Love Lies Bleeding se apoia em duas excelentes performances de Kristen Stewart e Katy O’Brian para mover adiante uma trama onde a ambiguidade moral é quase sempre a regra.
Late Night with the Devil é razoavelmente previsível, mas a premissa e execução criativas triunfam em cima de qualquer defeito que advém, principalmente, do final que não satisfaz de forma plena o gancho que o início da trama proporciona.
Planeta dos Macacos: O Confronto pega tudo que já era bom no primeiro filme da trilogia e eleva a novos ares. Fiquei impressionado com os momentos genuinamente emocionantes que a narrativa proporciona e mais impressionado ainda por vários desses momentos não envolverem os personagens humanos. Matt Reeves e roteiristas alcançaram o improvável, fazendo macacos terem profundidade emocional sem que o resultado seja caricato ou até mesmo cômico.
Planeta dos Macacos: A Origem é um triunfo de computação gráfica, com toda certeza, mas também é competente na construção de vínculos entre os personagens de uma forma crível e que não seja apelativa ou melodramática demais. Talvez seja esse o principal trunfo do roteiro, que constrói assim uma base sólida para a continuação.
Recheado de nostalgia e apresentando um caso curioso de vários atores e atrizes famosos no início de suas carreiras, Prova Final desde sempre não se leva a sério – e isso só torna tudo ainda melhor.
A segunda temporada de Halo é tudo que a primeira devia ter sido e não foi. Poucas vezes na vida vi um seriado ter um começo tão medíocre e conseguir se reinventar a ponto de ascender a um nível de qualidade tão acima do que foi inicialmente. Tudo aqui, absolutamente tudo, funciona. O foco é muito maior e mais evidente no que realmente importa, longe daquela trama que antes pareceu se perder em vários momentos sem dizer a que veio.
Em suma, a segunda temporada de Halo finalmente traz a série para junto de The Last of Us e Fallout como as melhores adaptações de jogos até agora.
A segunda temporada de Yellowjackets continua esbanjando o mesmo talento primoroso nas performances do elenco e por trás das câmeras. Não há como negar que toda a parte técnica envolvida em sua produção é impecável.
A impressão infeliz é de que essa série logo se tornará uma You: algo onde o núcleo principal só faz besteira atrás de besteira, mata gente inocente, implica quem não tem nada a ver em acontecimentos nefastos... E no final, absolutamente nada acontece com nenhuma das partes responsáveis. Isso torna muito difícil simpatizar com as personagens, pois é óbvio que elas saem impunes de novo e de novo e de novo de todo tipo de situação sem nada além de um contratempo ocasional, independente do teor do que possam ter feito. Perto do final, minha única torcida era para que a Lisa matasse todas ali, ou que a filha da Shauna matasse a Lottie pelo menos, ou que os policiais as prendessem. A morte da Natalie foi uma forma muito barata e rasa de dar fim à personagem, que ainda saiu como "heroína" mesmo sendo cúmplice de múltiplos crimes.
Esse tipo de escolha narrativa com ambiguidade moral poderia ser muito bem explorada como foi na primeira temporada, mas agora a balança pendeu demais para o lado da impunidade gratuita.
Minha crítica também não leva em conta todas as escolhas francamente burras tomadas pelas personagens na linha do tempo do acidente. Não duvido que em uma situação extrema como aquela uma pessoa normal comece a surtar, mas a forma como acontece é quase sempre conveniente demais para se engolir.
Voltarei para a terceira temporada com a melhor das intenções, torcendo para que os roteiristas possam acertar a mão como fizeram na primeira. Se isso não acontecer, largarei na metade.
A primeira temporada de Yellowjackets faz um ótimo trabalho em intrigar o espectador com relação à proposta da trama, tanto na linha do tempo antiga como na atual. É fácil perceber como se fica ansioso com a ambiguidade moral que vai se desenvolvendo com o desenrolar da história; em especial, como se constrói toda uma tensão que chega ao seu clímax no season finale.
A ideia central do filme, uma vez que ele chega lá, é bastante original, ainda que o filme faça algumas escolhas questionáveis de roteiro e em alguns momentos pareça apelar para o explícito e exagerado, sobretudo na meia hora final. Se isso adiciona ou subtrai do resultado como um todo fica a critério de quem assistir; no mais, esbanja uma performance competente da Sydney Sweeney, talvez o fator mais memorável no filme inteiro.
