"A Woman of Affairs" é um filme truncado pelo Código Hays (censura), pois os temas tabu (para a época) presentes na história original - "The Green Hat" - foram totalmente retirados: homossexualismo, aborto, sífilis, vício de heroína. O resultado é um dramalhão onde fica apenas o talento e a beleza da diva Greta Garbo.
Vale a pena ver "Amistad" pelas cenas tempestuosas a bordo do barco negreiro: as atrocidades violentas e desumanas infligidas aos escravos pelos mercadores espanhóis. Destaque também pela performance magnética de Djimon Hounsou(Cinque) e Anthony Hopkins(J. Q. Adams). Achei que Morgan Freeman(T. Joadson) teve pouca participação no enredo.
É um filme sombrio, duro e, às vezes, poderosamente desagradável. Achei que Gregory Wilson poderia ter se esmerado mais na qualidade da obra: algumas passagens do filme soam quase amadorísticas, estragando um pouco, com isso, o potencial dramático da história.
"Wings of Desire" é inicialmente intrigante no enredo e com uma bela cinematografia e imagens cativantes, mas o filme é tão lento e tão longo que torna-se um relógio cansativo. Para um doce filme sobre amor e humanidade, é surpreendentemente sem vida.
Não tanto um filme de terror quanto uma tragédia de alienação, "Martin" apresenta um homem gravemente isolado por um ambiente familiar repressivo, timidez dolorosa e medo de coisas sensuais.
O filme é agradável no seu início, com algumas canções cativantes e humor "camp" que era comum nos anos sessenta. No entanto, a subtrama sobre o sequestro de meninas não combina com o tom do filme e o mesmo torna-se caricato à medida que avança, especialmente no final. Julie Andrews - como sempre - afinadíssima e de ótimo carisma, valoriza a película. No geral, um filme um tanto divertido - e excessivamente longo - com uma subtrama ridícula e um final excessivamente caricatural.
A estrela aqui é definitivamente Charles Laughton (Sir Wilfrid Robarts), que rouba o show e faz com que cada uma de suas falas pareça memorável neste enredo deliciosamente espirituoso e inteligente de Agatha Christie adaptado por Billy Wilder em uma peça quase perfeita de entretenimento instigante.
Embora seja tecnicamente interessante e com flashes de suspense e genialidade na direção, "The Paradine Case" - com certeza - não tem muito a cara do Hitchcock. Fala-se que nem ele mesmo gostou. O roteiro é provavelmente o maior culpado: A esposa do advogado (Gay Keane/Ann Todd) parece mais interessante do que a mulher chata (Mrs. Paradine/Alida Valli) e vagamente estrangeira em julgamento. Peck interpreta o advogado dela (Anthony Keane) e é seu trabalho (de acordo com o roteiro) se apaixonar por ela de alguma forma, mas a coisa toda não é muito convincente. e a trama termina não fluindo como devia.
O enredo desse filme é bobinho, mas as coreografias de patinação no gelo são bem legais. A apresentação no gelo ao som do "Polovtsian - Danças do Príncipe Igor", de Alexander Borodin, é magistral.
"Don't Let Go" começa bem com o mistério, mas eventualmente cai em um assassinato clichê que encobre uma espécie de história. A reviravolta causa surpresa, mas não ajuda na trama sobre quem é o assassino e seus motivos. Storm Reid e David Oyelowo atuam bem, mas o roteiro não lhes dá nada a acrescentar aos seus personagens. No geral, Don't Let Go é um thriller enfadonho que brinca com um conceito legal, mas não vai a lugar nenhum como filme.
"O Inquilino" é apenas um filme mediano, apesar de Hichcock conseguir prender o espectador do início até o fim, principalmente nos últimos quinze minutos, a melhor parte do filme. Mesmo com seus defeitos, é um filme, que ainda que não seja um dos melhores do mestre, vale a pena assisti-lo por ser um dos seus primeiros trabalhos (ainda na fase do cinema mudo). Achei espetacular uma cena em que o inquilino sobe uma escada em caracol e a câmera mostra a ação onde o braço do personagem vai circundando o corrimão. Cena essa tão bela quanto aquela do filme "Topázio", em que uma mulher é assassinada e vista de cima enquanto cai e o vestido vai se abrindo contra o chão parecendo uma mancha de sangue. São pontos singulares - entre tantos outros - que torna-se prazeiroso de se curtir o nosso grande e eterno mestre do suspense.
É um belo filme, embora pintado por cores não-nativas oriundas de Holywood. Recebeu seis indicações ao Oscar e ganhou três: de Melhor Direção de Arte , Melhor Fotografia e Melhor Figurino. A bela trilha sonora apresenta Yo-Yo Ma realizando solos de violoncelo, bem como Itzhak Perlman os de violino. O filme foi criticado por escalar algumas atrizes não japonesas como mulheres japonesas e por seu estilo sobre abordagem de conteúdo.
