Um trashzão maravilhoso! Uma mistura de terror italiano com o melhor de Quentin Tarantino. As cenas em câmera lenta é uma bela sacada do diretor. Deixa o especatador preso deslumbrado com os acontecimentos.
Primeiramente é importante lembrar que nada do que aconteceu nessa temporada acaba com o que eles fizeram nas temporadas anteriores. Ainda mais sendo vencedores das respectivas temporadas em que participaram. Se Michelle nada precisava provar por já ter ganho Kaoh Rong e ponto final, Kim continua a best challenge e sendo aquela mulher que provou pra todo mundo que mulher pode jogar pesado igual um homem sim (Como foi reivindicado por Sarah num belo discurso em um dos TC's). Yul sempre será o estrategista matemático que usou um ídolo de forma inédita, Parvati e Boston Rob jamais vão sair do patamar de lendas na história da mitologia de "Survivor" e "The queen stays queen". Mesmo faltando alguns winners que fizeram história como Richard Hatch, Tina, Vecepia e Todd Herzog, a temporada conseguiu se segurar. É bem verdade que o pós merge foi abaixo do que poderia ter sido, principalmente pra quem esperava ver mais da galera old school, mas acho que nem isso atrapalhou tanto. O forte jogo social do trio Sarah, Ben e Tony não deu margem para que as outras pessoas conseguissem fazer grandes jogadas, e Denise nunca foi uma grande estrategista. Pode não ter sido a melhor temporada de todos os tempos, mas sem dúvida foi bem emocionante. Era notório que fechou-se um ciclo, que acabou-se uma era. Parece que els queriam principalmente fechar os arcos de jogadores mais antigos. Com certeza o show trilhará novos caminhos daqui pra frente e entrará em uma era de novidades. Se o jogo já havia mudado da primeira geração pra segunda. Houve uma transição quando implantaram os ídolos, outra quando Ciera e Tony resolveram jogar agressivos, depois com o desafio do fogo e mudança do juri no FTC. E agora é inserido a economia dentro do jogo. Essa temporada também foi importante pra mudar o patamar de duas grandes jogadoras como Sophie e Sarah. A primeira eu já tirava meu chapéu por seu jogo em SP, apesar da edição não dar nenhum destaque. A segunda, foi a primeira temporada em que realmente consegui apreciar como personagem. Apesar do bom jogo em GC, o estilo travado da personagem não me agradava.
Sarah e Tony foram os grandes destaques pelo belo jogo que fizeram. E é importante lembrar que Tony não teria levado essa sem ajuda de Lacina. É impressionante como o nível de jogo do policial aumentou da sua temporada para cá. O que parecia ser impossível aconteceu. Se já era um bom jogador pelo jogo em Cagayan, aumentou seu nível em WaW, quando comprometeu-se mais com sua aliada, venceu challenges e fez fogo. Talvez tenha sido o melhor jogo de toda a história do reality. Apesar de gostar mais de vários outros personagens do que ele, entendo que ele é a cara de "Survivor" e consegue entregar tudo que o reality representa. Bom social, estratégia, bom nos challenges e um entretenimento de primeira, vê-lo dividir o trono com Sandra foi bem bacana. Palmas para o rei.
O humor nonsense da série não vai agradar a todos. É algo muito particular e que não estamos acostumados a vermos tanto partindo dos Estados Unidos. Seinfeld é o pai dos nonsense e até mesmo ela sofre críticas por grande parte dos espectadores que preferem uma comédia "mais leve" como Friends. Então toda a experiência com "Community" parte do princípio se você gosta desse estilo de humor ou não. Eu particularmente, apesar de amar Seinfeld, não acho que os estadunidenses façam esse tipo de humor tão bem quanto os britânicos, por exemplo. Que conseguem unir o nonsense com um humor de "vergonha alheia" tão bem. Acredito que o forte do humor dos EUA seja mais o apelo aos personagens ou as histórias em forma de narrativa. A série quebra com alguns desses estereótipos estadunidenses, apesar de haver essa preocupação em transformar alguns personagens carismáticos como Troy e Abed, eles não se preocupam com outros como Jeffrey ou Pierce. E aqui não é uma crítica, muito pelo contrário, é algo bem inovador na terras norte americanas. O tipo de piada é muito contextualizada, rápidas e inteligentes. Se você não acompanhar o ritmo vai ficar pra trás e não achando tão engraçado. Aliás, acho que as piadas aqui não são daquelas para se gargalhar - pelo menos foi o meu caso - mas é aquele tipo de piada pra você ser pego de surpresa e dizer "Que sacada genial!". Episódios excelentes mas já soube que a série vai ladeira abaixo depois daqui - para alguns depois da quarta - Vamos ver o que aguarda.
PS: Não achei uma série fácil de maratonar como vi a galera comentando desde a primeira temporada, justamente pelo ritmo de piada ser muito ágil e fugir dos padrões convencionais.
A temporada que tinha tudo pra acontecer, e não aconteceu. Um cast feminino forte e incrível, pautas sobre feminismo e minorias. A diversidade no elenco, um bom nível estratégico, Boston Rob e a dona e proprietária de Survivor Sandra. A boa utilização da ilha dos ídolos (Impressionante como Boston Rob e Sandra formam uma bela dupla) entregou uma bela fase tribal. Entretanto, o lance do assédio faz com que uma nuvem negra paire sobre a temporada. Impossível dela voltar a ser a mesma depois do que aconteceu, principalmente no episódio duplo onde além de tudo ainda nos entrega duas eliminações dolorosas. Nunca "Survivor" foi tão reality quanto essa temporada. O problema é que a realidade é tão tóxica que nos faz querer mesmo é a ficção. Porém, não da pra esquecer as lições que a temporada nos trouxe. Racismo, assédio, feminismo são pautas importantes nos dias sombrios de hoje e é o legado que a season deixa. Não devemos esquecê-la. Teremos que lembrá-la. Principalmente a CBS para que saiba como agir futuramente de maneira mais incisiva. Thailand deve ser esquecida, onde houve um caso claro de assédio e absolutamente NADA foi feito.
Concordo que Tommy seja um vencedor sem graça e nem um pouco carismático. Principalmente com um cast feminino tão bom, fica a frustração. Porém, achei a melhor escolha dentro o F3, visto que sou um fã de uma época em que Survivor não era definido por ídols ou vantagens. Sim, Tommy é um vencedor clássico de Survivor. O cara não venceu nenhum challenge, não obteve nenhuma vantagem, não encontrou nenhum idolo, não visitou a twist da temporada e não fez fogo. Sua base foi o social e estratégico, um vencedor que mesmo não sendo muito bom me lembra a era de ouro do show.
Melhores da temporada pra mim: Kelle, Lauren, Janet, Jammal, Noura e Missy.
A força de The Office sempre esteve em seus personagens. Principalmente naqueles que estão desde o inicio da série. Até mesmo os mais secundários como Kevin, Angela, Stanley, Meredith, Creed, Phillys, Darryl... Todos eles são carismáticos e faz com que além de rirmos, nos importemos com cada um deles. Nos identificamos com um ou outro. São exatamente eles junto dos outros personagens como Dwight, Jim e Pam quem segura a série quando ela começa a declinar lá no finalzinho da sexta temporada. Michael é um caso a parte. Não é só o gerente da Dunder Mifflin, como o gerente do show. Tudo passa por ele e é inevitável que a sua saída acabe ocasionando a queda mais brusca que a série acaba naturalmente tendo. Posso dizer, que se tratando de personagens, nenhuma sitcom que eu vi tem a quantidade de bons e carismáticos personagens como "The Office" tem. Seinfeld talvez seja a que mais se aproxima visto que os 4 amigos conseguem ser excelentes personagens. Mas repito, em matéria de QUANTIDADE, ninguém bate a galera do escritório.