"Quase" é a palavra que define a primeira temporada de Halo. A série é longe de ser ruim, mas em contrapartida ela é quase boa, quase interessante, até quase empolgante de se assistir. Não se assiste a um episódio, talvez com exceção do primeiro, sem achar que tudo poderia ser maior e mais impactante, desde o drama explorado (que por si só é muito disperso e aleatório em certos pontos) até as cenas de ação. No fim, ficou apenas a impressão de que essa temporada poderia ser muito melhor.
Felizmente, me encontro no meio da segunda temporada e nem preciso terminar para dizer que ela é infinitamente superior em praticamente tudo e, em parte, justamente por ter partido do que poderia ser melhorado da primeira. Se você terminou ou ainda tá assistindo à primeira e tem dúvidas se deve ou não continuar, minha recomendação é fazer um esforço até chegar nos primeiros episódios da segunda e a partir dela ver se a série te conquista de vez.
Junto com The Last of Us, a série de Fallout lidera o movimento para redefinir o que significa adaptar um jogo eletrônico para outros meios. Tudo aqui é meticulosamente organizado de tal forma a transmitir a real atmosfera e sensação do apocalipse nuclear ao mesmo tempo em que consegue transmitir toda a lore dos jogos, em especial àqueles que porventura não conheçam o universo dos jogos. Isso implica que você não precisa ter jogado ou conhecer Fallout para apreciar o seriado; na verdade, é provável que muitos que nunca tocaram antes na franquia vão se interessar uma vez que terminarem essa primeira temporada.
Tudo que me resta dizer é: que venha a segunda temporada com todas as possibilidades que ela pode oferecer. Seriado recomendadíssimo.
Talvez por estar tão acostumado com o nível de excelência de Park Chan-wook detrás das câmeras, minha expectativa alta por Decisão de Partir acabou me deixando um pouco decepcionado. O talento tanto do elenco como do diretor é óbvio, mas nada aqui é tão explícito ou agressivo como em Oldboy e A Criada – dois clássicos modernos do cinema sul-coreano – e senti falta de algo do tipo ao longo do desenrolar da história.
Entretanto, Park Chan-wook é um dos expoentes do cinema mundial atualmente. Ainda acho muito difícil ele produzir qualquer obra que seja considerada ruim de alguma forma.
Odeio ser aquela pessoa, mas apesar de ser um terror relativamente competente, existe uma razão pela qual Sweet Home é mais lembrado por ser indiretamente o embrião de Resident Evil: além desse pequeno factoide, o filme não é nada especial.
Foi um filme com escolhas... Interessantes, pra dizer o mínimo. Isso não o torna ruim, mas provavelmente não será um filme que irá agradar ao público geral. Tem dinamismo suficiente para superar o fato de que a protagonista nã́o fala mais que meia dúzia de palavras o filme todo, mas a conclusão pode deixar muitos coçando a cabeça. Se isso é bom ou não, vai de quem assistir.
Como adendo, me deixou muito interessado para ver como a Kaitlyn Dever vai se sair como Abby na segunda temporada de The Last of Us, um papel que em muitos níveis vai ser o completo oposto de sua personagem em Ninguém Vai Te Salvar.
Um degrau acima do que a Marvel tem produzido em anos recentes, verdade seja dita (se isso significa algo, fica a cargo de você que está lendo). Entretanto, fica óbvio que o maior problema pós-Thanos é encontrar um ponto para onde a saga irá convergir nas novas fases e fazer com que nós, espectadores, nos importemos com os personagens até lá. Caso contrário, teremos uma série de filmes razoavelmente divertidos mas esquecíveis, como As Marvels: o tipo de filme que você assiste essa semana e na outra já esqueceu.
Não há como negar que Madame Teia é uma desgraça de filme. Isso todo mundo já sabe. Mas talvez o pior seja o grau tão assustadoramente grande de desinteresse empregado em sua produção. Não parece que uma pessoa dentre as dezenas envolvidas sequer se esforçou o mínimo que seja para fazer algo pelo menos competente, que fosse capaz de entreter ainda que na base da comédia não-intencional. Ao invés disso, o que se vê é um filme que falha em inúmeros aspectos básicos e desperdiça seu enorme talento numa tentativa pífia de tirar dinheiro em cima de algo que tangencia os filmes do Homem-Aranha.
