Acredito que essa série bebeu muito de Fargo, tanto a série quanto o filme. Digo pelos coadjuvantes excêntricos e pelas histórias que vão se encontrando.
Só que enquanto Fargo tem um cenário mais gélido, O Turista aposta no desértico outback australiano para contar sua história. Ela se perde um pouco ao longo da jornada, fazendo uso de episódios desnecessariamente longos. Mas tudo isso fica pequeno diante do carisma e da química dos dois principais.
Deu tão certo que quase me faz torcer por uma segunda temporada. Quase, pois a cena final é irretocável de tão perfeita.
Adoro essa mistura de besteirol com textão de Facebook que o James Gunn sempre faz, como ele consegue discutir assuntos importantes e aprofundar personagens através de piadas de 5ª série. E aqui parece que ele levou isso para um outro nível.
Em Pacificador ele usa um bando de personagens do último escalão da DC para discutir paternidade tóxica, racismo, populismo, traumas de infância e tirar sarro da cultura armamentista dos EUA, tudo ao som do melhor (ou não) hard rock e glam metal dos anos 80.
E confesso que estou cada vez mais surpreso com o John Cena como ator. Comecei achando que ele era apenas mais um brucutu de filme de ação, depois percebi que ele tinha ótimo timing cômico e agora vejo que ele é bastante competente em cenas dramáticas. Graças ao talento dele, o Pacificador é hoje o personagem mais carismático do DCEU.
E fico feliz em saber que a série terá uma 2ª temporada, só espero que não demore muito pra sair.
Estava gostando demais da série até o excelente e desesperador 4º episódio. Mas depois parece que Years and Years parece se apoiar numas decisões bastante fáceis.
tenha recebido aqueles implantes que davam acesso irrestrito a tudo que ela quisesse. Parece muito inocente acreditar que um governo daqueles pagaria por aquele tipo de operação sem tomar nenhum cuidado para que aquilo fosse usado contra eles. Diante daquele cenário, o mais provável, ao meu ver, seria que o governo cada vez mais ditatorial de Vivienne Rook criasse um exército de vigias cibernéticos como a Bettany para reprimir e localizar os rebeldes que fossem surgindo.
Outro ponto que me incomodou um pouco foi de destino da Edith.
Lá no primeiro episódio vemos Daniel citar em seu incrível monólogo sobre como as pessoas são vistas apenas como dados pelas grandes corporações. Logo, o destino da irmã rebelde dos Lyons é só o ápice do que foi dito por seu irmão mais novo. Edith deixa de ser uma pessoa para ser propriedade de uma empresa. Não é nem um pouco absurdo imaginar um serviço de assinatura para que possamos ter contato com entes queridos digitalizados.
Por mais agridoce que a conclusão tenha sido, a realidade tende a ser bem mais pessimista.
Nessa temporada a série atingiu o ponto ideal para mim. Humor muito mais afiado que nas duas primeiras e situações que vão se desenrolando ao longo dos episódios. Mas tem mais:
É um desenho divertido, mas aquém do seu potencial. Em boa parte do tempo, se contenta apenas em fazer sacadinhas com a cultura pop quando poderia desenvolver cenas realmente engraçadas naquele universo tão interessante apresentado pela série.
A série tem seus momentos engraçados e tal, mas o stand-up do Jerry Seinfeld é um porre. Não consegui rir de nada do que ele dizia. Eram comentários tão óbvios e tão bobinhos.
Me lembrou essa esquete do Hermes & Renato que satiriza esse humor pasteurizado: https://www.youtube.com/watch?v=qGHisnftTWs . Zoaram até o som do baixo que é colocado entre os segmentos. Gênios!
Por mais que eu goste da série, do personagem e, principalmente, do Idris Elba, essa 5ª temporada deixou muito a desejar. Foi muita trama para poucos episódios. No final, o grande caso da temporada, foi
o retorno de Alice Morgan. Não me entendam mal, a personagem e a dubiedade dela são ótimas para a série, mas já tinham dado um fim para a ruiva. Que deixassem a personagem morta! Esse retcon que arranjaram para ela só serviu anular a temporada anterior, que tinha inclusive arranjado uma nova maluquinha, interpretada por Laura Haddock, para atormentar o personagem-título.
É decepcionante, porque as temporadas de Luther demoram cada vez mais para sair, o mínimo que se espera após tanta demora é que a qualidade se mantenha.
É boa, mas o último episódio tem umas conveniências de roteiro bizarríssimas. Construíram tudo de maneira tão intricada, para no final o problema ser resolvido com meia dúzia de ligações de telefone.
o Fisk, por algum motivo, mandar guardar o corpo da crush do Pointdexter. É o tipo de decisão que não faz sentido nenhum, ainda mais se levarmos em conta o quão imprevisível e incontrolável ele pode ser. E não só isso, o Fisk decide manter o corpo de uma forma que ele poderia ser identificado só de olhar.
E sério que o Matt mandou o Dex pra festa de casamento mesmo sabendo que ele poderia matar vários inocentes?
