Os sete primeiros episódios da temporada vão o céu, passam pelo inferno e terminam na terra.
Céu: vemos Rebecca sofrendo com o fato de não poder mais sonhar com uma vida em comum com Josh e tentar fazer com que ele sofra o que ela sofreu. O que culmina na ótima "After everything you made me do" que é quase uma catarse para todos os fãs que — como eu — não aguentavam mais vê-la se destruindo para manter um relacionamento com alguém que claramente estava apenas se deixando levar pela correnteza.
Inferno: ao ser deixada no altar, Becks perdeu a última coisa que a mantinha minimamente estável e acabou se jogando em uma espiral de dor e autosabotagem (cujo ponto alto dormir com o pai do Greg e acabando com minhas esperanças de que ele ao menos pudesse fazer uma participação especial) que acabou com qualquer amor próprio ou perspectiva de futuro em sua vida, criando o plano de fundo para a sua tentativa de suicídio
— destaque para o momento que achei lindo em que ela acaba lendo Hope (esperança) ao invés de Help (ajuda) no botão usado para chamar a comissária de bordo. Achei muito emocionante, mesmo.
Terra: puxado pela igualmente emocionante "My Diagnosis" Rebecca descobre que possui uma condição psicológica que precisa de tratamento constante e começa a trabalhar em se tornar alguém melhor, finalmente (FINALMENTE) entendendo que o que ela sentia por Josh era mais uma obsessão misturada com nostalgia do que realmente um sentimento de verdade.
Pra marcar essa nova fase, finalmente² (FINALMENTE²) em "Getting over Jeff" o nome de Josh não se encontra no título do episódio, após 2 temporadas e meia.
Vem mudança por aí!
Sim, só que não. Voltando às três palavras que utilizei para definir a temporada, digamos que até o momento passamos pela dor e pela cura e que, CEG se encerra em repetição e reparação.
Entre os episódios 8-9, 10-11 e 12-13 Rebecca entre em uma espiral de cair em erros antigos, perceber seu comportamento e tentar fazer diferente.
Começamos com ela se envolvendo com Nathaniel e terminando ao perceber que não está pronta para um relacionamento; e depois vemos ela se enganar achando que poderia estar com ele sem nenhum envolvimento emocional, se questionar se valeria a pena tentar novamente e decidindo que, de fato, ainda não se sente segura.
Por último, vemos nossa advogada favorita atravessar um caminho não muito diferente do percorrido na primeira temporada, na qual ela usa a confiança das pessoas para manipulá-las e sair ilesa das suas maquinações. Porém, dessa vez ela não consegue se desculpar e entende que precisa, de verdade, mudar. Caso contrário, ela nunca sairá do círculo vicioso no qual viveu durante, pelo menos, toda a sua vida adulta.
Já me alonguei demais nessa explicação, então foi ser super resumida nos outros aspectos dessa temporada: tudo primoroso como sempre, com destaque para uma maior participação do escalão B/C dos atores coadjuvantes, que tiveram seu lugar ao sol.
A terceira temporada se difere das outras por ser muito mais pé no chão e desenhar um caminho muito claro do que esperar na quarta temporada (QUE PRECISA ACONTECER). Crazy Ex-Girlfriend está fazedo um trabalho primoroso em contar de forma convicente o caminho que uma pessoa precisa percorrer para alcançar uma mudança definitiva em sua vida e seria uma pena interromper esse ciclo por questões orçamentárias.
Minha esperança é que a CW tenha a mesma percepção que a minha: que CEG é tipo um Blade Runner: quase não assistido em sua época, mas uma referência em produções futuras.
Nunca assisti uma série com esse formato e abordagem e acredito, de verdade, que ela trouxe uma contribuição muito valiosa não para quem lida ou vive com alguém com doenças de fundo psicológico, mas para o mercado como um todo por mostrar outras possibilidades de formato e mesmo de comédia.
Acabei de terminar e já adianto que recomendo bastante! Fiz uma análise dos personagens que, pra mim, mais se destacaram, os que ficaram "nem pra lá e nem pra cá" e aqueles que só me fizeram passar raiva mesmo.
Nairobi: MELHOR PESSOA. Divertida, sensata, muito humana e rainha das notas. Ganhou minha simpatia pra sempre.
Moscou/Agustín: senhorzinho mais gente boa do rolê. Chorei quando se foi.
Denver/Ricardo: herdou o coração de ouro do pai (e uma risada estranha mas que combina lindamente com seu jeito desmiolado). Esperamos que, com sua atual companheira, crie mais juízo.
Estocolmo/Mónica Gaztambide: um dos melhores desenvolvimentos. Já dizia a música de Sandy & Júnior: "Olha o que o amor me faz". Quis gritar gol na hora em que ela pega a metralhadora.
Helsinque: o tipo de pessoa que o tamanho do corpo corresponde à bondade e generosidade. Mesmo sendo um dos "soldados" do grupo, era um dos mais divertidos.
Sr. Torres: quem não lembra era o senhorzinho que ajudava Nairóbi a produzir as notas ( el pullo secuestrado do mês) . Está aqui porque achei muito fofa a cena em que ele disse que nunca encontrou uma chefe tão capaz e que amava tanto o que fazia como ela.
Professor: apesar do caso com a Raquel ter ficado meio forçado, sua construção foi muito bem feita. Bondoso, gentil e antiquado de um jeito engraçado, ele soube lidar com brilhantismo em todas as horas em que as coisas ficaram pesadas no lado de fora E o ator que o interpreta (Álvaro Morte) estava muito, muito bem, seja nos momentos de tensão como no choro ao ver um companheiro ser morto.
Raquel: tenho alguns poréns com o desenvolvimento dela dentro da história, mas se tem alguém que apanhou nisso tudo — e muitas vezes de forma injusta — foi ela. E admiro personagens que conseguem se levantar
Berlin/Andrés: Era um desgraçado e tinha umas atitudes desprezíveis? Sem dúvida. Mas TAQUIPARIU QUE PESSOA PONTA FIRME E AMIGO DO C#R#LH#. Sua frieza anormal se provou valiosa em vários momentos da história e ele era tão cínico que chegava a ser hilário. Mais do que mereceu ser o líder de dentro do assalto e sua amizade com o professor era muito bonita. Deixará saudades por ser aquele que odiamos amar. Quero muito acompanhar a carreira do Pedro Alonso e ver outros papéis dele.
Oslo> não deu muito tempo pra fazer nada mas deixo a menção por ter morrido sem poder se defender.
Ángel: fiquei com um ranço desgraçado dele a história toda por gostar da Raquel mas ficar se vitimizando e casado com outra porque ela não queria nada com ele, mas ganhou meu respeito por não ter entregado ninguém no final.
Ariadna: não apareceu muito, mas fez um bom papel quando possível.
Río: É imaturo? Pra caramba. Mas acho que com a idade isso pode se resolver. De resto, era um bom personagem e ajudou Denver a picaretar a parede para tentar salvar Moscou.