A reta final - apesar de uma forçada de barra na relação Pam e Jim - supre a queda de algumas temporadas, e encerra o show com eficiência. Uma sessão de nostalgia que faz dar nó na garganta a qualquer saudosista de plantão. Série boa é aquela que você emociona ao recordar todo o processo que levou ao final. É lembrar dos episódios, das temporadas, se assistiu na sala ou no quarto. Se concluiu algum episódio numa viagem de ônibus porque estava viciado. Não vou comparar com a britânica, porque a proposta é totalmente diferente. Os estadunidenses - assim como nós - gosta que o seu espectador faça parte do show. Se importe com os personagens. Chore, ria ou sinta raiva com eles. E nessa proposta eles foram excelentes.
Não consegui me conectar com os personagens. Achei eles sem carisma, o que acabou ocasionando a minha falta de interesse por todo o lance do filme, incluindo o final. O que acho que seria crucial para gostar ou não do filme. Certamente que existiu vários motivos para eu não ter gostado, e nem digo que a culpa seja do filme. Acho que em parte foi minha mesmo por ter ido com uma outra expectativa. Achei que a proposta do filme de se dividir entre o romance a doença acaba atrapalhando o roteiro no sentido de não desenvolver a história que se propõe de uma forma melhor. Acho até que a intenção do filme era justamente criar uma situação menos tensa sobre a doença da menina sendo o amor dos dois um alívio para o filme. Pra mim não funcionou.
Entrou pra minha lista de "filmes perfeitos". É cada travelling, cada posicionamento de câmera, com destaque para os contra plongée, que são impressionantes principalmente para um filme da década de 60. Lembra o "cinema verdade", o "cinema novo brasileiro" e o neorealismo italiano.
"Eu sou Cuba. Meu açucar, seus barcos levaram. Minhas lágrimas eles deixaram. Que estranha coisa é o açucar, Sr. Colombo Ele contém tantas lágrimas, e ainda assim, é doce."
Nada me tira da cabeça que a produção chamou os retornantes porque percebeu que o cast era apagado. Tendo que inventar algo para que esses retornantes não fossem eliminados tão cedo, veio a ideia pra essa twist que eu já torci a cara logo de início. A eliminação em Survivor é como o gol no futebol. Um blindside seria um gol de placa. Quando a pessoa que é eliminada não está imediatamente fora do jogo, os TC's acabam perdendo 80% da sua emoção e importância, isso pra ser bonzinho. Adicione isso a um cast de newbies totalmente sem carisma e que tirando uns 2 ou 3(forçando a barra) o público acaba não se importando com ninguém. É uma temporada que está fadada ao fracasso. No entanto, EoE poderia ainda ser pior. No final das contas, tanto os retornantes quanto a twist mais ajudou do que atrapalhou. A produção acertou em cheio na previsão de que o cast era ruim e é justamente os retornantes - tirando Joe, na minha opinião - que leva a temporada nas costas. Sem eles certamente ela poderia ser muito pior. A principal twist da temporada acaba ajudando principalmente porque a Edge of Extinction - diferente de sua irmã mais velha Redemption Island - cria um arco para os personagens ao invés de consumir tempo com desafios e mais desafios. Ver as confusões de Reem e as trapalhadas de Keith foram um alívio em meio a uma temporada que não engrenava. Assim como ver uma desconstrução de personalidades, onde temos o melhor participante se tratando de challenges da história que é Joe, botando em duvida sua força e resistência quando pensa se deveria sair. Ou então uma badass Kelley Wentworth sempre racional e cirúrgica, se desestabilizar emocionalmente.
Vejo muita gente torcer a cara porque o Chris veio com muita informação da EoE ou que ele já volta no F6. A coisa não é tão simples assim. Não basta você ter a informação. É preciso saber usá-la a seu favor. Vários caíram justamente por não conseguir fazer isso. Chris soube usar Deven e fazer Lauren acreditar que ela deveria usar o ídolo. Longe de estar comparando, mas em um menor grau ele fez o que Cirie faz com Erik em Micronésia. Voltar no F6 pode certamente influenciar bastante pra você não ganhar, já que você foi eliminado. Depende muito do júri. Se Ozzy era franco favorito se fosse pra final em South Pacific, e devemos agradecer a Sophie por não termos ele no panteão dos winners de Survivor, Sandra não vence Pearl Islands simplesmente porque é a melhor jogadora dentre todas as temporadas que eu vi (até aqui) e nem porque Lill era um porre o tempo inteiro. Certamente o fato da escoteira ter sido eliminada contou pro juri não escolhê-la. Mesmo que isso não tenha sido o fator principal.
Resumindo: A temporada está longe de estar entre as melhores. E quando digo melhores falo em um Top 20. Mas forçando a barra da sim pra tirar ela de um TOP 10 piores temporadas. Consigo ver facilmente umas 6 ou 7 temporadas piores que ela (Thailand, RI, Ghost Island, South Pacific, Samoa, HxHxH, Worlds Apart e acho que da pra discutir temporadas como One World, Nicaragua e forçando um pouco a barra Marquesas ou Africa, apesar de achar mais justo colocá-la entre as 6 ou 7 piores mesmo).
Melhores da temporada pra mim: Kelley Wenthworth, Wardog e Reem.
Ps: a Edge of Extionction tinha uma fotografia lindíssima. Várias imagens muito bem feita do pôr do sol de Fiji.
Pra mim foi difícil me envolver com a história porque acho séries de investigação tudo a mesma coisa. Porém, a parte técnica da série é excelente. Uma fotografia linda e um dos finais mais lindos de se ver. Qualidade lá em cima, mas que pode saturar um pouco pra quem está acostumado com aquela correria que são as séries estadunidenses. Aqui as coisas são muito mais bem trabalhadas. A série não é pra ser engolida com maratonas apesar de poucos episódios e temporadas. Ela é pra ser mastigada, sentida.
Depois de 3 temporadas abaixo da média, o show mostra que ainda da pra sobreviver por bastante tempo caso tenha uma boa escolha no cast. Quando o cast é bom, só ajuda o trabalho da edição e a temporada deslancha. Não fosse por Cambodia eu diria que é a melhor temporada da geração 30. E da fase "new school" acredito que só perca pra "Second Chances" e "Cagayan". A edição conseguiu encaixar perfeitamente diversos arcos dentro da história. Muito próximo a uma forma de se contar uma série de televisão, "DvsG" inovou também no aspecto de desenvolvimento da história que eles querem passar. Por diversas vezes eu me lembre de "Millennials vs Gen X" com a diferença que nesta última eu não consegui me apegar ao cast como aconteceu com a temporada 37.
Na hora em que os Davids viram o jogo, eu lembre na hora da emoção que senti vendo os Aitu 4 vingando a traição de Penner e Candice em "Cook Islands". O mesmo nível de jogo elevado se prova quando você tem um F3 em que todos ali souberam jogar. Até mesmo Angelina, que apesar de ter pecado pela falta de sutileza durante toda temporada como o lance do arroz "jogado na cara", a forma que achou o ídol e a espalhafatosa utilização do fake do idol, teve seus grandes momentos. E num retorno, adequando os bons momentos com um pouco mais de cautela, pode sim vir a ser uma grande jogadora. Porque grande personagem ela já foi. Outros jogadores também fizeram bons jogos, apesar dos seus erros, ás vezes sutis, acabaram em suas eliminações como Davie, Alisson e Alec. Mas acho que os dois melhores jogos da edição foram de Nick e Mike. E nem sei dizer qual foi o melhor. de um lado tem o forte apelo social de Nick que conseguiu estabelecer laços de amizade com praticamente todo mundo do cast. Principalmente no pós merge. Ele nunca chegava nos outros participantes impondo seu voto. Ele sempre perguntava o que eles estavam dispostos a fazer e começava a trabalhar a partir disso. Faz parte de um jogo social incrível que poucos winners tiveram. Mike conseguiu utilizar sua grande fraqueza como força durante a temporada. O tempo todo jogando aos concorrentes que o melhor a fazer era levá-lo para final, já que ele tinha dinheiro e dificilmente ganharia. Algo que nem todo mundo consegue e que é essencial para um participante se dar bem em Survivor. Adaptação. Manter as forças e usar as fraquezas para ir longe no jogo. O que Sandra fez em "HvV" quando dizia que por já ter ganho uma vez ninguém daria o prêmio de novo pra ela.
