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Últimas opiniões enviadas

  • Matheus G.B.

    "(...) Assim é o que acontece com muitos relacionamentos amorosos. Tal qual obras de arte, eles existem num certo contexto, tempo e espaço. Eles possuem um sentido, uma razão enquanto linguagem que traz coerência para o mar agitado da vida. E pode ser que tal lógica vá guiar o casal por toda a existência terrena (e, talvez, até mesmo espiritual). No entanto, mais vezes do que gostaríamos de admitir, e assim como os filmes e livros, os relacionamentos amorosos entre humanos têm data de validade. Eles servem para as pessoas em determinados textos e contextos, mas não para sempre. E ter consciência disso é ser feliz com o que existiu e não apenas triste com o que poderia ter sido.

    É essa inteligência que é captada perfeitamente no novo filme de Noah Baumbach, "História de um casamento". Apesar do título, o filme é centrado na história do "fim de um casamento", com um olhar incisivo e compassivo do fim do relacionamento amoroso em uma família que tenta permanecer unida, apesar dos pesares (...)"

    Leia mais em: cinemaliteratura . com /2019/ 12/ 26 / historia-de-um-casamento-2019-aprendendo-a-lidar-com-o-fim

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  • Matheus G.B.

    A Magia do Cinema captada como poucos filmes nos últimos tempos

    "La La Land: Cantando Estações" (2016) é um filme escrito e dirigido por Damien Chazelle e estrelado por Emma Stone e Ryan Gosling. É um dos filmes de maior Hype dos últimos tempos, e nesse caso, temos de dizer: O HYPE É REAL! Trata-se de um musical inspirado no estilo que era comum aparecer nas décadas de 40 e 50 no cinema de Hollywood. Apesar da constante homenagem e referência a um formato muito característico de uma época passada (e é por isso que algum crítico famoso falou, se referindo a La La Land: "Não se fazem mais filmes como esse"), inclusive, sendo muito utilizada a sobreposição de cenas na mudança de cenários, típica de filmes antigos, o diretor não te deixa esquecer de que o filme ocorre no presente, com carros modernos, iphones, e até uma tela de youtube, aparecendo incessantemente na película. A temática também é atual e é uma que eu comento aqui constantemente em meus textos: a dureza do mundo para os tipos sonhadores. A jornada do artista que não quer acontecer. A escolha entre segurança financeira/estabilidade e seguir os seus sonhos/o que acredita. Sonhos. Que fazer com eles nessa realidade pedregosa e estéril?

    Além disso, o filme também lida com questões mais presentes no mercado do cinema, e nisso o filme se aproxima um pouco de "O artista" (2011). Dinheiro versus Originalidade artística. Meritocracia. Desrespeito e frieza da indústria. É legal ver que num universo de readaptações e continuações, ainda temos espaço para um filme muito original e que trabalha a visão de Los Angeles e Hollywood de uma maneira tão inconvencional e complexa, como uma batalha constante entre sonho e realidade.

    Mais acima de tudo, o filme é isto: uma história de amor pura que remete aos grande dramas de década de outrora.

    É bom, antes de qualquer análise mais pormenorizada, dizer sobre o filme o seguinte: é belo, é estupendo, é excepcional e é extraordinário. Não foi um golpe de marketing esse filme ter ganhado 7 globo de ouros nas 7 categorias em que concorreu, se tornando o maior vencedor da história do prêmio. "La La Land" nasceu clássico inesquecível, marcando uma geração de espectadores que carregarão sua magia por toda a vida.