Arturo: HIJO DE P%T@. Não vou negar que no final ele até desenvolveu mais fibra moral, mas tenho muita raiva de gente que não assume as ações que toma e depois fica pedindo pelo amor de Deus para que sua vida seja poupada. Achei pouco ter levado só um tiro e espero que sua esposa o largue depois de tudo.
Tókio: se você não tem raiva dessa mulher por favor se apresente nos comentários e me explique como conseguiu adquirir esse grau de iluminação budista. É o tipo de pessoa que gostaria de ter do meu lado em um tiroteio — sério, ela salvou o grupo duas vezes, pegando a Browning na primeira temporada e deslizando pra atirar nos pés dos soldados no último episódio — mas pra relações pessoais só causa problema por ser impulsiva e egoísta, saber disso, não tentar mudar e arrastar gente boa pra cova.Por mim Berlin poderia ter embalado uns explosivos quando a despachou pra fora.
Pietro: aquele velho careca que fica na tenda desmoralizando o trabalho da Raquel. começou sendo idiota, melhorou na metade e voltou a ser babaca no final. Espero que boa parte da culpa pela fuga de todos tenha sido atribuída a ele.
Alison Parker: porque não gosto de gente sonsa.
Professora da excursão: outra sonsa, que ficava se fazendo de corajosa quando os sequestradores estavam pegando leve mas não aguentou dois tiros disparados pro alto. Se é pra segurar uma pose, faça igual Berlin e segure pra sempre.
Marido da Raquel: um ser desprezível que ainda tinha crédito por vivermos num mundo machista. Caso haja uma próxima temporada desejo que ele se lasque.
Primeiramente: as duas temporadas já disponíveis na Netflix brazuca 0/
Segundamente:
Meus parabéns à Rachel Bloom, Aline Brosh McKenna e toda a equipe que precisou lidar de forma competente com um revés capaz de desestabilizar qualquer seriado e trouxe uma trama consistente, com ótimos momentos cômicos e uma abordagem muito mais realista, mantendo a promessa feita lá na primeira temporada de que Crazy Ex-Girlfriend seria diferente.
Perdemos Greg. Não sei pra vocês, mas pra mim ainda dói (bastante), tanto pela ótima construção do personagem como pela voz incrível de Santino Fontana (que ganhou uma fã aonde quer que ele vá) e a química incrível que ele teve com Rachel.
Depois do último episódio que ele aparece, demorei meses pra assistir a série, pois não conseguia ver como eles manteriam o ritmo sem perder a qualidade e o medo de ver uma série que amo degringolar me impediu de acompanhar regularmente os episódios (um beijo pra quem já passou por isso com Dexter).
Mas me enganei (uhuul \0/): CEXG saiu do triângulo amoroso e se desenvolveu sob outros aspectos da vida de Rebecca, como
* a transformação de sua relação com Valência - achei lindo e empoderador como elas realmente viraram amigas e o quão profunda foi essa mudança a ponto de Valência tomar pra si a responsabilidade de organizar a cerimônia de casamento
* o amadurecimento da relação com Paula - dava pra ver que a dinâmica anterior não iria muito longe e foi ótimo que isso foi ~resolvido~ logo (Paula ainda a vê mais como amilha [amiga/filha], mas o modo como ambas lidam com isso está muito mais saudável).
* a veracidade da trama em si - eu sou APAIXONADA pela primeira temporada, ouço sempre todas as músicas e maratonei umas duas vezes enquanto esperava a segunda, mas é preciso admitir que ela fica muito mais no realismo fantástico do que na nossa vida proletária. Na segunda, nos deparamos com problemas da vida real (o aborto de Paula, a fragilidade de Rebecca no quesito relacionamento) e sem perder a leveza da série, o que fez com que eu me sentisse muito mais próxima de toda a história.
Acho de verdade que a trama tomará um rumo bem interessante na terceira temporada, e que, ao longo do caminho, Josh (AFFE) pare de ser o foco e Rebecca possa definitivamente olhar pra dentro e tratar a dor que ela carrega em si, tornando-se uma pessoa melhor para si mesma (mas que antes dê tempo para um affair com Nathaniel, por favor).
Sem perder o bom-humor, os personagens maravilhosos e os musicais MATADORES, esse combo maravilhoso que alegra nossa vida =)
A quarta temporada terminou matadora, já essa teve como foco (depois da limpeza clássica de elenco) o desenvolvimento dos personagens em um novo ambiente.
Minha classificação de quem mitou, quem ficou en passant e quem poderia ter ido pra nunca mais voltar:
Rick Grimes: finalmente, o "médico e o monstro" se tornaram um só. Andrew Lincoln conseguiu dar muita veracidade a esta versão do Rick, que mata quem precisar matar mas que ainda acredita que há coisas pelas quais vale à pena lutar, "além da família".
Carol Peletier: como faz pra ser amiga dela? Voltou triunfalmente, resolveu suas pendências psicológicas, abraçou o grupo como sua verdadeira família e não tem medo de ser badass (não sei como o Sam tentou virar amigo dela depois do que ela disse. Eu não teria tanta coragem xD).
Michonne: gostei do arco dela do 9º ao 16º episódio, ela também aprendeu muita coisa e reforçou sua lealdade inicial ao grupo do Rick & Cia [que parecia um pouco ~balançada~].
Glenn: esse vai pro céu. Aturou as infantilidades do Aiden, ainda tentou ajudá-lo, viu Noah morrer na sua frente (E ele pediu pro Glenn não soltá-lo: essa doeu fundo no meu coração), e ainda teve misericórdia pela ESCÓRIA de gente que é o covarde cujo nome nem me dei ao trabalho de decorar. Espero que por essa última ele não se arrependa mas, em geral, ele conquistou seu espaço.
Abraham: ainda não cheguei na história dele na HQ. Então estou esperando isso para entender como, em meio a um apocalipse zumbi, a mulher surta porque o marido está PROTEGENDO ela e os filhos, foge e não tem a capacidade de andar um quilômetro sem ser devorada. Tirando isso, achei surpreendente a maturidade com que ele perdoou Eugene (vcs me desculpem, mas eu teria matado ele mesmo) e como ele vem se consolidando como uma pessoa de liderança.
Deanna: é evidente o seu tino para a liderança e coisa e tal. Mas faltava a ela um pouco de "experiência real e prática" sobre como a realidade deles é agora. Acho que Rick conseguiu convertê-la.
Maggie: depois da montanha-russa de emoções que foi a vida dela na primeira parte desta temporada, agora ela está mais centrada e com o espírito elevado do pai dela (só isso explica ela não ter dado cabo de um certo "clérigo".
Sasha: achei poética a cena dela na vala com os agora mortos de verdade. Ela lembra o Rick no período de surto na 3ª temporada, mas a respeito porque ela acerta TODOS os tiros que dá.
Daryl: além de ser o walker's terminator de sempre, ele ficou um pouco mais quieto do que na temporada passada. Mas achei uma ótima tática: ele não desgasta a imagem e deu espaço para os outros brilharem.
Rosita: não foi O desenvolvimento, mas pelo menos ela ganhou umas cenas nas quais ela pode falar mais do que duas palavras.
Tara: outra forte candidata a beatificação e já com milagres a averiguar (como o rompante de coragem do cara do mullet).