Temporada boa e bem construída, mas a impressão que fiquei no final é que os responsáveis pelo programa não souberam lidar com as próprias decisões que haviam tomado.
É uma série inegavelmente divertida, desde já torço para que façam uma série sobre as aventuras do Lokoste. Mas mesmo proporcionando ótimos momentos de entretenimento, não dá para ignorar como a série enrola e para não saber aonde vai. Com apenas 6 episódios, há alguns que simplesmente mão acrescentam em nada à trama, como, por exemplo, o terceiro.
A evolução do personagem principal também é muito apressada. No primeiro episódio, ele havia acabado de sair de acontecimentos onde se portava como um verdadeiro ditador sanguinário para dois episódios depois fazer papel de bobo da corte numa festinha em um trem.
Entendo que ver a própria morte possa ter sido impactante para o Deus da Mentira, mas a mudança foi muito repentina e muito gritante. O próprio Tony Stark, do mesmo MCU, não deixou de ser um baita narcisista depois de 10 anos de estrada.
Também não dá para deixar de lado como a série apresenta e descarta subtramas sem compromisso nenhum. No segundo episódio, a TVA fez o maior estardalhaço porque a Sylvie iria bombardear vários momentos importantes da linha do tempo sagrada. No episódio seguinte, isso nem era mais citado. As consequências dos atos dela se quer chegaram a ser mostradas.
Outra: a série toda dá a entender que a TVA meio que persegue os Lokis, seja prendendo a Sylvie enquanto apenas brincava ou então podando o Classic Loki por apenas cogitar sair do seu exílio. Cabe ao espectador tentar adivinhar as motivações dessa obsessão pelo Deus da Mentira.
Com seus ganchos instigantes e perguntas que dificilmente serão respondidas, Loki mostra bastante potencial para ser a próxima Lost, com todas as qualidades e defeitos que esse título pode trazer.
Tem alguns episódios sobrando e animação, em momentos que não são de ação, parece meio estática demais. Tirando isso, é provavelmente a melhor adaptação de gibizinho do ano. Duvido que as que forem lançadas nos próximos meses conseguirão superar. Com porradaria de qualidade e sangue escorrendo pela tela, Invencível discute se a criação de um indivíduo vale mais que o sangue. É algo velho e batido, mas aqui é muito bem feitinho.
sessão de terapia sobre fazer as pazes com o próprio passado. Sobre saber compreender e perdoar os erros das pessoas que passaram por nossas. Sobre não esquecer, mas superar e viver apesar dos nossos traumas.
Tudo isso pontuado com muito experimentalismo narrativo e apuro estético que nunca subestima a inteligência do espectador. Cada episódio é uma experiência que merece ser aproveitada com muita calma e paciência.
Sem dúvidas uma das séries mais ousadas de nossos tempos e também a adaptação de gibi mais fora da caixinha.
P.S.: O Harry Loyd estava IGUAL ao Tom Hiddleston nessa temporada, até o jeito de falar era bastante parecido.
De todas as temporadas que vi até agora, a 4ª é sem dúvidas o ápice de The Americans. Não que as outras fossem ruins, muito pelo contrário, mas é nela que vemos os personagens se tornarem ainda mais humanos, com suas fragilidades cada vez mais expostas em tela.
Outra característica que foi ressaltada nesse 4º ano são os diálogos, cada vez mais espontâneos e parecidos com conversas reais. Como acontece na vida real, é comum em The Americans uma simples conversa banal descambar para uma discussão séria. Em certos momentos, nem parece uma série roteirizado, e eu falo isso como algo positivo.
E foi nessa temporada que a imprevisibilidade de The Americans foi melhor trabalhada. Cada cena é uma caixinha de surpresa, que não sabemos como pode acabar. É maravilhoso entrar numa cena sem ter ideia de como ela pode acabar.
A temporada, como um todo, foi muito boa. Gostei dos episódios em que todos os núcleos exploravam um mesmo tema (o 4º sobre amor e o 7º sobre criação e paternidade). Também acredito que a série amadureceu bastante nessa segunda temporada, usando os super-heróis para refletir ainda mais sobre alguns acontecimentos do mundo real.
Mas, apesar de tudo, esse final de temporada foi covarde. Faltou coragem para matar algum personagem importante. A segunda metade da série parecia caminhar para algum tipo de sacrifício e redenção do Francês, mas pelo jeito não tiveram peito para levar adiante. Mas não só isso, o status de boa parte dos personagens não mudou nada: a maldade do Homelander continua desconhecida do mundo, Hughie continua recusando o papel de herói, Annie continua insistindo na ideia de ser herói e Maeve depois de todo aquele drama se manteve na equipe.
Talvez o único que tenha mudado significativamente tenha sido o Butcher, que deixou de lado o ódio pelos supers para proteger o filho da Becca. Mas o que poderia resultar em uma ótima dinâmica entre dois na próxima temporada, com o Billy ensinando o garoto a não ser como pai, acabou indo por água abaixo. Butcher continuará sendo um lobo solitário e rancoroso, enquanto o governo toma conta do moleque.