Duas coisas são certas: uma, a Sony está desesperada para expandir seu universo cinematográfico além de Homem-Aranha e Venom; duas, ela vai fazer o possível para produzir conteúdo que acha que apela para grandes partes do público fazendo o menor esforço possível em relação a qualidade.
A quem quiser arriscar, te garanto: mesmo se você baixar o filme pirateado, vai sair querendo seu dinheiro de volta.
Paul Giamatti merece todo o reconhecimento que vem recebendo por esse filme e pelo conjunto da obra de uma carreira onde sempre demonstrou uma incrível versatilidade de papéis. Particularmente, torci pelo Cillian Murphy no Oscar, mas ficaria igualmente satisfeito se o prêmio tivesse sido dele. Nunca mude, Paul.
Na Hong-jin é um dos melhores diretores da Coreia do Sul atual, mas nem mesmo seu talento é capaz de salvar este filme. Tudo em Mar Sangrento é demais: ação demais, cortes de câmera demais, reviravoltas demais, sangue e violência demais. Os excessos do roteiro mancham um início de trama promissor, de forma que quando a trama finalmente chega a algum lugar, é provável que você já esteja confuso demais para entender o que está acontecendo e, pior ainda, se importar com os personagens centrais. Talvez seja possível admitir que é um filme minimamente decente para se recomendar a alguém que queira assistir a um thriller criminal coreano, mas é difícil se esquivar do sentimento de que esse filme poderia ter sido muito, muito melhor em múltiplos aspectos. A quem interessar, O Caçador (The Chaser, 2008) é mil vezes mais competente e mostra uma abordagem muito mais simples e direta do mesmo diretor ao gênero.
Kim Young-ho é um personagem fascinante. Em grande parte vítima das circunstâncias, mas também cínico e detestável, ele demonstra que a complexidade que o ser humano possui é grande demais para resumi-lo em bom ou mau. Alguns vão simpatizar com ele, outros vão odiá-lo; o sentimento que prevalece em mim após ver esse filme é o de pena, pois querendo ou não Young-ho é um homem perdendo a inocência da juventude à meia idade em meio a momentos históricos da Coreia do Sul, imerso numa sociedade que muda e não espera que ele tenha tempo para respirar.
Em seus dias finais, Sun-im era a âncora que o prendia a um passado perfeito e idealizado, a única pessoa gentil e compreensiva mesmo quando ele a destratou e ignorou. No momento em que ela se foi, ele foi junto, a única pessoa importante em sua vida; é realmente uma pena que, no momento em que Young-ho percebeu isso, já era tarde demais.
Peppermint Candy é em grande parte um conto sobre alguém tentando se agarrar, desesperadamente, a essa ideia de um passado que ficou lá atrás e não volta, até inevitavelmente admitir que não há como resgatar a felicidade de uma era que já passou.
Uma das obras mais influentes em se tratando de dramatizações realistas da Segunda Guerra Mundial e responsável pelo renascimento do interesse sobre o tema dos anos 2000 até os dias atuais, o filme também esbanja um Steven Spielberg em plena forma e um elenco que é o sonho de qualquer diretor.
Druk é várias coisas: um filme sobre crise de meia idade, sobre recapturar os dias de glória da juventude e sobre achar seu lugar num mundo que muda mais rápido do que se pode acompanhar. É inspirador, triste, de partir o coração e de motivar a seguir em frente, tudo ao mesmo tempo. Mas, acima de tudo, é uma amostra de Thomas Vinterberg e Mads Mikkelsen em plena forma.
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.6 128Love Lies Bleeding se apoia em duas excelentes performances de Kristen Stewart e Katy O’Brian para mover adiante uma trama onde a ambiguidade moral é quase sempre a regra.
Entrevista com o Demônio
3.5 315Late Night with the Devil é razoavelmente previsível, mas a premissa e execução criativas triunfam em cima de qualquer defeito que advém, principalmente, do final que não satisfaz de forma plena o gancho que o início da trama proporciona.
Planeta dos Macacos: O Confronto
3.9 1,8K Assista AgoraPlaneta dos Macacos: O Confronto pega tudo que já era bom no primeiro filme da trilogia e eleva a novos ares. Fiquei impressionado com os momentos genuinamente emocionantes que a narrativa proporciona e mais impressionado ainda por vários desses momentos não envolverem os personagens humanos. Matt Reeves e roteiristas alcançaram o improvável, fazendo macacos terem profundidade emocional sem que o resultado seja caricato ou até mesmo cômico.
