A intenção foi boa, mas essa novela beira a comédia acidental. A produção tem um ar de baixo orçamento e gosto duvidoso. O envelhecimento dos atores chega a ser risível, ainda mais quando a gente vê a Christiane Torloni com maquiagem ruim fazendo a mãe da Louise Cardoso (!). Xaropada total. Torloni já tinha graça e talento, mas nem se fosse a melhor atriz do mundo conseguiria fazer milagre com uma produção tão limitada e sem brilho. De qualquer forma, que bom que foi resgatada. Não deixa de valer a pena conferir pela curiosidade. Uma escolha estranha para as 18 horas, já que o livro original continha temas polêmicos, como prostituição. A adaptação não usou quase nada da história de origem. Quero ler o livro, parece bem interessante. É da mesma autora de Éramos Seis, Maria José Dupré. A autora chegou a dizer publicamente que não gostava dessa novela, e que preferia Dancin Days.
Excelente novela, uma das melhores do Cassiano Gabus (levemente subestimada dentro da sua obra). Uma trama simples que cativa com o carisma dos personagens, o talento dos atores e a comédia leve e de qualidade que não envelhece. Como a maioria das novelas da época, é um pouco enrolada e lenta, mas eu me vi maratonando vários capítulos de uma vez sem nenhum esforço. Que maravilha poder ver a Tereza Rachel num papel de mulher humilde, bem diferente das típicas grã-finas que ela costumava fazer. Só acho que poderia ter fechado na faixa dos 160 capítulos, mas eu compreendo que resolveram estender por conta do sucesso.
Novela que sempre me fascinou não apenas pelo elenco irretocável, mas também pela sua história ousada e polêmica, que continua pertinente e, infelizmente, ainda é cheia de tabus para nossa sociedade, mostrando que não evoluímos lá grandes coisas. Não foi um sucesso, passou por muitos problemas e Dina Sfat não escondeu o seu descontentamento com a produção. Mas o charme está justamente em sua imperfeição, no seu excesso de drama, diálogos e sentimentos contra pouca ação, nesse ar "cult" de um tempo em que uma emissora poderia apostar em uma novela sobre eutanásia em pleno horário nobre, algo impensável nos dias de hoje, onde agora se coloca o telefone da linha de prevenção de suicídio no fim do capítulo no qual a protagonista tira a própria vida - que tempos hein? Fala-se tanto em buscar ajuda e valorizar a vida, mas ninguém quer realmente falar ou mostrar o suicídio ou a eutanásia porque é... "gatilho". Suicídio não é fraqueza, exige muita coragem e força interior, não podemos julgar Paloma por suas escolhas. Neurótica, inconstante? Sim. Mas tudo o que ela fez foi por amor, saindo despedaçada do seu grande ato de amor: libertar o seu irmão do sofrimento, a pedido dele. Quem pode condená-la? Ela era maior do que a vida.
Eu não era nascido em 1982, então eu não tive a mesma experiência de alguém que viu e acompanhou essa obra tão badalada dos anos 80. Conheço muita gente que assistiu e só tem boas lembranças de Sol de Verão... Vendo os fragmentos do Globoplay, tive sentimentos mistos. Eu aguardei por muitos anos esse resgate, e foi decepcionante saber que a novela não foi preservada na íntegra (provavelmente pelo trauma da morte do grande Jardel Filho, que teve homenagens muito lindas aliás). Novamente, a Globo fez o seu método de guardar dois capítulos do início, dois do meio e dois do final - aqui eles ainda preservaram os dois capítulos após o falecimento do Jardel, o que contabilizou 8 capítulos no total. Melhor do que nada, mas fica o gosto amargo na boca desse descaso injustificável de apagar mídia de propósito. O que dói mais é o fato de não termos quase nenhuma interação decente entre o Jardel e a Ravache nesse material (só deles brigando), por exemplo, entre muitos outros buracos da história resgatada. Algo me diz que os capítulos sobreviventes não fazem jus à novela como um todo: o primeiro capítulo foi muito confuso na apresentação dos vários personagens; o segundo já achei melhor; já os dois episódios da metade foram bem maçantes; por fim, a reta final foi interessante e o capítulo especial ajudou a entender mais algumas coisas da trama, mas temos que lembrar que foi o Lauro César Muniz em parceria com o Guarnieri que escreveram esses últimos capítulos, pois o Maneco havia se afastado da novela. Por um lado, eu esperava mais do que eu vi - até Baila Comigo, com seus defeitos, me pareceu uma novela melhor. Por outro lado, ouvindo as ótimas trilhas sonoras de Sol de Verão e vendo esse grande elenco reunido num Rio todo ensolarado, com excelentes diálogos e muita humanidade, eu consigo entender, pelo menos no que me é possível, o que os fãs da novela sentiram na época e guardaram na memória afetiva. Não costumo ser adepto de remakes, mas para obras incompletas e prejudicadas como essa, talvez fosse interessante refazer, dando novas possibilidades ao argumento, além de poder também apresentar a história para novas gerações.
Gostei mais da abertura e da música-tema do que da novela em si. Não diria que é ruim, mas creio que na íntegra soaria bem repetitiva, e a pouca graça que tem já senti se esgotar logo no início. Talvez desse mais certo como seriado ou uma novela bem mais curta. Mas foi uma tentativa válida e pioneira de "antinovela" com humor nonsense, que lembra um pouco a screwball comedy americana e desenhos animados. Resgate mais do que válido que vale uma conferida no pouco que restou, mesmo não sendo uma novela marcante.
