Até 1967 as chamadas leis anti-miscigenação ainda existiam em 16 dos estados norteamericanos, algumas específicas somente a relações entre negros e brancos. Mas isso não muda opiniões, e se até hoje, ainda se faz presente a porção que se posiciona contra a união interracial, não é difícil imaginar o impacto causado pela obra em um país que finalmente assegurava o fim da segregação racial naquela década. E não apenas por ser específico a uma situação, mas por expandir-se a partir dela, visto que Tillie, uma empregada doméstica negra, aparenta apresentar racismo internalizado contra negros. Ainda, por terem se conhecido apenas dez dias antes de decidirem se casar, a preocupação dos pais de Joanna e John não é somente com os desafios que eles teriam que enfrentar como um casal -- apesar de ser o foco --, tornando a discussão mais crível. Por outro lado, ao tentar desacreditar estereótipos raciais, tornam John uma personagem demasiadamente perfeita, fazendo com o que sua cor seja o único questionamento do filme, como fora provavelmente planejado. Mesmo hoje, quando a sociedade debate a sexualidade e a identificação de gênero, vemos personalidades fictícias que são abordadas de forma tão redentora, que seu desenvolvimento é prejudicado. Se buscando fugir disso, o filme ainda apresenta personagens secundárias que podem ser rudes, independentemente de sua cor, o casal principal ainda não soa tão diferente dos vistos em contos de fadas da Walt Disney. Mas não há preocupação quanto aos pais de Joanna, que passam longe de serem os racistas caricatos que a sinopse pode fazer parecer -- ou mesmo racistas, de certa forma. É um bom filme, e definitivamente merece ser assistido, mas é prejudicado em alguns pontos pelo melodrama por vezes presente.
Enquanto Drácula, obra mais famosa e superestimada de Tod Browning, esconde seu ótimo trabalho em outros filmes, como The Unknown e o próprio Freaks, esse último foi o responsável pelo declínio de sua carreira. Mas se a crítica ainda é válida, não é de se espantar que tenha sido censurado por tantos anos, dado o cenário explorado, ainda que seja essa a prova da sua necessidade. É uma pena que parte tenha sido perdida, prejudicando o desenvolvimento do enredo, em especial das cenas finais.
Sua primeira parte funciona como crítica, mas ao abandonar todo o desenvolvimento para um final rápido, perde muito da reflexão que queria passar; não como filme motivador, mas como uma lição que despreza a profundidade do suicídio.
"Talvez a média metragem seja a duração ideal dos filmes que pretendem falar de nossa época. Os curtas são pequenos demais para abarcar o turbilhão da vida atual, mas é um desperdício de tempo narrar em longas nossas existências miúdas, indecisas e sem grandeza. " http://www1.folha.uol.com.br/fsp/acontece/ac0311201002.htm
Alguém conseguiu uma legenda com a tradução correta? A dublagem da Disney para os filmes da Ghibli possui diferenças e acréscimos ao roteiro. Essa dublagem foi usada como base para o lançamento brasileiro, bem como por fansubs, inclusive americanos. A tradução correta é esta: http://www.nausicaa.net/miyazaki/kiki/script_kiki_en.txt
Não fui observador com o título e não percebi que não utilizaram uma tradução literal (essa que seria Os suicídios virgens, e não As virgens suicidas), que para mim leva mais a uma visão pura do suicídio ou do seu vazio que a história das garotas em si; a morte é tão vazia quanto a vida. O roteiro, a partir do momento que conta com um grupo exterior para falar sobre as cinco irmãs, mantém o espectador mais afastado do emocional dos Lisbon, ao mesmo tempo que obtém um tom mais poético e melancólico à história. Nunca se sabe as razões. O suicídio é exterior ao indivíduo, mas simplesmente acontece sem maiores explicações para quem está de fora.
Não esperava que deixassem as demais irmãs em segundo plano para se focar em Lux, e isso foi decepcionante.Talvez assim fosse melhor, já que um filme não há espaço suficiente para abordar cada personagem separadamente, mas elas ficaram completamente apagadas.
A trilha sonora é ótima, mas foi realmente frustrante ver todos aqueles discos sendo queimados sem poder fazer nada...
