Me doeu tanto a história da Verónica por completo: pela responsabilidade que ela tem em casa (e da qual ela lida muitíssimo bem, vale dizer), pela colega que não ficou ao lado dela quando ela mais precisou e por ela não ter ninguém a quem pedir ajuda. Fiquei o filme todo triste porque ela não merecia e estava sozinha.
Tinha o horror como pano de fundo, mas é a realidade de tanta gente
Os sete primeiros episódios da temporada vão o céu, passam pelo inferno e terminam na terra.
Céu: vemos Rebecca sofrendo com o fato de não poder mais sonhar com uma vida em comum com Josh e tentar fazer com que ele sofra o que ela sofreu. O que culmina na ótima "After everything you made me do" que é quase uma catarse para todos os fãs que — como eu — não aguentavam mais vê-la se destruindo para manter um relacionamento com alguém que claramente estava apenas se deixando levar pela correnteza.
Inferno: ao ser deixada no altar, Becks perdeu a última coisa que a mantinha minimamente estável e acabou se jogando em uma espiral de dor e autosabotagem (cujo ponto alto dormir com o pai do Greg e acabando com minhas esperanças de que ele ao menos pudesse fazer uma participação especial) que acabou com qualquer amor próprio ou perspectiva de futuro em sua vida, criando o plano de fundo para a sua tentativa de suicídio
— destaque para o momento que achei lindo em que ela acaba lendo Hope (esperança) ao invés de Help (ajuda) no botão usado para chamar a comissária de bordo. Achei muito emocionante, mesmo.
Terra: puxado pela igualmente emocionante "My Diagnosis" Rebecca descobre que possui uma condição psicológica que precisa de tratamento constante e começa a trabalhar em se tornar alguém melhor, finalmente (FINALMENTE) entendendo que o que ela sentia por Josh era mais uma obsessão misturada com nostalgia do que realmente um sentimento de verdade.
Pra marcar essa nova fase, finalmente² (FINALMENTE²) em "Getting over Jeff" o nome de Josh não se encontra no título do episódio, após 2 temporadas e meia.
Vem mudança por aí!
Sim, só que não. Voltando às três palavras que utilizei para definir a temporada, digamos que até o momento passamos pela dor e pela cura e que, CEG se encerra em repetição e reparação.
Entre os episódios 8-9, 10-11 e 12-13 Rebecca entre em uma espiral de cair em erros antigos, perceber seu comportamento e tentar fazer diferente.
Começamos com ela se envolvendo com Nathaniel e terminando ao perceber que não está pronta para um relacionamento; e depois vemos ela se enganar achando que poderia estar com ele sem nenhum envolvimento emocional, se questionar se valeria a pena tentar novamente e decidindo que, de fato, ainda não se sente segura.
Por último, vemos nossa advogada favorita atravessar um caminho não muito diferente do percorrido na primeira temporada, na qual ela usa a confiança das pessoas para manipulá-las e sair ilesa das suas maquinações. Porém, dessa vez ela não consegue se desculpar e entende que precisa, de verdade, mudar. Caso contrário, ela nunca sairá do círculo vicioso no qual viveu durante, pelo menos, toda a sua vida adulta.
Já me alonguei demais nessa explicação, então foi ser super resumida nos outros aspectos dessa temporada: tudo primoroso como sempre, com destaque para uma maior participação do escalão B/C dos atores coadjuvantes, que tiveram seu lugar ao sol.
A terceira temporada se difere das outras por ser muito mais pé no chão e desenhar um caminho muito claro do que esperar na quarta temporada (QUE PRECISA ACONTECER). Crazy Ex-Girlfriend está fazedo um trabalho primoroso em contar de forma convicente o caminho que uma pessoa precisa percorrer para alcançar uma mudança definitiva em sua vida e seria uma pena interromper esse ciclo por questões orçamentárias.
Minha esperança é que a CW tenha a mesma percepção que a minha: que CEG é tipo um Blade Runner: quase não assistido em sua época, mas uma referência em produções futuras.
Nunca assisti uma série com esse formato e abordagem e acredito, de verdade, que ela trouxe uma contribuição muito valiosa não para quem lida ou vive com alguém com doenças de fundo psicológico, mas para o mercado como um todo por mostrar outras possibilidades de formato e mesmo de comédia.
Acabei de terminar e já adianto que recomendo bastante! Fiz uma análise dos personagens que, pra mim, mais se destacaram, os que ficaram "nem pra lá e nem pra cá" e aqueles que só me fizeram passar raiva mesmo.
Nairobi: MELHOR PESSOA. Divertida, sensata, muito humana e rainha das notas. Ganhou minha simpatia pra sempre.
Moscou/Agustín: senhorzinho mais gente boa do rolê. Chorei quando se foi.
Denver/Ricardo: herdou o coração de ouro do pai (e uma risada estranha mas que combina lindamente com seu jeito desmiolado). Esperamos que, com sua atual companheira, crie mais juízo.
Estocolmo/Mónica Gaztambide: um dos melhores desenvolvimentos. Já dizia a música de Sandy & Júnior: "Olha o que o amor me faz". Quis gritar gol na hora em que ela pega a metralhadora.
Helsinque: o tipo de pessoa que o tamanho do corpo corresponde à bondade e generosidade. Mesmo sendo um dos "soldados" do grupo, era um dos mais divertidos.
Sr. Torres: quem não lembra era o senhorzinho que ajudava Nairóbi a produzir as notas ( el pullo secuestrado do mês) . Está aqui porque achei muito fofa a cena em que ele disse que nunca encontrou uma chefe tão capaz e que amava tanto o que fazia como ela.
Professor: apesar do caso com a Raquel ter ficado meio forçado, sua construção foi muito bem feita. Bondoso, gentil e antiquado de um jeito engraçado, ele soube lidar com brilhantismo em todas as horas em que as coisas ficaram pesadas no lado de fora E o ator que o interpreta (Álvaro Morte) estava muito, muito bem, seja nos momentos de tensão como no choro ao ver um companheiro ser morto.