Planeta dos Macacos: A Origem
3.8 3,2K Assista AgoraPlaneta dos Macacos: A Origem é um triunfo de computação gráfica, com toda certeza, mas também é competente na construção de vínculos entre os personagens de uma forma crível e que não seja apelativa ou melodramática demais. Talvez seja esse o principal trunfo do roteiro, que constrói assim uma base sólida para a continuação.
Prova Final
3.2 404 Assista AgoraRecheado de nostalgia e apresentando um caso curioso de vários atores e atrizes famosos no início de suas carreiras, Prova Final desde sempre não se leva a sério – e isso só torna tudo ainda melhor.
Halo (2ª Temporada)
3.6 19 Assista AgoraA segunda temporada de Halo é tudo que a primeira devia ter sido e não foi. Poucas vezes na vida vi um seriado ter um começo tão medíocre e conseguir se reinventar a ponto de ascender a um nível de qualidade tão acima do que foi inicialmente. Tudo aqui, absolutamente tudo, funciona. O foco é muito maior e mais evidente no que realmente importa, longe daquela trama que antes pareceu se perder em vários momentos sem dizer a que veio.
Em suma, a segunda temporada de Halo finalmente traz a série para junto de The Last of Us e Fallout como as melhores adaptações de jogos até agora.
Yellowjackets (2ª Temporada)
3.5 101A segunda temporada de Yellowjackets continua esbanjando o mesmo talento primoroso nas performances do elenco e por trás das câmeras. Não há como negar que toda a parte técnica envolvida em sua produção é impecável.
Dito isso...
A impressão infeliz é de que essa série logo se tornará uma You: algo onde o núcleo principal só faz besteira atrás de besteira, mata gente inocente, implica quem não tem nada a ver em acontecimentos nefastos... E no final, absolutamente nada acontece com nenhuma das partes responsáveis. Isso torna muito difícil simpatizar com as personagens, pois é óbvio que elas saem impunes de novo e de novo e de novo de todo tipo de situação sem nada além de um contratempo ocasional, independente do teor do que possam ter feito. Perto do final, minha única torcida era para que a Lisa matasse todas ali, ou que a filha da Shauna matasse a Lottie pelo menos, ou que os policiais as prendessem. A morte da Natalie foi uma forma muito barata e rasa de dar fim à personagem, que ainda saiu como "heroína" mesmo sendo cúmplice de múltiplos crimes.
Esse tipo de escolha narrativa com ambiguidade moral poderia ser muito bem explorada como foi na primeira temporada, mas agora a balança pendeu demais para o lado da impunidade gratuita.
Minha crítica também não leva em conta todas as escolhas francamente burras tomadas pelas personagens na linha do tempo do acidente. Não duvido que em uma situação extrema como aquela uma pessoa normal comece a surtar, mas a forma como acontece é quase sempre conveniente demais para se engolir.
Voltarei para a terceira temporada com a melhor das intenções, torcendo para que os roteiristas possam acertar a mão como fizeram na primeira. Se isso não acontecer, largarei na metade.
Yellowjackets (1ª Temporada)
3.8 211 Assista AgoraA primeira temporada de Yellowjackets faz um ótimo trabalho em intrigar o espectador com relação à proposta da trama, tanto na linha do tempo antiga como na atual. É fácil perceber como se fica ansioso com a ambiguidade moral que vai se desenvolvendo com o desenrolar da história; em especial, como se constrói toda uma tensão que chega ao seu clímax no season finale.
Imaculada
3.1 161A ideia central do filme, uma vez que ele chega lá, é bastante original, ainda que o filme faça algumas escolhas questionáveis de roteiro e em alguns momentos pareça apelar para o explícito e exagerado, sobretudo na meia hora final. Se isso adiciona ou subtrai do resultado como um todo fica a critério de quem assistir; no mais, esbanja uma performance competente da Sydney Sweeney, talvez o fator mais memorável no filme inteiro.
Halo (1ª Temporada)
3.6 89"Quase" é a palavra que define a primeira temporada de Halo. A série é longe de ser ruim, mas em contrapartida ela é quase boa, quase interessante, até quase empolgante de se assistir. Não se assiste a um episódio, talvez com exceção do primeiro, sem achar que tudo poderia ser maior e mais impactante, desde o drama explorado (que por si só é muito disperso e aleatório em certos pontos) até as cenas de ação. No fim, ficou apenas a impressão de que essa temporada poderia ser muito melhor.