Novela genial, única na nossa televisão. Como eu adoro esse período experimental, tão rico artisticamente dos anos 70 na Globo, que nunca mais vai se repetir. Uma tragédia não ter sido preservada (no caso, se perdeu no incêndio da emissora em 1976). O trabalho de Bráulio Pedroso merece ser resgatado e celebrado, foi um escritor de muito talento e criatividade, injustamente esquecido.
Gostei, mas não amei. Difícil julgar uma novela apenas por 6 capítulos, mas nostalgia à parte, me parece ter sido um pouco enrolada e hoje datada, assistindo agora. Em apenas poucos capítulos, mesmo com um enorme buraco entre eles, deu para se ter uma ideia da história inteira sem muita dificuldade. Acho que as peripécias dos jovens e a comédia leve do texto movimentavam a novela, numa época em que o público não tinha controle remoto nem muitas outras opções de lazer. Enfim, gostei da crítica de costumes e da metalinguagem, o Mário Prata tinha ótimas sacadas. Acredito que o ponto alto dessa novela esteja na trilha sonora, no texto, nas atuações e no retrato fiel que faz da juventude e da sociedade dos anos 60 em geral. Foi a última novela em P&B da Globo, e que bom, porque combinou perfeitamente com a trama de época (daí ficou perfeito o fato do salto de tempo nos dois últimos capítulos ter sido filmado em cores). Sempre gostei da abertura ao som de Celly Campello, uma das minhas favoritas de sempre.
Que pena não estar completa, foi um verdadeiro crime terem apagado/reutilizado as fitas de uma novela da Janete Clair, independente das polêmicas e da censura. Gostei bastante do que vi, até superou as minhas expectativas, e lendo sinopse e informações nos sites Teledramaturgia e Memória Globo, deu para entender a trama de modo geral. Tem questões bem problemáticas no enredo, em especial no que diz respeito ao estupro que a Vivian sofre e as consequências disso tudo. Mas a autora em compensação deu muito espaço para personagens femininas fortes em cena com discursos ainda muito atuais, como a Maria Faz Favor da Aracy Balabanian, mais uma representante mulher do povo, típicas de suas novelas. Elenco formidável, mesmo que não tenha sido uma novela inesquecível na carreira de quase ninguém ali. Vera Fischer no auge da beleza é um colírio para os olhos, mas a minha menção honrosa vai para Débora Duarte, o penúltimo capítulo é inteiro dela! Ainda que Catucha fosse a antagonista do casal principal, eu sofri junto com ela. Lamentável não podermos ver a famosa cena da masturbação da Catucha (bem antes da Andrea Beltrão em Um Lugar ao Sol) - chocou tanto na época que fez a Globo sumir com o capítulo e até mesmo com o script. Não podemos esquecer da abertura ao som de Fagner, uma maravilha :)
Terminei de acompanhar na Globo Portugal e gostei bastante! Hoje seria vítima de problematização por conta da homo/transfobia em torno da Ramona e também pelo fato da Raia interpretar o personagem, algo que para as normas de hoje seria impensável. Mas ela estava perfeita no papel, era de longe a melhor personagem da novela! Não vejo outra pessoa fazendo. As situações farsescas em torno do sexo e da sexualidade dos personagens foram muito bem boladas, deveras ousadas para a época até. Considerando que a novela fez 22 anos, eu acho que de modo geral envelheceu bem. Tem comédia, drama, romance, suspense, sem falar do elenco estelar. De fato, não é uma novela para todos os gostos: tem muita referência de cinema e cultura, e infelizmente o grande público está cada vez mais chucro para saber apreciar esse tipo de coisa; a novela tem um estilo rasgado e anárquico que subverte o gênero telenovela, também algo que causou estranhamento e acho que causaria novamente se reprisasse na TV. Não vou dizer que é genial, mas é uma trama não convencional que diverte e entretém com graça, talento, charme, elegância e originalidade, coisas cada vez mais raras na TV brasileira. O povo sempre reclama de mesmice, mas quando tentam inovar, torcem o nariz. Vai entender! Mesmo com a baixa audiência, o autor não se rendeu ao apelo popular e manteve a essência até o fim - ser uma novela curta até ajudou, pois não teve barrigas e enrolações. Espero que volte pelo streaming e conquiste o público que merece!
Que novela gostosa de assistir, mais um sucesso de Cassiano Gabus, mestre em nos prender com tramas simples mas muito charmosas e bem escritas, e como sempre elenco de primeira linha e trilha sonora inesquecível... Valeu a espera de anos para poder enfim assistir! Clássico absoluto da TV :)
Raridade da TV agora disponível no Globoplay desde 10/04/2023. Não é um trabalho inesquecível de nenhum dos envolvidos, mas com esse elenco e autores não dá pra deixar passar!
Até que enfim de volta na íntegra! Estou revendo ♥ Gosto do Maneco do Leblon, mas essa novela é especial, como já não se fazem mais. Quando Susana Vieira ainda era uma atriz mais contida e séria (rs). Nathalia Timberg assombrosa no papel da governanta diabólica. Rubens de Falco como sempre classudo e de forte presença em cena. A mistura de romance com mistério e suspense hitchcockiano foi espetacular e muito bem realizada. Elenco, direção, escrita, reconstituição de época, tudo irretocável. A TV brasileira já teve muita qualidade artística, que não devia tanto ao cinema e ao teatro. Acredito que as novas gerações vão saber apreciar esse tesourinho enfim resgatado. Por favor, vejam!
