Vi o remake e fiquei com muita vontade de ver o original. Já conhecia essa verve de ação do Patrick Swayze por ter assistido o início da série "The Beast" na faculdade (onde Patrick contracenava com Travis Fimmel, o Ragnar), mas não imaginei que ela seria tão destacada como foi neste filme. As lutas não são espetacularmente coreografadas, é verdade, mas o filme tem um ritmo muito legal e uma crueza que é praticamente impossível de se ver hoje em dia. Tem um tanto de nostalgia na minha opinião, mas eu realmente gostei desse filme, nem vi o tempo passar!
É verdade que o traço e animação não são exatamente sensacionais, mas são o normal para a época. Agora, há certamente uma espécie de véu místico colocado sobre o filme, pautado pelos silêncios, que está ali como que para despertar a curiosidade dos espectadores que estejam minimamente dispostos. Para mim, funcionou.
Acho que a única coisa que explique esse filme ter sido tão mal recebido na época do lançamento é que as referências culturais e os elementos simbólicos podem ter contrastado demais com a expectativa do público japonês, que talvez esperasse algo mais próximo de Urusei Yatsura e não uma fusão de símbolos e referências estrangeiros.
Combinar o mito da caverna, de Platão e as histórias de Gênesis como a criação e o dilúvio, parece tornar a "menina" e seu ovo em uma espécie de mito da caixa de pandora:
a menina quer preservá-lo, como que guardando a caixa; já o homem está curioso, toma o ovo, o devolve, o rouba novamente, agora para destruí-lo. Com o ovo já quebrado, a menina acorda e se desespera, tenta correr, acaba caindo em um precipício. Durante a queda, fiquei com a nítida impressão de que ela cresce e amadurece ou, na verdade, se encontra no reflexo das águas com a mulher que ela já era, só não reconhecia. Nas cenas finais, vemos que várias árvores-ovos brotam da terra e a visão estilo bird's-eye permite ver que toda a área foi tomada por essa germinação. Mais um zoom-out e vemos que todo aquele mundo era apenas uma ilha, ou uma semente, num contexto ainda maior e ainda desconhecido. Resumindo: para mim, foi uma metáfora bastante legal sobre a sexualidade humana.
Grande elenco, extremamente bem dirigido. História bastante tensa, com diálogos sensacionais, já anunciando tudo o que Aaron Sorkin era capaz de fazer.
O hype é compreensível, sobretudo quando se compara o produto final ao orçamento de apenas 15 milhões de dólares. Nesse aspecto, o que foi alcançado é realmente surpreendente. E ainda mais interessante que os efeitos visuais, pelos quais o filme venceu o Oscar de 2024, estão os elementos pessoais e culturais japoneses, retratados nos diálogos e nos sentimentos dos personagens.
Engraçado nos momentos certos, sério devido a todo o background. O elenco foi perfeitamente escolhido, com certeza. Aliás, se não fosse baseado em casos reais, certamente poderia ser mais um livro do ex-deputado pelo Mississipi, John Grisham.
Infelizmente, o filme não tem nenhuma originalidade. A ambientação, o roteiro e, sobretudo, as atitudes dos personagens, tudo me lembrou um jogo de videogame de 20, talvez 25 anos atrás. Os monstros são um bom exemplo disso. Mas há um evento no filme que expõe demais essa questão:
De forma geral, os personagens estão nesse contexto de sobreviver, de aprender sobre o "inimigo", de realizar pequenas tarefas, cada um dentro da sua especialidade. Bem, há jogos assim, como também há livros e filmes, quadrinhos e séries. Porém, na sequência em que a comunidade ao redor da fazenda Rose é dizimada, sobrevivendo apenas a Charlotte (par romântico do Thomas), não é nenhum desenvolvimento dramático, absolutamente. É isso que acontecia nos jogos antigos: a responsabilidade de "sentir" algo era terceirizada para o jogador. O boneco estava ali apenas para obedecer e seguir com o jogo.