Possui um roteiro bem consistente, e com pequenos - mas convenientes flashbacks - que dão força à história, introduzindo lentamente o espectador na narrativa da relação de alguns personagens que caminham juntos rumo ao abismo da dor, degradação e angústia submersas no passado. É verdade que, depois de uma primeira hora de tensão máxima, pode parecer que a história decai um pouco. Mas são apenas alguns minutos que a boa direção do Paco Plaza salva perfeitamente com excelentes enquadramentos, sonoplastia e fotografia, além de nos envolver um pouco mais. Achei o final deveras impactante.
"Sleepers" apresenta imagens agonizantes de se ver: homens em seus recônditos mais sombrios e odiosos atacando crianças. O filme é excepcional em muitos aspectos, e triste, de uma forma desesperadora e angustiante. Achei que o elenco - no todo, jovens e veteranos - emprestam à trama uma dramaticidade que o roteiro exigia.
Apesar de algumas inconsistências lógicas, "Till Death" é bem interessante - certamente exagerado - mas é isso que o faz divertido de se assistir, mesmo com suas falhas.
Ótima atuação de Dexter Gordon. (Indicado ao Oscar de Melhor Ator em 1987). Qualquer fã de jazz deverá apreciar a emocionante história e a bela trilha sonora. O desenvolvimento é um tanto lento e simples, mas a música faz continuar.
Em ritmo lento, assustador e dramaticamente chocante em retratar um thriller (as cenas terríveis do gatinho ainda ecoam na minha mente), "The Innocents" imerge os espectadores em uma atmosfera cheia de tortura e pavor deliberados. Muito do terror acontece sem que uma palavra seja dita. É um tipo de filme que não terminará com uma pergunta fechada, mas com muitas perguntas em aberto. Filme pra não se assistir uma 2a vez.
"Mandingo" é um filme perspicaz e penetrante sobre a escravidão americana. Abusa da violência e nudez, mas também faz uma interessante reflexão histórica e precisa do racismo. Deixa o público desconfortável, é bem direto em confrontar a brutalidade da escravidão, e não apenas os males óbvios, mas o efeito moral corrosivo sobre todos os envolvidos, tanto vítima quanto opressor. O filme não mede esforços em explorar as degradações diárias quase inimagináveis que são parte integrante de uma sociedade que trata as pessoas de pele negra como inferiores, como animais sem alma. Inspirou Tarantino no seu "Django Livre"
"The Glass Bottom Boat" (com título infeliz para o português) é uma bagunça de espionagem, uma mistura de personagens encantadoramente loucos e uma sucessão de piadas cômicas que não deixam o espectador descansar enquanto assiste, graças à performance agradavelmente vertiginosa de Doris Day como a garota legal que surpreendentemente tem aqueles “olhos de quarto” e a boa química que ela encontra ao lado do galã Rod Taylor.
A visão deturpada de uma vida feliz de escravos compromete o filme, mas algumas belas sequências animadas acaba nos conquistando. A inesquecível canção "Zip-a-Dee-Doo-Dah" (vencedora do Oscar) sobreviveu milagrosamente.
É um diário de viagem e um documento antropológico. A intenção é enaltecer a Revolução Socialista, sendo construído com belos registros fotográficos e inteligentes movimentos de câmeras. Vertov amadureceu seu estilo neste filme, no qual se destacará posteriormente em seu filme mais famoso, "Man with a Movie Camera" (1929).
"The Cursed" se propõe a ser um horror gótico de lobisomem e consegue fazê-lo, mas, em última análise, a maneira como usa o trauma histórico como pano de fundo para sua maldição transforma o roteiro em algo que fica a desejar.
"Follow the Fleet" é um filme divertido e imperdível, com um roteiro bem escrito. Fred Astaire e Ginger Rogers fazem performances excelentes onde a química entre os dois funciona otimamente em suas viradas musicais. A história para unir tudo também é decente o suficiente (descontados os sexismos de época). Irvin Berlin faz um trabalho notável com ótimas canções.
A Mulher de Brio
4.1 8"A Woman of Affairs" é um filme truncado pelo Código Hays (censura), pois os temas tabu (para a época) presentes na história original - "The Green Hat" - foram totalmente retirados: homossexualismo, aborto, sífilis, vício de heroína. O resultado é um dramalhão onde fica apenas o talento e a beleza da diva Greta Garbo.
Amistad
3.9 317 Assista AgoraVale a pena ver "Amistad" pelas cenas tempestuosas a bordo do barco negreiro: as atrocidades violentas e desumanas infligidas aos escravos pelos mercadores espanhóis. Destaque também pela performance magnética de Djimon Hounsou(Cinque) e Anthony Hopkins(J. Q. Adams). Achei que Morgan Freeman(T. Joadson) teve pouca participação no enredo.