Melhores da temporada pra mim: Davie, Angelina, Christian, Nick, Mike, Alec, Alisson, Carl e Natalie Napalm.
Outra bomba logo apois HxHxH. A temporada teve um início promissor, mas os personagens eram tão sem carisma (talvez tirando Dom) que eu não consegui me importar em um único TC. O que acabou fazendo com que a temporada fosse bem morna. Eu sempre gostei mais do estilo "old school" de se jogar. Mais tranquilo, calmo... Sem aquela correria, flipadas sem sentido e necessidades para fazer um big move. As duas ultimas temporadas são bem mais tranquilas nesse aspecto. Ninguém mais quer ser o David ou o Zeke, sabendo que vão ser eliminados assim que possível. A "era dos big moves" que acontece quando Ciera decide ir para as pedras não é atrai mais os participantes, porque sabem que nem todo mundo é Tony Vlachos. Vale mais a pena um jogo seguro, talvez um UTR, do que se destacar como o melhor jogador entre todos. Porém, por mais que o estilo de jogo antigo esteja de volta, falta algo que era a principal arma do sucesso anterior. Os grandes personagens. Não sei se é por conta da edição muito mais rápida, ou se realmente os participantes é que não entregam o que é preciso.
A edição dessa temporada é bem ruim. Acredito que seja tão ruim quanto a de Guatemala ou South Pacific. Entendo que a twist acabou fazendo com que a edição precisasse correr para mostrar tudo que acontecia e com isso ela acabava por sacrificar o trabalho feito com os personagens. Muitas coisas para serem mostradas em apenas 40 minutos. Aliás, a twist me pareceu mais como uma forma de sair jogando vantagem pra dentro do jogo, algo que virou costume nas ultimas temporadas. A única coisa que dá pra elogiar foi o fator nostalgia. É sempre bom rever momentos icônicos de Survivor como o palito de Eliza e os blindsides épicos em James e Erick.
Melhores da temporada pra mim: Dom, Michael e Wendell.
Só um lembrete aos ferozes críticos da produção do filme. Há de contextualizar o período histórico envolvendo o filme. O ano é de 1994, época de vacas magras do cinema nacional se tratando de grana. O país tinha acabado de sair do governo Collor que quase faliu com o movimento aqui no Brasil. Sua força começou a voltar mais na segunda metade dos anos 90 com filmes como "O Quatrilho", "O Que é Isso Companheiro?" e "Central do Brasil" concorrendo ao oscar. Culminando na efervescência de produções dos anos 2000 como "O Auto da Compadecida" ou "Cidade de Deus".
O filme me lembrou muito "Aurora", do Murnau. Talvez pela constante situações nos barcos. Uma lenda do cinema brasileiro que já recebeu elogios de nomes como Scorsese, Orson Welles e Sergei Eisenstein. Possui planos belíssimos ainda mais se levar em conta que foram feitos no começo do século passado, onde o cinema no mundo ainda era uma criança e no Brasil mais ainda. Valor documental histórico inestimável.
A mídia corporativista burguesa vive da alienação e consumo da população. Seja no Brasil, nos EUA, ou em qualquer lugar do mundo. O que também é uma característica do sistema capitalista. Alienar da maneira que for para que principalmente a classe operária não consiga ter tempo de pensar em todas as questões que abrange o espaço em que ela vive. Acontece que essa alienação, ás vezes, tem um preço muito alto. Seja de forma passiva, fazendo com que as pessoas oprimidas não enxerguem quem são seus opressores e acaba repercutindo o discurso dos mesmos, seja em forma de revolta. O que mais uma vez nos abre um leque de situações. Alguns vão para o lado do personagem do filme e decidem encarar essa revolta como uma forma de rebeldia e querer fazer justiça com as próprias mãos. Outras caem em depressão, etc. Não devemos julgar porque ninguém sabe o que se passa na cabeça daquela pessoa que já não suporta mais o fardo que é viver numa sociedade em que a empatia passa cada vez mais longe das pessoas. Como diria Chico Buarque: "A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão."
O filme foca muito nessa parte midiática e de redes sociais, o que acaba dando um certo reducionismo ao tema. Também não concordo muito que seja o problema de geração. Já existiam idiotas no mundo bem antes da internet. Acredito que ela tenha potencializado e dado vozes para esses imbecis, mas essa galera sempre esteve aí. Qualquer observador mais atento percebe que não é só com realitys shows ou propagandas que o sistema aliena as pessoas. Porém, são tantas as causas que não daria para se colocar em apenas um filme. Ao que ele se propôs a fazer é uma crítica acertada, atual e bastante válida. Lembra muito "Um dia de Fúria" com o Michael Douglas.
Difícil defender uma temporada com essa boninhada que fizeram no final. Mas vou ponderar algumas coisas. Eu curti a fase tribal. Achei um jogo totalmente diferente dos últimos, onde tinha correria e uma necessidade muitas das vezes inútil de se fazer um big move. Tinha um certo ar de "old school", assim como Kaoh Rong, onde o jogo era formado por uma solidez social. O fato do jogo ter sido bem jogado também é algo a se acrescentar. Apesar de algumas burradas bem estapafúrdias como Lauren dando seu ídolo, até um certo momento existia uma grande concorrência pelo título de sole survivor. Até a produção resolver fazer algo que jamais se deve cometer em um reality show. Aquilo que os detratores mais esperam pra falar: "Não falei que todo reality show é roubado?" Survivor traiu a confiança de seus espectadores e não julgo quem abandona o show nessa temporada. Confiança é algo dificil de se conquistar e daqui pra frente sempre ficará uma pulga na orelha. Devon e suas jogadas geniais (destaco a criação do espião e a visão dele em entender que Ben tinha mais um ídolo) ainda conseguiram ser uma brisa fresca no meio desse deserto que foi a vitória de Ben. Nem tanto por Ben, que se houvesse conseguido o título por méritos próprios, passaria longe de ser um dos piores winners do show. Mas da forma que foi é inaceitável e faz a gente sentir saudades de vencedores como Natalie White, Michelle Fitzgerald, Fábio e até mesmo Bob, que eu considerava o pior deles. Devon, Chrissy, Ryan e até mesmo Ben fizeram um jogo muito bom que foram estragados pela cagada que a produção resolveu fazer na final, para dar ao espectador estadunidense o gosto da "vitória de um herói". Alguém vencer porque venceu os últimos challenges como Mike em Worlds Apart, não me agrada. Alguém vencer porque o júri foi recalcado como Amber em All Stars, também não. Mas sem dúvidas aceitaria. Como defendo até hoje as vitórias de Michelle em Kaoh Rong e da própria Amber em All Stars. O que não dá pra aceitar é ver Survivor virando "A Fazenda" ou "BBB".
Melhores da temporada para mim: Devon, Chrissy, Ryan, Lauren, Ben e Ali.
Talvez se eu tivesse visto o filme lá em 2005 (já se foram 15 anos do longa!) minha impressão teria sido melhor. Não que eu não tenha gostado, longe disso, consegui ver ótimas atuações, uma bela trilha sonora, uma estética que me agradou bastante. Mas além de achar o filme excessivamente longo, com algumas cenas desnecessária para a construção do longa, ele não me pareceu muito diferente de vários outros filmes que tenho visto por aí.