Raquel: tenho alguns poréns com o desenvolvimento dela dentro da história, mas se tem alguém que apanhou nisso tudo — e muitas vezes de forma injusta — foi ela. E admiro personagens que conseguem se levantar
Berlin/Andrés: Era um desgraçado e tinha umas atitudes desprezíveis? Sem dúvida. Mas TAQUIPARIU QUE PESSOA PONTA FIRME E AMIGO DO C#R#LH#. Sua frieza anormal se provou valiosa em vários momentos da história e ele era tão cínico que chegava a ser hilário. Mais do que mereceu ser o líder de dentro do assalto e sua amizade com o professor era muito bonita. Deixará saudades por ser aquele que odiamos amar. Quero muito acompanhar a carreira do Pedro Alonso e ver outros papéis dele.
Oslo> não deu muito tempo pra fazer nada mas deixo a menção por ter morrido sem poder se defender.
Ángel: fiquei com um ranço desgraçado dele a história toda por gostar da Raquel mas ficar se vitimizando e casado com outra porque ela não queria nada com ele, mas ganhou meu respeito por não ter entregado ninguém no final.
Ariadna: não apareceu muito, mas fez um bom papel quando possível.
Río: É imaturo? Pra caramba. Mas acho que com a idade isso pode se resolver. De resto, era um bom personagem e ajudou Denver a picaretar a parede para tentar salvar Moscou.
Arturo: HIJO DE P%T@. Não vou negar que no final ele até desenvolveu mais fibra moral, mas tenho muita raiva de gente que não assume as ações que toma e depois fica pedindo pelo amor de Deus para que sua vida seja poupada. Achei pouco ter levado só um tiro e espero que sua esposa o largue depois de tudo.
Tókio: se você não tem raiva dessa mulher por favor se apresente nos comentários e me explique como conseguiu adquirir esse grau de iluminação budista. É o tipo de pessoa que gostaria de ter do meu lado em um tiroteio — sério, ela salvou o grupo duas vezes, pegando a Browning na primeira temporada e deslizando pra atirar nos pés dos soldados no último episódio — mas pra relações pessoais só causa problema por ser impulsiva e egoísta, saber disso, não tentar mudar e arrastar gente boa pra cova.Por mim Berlin poderia ter embalado uns explosivos quando a despachou pra fora.
Pietro: aquele velho careca que fica na tenda desmoralizando o trabalho da Raquel. começou sendo idiota, melhorou na metade e voltou a ser babaca no final. Espero que boa parte da culpa pela fuga de todos tenha sido atribuída a ele.
Alison Parker: porque não gosto de gente sonsa.
Professora da excursão: outra sonsa, que ficava se fazendo de corajosa quando os sequestradores estavam pegando leve mas não aguentou dois tiros disparados pro alto. Se é pra segurar uma pose, faça igual Berlin e segure pra sempre.
Marido da Raquel: um ser desprezível que ainda tinha crédito por vivermos num mundo machista. Caso haja uma próxima temporada desejo que ele se lasque.
Apesar de ter levado um PUTA spoiler ao ler os comentários do trailer de Get Out!, ainda fiquei aguardando pela estreia do filme em terras brasileiras e não me arrependi: além do clima de terror bem construído (e da trilha sonora que tá de parabéns), Corra! tem como um dos grandes méritos nos colocar na pele das minorias e nos fazer olhar pelos olhos delas (não sei vcs mas eu fiquei BEM TENSA) em toda a cena da festa, seja as pessoas falando com ele ou reparando nele.
Apesar de algumas coisas que poderiam ter sido melhor exploradas na história, esse é um filme que vale muito a pena assistir e que deve despertar no espectador médio toda a tensão e suspense que a gente procure em um filme do gênero. Sem falar nas cenas de comédia, geradas por Rod, o melhor amigo do Chris, que nos ajudam a lembrar de respirar e que não atrapalham na trama central.
Outro ponto que também acho legal comentar é a escalação do elenco, tanto pelo fato dos atores não serem conhecidos do grande público como pela afinação na interpretação
ACHEI FOI POUCO o modo como cada um da família Armitage morreu, Aqueles DESGRAÇADOS COVARDES APROVEITADORES deveriam ter sido ESFOLADOS VIVOS e depois terem os membros arrancados um por um, tal qual prega a escola Ramsay Bolton.
Nunca senti tanto alívio em um filme como na hora em que Chris foge e mata um por um, deu vontade de pular da cadeira e gritar GOL todas as vezes
Talvez eu seja fã dos longas de Shyamalan por gostar tanto de realismo fantástico.
Acho incrível como ele consegue colocar dentro de situações tão cotidianas o inesperado, o mágico, de uma forma tão convincente. Senti isso em O Sexto Sentido, A Vila, Sinais, Corpo Fechado. E em Fragmentado essa sensação se dúvidas permanece.
Para mim esse é um filme no qual todos saíram ganhando: Shyamalan, que voltou às graças dos críticos após um combo de longas bem-sucedidos (A Visita e Fragmentado); James McAvoy, que fez direitinho a lição de casa e conseguiu imprimir diferentes personalidades em uma mesma face, provando que não é só um rostinho bonito nos filmes de ação; e Anya Tailor Joy, que após o excelente "A Bruxa" vem construindo uma carreira bem interessante. E, é claro, nós, cinéfilos.
O que mais gostei em Fragmentado foi o roteiro, que conseguiu com louvor explicar muita coisa de uma forma bem simples. Assistindo ao filme você pode não perceber, mas é tanta informação que você recebe - para conseguir entender todo o contexto dos personagens e entender a proposta do longa - que fiquei positivamente impressionada em como esse carretel foi desenrolado aparentemente sem esforço. Isso contribuiu pra história ter fôlego e prender a atenção de geral.
Fragmentado tem com uma proposta bem diferente do que vemos atualmente, que é muito bem contada e executada - parando pra pensar ele me lembra muito o também ótimo Cloverfield 10 - com certeza vale a ida para quem não quer ver mais do mesmo.
Primeiramente: as duas temporadas já disponíveis na Netflix brazuca 0/
Segundamente:
Meus parabéns à Rachel Bloom, Aline Brosh McKenna e toda a equipe que precisou lidar de forma competente com um revés capaz de desestabilizar qualquer seriado e trouxe uma trama consistente, com ótimos momentos cômicos e uma abordagem muito mais realista, mantendo a promessa feita lá na primeira temporada de que Crazy Ex-Girlfriend seria diferente.
Perdemos Greg. Não sei pra vocês, mas pra mim ainda dói (bastante), tanto pela ótima construção do personagem como pela voz incrível de Santino Fontana (que ganhou uma fã aonde quer que ele vá) e a química incrível que ele teve com Rachel.