Longe de ser a pior novela do Walther Negrão na minha opinião, para mim foi uma das mais gostosas de acompanhar. Concordo que não é uma grande história cheia de ação e impasses, nos prende mais pelo elenco, personagens e principalmente pelo texto cativante. O protagonista Ciro tem qualidades e defeitos, torcemos por ele, nos irritamos igual, e ficamos intrigados pelo seu mistério que se mantém até o final - Cláudio Marzo como sempre excelente, deveria ser mais lembrado. Arnaud Rodrigues roubou a cena diversas vezes com o seu Soró, ainda que eu tenha achado o personagem um pouco irritante algumas vezes haha Quem ganhou a minha empatia do começo ao fim foi a Luísa, que amou e sofreu em silêncio, e só conseguiu ser feliz no último capítulo, merecidamente (pena que Maria Cláudia sumiu da TV). Só uma novela do passado pra deixar um beijo dos protagonistas para o último capítulo... Sutilezas poéticas, e também reais muitas vezes. Bruna é uma vilã sem exageros, mais para anti-heroína, nenhuma megera mas talvez a antagonista mais intrigueira e inconstante que já vi numa novela, passou a história inteira num eterno morde e assopra, inventando coisas e manipulando/humilhando as pessoas como quis, até que terminou sozinha engolindo o seu orgulho de rainha (Savalla nunca esteve mais bonita, na minha opinião). Mesmo mimada, autoritária e arrogante, a personagem tinha muitas camadas e nuances interessantes (a música Renascer, cantada por Zizi Possi, era linda demais). A rivalidade entre Luísa e Bruna era um dos pontos altos da trama, adorava os confrontos das duas, assim como a mistura de ódio com atração entre Ciro e Bruna que rendeu ótimos momentos. Lélia Ábramo, Laerte Morrone e Renata Fronzi estiveram impecáveis no núcleo italiano. Mamma Vitória era cheia de camadas, a avó italiana fofa que também é uma matriarca enérgica e implacável. No núcleo nordestino, Laura Cardoso e Regina Dourado também brilharam muito! Uma coisa que eu percebi é que essa novela deu muito espaço para as personagens femininas, e na maioria das situações elas estavam no comando da família, dos negócios e lutavam pelo que queriam, cada uma do seu jeito e com as suas armas. E por fim, impossível não se emocionar com os veteranos Dionísio Azevedo e Norma Geraldy como o casal maluquinho de idosos Altino e Nizi. Recomendo para os nostálgicos que não se incomodam de acompanhar uma novela simples, romântica e cheia de humanidade. E novamente, trilha sonora maravilhosa (Total Eclipse of the Heart!!!)
Um longo compacto gravado da TV de Portugal em VHS está disponível no Youtube. Eu gostei bastante da novela, não achei ruim, acho que foi mais bad timing na época o problema. Pat Pillar arrasou como Salomé, toda trabalhada na Jean Harlow e na Marlene Dietrich. Os figurinos lindos, as referências, a trilha sonora, enfim toda a produção de época foi primorosa, como a Globo nem faz mais. Dos ótimos coadjuvantes, destaco a Suzy Rego como melhor amiga da Salomé e a Andréa Veiga como a cantora Carmen. Foi também muito bom ver o Carlos Alberto num papel de destaque, já mais velho. Pontos não tão positivos ao meu ver: mesmo curta, algumas "barrigas" prejudicaram o ritmo; alguns coadjuvantes mal aproveitados, vide a Lília Cabral; o vai e vem do casal protagonista ficou cansativo; Salomé nem foi tãão ousada assim, muitas vezes ela só ficava com a amiga Berta no quarto confabulando coisas (nesse sentido, não achei a novela muito dinâmica) - mas claro, sua dança dos sete véus é um marco da nossa TV; e também achei que Santa poderia ter rendido mais como antagonista de Salomé, apesar da Imara Reis ter feito maravilhosamente bem o papel, excelente atriz. No mais, uma novela simpática e bonita. Não posso criticar muito a condução porque vi compactada e a novela foi inteiramente gravada quando foi ao ar. Fiquei com vontade de ler o romance do Menotti del Picchia que baseou a novela. Enfim, merece sair da masmorra do CEDOC um dia!