Carl: tá crescendo, pessoal! Além do momento affair, achei bem madura e realista a visão dele sobre Alexandria e a confiança que ele tem naquilo que o pai faz.
Eugene: sei que ele é inofensivo e talz, mas quando eu penso o tanto de gente que morreu acreditando que estava ajudando a trazer a cura para o mundo, não consigo perdoá-lo.
Gabriel: esse vai QUEIMAR NO MÁRMORE DO INFERNO. Medroso, intrigueiro, chato, obtuso e ingrato. Michonne deveria tê-lo deixado morrer do lado de fora da igreja e/ou Maggie deveria ter dado um jeito nele depois de conter Sasha. Por mim é o próximo da fila.
Cara tosco que tentou matar o Glenn: ESCÓRIA de gente². Disputando com Gabriel a vaga para ser a próxima ração de zumbi
"É verdade que o homem é um grão na imensidão da Terra. Mas é um grão que guarda em si a Vida, o Amor e o Verso.
Então, se dá o reverso: o grão de pó ganha grandeza, e nós ganhamos a certeza de que a poesia indica que as eras do Universo passam. E o homem que ama, fica."
Agora se completam 10 anos de "Hoje é Dia de Maria" e ainda levo comigo muitas das cenas, dos personagens e das falas, tão cheias de poesia e de verdades sobre a vida, que foram contadas neste trabalho tão bem feito, em diversos sentidos.
Carolina Oliveira impressiona pela sua atuação tão verídica (lembro que fiquei um pouco chocada quando descobri que ela não era do interior, porque seu sotaque é muito bom), Letícia Sabatella parece que nasceu para interpretar personagens saídos do realismo fantástico e Rodrigo Santoro e Daniel de Oliveira não ficaram pra trás e fizeram muito bem seu Amado e Palhaço. Fernanda Montenegro e Osmar Prado são hors concours, então nem comento.
A trilha, as músicas, o cenário e o figurino pensados para nos mostrar o belo e terrível em uma ótica de encanto e fantasia. A missão não foi fácil, mas foi cumprida com êxito.
- They’re gonna feel pretty stupid when they’re find out. - Find out what? - They’re screwing with the wrong people.
Rick Grimes apenas MITANDO neste encerramento de temporada
As tramas psicológicas deram o tom dessa temporada, que deixou um pouco de lado o modus operandi da matança zumbi (também o povo tá há bem mais de um ano nessa vida, já sabe umas 40 formas de acertar um walker na cabeça) e se concentra nas pessoas, dando mais consistência e verossimilhança ao enredo.
Episódios excelentes não apenas na história: trilha sonora, fotografia e filmagem ajudaram a compor cenas que de uma perícia artística que até então não tinha aparecido nesta série (como na cena de abertura do episódio The Grove, com Lizzie, Mika, Carol, Judith e Tyresse).
Apesar do foco em vários personagens que aconteceu da segunda metade dos episódios, gostei particularmente das mudanças ocorridas em nosso xerife: de atirador lunático para fazendeiro pacato, de fazendeiro pacato para um verdadeiro homem de paz e mediador de conflitos e de um homem de paz e mediador de conflitos para um homem que dá valor para o que ama e para as pessoas em que confia e que não vai deixar qualquer criaturinha cheia de marra dizer pra se eles vivem ou morrem [mesmo que pra isso tenha que usar métodos bem ortodoxos].
Parabéns a todos os atores, produtores, roteiristas e equipe de apoio. Vocês ARRASARAM e vão nos fazer contar cada dia que falta até o mês outubro (183 dias a partir de hoje).
Minha fé no mundo sempre volta quando leio/assisto algo de Jane Austen e com Emma não foi diferente!
Apesar de achar o final um pouco corrido, fiquei totalmente encantada com a série: fotografia linda, paisagem espetacular, figurinos muito bem feitos e ótimas atuações (ADORO quando ninguém destoa do personagem)!
Romola Garai fez uma Emma extremamente cativante, do jeito que imaginei que ela fosse no livro (sempre tive a visão de que, um pouco mimada, ela sempre teve uma grande compaixão pelo próximo e muito amor [acho que pelo modo como ela sempre tratou seu pai]).
Uma das coisas que mais gosto de Emma é que, das principais heroínas de Austen, como Elizabeth e Elinor, ela erra: seja em pressupor sentimentos ou até em sua inconsequência em alguns comentários, e esses erros a fazem ser uma pessoa melhor. Esse tipo de "lição" é sempre válida e nos ajuda a nos identificar melhor com o personagem.
Os outros atores também desempenharam muitíssimo bem seus papeis: Rupert Evans fez um MR. Churchill que era um poço de charme, Jonny Lee Miller fez o Mr Knightley que sempre vi no livro (íntegro, de bom coração e que se descobre apaixonado mas só admite isso quando vê o perigo real de perder a quem ama), Michael Gambon deu vida ao catastrófico porém muito afetuoso Mr Woodhouse, Laura Pyper segurou bem a onda de fazer uma Jane Fairfax que não podia dizer nada mas insinuava muito e Louise Dylan fez uma Harriet Smith muito mais humana e divertida do que a que me lembrava de ter conhecido quando li a obra.
Produção mais que bem feita, enche os olhos de qualquer um!
Charlotte Brontë conseguiu fazer uma história que me fizesse suspirar tanto como Jane Austen!
Não tem como não sentir uma afeição profunda por Jane Eyre devido a tudo o que passou, pelas provações que a vida lhe deu e a sua força interior para se firmar naquilo que achava certo e continuar pelo caminho.
Apesar do seu "conflito" não ser mais encarado assim hoje em dia, não há como não admirar a grande força de espírito que ela teve para agir como agiu no decorrer da trama.
E também não há como não cair de amores por Mr. Rochester, que encarna a versão vitoriana da "Fera" de "A Bela e a Fera": alguém inicialmente rude mas que, com o passar do tempo, demonstra o quão carinhoso, gentil e apaixonado pode ser.
Confesso que sou um pouco xiita com adaptações para livros e que, por isso, não apreciei muito as adições/mudanças que a produção realizou se compararmos ao roteiro original, mas a BBC fez uma série com uma fotografia tão linda,paisagens deslumbrantes e um casal que ficou tão bem no papel central que isso meio que ficou em segundo plano e consegui desfrutar ao máximo de cada capítulo.
Revenge é o meu atual guilty pleasure: alguns momentos dessa série meio que insultam a minha inteligência, mas alguns atores (como Gabriel Mann [Nolan] e Nick Wechsler [Jack]) que me fazem acreditar que há salvação!
Mas tiro o chapéu para o último episódio, foi sensacional. E que venha a segunda temporada!
Se alguém do grupo tinha ilusões de que a vida voltaria ao normal, elas caíram por terra nessa temporada.
Os primeiros capítulos foram um pouco arrastados, mas a partir do sétimo começa um crescendo que explode no 12º e toma um novas proporções no 13º.
Acho que agora o grupo está caindo na realidade e procurando continuar humanos mesmo tendo que se proteger dos errantes e de outros humanos, além deles próprios.