Depois do último episódio que ele aparece, demorei meses pra assistir a série, pois não conseguia ver como eles manteriam o ritmo sem perder a qualidade e o medo de ver uma série que amo degringolar me impediu de acompanhar regularmente os episódios (um beijo pra quem já passou por isso com Dexter).
Mas me enganei (uhuul \0/): CEXG saiu do triângulo amoroso e se desenvolveu sob outros aspectos da vida de Rebecca, como
* a transformação de sua relação com Valência - achei lindo e empoderador como elas realmente viraram amigas e o quão profunda foi essa mudança a ponto de Valência tomar pra si a responsabilidade de organizar a cerimônia de casamento
* o amadurecimento da relação com Paula - dava pra ver que a dinâmica anterior não iria muito longe e foi ótimo que isso foi ~resolvido~ logo (Paula ainda a vê mais como amilha [amiga/filha], mas o modo como ambas lidam com isso está muito mais saudável).
* a veracidade da trama em si - eu sou APAIXONADA pela primeira temporada, ouço sempre todas as músicas e maratonei umas duas vezes enquanto esperava a segunda, mas é preciso admitir que ela fica muito mais no realismo fantástico do que na nossa vida proletária. Na segunda, nos deparamos com problemas da vida real (o aborto de Paula, a fragilidade de Rebecca no quesito relacionamento) e sem perder a leveza da série, o que fez com que eu me sentisse muito mais próxima de toda a história.
Acho de verdade que a trama tomará um rumo bem interessante na terceira temporada, e que, ao longo do caminho, Josh (AFFE) pare de ser o foco e Rebecca possa definitivamente olhar pra dentro e tratar a dor que ela carrega em si, tornando-se uma pessoa melhor para si mesma (mas que antes dê tempo para um affair com Nathaniel, por favor).
Sem perder o bom-humor, os personagens maravilhosos e os musicais MATADORES, esse combo maravilhoso que alegra nossa vida =)
Não sei do que gosto mais da primeira fase: entender a personalidade de Chiron ou me inclinar na figura de Juan e Tereza, tão atentos e preocupados de forma incondicional com uma criança que mal acabaram de conhecer. Gostei demais da participação deles pois elas sempre me ajudam a relembrar que cada pessoa é um país dentro de si e que cada destino é traçado de uma forma diferente e que não cabe a mim - e nem a ninguém, na verdade - julgar o outro.
Na segunda fase vemos um Chiron sobre uma pressão incrível - tirando Tereza, sua vida é a perfeita definição do caos. O olhar que ele lança enquanto é espancado nos deixa ver a força que está oculta dentro de si, o que acaba por nos ajudar a entender o desfecho desta parte.
Em sua fase final, vemos um Chiron completamente diferente do que conhecemos nas duas primeiras fases. Achamos que a vida o transformou, mas na verdade ele apenas se escondeu no mundo, tomando pra si a máscara do único homem que ele respeitava. E,o que eu mais gostei desse momento é que, por mais difícil e árida a sua vida tenha sido, ele ainda procura encontrar a felicidade, ou ao menos paz na alma.
Queria muito que Moonlight tivesse um capítulo a mais, estava muito envolvida na história de Chiron. Mas, arrisco a dizer, que ele finalmente encontrou o que procurava e que irá mudar para ajustar à nova vida - mais pobre, sim, e talvez mais difícil também, mas muito mais feliz - que vislumbramos nos últimos instantes do filme =)
Rogue One é o spinoff de Star Wars que você respeita.
Especialmente porque é mais gente como a gente. O foco não está nos Jedis e Siths, pessoas especiais e com poderes únicos, mas sim nos rebeles, que acreditam na causa e se viram como podem para mantê-la viva.
Rogue One é sobre o que nós - ao menos - seríamos no meio da batalha. Os que se viram para conseguir as informações, os que distraem os stormtroopers, os que tentam abrir as portas, ligar as conexões os paus para toda a obra.
Mais do que isso, ele tem um quê de comprometimento à causa que só me lembro de ter assistido em V for Vendetta. O mal existe, ele já está no meio de nós. Mas ele não vencerá. Ele não NOS vencerá. Por que estamos dispostos a ir mais longe do que ele já jamais estará.
A história é linda e o final é emocionante. Chorei? Com certeza, mas emociona.
Começando com polêmica "Animais" traz muito mais da magia dos livros de Harry Potter do que qualquer um dos filmes feitos da saga.
Muito disso se deve ao fato da história ter sido pensada para ser um filme? Acredito que é uma possibilidade bem real, até porque o diretor éo David Yates, que dirigiu a maioria das produções (alguém que eu só fui começar a respeitar justo na parte 2 de HP7) e fez um ótimo trabalho por aqui, trazendo o melhor do mundo mágico de uma forma muito real.
O roteiro está muito bem amarrado (obrigada JK, sua linda!) e as atuações em geral estão mais do que satisfatórias. Eddie Redmayne caiu como uma luva para o papel
sobre Eddie: às vezes não sei se ele sempre faz o mesmo papel ou se só dão um tipo específico de personagem para ele, mas neste caso funcionou muito bem
e o elenco de apoio só deixa a desejar em um aspecto:
Não sei se é a construção da personagem, mas achei que a Tina Goldstein poderia ter sido (e feito) muito mais. Parecia que a personagem havia frequentando a escola Bella Swan de atuação
De resto está tudo ali: o clima, a magia, referências a alguns dos nossos queridos personagens e - último mais não menos importante - as magias (que saudades estava de ouvir um Alohomora e um Expelliarmus) =)
Como muitas daqui, comecei vendo os filmes da franquia, passei pelos livros (os dois primeiros maravilhosos, fujam do último) e eis que me encontro com a última parte desta aparente trilogia, que contrariando o senso comum é o melhor filme que leva a marca da nossa heroína.
Porque acho que é o melhor (sem spoiler)?
- o roteiro está muito bem amarrado, cheio de referências pop (principalmente para quem está na casa dos 25/35 anos e conhece festivais como Tomorrowland, Lollapalooza) e se aproveitando de fatos do mundo real (Pussy Riot) para construir uma boa narrativa. Felizmente não se baseou no último livro, que deixou bem a desejar.
- recheado de cenas genuinamente engraçadas (fazia muito tempo que não via todo o cinema gargalhando) e ótimas atuações (por que não colocaram Patrick Dempsey desde o primeiro filme, PORQUÊ?