No mais, o Joseph (Jaeden Martell) parece muito o menino da chicória, né?
Não é um filme ruim, mas ficou um pouco aquém dos elogios feitos pela minha curadoria, hehehe, assim como "Bottoms". Bem, digo isso porque assisti muito por conta do elogios feito pela Isabela Boscov, responsável por muito do que venho aprendendo sobre cinema - sobre apreciação de cinema - desde a minha infância, quando a lia na revista Veja.
O filme é interessante (perdão Capitão Fantástico), instiga o espectador, sabe mostrar como a violência pode se dar muito antes ou muito além do horror, do crime, do gore. Infelizmente, me pareceu que faltou contextualização das duas famílias representadas: das motivações, dos meios, dos objetivos. Essa falta de contexto aproximou bastante o filme de outra obra, "Funny Games". Mas depois de um original europeu e de um remake hollywoodiano, "Speak no Evil" acabou ficando um tanto... derivativo. =/
Primeiramente, é um ótimo filme para se assistir com os amigos!
Acertaram demais na ambientação do filme: construção do cenário, som, cores e efeitos visuais, tudo completamente bem trabalhado, casando perfeitamente com a atuação de protagonistas, coadjuvantes e figurantes. Logo no início já me senti assistindo um programa de entrevistas, um "Jô Soares Onze e Meia" da minha infância, heheheh. Quando o enredo se adensa, naturalmente é preciso que os efeitos especiais sejam utilizados e,
nesse momento, o filme opta pelo uso de efeitos que parecem um pouco datados, é verdade, são mesmo. Mas essa escolha, na minha percepção, combinou muito bem com os demais elementos estéticos presentes na obra.
A atriz que faz a a Lilly (Ingrid Torelli) foi uma escolha sensacional: quando ela entra em cena, sua postura, sua expressão, puxa vida, a gente sabe que o filme vai mudar!
Durante todo o filme, fiquei pensando no Navio de Teseu: 52 anos e vários filmes, seria o mesmo diretor?
Bem, ao invés de um remake, propriamente, este filme de 2022 está mais para um spinoff, já que, agora, Cronenberg pegou um dos temas apresentados no primeiro filme e o desenvolveu de fato. É tenso e polêmico, trazendo bem consolidada a temática de "body-horror" que descreve praticamente todos os trabalhos do diretor (e ultimamente, do seu filho também), sobretudo para propor a questão da estranheza e até da inadequação das pessoas com seus corpos, sua própria natureza.
A inversão do sentido da dor, em que ferimentos causam prazer enquanto comer e dormir provocam dor física é uma proposta muito interessante. Em paralelo com a proposta da digestão de plásticos, o filme deixa no ar se essas "mutações" não seriam consequência da degradação do meio ambiente, da degradação de toda a natureza. Tanto que a personagem da Kristen até se recusa a usar o termo "evoluir", né?
Enfim, ficou um lance bastante "Soylent Green", e eu achei isso ótimo!
PS: Tanta gente criticando, será que viram o de 1970?
Provavelmente o pior filme que assisti na minha vida. Experimental demais, efeitos sonoros que efetivamente dificultaram minha experiência como espectador. O suposto protagonista parece tentar compreender o propósito de todas as " "entidades acadêmicas" " pelas quais passa, mas é tudo simplesmente " "opaco" " para ele. Certamente, existe algo de interessante a ser extraído desse argumento, mas nada acontece. Aliás, por pouco, um enorme erro poderia ter acontecido ali, ainda bem que alguém colocou a mão na consciência!
Dito isso tudo, chego a ficar ansioso para assistir o remake de 2022, 52 anos depois! hehehehe
Logo no início, o filme já proporciona uma legítima imersão nos anos 80: figurino, cortes de cabelo, o ambiente de academia daquela época, a paleta e a intensidade das cores. Como não sabia nada do filme, achei que seria algo no estilo criminosas em série, "amor bandido", aquele esquema.