Daryl: caipira com alma de cavaleiro, rastreador (mais alguém lembrou de Lost?), boa gente, "bróder" e com sangue nos olhos. Essa temporada foi sua!
Andrea: saiu do mundo dos mortos para fazer a diferença. [Abrindo outro parênteses para dizer que quis dar um tapa na Lori quando falou para ela "voltar para a cozinha pq ela não fazia nada de útil com uma arma na mão"]. E encerrou a temporada com a faca e o queijo do mistério na mão.
Rick e Shane: enquanto o segundo despirocou de vez [achei que a queda poderia ser melhor explorada e lamentei que tivesse morrido, mas não tinha jeito mesmo] o primeiro está dando adeus ao bom mocismo e adotando uma racionalidade que parece que irá deixar as coisas mais emocionantes!
E o que fazer quando você acorda e o vê que seu mundo foi destruído?
Foi assim que aconteceu com delegado Rick que, após levar um tiro e passar um tempo em coma, acorda em seu leito de hospital e se depara com uma imensidão de corpos, destruição e zumbis.
Achei o roteiro meio forçado algumas vezes (como na relação de pessoas vivas e suas relações com Rick), mas no geral, ele convence: transmite na medida certa o medo, desespero e desorientação que eles estão passando sem atravessar o limite da angústia.
Ao contrário dos outros, achei que o pouco uso da trilha ajudou a reforçou a áurea mais séria da história e tive a mesma opinião com a abertura.
Agora com as interpretações tenho que admitir que estão bem oscilantes (de longe a melhor dessa temporada foi a Andrea, irmã da Amy).
A minha intenção inicial era assistir um capítulo por dia. Mas acabei de ver todos de uma vez nessa noite xD
Gente, eu não me canso de ver/ler Orgulho e Preconceito, e a BBC fez um excelente trabalho nessa obra!
Quero muito começar falando da escolha dos atores: que eu mais gostei dessa parte é que as pessoas realmente são "pessoas": todas com a sua beleza particular, mas mesmo assim perfeitamente humanas e normais (com exceção de Colin Firth, obviamente). Bem que poderíamos repetir esse padrão de normalidade por aqui.
Dois exemplos que eu gostaria de destacar são de Jennifer Ehle, que fez uma Elizabeth irrepreensível ostentando na ocasião um manequim que com certeza não é o padrão 38 que vemos na TV atualmente, e Susannah Harker como Jane: sua beleza na série é bem diferente do que julga-se "belo" hoje em dia, mas na época da série ela era, sim, muito apreciada (e sou infinitamente grata aos produtores por terem mantido a fidelidade à obra ao invés de cair no convencionismo de agora.)
E essa fidelidade ao texto de Austen se manteve também na hora do primeiro pedido de casamento: sim, ele foi seco e praticamente "cuspido", mas ele foi assim porque Mr. Darcy era um convencido de marca maior acostumado a ter o mundo a seus pés e totalmente desconfortável por ter que se colocar no papel de um homem que se submete ao julgamento da mulher que ama para que Ela o aceite como marido (sem falar do fato dele, consequentemente, se relacionar com gente que julgava "inferior").
Esse é o real Mr. Darcy e mais uma vez serei eternamente grata por não o terem mudado (por que desse jeito ele não se tornaria tão adorável e irresistível como acabou se tornando)!
No filme, em algumas cenas, como a da dança em que a sala fica só com eles ou no pedido de casamento na chuva, ficou implícita uma atração física entre ambos que não estava na obra inicial e que desconfio ter sido colocada só para nos fazer suspirar mais [ o que de fato aconteceu]. E sim, amo obras adaptadas totalmente fiéis ao texto original xD
Enfim, o que dizer? Roteiro envolvente, ótimos atores, cenas lindas e o melhor:
O roteiro foi maravilhosamente adaptado, a fotografia está maravilhosa e o figurino extremamente luxuoso.E as atuações... ah as atuações!!!
Em que mundo a gente vive aonde atores como Simone Spoladore e Leonardo Vieira fazem só pontinhas em novelas [sendo que faz tempo que não os vejo]?! Ambos estavam bárbaros na primeira fase, um par inesquecível e uma atuação belíssima, que me comovia até a alma.
E Walmor Chagas? Ele foi o mesmo Afonso da Maia dos livros, rígido como uma rocha, mas com um amor sem limites [já estou vendo que chorarei litros nessa semana]. Não consigo imaginar ninguém que o conseguisse substituir à altura.
Os Maias também foi a prova de que Ana Paula Arósio e Fábio Assunção são mais do que dois belos pares de olhos azuis: cada um fez o seu papel extremamente bem, sendo que a Maria Eduarda da tv, mesmo um pouco mais independente, ainda conseguiu manter a essência do livro.
E todos os outros atores, desde Osmar Prado como o poeta Alencar até Isabelle Drummond como a jovem Rosa foram espetaculares em suas atuações! Ninguém destoa desse elenco!
Com certeza uma história para se guardar na memória. Ainda estou para ver uma história tão magistralmente adaptada como essa.
É como falaram: Os Maias é definitivamente uma obra de arte!
Aí que ninguém volta ao que já deixou Ninguém larga a grande roda ninguém sabe onde é que andou Ai que ninguém lembra nem o que sonhou (e) aquele menino canta a cantiga do pastor
Ao largo ainda arde a barca da fantasia e o meu sonho acaba tarde deixa a alma de vigia
Ao largo ainda arde a barca da fantasia e o meu sonho acaba tarde acordar é que eu não queria.
Essa temporada ficou mais focada na família de Christine [principalmente em Matthew] ao invés de explorar sua vida amorosa, mas foi tão divertida quanto as outras!
Crazy Ex-Girlfriend (3ª Temporada)
4.2 48 Assista AgoraSe eu tivesse que definir essa temporada em quatro palavras, seriam dor, cura, repetição e reparação.
Os sete primeiros episódios da temporada vão o céu, passam pelo inferno e terminam na terra.
Céu: vemos Rebecca sofrendo com o fato de não poder mais sonhar com uma vida em comum com Josh e tentar fazer com que ele sofra o que ela sofreu. O que culmina na ótima "After everything you made me do" que é quase uma catarse para todos os fãs que — como eu — não aguentavam mais vê-la se destruindo para manter um relacionamento com alguém que claramente estava apenas se deixando levar pela correnteza.
Inferno: ao ser deixada no altar, Becks perdeu a última coisa que a mantinha minimamente estável e acabou se jogando em uma espiral de dor e autosabotagem (cujo ponto alto dormir com o pai do Greg e acabando com minhas esperanças de que ele ao menos pudesse fazer uma participação especial) que acabou com qualquer amor próprio ou perspectiva de futuro em sua vida, criando o plano de fundo para a sua tentativa de suicídio
— destaque para o momento que achei lindo em que ela acaba lendo Hope (esperança) ao invés de Help (ajuda) no botão usado para chamar a comissária de bordo. Achei muito emocionante, mesmo.
Terra: puxado pela igualmente emocionante "My Diagnosis" Rebecca descobre que possui uma condição psicológica que precisa de tratamento constante e começa a trabalhar
em se tornar alguém melhor, finalmente (FINALMENTE) entendendo que o que ela sentia por Josh era mais uma obsessão misturada com nostalgia do que realmente um sentimento de verdade.