Gosto de The Boys, mas espero que na próxima temporada a coragem não se resuma a só mostrar cenas chocantes e sangrentas.
Margot que vivia atormentada pelas lembranças do pai e por achar que podia ter impedido sua morte. Já Jules, ao que tudo indica, tinha depressão. Já o amigo das duas tinha problemas de autoestima. Em todos os casos, a casa atacava e se alimentava de suas fraquezas: "revivendo" o pai de Margot, criando uma cópia melhor do cara ou simplesmente criando algo disforme que incitava a apatia de Jules.
Aos poucos, esses problemas tomavam conta da vida e das memórias dos personagens, fazendo-os esquecerem dos momentos felizes que eles haviam vivido. Tudo deixava de existir para dar lugar ao trauma. A ambientação em um típico subúrbio americano, que são sempre tão iguais uns aos outros, contribuiu para a sensação de desorientação.
Algumas resoluções pareceram um pouco simplificadas, mas nada que tirasse a beleza da mensagem: por mais terrível que uma situação pareça, sempre existe uma saída. Vê-las deixando a escuridão casa para trás e andando em direção à luz foi extremamente didático, como se a série estivesse jogando na dos espectadores dua mensagem? Talvez sim, mas não deixa de ser bonito. Confesso que é bem mais do que eu esperava de uma série de terror.
Não é ruim, mas cansa ver toda temporada usando sempre a mesma estrutura. Cansa ver algum grupo de imbecis tentando abrir uma passagem pro Mundo Invertido sem razão nenhuma. Cansa ver sempre os personagens se dividindo em grupinhos e irem descobrindo cada um uma parte do que está acontecendo. Cansa o nariz da Eleven sangrar toda vez que ela tem que usar os poderes. Tá na hora dela, da série e de todo mundo evoluir. Podiam mudar a dinâmica entre os personagens, revelar o que aconteceu com o mundo invertido, o que são aquelas criaturas, mas não, preferem todo ano fazer a mesma temporada.
Pelo menos, ao que tudo indica, na próxima as coisas vão ser diferentes.
Considero essa temporada muito mais uma carta de apresentação do universo criado para o serviço de streaming da DC do que um arco narrativo propriamente dito. Algo do tipo:
- Olha, tá vendo esses personagens que apreceram ao longo da temporada? Se você confiar na gente eles serão melhor desenvolvidos em temporadas e spin-offs futuros.
Ainda assim, Titans consegue ser extremamente divertida, presenteando os espectadores com participações especiais, cenas de luta bastante competentes e referências a respeito da situação daquele universo, que ao que tudo indica é bastante diferente dos quadrinhos. A série consegue mesclar bem a atmosfera quadrinhesca com essa pegada mais séria. A curta duração dos episódios contribui para que o público não se canse muito rápido, algo que acontecia comigo nas séries da Netflix com a Marvel, em que alguns episódios chegavam a ter mais de uma hora.
Isso não quer dizer que a série não tenha problemas. Sim, ela tem e não são poucos. Como o Mutano que parte com o grupo do Dick Grayson sem razão alguma, sem falar no Dick aceitá-lo com tanta facilidade mesmo que eles estejam sendo perseguidos por pessoas extremamente perigosas. Falando no Robin, ele é um personagem bastante problemático. Suas motivações mudam constantemente ao longo da série, além dele ter sua identidade secreta revelada inúmeras vezes. Mas nada que comprometa o resultado final. Espero poder ver mais desse universo em breve.
P.S.: Algo me diz que os roteiristas e produtores dessaq série são MUITO fãs de AC/DC.
A série é muito bem feitinha. As atuações até que são competentes, tem uma ótima fotografia e um trabalho de câmera excepcional que impõe tensão com bastante eficiência. Gosto muito do clima que vai se construindo nos primeiros episódios, no 4º eu já estava com o coração na garganta.
Infelizmente, ao meu ver, ela se perde nos dois últimos episódios. Talvez por serem apenas 6 episódios a série tenha corrido um pouco em suas resoluções. Essa mistura de Carrie, A Estranha com Call Of Cthulhu acabou não me convencendo muito. Faltou desenvolver melhor a ideia. E a forma como tudo se resolve chega a ser simplista demais.
Ainda assim, gostei muito da premissa de Channel Zero de adaptar creepy pastas para a TV. Espero que ela melhore nas próximas temporadas, pois tem potencial.
Mais do que uma série, Atlanta é uma experiência. Você se senta no sofá e aperta o play sem ter a menor ideia do que vem pela frente. Pode ser uma crítica à superficialidade da fama na internet, uma sátira ao mundo do rap, uma metáfora sobre a carreira de uma certa estrela do pop ou mesmo uma simples história de um cara tentando cortar o cabelo.
O próprio gênero da série é uma incógnita. Ela poderia muito bem se contentar em ser mais uma comédia, mas acaba transitando com perfeição entre gêneros como drama, thriller e terror psicológico sem nunca abrir mão daquela atmosfera surrealista. Num minuto estamos rindo de algo dito por um personagem, já no seguinte estamos temendo por sua vida. Atlanta é imprevisível e isso é muito bom.