A correlação feita pelo filme entre a escravidão do período imperial com o sistema capitalista que não constrói nenhuma solução para os problemas vindos do passado é excelente e faz refletir como a escravidão foi mal resolvida no cenário nacional. Ela não terminou, foi apenas escamoteada. Hoje é muito mais fácil para os grandes capitalistas arcarem com o custo de passagem, ou o de sobrevivência do trabalhador como vestimenta, moradia precária e comida unicamente para que ele possa voltar no dia seguinte e dar mais lucro ao seu patrão. Como disse o personagem de Lazaro Ramos, hoje somos "escravos sem dono". Os capitães de mato ainda se fazem presente. A elite capitalista que domina o país e pensa que através das suas doações, fundações como as de Guilherme Leal e Jorge Lemann da vida, estão pagando seus pecados de usurparem do trabalho alheio para construir seus patrimônios. A escravidão no Brasil é algo que não foi resolvido. E está longe de acontecer. O nó é muito longo e leva tempo para se construir uma base de retificação com o que houve em um passado tão obscuro que a elite do país teima em varrer para debaixo do tapete de sua casa-grande.
Na sua estréia Bergman já evoca temas que seriam uma constante dentro da sua obra. O medo da solidão, a morte, a mesquinhez humana... Apesar de algumas falhas normais para um primeiro filme, o sueco já dava sinal de que iria dominar a técnica de se comunicar por meio das telonas.
Primeiro que o desequilíbrio no cast faz com que a temporada se perca. Não da pra botar no mesmo grupo jogadores como Sandra, Cirie e Tony para jogar contra Sierra, Troyzan, Hali, Brad Culpepper. Obviamente que o primeiro grupo vai ter um alvo gigantesco nas costas(Lembrando que Cirie só durou por não ter ido em nenhum CT no pré merge) enquanto outros tem suas vidas facilitadas e podem jogar de forma bem mais tranquila.
A merge se torna um problema porque você tinha vários personagens que chegaram até lá que não tem carisma nenhum, ou então personagens que poderiam render bem mais não fosse a péssima edição que tomaram como
Sarah jogou muito bem e nem era preciso a edição o tempo todo jogando isso na nossa cara. Estava nítido que ela foi a melhor jogadora da temporada. Mas a falta de espontaneidade e carisma faz com que a sua vitória tenha menos brilho no sentido emocional. Porém, pouco importa... Parabéns pelo belo jogo.
Mas chega de falar da temporada. Porque a única motivação pro texto é Sandra Diaz Twine. Depois de assistir 34 temporadas cheguei a conclusão que Sandra é a melhor jogadora do show. Que leitura de jogo aquela mulher tem. Com um alvo GIGANTESCO nas costas ela passou por 5 TC's sem levar um voto se quer. A capacidade dela de adaptar seu jogo as circunstâncias que aparecem diante de si é algo genial. Sandra consegue ser boa no social, consegue ter uma excelente leitura de jogo, consegue formular estratégias bem definidas, e ainda faz uma good TV. É o pacote completo. Falando da maneira que ela adapta seus jogos, "Survivor" é justamente sobre isso. Sobreviver é adaptar-se, é mudar seu estilo de acordo com os problemas que surgem. Ela jogou com os 3 maiores vilões de Survivor até essa temporada (Jonny FairPlay, Russel e Tony Vlachos) e ganhou dos três. A dona da porra toda. Além de salvar a temporada,calou os detratores que falaram dela em "HvV"(sem razão) e provou pra todo mundo que "The Queen stays queen" Adiós!
Melhores da temporada pra mim: SANDRA, Andrea e Cirie.
Eu adoro as ironias que fazem parte dos filmes franceses. É de uma sutileza que não encontramos em nenhum outro país. Parece que nos textos/filmes eles conseguem fazer com que saia por osmose. Algo que certamente é bem difícil, já que o humor por si só não é algo fácil de reproduzir. Quando mistura com seus dramas e críticas socias, que ás vezes pode soar como um pedantismo intelectual, sempre me agrada mais do que o comum. O voyeurismo não é um tema recorrente. Apesar de estar sempre presente em nossas vidas. Seja em nossa rotina, infelizmente a vida dos outros ainda é mais interessante que a sua própria para a maioria das pessoas, quanto na forma de arte. Afinal o que é a literatura e o cinema, como uma forma de esconder o nosso desejo e interesse pelas vidas alheias?
Ela teve ídolos falsos, ida as pedras e vários, vários blindsides.
Sendo uma das temporadas com mais blindisides aplicados. Talvez só perca pra Micronesia e Cagayan. Porém, ao contrário do que vejo agradando a galera, o único personagem que consegui me apegar nessa temporada foi Michaella. O fato dela ter saído cedo só piorou pra eu conseguir acompanhar o restante da temporada, sendo que já não conseguia me importar com mais ninguém que saísse ou deixasse de sair. Temos grandes jogadores envolvidos no elenco, porém pra mim faltou carisma, faltou um grande vilão e uma rivalidade mais sólida, já que pulava de uma rivalidade pra outra muito rapidamente. O ponto positivo fica pelo fato de serem pessoas que não guardaram nenhum rancor e souberam perder. Foram pra participar de um jogo e entenderam isso, algo que faz ser uma temporada divisora de águas no sentido a nível e interpretação de jogo.
com relação a final, apesar de reconhecer o bom jogo de quem ganhou, penso que fiquei com um gosto amargo por causa de David. O número de grandes jogadores que saem no F4(ou antigamente no F3) por terem chances reais de vencer o jogo é enorme. E na minha cabeça, pensando rápido aparece de cara 3 nomes. Rob C em Amazon, Yau Man em Fiji e Cirie Fields em Panamá e Micronésia. Aliás, David me lembrou muito dessa ultima(mas sem o carisma). Ele era um grande azarão, tinha medo de pássaros, mas foi evoluindo até chegar na mais alta posição do jogo. Assim como Cirie, David tinha uma mistura de bom social com estratégia de jogo. Acredito que a frase de Bret quando foi eliminado, parabenizando David pela vitória também tenha queimado bastante ele. Mas a vitória de Adam está longe de ser algo que prejudique a temporada.Ele soube jogar de forma agressiva e ao mesmo tempo construir relações sólidas. Soube mostrar sua vulnerabilidade nos momentos certos. Sem contar que na reta final do jogo, ele foi o principal jogador da temporada. Ele tem sim muitas falhas como a má leitura de jogo ao confiar em Taylor e ter usado dois idols á toa. Porém, isso só faz dele um vencedor mais humano, mais real.
Melhores da temporada pra mim: Michaella, David, Hannah e Jay.
O filme é excelente. O roteiro te prende do inicio ao fim, e existe diversas questões para se refletir tanto em relação a vida, quanto a questões sociais que falam até que ponto uma criança é culpada ou não por um crime, assim como o que leva a criança a cometer tal ato. A parte estética me agradou bastante também, contendo partes que levava até mesmo a influência de musicais em algumas partes onde todo mundo canta e dança. E aquela câmera? Mais solta que o Maradona na copa de 86. É tanta coisa pra se analisar e se refletir que realmente em algum momento o filme torna-se confuso, mas nada que tire seu mérito.
Rejeitados pelo Diabo
3.7 617 Assista AgoraUm trashzão maravilhoso! Uma mistura de terror italiano com o melhor de Quentin Tarantino.
As cenas em câmera lenta é uma bela sacada do diretor. Deixa o especatador preso deslumbrado com os acontecimentos.
Survivor: Winners At War (40ª Temporada)
4.2 22Primeiramente é importante lembrar que nada do que aconteceu nessa temporada acaba com o que eles fizeram nas temporadas anteriores. Ainda mais sendo vencedores das respectivas temporadas em que participaram.
