Manipulação midiática das massas deveria ser um assunto obsoleto hoje, eu não queria nem escrever nada aqui porque sinto que é um termo já muito debatido. Em Ace in the Hole Billy Wilder demonstrou disso com a esperança que nos anos 2000 as pessoas olhassem pra trás e achassem engraçado que no passado os indivíduos não tinham ceticismo algum...
O subtítulo traduz exatamente aquilo que o filme não é. Não é a primeira vez que Polanski me surpreende com uma reflexão profunda a respeito da condição miserável que é a vida, intercalado por alegrias efêmeras. Tess não é uma lição de vida, não nos traz lição de moral nenhuma no final, e dela só podemos esperar indiferença. Uma personagem pisoteada pelos tabus, estigmas e dogmas misóginos e religiosos, Tess cambaleia entre uma sociedade ignorante e doentia, procurando por um caminho menos tortuoso para seguir. Uma viagem dolorosa ao fundo do poço. Assim como Hamlet, Tess se questiona se não deveria estar do lado oposto, junto com seus entes falecidos; Assim como o cavaleiro errante em o Sétimo Selo, ela tenta encontrar algum sentido e garimpar o mínimo motivo de viver pelo menos em paz enquanto a morte inevitável chega.
Não consigo me lembrar a última vez que fiquei tão tenso assistindo um filme. Depois que o boato começa a se espalhar, se inicia um acesso de raiva em quem assiste que culmina na
. Uma sociedade paranóica, assustada, insegura, que não sabe como agir diante da maioria dos problemas que seus filhos passam principalmente por se sentir culpada pela ausência e inexperiência. Uma situação dessa requer extremo profissionalismo e ceticismo. A partir do momento que a história se espalha, se inicia um processo de destruição e pânico sem limites. Eu me senti literalmente sufocado, porque sabia que é um beco sem saída, mesmo se o cara se matasse, aparentemente, todos achariam que ele fez isso tentando se redimir pelo que fez ou porque não conseguia lidar com o fato de ter feito algo. A fotografia e a direção são afiadíssimas, o elenco também contribui pra criar um clima de tensão o tempo todo. Uma tragédia como eu nunca havia assistido...
O filme tem uma premissa até interessante, mas as vezes parece demonstrar desinteresse ou falta de compromisso com a seriedade da obra. Não falo só por alguns lugares comuns e perdas de tempo, de fato algumas cenas são bem descartáveis, outros momentos não tem nexo nenhum nem corroboram com o roteiro. Pra um tipo de filme como esse funcionar, acredito que tem que ser impactuoso, não pode perder o fio e a fluidez, do contrário dá margem ao expectador ficar ansiando por um desfecho ou resolvendo mentalmente alguns problemas e avaliando as decisões e reações dos personagens. Se o diretor tivesse feito esse filme num pé mais acelerado, ele teria ficado consideravelmente melhor, ao invés de ficar dando close nos olhos do cara, e tantos momentos dele sentado pensando no que vai fazer da vida.Algumas vezes o filme parece uma série, meio que sem medo de perder tempo e principalmente no início, deixando tudo óbvio, pra agradar o expectador desatencioso ou preguiçoso. De qualquer forma, não foi uma experiência exatamente ruim, me prendeu e me deixou curioso, mas acredito que é mais esquecível que outros filmes, como Segredo dos Teus Olhos que tem uma temática bem parecida.
Independente da fotografia e da Direção afiada do Wyler, Hepburn rouba a cena onde aparece. O Roteiro dessa obra-prima, apesar de ligeiramente simples, é interessante e a narrativa mostra de forma fluida como a realidade dos dois personagens se chocam. A princesa e o plebeu foi uma péssima tradução pois dá uma ideia de superficialidade ao filme e embora para muitos possa parecer uma obra com intuito de entretenimento (e mesmo que faça o espectador rir muitas vezes), retrata a realidade paradoxal que é a maioria dos relacionamentos, modificados e/ou impedidos pelo egoísmo, interesses e pressão externa.
Apocalíptico, violento, intimidante e obscuro. Impossível não traçar um paralelo dos refugiados com o que está acontecendo hoje com a Europa e o ISIS, trás uma conjectura e cenário político-social muito reflexivo além de planos sequências muito bem feitos.