Não é um filme inovador, mas não se propõe a ser. O caso é que roteiro é preso a clichês que qualquer um que tenha visto uma mínima quantidade de filmes reconhecerá. A mãe que procura pelo filho ou tenta salvá-lo, o conflito entre o lado espiritual e racional, o pai que, com o tempo, desiste de apoiar a esposa (fazendo, é claro, parte do lado cético do elenco), e outros também facilmente perceptíveis. Diferentemente desses tantos filmes que seguem a mesma linha, O Orfanato funciona. O roteiro pode, e provavelmente vai, incomodar a quem não suporta mais ver uma fórmula tão batida, mas vejo esse como uma versão alternativa para tantos fracassos. Belén não desaponta em sua atuação e foi parte importante na formação do suspense. Não assista esperando algo cheio de sangue e sustos baratos (um dos males dos atuais) por ser um terror. É claro que poderia ter sido melhor se fugisse desses clichês, mas ainda consegue entregar um bom resultado.
A conveniência da descoberta do papel com o cálculo que Marion fez me incomodou bastante, já que a mesma cena é muito mais crível no livro do Bloch, mas a execução do filme me prendeu completamente. Achei que seria um pouco superestimado, mas passa longe disso.
"Aulas de como não parecer suspeito, com Marion Crane".
O Rio da Coruja
4.2 7A versão original: https://www.youtube.com/watch?v=GuP5kUQro40
Adivinhe Quem Vem Para Jantar
4.1 222 Assista AgoraAté 1967 as chamadas leis anti-miscigenação ainda existiam em 16 dos estados norteamericanos, algumas específicas somente a relações entre negros e brancos. Mas isso não muda opiniões, e se até hoje, ainda se faz presente a porção que se posiciona contra a união interracial, não é difícil imaginar o impacto causado pela obra em um país que finalmente assegurava o fim da segregação racial naquela década. E não apenas por ser específico a uma situação, mas por expandir-se a partir dela, visto que Tillie, uma empregada doméstica negra, aparenta apresentar racismo internalizado contra negros. Ainda, por terem se conhecido apenas dez dias antes de decidirem se casar, a preocupação dos pais de Joanna e John não é somente com os desafios que eles teriam que enfrentar como um casal -- apesar de ser o foco --, tornando a discussão mais crível.
Por outro lado, ao tentar desacreditar estereótipos raciais, tornam John uma personagem demasiadamente perfeita, fazendo com o que sua cor seja o único questionamento do filme, como fora provavelmente planejado. Mesmo hoje, quando a sociedade debate a sexualidade e a identificação de gênero, vemos personalidades fictícias que são abordadas de forma tão redentora, que seu desenvolvimento é prejudicado. Se buscando fugir disso, o filme ainda apresenta personagens secundárias que podem ser rudes, independentemente de sua cor, o casal principal ainda não soa tão diferente dos vistos em contos de fadas da Walt Disney. Mas não há preocupação quanto aos pais de Joanna, que passam longe de serem os racistas caricatos que a sinopse pode fazer parecer -- ou mesmo racistas, de certa forma. É um bom filme, e definitivamente merece ser assistido, mas é prejudicado em alguns pontos pelo melodrama por vezes presente.
Monstros
4.3 509 Assista AgoraEnquanto Drácula, obra mais famosa e superestimada de Tod Browning, esconde seu ótimo trabalho em outros filmes, como The Unknown e o próprio Freaks, esse último foi o responsável pelo declínio de sua carreira. Mas se a crítica ainda é válida, não é de se espantar que tenha sido censurado por tantos anos, dado o cenário explorado, ainda que seja essa a prova da sua necessidade. É uma pena que parte tenha sido perdida, prejudicando o desenvolvimento do enredo, em especial das cenas finais.
Além da Imaginação (2ª Temporada)
4.6 31Ficção científica é um gênero que envelhece mal, mas um bom roteiro sempre será um bom roteiro.
A Pequena Loja de Suicídios
3.7 774Sua primeira parte funciona como crítica, mas ao abandonar todo o desenvolvimento para um final rápido, perde muito da reflexão que queria passar; não como filme motivador, mas como uma lição que despreza a profundidade do suicídio.