Se Michelle nada precisava provar por já ter ganho Kaoh Rong e ponto final, Kim continua a best challenge e sendo aquela mulher que provou pra todo mundo que mulher pode jogar pesado igual um homem sim (Como foi reivindicado por Sarah num belo discurso em um dos TC's). Yul sempre será o estrategista matemático que usou um ídolo de forma inédita, Parvati e Boston Rob jamais vão sair do patamar de lendas na história da mitologia de "Survivor" e "The queen stays queen".
Mesmo faltando alguns winners que fizeram história como Richard Hatch, Tina, Vecepia e Todd Herzog, a temporada conseguiu se segurar. É bem verdade que o pós merge foi abaixo do que poderia ter sido, principalmente pra quem esperava ver mais da galera old school, mas acho que nem isso atrapalhou tanto. O forte jogo social do trio Sarah, Ben e Tony não deu margem para que as outras pessoas conseguissem fazer grandes jogadas, e Denise nunca foi uma grande estrategista.
Pode não ter sido a melhor temporada de todos os tempos, mas sem dúvida foi bem emocionante. Era notório que fechou-se um ciclo, que acabou-se uma era. Parece que els queriam principalmente fechar os arcos de jogadores mais antigos. Com certeza o show trilhará novos caminhos daqui pra frente e entrará em uma era de novidades. Se o jogo já havia mudado da primeira geração pra segunda. Houve uma transição quando implantaram os ídolos, outra quando Ciera e Tony resolveram jogar agressivos, depois com o desafio do fogo e mudança do juri no FTC. E agora é inserido a economia dentro do jogo.
Essa temporada também foi importante pra mudar o patamar de duas grandes jogadoras como Sophie e Sarah. A primeira eu já tirava meu chapéu por seu jogo em SP, apesar da edição não dar nenhum destaque. A segunda, foi a primeira temporada em que realmente consegui apreciar como personagem. Apesar do bom jogo em GC, o estilo travado da personagem não me agradava.
Sarah e Tony foram os grandes destaques pelo belo jogo que fizeram. E é importante lembrar que Tony não teria levado essa sem ajuda de Lacina. É impressionante como o nível de jogo do policial aumentou da sua temporada para cá. O que parecia ser impossível aconteceu. Se já era um bom jogador pelo jogo em Cagayan, aumentou seu nível em WaW, quando comprometeu-se mais com sua aliada, venceu challenges e fez fogo. Talvez tenha sido o melhor jogo de toda a história do reality. Apesar de gostar mais de vários outros personagens do que ele, entendo que ele é a cara de "Survivor" e consegue entregar tudo que o reality representa. Bom social, estratégia, bom nos challenges e um entretenimento de primeira, vê-lo dividir o trono com Sandra foi bem bacana. Palmas para o rei.
Community (3ª Temporada)
4.4 191O humor nonsense da série não vai agradar a todos. É algo muito particular e que não estamos acostumados a vermos tanto partindo dos Estados Unidos. Seinfeld é o pai dos nonsense e até mesmo ela sofre críticas por grande parte dos espectadores que preferem uma comédia "mais leve" como Friends. Então toda a experiência com "Community" parte do princípio se você gosta desse estilo de humor ou não.
Eu particularmente, apesar de amar Seinfeld, não acho que os estadunidenses façam esse tipo de humor tão bem quanto os britânicos, por exemplo. Que conseguem unir o nonsense com um humor de "vergonha alheia" tão bem. Acredito que o forte do humor dos EUA seja mais o apelo aos personagens ou as histórias em forma de narrativa.
A série quebra com alguns desses estereótipos estadunidenses, apesar de haver essa preocupação em transformar alguns personagens carismáticos como Troy e Abed, eles não se preocupam com outros como Jeffrey ou Pierce. E aqui não é uma crítica, muito pelo contrário, é algo bem inovador na terras norte americanas.
O tipo de piada é muito contextualizada, rápidas e inteligentes. Se você não acompanhar o ritmo vai ficar pra trás e não achando tão engraçado. Aliás, acho que as piadas aqui não são daquelas para se gargalhar - pelo menos foi o meu caso - mas é aquele tipo de piada pra você ser pego de surpresa e dizer "Que sacada genial!".
Episódios excelentes mas já soube que a série vai ladeira abaixo depois daqui - para alguns depois da quarta - Vamos ver o que aguarda.
PS: Não achei uma série fácil de maratonar como vi a galera comentando desde a primeira temporada, justamente pelo ritmo de piada ser muito ágil e fugir dos padrões convencionais.
Survivor: Island of the Idols (39ª Temporada)
3.1 7A temporada que tinha tudo pra acontecer, e não aconteceu. Um cast feminino forte e incrível, pautas sobre feminismo e minorias. A diversidade no elenco, um bom nível estratégico, Boston Rob e a dona e proprietária de Survivor Sandra.
A boa utilização da ilha dos ídolos (Impressionante como Boston Rob e Sandra formam uma bela dupla) entregou uma bela fase tribal. Entretanto, o lance do assédio faz com que uma nuvem negra paire sobre a temporada. Impossível dela voltar a ser a mesma depois do que aconteceu, principalmente no episódio duplo onde além de tudo ainda nos entrega duas eliminações dolorosas.
Nunca "Survivor" foi tão reality quanto essa temporada. O problema é que a realidade é tão tóxica que nos faz querer mesmo é a ficção. Porém, não da pra esquecer as lições que a temporada nos trouxe. Racismo, assédio, feminismo são pautas importantes nos dias sombrios de hoje e é o legado que a season deixa. Não devemos esquecê-la. Teremos que lembrá-la. Principalmente a CBS para que saiba como agir futuramente de maneira mais incisiva. Thailand deve ser esquecida, onde houve um caso claro de assédio e absolutamente NADA foi feito.
Concordo que Tommy seja um vencedor sem graça e nem um pouco carismático. Principalmente com um cast feminino tão bom, fica a frustração. Porém, achei a melhor escolha dentro o F3, visto que sou um fã de uma época em que Survivor não era definido por ídols ou vantagens. Sim, Tommy é um vencedor clássico de Survivor. O cara não venceu nenhum challenge, não obteve nenhuma vantagem, não encontrou nenhum idolo, não visitou a twist da temporada e não fez fogo. Sua base foi o social e estratégico, um vencedor que mesmo não sendo muito bom me lembra a era de ouro do show.
Melhores da temporada pra mim: Kelle, Lauren, Janet, Jammal, Noura e Missy.
The Office (9ª Temporada)
4.3 653A força de The Office sempre esteve em seus personagens. Principalmente naqueles que estão desde o inicio da série. Até mesmo os mais secundários como Kevin, Angela, Stanley, Meredith, Creed, Phillys, Darryl... Todos eles são carismáticos e faz com que além de rirmos, nos importemos com cada um deles. Nos identificamos com um ou outro.
São exatamente eles junto dos outros personagens como Dwight, Jim e Pam quem segura a série quando ela começa a declinar lá no finalzinho da sexta temporada.
Michael é um caso a parte. Não é só o gerente da Dunder Mifflin, como o gerente do show. Tudo passa por ele e é inevitável que a sua saída acabe ocasionando a queda mais brusca que a série acaba naturalmente tendo. Posso dizer, que se tratando de personagens, nenhuma sitcom que eu vi tem a quantidade de bons e carismáticos personagens como "The Office" tem. Seinfeld talvez seja a que mais se aproxima visto que os 4 amigos conseguem ser excelentes personagens. Mas repito, em matéria de QUANTIDADE, ninguém bate a galera do escritório.
A reta final - apesar de uma forçada de barra na relação Pam e Jim - supre a queda de algumas temporadas, e encerra o show com eficiência. Uma sessão de nostalgia que faz dar nó na garganta a qualquer saudosista de plantão. Série boa é aquela que você emociona ao recordar todo o processo que levou ao final. É lembrar dos episódios, das temporadas, se assistiu na sala ou no quarto. Se concluiu algum episódio numa viagem de ônibus porque estava viciado. Não vou comparar com a britânica, porque a proposta é totalmente diferente. Os estadunidenses - assim como nós - gosta que o seu espectador faça parte do show. Se importe com os personagens. Chore, ria ou sinta raiva com eles. E nessa proposta eles foram excelentes.