Desde Detroit The Rock City, ainda não havia visto nenhum filme que retratasse um pouco desse estilo de vida dos headbangers para pessoas "normais". Muitas analogias, referências, e sentimentos inerentes dos metalheads podem ser vistos aqui. Até o momento em que a carnificina começa, Deathgasm me deixou vidrado e cheio de expectativas.Infelizmente, depois que a maldição se inicia, o filme parece apostar apenas nas cenas de violência e gore (que não deixam a desejar) mas o roteiro perde um pouco da essência. Pra mim ofilme valeu pela primeira parte. Desde os 12 anos escuto Metal e sempre procuro entender o gênero dentro do contexto em que foi concebido, e mesmo a cena do metal extremo (Black, Thrash e Death) tendo surgido no final dos anos 80, ainda não havia visto em nenhum filme uma abordagem como em Deathgasm destes bangers. O vestuário, o corpse paint, a transposição do ouvinte do metal para outro mundo, também gostei da cena em que ele explica para Medina sobre o que leva o jovem a ouvir esse tipo de música e como ele se sente quando o faz, isso já me deixou com a sensação de que o filme cumpriu seu papel (fora o contraste dos dois personagens). Assisti os filmes com meus irmãos mais novos, e chegaram a chorar na cena em que certo personagem morre, o que me fez entender que eu estava com uma estimativa alta demais em cima de um filme de baixo orçamento. Mas sei que estou exagerando na análise, pois o filme tem um direcionamento específico, e como já foi dito "METAL UP YOUR ASS!" /,,/
"-Sim, meu amor, mas não significou nada, eu juro!" a\sdfuygsuygdsaygd Não tem como negar, o filme é engraçado, cativa e antes da tragédia acontecer, se cria um clima de tensão e ansiedade. Quem assiste fica só pensando:" Essa porra vai dar merda.." Tem uma fotografia parecida com outros filmes argentinos da linha do Conto Chinês e as atuações são boas sim, mas tenho a impressão de que é um filme que vai cair no esquecimento por causa da sua estrutura atípica. De qualquer forma, assisti-lo é uma experiência foda. Selvagerias do mundo moderno, muito rancor acumulado, muitas filhasdasputices e a boa e velha violência inesperada.
Sou um pouco novo no gênero Spaguetti Western, assisti apenas a trilogia dos dólares, e Django parece ser uma espécie de extensão do Universo do Leone. Fiquei sempre com a impressão de que a qualquer momento Lee Van Cleef iria aparecer ou o Blondie. Assisti em Italiano e foi uma experiência interessante. Franco Nero é foda!
Cruel, Doentio, Perturbador, Impiedoso, Sádico e Vil, assim como o Catolicismo. Fico sem palavras, pois nunca vi expressão tão clara da "mania" ou espécie de doença coletiva que é a religião, o diretor conseguiu representar toda a repulsa que sente sobre essa podridão que foi ou é o catolicismo com toda a sua hipocrisia e arrogância. Sou de família católica e sei o quanto o fanatismo é capaz de fazer com que o fiel vá até onde é necessário para professar a sua fé.
A cena da fogueira é espetacular, não lembro a última vez que um filme representou tão bem o que eu sinto sobre determinado assunto.
. Esse filme demonstra claramente as consequencias da religião no âmbito psicológico (tornando o indivíduo um ser frustrado e dominado por sentimentos doentios de culpa), no âmbito social (alienando e fazendo com que os grupos religiosos considerem os infiéis pessoas indignas, e também no âmbito político, que é na verdade o ponto principal do filme, que é a questão da unificação da França. Crítica pura.
Assim como em "A Era do Rádio", aqui temos uma homenagem do diretor à essa forma de arte que que precede o cinema. O filme já começa trazendo a tona uma das discussões mais recorrentes no meio dos cinéfilos :Quando é que uma obra deixa de ser arte e passa a ser comercial? Até que ponto o autor deve seguir a risca o que ele pensou para a sua obra sem que fatores secundários (financeiros ou a aceitação do público) influenciem no resultado? Bem, em cima dessas perguntas, Woody Allen faz uma trama que mistura um pouco de Sunset Boulevard - Crepúsculo dos Deuses do Billy Wilder com All About Eve - A Malvada do Makiewicz que inclusive saíram no mesmo ano, 1950. Já vi uma boa parte da filmografia do W. Allen, e acredito que este é um dos filmes mais normais do diretor do ponto de vista de licenças poéticas, como sonhos e aquelas viajadas que o Woody costuma dar quando quer sair do tradicional. Tiros na Broadway segue um ritmo contínuo e uma história bem amarrada com algumas reviravoltas, é um filme engraçado em alguns momentos, mas não classificaria como uma comédia, traz muitas reflexões a respeito do que é arte em si.