Felizmente, me encontro no meio da segunda temporada e nem preciso terminar para dizer que ela é infinitamente superior em praticamente tudo e, em parte, justamente por ter partido do que poderia ser melhorado da primeira. Se você terminou ou ainda tá assistindo à primeira e tem dúvidas se deve ou não continuar, minha recomendação é fazer um esforço até chegar nos primeiros episódios da segunda e a partir dela ver se a série te conquista de vez.
Fallout (1ª Temporada)
4.2 235Junto com The Last of Us, a série de Fallout lidera o movimento para redefinir o que significa adaptar um jogo eletrônico para outros meios. Tudo aqui é meticulosamente organizado de tal forma a transmitir a real atmosfera e sensação do apocalipse nuclear ao mesmo tempo em que consegue transmitir toda a lore dos jogos, em especial àqueles que porventura não conheçam o universo dos jogos. Isso implica que você não precisa ter jogado ou conhecer Fallout para apreciar o seriado; na verdade, é provável que muitos que nunca tocaram antes na franquia vão se interessar uma vez que terminarem essa primeira temporada.
Tudo que me resta dizer é: que venha a segunda temporada com todas as possibilidades que ela pode oferecer. Seriado recomendadíssimo.
Decisão de Partir
3.6 143Talvez por estar tão acostumado com o nível de excelência de Park Chan-wook detrás das câmeras, minha expectativa alta por Decisão de Partir acabou me deixando um pouco decepcionado. O talento tanto do elenco como do diretor é óbvio, mas nada aqui é tão explícito ou agressivo como em Oldboy e A Criada – dois clássicos modernos do cinema sul-coreano – e senti falta de algo do tipo ao longo do desenrolar da história.
Entretanto, Park Chan-wook é um dos expoentes do cinema mundial atualmente. Ainda acho muito difícil ele produzir qualquer obra que seja considerada ruim de alguma forma.
Sweet Home
3.0 11Odeio ser aquela pessoa, mas apesar de ser um terror relativamente competente, existe uma razão pela qual Sweet Home é mais lembrado por ser indiretamente o embrião de Resident Evil: além desse pequeno factoide, o filme não é nada especial.
Ninguém Vai Te Salvar
3.2 559 Assista AgoraFoi um filme com escolhas... Interessantes, pra dizer o mínimo. Isso não o torna ruim, mas provavelmente não será um filme que irá agradar ao público geral. Tem dinamismo suficiente para superar o fato de que a protagonista nã́o fala mais que meia dúzia de palavras o filme todo, mas a conclusão pode deixar muitos coçando a cabeça. Se isso é bom ou não, vai de quem assistir.
Como adendo, me deixou muito interessado para ver como a Kaitlyn Dever vai se sair como Abby na segunda temporada de The Last of Us, um papel que em muitos níveis vai ser o completo oposto de sua personagem em Ninguém Vai Te Salvar.
As Marvels
2.7 405 Assista AgoraUm degrau acima do que a Marvel tem produzido em anos recentes, verdade seja dita (se isso significa algo, fica a cargo de você que está lendo). Entretanto, fica óbvio que o maior problema pós-Thanos é encontrar um ponto para onde a saga irá convergir nas novas fases e fazer com que nós, espectadores, nos importemos com os personagens até lá. Caso contrário, teremos uma série de filmes razoavelmente divertidos mas esquecíveis, como As Marvels: o tipo de filme que você assiste essa semana e na outra já esqueceu.
Madame Teia
2.1 239 Assista AgoraNão há como negar que Madame Teia é uma desgraça de filme. Isso todo mundo já sabe. Mas talvez o pior seja o grau tão assustadoramente grande de desinteresse empregado em sua produção. Não parece que uma pessoa dentre as dezenas envolvidas sequer se esforçou o mínimo que seja para fazer algo pelo menos competente, que fosse capaz de entreter ainda que na base da comédia não-intencional. Ao invés disso, o que se vê é um filme que falha em inúmeros aspectos básicos e desperdiça seu enorme talento numa tentativa pífia de tirar dinheiro em cima de algo que tangencia os filmes do Homem-Aranha.