"Foi isso que ela disse."
Agora e Para Sempre
4.0 1,5KNão consegui me conectar com os personagens. Achei eles sem carisma, o que acabou ocasionando a minha falta de interesse por todo o lance do filme, incluindo o final. O que acho que seria crucial para gostar ou não do filme.
Certamente que existiu vários motivos para eu não ter gostado, e nem digo que a culpa seja do filme. Acho que em parte foi minha mesmo por ter ido com uma outra expectativa. Achei que a proposta do filme de se dividir entre o romance a doença acaba atrapalhando o roteiro no sentido de não desenvolver a história que se propõe de uma forma melhor. Acho até que a intenção do filme era justamente criar uma situação menos tensa sobre a doença da menina sendo o amor dos dois um alívio para o filme. Pra mim não funcionou.
Eu Sou Cuba
4.5 62 Assista AgoraEntrou pra minha lista de "filmes perfeitos". É cada travelling, cada posicionamento de câmera, com destaque para os contra plongée, que são impressionantes principalmente para um filme da década de 60. Lembra o "cinema verdade", o "cinema novo brasileiro" e o neorealismo italiano.
"Eu sou Cuba.
Meu açucar, seus barcos levaram.
Minhas lágrimas eles deixaram.
Que estranha coisa é o açucar, Sr. Colombo
Ele contém tantas lágrimas, e ainda assim, é doce."
Survivor: Edge of Extinction (38ª Temporada)
3.2 15Nada me tira da cabeça que a produção chamou os retornantes porque percebeu que o cast era apagado. Tendo que inventar algo para que esses retornantes não fossem eliminados tão cedo, veio a ideia pra essa twist que eu já torci a cara logo de início.
A eliminação em Survivor é como o gol no futebol. Um blindside seria um gol de placa. Quando a pessoa que é eliminada não está imediatamente fora do jogo, os TC's acabam perdendo 80% da sua emoção e importância, isso pra ser bonzinho. Adicione isso a um cast de newbies totalmente sem carisma e que tirando uns 2 ou 3(forçando a barra) o público acaba não se importando com ninguém. É uma temporada que está fadada ao fracasso.
No entanto, EoE poderia ainda ser pior. No final das contas, tanto os retornantes quanto a twist mais ajudou do que atrapalhou. A produção acertou em cheio na previsão de que o cast era ruim e é justamente os retornantes - tirando Joe, na minha opinião - que leva a temporada nas costas. Sem eles certamente ela poderia ser muito pior. A principal twist da temporada acaba ajudando principalmente porque a Edge of Extinction - diferente de sua irmã mais velha Redemption Island - cria um arco para os personagens ao invés de consumir tempo com desafios e mais desafios. Ver as confusões de Reem e as trapalhadas de Keith foram um alívio em meio a uma temporada que não engrenava. Assim como ver uma desconstrução de personalidades, onde temos o melhor participante se tratando de challenges da história que é Joe, botando em duvida sua força e resistência quando pensa se deveria sair. Ou então uma badass Kelley Wentworth sempre racional e cirúrgica, se desestabilizar emocionalmente.
Vejo muita gente torcer a cara porque o Chris veio com muita informação da EoE ou que ele já volta no F6. A coisa não é tão simples assim. Não basta você ter a informação. É preciso saber usá-la a seu favor. Vários caíram justamente por não conseguir fazer isso. Chris soube usar Deven e fazer Lauren acreditar que ela deveria usar o ídolo. Longe de estar comparando, mas em um menor grau ele fez o que Cirie faz com Erik em Micronésia. Voltar no F6 pode certamente influenciar bastante pra você não ganhar, já que você foi eliminado. Depende muito do júri. Se Ozzy era franco favorito se fosse pra final em South Pacific, e devemos agradecer a Sophie por não termos ele no panteão dos winners de Survivor, Sandra não vence Pearl Islands simplesmente porque é a melhor jogadora dentre todas as temporadas que eu vi (até aqui) e nem porque Lill era um porre o tempo inteiro. Certamente o fato da escoteira ter sido eliminada contou pro juri não escolhê-la. Mesmo que isso não tenha sido o fator principal.
Resumindo: A temporada está longe de estar entre as melhores. E quando digo melhores falo em um Top 20. Mas forçando a barra da sim pra tirar ela de um TOP 10 piores temporadas. Consigo ver facilmente umas 6 ou 7 temporadas piores que ela (Thailand, RI, Ghost Island, South Pacific, Samoa, HxHxH, Worlds Apart e acho que da pra discutir temporadas como One World, Nicaragua e forçando um pouco a barra Marquesas ou Africa, apesar de achar mais justo colocá-la entre as 6 ou 7 piores mesmo).
Melhores da temporada pra mim: Kelley Wenthworth, Wardog e Reem.
Ps: a Edge of Extionction tinha uma fotografia lindíssima. Várias imagens muito bem feita do pôr do sol de Fiji.
Wallander (4ª Temporada)
4.3 5Pra mim foi difícil me envolver com a história porque acho séries de investigação tudo a mesma coisa. Porém, a parte técnica da série é excelente. Uma fotografia linda e um dos finais mais lindos de se ver. Qualidade lá em cima, mas que pode saturar um pouco pra quem está acostumado com aquela correria que são as séries estadunidenses. Aqui as coisas são muito mais bem trabalhadas. A série não é pra ser engolida com maratonas apesar de poucos episódios e temporadas. Ela é pra ser mastigada, sentida.
Survivor: David vs. Goliath (37ª Temporada)
4.4 12Depois de 3 temporadas abaixo da média, o show mostra que ainda da pra sobreviver por bastante tempo caso tenha uma boa escolha no cast. Quando o cast é bom, só ajuda o trabalho da edição e a temporada deslancha. Não fosse por Cambodia eu diria que é a melhor temporada da geração 30. E da fase "new school" acredito que só perca pra "Second Chances" e "Cagayan".
A edição conseguiu encaixar perfeitamente diversos arcos dentro da história. Muito próximo a uma forma de se contar uma série de televisão, "DvsG" inovou também no aspecto de desenvolvimento da história que eles querem passar. Por diversas vezes eu me lembre de "Millennials vs Gen X" com a diferença que nesta última eu não consegui me apegar ao cast como aconteceu com a temporada 37.
Na hora em que os Davids viram o jogo, eu lembre na hora da emoção que senti vendo os Aitu 4 vingando a traição de Penner e Candice em "Cook Islands".
O mesmo nível de jogo elevado se prova quando você tem um F3 em que todos ali souberam jogar. Até mesmo Angelina, que apesar de ter pecado pela falta de sutileza durante toda temporada como o lance do arroz "jogado na cara", a forma que achou o ídol e a espalhafatosa utilização do fake do idol, teve seus grandes momentos. E num retorno, adequando os bons momentos com um pouco mais de cautela, pode sim vir a ser uma grande jogadora. Porque grande personagem ela já foi.
Outros jogadores também fizeram bons jogos, apesar dos seus erros, ás vezes sutis, acabaram em suas eliminações como Davie, Alisson e Alec.
Mas acho que os dois melhores jogos da edição foram de Nick e Mike. E nem sei dizer qual foi o melhor. de um lado tem o forte apelo social de Nick que conseguiu estabelecer laços de amizade com praticamente todo mundo do cast. Principalmente no pós merge. Ele nunca chegava nos outros participantes impondo seu voto. Ele sempre perguntava o que eles estavam dispostos a fazer e começava a trabalhar a partir disso. Faz parte de um jogo social incrível que poucos winners tiveram.