A maior sacada do filme é quando John Cusack, depois de ter reclamado tanto no início pelo seu direito de manter a peça inalterada pela produção, vai percebendo, a medida que a peça é ensaiada, as falhas do seu trabalho, e que infelizmente ela precisaria ser modificada, isso demonstra que um autor precisa ter a humildade de aceitar quando for apontado que seu trabalho tem furos. Talvez o diretor quis mostrar também que uma obra não pode ser uma expressão egoísta do seu autor, e sim uma espécie de diálogo harmônico entre o seu criador e o público que a recebe. O público, neste caso, Cheech, percebeu que John Cusack, não estava se fazendo entender em seu trabalho, e com uma análise a posteriori, ajudou o mesmo a fazer um trabalho mais fluido. Aprimorar uma obra, talvez então signifique deixar que ela seja analisada sob diversas perspectivas, para que assim o autor saiba se logrou expressar realmente o que queria.
Um tributo, bem como uma obra inteligente, boas atuações e um bom elenco.
Embora o longa não tenha abordado muito, acredito que a religião tem uma parcela fortíssima dentro do caso. A ligação do crime com seitas satânicas muda completamente o caráter do caso e é um prato cheio pra o sensacionalismo. West to Memphis é um documentário que mostra claramente o quanto toda uma população vive um estado perene de total ignorância e superficialidade, intolerância, ódio gratuito, conservadorismo inconsistente, de moralismo hipócrita. Mesmo não vivendo numa Teocracia, tanto nos EUA como aqui, para a maioria das pessoas declarar-se sem religião ou ateu é uma ofensa, faça ideia simpatizar com artes ocultas. A verdade é que a partir do momento que aqueles moleques apareceram com aquele estilo de metaleiro lá, com camisa de banda, O Juri não precisava de mais nada pra condenação. O crime precisava de um autor, o Estado precisava condenar alguém e a mídia de uma tragédia, pronto, é só escolher 3 pessoas que causam repulsa e pronto. West of Memphis é um retrato de uma sociedade que há muito vegeta e têm suas crenças e convicções baseadas no senso comum, achismo e opinião pública. Sensação de mal estar pra sempre.
Representação perfeita da época, figurino e ambientação muito foda. O roteiro talvez não seja muito convincente, e num certo ponto acaba não convencendo mais, no entando, na minha opinião os diálogos aqui valem mais do que a estória em si. O filme em si é despretensioso e deixa claro que tem a intenção de ser leve. Como o pessoal fala em relação aos do Hitchcock, digo o mesmo aqui, Intermediário em comparação a outros filmes do Woody allen, mas bem acima da média em relação a maioria dos filmes por aí.
Um dos artifícios que mais me chama a atenção nos filmes do Woody Allen é quando ele cria uma cena que vai acontecendo enquanto ele observa apenas como espectador (Como naquela em que ele vê sua irmã falando dele com o esposo), e isso é recorrente se eu não me engano em Manhattan e em Annie Hall. Allen nunca trata a realidade como algo tátil e definido, tudo que se é apresentado não passa de uma perspectiva sob determinado ângulo. Os seus surtos verborrágicos aparentemente improvisados são uma marca registrada, sempre com os diálogos mais irreverentes e sacadas mais geniais e inusitadas. Deconstructing Harry se desenvolve em meio há varios flashbacks que alternam entre a realidade e as idéias e personagens da mente do protagonista, onde cada um é uma peça que forma o mesmo. O Assunto traição está sempre presente nas suas obras, e nunca deixa de apimentar a trama e causar todos os reviravoltas. O longa é bem experimental e foge um pouco da maioria dos filmes americanos, e pode confundir um pouco quem não está acostumado com as licenças poéticas ( ou cinematográficas né). Reflexivo, divertido e inteligente é obrigatório pra quem gosta do diretor.