Pra marcar essa nova fase, finalmente² (FINALMENTE²) em "Getting over Jeff" o nome de Josh não se encontra no título do episódio, após 2 temporadas e meia.
Vem mudança por aí!
Sim, só que não. Voltando às três palavras que utilizei para definir a temporada, digamos que até o momento passamos pela dor e pela cura e que, CEG se encerra em repetição e reparação.
Entre os episódios 8-9, 10-11 e 12-13 Rebecca entre em uma espiral de cair em erros antigos, perceber seu comportamento e tentar fazer diferente.
Começamos com ela se envolvendo com Nathaniel e terminando ao perceber que não está pronta para um relacionamento; e depois vemos ela se enganar achando que poderia estar com ele sem nenhum envolvimento emocional, se questionar se valeria a pena tentar novamente e decidindo que, de fato, ainda não se sente segura.
Por último, vemos nossa advogada favorita atravessar um caminho não muito diferente do percorrido na primeira temporada, na qual ela usa a confiança das pessoas para manipulá-las e sair ilesa das suas maquinações. Porém, dessa vez ela não consegue se desculpar e entende que precisa, de verdade, mudar. Caso contrário, ela nunca sairá do círculo vicioso no qual viveu durante, pelo menos, toda a sua vida adulta.
Já me alonguei demais nessa explicação, então foi ser super resumida nos outros aspectos dessa temporada: tudo primoroso como sempre, com destaque para uma maior participação do escalão B/C dos atores coadjuvantes, que tiveram seu lugar ao sol.
A terceira temporada se difere das outras por ser muito mais pé no chão e desenhar um caminho muito claro do que esperar na quarta temporada (QUE PRECISA ACONTECER).
Crazy Ex-Girlfriend está fazedo um trabalho primoroso em contar de forma convicente o caminho que uma pessoa precisa percorrer para alcançar uma mudança definitiva em sua vida e seria uma pena interromper esse ciclo por questões orçamentárias.
Minha esperança é que a CW tenha a mesma percepção que a minha: que CEG é tipo um Blade Runner: quase não assistido em sua época, mas uma referência em produções futuras.
Nunca assisti uma série com esse formato e abordagem e acredito, de verdade, que ela trouxe uma contribuição muito valiosa não para quem lida ou vive com alguém com doenças de fundo psicológico, mas para o mercado como um todo por mostrar outras possibilidades de formato
e mesmo de comédia.
Espero voltar aqui em 2019 0/
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 943 Assista AgoraAcabei de terminar e já adianto que recomendo bastante! Fiz uma análise dos personagens que, pra mim, mais se destacaram, os que ficaram "nem pra lá e nem pra cá" e aqueles que só me fizeram passar raiva mesmo.
Quem brilhou:
Nairobi: MELHOR PESSOA. Divertida, sensata, muito humana e rainha das notas. Ganhou minha simpatia pra sempre.
Moscou/Agustín: senhorzinho mais gente boa do rolê. Chorei quando se foi.
Denver/Ricardo: herdou o coração de ouro do pai (e uma risada estranha mas que combina lindamente com seu jeito desmiolado). Esperamos que, com sua atual companheira, crie mais juízo.
Estocolmo/Mónica Gaztambide: um dos melhores desenvolvimentos. Já dizia a música de Sandy & Júnior: "Olha o que o amor me faz". Quis gritar gol na hora em que ela pega a metralhadora.
Helsinque: o tipo de pessoa que o tamanho do corpo corresponde à bondade e generosidade. Mesmo sendo um dos "soldados" do grupo, era um dos mais divertidos.
Sr. Torres: quem não lembra era o senhorzinho que ajudava Nairóbi a produzir as notas ( el pullo secuestrado do mês) . Está aqui porque achei muito fofa a cena em que ele disse que nunca encontrou uma chefe tão capaz e que amava tanto o que fazia como ela.
Professor: apesar do caso com a Raquel ter ficado meio forçado, sua construção foi muito bem feita. Bondoso, gentil e antiquado de um jeito engraçado, ele soube lidar com brilhantismo em todas as horas em que as coisas ficaram pesadas no lado de fora E o ator que o interpreta (Álvaro Morte) estava muito, muito bem, seja nos momentos de tensão como no choro ao ver um companheiro ser morto.
Raquel: tenho alguns poréns com o desenvolvimento dela dentro da história, mas se tem alguém que apanhou nisso tudo — e muitas vezes de forma injusta — foi ela. E admiro personagens que conseguem se levantar
Berlin/Andrés: Era um desgraçado e tinha umas atitudes desprezíveis? Sem dúvida. Mas TAQUIPARIU QUE PESSOA PONTA FIRME E AMIGO DO C#R#LH#. Sua frieza anormal se provou valiosa em vários momentos da história e ele era tão cínico que chegava a ser hilário. Mais do que mereceu ser o líder de dentro do assalto e sua amizade com o professor era muito bonita. Deixará saudades por ser aquele que odiamos amar. Quero muito acompanhar a carreira do Pedro Alonso e ver outros papéis dele.
Quem foi mais ou menos:
Oslo> não deu muito tempo pra fazer nada mas deixo a menção por ter morrido sem poder se defender.
Ángel: fiquei com um ranço desgraçado dele a história toda por gostar da Raquel mas ficar se vitimizando e casado com outra porque ela não queria nada com ele, mas ganhou meu respeito por não ter entregado ninguém no final.
Ariadna: não apareceu muito, mas fez um bom papel quando possível.
Río: É imaturo? Pra caramba. Mas acho que com a idade isso pode se resolver. De resto, era um bom personagem e ajudou Denver a picaretar a parede para tentar salvar Moscou.
Quem poderia ser explodido com P4
Arturo: HIJO DE P%T@. Não vou negar que no final ele até desenvolveu mais fibra moral, mas tenho muita raiva de gente que não assume as ações que toma e depois fica pedindo pelo amor de Deus para que sua vida seja poupada. Achei pouco ter levado só um tiro e espero que sua esposa o largue depois de tudo.
Tókio: se você não tem raiva dessa mulher por favor se apresente nos comentários e me explique como conseguiu adquirir esse grau de iluminação budista. É o tipo de pessoa que gostaria de ter do meu lado em um tiroteio — sério, ela salvou o grupo duas vezes, pegando a Browning na primeira temporada e deslizando pra atirar nos pés dos soldados no último episódio — mas pra relações pessoais só causa problema por ser impulsiva e egoísta, saber disso, não tentar mudar e arrastar gente boa pra cova.Por mim Berlin poderia ter embalado uns explosivos quando a despachou pra fora.
Pietro: aquele velho careca que fica na tenda desmoralizando o trabalho da Raquel. começou sendo idiota, melhorou na metade e voltou a ser babaca no final. Espero que boa parte da culpa pela fuga de todos tenha sido atribuída a ele.
Alison Parker: porque não gosto de gente sonsa.