Mike conseguiu utilizar sua grande fraqueza como força durante a temporada. O tempo todo jogando aos concorrentes que o melhor a fazer era levá-lo para final, já que ele tinha dinheiro e dificilmente ganharia. Algo que nem todo mundo consegue e que é essencial para um participante se dar bem em Survivor. Adaptação. Manter as forças e usar as fraquezas para ir longe no jogo. O que Sandra fez em "HvV" quando dizia que por já ter ganho uma vez ninguém daria o prêmio de novo pra ela.
Melhores da temporada pra mim: Davie, Angelina, Christian, Nick, Mike, Alec, Alisson, Carl e Natalie Napalm.
Survivor: Ghost Island (36ª Temporada)
2.7 17Outra bomba logo apois HxHxH. A temporada teve um início promissor, mas os personagens eram tão sem carisma (talvez tirando Dom) que eu não consegui me importar em um único TC. O que acabou fazendo com que a temporada fosse bem morna. Eu sempre gostei mais do estilo "old school" de se jogar. Mais tranquilo, calmo... Sem aquela correria, flipadas sem sentido e necessidades para fazer um big move.
As duas ultimas temporadas são bem mais tranquilas nesse aspecto. Ninguém mais quer ser o David ou o Zeke, sabendo que vão ser eliminados assim que possível. A "era dos big moves" que acontece quando Ciera decide ir para as pedras não é atrai mais os participantes, porque sabem que nem todo mundo é Tony Vlachos. Vale mais a pena um jogo seguro, talvez um UTR, do que se destacar como o melhor jogador entre todos.
Porém, por mais que o estilo de jogo antigo esteja de volta, falta algo que era a principal arma do sucesso anterior. Os grandes personagens. Não sei se é por conta da edição muito mais rápida, ou se realmente os participantes é que não entregam o que é preciso.
A edição dessa temporada é bem ruim. Acredito que seja tão ruim quanto a de Guatemala ou South Pacific. Entendo que a twist acabou fazendo com que a edição precisasse correr para mostrar tudo que acontecia e com isso ela acabava por sacrificar o trabalho feito com os personagens. Muitas coisas para serem mostradas em apenas 40 minutos. Aliás, a twist me pareceu mais como uma forma de sair jogando vantagem pra dentro do jogo, algo que virou costume nas ultimas temporadas. A única coisa que dá pra elogiar foi o fator nostalgia. É sempre bom rever momentos icônicos de Survivor como o palito de Eliza e os blindsides épicos em James e Erick.
Melhores da temporada pra mim: Dom, Michael e Wendell.
Lamarca
3.3 52 Assista AgoraSó um lembrete aos ferozes críticos da produção do filme. Há de contextualizar o período histórico envolvendo o filme.
O ano é de 1994, época de vacas magras do cinema nacional se tratando de grana. O país tinha acabado de sair do governo Collor que quase faliu com o movimento aqui no Brasil. Sua força começou a voltar mais na segunda metade dos anos 90 com filmes como "O Quatrilho", "O Que é Isso Companheiro?" e "Central do Brasil" concorrendo ao oscar. Culminando na efervescência de produções dos anos 2000 como "O Auto da Compadecida" ou "Cidade de Deus".
Limite
4.0 168 Assista AgoraO filme me lembrou muito "Aurora", do Murnau. Talvez pela constante situações nos barcos. Uma lenda do cinema brasileiro que já recebeu elogios de nomes como Scorsese, Orson Welles e Sergei Eisenstein. Possui planos belíssimos ainda mais se levar em conta que foram feitos no começo do século passado, onde o cinema no mundo ainda era uma criança e no Brasil mais ainda. Valor documental histórico inestimável.
Deus Abençoe a América
4.0 798A mídia corporativista burguesa vive da alienação e consumo da população. Seja no Brasil, nos EUA, ou em qualquer lugar do mundo. O que também é uma característica do sistema capitalista. Alienar da maneira que for para que principalmente a classe operária não consiga ter tempo de pensar em todas as questões que abrange o espaço em que ela vive. Acontece que essa alienação, ás vezes, tem um preço muito alto. Seja de forma passiva, fazendo com que as pessoas oprimidas não enxerguem quem são seus opressores e acaba repercutindo o discurso dos mesmos, seja em forma de revolta. O que mais uma vez nos abre um leque de situações. Alguns vão para o lado do personagem do filme e decidem encarar essa revolta como uma forma de rebeldia e querer fazer justiça com as próprias mãos. Outras caem em depressão, etc. Não devemos julgar porque ninguém sabe o que se passa na cabeça daquela pessoa que já não suporta mais o fardo que é viver numa sociedade em que a empatia passa cada vez mais longe das pessoas. Como diria Chico Buarque: "A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão."
O filme foca muito nessa parte midiática e de redes sociais, o que acaba dando um certo reducionismo ao tema. Também não concordo muito que seja o problema de geração. Já existiam idiotas no mundo bem antes da internet. Acredito que ela tenha potencializado e dado vozes para esses imbecis, mas essa galera sempre esteve aí. Qualquer observador mais atento percebe que não é só com realitys shows ou propagandas que o sistema aliena as pessoas. Porém, são tantas as causas que não daria para se colocar em apenas um filme. Ao que ele se propôs a fazer é uma crítica acertada, atual e bastante válida. Lembra muito "Um dia de Fúria" com o Michael Douglas.
Survivor: Heroes vs. Healers vs. Hustlers (35ª Temporada)
3.1 13SPOILERS DE CAMPEÕES DE TEMPORADAS ANTERIORES.
Difícil defender uma temporada com essa boninhada que fizeram no final. Mas vou ponderar algumas coisas.
Eu curti a fase tribal. Achei um jogo totalmente diferente dos últimos, onde tinha correria e uma necessidade muitas das vezes inútil de se fazer um big move. Tinha um certo ar de "old school", assim como Kaoh Rong, onde o jogo era formado por uma solidez social. O fato do jogo ter sido bem jogado também é algo a se acrescentar. Apesar de algumas burradas bem estapafúrdias como Lauren dando seu ídolo, até um certo momento existia uma grande concorrência pelo título de sole survivor.
Até a produção resolver fazer algo que jamais se deve cometer em um reality show. Aquilo que os detratores mais esperam pra falar: "Não falei que todo reality show é roubado?"
Survivor traiu a confiança de seus espectadores e não julgo quem abandona o show nessa temporada. Confiança é algo dificil de se conquistar e daqui pra frente sempre ficará uma pulga na orelha. Devon e suas jogadas geniais (destaco a criação do espião e a visão dele em entender que Ben tinha mais um ídolo) ainda conseguiram ser uma brisa fresca no meio desse deserto que foi a vitória de Ben. Nem tanto por Ben, que se houvesse conseguido o título por méritos próprios, passaria longe de ser um dos piores winners do show. Mas da forma que foi é inaceitável e faz a gente sentir saudades de vencedores como Natalie White, Michelle Fitzgerald, Fábio e até mesmo Bob, que eu considerava o pior deles.
Devon, Chrissy, Ryan e até mesmo Ben fizeram um jogo muito bom que foram estragados pela cagada que a produção resolveu fazer na final, para dar ao espectador estadunidense o gosto da "vitória de um herói". Alguém vencer porque venceu os últimos challenges como Mike em Worlds Apart, não me agrada. Alguém vencer porque o júri foi recalcado como Amber em All Stars, também não. Mas sem dúvidas aceitaria. Como defendo até hoje as vitórias de Michelle em Kaoh Rong e da própria Amber em All Stars. O que não dá pra aceitar é ver Survivor virando "A Fazenda" ou "BBB".
Melhores da temporada para mim: Devon, Chrissy, Ryan, Lauren, Ben e Ali.
C.R.A.Z.Y. - Loucos de Amor
4.2 712Talvez se eu tivesse visto o filme lá em 2005 (já se foram 15 anos do longa!) minha impressão teria sido melhor. Não que eu não tenha gostado, longe disso, consegui ver ótimas atuações, uma bela trilha sonora, uma estética que me agradou bastante. Mas além de achar o filme excessivamente longo, com algumas cenas desnecessária para a construção do longa, ele não me pareceu muito diferente de vários outros filmes que tenho visto por aí.