E o mais importante
- como já adiantei acima, Bridget cresceu e aprendeu a se amar (fiquei com muito, MUITO orgulho de um certo recado que ela deixa no início do filme, dizendo que não se deve ter medo de ficar só, pois somos nossa melhor companhia) mas ainda tira os pés pelas mãos e tem aquela leveza de espírito e o brilho do olhar que nos faz querer ser sua melhor amiga =)
Acho que esse é um daqueles casos em que a tradução de um filme muda completamente o sentido da obra.
"Presságios de um Crime", apesar de ser bem preciso enquanto o roteiro, dá uma ideia errada do que seria o filme, que realmente combina mais com "Solace" (algo como confortar, traduzindo).
Classificaria o filme como aquele do realismo fantástico (quando o povo já encara o extraordinário com o pé no chão) no qual o principal objetivo não é pegar o bandido mas sim abordar uma questão muito mais profunda do que essa
como na reunião estilo AA dos vilões (abrindo um parênteses que, não sei vocês mas pra mim Zangief se fala ZANGUIÉFE e não ZANGUÍFI, como na versão dublada)
que juntos fazem do filme uma ótima experiência.
Muito mais do que recomendado e já disponível na Netflix o/
Gosto muito do trabalho de Poyart desde 2 coelhos, mas nesse filme fiquei com a impressão de que a montagem tinha que entregar tudo muito, mas MUUUUUITO mastigado pra gente, por isso tantas cenas em slow motion, tanta explicação pra falar dos conflitos do Aldo e a trilha sonora sempre carregada (o que de certa forma prejudica o longa, pois chega uma hora que vc cansa de tanta grandiosidade pra nada).
Também me incomodou um pouco alguns furos no roteiro, como a parte na qual o Aldo chega de aviaão (se ele era tão pobre, mais sentido teria o trajeto Manaus-Rio de ônibus) e quando a namorada termina com ele (além de ver que não aconteceu nada com ele e a personagem da Paloma Bernardi, a atitude não combinava com a segurança que ela passou todo o filme).
Assim como o primeiro longa, o melhor de Tartarugas Ninja 2 é o time formado por Donatello, Michelangelo (Mike para os íntimos), Rafael e Leonardo.
O roteiro peca por ingenuidade/inconsistência e algumas atuações realmente deixam a desejar (mas quero Megan Fox dá conta do que se pede à April O'Neil), mas no final isso não importa: a força do filme está na história dos irmãos criados pelo lendário Mestre Splinter e nas conversas, brigas e brincadeiras que acontecem durante todo o longa.
Pra quem é time Cowabonga, acho que vale dar uma chance.
Apesar de totalmente montado na base do CGI ouso dizer que é o filme mais "real" da safra infantil da Disney.
Mogli ainda permanece com sua inocência e pureza infantil, mas o tom do filme é mais sério e verossímil do que costumamos encontrar nos filmes do Sr Walt. Mesmo as inserções de música acontecem de forma mais contida do que em outros filmes (mas, o que pode ser uma contradição, achei que ficou mais natural do que o povo de repente saltitando por aí).
Estou tentada a dizer que Neel Sethi fez o Mogli com a carga dramática que se esperava de uma criança de doze anos (e nem quero entrar no fato de que ele NASCEU em 2003 #óotempopassandoaí), mas justiça seja feita e ele merece uns pontos a mais porque não deve ser fácil contracenar na maior parte do tempo com um estúdio que deve parecer uma planície esverdeada.
Assisti a versão legendada e tenho alguns pontos a destacar:
- Ben Kingsley como Baghera: escolha acertada, ele soube dar o tom do "sábio que também sabe bater" que o pantera precisa. - Idris Elba como Shere Kan: escolha acertadíssima, deu medo do tigre. - Bill Murray como Baloo: MELHOR URSO, MELHOR PESSOA, QUERIA SÓ UM ABRAÇO DELE.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2KAcho que todo o mundo já sabe da (ótima) simbologia que envolve o filme e tudo o mais, porém só queria dizer que:
fiquei FELIZ pacas quando Marty voltou 0/
Meu senso de justiça não aceitou a única pessoa sensata "morrer" daquele jeito
Candidatos ao Amor
3.8 4Surpreendentemente, dá pra aprender coisas bem interessantes de política durante a história
Verônica: Jogo Sobrenatural
3.1 546 Assista AgoraÉ a primeira vez na história da minha vida que termino um filme de terror me sentindo triste:
Me doeu tanto a história da Verónica por completo: pela responsabilidade que ela tem em casa (e da qual ela lida muitíssimo bem, vale dizer), pela colega que não ficou ao lado dela quando ela mais precisou e por ela não ter ninguém a quem pedir ajuda. Fiquei o filme todo triste porque ela não merecia e estava sozinha.
Tinha o horror como pano de fundo, mas é a realidade de tanta gente
Crazy Ex-Girlfriend (3ª Temporada)
4.2 48 Assista AgoraSe eu tivesse que definir essa temporada em quatro palavras, seriam dor, cura, repetição e reparação.
Os sete primeiros episódios da temporada vão o céu, passam pelo inferno e terminam na terra.
Céu: vemos Rebecca sofrendo com o fato de não poder mais sonhar com uma vida em comum com Josh e tentar fazer com que ele sofra o que ela sofreu. O que culmina na ótima "After everything you made me do" que é quase uma catarse para todos os fãs que — como eu — não aguentavam mais vê-la se destruindo para manter um relacionamento com alguém que claramente estava apenas se deixando levar pela correnteza.
Inferno: ao ser deixada no altar, Becks perdeu a última coisa que a mantinha minimamente estável e acabou se jogando em uma espiral de dor e autosabotagem (cujo ponto alto dormir com o pai do Greg e acabando com minhas esperanças de que ele ao menos pudesse fazer uma participação especial) que acabou com qualquer amor próprio ou perspectiva de futuro em sua vida, criando o plano de fundo para a sua tentativa de suicídio
— destaque para o momento que achei lindo em que ela acaba lendo Hope (esperança) ao invés de Help (ajuda) no botão usado para chamar a comissária de bordo. Achei muito emocionante, mesmo.