    "Magia". Essa é a palavra certa para "La La Land". Ao ver o filme, o espectador sentirá que não está diante apenas de uma tela que passa imagens numa certa velocidade. Ela será transportado para um outro universo. Perderá o ar em certos momentos, às vezes vai se emocionar. Mas quase constantemente ficará com um sorriso no rosto e os olhos brilhando de maravilhamento. "La La Land" é a magia do cinema. É o que fascinou tantas pessoas pela arte suprema em décadas passadas. Ao ver o filme, me lembrei do menino Matheus, ainda um pequeno gafanhoto, indo assistir com a mãe "Mulan", memorável filme de animação da Disney, e ficando maravilhado com aquilo tudo. As luzes se apagando, aquele escuro, a tela enorme, uma história sendo contada, com alegria, tristeza, drama e comédia. Ação, lutas, vitória e derrota. Superação. "La La Land" capta mais do que a imagem de seus extremamente bem produzidos cenários, figurinos e cenas estonteantemente gloriosas. A Cinematografia do filme é toda muito bonita, tudo é feito com cores vibrantes, o escuro nunca preto (as noites ganham tons de lilás forte e variado; a cena do primeiro contato dos personagens principais, à noite, num céu azul roxeado é sem palavras) e os jogos de luzes sublimes agregam valor às cenas. A fotografia é um show à parte e torna a cidade de Los Angeles, vista de longe, quase que um personagem do filme, e a câmera é simplesmente incrível, acompanhando os personagens por uns passeios e nuns ângulos muito contra intuitivos, mas visualmente muito interessantes. Capta mais do que a coreografia estupenda e eclética, que mistura gêneros clássicos e contemporâneos. E que é feita na maior parte das vezes sem cortes, como se estivesse sendo filmada uma apresentação ao vivo, tudo de ângulos difíceis de serem feitos, o que representa um desafio técnico superado com louvor. Capta mais do que o conjunto da trilha sonora recheada de canções originais, cujo responsável foi Justin Hurwitz, que se encaixam perfeitamente aos sentimentos e mensagens que o filme quer exibir em cada passagem de estação (O Filme é dividido em 5 atos: Inverno, Primavera, Verão, Outono, Inverno 2). Capta mais do que o trabalho primoroso dos dois atores protagonistas, que realizaram o melhor trabalho de suas carreiras até então. Emma Stone, com esse filme, escreve seu nome na história de Hollywood. Por vezes emotiva, por vezes cômica, tudo na medida precisa. Ryan Gosling é o homem certo na hora certa. Seu aspecto soturno num personagem totalmente sonhador e artístico cria um caráter único e completamente entregue do ponto de vista emocional (Ryan toca todas as músicas do filme. O ator aprendeu as músicas com um treino de 2 horas por dia, 6 dias por semana, inclusive John Legend disse ter ficado com "inveja" do quão rápido Gosling aprendeu a tocar o instrumento). Os dois cantam e dançam e a química entre os dois é uma coisa que poucos romances conseguem mostrar (certamente ajudou o fato de já terem trabalhado duas vezes juntos antes desse filme, em "Amor a Toda Prova", de 2011, e "Caça aos Gangsteres", de 2013). Capta mais do que a edição brilhante de Tom Cross, que constrói um ritmo frenético que desde a primeira apresentação, no início do filme, te deixará com os olhos grudados na tela, quase que sem piscar um segundo, com todas as doses de cenas de músicas com tempo certo (nunca é maçante ou fora de hora). Fugindo do que pode ser analisado técnica e cerebralmente, o filme capta a essência do cinema - a magia do cinema -. Uma ode ao amor - e ao amor ao cinema.

    O filme mostra um controle mestre e uma precisão cirúrgica do Diretor que consegue que o filme tenha a velocidade, tensão e emoção, tudo no nível correto, algo que já havia sido demonstrado pelo diretor em "Whiplash".

    Existem muitas referências também: Cantando na chuva; Os Guardas-Chuvas do Amor (que em 1964, valendo a Palma de Ouro, venceu "Deus e o Diabo na Terra do Sol", que é um monumento cinematográfico dirigido por Gláuber Rocha e merece uma resenha algum dia); Meia-Noite em Paris (apontado pela Yasmin Araújo e que eu vou endossar), Casablanca, Juventude Transviada, Embriagado de Amor, A Roda da Fortuna...E a lista segue.

    A cena final torna o que já era indescritível em algo 10x superior. É muito tocante.
    Um filme que já nasceu clássico e está destinado a ser lembrado por muito tempo.

    Obs: É recomendadíssimo que se assista no cinema esse filme.

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  • Matheus G.B.

    "Animais Noturnos": Um filme pesado de muitas camadas, competente em todos os aspectos.