Quanto Vale ou É por Quilo?
4.0 253A correlação feita pelo filme entre a escravidão do período imperial com o sistema capitalista que não constrói nenhuma solução para os problemas vindos do passado é excelente e faz refletir como a escravidão foi mal resolvida no cenário nacional. Ela não terminou, foi apenas escamoteada. Hoje é muito mais fácil para os grandes capitalistas arcarem com o custo de passagem, ou o de sobrevivência do trabalhador como vestimenta, moradia precária e comida unicamente para que ele possa voltar no dia seguinte e dar mais lucro ao seu patrão. Como disse o personagem de Lazaro Ramos, hoje somos "escravos sem dono".
Os capitães de mato ainda se fazem presente. A elite capitalista que domina o país e pensa que através das suas doações, fundações como as de Guilherme Leal e Jorge Lemann da vida, estão pagando seus pecados de usurparem do trabalho alheio para construir seus patrimônios. A escravidão no Brasil é algo que não foi resolvido. E está longe de acontecer. O nó é muito longo e leva tempo para se construir uma base de retificação com o que houve em um passado tão obscuro que a elite do país teima em varrer para debaixo do tapete de sua casa-grande.
Crise
3.5 37Na sua estréia Bergman já evoca temas que seriam uma constante dentro da sua obra. O medo da solidão, a morte, a mesquinhez humana... Apesar de algumas falhas normais para um primeiro filme, o sueco já dava sinal de que iria dominar a técnica de se comunicar por meio das telonas.
A Montanha Sagrada
4.3 467 Assista AgoraUma crítica recheada de ironias e acidez a sociedade em geral. Seja na forma em que ele se comporta, na religião e até mesmo na busca pela perfeição.
Survivor: Game Changers (34ª Temporada)
3.8 18Primeiro que o desequilíbrio no cast faz com que a temporada se perca. Não da pra botar no mesmo grupo jogadores como Sandra, Cirie e Tony para jogar contra Sierra, Troyzan, Hali, Brad Culpepper. Obviamente que o primeiro grupo vai ter um alvo gigantesco nas costas(Lembrando que Cirie só durou por não ter ido em nenhum CT no pré merge) enquanto outros tem suas vidas facilitadas e podem jogar de forma bem mais tranquila.
A merge se torna um problema porque você tinha vários personagens que chegaram até lá que não tem carisma nenhum, ou então personagens que poderiam render bem mais não fosse a péssima edição que tomaram como
Andrea e Aubry.No fim, acho que a temporada teve a cara da winner: Robótica, fria e sem emoção.
Sarah jogou muito bem e nem era preciso a edição o tempo todo jogando isso na nossa cara. Estava nítido que ela foi a melhor jogadora da temporada. Mas a falta de espontaneidade e carisma faz com que a sua vitória tenha menos brilho no sentido emocional. Porém, pouco importa... Parabéns pelo belo jogo.
Mas chega de falar da temporada. Porque a única motivação pro texto é Sandra Diaz Twine. Depois de assistir 34 temporadas cheguei a conclusão que Sandra é a melhor jogadora do show. Que leitura de jogo aquela mulher tem. Com um alvo GIGANTESCO nas costas ela passou por 5 TC's sem levar um voto se quer. A capacidade dela de adaptar seu jogo as circunstâncias que aparecem diante de si é algo genial. Sandra consegue ser boa no social, consegue ter uma excelente leitura de jogo, consegue formular estratégias bem definidas, e ainda faz uma good TV. É o pacote completo. Falando da maneira que ela adapta seus jogos, "Survivor" é justamente sobre isso. Sobreviver é adaptar-se, é mudar seu estilo de acordo com os problemas que surgem. Ela jogou com os 3 maiores vilões de Survivor até essa temporada (Jonny FairPlay, Russel e Tony Vlachos) e ganhou dos três. A dona da porra toda. Além de salvar a temporada,calou os detratores que falaram dela em "HvV"(sem razão) e provou pra todo mundo que "The Queen stays queen"
Adiós!
Melhores da temporada pra mim: SANDRA, Andrea e Cirie.
Dentro da Casa
4.1 554 Assista AgoraEu adoro as ironias que fazem parte dos filmes franceses. É de uma sutileza que não encontramos em nenhum outro país. Parece que nos textos/filmes eles conseguem fazer com que saia por osmose. Algo que certamente é bem difícil, já que o humor por si só não é algo fácil de reproduzir. Quando mistura com seus dramas e críticas socias, que ás vezes pode soar como um pedantismo intelectual, sempre me agrada mais do que o comum.
O voyeurismo não é um tema recorrente. Apesar de estar sempre presente em nossas vidas. Seja em nossa rotina, infelizmente a vida dos outros ainda é mais interessante que a sua própria para a maioria das pessoas, quanto na forma de arte. Afinal o que é a literatura e o cinema, como uma forma de esconder o nosso desejo e interesse pelas vidas alheias?
Survivor: Millennials vs. Gen (33ª Temporada)
4.4 21Eu gostei da temporada porque achei bem completa.
Ela teve ídolos falsos, ida as pedras e vários, vários blindsides.
Temos grandes jogadores envolvidos no elenco, porém pra mim faltou carisma, faltou um grande vilão e uma rivalidade mais sólida, já que pulava de uma rivalidade pra outra muito rapidamente. O ponto positivo fica pelo fato de serem pessoas que não guardaram nenhum rancor e souberam perder. Foram pra participar de um jogo e entenderam isso, algo que faz ser uma temporada divisora de águas no sentido a nível e interpretação de jogo.
com relação a final, apesar de reconhecer o bom jogo de quem ganhou, penso que fiquei com um gosto amargo por causa de David. O número de grandes jogadores que saem no F4(ou antigamente no F3) por terem chances reais de vencer o jogo é enorme. E na minha cabeça, pensando rápido aparece de cara 3 nomes. Rob C em Amazon, Yau Man em Fiji e Cirie Fields em Panamá e Micronésia. Aliás, David me lembrou muito dessa ultima(mas sem o carisma). Ele era um grande azarão, tinha medo de pássaros, mas foi evoluindo até chegar na mais alta posição do jogo. Assim como Cirie, David tinha uma mistura de bom social com estratégia de jogo. Acredito que a frase de Bret quando foi eliminado, parabenizando David pela vitória também tenha queimado bastante ele. Mas a vitória de Adam está longe de ser algo que prejudique a temporada.Ele soube jogar de forma agressiva e ao mesmo tempo construir relações sólidas. Soube mostrar sua vulnerabilidade nos momentos certos. Sem contar que na reta final do jogo, ele foi o principal jogador da temporada. Ele tem sim muitas falhas como a má leitura de jogo ao confiar em Taylor e ter usado dois idols á toa. Porém, isso só faz dele um vencedor mais humano, mais real.
Melhores da temporada pra mim: Michaella, David, Hannah e Jay.
Confissões
4.2 855O filme é excelente. O roteiro te prende do inicio ao fim, e existe diversas questões para se refletir tanto em relação a vida, quanto a questões sociais que falam até que ponto uma criança é culpada ou não por um crime, assim como o que leva a criança a cometer tal ato. A parte estética me agradou bastante também, contendo partes que levava até mesmo a influência de musicais em algumas partes onde todo mundo canta e dança. E aquela câmera? Mais solta que o Maradona na copa de 86.
É tanta coisa pra se analisar e se refletir que realmente em algum momento o filme torna-se confuso, mas nada que tire seu mérito.
Tatuagem
4.2 923Um tremendo carnaval, uma tremenda macumba. Claramente influenciado pelo tropicalismo e pelo cinema novo.