Professora da excursão: outra sonsa, que ficava se fazendo de corajosa quando os sequestradores estavam pegando leve mas não aguentou dois tiros disparados pro alto. Se é pra segurar uma pose, faça igual Berlin e segure pra sempre.
Marido da Raquel: um ser desprezível que ainda tinha crédito por vivermos num mundo machista. Caso haja uma próxima temporada desejo que ele se lasque.
Westworld (1ª Temporada)
4.5 1,3KWestworld em uma frase:
"Não é feitiçaria. É tecnologia."
Crazy Ex-Girlfriend (2ª Temporada)
4.2 53 Assista AgoraPrimeiramente: as duas temporadas já disponíveis na Netflix brazuca 0/
Segundamente:
Meus parabéns à Rachel Bloom, Aline Brosh McKenna e toda a equipe que precisou lidar de forma competente com um revés capaz de desestabilizar qualquer seriado e trouxe uma trama consistente, com ótimos momentos cômicos e uma abordagem muito mais realista, mantendo a promessa feita lá na primeira temporada de que Crazy Ex-Girlfriend seria diferente.
Perdemos Greg. Não sei pra vocês, mas pra mim ainda dói (bastante), tanto pela ótima construção do personagem como pela voz incrível de Santino Fontana (que ganhou uma fã aonde quer que ele vá) e a química incrível que ele teve com Rachel.
Depois do último episódio que ele aparece, demorei meses pra assistir a série, pois não conseguia ver como eles manteriam o ritmo sem perder a qualidade e o medo de ver uma série que amo degringolar me impediu de acompanhar regularmente os episódios (um beijo pra quem já passou por isso com Dexter).
Mas me enganei (uhuul \0/): CEXG saiu do triângulo amoroso e se desenvolveu sob outros aspectos da vida de Rebecca, como
* a transformação de sua relação com Valência - achei lindo e empoderador como elas realmente viraram amigas e o quão profunda foi essa mudança a ponto de Valência tomar pra si a responsabilidade de organizar a cerimônia de casamento
* o amadurecimento da relação com Paula - dava pra ver que a dinâmica anterior não iria muito longe e foi ótimo que isso foi ~resolvido~ logo (Paula ainda a vê mais como amilha [amiga/filha], mas o modo como ambas lidam com isso está muito mais saudável).
* a veracidade da trama em si - eu sou APAIXONADA pela primeira temporada, ouço sempre todas as músicas e maratonei umas duas vezes enquanto esperava a segunda, mas é preciso admitir que ela fica muito mais no realismo fantástico do que na nossa vida proletária. Na segunda, nos deparamos com problemas da vida real (o aborto de Paula, a fragilidade de Rebecca no quesito relacionamento) e sem perder a leveza da série, o que fez com que eu me sentisse muito mais próxima de toda a história.
Acho de verdade que a trama tomará um rumo bem interessante na terceira temporada, e que, ao longo do caminho, Josh (AFFE) pare de ser o foco e Rebecca possa definitivamente olhar pra dentro e tratar a dor que ela carrega em si, tornando-se uma pessoa melhor para si mesma (mas que antes dê tempo para um affair com Nathaniel, por favor).
Sem perder o bom-humor, os personagens maravilhosos e os musicais MATADORES, esse combo maravilhoso que alegra nossa vida =)
The Walking Dead (5ª Temporada)
4.2 1,4K Assista AgoraU.A.U
A quarta temporada terminou matadora, já essa teve como foco (depois da limpeza clássica de elenco) o desenvolvimento dos personagens em um novo ambiente.
Minha classificação de quem mitou, quem ficou en passant e quem poderia ter ido pra nunca mais voltar:
Tops
Rick Grimes: finalmente, o "médico e o monstro" se tornaram um só. Andrew Lincoln conseguiu dar muita veracidade a esta versão do Rick, que mata quem precisar matar mas que ainda acredita que há coisas pelas quais vale à pena lutar, "além da família".
Carol Peletier: como faz pra ser amiga dela? Voltou triunfalmente, resolveu suas pendências psicológicas, abraçou o grupo como sua verdadeira família e não tem medo de ser badass (não sei como o Sam tentou virar amigo dela depois do que ela disse. Eu não teria tanta coragem xD).
Michonne: gostei do arco dela do 9º ao 16º episódio, ela também aprendeu muita coisa e reforçou sua lealdade inicial ao grupo do Rick & Cia [que parecia um pouco ~balançada~].
Glenn: esse vai pro céu. Aturou as infantilidades do Aiden, ainda tentou ajudá-lo, viu Noah morrer na sua frente (E ele pediu pro Glenn não soltá-lo: essa doeu fundo no meu coração), e ainda teve misericórdia pela ESCÓRIA de gente que é o covarde cujo nome nem me dei ao trabalho de decorar. Espero que por essa última ele não se arrependa mas, em geral, ele conquistou seu espaço.
Abraham: ainda não cheguei na história dele na HQ. Então estou esperando isso para entender como, em meio a um apocalipse zumbi, a mulher surta porque o marido está PROTEGENDO ela e os filhos, foge e não tem a capacidade de andar um quilômetro sem ser devorada. Tirando isso, achei surpreendente a maturidade com que ele perdoou Eugene (vcs me desculpem, mas eu teria matado ele mesmo) e como ele vem se consolidando como uma pessoa de liderança.
Deanna: é evidente o seu tino para a liderança e coisa e tal. Mas faltava a ela um pouco de "experiência real e prática" sobre como a realidade deles é agora. Acho que Rick conseguiu convertê-la.
Quem se saiu bem
Maggie: depois da montanha-russa de emoções que foi a vida dela na primeira parte desta temporada, agora ela está mais centrada e com o espírito elevado do pai dela (só isso explica ela não ter dado cabo de um certo "clérigo".
Sasha: achei poética a cena dela na vala com os agora mortos de verdade. Ela lembra o Rick no período de surto na 3ª temporada, mas a respeito porque ela acerta TODOS os tiros que dá.
Daryl: além de ser o walker's terminator de sempre, ele ficou um pouco mais quieto do que na temporada passada. Mas achei uma ótima tática: ele não desgasta a imagem e deu espaço para os outros brilharem.
Rosita: não foi O desenvolvimento, mas pelo menos ela ganhou umas cenas nas quais ela pode falar mais do que duas palavras.
Tara: outra forte candidata a beatificação e já com milagres a averiguar (como o rompante de coragem do cara do mullet).
Carl: tá crescendo, pessoal! Além do momento affair, achei bem madura e realista a visão dele sobre Alexandria e a confiança que ele tem naquilo que o pai faz.
Quem já está ocupando espaço::
Eugene: sei que ele é inofensivo e talz, mas quando eu penso o tanto de gente que morreu acreditando que estava ajudando a trazer a cura para o mundo, não consigo perdoá-lo.
Gabriel: esse vai QUEIMAR NO MÁRMORE DO INFERNO. Medroso, intrigueiro, chato, obtuso e ingrato. Michonne deveria tê-lo deixado morrer do lado de fora da igreja e/ou Maggie deveria ter dado um jeito nele depois de conter Sasha. Por mim é o próximo da fila.