A única constante em Atlanta é sua qualidade, tanto na direção impecável quanto na fotografia de cair o queixo, tudo é um primor. O roteiro então nem sem fala. Em vez de subestimar o espectador jogando todas as informações na cara dele, são feitas pequenas sugestões para que este ligue os pontos e faça suas próprias interpretações, como é o caso dos problemas do Alfred com o pai. O ápice é em Teddy Perkins (com certeza um dos melhores episódios da história da TV), que ao final nos deixa com mais perguntas do que respostas, nos instigando a criar nossas próprias interpretações.
Donald Glover merece todos os elogios possíveis, ele conseguiu fazer algo que parecia impossível: fez uma segunda ainda melhor do que a primeira. Sempre acho um exagero quando chamam alguém de gênio, ainda mais atualmente em que só um tweet para ser chamado assim, só que no caso de Donald Glover o título é bem mais que merecido.
P.S.: Mais alguém acha que o último episódio teve influências de Moonlight?
That '70s Show nunca foi um primor no que se refere a roteiro. Só ver que muitos arcos eram simplesmente abandonados ao longo da série, como foi o caso do primeiro pai do Hyde, que apareceu por alguns episódios para depois simplesmente sumir sem gerar nenhum impacto emocional no filho. Também não podemos esquecer que muitos coadjuvantes simplesmente foram sumindo. Laurie, Midge, Leo e Charlie, que era pra ser o substituto do Eric e acabou tendo um destino vergonhoso, foram sumindo sem que nem ao menos tentassem justificar a ausência deles. Claro que em muitos casos não era culpa da produção, como o triste destino da atriz que fazia a filha mais velha dos Forman, mas pelo menos podiam ter arranjado uma desculpa para o sumiço de sua personagem. Alguns fins de temporada chegavam a dar vergonha de tão aleatórios, como Donna fugindo com Kelso e Eric desistindo do casamento.
Essa aparente falta de rumo era compensada por personagens extremamente carismáticos, mesmo o Eric, facilmente o mais fraco da série, tinha seus bons momentos. Por mais que eu sinta uma certa antipatia pelo Ashton Kutcher não tem como eu não reconhecer que ele foi o responsável por alguns dos momentos mais engraçados de todo o programa. Jackie e Hyde, que já eram bons separadamente, ganharam ainda mais força quando se tornaram um casal. Fez sempre brilhava em suas tiradas. Red e Kitty eram a cereja desse bolo que deu errado na hora da forma, mas que ficou muito gostoso.
Só que todas essas dinâmicas, que já andavam desgastadas nas últimas temporadas, se perderam completamente nessa oitava. Por mais que Fez e Jackie rendessem algumas risadas, transformá-los em protagonistas foi uma decisão completamente equivocada. Fazer um casal só com os dois então nem se fala. Donna, sempre tão firme em seus ideais, foi reduzida a um mero par romântico para um personagem novo. Falando no Randy, se a intenção era introduzir alguém sem personalidade nenhuma, acertaram em cheio. Até o icônico porão dos Forman meio que perdeu o sentido. Ora, se o filho deles havia se mudado, por que continuar deixando seus amigos se reunirem lá? Não me parece uma decisão que o sempre ranzinza Red Forman tomaria.
O episódio final foi bonito, encerrou o programa de forma tocante. Só que teria sido muito melhor se o fim tivesse chegado algumas temporadas antes. Em meio a tantas referências à década de 70, deveriam ter aprendido com o Led Zeppelin que quando a banda não está completa continuar não é uma opção.
The Tourist (1ª Temporada)
3.3 25Acredito que essa série bebeu muito de Fargo, tanto a série quanto o filme. Digo pelos coadjuvantes excêntricos e pelas histórias que vão se encontrando.
Só que enquanto Fargo tem um cenário mais gélido, O Turista aposta no desértico outback australiano para contar sua história. Ela se perde um pouco ao longo da jornada, fazendo uso de episódios desnecessariamente longos. Mas tudo isso fica pequeno diante do carisma e da química dos dois principais.
Deu tão certo que quase me faz torcer por uma segunda temporada. Quase, pois a cena final é irretocável de tão perfeita.
Pacificador (1ª Temporada)
4.2 339 Assista AgoraAdoro essa mistura de besteirol com textão de Facebook que o James Gunn sempre faz, como ele consegue discutir assuntos importantes e aprofundar personagens através de piadas de 5ª série. E aqui parece que ele levou isso para um outro nível.
Em Pacificador ele usa um bando de personagens do último escalão da DC para discutir paternidade tóxica, racismo, populismo, traumas de infância e tirar sarro da cultura armamentista dos EUA, tudo ao som do melhor (ou não) hard rock e glam metal dos anos 80.
