a terra. E se existe não é mais ou menos assim? As crianças continuam morrendo de fome no mundo, na Etiópia, nas travessias de fugas de imigrantes e se existe alguém que "olha por nós", porque continuam morrendo? O homem tem a mesma arrogância quando a terra cobra dele alguma proteção, alguma posição. Ele sempre a menospreza, maltrata e a violenta, mas ele vai muito mais longe, um verdadeiro monstro. As pessoas vão entrando nessa casa sem pedir autorização ou dizem que o marido convidou e vão usando tudo, quebrando tudo e pasmem, até pintando a casa porque viram a tinta... Ela fica indignada, mas todos riem, ou reclamam dela e continuam. Ela diz que a casa é dela e todos riem. E não é como fazemos com a terra? Compram uma fazenda e a primeira coisa que fazem é derrubar todas as árvores, inúmeras raras e centenárias. Constroem uma casa e aí plantam umas poucas árvores onde poucas vão sobreviver como "reposição". Mas se enjoam da casa naquele lugar, destroem tudo de novo, tiram as árvores de novo e plantam outras de novo depois em outro lugar. Mas fora esses exageros monstruosos, o que cada um de nós faz por essa casa de outra pessoa? Realmente simbolizar a terra na casa de alguém fica tudo mais claro. A convidada deixa inúmeras cascas de limão espalhadas pela cozinha com inúmeras outras sujeiras e a "terra" que limpe. E a pia que não estava soldada? Ela avisa várias vezes para não sentarem nela e riem dela. E o quanto rimos de quem fala para cuidarmos melhor do planeta, quantos já vi rirem quando você fala pra não jogar lixo no chão. E voltamos de novo para nossas pequenas ações, o quanto consumimos lixo e jogamos "lá fora", no próprio planeta. As referências bíblicas foram as que menos interessaram. Elas permitiram a história ter um roteiro, Adão e Eva, Caim e Abel, e no final o apocalipse. O diretor falou ainda que tinha o sacrifício de Jesus e outras referências, mas é o de menos. Servem para mostrar como o homem tudo invade, como cada um de nós não respeita a nossa casa que é a terra que de forma tão generosa nos acolhe. A terra é a Mãe que tenta a todo custo preservar a casa, cuida, cozinha, ama e nós só usamos, destruímos. No "apocalipse" os homens matam uns aos outros sem explicações claras. E o parto? É insuportável. Ela está em trabalho de parto e continua sofrendo violências, não é protegida, a empurram, a agridem. O filme é contundente demais, insuportável demais, como somos desumanos. Qual a parcela de culpa de cada um de nós para a destruição da terra? No filme há os monstros, os radicais, mas eu fiquei desconfortável várias vezes e me perguntava o que eu fazia para proteger a terra? Nunca vou esquecer esse filme. odo o elenco está impressionante. Que incrível a atuação da Jennifer Lawrence. Como Javier Bardem está insuportável como esse homem omisso, agressivo e assassino. Os personagens do Ed Harris e da Michelle Pfeiffer também dão vontade de esganar. Ela pede que não fumem na casa, ele finge que aceita, mas continua fumando, até mesmo na cara dela. E a esposa ridiculariza o tempo todo a anfitriã. Fala mal de tudo, o quanto não reclamamos do que ganhamos de graça da terra?
A Família Bélier
4.2 437Assisti A Família Bélier (2014) de Eric Lartigau no TelecineTouch. Foi a minha irmã Bete que me falou desse filme e comentou alguns pontos. E o mesmo roteiro recebeu um remake que ganhou Oscar de melhor filme esse ano. Vi a sinopse e levei um tempo para ver, mas como é comédia, resolvi ver. É muito bonitinho. O mais bonito é a união familiar. Três são surdos, só a menina ouve. Eles vivem dos produtos da fazenda que é bem produtiva. A menina auxilia no contato com os outros, na venda dos produtos e na compra do que precisam para a produção.