Cara tosco que tentou matar o Glenn: ESCÓRIA de gente². Disputando com Gabriel a vaga para ser a próxima ração de zumbi
E que venha logo outubro!
Hoje é Dia de Maria 1ª Jornada
4.3 212"É verdade que o homem é um grão na imensidão da Terra. Mas é um grão que guarda em si a Vida, o Amor e o Verso.
Então, se dá o reverso: o grão de pó ganha grandeza, e nós ganhamos a certeza de que a poesia indica que as eras do Universo passam. E o homem que ama, fica."
Agora se completam 10 anos de "Hoje é Dia de Maria" e ainda levo comigo muitas das cenas, dos personagens e das falas, tão cheias de poesia e de verdades sobre a vida, que foram contadas neste trabalho tão bem feito, em diversos sentidos.
Carolina Oliveira impressiona pela sua atuação tão verídica (lembro que fiquei um pouco chocada quando descobri que ela não era do interior, porque seu sotaque é muito bom), Letícia Sabatella parece que nasceu para interpretar personagens saídos do realismo fantástico e Rodrigo Santoro e Daniel de Oliveira não ficaram pra trás e fizeram muito bem seu Amado e Palhaço. Fernanda Montenegro e Osmar Prado são hors concours, então nem comento.
A trilha, as músicas, o cenário e o figurino pensados para nos mostrar o belo e terrível em uma ótica de encanto e fantasia. A missão não foi fácil, mas foi cumprida com êxito.
The Walking Dead (4ª Temporada)
4.1 1,6K Assista Agora- They’re gonna feel pretty stupid when they’re find out.
- Find out what?
- They’re screwing with the wrong people.
Rick Grimes apenas MITANDO neste encerramento de temporada
As tramas psicológicas deram o tom dessa temporada, que deixou um pouco de lado o modus operandi da matança zumbi (também o povo tá há bem mais de um ano nessa vida, já sabe umas 40 formas de acertar um walker na cabeça) e se concentra nas pessoas, dando mais consistência e verossimilhança ao enredo.
Episódios excelentes não apenas na história: trilha sonora, fotografia e filmagem ajudaram a compor cenas que de uma perícia artística que até então não tinha aparecido nesta série (como na cena de abertura do episódio The Grove, com Lizzie, Mika, Carol, Judith e Tyresse).
Apesar do foco em vários personagens que aconteceu da segunda metade dos episódios, gostei particularmente das mudanças ocorridas em nosso xerife: de atirador lunático para fazendeiro pacato, de fazendeiro pacato para um verdadeiro homem de paz e mediador de conflitos e de um homem de paz e mediador de conflitos para um homem que dá valor para o que ama e para as pessoas em que confia e que não vai deixar qualquer criaturinha cheia de marra dizer pra se eles vivem ou morrem [mesmo que pra isso tenha que usar métodos bem ortodoxos].
Parabéns a todos os atores, produtores, roteiristas e equipe de apoio. Vocês ARRASARAM e vão nos fazer contar cada dia que falta até o mês outubro (183 dias a partir de hoje).
Emma
4.3 100Minha fé no mundo sempre volta quando leio/assisto algo de Jane Austen e com Emma não foi diferente!
Apesar de achar o final um pouco corrido, fiquei totalmente encantada com a série: fotografia linda, paisagem espetacular, figurinos muito bem feitos e ótimas atuações (ADORO quando ninguém destoa do personagem)!
Romola Garai fez uma Emma extremamente cativante, do jeito que imaginei que ela fosse no livro (sempre tive a visão de que, um pouco mimada, ela sempre teve uma grande compaixão pelo próximo e muito amor [acho que pelo modo como ela sempre tratou seu pai]).
Uma das coisas que mais gosto de Emma é que, das principais heroínas de Austen, como Elizabeth e Elinor, ela erra: seja em pressupor sentimentos ou até em sua inconsequência em alguns comentários, e esses erros a fazem ser uma pessoa melhor. Esse tipo de "lição" é sempre válida e nos ajuda a nos identificar melhor com o personagem.
Os outros atores também desempenharam muitíssimo bem seus papeis: Rupert Evans fez um MR. Churchill que era um poço de charme, Jonny Lee Miller fez o Mr Knightley que sempre vi no livro (íntegro, de bom coração e que se descobre apaixonado mas só admite isso quando vê o perigo real de perder a quem ama), Michael Gambon deu vida ao catastrófico porém muito afetuoso Mr Woodhouse, Laura Pyper segurou bem a onda de fazer uma Jane Fairfax que não podia dizer nada mas insinuava muito e Louise Dylan fez uma Harriet Smith muito mais humana e divertida do que a que me lembrava de ter conhecido quando li a obra.
Produção mais que bem feita, enche os olhos de qualquer um!
Jane Eyre
4.4 60Charlotte Brontë conseguiu fazer uma história que me fizesse suspirar tanto como Jane Austen!
Não tem como não sentir uma afeição profunda por Jane Eyre devido a tudo o que passou, pelas provações que a vida lhe deu e a sua força interior para se firmar naquilo que achava certo e continuar pelo caminho.
Apesar do seu "conflito" não ser mais encarado assim hoje em dia, não há como não admirar a grande força de espírito que ela teve para agir como agiu no decorrer da trama.
E também não há como não cair de amores por Mr. Rochester, que encarna a versão vitoriana da "Fera" de "A Bela e a Fera": alguém inicialmente rude mas que, com o passar do tempo, demonstra o quão carinhoso, gentil e apaixonado pode ser.
Confesso que sou um pouco xiita com adaptações para livros e que, por isso, não apreciei muito as adições/mudanças que a produção realizou se compararmos ao roteiro original, mas a BBC fez uma série com uma fotografia tão linda,paisagens deslumbrantes e um casal que ficou tão bem no papel central que isso meio que ficou em segundo plano e consegui desfrutar ao máximo de cada capítulo.
Revenge (1ª Temporada)
4.3 824 Assista AgoraRevenge é o meu atual guilty pleasure: alguns momentos dessa série meio que insultam a minha inteligência, mas alguns atores (como Gabriel Mann [Nolan] e Nick Wechsler [Jack]) que me fazem acreditar que há salvação!
Mas tiro o chapéu para o último episódio, foi sensacional. E que venha a segunda temporada!
The Walking Dead (2ª Temporada)
4.2 2,3K Assista AgoraEm uma palavra: tensa, bem tensa.
Se alguém do grupo tinha ilusões de que a vida voltaria ao normal, elas caíram por terra nessa temporada.
Os primeiros capítulos foram um pouco arrastados, mas a partir do sétimo começa um crescendo que explode no 12º e toma um novas proporções no 13º.
Acho que agora o grupo está caindo na realidade e procurando continuar humanos mesmo tendo que se proteger dos errantes e de outros humanos, além deles próprios.
Destaque nessa temporada para mim:
Daryl: caipira com alma de cavaleiro, rastreador (mais alguém lembrou de Lost?), boa gente, "bróder" e com sangue nos olhos. Essa temporada foi sua!