    O filme em cartaz nos cinemas "Animais Noturnos" (Tom Ford, 2017), não é nada menos que espetacular. Mas antes de comentar um pouco sobre o filme, deixe-me falar um pouco sobre Hollywood e deixar uma mensagem bem clara: ESSE FILME NÃO É PARA QUALQUER UM. E quando digo isso, digo sem arrogância: você precisa de uma noção de cinema razoável (leia-se: ter visto muitos filmes anti-hollywoodianos) para poder apreciar tal tipo de cinema.

    Hoje em dia, apesar da monstruosa produção de filmes, o que nós vemos chegar nos cinemas é um formato cada vez mais padronizado e superficial. Poucos filmes hoje que chegam no circuito nacional e global acrescentam alguma coisa para a sétima arte.
    Pegue-se, por exemplo, os filmes de super-heróis e ação. E não me entenda mal, como um chato e tal... Eu gosto de super-herói. Doutor Estranho é um filme visualmente muito interessante, que se apoia firmemente na obra de M. C. Escher para criar aqueles cenários confusos e paradoxais. No entanto, as histórias são todas iguais: o protagonista tá lá, passa por alguma coisa, busca alguma redenção, salva o dia e tudo acaba bem. Sempre tem uma mulher, mais ou menos inútil para trama, que vai fazer o par romântico com o herói e geralmente um personagem secundário morre, para dar algum efeito dramático.

    E não tem problema nenhum com esse formato. Ele é divertido. Clichês existem porque eles funcionam. É legal. Compre uma pipoca e vá descansar um pouco a cabeça.
    Mas se é isso que você busca: "animais noturnos", definitivamente, não é para você.
    Dito isso, vá preparado, por sua própria conta e risco. O filme começa já te mostrando um monte de imagens bastante chocantes, e lembre-se: antes de dizer "para quê isso? Que desnecessário...". Pense que uma das funções do cinema é mostrar para as pessoas aquilo que elas não querem ver, também. Existe um lado da vida que preferimos ignorar, mas que existe. No caso, nos primeiros segundos, o diretor usa essas imagens chocantes como artifício para desarmar o espectador e prepará-lo para o tipo de filme que vem em seguida.

    E o que vem em seguida é um filme que em nada se parece com o formato padronizado hollywoodiano. Trata-se de uma obra fria, tensa, violenta, muito crua e muito seca. Não existe quele personagem engraçado, meio tosco, que faz umas piadinhas cômicas de vez em quando, para dar uma aliviada no clima (o famoso alívio cômico, sabe? Quando o herói toma um golpe forte e o personagem secundário diz "Ai! Essa doeu, rapaz! Ainda bem que não sou eu lá lutando hahaha!"). O Filme é pesado, do início ao fim.

    A HISTÓRIA
    A narrativa do filme é dividida em três arcos ou esferas temporais distintas. Na primeira delas, o presente, é narrada a história de Susan (Amy Adams), que é uma bem sucedida dona/diretora de uma galeria de arte contemporânea, frustrada no relacionamento com o seu atual marido, Hutton, um executivo rico e muito ocupado.
    A segunda e a terceira linhas narrativas, iniciam-se quase que concomitantemente. É que Susan recebe o manuscrito de um livro que será publicado pelo seu ex-marido, Tony (Jake Gyllenhaal), enviado por ele mesmo, e a leitura desse manuscrito, dedicado à ela e intitulado "Animais Noturnos", apelido que Tony dera a Susan décadas antes, fará com que ela se lembre do seu passado, mais especificamente do seu antigo casamento fracassado. A última linha se refere ao próprio livro, digo, à história contida no livro.

    Nem preciso dizer que todas as narrativas são apresentadas de forma intercortada e que a compreensão de qualquer uma delas é absolutamente essencial para se entender as outras. Por isso, não se trata de um filme fácil de interpretar e você tem de ir construindo e comparando as histórias enquanto o filme passa. Só assim você poderá entender o final que é bastante sugestivo e que, tecnicamente, seria definido como "aberto", mas que, de fato, não o é.

    Aqui, duas menções são necessárias. A primeira se refere ao roteiro, que, se tem uma premissa algo simples, é de dificílima execução, haja vista o formato exigente. A segunda é acerca da montagem, um dos aspectos brilhantes do filme, muito difícil de ser feita, mas que consegue como resultado final a configuração de um suspense que quando se inicia, não acaba mais.
    