Almodóvar é arte pura. Cada enquadramento fala por si e a escolha das cores também. Acho inútil querer interpretar concisamente alguma coisa aqui, o filme deixa espaço pra todo tipo de discussão possível, cabe a cada um saber apreciar ou não. Sadismo é um assunto recorrente nos filmes do Almodóvar e acho corajoso da parte dele retratar da forma que o vem fazendo ao longo dos anos. Bom filme.
O filme é simples, despretensioso, o diretor já deixa claro desde o início que o filme tem uma vibe tranquila e nada aqui deve ser levado muito a sério. Cumpre bem o que faz, é agradável e todo mundo parece estar se divertindo. Bom pra esquecer os problemas do dia a dia.
Visualmente, lembra muito aquela pegada do Árvore da Vida, tudo muito bem enquadrado. Qualquer um que assistir esperando explicações e resoluções das estórias vai dizer que o filme é uma bosta. Na minha opinião, a intenção dos caras aqui é demonstrar como o homem tem a impressão de que tudo no universo gira ao seu redor, e procura no além e até por aqui mesmo um sentido "humano" pra tudo que acontece ao seu redor, como se o ambiente estivesse conspirando pra te contar algo. Os haters desse filme são justamente os que querem procurar um simbolismo e importância em coisas onde não existem. Além dessa conscientização de sacar que ninguém liga pra você, o filme fala muito de ser ativo, tomar conta da sua vida ."As pessoas são muito filhas da puta, e você é submisso, frustrado e inseguro, aí é que vão te usar como degrau mesmo". O Gopnik vive numa merda do caralho, não faz nada pra mudar, e ainda acha que isso é deus falando com ele. No cristianismo, a galera chama isso de "Cruz", "Você tem que aceitar a sua cruz".. Eles só perdem pro Woody Allen na caracterização da cultura judia. Filme Foda.
O universo não é nem hostil, nem amigável. É simplesmente indiferente - J. H. Holmes
Em um sentido achei um pouco parecido com alguns dos filmes da trilogia do apartamento do Polanski, aparentemente é um filme "normal" vamos dizer assim, e do nada, o diretor dá uma viajada completa, com metáforas e licenças poéticas, vamos chamar assim. Benjamin representa "fuga" para Mrs. Robinson, sair da sua rotina e experimentar situações perigosas e arriscada mais uma vez, e a ingenuidade do rapaz cria um clima de desafio maior ainda para ela, fora alguma conotação maternal que não vou entrar nem no mérito. Acho que o filme perde um pouco o impacto depois
, as coisas tomam um rumo meio estranho. Mas o filme consegue terminar bem, com um final totalmente sem noção e de arrancar um sorriso de qualquer um que assista. Mas o filme não é só o roteiro em si, traz muita reflexão sobre a juventude, sobre não perder certas oportunidades.
Não só as takes panorâmicas, atuações memoráveis, perfeita iluminação noir e uso da técnica de flashbacks com sucesso,The Killing na minha opinião é um dos filmes que melhor soube aproveitar a curiosidade de quem assiste. Assim que começa, um emaranhado de histórias aparece como , nas palavras do próprio narrador, um quebra cabeça, e quem está do outro lado fica achando que a história vai acabar e você não vai entender nada. Mas aos poucos, a trama vai se dissolvendo. O que mais me chamou atenção é como a informação é liberada paulatinamente, nada é de graça como se fosse uma exposição, cada personagem vai te ajudando a entender o seu papel dentro do plano de forma natural. Pelo menos pra mim, a primeira impressão é
havia vazadp informações sobre qual cavalo iria ganhar
, por isso achei um absurdo terem traduzido o filme com esse título, pois já é um grande spoiler!, visto que só sabemos a respeito do que realmente se trata depois de um tempo. Elisha Cook Jr. rouba a cena sempre que aparece com aquele semblante paranóico, agoniado, frustrado e sempre dá um ar de desespero a cena. Marie Windsor é a típica Femme Fatale do cinema noir, com seus próprios interesses e tocando o terror no filme, essa mulher é o cão, deus me livre. Eu já tinha começado a assistir esse filme uma vez, mas só aquela introdução com os cavalos na pista me fez achar que seria chato, dei mais uma chance e me surpreendi, Kubrick consegue cativar e te prender a trama, ele deveria ter feito mais filmes desse gênero, vai pros favoritos de certeza.