Terra: puxado pela igualmente emocionante "My Diagnosis" Rebecca descobre que possui uma condição psicológica que precisa de tratamento constante e começa a trabalhar
em se tornar alguém melhor, finalmente (FINALMENTE) entendendo que o que ela sentia por Josh era mais uma obsessão misturada com nostalgia do que realmente um sentimento de verdade.
Pra marcar essa nova fase, finalmente² (FINALMENTE²) em "Getting over Jeff" o nome de Josh não se encontra no título do episódio, após 2 temporadas e meia.
Vem mudança por aí!
Sim, só que não. Voltando às três palavras que utilizei para definir a temporada, digamos que até o momento passamos pela dor e pela cura e que, CEG se encerra em repetição e reparação.
Entre os episódios 8-9, 10-11 e 12-13 Rebecca entre em uma espiral de cair em erros antigos, perceber seu comportamento e tentar fazer diferente.
Começamos com ela se envolvendo com Nathaniel e terminando ao perceber que não está pronta para um relacionamento; e depois vemos ela se enganar achando que poderia estar com ele sem nenhum envolvimento emocional, se questionar se valeria a pena tentar novamente e decidindo que, de fato, ainda não se sente segura.
Por último, vemos nossa advogada favorita atravessar um caminho não muito diferente do percorrido na primeira temporada, na qual ela usa a confiança das pessoas para manipulá-las e sair ilesa das suas maquinações. Porém, dessa vez ela não consegue se desculpar e entende que precisa, de verdade, mudar. Caso contrário, ela nunca sairá do círculo vicioso no qual viveu durante, pelo menos, toda a sua vida adulta.
Já me alonguei demais nessa explicação, então foi ser super resumida nos outros aspectos dessa temporada: tudo primoroso como sempre, com destaque para uma maior participação do escalão B/C dos atores coadjuvantes, que tiveram seu lugar ao sol.
A terceira temporada se difere das outras por ser muito mais pé no chão e desenhar um caminho muito claro do que esperar na quarta temporada (QUE PRECISA ACONTECER).
Crazy Ex-Girlfriend está fazedo um trabalho primoroso em contar de forma convicente o caminho que uma pessoa precisa percorrer para alcançar uma mudança definitiva em sua vida e seria uma pena interromper esse ciclo por questões orçamentárias.
Minha esperança é que a CW tenha a mesma percepção que a minha: que CEG é tipo um Blade Runner: quase não assistido em sua época, mas uma referência em produções futuras.
Nunca assisti uma série com esse formato e abordagem e acredito, de verdade, que ela trouxe uma contribuição muito valiosa não para quem lida ou vive com alguém com doenças de fundo psicológico, mas para o mercado como um todo por mostrar outras possibilidades de formato
e mesmo de comédia.
Espero voltar aqui em 2019 0/
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 943 Assista AgoraAcabei de terminar e já adianto que recomendo bastante! Fiz uma análise dos personagens que, pra mim, mais se destacaram, os que ficaram "nem pra lá e nem pra cá" e aqueles que só me fizeram passar raiva mesmo.
Quem brilhou:
Nairobi: MELHOR PESSOA. Divertida, sensata, muito humana e rainha das notas. Ganhou minha simpatia pra sempre.
Moscou/Agustín: senhorzinho mais gente boa do rolê. Chorei quando se foi.
Denver/Ricardo: herdou o coração de ouro do pai (e uma risada estranha mas que combina lindamente com seu jeito desmiolado). Esperamos que, com sua atual companheira, crie mais juízo.
Estocolmo/Mónica Gaztambide: um dos melhores desenvolvimentos. Já dizia a música de Sandy & Júnior: "Olha o que o amor me faz". Quis gritar gol na hora em que ela pega a metralhadora.
Helsinque: o tipo de pessoa que o tamanho do corpo corresponde à bondade e generosidade. Mesmo sendo um dos "soldados" do grupo, era um dos mais divertidos.
Sr. Torres: quem não lembra era o senhorzinho que ajudava Nairóbi a produzir as notas ( el pullo secuestrado do mês) . Está aqui porque achei muito fofa a cena em que ele disse que nunca encontrou uma chefe tão capaz e que amava tanto o que fazia como ela.
Professor: apesar do caso com a Raquel ter ficado meio forçado, sua construção foi muito bem feita. Bondoso, gentil e antiquado de um jeito engraçado, ele soube lidar com brilhantismo em todas as horas em que as coisas ficaram pesadas no lado de fora E o ator que o interpreta (Álvaro Morte) estava muito, muito bem, seja nos momentos de tensão como no choro ao ver um companheiro ser morto.
Raquel: tenho alguns poréns com o desenvolvimento dela dentro da história, mas se tem alguém que apanhou nisso tudo — e muitas vezes de forma injusta — foi ela. E admiro personagens que conseguem se levantar
Berlin/Andrés: Era um desgraçado e tinha umas atitudes desprezíveis? Sem dúvida. Mas TAQUIPARIU QUE PESSOA PONTA FIRME E AMIGO DO C#R#LH#. Sua frieza anormal se provou valiosa em vários momentos da história e ele era tão cínico que chegava a ser hilário. Mais do que mereceu ser o líder de dentro do assalto e sua amizade com o professor era muito bonita. Deixará saudades por ser aquele que odiamos amar. Quero muito acompanhar a carreira do Pedro Alonso e ver outros papéis dele.
Quem foi mais ou menos:
Oslo> não deu muito tempo pra fazer nada mas deixo a menção por ter morrido sem poder se defender.
Ángel: fiquei com um ranço desgraçado dele a história toda por gostar da Raquel mas ficar se vitimizando e casado com outra porque ela não queria nada com ele, mas ganhou meu respeito por não ter entregado ninguém no final.
Ariadna: não apareceu muito, mas fez um bom papel quando possível.
Río: É imaturo? Pra caramba. Mas acho que com a idade isso pode se resolver. De resto, era um bom personagem e ajudou Denver a picaretar a parede para tentar salvar Moscou.
Quem poderia ser explodido com P4
Arturo: HIJO DE P%T@. Não vou negar que no final ele até desenvolveu mais fibra moral, mas tenho muita raiva de gente que não assume as ações que toma e depois fica pedindo pelo amor de Deus para que sua vida seja poupada. Achei pouco ter levado só um tiro e espero que sua esposa o largue depois de tudo.