Dito isso, a proposta do filme, para mim, começou a ser demonstrada
nos close-ups dos músculos da Jackie, após utilizar os esteróides. E ficou evidente após ela matar o JJ. A partir desses eventos, permiti que minha expectativa inicial fosse ajustada e, com certeza, me diverti muito mais! Posso dizer que o filme realmente entrega o que promete, heheheh
Em vários momentos, me lembrou The Medium (2021, Taliândia / Coréia do Sul). É um filme bastante cru, não em termos de produção cinematográfica (que, aliás, achei muito boa), mas nos sentimentos e motivações de várias cenas. Elas realmente impressionam e ficam na memória. Em particular:
Quando o Paco (Marcel Otete Kabeya) vai enfrentar o Simba (Mordecaï Kamangu) no ringue, todo o contexto é muito forte e brutal. Obviamente, várias coisas que já li e assisti sobre o contexto me vieram à mente. E, de forma curiosa, os versos da parte final de Faroeste Caboclo também vieram: "Jeremias, eu sou homem, coisa que você não é / E não atiro pelas costas não / Olha pra cá filha da puta, sem-vergonha / Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão." É coisa da minha cabeça, eu sei, mas acho que fez tanto sentido nessa história de Paco, Koffi e Mama Mujila...
Uma pergunta que ficou na minha mente durante todo o filme:
Nas primeiras cenas, basicamente, é como se o espaço-tempo tivesse sido dobrado e os filmes Stargate (1994) e Matrix (1999) estivessem superpostos. Após alguns efeitos de CGI que me pareceram avançados para o ano de lançamento, temos Laurence Fishburne comandando uma nave retrofuturista e uma equipe bastante heterogênea - incluindo pessoas que parecem jovens ou inexperientes demais para estarem ali - tentando desvendar os mistérios de um portal cósmico artificial. Hehehhehe, bem, achei realmente muitas semelhanças deste filme com outros sci-fi dos anos 1990, e tento imaginar o que Fishburne pensou ao receber o roteiro junto com o livro "Simulacres et Simulation", de Jean Baudrillard.
Amei a estética do filme, particularmente o design da "máquina"
(que me lembrou de cara os anjos Ophanim). Também gostei muito da proposta geral do filme, polêmica, inovadora. Infelizmente, achei as atuações um pouco fracas e também senti que os personagens não fazem jus nem à situação em que se encontram nem ao background que precisariam ter para estarem ali. Talvez uma coisa tenha influenciado a outra, aliás =/
Enfim, a ideia é ótima e foi parcialmente bem-executada. Mas, certamente poderia ser melhor!
Gosto muito de filmes como esse, praticamente um docudrama, algo assim, seja no estilo true crime ou então com esse contexto jornalístico (Boston Strangler, Spotlight). The Scoop segue a mesma linha, talvez não com o mesmo orçamento, mas contando a história de forma dinâmica e envolvente.
Não se trata de um filme comercial, mas sim de um filme para TV com um propósito informativo bem específico. Como experiência de conscientização sobre o tema, é um filme super válido. Dito isso, as atuações poderiam ser melhor orientadas e o ritmo do flme é um pouco atropelado.
O filme me fez sentir dentro dos clássicos de John Grisham. Elenco sensacional, certamente à altura do ótimo roteiro. Ou seria o contrário, o roteiro que está mesmo à altura de tantos ótimos atores? Heheheh
Perseguição de tuktuk, briga com machado, briga de faca no elevador, briga com fogos de artifício, briga com sapato de salto (aliás, que metáfora!), briga com prego de Havaiana (aliás, que métáfora!), puxa vida!
A onipresença de Dev Patel na frente e atrás das câmeras, com uma pitada de Jordan Peele... valeu muito a pena!
O começo foi bastante tradicional e, com mais ou menos um terço do filme, veio uma cena que eu costumo detestar:
quando o protagonista falha depois de apontar com uma arma para o rosto do vilão...
puxa, como eu odeio isso!