E confesso que estou cada vez mais surpreso com o John Cena como ator. Comecei achando que ele era apenas mais um brucutu de filme de ação, depois percebi que ele tinha ótimo timing cômico e agora vejo que ele é bastante competente em cenas dramáticas. Graças ao talento dele, o Pacificador é hoje o personagem mais carismático do DCEU.
E fico feliz em saber que a série terá uma 2ª temporada, só espero que não demore muito pra sair.
P.S.: Em apenas 30 segundos o James Gunn fez
dois membros da Liga da Justiça terem mais personalidade do que em filme de 4 horas de duração.
O Livro de Boba Fett (1ª Temporada)
3.5 207 Assista AgoraNada mais Boba Fett do que se tornar um coadjuvante da própria série.
Years and Years
4.5 270Estava gostando demais da série até o excelente e desesperador 4º episódio. Mas depois parece que Years and Years parece se apoiar numas decisões bastante fáceis.
Por exemplo, parece muito cômodo que a Bettany
tenha recebido aqueles implantes que davam acesso irrestrito a tudo que ela quisesse. Parece muito inocente acreditar que um governo daqueles pagaria por aquele tipo de operação sem tomar nenhum cuidado para que aquilo fosse usado contra eles. Diante daquele cenário, o mais provável, ao meu ver, seria que o governo cada vez mais ditatorial de Vivienne Rook criasse um exército de vigias cibernéticos como a Bettany para reprimir e localizar os rebeldes que fossem surgindo.
Outro ponto que me incomodou um pouco foi de destino da Edith.
Lá no primeiro episódio vemos Daniel citar em seu incrível monólogo sobre como as pessoas são vistas apenas como dados pelas grandes corporações. Logo, o destino da irmã rebelde dos Lyons é só o ápice do que foi dito por seu irmão mais novo. Edith deixa de ser uma pessoa para ser propriedade de uma empresa. Não é nem um pouco absurdo imaginar um serviço de assinatura para que possamos ter contato com entes queridos digitalizados.
Por mais agridoce que a conclusão tenha sido, a realidade tende a ser bem mais pessimista.
Primal (1ª Temporada)
4.5 51Consegue ir da mais sangrenta porradaria à mais profunda contemplação. Uma verdadeira pérola da animação moderna.
Seinfeld (4ª Temporada)
4.6 86 Assista AgoraNessa temporada a série atingiu o ponto ideal para mim. Humor muito mais afiado que nas duas primeiras e situações que vão se desenrolando ao longo dos episódios. Mas tem mais:
a metalinguagem feita nessa temporada é inteligentíssima. Sobrou até para o Jerry, que teve que ouvir merecidamente que não sabe atuar.
Dizem que Seinfeld só melhora com o passar das temporadas, curioso para saber como a série pode ficar ainda melhor.
Departamento de Conspirações (Parte 1)
4.1 37 Assista AgoraÉ um desenho divertido, mas aquém do seu potencial. Em boa parte do tempo, se contenta apenas em fazer sacadinhas com a cultura pop quando poderia desenvolver cenas realmente engraçadas naquele universo tão interessante apresentado pela série.
Seinfeld (1ª Temporada)
4.1 180 Assista AgoraA série tem seus momentos engraçados e tal, mas o stand-up do Jerry Seinfeld é um porre. Não consegui rir de nada do que ele dizia. Eram comentários tão óbvios e tão bobinhos.
Me lembrou essa esquete do Hermes & Renato que satiriza esse humor pasteurizado: https://www.youtube.com/watch?v=qGHisnftTWs . Zoaram até o som do baixo que é colocado entre os segmentos. Gênios!
Luther (5ª Temporada)
3.5 10 Assista AgoraPor mais que eu goste da série, do personagem e, principalmente, do Idris Elba, essa 5ª temporada deixou muito a desejar. Foi muita trama para poucos episódios. No final, o grande caso da temporada, foi
resolvido de forma muito leviana. Vivien e Jeremy era personagens tão interessantes, mereciam uma resolução mais digna do que meia dúzia de socos.
Mas o que mais me incomodou mesmo nesse 5º ano de Luther com certeza foi
o retorno de Alice Morgan. Não me entendam mal, a personagem e a dubiedade dela são ótimas para a série, mas já tinham dado um fim para a ruiva. Que deixassem a personagem morta! Esse retcon que arranjaram para ela só serviu anular a temporada anterior, que tinha inclusive arranjado uma nova maluquinha, interpretada por Laura Haddock, para atormentar o personagem-título.
É decepcionante, porque as temporadas de Luther demoram cada vez mais para sair, o mínimo que se espera após tanta demora é que a qualidade se mantenha.
Demolidor (3ª Temporada)
4.3 452 Assista AgoraÉ boa, mas o último episódio tem umas conveniências de roteiro bizarríssimas. Construíram tudo de maneira tão intricada, para no final o problema ser resolvido com meia dúzia de ligações de telefone.
De longe, o que mais me incomodou foi
o Fisk, por algum motivo, mandar guardar o corpo da crush do Pointdexter. É o tipo de decisão que não faz sentido nenhum, ainda mais se levarmos em conta o quão imprevisível e incontrolável ele pode ser. E não só isso, o Fisk decide manter o corpo de uma forma que ele poderia ser identificado só de olhar.