A primeira vez que vi essa novela foi num compacto curto gravado de VHS anos atrás no Youtube, num canal que já foi deletado. Na época eu simpatizei muito e fiquei com gosto de quero mais. Mesmo já sabendo quase tudo da história, resolvi encarar a versão integral no streaming e apesar de uns poréns não me arrependi, achei a novela muito gostosa e senti um quentinho no coração vendo. Sem falar do elenco maravilhoso... Outro ponto positivo foi se passar na região serrana do Rio ao invés da metrópole, para variar um pouco. Não achei arrastada, de início o que me incomodou foi o texto absurdamente machista do Bruno e também a sovinice bizarra do Nonô que chega a ser mais grotesca do que engraçada, mas depois de um tempo a gente "aceita" e segue o baile (não endossa ou concorda, mas existem pessoas assim até hoje e só cancelar/fingir que não existe não muda ou melhora em nada! Algo que a geração atual precisa entender). Acompanhar a transformação do Nonô através do Zezinho é uma das partes mais emocionantes da história. Ele não muda seu jeito de ser, mas se humaniza aos poucos e se torna um ser mais palatável haha gostava das brigas do Nonô com a Frosina também, a Berta Loran caiu como uma luva pro papel. Ela brilhou não só nos momentos cômicos mas também em vários momentos dramáticos tocantes. Um dos méritos do texto da Ivani é que ninguém é de todo bom ou mau, todos têm suas nuances. Concordo que o Tio Romão poderia ter tido mais destaque, o Fernando Torres roubou a cena em muitos momentos e era um dos poucos personagens com que você simpatizava do começo ao fim. Foi ótimo a novela não ter revelado o mistério em torno dele, cada um pode pensar de um jeito sobre quem era o Tio Romão... Também gostei muito da Grace da Yoná Magalhães, saudades dessa musa da TV! Dos coadjuvantes, faço menção honrosa ao casal Tito e Santusa. Até que enfim uma personagem que ama demais que não é uma louca psicopata com o homem ficando como vítima da história, os dois tinham suas questões, evoluíram e se entenderam. Wanda Stefânia faz falta na TV também, pena que se aposentou das novelas. Realmente, na comparação A Gata Comeu foi muito mais emblemática, mas comparar com A Viagem e Mulheres de Areia já acho um pouco covardia. Essas últimas tinham força de novela do horário nobre (como foram na Tupi), enquanto Amor com Amor é puro horário das seis do começo ao fim, aliás uma das poucas novelas da Ivani na Globo que esteve na grade horária correta rs Deu para notar que uns conflitos foram estendidos demais, alguns coadjuvantes ficaram sem função ou mal desenvolvidos, então eu tenho que concordar que não é uma obra-prima da autora, mas não deixa de ser um clássico gostoso que me deixou com um sorriso no rosto no final. Vou manter a minha nota máxima pela nostalgia e pelo good feeling. A trilha é show! Espero que mais clássicos dessa primeira metade dos anos 80 voltem para ficar.
Talvez a melhor novela do Cassiano Gabus. Que sonho ver essa novela maravilhosa agora disponível no streaming. Que desencavem mais e mais raridades 5 estrelas como essa ♥
Novela linda com trilha sonora encantadora... Glorinha e Lauro Corona de fato iluminados nessa novela ♥ Folhetim clássico como não se faz mais. Provavelmente a melhor novela do Walther Negrão (junto com Marilu Saldanha, Ana Maria Moretzsohn e Alcides Nogueira). Gostei da condução da história, pois havia bastante drama mas foi bem dosado com humor e mistério. Como eu vi uma versão editada e com quase metade dos capítulos originais, achei o ritmo bom e pouco arrastado.
O que mais me chamou a atenção positivamente foi quão bem escritos foram os personagens. A Rosália poderia ter caído no clichê de heroína frágil e mártir mas se mostrou uma moça forte e de personalidade, tendo muito jogo de cintura frente a tantas adversidades. Aliás a mãe dela, a Leonor (Esther Góes) também me interessou não só por ajudar a filha mas ser capaz de se separar do marido e viver a própria vida em pleno início do século XX! Nesse ponto, as personagens femininas tiveram várias nuances e atitudes interessantes frente ao machismo vigente da época. O Montserrat também foi muito bem feito pelo Vereza, de tal forma que o personagem, mesmo sendo um demônio, tinha até seu charme e graça, ri várias vezes dos diálogos dele rs
Enquanto o Viva não lembra de reprisar com uma versão restaurada e integral, recomendo o compacto de 85 capítulos que existe na internet (o áudio começa ruim mas depois dá pra assistir perfeitamente). Pra ser redescoberta e revista! :)
Essa novela me salvou do tédio na quarentena. Nunca tive um interesse forte por ela, mas gostando do Gilberto Braga e do elenco, arrisquei e não me arrependi!
De fato, é uma história polêmica e problemática. Mas o texto requintado do Gilberto cheio de críticas sociais ferinas é maravilhoso e irresistível. Fagundes mitou nessa novela, extremamente carismático até interpretando o maior cretino (além de gatíssimo). Gostei da protagonista Márcia, apesar de tudo, talvez porque Malu Mader seja uma das minhas preferidas (ainda mais embalada por Gal Gosta)... Senti mais preguiça dela mesmo na reta final da novela quando a história vai ficando meio arroz com feijão na tentativa de agradar o público e um pouco enfadonha - tem horas que a Stella da Glória Pires é muito mais fácil de se identificar e gostar. Mas a fase inicial / da vingança é sensacional, eu amei cada momento. Novela classuda, forte e refinada como não se faz mais... E músicas que casam perfeitamente com o perfil dos personagens. Recomendo! Tantas estrelas no elenco dando show que prefiro não mencionar, destaco todos. Menção honrosa talvez pra Fernandona Montenegro e sua icônica Olga Portela.
PS: Vi a versão de 140 capítulos da Globo Internacional.
Gina
3.3 1A intenção foi boa, mas essa novela beira a comédia acidental. A produção tem um ar de baixo orçamento e gosto duvidoso. O envelhecimento dos atores chega a ser risível, ainda mais quando a gente vê a Christiane Torloni com maquiagem ruim fazendo a mãe da Louise Cardoso (!). Xaropada total. Torloni já tinha graça e talento, mas nem se fosse a melhor atriz do mundo conseguiria fazer milagre com uma produção tão limitada e sem brilho. De qualquer forma, que bom que foi resgatada. Não deixa de valer a pena conferir pela curiosidade.