A menina vai participar no coral da escola e se destaca. O professor sugere ela participar de um concurso em Paris. Ela participa escondida da preparação e mente ao professor. As regras da menina aparecem, então calculei que ela teria no máximo 14 anos, apesar da atriz parecer ter bem mais. Hoje em dia as regras costumam surgir entre 11 e 12 anos, no máximo 14. O professor é bem revoltado pelo trabalho, desejaria uma colocação melhor, mas com o repertório popular que trabalha é compreensível o ostracismo. Por sorte no canto há a possibilidade de aos 14 anos conseguir ingressar em uma escola formal e seguir se tiver talento. Se fosse para um instrumento seria tarde demais, 14 anos é muito tarde. Por sorte também a banca autoriza uma canção popular. Estranho só terem duas candidatas a vaga, em geral são filas e filas de candidatos.
Mas o mais bonito do filme é a linda relação de amor e compreensão da família. A mãe é um pouco controladora, mas sabe respeitar as diferenças, reluta um pouco, mas é muito amorosa. O prefeito da cidade é um oportunista, tenta se aproveitar da deficiência auditiva da família para faturar. O pai da menina fica muito bravo e também com as propostas do prefeito, resolve se candidatar. Todos estão ótimos. A menina é interpretada pela Louane Emera, ela inclusive ganhou César de Melhor Atriz Promissora. A atriz está com 25 anos, devia ter uns 17 quando atuou no filme. O pai está ótimo e é interpretado por François Damiens. A mãe é muito engraçada e interpretada por Karin Viard. O professor por Eric Elmosnino. Alguns outros do elenco são: Roxane Duran, Luca Gelberg, Stéphan Wojtowicz e Ilian Bergala.
Dreamgirls - Em Busca de um Sonho
3.6 455 Assista AgoraAssisti Dreamgirls (2006) de Bill Condon no TelecineTouch. Eu acho que esse filme é da série "todo mundo viu menos eu". Eu sempre quis ver, há um tempo cheguei a procurar e não achei. Agora está lá naquele acervo mais completo recente do Telecine. O texto é de um musical de Tom Eyen. Gostei muito!
É a estreia da maravilhosa Jennifer Hudson. Linda e talentosa, como canta.
Ela é a voz líder do trio, todas cantam demais, mas ela é a voz mais potente. Elas são convidadas pra ser backing vocal de um grande cantor, isso mesmo, Eddie Murphy, com a promessa que com o tempo elas teriam um show só delas, mas 7 anos se passam e nada.
Quando chega o momento, é a época de vozes mais intimistas, e novamente ela é preterida. Cruel demais o que fazem com ela. Depois muito esquisito quando ela tenta retomar e o filme fala que ela sempre foi temperamental. Não é verdade, ela sempre aceitou e baixou a cabeça. Achei esses momentos bem machistas, claramente escritos por um homem. Do período mais intimista, as cantoras seguem para os ritmos de Discoteca. Beyoncé faz a cantora que ganha o lugar de destaque, o empresário por Jamie Foxx. Só tem feras no elenco. O outro agente por Danny Glover. O compositor por Keith D. Robinson e as outras cantoras por Anika Non Rose e Jennifer Hudson. O filme mostra muito como funcionam os bastidores, embora meio estranho a principal ficar anos sem ter nada. Em geral músico vai dar aulas, canta em bares caindo aos pedaços, mas não fica parado. E elas fizeram tanto sucesso, conseguiria um local mesmo que fosse pra ganhar pouco.
A ótima trilha está no Spotify.