A Garota da Casa ao Lado
3.4 254É um filme sombrio, duro e, às vezes, poderosamente desagradável. Achei que Gregory Wilson poderia ter se esmerado mais na qualidade da obra: algumas passagens do filme soam quase amadorísticas, estragando um pouco, com isso, o potencial dramático da história.
Asas do Desejo
4.3 493 Assista Agora"Wings of Desire" é inicialmente intrigante no enredo e com uma bela cinematografia e imagens cativantes, mas o filme é tão lento e tão longo que torna-se um relógio cansativo. Para um doce filme sobre amor e humanidade, é surpreendentemente sem vida.
Martin
3.8 102Não tanto um filme de terror quanto uma tragédia de alienação, "Martin" apresenta um homem gravemente isolado por um ambiente familiar repressivo, timidez dolorosa e medo de coisas sensuais.
Positivamente Millie
3.7 26O filme é agradável no seu início, com algumas canções cativantes e humor "camp" que era comum nos anos sessenta. No entanto, a subtrama sobre o sequestro de meninas não combina com o tom do filme e o mesmo torna-se caricato à medida que avança, especialmente no final. Julie Andrews - como sempre - afinadíssima e de ótimo carisma, valoriza a película. No geral, um filme um tanto divertido - e excessivamente longo - com uma subtrama ridícula e um final excessivamente caricatural.
Testemunha de Acusação
4.5 355 Assista AgoraA estrela aqui é definitivamente Charles Laughton (Sir Wilfrid Robarts), que rouba o show e faz com que cada uma de suas falas pareça memorável neste enredo deliciosamente espirituoso e inteligente de Agatha Christie adaptado por Billy Wilder em uma peça quase perfeita de entretenimento instigante.
Agonia de Amor
3.5 42Embora seja tecnicamente interessante e com flashes de suspense e genialidade na direção, "The Paradine Case" - com certeza - não tem muito a cara do Hitchcock. Fala-se que nem ele mesmo gostou. O roteiro é provavelmente o maior culpado: A esposa do advogado (Gay Keane/Ann Todd) parece mais interessante do que a mulher chata (Mrs. Paradine/Alida Valli) e vagamente estrangeira em julgamento. Peck interpreta o advogado dela (Anthony Keane) e é seu trabalho (de acordo com o roteiro) se apaixonar por ela de alguma forma, mas a coisa toda não é muito convincente. e a trama termina não fluindo como devia.
Ela e o Príncipe
3.9 4O enredo desse filme é bobinho, mas as coreografias de patinação no gelo são bem legais. A apresentação no gelo ao som do "Polovtsian - Danças do Príncipe Igor", de Alexander Borodin, é magistral.
Correndo Contra o Tempo
3.4 120 Assista Agora"Don't Let Go" começa bem com o mistério, mas eventualmente cai em um assassinato clichê que encobre uma espécie de história. A reviravolta causa surpresa, mas não ajuda na trama sobre quem é o assassino e seus motivos. Storm Reid e David Oyelowo atuam bem, mas o roteiro não lhes dá nada a acrescentar aos seus personagens. No geral, Don't Let Go é um thriller enfadonho que brinca com um conceito legal, mas não vai a lugar nenhum como filme.
O Pensionista
3.9 80 Assista Agora"O Inquilino" é apenas um filme mediano, apesar de Hichcock conseguir prender o espectador do início até o fim, principalmente nos últimos quinze minutos, a melhor parte do filme. Mesmo com seus defeitos, é um filme, que ainda que não seja um dos melhores do mestre, vale a pena assisti-lo por ser um dos seus primeiros trabalhos (ainda na fase do cinema mudo). Achei espetacular uma cena em que o inquilino sobe uma escada em caracol e a câmera mostra a ação onde o braço do personagem vai circundando o corrimão. Cena essa tão bela quanto aquela do filme "Topázio", em que uma mulher é assassinada e vista de cima enquanto cai e o vestido vai se abrindo contra o chão parecendo uma mancha de sangue. São pontos singulares - entre tantos outros - que torna-se prazeiroso de se curtir o nosso grande e eterno mestre do suspense.
Memórias de uma Gueixa
4.1 1,4K Assista AgoraÉ um belo filme, embora pintado por cores não-nativas oriundas de Holywood. Recebeu seis indicações ao Oscar e ganhou três: de Melhor Direção de Arte , Melhor Fotografia e Melhor Figurino. A bela trilha sonora apresenta Yo-Yo Ma realizando solos de violoncelo, bem como Itzhak Perlman os de violino. O filme foi criticado por escalar algumas atrizes não japonesas como mulheres japonesas e por seu estilo sobre abordagem de conteúdo.