Uma escolha estranha para as 18 horas, já que o livro original continha temas polêmicos, como prostituição. A adaptação não usou quase nada da história de origem. Quero ler o livro, parece bem interessante. É da mesma autora de Éramos Seis, Maria José Dupré. A autora chegou a dizer publicamente que não gostava dessa novela, e que preferia Dancin Days.
Marron Glacê
3.8 3Excelente novela, uma das melhores do Cassiano Gabus (levemente subestimada dentro da sua obra). Uma trama simples que cativa com o carisma dos personagens, o talento dos atores e a comédia leve e de qualidade que não envelhece. Como a maioria das novelas da época, é um pouco enrolada e lenta, mas eu me vi maratonando vários capítulos de uma vez sem nenhum esforço. Que maravilha poder ver a Tereza Rachel num papel de mulher humilde, bem diferente das típicas grã-finas que ela costumava fazer. Só acho que poderia ter fechado na faixa dos 160 capítulos, mas eu compreendo que resolveram estender por conta do sucesso.
Os Gigantes
3.6 2Novela que sempre me fascinou não apenas pelo elenco irretocável, mas também pela sua história ousada e polêmica, que continua pertinente e, infelizmente, ainda é cheia de tabus para nossa sociedade, mostrando que não evoluímos lá grandes coisas. Não foi um sucesso, passou por muitos problemas e Dina Sfat não escondeu o seu descontentamento com a produção. Mas o charme está justamente em sua imperfeição, no seu excesso de drama, diálogos e sentimentos contra pouca ação, nesse ar "cult" de um tempo em que uma emissora poderia apostar em uma novela sobre eutanásia em pleno horário nobre, algo impensável nos dias de hoje, onde agora se coloca o telefone da linha de prevenção de suicídio no fim do capítulo no qual a protagonista tira a própria vida - que tempos hein? Fala-se tanto em buscar ajuda e valorizar a vida, mas ninguém quer realmente falar ou mostrar o suicídio ou a eutanásia porque é... "gatilho". Suicídio não é fraqueza, exige muita coragem e força interior, não podemos julgar Paloma por suas escolhas. Neurótica, inconstante? Sim. Mas tudo o que ela fez foi por amor, saindo despedaçada do seu grande ato de amor: libertar o seu irmão do sofrimento, a pedido dele. Quem pode condená-la? Ela era maior do que a vida.
Sol de Verão
3.6 7Eu não era nascido em 1982, então eu não tive a mesma experiência de alguém que viu e acompanhou essa obra tão badalada dos anos 80. Conheço muita gente que assistiu e só tem boas lembranças de Sol de Verão... Vendo os fragmentos do Globoplay, tive sentimentos mistos.
Eu aguardei por muitos anos esse resgate, e foi decepcionante saber que a novela não foi preservada na íntegra (provavelmente pelo trauma da morte do grande Jardel Filho, que teve homenagens muito lindas aliás). Novamente, a Globo fez o seu método de guardar dois capítulos do início, dois do meio e dois do final - aqui eles ainda preservaram os dois capítulos após o falecimento do Jardel, o que contabilizou 8 capítulos no total. Melhor do que nada, mas fica o gosto amargo na boca desse descaso injustificável de apagar mídia de propósito. O que dói mais é o fato de não termos quase nenhuma interação decente entre o Jardel e a Ravache nesse material (só deles brigando), por exemplo, entre muitos outros buracos da história resgatada.
Algo me diz que os capítulos sobreviventes não fazem jus à novela como um todo: o primeiro capítulo foi muito confuso na apresentação dos vários personagens; o segundo já achei melhor; já os dois episódios da metade foram bem maçantes; por fim, a reta final foi interessante e o capítulo especial ajudou a entender mais algumas coisas da trama, mas temos que lembrar que foi o Lauro César Muniz em parceria com o Guarnieri que escreveram esses últimos capítulos, pois o Maneco havia se afastado da novela.
Por um lado, eu esperava mais do que eu vi - até Baila Comigo, com seus defeitos, me pareceu uma novela melhor. Por outro lado, ouvindo as ótimas trilhas sonoras de Sol de Verão e vendo esse grande elenco reunido num Rio todo ensolarado, com excelentes diálogos e muita humanidade, eu consigo entender, pelo menos no que me é possível, o que os fãs da novela sentiram na época e guardaram na memória afetiva. Não costumo ser adepto de remakes, mas para obras incompletas e prejudicadas como essa, talvez fosse interessante refazer, dando novas possibilidades ao argumento, além de poder também apresentar a história para novas gerações.
Chega Mais
3.6 3Gostei mais da abertura e da música-tema do que da novela em si. Não diria que é ruim, mas creio que na íntegra soaria bem repetitiva, e a pouca graça que tem já senti se esgotar logo no início. Talvez desse mais certo como seriado ou uma novela bem mais curta. Mas foi uma tentativa válida e pioneira de "antinovela" com humor nonsense, que lembra um pouco a screwball comedy americana e desenhos animados. Resgate mais do que válido que vale uma conferida no pouco que restou, mesmo não sendo uma novela marcante.
O Rebu
3.8 6Novela genial, única na nossa televisão. Como eu adoro esse período experimental, tão rico artisticamente dos anos 70 na Globo, que nunca mais vai se repetir. Uma tragédia não ter sido preservada (no caso, se perdeu no incêndio da emissora em 1976). O trabalho de Bráulio Pedroso merece ser resgatado e celebrado, foi um escritor de muito talento e criatividade, injustamente esquecido.