As Panteras: Detonando
2.7 676 Assista AgoraAssisti As Panteras - Detonando (2003) de McG no Cine Maior Record. Nem lembrava que fazia tanto tempo que assisitr esse filme. Reassistir na casa da minha mãe, com a família toda reunida. É bem divertido e bem ruinzinho. Furos e mais furos. Além das lindíssimas: Cameron Diaz, Luci Liu e Drew Barrymore, aparece no elenco a Demi Moore. Rodrigo Santoro aparece de novo, como sempre ele entra mudo e sai calado. Há cenas inclusive que acho que usaram a mesma da outra vez. Eu vi na casa da minha mãe e minha irmã reparou que o sapato que a Demi Moore salta chega outro no chão. O mais divertido dessa versão são os disfarces. Como o roteiro é bem fraquinho, elas aparecem incansavelmente com outros cabelos, outros figurinos e inúmeros personagens, muito divertido. Há vários momentos que esse filme se parece bem com histórias em quadrinhos. É engraçado quando uma das panteras originais, interpretada pela Jaclyn Smith, aparece de fantasminha pra falar com a da Drew Barrymore. O filme As Panteras - Detonando ganhou 2 Framboesas de Ouro de Pior Atriz Coadjuvante (Demi Moore) e Pior Sequência ou Refilmagem. A trilha sonora é muito bacana, Natalie Cole, Bon Jovi, David Bowie, Donna Summer e The Beach Boys.
Trama Internacional
3.2 200 Assista AgoraAssisti Trama Internacional (2009) de Tom Tykwer no Band Domingo no Cinema. Há um tempo vi na programação esse filme e tinha curiosidade de ver pelo elenco, adoro o Clive Owen e a Naomi Watts. Gostei muito, é um bom filme de ação com um roteiro muito atual. Eu imagino que a expectativa da produção em repercussão deveria ser bem maior, é um ótimo filme de ação, mas não é tão impactante quanto o custo de realização. Acredito que eles desejassem a repercussão da trilogia Bourne, por isso os altos custos em locações em tantos países. Trama Internacional é filmado em Istambul, Berlim, Milão e Nova York. O personagem de Clive Owen está em uma investigação das negociações de um banco alemão. Muitos assassinatos começam a acontecer e ele percebe que não há interesse das grandes instituições em desvendar o caso. Além da trama de ação, há a trama atual dos interesses levianos capitalistas em relações financeiras vantajosas com países de terceiro mundo, mesmo que seja financiar os conflitos, não importam de que lado. As locações são belíssimas. Alguns outros do elenco são: Remy Auberjonois, Armin Mueller-Stahl, Ulrich Thomsen, Patrick Baladi, Luca Calvani e Alessandro Fabrizi
À Beira do Caminho
3.8 310Assisti À Beira do Caminho (2012) de Breno Silveira. Lembrei, em uma entrevista com o diretor no Canal Brasil. Ele contou que fez o filme primeiro e depois mostrou ao Roberto Carlos para ver se ele autorizava as músicas. O Roberto Carlos liberou quatro. Eu e minha mãe nos emocionamos muito, que filme lindo, bem realizado, roteiro inteligente. Lembrei também de uma entrevista na época que o diretor precisou parar o filme um tempo para cuidar da esposa que faleceu e que foi muito difícil finalizar depois já que o filme fala muito de perdas. O post no blog dele está aqui. Nosso protagonista é interpretado pelo incrível João Miguel. Ele é um homem solitário, caminhoneiro, amargurado, não gosta de falar com ninguém, até que aparece escondido no caminhão dele um garoto. Ele faz de tudo para deixar o garoto nas delegacias que passa, mas a precariedade do Brasil não permite. O menino fugiu de um abrigo, a mãe dele morreu. Ele só tem uma foto do pai e um endereço, quer ir atrás dele. A história do protagonista vem em flashes, pouco conhecemos. O garoto também está impressionante, Vinícius Nascimento estreia na atuação nesse filme. O filme é focado nos dois. Aparecem ainda Dira Paes, Ludmila Rosa, Ângelo Antonio e Denise Weinberg.À Beira do Caminho ganhou Melhor Filme, Melhor Ator (João Miguel), Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Vinícius Nascimento) no Cine PE. Boa parte do filme utilizou o Pólo Cinematográfico de Paulínia que foi desativado por desinteresse político. Nesse pólo tinham muitos cursos profissionalizantes para os segmentos da produção de um filme.