    A direção tem um 'q' de David Fincher, sobretudo quando comparada à "Garota Exemplar" (2014) e "Seven: Os Sete Crimes Capitais" (1995). No entanto, o filme se parece mais com "Zodíaco" (2007), pelo estilo mais lento e um tanto quanto arrastado e também pela pluralidade de linhas narrativas.
    Por fim, cabe citar o trabalho magistral dos atores envolvidos. Todos os 4 personagens mais importantes, interpretados por Amy Adams, Aaron Taylor-Johnson, Jake Gyllenhaal (que faz dois papéis diferentes no filme) e Michael Shannon, estão fantásticos.

    A FOTOGRAFIA E DIREÇÃO DE ARTE
    Aqui, outro nome, além do diretor Tom Ford, deve ser citado: O do Diretor de fotografia, Seamus McGarvey. A cinematografia ecoa na história brutal, fria e miserável contida no livro de Tony, e a paleta de cores, que muda a depender da linha narrativa que passa, é muito bonita, variando de um dourado/amarelo no arco do passado, um azulado gelado no presente, e tons muito intensos e escuros na história do livro. A fotografia é sensacional e a direção de arte é um show visual à parte, o que é de se esperar, já que Tom Ford já foi Diretor Criativo da Gucci e da Yves Saint Lauren e trabalhou pessoalmente com o figurino e cenário do filme.

    MÚSICA
    Assinada por Abel Korzeniowski, é altamente hipnotizante, muito emocional e densa. Encaixando muito bem no filme. Fica um trechinho para quem gosta de ouvir: https://www.youtube.com/watch?v=cVXPy8yezSo

    O SIGNIFICADO
    Eu comprei a história. É dito que um escritor, mesmo aquele que só faz textos de Facebook, não fala de outra coisa que não de si mesmo. E eu acredito nisso. A história do livro, apesar de parecer a história de um evento terrível e desolador, é uma metáfora para a fraqueza/impotência e o amor, além de uma história de redenção e vingança.
    Quem já amou, sabe que o amor transforma. Tanto para o bem como para o mal. As pessoas deixam em nós suas marcas indeléveis, que nos acompanharão, queiramos ou não. A dor e o sofrimento nos tornam seres humanos cada vez mais fortes. Verdadeiras rochas, capazes de aguentar qualquer dificuldade que o mundão nos oferecer (e ele oferece um monte). Mas a que preço? Ser alguém forte, estruturado, calculista e resistente do ponto de vista emocional, vem em sacrifício de que outro aspecto de nossa personalidade?

    Eu gosto de entender a história do livro "Animais Noturnos" como a história da perda da inocência, do romantismo, da bondade. A história da necessidade de ser forte e de como ser uma pessoa frágil, sensível, te trará nada mais do que sofrimento, num mundo que exige, cada vez mais, seres humanos robotizados e inflexíveis diante das durezas da realidade concreta. Da rua, do chão. Do piso do serviço. Um mundo de animais noturnos. Um mundo onde se é presa ou predador, sem meio termo. Onde se ficar o bicho come e se corre o bicho pega. Onde você pode ser demitido por seguir seus ideias ou em que você é prejudicado por querer fazer a coisa certa. Um mundo onde os pais ensinam as filhas e os filhos a não dar confiança para ninguém, a andar sempre de celular para contato, a tomar cuidado...a tomar muito cuidado. Pois nunca se sabe. Ou você é presa ou predador. Qual o preço da força que exigem de nós?
    Talvez por isso, mais do nunca, o amor hoje deva ser valorizado. É o sentimento que nos liga a essa visão, quase que arcaica, de vida. Naturalmente boa. Naturalmente gentil. De carinho incondicional. Encerro, assim, com uma frase marcante do filme sobre isso. Vejam a película por sua própria conta e risco.

    'When you love someone, you have to be careful with it because you might never get it again'
    (Quando você ama alguém, você deve ser cuidadoso com esse sentimento, porque você pode nunca experimentá-lo novamente)

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Yasmin Araújo
    Yasmin Araújo

    O cinéfilo mais lindo desse mundo <3

  • Tâmisa
    Tâmisa

    aff tu com 718 filmes e eu com 660? to grilada
    hahahahahahaha

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