E sério que o Matt mandou o Dex pra festa de casamento mesmo sabendo que ele poderia matar vários inocentes?
Temporada boa e bem construída, mas a impressão que fiquei no final é que os responsáveis pelo programa não souberam lidar com as próprias decisões que haviam tomado.
Loki (1ª Temporada)
4.0 490 Assista AgoraÉ uma série inegavelmente divertida, desde já torço para que façam uma série sobre as aventuras do Lokoste. Mas mesmo proporcionando ótimos momentos de entretenimento, não dá para ignorar como a série enrola e para não saber aonde vai. Com apenas 6 episódios, há alguns que simplesmente mão acrescentam em nada à trama, como, por exemplo, o terceiro.
A evolução do personagem principal também é muito apressada. No primeiro episódio, ele havia acabado de sair de acontecimentos onde se portava como um verdadeiro ditador sanguinário para dois episódios depois fazer papel de bobo da corte numa festinha em um trem.
Entendo que ver a própria morte possa ter sido impactante para o Deus da Mentira, mas a mudança foi muito repentina e muito gritante. O próprio Tony Stark, do mesmo MCU, não deixou de ser um baita narcisista depois de 10 anos de estrada.
Também não dá para deixar de lado como a série apresenta e descarta subtramas sem compromisso nenhum. No segundo episódio, a TVA fez o maior estardalhaço porque a Sylvie iria bombardear vários momentos importantes da linha do tempo sagrada. No episódio seguinte, isso nem era mais citado. As consequências dos atos dela se quer chegaram a ser mostradas.
Outra: a série toda dá a entender que a TVA meio que persegue os Lokis, seja prendendo a Sylvie enquanto apenas brincava ou então podando o Classic Loki por apenas cogitar sair do seu exílio. Cabe ao espectador tentar adivinhar as motivações dessa obsessão pelo Deus da Mentira.
Com seus ganchos instigantes e perguntas que dificilmente serão respondidas, Loki mostra bastante potencial para ser a próxima Lost, com todas as qualidades e defeitos que esse título pode trazer.
Invencível (1ª Temporada)
4.3 399 Assista AgoraTem alguns episódios sobrando e animação, em momentos que não são de ação, parece meio estática demais. Tirando isso, é provavelmente a melhor adaptação de gibizinho do ano. Duvido que as que forem lançadas nos próximos meses conseguirão superar. Com porradaria de qualidade e sangue escorrendo pela tela, Invencível discute se a criação de um indivíduo vale mais que o sangue. É algo velho e batido, mas aqui é muito bem feitinho.
Legion (3ª Temporada)
4.0 60No fim, Legion é uma grande e lisérgica
sessão de terapia sobre fazer as pazes com o próprio passado. Sobre saber compreender e perdoar os erros das pessoas que passaram por nossas. Sobre não esquecer, mas superar e viver apesar dos nossos traumas.
Sem dúvidas uma das séries mais ousadas de nossos tempos e também a adaptação de gibi mais fora da caixinha.
P.S.: O Harry Loyd estava IGUAL ao Tom Hiddleston nessa temporada, até o jeito de falar era bastante parecido.
The Americans (4ª Temporada)
4.5 49De todas as temporadas que vi até agora, a 4ª é sem dúvidas o ápice de The Americans. Não que as outras fossem ruins, muito pelo contrário, mas é nela que vemos os personagens se tornarem ainda mais humanos, com suas fragilidades cada vez mais expostas em tela.
Outra característica que foi ressaltada nesse 4º ano são os diálogos, cada vez mais espontâneos e parecidos com conversas reais. Como acontece na vida real, é comum em The Americans uma simples conversa banal descambar para uma discussão séria. Em certos momentos, nem parece uma série roteirizado, e eu falo isso como algo positivo.
E foi nessa temporada que a imprevisibilidade de The Americans foi melhor trabalhada. Cada cena é uma caixinha de surpresa, que não sabemos como pode acabar. É maravilhoso entrar numa cena sem ter ideia de como ela pode acabar.
The Boys (2ª Temporada)
4.3 647 Assista AgoraA temporada, como um todo, foi muito boa. Gostei dos episódios em que todos os núcleos exploravam um mesmo tema (o 4º sobre amor e o 7º sobre criação e paternidade). Também acredito que a série amadureceu bastante nessa segunda temporada, usando os super-heróis para refletir ainda mais sobre alguns acontecimentos do mundo real.
Mas, apesar de tudo, esse final de temporada foi covarde. Faltou coragem para matar algum personagem importante. A segunda metade da série parecia caminhar para algum tipo de sacrifício e redenção do Francês, mas pelo jeito não tiveram peito para levar adiante. Mas não só isso, o status de boa parte dos personagens não mudou nada: a maldade do Homelander continua desconhecida do mundo, Hughie continua recusando o papel de herói, Annie continua insistindo na ideia de ser herói e Maeve depois de todo aquele drama se manteve na equipe.