Porém, a partir disso, o filme só cresceu. Ação muito bem dirigida, ângulos lindos de se ver, lutas bem coreografadas. Uma breve pausa enquanto o protagonista se curava das feridas em um retiro de Hjiras, um segmento da Índia que precisava mesmo ser apresentado ao mundo (mas que o Tony Ramos já havia apresentado aos brasileiros no capítulo do casamento, na novela Caminho das Índias, em 2009). Depois disso mais pauleira, recordando o primeiro John Wick e, absolutamente, indo além de todas as continuações.
Tem alguns atores conhecidos, mas não tenta utilizar um ou dois nomes do elenco simplesmente para atrair público. Pelo contrário, aposta em um argumento bastante convincente e original. A primeira conversa do personagem Neill com a namorada, puxa, gostei demais, heheheh.
Infelizmente, a segunda metade do filme parece um pouco apressada e isso se evidencia, sobretudo, nas cenas em que a protagonista entra no buraco da parede. Nessas cenas, os efeitos especiais são sofríveis e até desnecessários.
De forma geral, não é um filme ruim, e sim, equilibrado. Entendi que é um longa baseado no curta de mesmo nome (de 2017, antes de Talk to Me), ambos dirigidos pelo Alberto Corredor. Não encontrei outros trabalhos do diretor, então, arrisco dizer que ele está começando muito bem.
Não é exatamente original, as atuações não são convincentes e o desenvolvimento da história é meio fraco. Porém, o filme acerta ao não apostar em não forçar elementos pornográficos na história (apenas um certo erotismo) e também em
Já havia assistido em 2010, onze anos após o lançamento. Revi neste fim de semana e o filme continua bastante denso e impactante. Realmente, as atuações são o ponto mais forte da obra.
Tenho gostado muito dos papéis mais recentes do Adam Sandler e o achei muito bom neste filme. Aliás, o filme, de forma geral, é sim bastante bom. Porém, senti que a Carey Mulligan podia ter sido melhor aproveitada pelos diretores.
Duas páginas diferentes do Instagram divulgaram pequenos trechos do filme nesses último dias, me deixando bastante curioso. Vemos um discreto pano de fundo de ficção científica se desdobrando em um ótimo romance.
Matador de Aluguel
3.3 155 Assista Agora"A polar bear fell on me"
Vi o remake e fiquei com muita vontade de ver o original. Já conhecia essa verve de ação do Patrick Swayze por ter assistido o início da série "The Beast" na faculdade (onde Patrick contracenava com Travis Fimmel, o Ragnar), mas não imaginei que ela seria tão destacada como foi neste filme. As lutas não são espetacularmente coreografadas, é verdade, mas o filme tem um ritmo muito legal e uma crueza que é praticamente impossível de se ver hoje em dia. Tem um tanto de nostalgia na minha opinião, mas eu realmente gostei desse filme, nem vi o tempo passar!
A Menina e o Ovo de Anjo
4.0 126É verdade que o traço e animação não são exatamente sensacionais, mas são o normal para a época. Agora, há certamente uma espécie de véu místico colocado sobre o filme, pautado pelos silêncios, que está ali como que para despertar a curiosidade dos espectadores que estejam minimamente dispostos. Para mim, funcionou.
Acho que a única coisa que explique esse filme ter sido tão mal recebido na época do lançamento é que as referências culturais e os elementos simbólicos podem ter contrastado demais com a expectativa do público japonês, que talvez esperasse algo mais próximo de Urusei Yatsura e não uma fusão de símbolos e referências estrangeiros.