Estúpido Cupido
4.1 3Gostei, mas não amei. Difícil julgar uma novela apenas por 6 capítulos, mas nostalgia à parte, me parece ter sido um pouco enrolada e hoje datada, assistindo agora. Em apenas poucos capítulos, mesmo com um enorme buraco entre eles, deu para se ter uma ideia da história inteira sem muita dificuldade. Acho que as peripécias dos jovens e a comédia leve do texto movimentavam a novela, numa época em que o público não tinha controle remoto nem muitas outras opções de lazer. Enfim, gostei da crítica de costumes e da metalinguagem, o Mário Prata tinha ótimas sacadas. Acredito que o ponto alto dessa novela esteja na trilha sonora, no texto, nas atuações e no retrato fiel que faz da juventude e da sociedade dos anos 60 em geral.
Foi a última novela em P&B da Globo, e que bom, porque combinou perfeitamente com a trama de época (daí ficou perfeito o fato do salto de tempo nos dois últimos capítulos ter sido filmado em cores). Sempre gostei da abertura ao som de Celly Campello, uma das minhas favoritas de sempre.
Coração Alado
3.3 1Que pena não estar completa, foi um verdadeiro crime terem apagado/reutilizado as fitas de uma novela da Janete Clair, independente das polêmicas e da censura. Gostei bastante do que vi, até superou as minhas expectativas, e lendo sinopse e informações nos sites Teledramaturgia e Memória Globo, deu para entender a trama de modo geral. Tem questões bem problemáticas no enredo, em especial no que diz respeito ao estupro que a Vivian sofre e as consequências disso tudo. Mas a autora em compensação deu muito espaço para personagens femininas fortes em cena com discursos ainda muito atuais, como a Maria Faz Favor da Aracy Balabanian, mais uma representante mulher do povo, típicas de suas novelas.
Elenco formidável, mesmo que não tenha sido uma novela inesquecível na carreira de quase ninguém ali. Vera Fischer no auge da beleza é um colírio para os olhos, mas a minha menção honrosa vai para Débora Duarte, o penúltimo capítulo é inteiro dela! Ainda que Catucha fosse a antagonista do casal principal, eu sofri junto com ela. Lamentável não podermos ver a famosa cena da masturbação da Catucha (bem antes da Andrea Beltrão em Um Lugar ao Sol) - chocou tanto na época que fez a Globo sumir com o capítulo e até mesmo com o script.
Não podemos esquecer da abertura ao som de Fagner, uma maravilha :)
As Filhas da Mãe
2.9 23Terminei de acompanhar na Globo Portugal e gostei bastante! Hoje seria vítima de problematização por conta da homo/transfobia em torno da Ramona e também pelo fato da Raia interpretar o personagem, algo que para as normas de hoje seria impensável. Mas ela estava perfeita no papel, era de longe a melhor personagem da novela! Não vejo outra pessoa fazendo. As situações farsescas em torno do sexo e da sexualidade dos personagens foram muito bem boladas, deveras ousadas para a época até.
Considerando que a novela fez 22 anos, eu acho que de modo geral envelheceu bem. Tem comédia, drama, romance, suspense, sem falar do elenco estelar. De fato, não é uma novela para todos os gostos: tem muita referência de cinema e cultura, e infelizmente o grande público está cada vez mais chucro para saber apreciar esse tipo de coisa; a novela tem um estilo rasgado e anárquico que subverte o gênero telenovela, também algo que causou estranhamento e acho que causaria novamente se reprisasse na TV. Não vou dizer que é genial, mas é uma trama não convencional que diverte e entretém com graça, talento, charme, elegância e originalidade, coisas cada vez mais raras na TV brasileira. O povo sempre reclama de mesmice, mas quando tentam inovar, torcem o nariz. Vai entender!
Mesmo com a baixa audiência, o autor não se rendeu ao apelo popular e manteve a essência até o fim - ser uma novela curta até ajudou, pois não teve barrigas e enrolações. Espero que volte pelo streaming e conquiste o público que merece!
Locomotivas
3.9 7Que novela gostosa de assistir, mais um sucesso de Cassiano Gabus, mestre em nos prender com tramas simples mas muito charmosas e bem escritas, e como sempre elenco de primeira linha e trilha sonora inesquecível... Valeu a espera de anos para poder enfim assistir! Clássico absoluto da TV :)
Partido Alto
3.1 1Raridade da TV agora disponível no Globoplay desde 10/04/2023. Não é um trabalho inesquecível de nenhum dos envolvidos, mas com esse elenco e autores não dá pra deixar passar!
A Sucessora
4.3 11Até que enfim de volta na íntegra! Estou revendo ♥
Gosto do Maneco do Leblon, mas essa novela é especial, como já não se fazem mais. Quando Susana Vieira ainda era uma atriz mais contida e séria (rs). Nathalia Timberg assombrosa no papel da governanta diabólica. Rubens de Falco como sempre classudo e de forte presença em cena. A mistura de romance com mistério e suspense hitchcockiano foi espetacular e muito bem realizada. Elenco, direção, escrita, reconstituição de época, tudo irretocável. A TV brasileira já teve muita qualidade artística, que não devia tanto ao cinema e ao teatro. Acredito que as novas gerações vão saber apreciar esse tesourinho enfim resgatado. Por favor, vejam!