Rede de Intrigas
4.2 360 Assista AgoraManipulação midiática das massas deveria ser um assunto obsoleto hoje, eu não queria nem escrever nada aqui porque sinto que é um termo já muito debatido. Em Ace in the Hole Billy Wilder demonstrou disso com a esperança que nos anos 2000 as pessoas olhassem pra trás e achassem engraçado que no passado os indivíduos não tinham ceticismo algum...
Tess: Uma Lição de Vida
3.7 125 Assista AgoraO subtítulo traduz exatamente aquilo que o filme não é. Não é a primeira vez que Polanski me surpreende com uma reflexão profunda a respeito da condição miserável que é a vida, intercalado por alegrias efêmeras. Tess não é uma lição de vida, não nos traz lição de moral nenhuma no final, e dela só podemos esperar indiferença. Uma personagem pisoteada pelos tabus, estigmas e dogmas misóginos e religiosos, Tess cambaleia entre uma sociedade ignorante e doentia, procurando por um caminho menos tortuoso para seguir. Uma viagem dolorosa ao fundo do poço. Assim como Hamlet, Tess se questiona se não deveria estar do lado oposto, junto com seus entes falecidos; Assim como o cavaleiro errante em o Sétimo Selo, ela tenta encontrar algum sentido e garimpar o mínimo motivo de viver pelo menos em paz enquanto a morte inevitável chega.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraContém alguns Spoilers*
Não consigo me lembrar a última vez que fiquei tão tenso assistindo um filme. Depois
que o boato começa a se espalhar, se inicia um acesso de raiva em quem assiste que culmina na
morte da Fanny
Tese Sobre um Homicídio
3.4 310 Assista AgoraO filme tem uma premissa até interessante, mas as vezes parece demonstrar desinteresse ou falta de compromisso com a seriedade da obra. Não falo só por alguns lugares comuns e perdas de tempo, de fato algumas cenas são bem descartáveis, outros momentos não tem nexo nenhum nem corroboram com o roteiro. Pra um tipo de filme como esse funcionar, acredito que tem que ser impactuoso, não pode perder o fio e a fluidez, do contrário dá margem ao expectador ficar ansiando por um desfecho ou resolvendo mentalmente alguns problemas e avaliando as decisões e reações dos personagens. Se o diretor tivesse feito esse filme num pé mais acelerado, ele teria ficado consideravelmente melhor, ao invés de ficar dando close nos olhos do cara, e tantos momentos dele sentado pensando no que vai fazer da vida.Algumas vezes o filme parece uma série, meio que sem medo de perder tempo e principalmente no início, deixando tudo óbvio, pra agradar o expectador desatencioso ou preguiçoso. De qualquer forma, não foi uma experiência exatamente ruim, me prendeu e me deixou curioso, mas acredito que é mais esquecível que outros filmes, como Segredo dos Teus Olhos que tem uma temática bem parecida.
Macbeth: Ambição e Guerra
3.5 383 Assista AgoraNão saco nada de Shakespeare e nunca li, será q vou entender algo?
A Princesa e o Plebeu
4.3 417 Assista AgoraIndependente da fotografia e da Direção afiada do Wyler, Hepburn rouba a cena onde aparece. O Roteiro dessa obra-prima, apesar de ligeiramente simples, é interessante e a narrativa mostra de forma fluida como a realidade dos dois personagens se chocam. A princesa e o plebeu foi uma péssima tradução pois dá uma ideia de superficialidade ao filme e embora para muitos possa parecer uma obra com intuito de entretenimento (e mesmo que faça o espectador rir muitas vezes), retrata a realidade paradoxal que é a maioria dos relacionamentos, modificados e/ou impedidos pelo egoísmo, interesses e pressão externa.
Filhos da Esperança
3.9 940 Assista AgoraApocalíptico, violento, intimidante e obscuro. Impossível não traçar um paralelo dos refugiados com o que está acontecendo hoje com a Europa e o ISIS, trás uma conjectura e cenário político-social muito reflexivo além de planos sequências muito bem feitos.