Talvez o único que tenha mudado significativamente tenha sido o Butcher, que deixou de lado o ódio pelos supers para proteger o filho da Becca. Mas o que poderia resultar em uma ótima dinâmica entre dois na próxima temporada, com o Billy ensinando o garoto a não ser como pai, acabou indo por água abaixo. Butcher continuará sendo um lobo solitário e rancoroso, enquanto o governo toma conta do moleque.
Gosto de The Boys, mas espero que na próxima temporada a coragem não se resuma a só mostrar cenas chocantes e sangrentas.
Channel Zero: No-End House (2ª Temporada)
3.5 68Demorei para entender a temática da temporada, só fui perceber na metade do último episódio que era sobre
traumas, depressão e problemas psicológicos.
Margot que vivia atormentada pelas lembranças do pai e por achar que podia ter impedido sua morte. Já Jules, ao que tudo indica, tinha depressão. Já o amigo das duas tinha problemas de autoestima. Em todos os casos, a casa atacava e se alimentava de suas fraquezas: "revivendo" o pai de Margot, criando uma cópia melhor do cara ou simplesmente criando algo disforme que incitava a apatia de Jules.
Aos poucos, esses problemas tomavam conta da vida e das memórias dos personagens, fazendo-os esquecerem dos momentos felizes que eles haviam vivido. Tudo deixava de existir para dar lugar ao trauma. A ambientação em um típico subúrbio americano, que são sempre tão iguais uns aos outros, contribuiu para a sensação de desorientação.
Algumas resoluções pareceram um pouco simplificadas, mas nada que tirasse a beleza da mensagem: por mais terrível que uma situação pareça, sempre existe uma saída. Vê-las deixando a escuridão casa para trás e andando em direção à luz foi extremamente didático, como se a série estivesse jogando na dos espectadores dua mensagem? Talvez sim, mas não deixa de ser bonito. Confesso que é bem mais do que eu esperava de uma série de terror.
Enfim, façam terapia.
The Office (3ª Temporada)
4.5 323A cada temporada o Jim fica mais mau-caráter.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KNão é ruim, mas cansa ver toda temporada usando sempre a mesma estrutura. Cansa ver algum grupo de imbecis tentando abrir uma passagem pro Mundo Invertido sem razão nenhuma. Cansa ver sempre os personagens se dividindo em grupinhos e irem descobrindo cada um uma parte do que está acontecendo. Cansa o nariz da Eleven sangrar toda vez que ela tem que usar os poderes. Tá na hora dela, da série e de todo mundo evoluir. Podiam mudar a dinâmica entre os personagens, revelar o que aconteceu com o mundo invertido, o que são aquelas criaturas, mas não, preferem todo ano fazer a mesma temporada.
Pelo menos, ao que tudo indica, na próxima as coisas vão ser diferentes.
Titãs (1ª Temporada)
3.8 443 Assista AgoraConsidero essa temporada muito mais uma carta de apresentação do universo criado para o serviço de streaming da DC do que um arco narrativo propriamente dito. Algo do tipo:
- Olha, tá vendo esses personagens que apreceram ao longo da temporada? Se você confiar na gente eles serão melhor desenvolvidos em temporadas e spin-offs futuros.
Ainda assim, Titans consegue ser extremamente divertida, presenteando os espectadores com participações especiais, cenas de luta bastante competentes e referências a respeito da situação daquele universo, que ao que tudo indica é bastante diferente dos quadrinhos. A série consegue mesclar bem a atmosfera quadrinhesca com essa pegada mais séria. A curta duração dos episódios contribui para que o público não se canse muito rápido, algo que acontecia comigo nas séries da Netflix com a Marvel, em que alguns episódios chegavam a ter mais de uma hora.
Isso não quer dizer que a série não tenha problemas. Sim, ela tem e não são poucos. Como o Mutano que parte com o grupo do Dick Grayson sem razão alguma, sem falar no Dick aceitá-lo com tanta facilidade mesmo que eles estejam sendo perseguidos por pessoas extremamente perigosas. Falando no Robin, ele é um personagem bastante problemático. Suas motivações mudam constantemente ao longo da série, além dele ter sua identidade secreta revelada inúmeras vezes. Mas nada que comprometa o resultado final. Espero poder ver mais desse universo em breve.
P.S.: Algo me diz que os roteiristas e produtores dessaq série são MUITO fãs de AC/DC.
Channel Zero: Candle Cove (1ª Temporada)
3.4 98A série é muito bem feitinha. As atuações até que são competentes, tem uma ótima fotografia e um trabalho de câmera excepcional que impõe tensão com bastante eficiência. Gosto muito do clima que vai se construindo nos primeiros episódios, no 4º eu já estava com o coração na garganta.
Infelizmente, ao meu ver, ela se perde nos dois últimos episódios. Talvez por serem apenas 6 episódios a série tenha corrido um pouco em suas resoluções. Essa mistura de Carrie, A Estranha com Call Of Cthulhu acabou não me convencendo muito. Faltou desenvolver melhor a ideia. E a forma como tudo se resolve chega a ser simplista demais.