Tókio: se você não tem raiva dessa mulher por favor se apresente nos comentários e me explique como conseguiu adquirir esse grau de iluminação budista. É o tipo de pessoa que gostaria de ter do meu lado em um tiroteio — sério, ela salvou o grupo duas vezes, pegando a Browning na primeira temporada e deslizando pra atirar nos pés dos soldados no último episódio — mas pra relações pessoais só causa problema por ser impulsiva e egoísta, saber disso, não tentar mudar e arrastar gente boa pra cova.Por mim Berlin poderia ter embalado uns explosivos quando a despachou pra fora.
Pietro: aquele velho careca que fica na tenda desmoralizando o trabalho da Raquel. começou sendo idiota, melhorou na metade e voltou a ser babaca no final. Espero que boa parte da culpa pela fuga de todos tenha sido atribuída a ele.
Alison Parker: porque não gosto de gente sonsa.
Professora da excursão: outra sonsa, que ficava se fazendo de corajosa quando os sequestradores estavam pegando leve mas não aguentou dois tiros disparados pro alto. Se é pra segurar uma pose, faça igual Berlin e segure pra sempre.
Marido da Raquel: um ser desprezível que ainda tinha crédito por vivermos num mundo machista. Caso haja uma próxima temporada desejo que ele se lasque.
Westworld (1ª Temporada)
4.5 1,3KWestworld em uma frase:
"Não é feitiçaria. É tecnologia."
O Máskara
3.4 1,4K Assista AgoraSe já era um dos meus filmes favoritos da infância, imagina agora que consigo perceber as referências adultas?
Por exemplo:
Na primeira transformação do Máscara ele está fazendo balões e pega sem querer uma camisinha usada;
Quando ele está cantando Cuban Pete e fala algo como "as garotas gostam do meu gingado" para as garotas de programa
Filmão
Clube dos Cinco
4.2 2,6K Assista AgoraEstava achando beeem mais ou menos até a hora em o atleta começou a falar sobre o porquê foi parar na detenção.
Daí pra frente, entendi porque ele ainda faz sucesso 32 anos depois do lançamento.
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraApesar de ter levado um PUTA spoiler ao ler os comentários do trailer de Get Out!, ainda fiquei aguardando pela estreia do filme em terras brasileiras e não me arrependi: além do clima de terror bem construído (e da trilha sonora que tá de parabéns), Corra! tem como um dos grandes méritos nos colocar na pele das minorias e nos fazer olhar pelos olhos delas (não sei vcs mas eu fiquei BEM TENSA) em toda a cena da festa, seja as pessoas falando com ele ou reparando nele.
Apesar de algumas coisas que poderiam ter sido melhor exploradas na história, esse é um filme que vale muito a pena assistir e que deve despertar no espectador médio toda a tensão e suspense que a gente procure em um filme do gênero. Sem falar nas cenas de comédia, geradas por Rod, o melhor amigo do Chris, que nos ajudam a lembrar de respirar e que não atrapalham na trama central.
Outro ponto que também acho legal comentar é a escalação do elenco, tanto pelo fato dos atores não serem conhecidos do grande público como pela afinação na interpretação
(até o Sid - cachorro - foi bem colocado, rachei de rir na foto que o Rod manda para o Chris)
E só tenho um único ponto que foi mal aproveitado no filme:
ACHEI FOI POUCO o modo como cada um da família Armitage morreu, Aqueles DESGRAÇADOS COVARDES APROVEITADORES deveriam ter sido ESFOLADOS VIVOS e depois terem os membros arrancados um por um, tal qual prega a escola Ramsay Bolton.
Nunca senti tanto alívio em um filme como na hora em que Chris foge e mata um por um, deu vontade de pular da cadeira e gritar GOL todas as vezes
No mais, já virou indicação no meu portifólio
Fragmentado
3.9 2,9K Assista AgoraTalvez eu seja fã dos longas de Shyamalan por gostar tanto de realismo fantástico.
Acho incrível como ele consegue colocar dentro de situações tão cotidianas o inesperado, o mágico, de uma forma tão convincente. Senti isso em O Sexto Sentido, A Vila, Sinais, Corpo Fechado. E em Fragmentado essa sensação se dúvidas permanece.
Para mim esse é um filme no qual todos saíram ganhando: Shyamalan, que voltou às graças dos críticos após um combo de longas bem-sucedidos (A Visita e Fragmentado); James McAvoy, que fez direitinho a lição de casa e conseguiu imprimir diferentes personalidades em uma mesma face, provando que não é só um rostinho bonito nos filmes de ação; e Anya Tailor Joy, que após o excelente "A Bruxa" vem construindo uma carreira bem interessante. E, é claro, nós, cinéfilos.
O que mais gostei em Fragmentado foi o roteiro, que conseguiu com louvor explicar muita coisa de uma forma bem simples. Assistindo ao filme você pode não perceber, mas é tanta informação que você recebe - para conseguir entender todo o contexto dos personagens e entender a proposta do longa - que fiquei positivamente impressionada em como esse carretel foi desenrolado aparentemente sem esforço. Isso contribuiu pra história ter fôlego e prender a atenção de geral.
Fragmentado tem com uma proposta bem diferente do que vemos atualmente, que é muito bem contada e executada - parando pra pensar ele me lembra muito o também ótimo Cloverfield 10 - com certeza vale a ida para quem não quer ver mais do mesmo.
>>>Dica pra quem ainda não foi ver<<<
Assistam Corpo Fechado antes!
Crazy Ex-Girlfriend (2ª Temporada)
4.2 53 Assista AgoraPrimeiramente: as duas temporadas já disponíveis na Netflix brazuca 0/
Segundamente:
Meus parabéns à Rachel Bloom, Aline Brosh McKenna e toda a equipe que precisou lidar de forma competente com um revés capaz de desestabilizar qualquer seriado e trouxe uma trama consistente, com ótimos momentos cômicos e uma abordagem muito mais realista, mantendo a promessa feita lá na primeira temporada de que Crazy Ex-Girlfriend seria diferente.
Perdemos Greg. Não sei pra vocês, mas pra mim ainda dói (bastante), tanto pela ótima construção do personagem como pela voz incrível de Santino Fontana (que ganhou uma fã aonde quer que ele vá) e a química incrível que ele teve com Rachel.
Depois do último episódio que ele aparece, demorei meses pra assistir a série, pois não conseguia ver como eles manteriam o ritmo sem perder a qualidade e o medo de ver uma série que amo degringolar me impediu de acompanhar regularmente os episódios (um beijo pra quem já passou por isso com Dexter).