Deathgasm
3.4 216Desde Detroit The Rock City, ainda não havia visto nenhum filme que retratasse um pouco desse estilo de vida dos headbangers para pessoas "normais". Muitas analogias, referências, e sentimentos inerentes dos metalheads podem ser vistos aqui. Até o momento em que a carnificina começa, Deathgasm me deixou vidrado e cheio de expectativas.Infelizmente, depois que a maldição se inicia, o filme parece apostar apenas nas cenas de violência e gore (que não deixam a desejar) mas o roteiro perde um pouco da essência. Pra mim ofilme valeu pela primeira parte. Desde os 12 anos escuto Metal e sempre procuro entender o gênero dentro do contexto em que foi concebido, e mesmo a cena do metal extremo (Black, Thrash e Death) tendo surgido no final dos anos 80, ainda não havia visto em nenhum filme uma abordagem como em Deathgasm destes bangers. O vestuário, o corpse paint, a transposição do ouvinte do metal para outro mundo, também gostei da cena em que ele explica para Medina sobre o que leva o jovem a ouvir esse tipo de música e como ele se sente quando o faz, isso já me deixou com a sensação de que o filme cumpriu seu papel (fora o contraste dos dois personagens). Assisti os filmes com meus irmãos mais novos, e chegaram a chorar na cena em que certo personagem morre, o que me fez entender que eu estava com uma estimativa alta demais em cima de um filme de baixo orçamento. Mas sei que estou exagerando na análise, pois o filme tem um direcionamento específico, e como já foi dito "METAL UP YOUR ASS!" /,,/
Trumbo: Lista Negra
3.9 375 Assista AgoraMilagre que ninguém marcou como Já Vi ainda, Filmow está lotado de viajantes do tempo.
O Parque Macabro
3.8 142 Assista AgoraDoentio, Bizarro, Paranóico e Perturbador.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista Agora"-Sim, meu amor, mas não significou nada, eu juro!" a\sdfuygsuygdsaygd
Não tem como negar, o filme é engraçado, cativa e antes da tragédia acontecer, se cria um clima de tensão e ansiedade. Quem assiste fica só pensando:" Essa porra vai dar merda.." Tem uma fotografia parecida com outros filmes argentinos da linha do Conto Chinês e as atuações são boas sim, mas tenho a impressão de que é um filme que vai cair no esquecimento por causa da sua estrutura atípica. De qualquer forma, assisti-lo é uma experiência foda. Selvagerias do mundo moderno, muito rancor acumulado, muitas filhasdasputices e a boa e velha violência inesperada.
Django
3.9 202 Assista AgoraSou um pouco novo no gênero Spaguetti Western, assisti apenas a trilogia dos dólares, e Django parece ser uma espécie de extensão do Universo do Leone. Fiquei sempre com a impressão de que a qualquer momento Lee Van Cleef iria aparecer ou o Blondie. Assisti em Italiano e foi uma experiência interessante. Franco Nero é foda!
Os Demônios
3.9 153Cruel, Doentio, Perturbador, Impiedoso, Sádico e Vil, assim como o Catolicismo. Fico sem palavras, pois nunca vi expressão tão clara da "mania" ou espécie de doença coletiva que é a religião, o diretor conseguiu representar toda a repulsa que sente sobre essa podridão que foi ou é o catolicismo com toda a sua hipocrisia e arrogância. Sou de família católica e sei o quanto o fanatismo é capaz de fazer com que o fiel vá até onde é necessário para professar a sua fé.
A cena da fogueira é espetacular, não lembro a última vez que um filme representou tão bem o que eu sinto sobre determinado assunto.