Duas coisas são certas: uma, a Sony está desesperada para expandir seu universo cinematográfico além de Homem-Aranha e Venom; duas, ela vai fazer o possível para produzir conteúdo que acha que apela para grandes partes do público fazendo o menor esforço possível em relação a qualidade.
A quem quiser arriscar, te garanto: mesmo se você baixar o filme pirateado, vai sair querendo seu dinheiro de volta.
Os Rejeitados
4.0 319 Assista AgoraPaul Giamatti merece todo o reconhecimento que vem recebendo por esse filme e pelo conjunto da obra de uma carreira onde sempre demonstrou uma incrível versatilidade de papéis. Particularmente, torci pelo Cillian Murphy no Oscar, mas ficaria igualmente satisfeito se o prêmio tivesse sido dele. Nunca mude, Paul.
Mar Sangrento
3.8 43Na Hong-jin é um dos melhores diretores da Coreia do Sul atual, mas nem mesmo seu talento é capaz de salvar este filme. Tudo em Mar Sangrento é demais: ação demais, cortes de câmera demais, reviravoltas demais, sangue e violência demais. Os excessos do roteiro mancham um início de trama promissor, de forma que quando a trama finalmente chega a algum lugar, é provável que você já esteja confuso demais para entender o que está acontecendo e, pior ainda, se importar com os personagens centrais. Talvez seja possível admitir que é um filme minimamente decente para se recomendar a alguém que queira assistir a um thriller criminal coreano, mas é difícil se esquivar do sentimento de que esse filme poderia ter sido muito, muito melhor em múltiplos aspectos. A quem interessar, O Caçador (The Chaser, 2008) é mil vezes mais competente e mostra uma abordagem muito mais simples e direta do mesmo diretor ao gênero.
Peppermint Candy
4.0 23Kim Young-ho é um personagem fascinante. Em grande parte vítima das circunstâncias, mas também cínico e detestável, ele demonstra que a complexidade que o ser humano possui é grande demais para resumi-lo em bom ou mau. Alguns vão simpatizar com ele, outros vão odiá-lo; o sentimento que prevalece em mim após ver esse filme é o de pena, pois querendo ou não Young-ho é um homem perdendo a inocência da juventude à meia idade em meio a momentos históricos da Coreia do Sul, imerso numa sociedade que muda e não espera que ele tenha tempo para respirar.
Em seus dias finais, Sun-im era a âncora que o prendia a um passado perfeito e idealizado, a única pessoa gentil e compreensiva mesmo quando ele a destratou e ignorou. No momento em que ela se foi, ele foi junto, a única pessoa importante em sua vida; é realmente uma pena que, no momento em que Young-ho percebeu isso, já era tarde demais.
Peppermint Candy é em grande parte um conto sobre alguém tentando se agarrar, desesperadamente, a essa ideia de um passado que ficou lá atrás e não volta, até inevitavelmente admitir que não há como resgatar a felicidade de uma era que já passou.
O Resgate do Soldado Ryan
4.2 1,7K Assista AgoraUma das obras mais influentes em se tratando de dramatizações realistas da Segunda Guerra Mundial e responsável pelo renascimento do interesse sobre o tema dos anos 2000 até os dias atuais, o filme também esbanja um Steven Spielberg em plena forma e um elenco que é o sonho de qualquer diretor.
E.T.: O Extraterrestre
3.9 1,4K Assista AgoraÉ impossível não terminar o filme com um sorriso enorme de orelha a orelha e, para algumas pessoas, algumas lágrimas descendo pelo rosto.
Velozes e Furiosos 10
3.0 296 Assista AgoraO gancho no qual o filme termina é de decepcionar, ainda mais levando em conta que o próximo filme só sai em 2025...
Mas vale sobretudo pela performance de Jason Momoa como talvez o primeiro vilão a representar uma ameaça real aos protagonistas.
M3gan
3.0 799 Assista AgoraEssa foi a versão mais amaldiçoada de Titanium de todos os tempos.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 798 Assista AgoraDruk é várias coisas: um filme sobre crise de meia idade, sobre recapturar os dias de glória da juventude e sobre achar seu lugar num mundo que muda mais rápido do que se pode acompanhar. É inspirador, triste, de partir o coração e de motivar a seguir em frente, tudo ao mesmo tempo. Mas, acima de tudo, é uma amostra de Thomas Vinterberg e Mads Mikkelsen em plena forma.