Mas me enganei (uhuul \0/): CEXG saiu do triângulo amoroso e se desenvolveu sob outros aspectos da vida de Rebecca, como
* a transformação de sua relação com Valência - achei lindo e empoderador como elas realmente viraram amigas e o quão profunda foi essa mudança a ponto de Valência tomar pra si a responsabilidade de organizar a cerimônia de casamento
* o amadurecimento da relação com Paula - dava pra ver que a dinâmica anterior não iria muito longe e foi ótimo que isso foi ~resolvido~ logo (Paula ainda a vê mais como amilha [amiga/filha], mas o modo como ambas lidam com isso está muito mais saudável).
* a veracidade da trama em si - eu sou APAIXONADA pela primeira temporada, ouço sempre todas as músicas e maratonei umas duas vezes enquanto esperava a segunda, mas é preciso admitir que ela fica muito mais no realismo fantástico do que na nossa vida proletária. Na segunda, nos deparamos com problemas da vida real (o aborto de Paula, a fragilidade de Rebecca no quesito relacionamento) e sem perder a leveza da série, o que fez com que eu me sentisse muito mais próxima de toda a história.
Acho de verdade que a trama tomará um rumo bem interessante na terceira temporada, e que, ao longo do caminho, Josh (AFFE) pare de ser o foco e Rebecca possa definitivamente olhar pra dentro e tratar a dor que ela carrega em si, tornando-se uma pessoa melhor para si mesma (mas que antes dê tempo para um affair com Nathaniel, por favor).
Sem perder o bom-humor, os personagens maravilhosos e os musicais MATADORES, esse combo maravilhoso que alegra nossa vida =)
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraMoonlight em duas palavras: intenso e delicado
Não sei do que gosto mais da primeira fase: entender a personalidade de Chiron ou me inclinar na figura de Juan e Tereza, tão atentos e preocupados de forma incondicional com uma criança que mal acabaram de conhecer. Gostei demais da participação deles pois elas sempre me ajudam a relembrar que cada pessoa é um país dentro de si e que cada destino é traçado de uma forma diferente e que não cabe a mim - e nem a ninguém, na verdade - julgar o outro.
Na segunda fase vemos um Chiron sobre uma pressão incrível - tirando Tereza, sua vida é a perfeita definição do caos. O olhar que ele lança enquanto é espancado nos deixa ver a força que está oculta dentro de si, o que acaba por nos ajudar a entender o desfecho desta parte.
Em sua fase final, vemos um Chiron completamente diferente do que conhecemos nas duas primeiras fases. Achamos que a vida o transformou, mas na verdade ele apenas se escondeu no mundo, tomando pra si a máscara do único homem que ele respeitava. E,o que eu mais gostei desse momento é que, por mais difícil e árida a sua vida tenha sido, ele ainda procura encontrar a felicidade, ou ao menos paz na alma.
Queria muito que Moonlight tivesse um capítulo a mais, estava muito envolvida na história de Chiron. Mas, arrisco a dizer, que ele finalmente encontrou o que procurava e que irá mudar para ajustar à nova vida - mais pobre, sim, e talvez mais difícil também, mas muito mais feliz - que vislumbramos nos últimos instantes do filme =)
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraMuita gente já falou todos os pontos que queria discutir, então só queria ressaltar três pontos
1 - o quanto esse filme é profundo e fica na gente mesmo depois que saímos do cinema.
2 - Como eu quero ouvir pelo resto da vida a versão do filme para Sweet Child o'Mine
E 3:
E o quão bonito foi o enterro ~ de verdade ~ da Leslie. Por mais cerimônias iguais na vida real
E uma ressalva:
Viggo Mortensen é o ator multifacetado que você respeita. Merece carregar consigo o título que dá nome ao filme.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraRogue One é o spinoff de Star Wars que você respeita.
Especialmente porque é mais gente como a gente. O foco não está nos Jedis e Siths, pessoas especiais e com poderes únicos, mas sim nos rebeles, que acreditam na causa e se viram como podem para mantê-la viva.
Rogue One é sobre o que nós - ao menos - seríamos no meio da batalha. Os que se viram para conseguir as informações, os que distraem os stormtroopers, os que tentam abrir as portas, ligar as conexões os paus para toda a obra.
Mais do que isso, ele tem um quê de comprometimento à causa que só me lembro de ter assistido em V for Vendetta. O mal existe, ele já está no meio de nós. Mas ele não vencerá. Ele não NOS vencerá. Por que estamos dispostos a ir mais longe do que ele já jamais estará.
A história é linda e o final é emocionante. Chorei? Com certeza, mas emociona.
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraComeçando com polêmica "Animais" traz muito mais da magia dos livros de Harry Potter do que qualquer um dos filmes feitos da saga.
Muito disso se deve ao fato da história ter sido pensada para ser um filme? Acredito que é uma possibilidade bem real, até porque o diretor éo David Yates, que dirigiu a maioria das produções (alguém que eu só fui começar a respeitar justo na parte 2 de HP7) e fez um ótimo trabalho por aqui, trazendo o melhor do mundo mágico de uma forma muito real.
O roteiro está muito bem amarrado (obrigada JK, sua linda!) e as atuações em geral estão mais do que satisfatórias. Eddie Redmayne caiu como uma luva para o papel
sobre Eddie: às vezes não sei se ele sempre faz o mesmo papel ou se só dão um tipo específico de personagem para ele, mas neste caso funcionou muito bem
e o elenco de apoio só deixa a desejar em um aspecto:
Não sei se é a construção da personagem, mas achei que a Tina Goldstein poderia ter sido (e feito) muito mais. Parecia que a personagem havia frequentando a escola Bella Swan de atuação
De resto está tudo ali: o clima, a magia, referências a alguns dos nossos queridos personagens e - último mais não menos importante - as magias (que saudades estava de ouvir um Alohomora e um Expelliarmus) =)
É close certo, pode ir!
O Bebê de Bridget Jones
3.5 552 Assista AgoraBridget cresceu, mas continua a mesma.
Como muitas daqui, comecei vendo os filmes da franquia, passei pelos livros (os dois primeiros maravilhosos, fujam do último) e eis que me encontro com a última parte desta aparente trilogia, que contrariando o senso comum é o melhor filme que leva a marca da nossa heroína.
Porque acho que é o melhor (sem spoiler)?