Tiros na Broadway
3.8 123 Assista AgoraAssim como em "A Era do Rádio", aqui temos uma homenagem do diretor à essa forma de arte que que precede o cinema. O filme já começa trazendo a tona uma das discussões mais recorrentes no meio dos cinéfilos :Quando é que uma obra deixa de ser arte e passa a ser comercial? Até que ponto o autor deve seguir a risca o que ele pensou para a sua obra sem que fatores secundários (financeiros ou a aceitação do público) influenciem no resultado? Bem, em cima dessas perguntas, Woody Allen faz uma trama que mistura um pouco de Sunset Boulevard - Crepúsculo dos Deuses do Billy Wilder com All About Eve - A Malvada do Makiewicz que inclusive saíram no mesmo ano, 1950. Já vi uma boa parte da filmografia do W. Allen, e acredito que este é um dos filmes mais normais do diretor do ponto de vista de licenças poéticas, como sonhos e aquelas viajadas que o Woody costuma dar quando quer sair do tradicional. Tiros na Broadway segue um ritmo contínuo e uma história bem amarrada com algumas reviravoltas, é um filme engraçado em alguns momentos, mas não classificaria como uma comédia, traz muitas reflexões a respeito do que é arte em si.
A maior sacada do filme é quando John Cusack, depois de ter reclamado tanto no início pelo seu direito de manter a peça inalterada pela produção, vai percebendo, a medida que a peça é ensaiada, as falhas do seu trabalho, e que infelizmente ela precisaria ser modificada, isso demonstra que um autor precisa ter a humildade de aceitar quando for apontado que seu trabalho tem furos. Talvez o diretor quis mostrar também que uma obra não pode ser uma expressão egoísta do seu autor, e sim uma espécie de diálogo harmônico entre o seu criador e o público que a recebe. O público, neste caso, Cheech, percebeu que John Cusack, não estava se fazendo entender em seu trabalho, e com uma análise a posteriori, ajudou o mesmo a fazer um trabalho mais fluido. Aprimorar uma obra, talvez então signifique deixar que ela seja analisada sob diversas perspectivas, para que assim o autor saiba se logrou expressar realmente o que queria.
Um tributo, bem como uma obra inteligente, boas atuações e um bom elenco.
A Oeste de Memphis
4.3 34 Assista AgoraEmbora o longa não tenha abordado muito, acredito que a religião tem uma parcela fortíssima dentro do caso. A ligação do crime com seitas satânicas muda completamente o caráter do caso e é um prato cheio pra o sensacionalismo. West to Memphis é um documentário que mostra claramente o quanto toda uma população vive um estado perene de total ignorância e superficialidade, intolerância, ódio gratuito, conservadorismo inconsistente, de moralismo hipócrita. Mesmo não vivendo numa Teocracia, tanto nos EUA como aqui, para a maioria das pessoas declarar-se sem religião ou ateu é uma ofensa, faça ideia simpatizar com artes ocultas. A verdade é que a partir do momento que aqueles moleques apareceram com aquele estilo de metaleiro lá, com camisa de banda, O Juri não precisava de mais nada pra condenação. O crime precisava de um autor, o Estado precisava condenar alguém e a mídia de uma tragédia, pronto, é só escolher 3 pessoas que causam repulsa e pronto. West of Memphis é um retrato de uma sociedade que há muito vegeta e têm suas crenças e convicções baseadas no senso comum, achismo e opinião pública. Sensação de mal estar pra sempre.
O Escorpião de Jade
3.4 115 Assista AgoraRepresentação perfeita da época, figurino e ambientação muito foda. O roteiro talvez não seja muito convincente, e num certo ponto acaba não convencendo mais, no entando, na minha opinião os diálogos aqui valem mais do que a estória em si. O filme em si é despretensioso e deixa claro que tem a intenção de ser leve. Como o pessoal fala em relação aos do Hitchcock, digo o mesmo aqui, Intermediário em comparação a outros filmes do Woody allen, mas bem acima da média em relação a maioria dos filmes por aí.
Desconstruindo Harry
4.0 335 Assista AgoraUm dos artifícios que mais me chama a atenção nos filmes do Woody Allen é quando ele cria uma cena que vai acontecendo enquanto ele observa apenas como espectador (Como naquela em que ele vê sua irmã falando dele com o esposo), e isso é recorrente se eu não me engano em Manhattan e em Annie Hall. Allen nunca trata a realidade como algo tátil e definido, tudo que se é apresentado não passa de uma perspectiva sob determinado ângulo. Os seus surtos verborrágicos aparentemente improvisados são uma marca registrada, sempre com os diálogos mais irreverentes e sacadas mais geniais e inusitadas. Deconstructing Harry se desenvolve em meio há varios flashbacks que alternam entre a realidade e as idéias e personagens da mente do protagonista, onde cada um é uma peça que forma o mesmo. O Assunto traição está sempre presente nas suas obras, e nunca deixa de apimentar a trama e causar todos os reviravoltas. O longa é bem experimental e foge um pouco da maioria dos filmes americanos, e pode confundir um pouco quem não está acostumado com as licenças poéticas ( ou cinematográficas né). Reflexivo, divertido e inteligente é obrigatório pra quem gosta do diretor.