Ainda assim, gostei muito da premissa de Channel Zero de adaptar creepy pastas para a TV. Espero que ela melhore nas próximas temporadas, pois tem potencial.
The Americans (1ª Temporada)
4.3 126 Assista AgoraUm verdadeiros festival de perucas e bigodes falsos.
Atlanta (2ª Temporada)
4.6 206 Assista AgoraMais do que uma série, Atlanta é uma experiência. Você se senta no sofá e aperta o play sem ter a menor ideia do que vem pela frente. Pode ser uma crítica à superficialidade da fama na internet, uma sátira ao mundo do rap, uma metáfora sobre a carreira de uma certa estrela do pop ou mesmo uma simples história de um cara tentando cortar o cabelo.
O próprio gênero da série é uma incógnita. Ela poderia muito bem se contentar em ser mais uma comédia, mas acaba transitando com perfeição entre gêneros como drama, thriller e terror psicológico sem nunca abrir mão daquela atmosfera surrealista. Num minuto estamos rindo de algo dito por um personagem, já no seguinte estamos temendo por sua vida. Atlanta é imprevisível e isso é muito bom.
A única constante em Atlanta é sua qualidade, tanto na direção impecável quanto na fotografia de cair o queixo, tudo é um primor. O roteiro então nem sem fala. Em vez de subestimar o espectador jogando todas as informações na cara dele, são feitas pequenas sugestões para que este ligue os pontos e faça suas próprias interpretações, como é o caso dos problemas do Alfred com o pai. O ápice é em Teddy Perkins (com certeza um dos melhores episódios da história da TV), que ao final nos deixa com mais perguntas do que respostas, nos instigando a criar nossas próprias interpretações.
Donald Glover merece todos os elogios possíveis, ele conseguiu fazer algo que parecia impossível: fez uma segunda ainda melhor do que a primeira. Sempre acho um exagero quando chamam alguém de gênio, ainda mais atualmente em que só um tweet para ser chamado assim, só que no caso de Donald Glover o título é bem mais que merecido.
P.S.: Mais alguém acha que o último episódio teve influências de Moonlight?
That '70s Show (8ª Temporada)
3.6 266That '70s Show nunca foi um primor no que se refere a roteiro. Só ver que muitos arcos eram simplesmente abandonados ao longo da série, como foi o caso do primeiro pai do Hyde, que apareceu por alguns episódios para depois simplesmente sumir sem gerar nenhum impacto emocional no filho. Também não podemos esquecer que muitos coadjuvantes simplesmente foram sumindo. Laurie, Midge, Leo e Charlie, que era pra ser o substituto do Eric e acabou tendo um destino vergonhoso, foram sumindo sem que nem ao menos tentassem justificar a ausência deles. Claro que em muitos casos não era culpa da produção, como o triste destino da atriz que fazia a filha mais velha dos Forman, mas pelo menos podiam ter arranjado uma desculpa para o sumiço de sua personagem. Alguns fins de temporada chegavam a dar vergonha de tão aleatórios, como Donna fugindo com Kelso e Eric desistindo do casamento.
Essa aparente falta de rumo era compensada por personagens extremamente carismáticos, mesmo o Eric, facilmente o mais fraco da série, tinha seus bons momentos. Por mais que eu sinta uma certa antipatia pelo Ashton Kutcher não tem como eu não reconhecer que ele foi o responsável por alguns dos momentos mais engraçados de todo o programa. Jackie e Hyde, que já eram bons separadamente, ganharam ainda mais força quando se tornaram um casal. Fez sempre brilhava em suas tiradas. Red e Kitty eram a cereja desse bolo que deu errado na hora da forma, mas que ficou muito gostoso.
Só que todas essas dinâmicas, que já andavam desgastadas nas últimas temporadas, se perderam completamente nessa oitava. Por mais que Fez e Jackie rendessem algumas risadas, transformá-los em protagonistas foi uma decisão completamente equivocada. Fazer um casal só com os dois então nem se fala. Donna, sempre tão firme em seus ideais, foi reduzida a um mero par romântico para um personagem novo. Falando no Randy, se a intenção era introduzir alguém sem personalidade nenhuma, acertaram em cheio. Até o icônico porão dos Forman meio que perdeu o sentido. Ora, se o filho deles havia se mudado, por que continuar deixando seus amigos se reunirem lá? Não me parece uma decisão que o sempre ranzinza Red Forman tomaria.
O episódio final foi bonito, encerrou o programa de forma tocante. Só que teria sido muito melhor se o fim tivesse chegado algumas temporadas antes. Em meio a tantas referências à década de 70, deveriam ter aprendido com o Led Zeppelin que quando a banda não está completa continuar não é uma opção.
That '70s Show (8ª Temporada)
3.6 266Quando eu achava que não poderia existir personagem mais insuportável que o Eric, eles me surgem com o Randy.