- o roteiro está muito bem amarrado, cheio de referências pop (principalmente para quem está na casa dos 25/35 anos e conhece festivais como Tomorrowland, Lollapalooza) e se aproveitando de fatos do mundo real (Pussy Riot) para construir uma boa narrativa. Felizmente não se baseou no último livro, que deixou bem a desejar.
- recheado de cenas genuinamente engraçadas (fazia muito tempo que não via todo o cinema gargalhando) e ótimas atuações (por que não colocaram Patrick Dempsey desde o primeiro filme, PORQUÊ?
E o mais importante
- como já adiantei acima, Bridget cresceu e aprendeu a se amar (fiquei com muito, MUITO orgulho de um certo recado que ela deixa no início do filme, dizendo que não se deve ter medo de ficar só, pois somos nossa melhor companhia) mas ainda tira os pés pelas mãos e tem aquela leveza de espírito e o brilho do olhar que nos faz querer ser sua melhor amiga =)
Presságios de um Crime
3.4 309 Assista AgoraAcho que esse é um daqueles casos em que a tradução de um filme muda completamente o sentido da obra.
"Presságios de um Crime", apesar de ser bem preciso enquanto o roteiro, dá uma ideia errada do que seria o filme, que realmente combina mais com "Solace" (algo como confortar, traduzindo).
Classificaria o filme como aquele do realismo fantástico (quando o povo já encara o extraordinário com o pé no chão) no qual o principal objetivo não é pegar o bandido mas sim abordar uma questão muito mais profunda do que essa
(há um bandido?).
Achei a proposta do filme muito interessante, bem executada e com atuação consistente único porém vai
pra última última visão do Hopkins, que desmerece quase toda a lição de moral que ele deu no personagem do Farrel
Vale a pena especialmente pra quem procura por histórias realmente diferentes.
A Governanta
3.1 11Definitivamente não é o filme que você esperará ver
Detona Ralph
3.9 2,6K Assista Agora"Sou mal. E isso é bom.
Nunca serei bom. E isso não é mal.
Não quero ser ninguém além de mim."
Acho maravilhosa essa capacidade da Disney de apresentar temas tão profundos em meio a uma animação infantil, agradando as crianças de 2 a 90 anos.
Detona Ralph tem uma história amarrada, personagens ótimos e muitos momentos de fanservice,
como na reunião estilo AA dos vilões (abrindo um parênteses que, não sei vocês mas pra mim Zangief se fala ZANGUIÉFE e não ZANGUÍFI, como na versão dublada)
que juntos fazem do filme uma ótima experiência.
Muito mais do que recomendado e já disponível na Netflix o/
Mais Forte Que o Mundo: A História de José Aldo
3.6 267No saldo geral é um bom filme e indico a ida ao cinema. Mas existem dois pontos que eu precisava comentar:
Gosto muito do trabalho de Poyart desde 2 coelhos, mas nesse filme fiquei com a impressão de que a montagem tinha que entregar tudo muito, mas MUUUUUITO mastigado pra gente, por isso tantas cenas em slow motion, tanta explicação pra falar dos conflitos do Aldo e a trilha sonora sempre carregada (o que de certa forma prejudica o longa, pois chega uma hora que vc cansa de tanta grandiosidade pra nada).
Também me incomodou um pouco alguns furos no roteiro, como a parte na qual o Aldo chega de aviaão (se ele era tão pobre, mais sentido teria o trajeto Manaus-Rio de ônibus) e quando a namorada termina com ele (além de ver que não aconteceu nada com ele e a personagem da Paloma Bernardi, a atitude não combinava com a segurança que ela passou todo o filme).
As Tartarugas Ninja: Fora das Sombras
3.0 341 Assista AgoraAssim como o primeiro longa, o melhor de Tartarugas Ninja 2 é o time formado por Donatello, Michelangelo (Mike para os íntimos), Rafael e Leonardo.
O roteiro peca por ingenuidade/inconsistência e algumas atuações realmente deixam a desejar (mas quero Megan Fox dá conta do que se pede à April O'Neil), mas no final isso não importa: a força do filme está na história dos irmãos criados pelo lendário Mestre Splinter e nas conversas, brigas e brincadeiras que acontecem durante todo o longa.
Pra quem é time Cowabonga, acho que vale dar uma chance.
Truque de Mestre: O 2º Ato
3.5 941 Assista AgoraRoteiro me deu muita raiva
Parecia novela das nove, na qual os mocinhos só se ferram mas no final tudo dá certo
e achei que faltou uma cena de peso para o ótimo Mark Ruffalo
Nada contra Eisenberg, mas sinceramente acho que, depois de tudo o que Dylan Rodhes passou no primeiro filme, Dylan Shrike merecia uma "compensação".
Mas admito que o filme tem bom momentos. Só não recomendo ir esperando um filmaço.
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraPara quem leu o livro:
Não conta tudo (por exemplo, o porquê de Louisa ter desistido de estudar moda) mas o essencial está no filme.
Resumindo: leve lenços
Mogli: O Menino Lobo
3.8 1,0K Assista AgoraApesar de totalmente montado na base do CGI ouso dizer que é o filme mais "real" da safra infantil da Disney.
Mogli ainda permanece com sua inocência e pureza infantil, mas o tom do filme é mais sério e verossímil do que costumamos encontrar nos filmes do Sr Walt. Mesmo as inserções de música acontecem de forma mais contida do que em outros filmes (mas, o que pode ser uma contradição, achei que ficou mais natural do que o povo de repente saltitando por aí).
Estou tentada a dizer que Neel Sethi fez o Mogli com a carga dramática que se esperava de uma criança de doze anos (e nem quero entrar no fato de que ele NASCEU em 2003 #óotempopassandoaí), mas justiça seja feita e ele merece uns pontos a mais porque não deve ser fácil contracenar na maior parte do tempo com um estúdio que deve parecer uma planície esverdeada.
Assisti a versão legendada e tenho alguns pontos a destacar:
- Ben Kingsley como Baghera: escolha acertada, ele soube dar o tom do "sábio que também sabe bater" que o pantera precisa.
- Idris Elba como Shere Kan: escolha acertadíssima, deu medo do tigre.
- Bill Murray como Baloo: MELHOR URSO, MELHOR PESSOA, QUERIA SÓ UM ABRAÇO DELE.
Em resumo: a ida ao cinema é super válida!