Combinar o mito da caverna, de Platão e as histórias de Gênesis como a criação e o dilúvio, parece tornar a "menina" e seu ovo em uma espécie de mito da caixa de pandora:
a menina quer preservá-lo, como que guardando a caixa; já o homem está curioso, toma o ovo, o devolve, o rouba novamente, agora para destruí-lo. Com o ovo já quebrado, a menina acorda e se desespera, tenta correr, acaba caindo em um precipício. Durante a queda, fiquei com a nítida impressão de que ela cresce e amadurece ou, na verdade, se encontra no reflexo das águas com a mulher que ela já era, só não reconhecia. Nas cenas finais, vemos que várias árvores-ovos brotam da terra e a visão estilo bird's-eye permite ver que toda a área foi tomada por essa germinação. Mais um zoom-out e vemos que todo aquele mundo era apenas uma ilha, ou uma semente, num contexto ainda maior e ainda desconhecido. Resumindo: para mim, foi uma metáfora bastante legal sobre a sexualidade humana.
Questão de Honra
3.8 283 Assista AgoraGrande elenco, extremamente bem dirigido. História bastante tensa, com diálogos sensacionais, já anunciando tudo o que Aaron Sorkin era capaz de fazer.
Brazil, o Filme
3.8 402 Assista AgoraMais um dos filmes sensacionais que, infelizmente, demorei muito para ver =/
É uma obra que mostra como dois extremos realmente podem se encontrar e se fechar em uma circunferência.
Godzilla: Minus One
4.1 275O hype é compreensível, sobretudo quando se compara o produto final ao orçamento de apenas 15 milhões de dólares. Nesse aspecto, o que foi alcançado é realmente surpreendente. E ainda mais interessante que os efeitos visuais, pelos quais o filme venceu o Oscar de 2024, estão os elementos pessoais e culturais japoneses, retratados nos diálogos e nos sentimentos dos personagens.
O Próprio Enterro
3.7 85 Assista AgoraEngraçado nos momentos certos, sério devido a todo o background. O elenco foi perfeitamente escolhido, com certeza. Aliás, se não fosse baseado em casos reais, certamente poderia ser mais um livro do ex-deputado pelo Mississipi, John Grisham.
Arcadian
2.1 15Infelizmente, o filme não tem nenhuma originalidade. A ambientação, o roteiro e, sobretudo, as atitudes dos personagens, tudo me lembrou um jogo de videogame de 20, talvez 25 anos atrás. Os monstros são um bom exemplo disso. Mas há um evento no filme que expõe demais essa questão:
De forma geral, os personagens estão nesse contexto de sobreviver, de aprender sobre o "inimigo", de realizar pequenas tarefas, cada um dentro da sua especialidade. Bem, há jogos assim, como também há livros e filmes, quadrinhos e séries. Porém, na sequência em que a comunidade ao redor da fazenda Rose é dizimada, sobrevivendo apenas a Charlotte (par romântico do Thomas), não é nenhum desenvolvimento dramático, absolutamente. É isso que acontecia nos jogos antigos: a responsabilidade de "sentir" algo era terceirizada para o jogador. O boneco estava ali apenas para obedecer e seguir com o jogo.
No mais, o Joseph (Jaeden Martell) parece muito o menino da chicória, né?
Não Fale o Mal
3.6 673Não é um filme ruim, mas ficou um pouco aquém dos elogios feitos pela minha curadoria, hehehe, assim como "Bottoms". Bem, digo isso porque assisti muito por conta do elogios feito pela Isabela Boscov, responsável por muito do que venho aprendendo sobre cinema - sobre apreciação de cinema - desde a minha infância, quando a lia na revista Veja.
O filme é interessante (perdão Capitão Fantástico), instiga o espectador, sabe mostrar como a violência pode se dar muito antes ou muito além do horror, do crime, do gore. Infelizmente, me pareceu que faltou contextualização das duas famílias representadas: das motivações, dos meios, dos objetivos. Essa falta de contexto aproximou bastante o filme de outra obra, "Funny Games". Mas depois de um original europeu e de um remake hollywoodiano, "Speak no Evil" acabou ficando um tanto... derivativo. =/
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 287Primeiramente, é um ótimo filme para se assistir com os amigos!