Quem com Ferro Fere
3.5 130 Assista AgoraPossui um roteiro bem consistente, e com pequenos - mas convenientes flashbacks - que dão força à história, introduzindo lentamente o espectador na narrativa da relação de alguns personagens que caminham juntos rumo ao abismo da dor, degradação e angústia submersas no passado. É verdade que, depois de uma primeira hora de tensão máxima, pode parecer que a história decai um pouco. Mas são apenas alguns minutos que a boa direção do Paco Plaza salva perfeitamente com excelentes enquadramentos, sonoplastia e fotografia, além de nos envolver um pouco mais. Achei o final deveras impactante.
Sleepers: A Vingança Adormecida
3.9 465 Assista Agora"Sleepers" apresenta imagens agonizantes de se ver: homens em seus recônditos mais sombrios e odiosos atacando crianças. O filme é excepcional em muitos aspectos, e triste, de uma forma desesperadora e angustiante. Achei que o elenco - no todo, jovens e veteranos - emprestam à trama uma dramaticidade que o roteiro exigia.
Até a Morte - Sobreviver é a Melhor Vingança
3.1 185 Assista AgoraApesar de algumas inconsistências lógicas, "Till Death" é bem interessante - certamente exagerado - mas é isso que o faz divertido de se assistir, mesmo com suas falhas.
Por Volta da Meia-Noite
4.0 35Ótima atuação de Dexter Gordon. (Indicado ao Oscar de Melhor Ator em 1987). Qualquer fã de jazz deverá apreciar a emocionante história e a bela trilha sonora. O desenvolvimento é um tanto lento e simples, mas a música faz continuar.
The Innocents
3.7 158Em ritmo lento, assustador e dramaticamente chocante em retratar um thriller (as cenas terríveis do gatinho ainda ecoam na minha mente), "The Innocents" imerge os espectadores em uma atmosfera cheia de tortura e pavor deliberados. Muito do terror acontece sem que uma palavra seja dita. É um tipo de filme que não terminará com uma pergunta fechada, mas com muitas perguntas em aberto. Filme pra não se assistir uma 2a vez.
Mandingo: O Fruto Da Vingança
3.7 23"Mandingo" é um filme perspicaz e penetrante sobre a escravidão americana. Abusa da violência e nudez, mas também faz uma interessante reflexão histórica e precisa do racismo. Deixa o público desconfortável, é bem direto em confrontar a brutalidade da escravidão, e não apenas os males óbvios, mas o efeito moral corrosivo sobre todos os envolvidos, tanto vítima quanto opressor. O filme não mede esforços em explorar as degradações diárias quase inimagináveis que são parte integrante de uma sociedade que trata as pessoas de pele negra como inferiores, como animais sem alma.
Inspirou Tarantino no seu "Django Livre"
A Espiã de Calcinhas de Renda
3.7 10"The Glass Bottom Boat" (com título infeliz para o português) é uma bagunça de espionagem, uma mistura de personagens encantadoramente loucos e uma sucessão de piadas cômicas que não deixam o espectador descansar enquanto assiste, graças à performance agradavelmente vertiginosa de Doris Day como a garota legal que surpreendentemente tem aqueles “olhos de quarto” e a boa química que ela encontra ao lado do galã Rod Taylor.
A Dama e o Vagabundo
3.8 517 Assista AgoraAdoro cães e por isso sou suspeito ao dizer que amo esse filme. Para mim, um dos melhores da Disney.
A Canção do Sul
3.8 140A visão deturpada de uma vida feliz de escravos compromete o filme, mas algumas belas sequências animadas acaba nos conquistando. A inesquecível canção "Zip-a-Dee-Doo-Dah" (vencedora do Oscar) sobreviveu milagrosamente.
A Sexta Parte do Mundo
4.3 8É um diário de viagem e um documento antropológico. A intenção é enaltecer a Revolução Socialista, sendo construído com belos registros fotográficos e inteligentes movimentos de câmeras. Vertov amadureceu seu estilo neste filme, no qual se destacará posteriormente em seu filme mais famoso, "Man with a Movie Camera" (1929).
A Maldição
3.1 62 Assista Agora"The Cursed" se propõe a ser um horror gótico de lobisomem e consegue fazê-lo, mas, em última análise, a maneira como usa o trauma histórico como pano de fundo para sua maldição transforma o roteiro em algo que fica a desejar.
Nas Águas Da Esquadra
3.7 5"Follow the Fleet" é um filme divertido e imperdível, com um roteiro bem escrito. Fred Astaire e Ginger Rogers fazem performances excelentes onde a química entre os dois funciona otimamente em suas viradas musicais. A história para unir tudo também é decente o suficiente (descontados os sexismos de época). Irvin Berlin faz um trabalho notável com ótimas canções.