Chef
3.7 784 Assista AgoraDescompromissado, roadie e bem intencionado. Obs : Não assista se estiver de regime
Ata-me!
3.7 550Almodóvar é arte pura. Cada enquadramento fala por si e a escolha das cores também. Acho inútil querer interpretar concisamente alguma coisa aqui, o filme deixa espaço pra todo tipo de discussão possível, cabe a cada um saber apreciar ou não. Sadismo é um assunto recorrente nos filmes do Almodóvar e acho corajoso da parte dele retratar da forma que o vem fazendo ao longo dos anos. Bom filme.
De Bico Calado
3.1 108O filme é simples, despretensioso, o diretor já deixa claro desde o início que o filme tem uma vibe tranquila e nada aqui deve ser levado muito a sério. Cumpre bem o que faz, é agradável e todo mundo parece estar se divertindo. Bom pra esquecer os problemas do dia a dia.
Um Homem Sério
3.5 574 Assista AgoraVisualmente, lembra muito aquela pegada do Árvore da Vida, tudo muito bem enquadrado. Qualquer um que assistir esperando explicações e resoluções das estórias vai dizer que o filme é uma bosta. Na minha opinião, a intenção dos caras aqui é demonstrar como o homem tem a impressão de que tudo no universo gira ao seu redor, e procura no além e até por aqui mesmo um sentido "humano" pra tudo que acontece ao seu redor, como se o ambiente estivesse conspirando pra te contar algo. Os haters desse filme são justamente os que querem procurar um simbolismo e importância em coisas onde não existem. Além dessa conscientização de sacar que ninguém liga pra você, o filme fala muito de ser ativo, tomar conta da sua vida ."As pessoas são muito filhas da puta, e você é submisso, frustrado e inseguro, aí é que vão te usar como degrau mesmo". O Gopnik vive numa merda do caralho, não faz nada pra mudar, e ainda acha que isso é deus falando com ele. No cristianismo, a galera chama isso de "Cruz", "Você tem que aceitar a sua cruz".. Eles só perdem pro Woody Allen na caracterização da cultura judia. Filme Foda.
O universo não é nem hostil, nem amigável. É simplesmente indiferente - J. H. Holmes
Goosebumps: Monstros e Arrepios
3.1 436 Assista AgoraPor favor não estraguem esse filme..
A Primeira Noite de Um Homem
4.1 810 Assista AgoraEm um sentido achei um pouco parecido com alguns dos filmes da trilogia do apartamento do Polanski, aparentemente é um filme "normal" vamos dizer assim, e do nada, o diretor dá uma viajada completa, com metáforas e licenças poéticas, vamos chamar assim. Benjamin representa "fuga" para Mrs. Robinson, sair da sua rotina e experimentar situações perigosas e arriscada mais uma vez, e a ingenuidade do rapaz cria um clima de desafio maior ainda para ela, fora alguma conotação maternal que não vou entrar nem no mérito. Acho que o filme perde um pouco o impacto depois
que Elaine descobre sobre a mãe e
O Grande Golpe
4.1 236 Assista AgoraNão só as takes panorâmicas, atuações memoráveis, perfeita iluminação noir e uso da técnica de flashbacks com sucesso,The Killing na minha opinião é um dos filmes que melhor soube aproveitar a curiosidade de quem assiste. Assim que começa, um emaranhado de histórias aparece como , nas palavras do próprio narrador, um quebra cabeça, e quem está do outro lado fica achando que a história vai acabar e você não vai entender nada. Mas aos poucos, a trama vai se dissolvendo. O que mais me chamou atenção é como a informação é liberada paulatinamente, nada é de graça como se fosse uma exposição, cada personagem vai te ajudando a entender o seu papel dentro do plano de forma natural. Pelo menos pra mim, a primeira impressão é
havia vazadp informações sobre qual cavalo iria ganhar