Pão Pão, Beijo Beijo
3.8 6Longe de ser a pior novela do Walther Negrão na minha opinião, para mim foi uma das mais gostosas de acompanhar. Concordo que não é uma grande história cheia de ação e impasses, nos prende mais pelo elenco, personagens e principalmente pelo texto cativante. O protagonista Ciro tem qualidades e defeitos, torcemos por ele, nos irritamos igual, e ficamos intrigados pelo seu mistério que se mantém até o final - Cláudio Marzo como sempre excelente, deveria ser mais lembrado. Arnaud Rodrigues roubou a cena diversas vezes com o seu Soró, ainda que eu tenha achado o personagem um pouco irritante algumas vezes haha Quem ganhou a minha empatia do começo ao fim foi a Luísa, que amou e sofreu em silêncio, e só conseguiu ser feliz no último capítulo, merecidamente (pena que Maria Cláudia sumiu da TV). Só uma novela do passado pra deixar um beijo dos protagonistas para o último capítulo... Sutilezas poéticas, e também reais muitas vezes. Bruna é uma vilã sem exageros, mais para anti-heroína, nenhuma megera mas talvez a antagonista mais intrigueira e inconstante que já vi numa novela, passou a história inteira num eterno morde e assopra, inventando coisas e manipulando/humilhando as pessoas como quis, até que terminou sozinha engolindo o seu orgulho de rainha (Savalla nunca esteve mais bonita, na minha opinião). Mesmo mimada, autoritária e arrogante, a personagem tinha muitas camadas e nuances interessantes (a música Renascer, cantada por Zizi Possi, era linda demais). A rivalidade entre Luísa e Bruna era um dos pontos altos da trama, adorava os confrontos das duas, assim como a mistura de ódio com atração entre Ciro e Bruna que rendeu ótimos momentos.
Lélia Ábramo, Laerte Morrone e Renata Fronzi estiveram impecáveis no núcleo italiano. Mamma Vitória era cheia de camadas, a avó italiana fofa que também é uma matriarca enérgica e implacável. No núcleo nordestino, Laura Cardoso e Regina Dourado também brilharam muito! Uma coisa que eu percebi é que essa novela deu muito espaço para as personagens femininas, e na maioria das situações elas estavam no comando da família, dos negócios e lutavam pelo que queriam, cada uma do seu jeito e com as suas armas. E por fim, impossível não se emocionar com os veteranos Dionísio Azevedo e Norma Geraldy como o casal maluquinho de idosos Altino e Nizi.
Recomendo para os nostálgicos que não se incomodam de acompanhar uma novela simples, romântica e cheia de humanidade. E novamente, trilha sonora maravilhosa (Total Eclipse of the Heart!!!)
Corpo Santo
4.2 3Tem compacto da novela no Youtube!
Salomé
3.0 7Um longo compacto gravado da TV de Portugal em VHS está disponível no Youtube. Eu gostei bastante da novela, não achei ruim, acho que foi mais bad timing na época o problema. Pat Pillar arrasou como Salomé, toda trabalhada na Jean Harlow e na Marlene Dietrich. Os figurinos lindos, as referências, a trilha sonora, enfim toda a produção de época foi primorosa, como a Globo nem faz mais. Dos ótimos coadjuvantes, destaco a Suzy Rego como melhor amiga da Salomé e a Andréa Veiga como a cantora Carmen. Foi também muito bom ver o Carlos Alberto num papel de destaque, já mais velho. Pontos não tão positivos ao meu ver: mesmo curta, algumas "barrigas" prejudicaram o ritmo; alguns coadjuvantes mal aproveitados, vide a Lília Cabral; o vai e vem do casal protagonista ficou cansativo; Salomé nem foi tãão ousada assim, muitas vezes ela só ficava com a amiga Berta no quarto confabulando coisas (nesse sentido, não achei a novela muito dinâmica) - mas claro, sua dança dos sete véus é um marco da nossa TV; e também achei que Santa poderia ter rendido mais como antagonista de Salomé, apesar da Imara Reis ter feito maravilhosamente bem o papel, excelente atriz. No mais, uma novela simpática e bonita. Não posso criticar muito a condução porque vi compactada e a novela foi inteiramente gravada quando foi ao ar. Fiquei com vontade de ler o romance do Menotti del Picchia que baseou a novela. Enfim, merece sair da masmorra do CEDOC um dia!
Amor com Amor Se Paga
3.7 9A primeira vez que vi essa novela foi num compacto curto gravado de VHS anos atrás no Youtube, num canal que já foi deletado. Na época eu simpatizei muito e fiquei com gosto de quero mais. Mesmo já sabendo quase tudo da história, resolvi encarar a versão integral no streaming e apesar de uns poréns não me arrependi, achei a novela muito gostosa e senti um quentinho no coração vendo. Sem falar do elenco maravilhoso... Outro ponto positivo foi se passar na região serrana do Rio ao invés da metrópole, para variar um pouco.
Não achei arrastada, de início o que me incomodou foi o texto absurdamente machista do Bruno e também a sovinice bizarra do Nonô que chega a ser mais grotesca do que engraçada, mas depois de um tempo a gente "aceita" e segue o baile (não endossa ou concorda, mas existem pessoas assim até hoje e só cancelar/fingir que não existe não muda ou melhora em nada! Algo que a geração atual precisa entender). Acompanhar a transformação do Nonô através do Zezinho é uma das partes mais emocionantes da história. Ele não muda seu jeito de ser, mas se humaniza aos poucos e se torna um ser mais palatável haha gostava das brigas do Nonô com a Frosina também, a Berta Loran caiu como uma luva pro papel. Ela brilhou não só nos momentos cômicos mas também em vários momentos dramáticos tocantes.