Andrea: saiu do mundo dos mortos para fazer a diferença. [Abrindo outro parênteses para dizer que quis dar um tapa na Lori quando falou para ela "voltar para a cozinha pq ela não fazia nada de útil com uma arma na mão"]. E encerrou a temporada com a faca e o queijo do mistério na mão.
Rick e Shane: enquanto o segundo despirocou de vez [achei que a queda poderia ser melhor explorada e lamentei que tivesse morrido, mas não tinha jeito mesmo] o primeiro está dando adeus ao bom mocismo e adotando uma racionalidade que parece que irá deixar as coisas mais emocionantes!
E que venha a terceira!
The Walking Dead (1ª Temporada)
4.3 2,3K Assista AgoraE o que fazer quando você acorda e o vê que seu mundo foi destruído?
Foi assim que aconteceu com delegado Rick que, após levar um tiro e passar um tempo em coma, acorda em seu leito de hospital e se depara com uma imensidão de corpos, destruição e zumbis.
Achei o roteiro meio forçado algumas vezes (como na relação de pessoas vivas e suas relações com Rick), mas no geral, ele convence: transmite na medida certa o medo, desespero e desorientação que eles estão passando sem atravessar o limite da angústia.
Ao contrário dos outros, achei que o pouco uso da trilha ajudou a reforçou a áurea mais séria da história e tive a mesma opinião com a abertura.
Agora com as interpretações tenho que admitir que estão bem oscilantes (de longe a melhor dessa temporada foi a Andrea, irmã da Amy).
Que venha a segunda o/
Orgulho e Preconceito
4.5 249A minha intenção inicial era assistir um capítulo por dia. Mas acabei de ver todos de uma vez nessa noite xD
Gente, eu não me canso de ver/ler Orgulho e Preconceito, e a BBC fez um excelente trabalho nessa obra!
Quero muito começar falando da escolha dos atores: que eu mais gostei dessa parte é que as pessoas realmente são "pessoas": todas com a sua beleza particular, mas mesmo assim perfeitamente humanas e normais (com exceção de Colin Firth, obviamente). Bem que poderíamos repetir esse padrão de normalidade por aqui.
Dois exemplos que eu gostaria de destacar são de Jennifer Ehle, que fez uma Elizabeth irrepreensível ostentando na ocasião um manequim que com certeza não é o padrão 38 que vemos na TV atualmente, e Susannah Harker como Jane: sua beleza na série é bem diferente do que julga-se "belo" hoje em dia, mas na época da série ela era, sim, muito apreciada (e sou infinitamente grata aos produtores por terem mantido a fidelidade à obra ao invés de cair no convencionismo de agora.)
E essa fidelidade ao texto de Austen se manteve também na hora do primeiro pedido de casamento: sim, ele foi seco e praticamente "cuspido", mas ele foi assim porque Mr. Darcy era um convencido de marca maior acostumado a ter o mundo a seus pés e totalmente desconfortável por ter que se colocar no papel de um homem que se submete ao julgamento da mulher que ama para que Ela o aceite como marido (sem falar do fato dele, consequentemente, se relacionar com gente que julgava "inferior").
Esse é o real Mr. Darcy e mais uma vez serei eternamente grata por não o terem mudado (por que desse jeito ele não se tornaria tão adorável e irresistível como acabou se tornando)!
No filme, em algumas cenas, como a da dança em que a sala fica só com eles ou no pedido de casamento na chuva, ficou implícita uma atração física entre ambos que não estava na obra inicial e que desconfio ter sido colocada só para nos fazer suspirar mais [ o que de fato aconteceu]. E sim, amo obras adaptadas totalmente fiéis ao texto original xD
Enfim, o que dizer? Roteiro envolvente, ótimos atores, cenas lindas e o melhor:
no final Darcy e Elizabeth finalmente se beijam!
Recomendado ao extremo!
Os Maias
4.2 86Gente, por onde eu começo a elogiar?
O roteiro foi maravilhosamente adaptado, a fotografia está maravilhosa e o figurino extremamente luxuoso.E as atuações... ah as atuações!!!
Em que mundo a gente vive aonde atores como Simone Spoladore e Leonardo Vieira fazem só pontinhas em novelas [sendo que faz tempo que não os vejo]?! Ambos estavam bárbaros na primeira fase, um par inesquecível e uma atuação belíssima, que me comovia até a alma.
E Walmor Chagas? Ele foi o mesmo Afonso da Maia dos livros, rígido como uma rocha, mas com um amor sem limites [já estou vendo que chorarei litros nessa semana]. Não consigo imaginar ninguém que o conseguisse substituir à altura.
Os Maias também foi a prova de que Ana Paula Arósio e Fábio Assunção são mais do que dois belos pares de olhos azuis: cada um fez o seu papel extremamente bem, sendo que a Maria Eduarda da tv, mesmo um pouco mais independente, ainda conseguiu manter a essência do livro.
E todos os outros atores, desde Osmar Prado como o poeta Alencar até Isabelle Drummond como a jovem Rosa foram espetaculares em suas atuações! Ninguém destoa desse elenco!
Com certeza uma história para se guardar na memória. Ainda estou para ver uma história tão magistralmente adaptada como essa.
É como falaram: Os Maias é definitivamente uma obra de arte!
Aí que ninguém volta
ao que já deixou
Ninguém larga a grande roda
ninguém sabe onde é que andou
Ai que ninguém lembra
nem o que sonhou
(e) aquele menino canta
a cantiga do pastor
Ao largo
ainda arde
a barca
da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
deixa a alma de vigia
Ao largo
ainda arde
a barca
da fantasia
e o meu sonho acaba tarde
acordar é que eu não queria.
As Novas Aventuras da Velha Christine (3ª Temporada)
4.3 22Essa temporada ficou mais focada na família de Christine [principalmente em Matthew] ao invés de explorar sua vida amorosa, mas foi tão divertida quanto as outras!
As Novas Aventuras da Velha Christine (2ª Temporada)
4.2 31Ótima temporada!
Concordo em gênero, número e grau com o comentário da Bruna. !
As Novas Aventuras de Christine (1ª Temporada)
4.2 71E bobo? Com certeza, mas Julia Louis-Dreyfus arrasa na interpretação de Christine, não dá pra não rir com ela!
Dinotopia: A Terra dos Dinossauros
3.1 164Ainda vou assistir essa série até o final
Felicity (1ª Temporada)
4.1 86Faz vidas que não assisto,mas gostei bastante!
Elfen Lied
4.2 315 Assista AgoraVale por cada capítulo!
Xena: A Princesa Guerreira (1ª Temporada)
3.8 112Ah, infância querida que os anos não trazem mais...
Hoje é Dia de Maria 1ª Jornada
4.3 212Não costumo usar essa expressão, mas esse seriado merece: ADOOOOOOOOOOOOOORO !!!!
Roteiro fascinante, atuações de ponta [Carolina Oliveira mostrou a que veio já no seu primeiro trabalho!]e um cenário surreal!
Caverna do Dragão (1ª Temporada)
4.3 401Se porventura ganhar na Megasena eu patrocino a produção dos capítulos finais!
Mundo da Lua
4.3 222Você tem mais de dezoito anos e nunca viu "Mundo da Lua"? Meu caro, então você não teve infância.