Aprendiz de Alfaiate
4.1 63"Talvez a média metragem seja a duração ideal dos filmes que pretendem falar de nossa época. Os curtas são pequenos demais para abarcar o turbilhão da vida atual, mas é um desperdício de tempo narrar em longas nossas existências miúdas, indecisas e sem grandeza. "
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/acontece/ac0311201002.htm
O Quinto Elemento
3.7 816Com quem eu falo para ter essas duas horas da minha vida de volta?
O Serviço de Entregas da Kiki
4.3 776 Assista AgoraAlguém conseguiu uma legenda com a tradução correta? A dublagem da Disney para os filmes da Ghibli possui diferenças e acréscimos ao roteiro. Essa dublagem foi usada como base para o lançamento brasileiro, bem como por fansubs, inclusive americanos. A tradução correta é esta: http://www.nausicaa.net/miyazaki/kiki/script_kiki_en.txt
A Rosa Púrpura do Cairo
4.1 590 Assista AgoraPor mais frustrante que seja admitir, o final é o que mais me fará lembrar deste filme.
Como o próprio Allen disse, você é, finalmente, forçado a escolher a realidade. E a realidade sempre desaponta, sempre te machuca.
O que é a vida humana, se não a insatisfação com o real?
As Virgens Suicidas
3.8 1,4K Assista AgoraNão fui observador com o título e não percebi que não utilizaram uma tradução literal (essa que seria Os suicídios virgens, e não As virgens suicidas), que para mim leva mais a uma visão pura do suicídio ou do seu vazio que a história das garotas em si; a morte é tão vazia quanto a vida. O roteiro, a partir do momento que conta com um grupo exterior para falar sobre as cinco irmãs, mantém o espectador mais afastado do emocional dos Lisbon, ao mesmo tempo que obtém um tom mais poético e melancólico à história. Nunca se sabe as razões. O suicídio é exterior ao indivíduo, mas simplesmente acontece sem maiores explicações para quem está de fora.
Não esperava que deixassem as demais irmãs em segundo plano para se focar em Lux, e isso foi decepcionante.Talvez assim fosse melhor, já que um filme não há espaço suficiente para abordar cada personagem separadamente, mas elas ficaram completamente apagadas.
A trilha sonora é ótima, mas foi realmente frustrante ver todos aqueles discos sendo queimados sem poder fazer nada...
O Orfanato
3.7 1,3KNão é um filme inovador, mas não se propõe a ser. O caso é que roteiro é preso a clichês que qualquer um que tenha visto uma mínima quantidade de filmes reconhecerá. A mãe que procura pelo filho ou tenta salvá-lo, o conflito entre o lado espiritual e racional, o pai que, com o tempo, desiste de apoiar a esposa (fazendo, é claro, parte do lado cético do elenco), e outros também facilmente perceptíveis. Diferentemente desses tantos filmes que seguem a mesma linha, O Orfanato funciona. O roteiro pode, e provavelmente vai, incomodar a quem não suporta mais ver uma fórmula tão batida, mas vejo esse como uma versão alternativa para tantos fracassos. Belén não desaponta em sua atuação e foi parte importante na formação do suspense. Não assista esperando algo cheio de sangue e sustos baratos (um dos males dos atuais) por ser um terror. É claro que poderia ter sido melhor se fugisse desses clichês, mas ainda consegue entregar um bom resultado.
Psicose
4.4 2,5K Assista AgoraA conveniência da descoberta do papel com o cálculo que Marion fez me incomodou bastante, já que a mesma cena é muito mais crível no livro do Bloch, mas a execução do filme me prendeu completamente. Achei que seria um pouco superestimado, mas passa longe disso.
"Aulas de como não parecer suspeito, com Marion Crane".
Mortos que Matam
3.8 96 Assista AgoraMortos que Matam: Porque de todos os títulos possíveis, 'O último homem na Terra' era certamente inviável.
In the Flesh (2ª Temporada)
4.3 106Esperando que Amy volte nessa temporada...
Seinfeld (3ª Temporada)
4.5 101 Assista AgoraJá vi essa cena várias vezes, mas não consigo ficar sem rir quando Elaine começa a gritar 'Stella'.