Um dos méritos do texto da Ivani é que ninguém é de todo bom ou mau, todos têm suas nuances. Concordo que o Tio Romão poderia ter tido mais destaque, o Fernando Torres roubou a cena em muitos momentos e era um dos poucos personagens com que você simpatizava do começo ao fim. Foi ótimo a novela não ter revelado o mistério em torno dele, cada um pode pensar de um jeito sobre quem era o Tio Romão... Também gostei muito da Grace da Yoná Magalhães, saudades dessa musa da TV! Dos coadjuvantes, faço menção honrosa ao casal Tito e Santusa. Até que enfim uma personagem que ama demais que não é uma louca psicopata com o homem ficando como vítima da história, os dois tinham suas questões, evoluíram e se entenderam. Wanda Stefânia faz falta na TV também, pena que se aposentou das novelas.
Realmente, na comparação A Gata Comeu foi muito mais emblemática, mas comparar com A Viagem e Mulheres de Areia já acho um pouco covardia. Essas últimas tinham força de novela do horário nobre (como foram na Tupi), enquanto Amor com Amor é puro horário das seis do começo ao fim, aliás uma das poucas novelas da Ivani na Globo que esteve na grade horária correta rs
Deu para notar que uns conflitos foram estendidos demais, alguns coadjuvantes ficaram sem função ou mal desenvolvidos, então eu tenho que concordar que não é uma obra-prima da autora, mas não deixa de ser um clássico gostoso que me deixou com um sorriso no rosto no final. Vou manter a minha nota máxima pela nostalgia e pelo good feeling. A trilha é show! Espero que mais clássicos dessa primeira metade dos anos 80 voltem para ficar.
Elas por Elas
3.7 13Talvez a melhor novela do Cassiano Gabus. Que sonho ver essa novela maravilhosa agora disponível no streaming. Que desencavem mais e mais raridades 5 estrelas como essa ♥
Bambolê
3.5 8 Assista AgoraA partir do dia 28/11 no Viva, reprisando pela primeira vez! Imperdível! ♥
Anjo Mau 1ª Versão
4.1 4Assistindo a essa preciosidade nacional na íntegra no Globoplay ♥
Pão Pão, Beijo Beijo
3.8 6A partir do dia 16/05 no Canal Viva, não vou perder <3
Lua Cheia de Amor
3.0 10Novelinha simpática, não dava muito mas me cativou! Merece uma reprise no Viva há tempos... Marília Pêra eterna ♥
Direito de Amar
3.8 10 Assista AgoraNovela linda com trilha sonora encantadora... Glorinha e Lauro Corona de fato iluminados nessa novela ♥ Folhetim clássico como não se faz mais. Provavelmente a melhor novela do Walther Negrão (junto com Marilu Saldanha, Ana Maria Moretzsohn e Alcides Nogueira). Gostei da condução da história, pois havia bastante drama mas foi bem dosado com humor e mistério. Como eu vi uma versão editada e com quase metade dos capítulos originais, achei o ritmo bom e pouco arrastado.
O que mais me chamou a atenção positivamente foi quão bem escritos foram os personagens. A Rosália poderia ter caído no clichê de heroína frágil e mártir mas se mostrou uma moça forte e de personalidade, tendo muito jogo de cintura frente a tantas adversidades. Aliás a mãe dela, a Leonor (Esther Góes) também me interessou não só por ajudar a filha mas ser capaz de se separar do marido e viver a própria vida em pleno início do século XX! Nesse ponto, as personagens femininas tiveram várias nuances e atitudes interessantes frente ao machismo vigente da época.
O Montserrat também foi muito bem feito pelo Vereza, de tal forma que o personagem, mesmo sendo um demônio, tinha até seu charme e graça, ri várias vezes dos diálogos dele rs
Enquanto o Viva não lembra de reprisar com uma versão restaurada e integral, recomendo o compacto de 85 capítulos que existe na internet (o áudio começa ruim mas depois dá pra assistir perfeitamente). Pra ser redescoberta e revista! :)
Um Anjo Caiu do Céu
3.1 48Revendo agora (maio de 2021) pela Globo Portugal :D
O Dono do Mundo
3.5 19Essa novela me salvou do tédio na quarentena. Nunca tive um interesse forte por ela, mas gostando do Gilberto Braga e do elenco, arrisquei e não me arrependi!
De fato, é uma história polêmica e problemática. Mas o texto requintado do Gilberto cheio de críticas sociais ferinas é maravilhoso e irresistível. Fagundes mitou nessa novela, extremamente carismático até interpretando o maior cretino (além de gatíssimo). Gostei da protagonista Márcia, apesar de tudo, talvez porque Malu Mader seja uma das minhas preferidas (ainda mais embalada por Gal Gosta)... Senti mais preguiça dela mesmo na reta final da novela quando a história vai ficando meio arroz com feijão na tentativa de agradar o público e um pouco enfadonha - tem horas que a Stella da Glória Pires é muito mais fácil de se identificar e gostar. Mas a fase inicial / da vingança é sensacional, eu amei cada momento. Novela classuda, forte e refinada como não se faz mais... E músicas que casam perfeitamente com o perfil dos personagens. Recomendo! Tantas estrelas no elenco dando show que prefiro não mencionar, destaco todos. Menção honrosa talvez pra Fernandona Montenegro e sua icônica Olga Portela.
PS: Vi a versão de 140 capítulos da Globo Internacional.