Acertaram demais na ambientação do filme: construção do cenário, som, cores e efeitos visuais, tudo completamente bem trabalhado, casando perfeitamente com a atuação de protagonistas, coadjuvantes e figurantes. Logo no início já me senti assistindo um programa de entrevistas, um "Jô Soares Onze e Meia" da minha infância, heheheh. Quando o enredo se adensa, naturalmente é preciso que os efeitos especiais sejam utilizados e,
nesse momento, o filme opta pelo uso de efeitos que parecem um pouco datados, é verdade, são mesmo. Mas essa escolha, na minha percepção, combinou muito bem com os demais elementos estéticos presentes na obra.
A atriz que faz a a Lilly (Ingrid Torelli) foi uma escolha sensacional: quando ela entra em cena, sua postura, sua expressão, puxa vida, a gente sabe que o filme vai mudar!
Crimes do Futuro
3.2 263 Assista AgoraDurante todo o filme, fiquei pensando no Navio de Teseu: 52 anos e vários filmes, seria o mesmo diretor?
Bem, ao invés de um remake, propriamente, este filme de 2022 está mais para um spinoff, já que, agora, Cronenberg pegou um dos temas apresentados no primeiro filme e o desenvolveu de fato. É tenso e polêmico, trazendo bem consolidada a temática de "body-horror" que descreve praticamente todos os trabalhos do diretor (e ultimamente, do seu filho também), sobretudo para propor a questão da estranheza e até da inadequação das pessoas com seus corpos, sua própria natureza.
A inversão do sentido da dor, em que ferimentos causam prazer enquanto comer e dormir provocam dor física é uma proposta muito interessante. Em paralelo com a proposta da digestão de plásticos, o filme deixa no ar se essas "mutações" não seriam consequência da degradação do meio ambiente, da degradação de toda a natureza. Tanto que a personagem da Kristen até se recusa a usar o termo "evoluir", né?
Enfim, ficou um lance bastante "Soylent Green", e eu achei isso ótimo!
PS: Tanta gente criticando, será que viram o de 1970?
Crimes do Futuro
2.5 30 Assista AgoraProvavelmente o pior filme que assisti na minha vida. Experimental demais, efeitos sonoros que efetivamente dificultaram minha experiência como espectador. O suposto protagonista parece tentar compreender o propósito de todas as " "entidades acadêmicas" " pelas quais passa, mas é tudo simplesmente " "opaco" " para ele. Certamente, existe algo de interessante a ser extraído desse argumento, mas nada acontece. Aliás, por pouco, um enorme erro poderia ter acontecido ali, ainda bem que alguém colocou a mão na consciência!
Dito isso tudo, chego a ficar ansioso para assistir o remake de 2022, 52 anos depois! hehehehe
Love Lies Bleeding: O Amor Sangra
3.6 86Logo no início, o filme já proporciona uma legítima imersão nos anos 80: figurino, cortes de cabelo, o ambiente de academia daquela época, a paleta e a intensidade das cores. Como não sabia nada do filme, achei que seria algo no estilo criminosas em série, "amor bandido", aquele esquema.
Dito isso, a proposta do filme, para mim, começou a ser demonstrada
nos close-ups dos músculos da Jackie, após utilizar os esteróides. E ficou evidente após ela matar o JJ. A partir desses eventos, permiti que minha expectativa inicial fosse ajustada e, com certeza, me diverti muito mais! Posso dizer que o filme realmente entrega o que promete, heheheh
Presságio
3.2 1Em vários momentos, me lembrou The Medium (2021, Taliândia / Coréia do Sul). É um filme bastante cru, não em termos de produção cinematográfica (que, aliás, achei muito boa), mas nos sentimentos e motivações de várias cenas. Elas realmente impressionam e ficam na memória. Em particular:
Quando o Paco (Marcel Otete Kabeya) vai enfrentar o Simba (Mordecaï Kamangu) no ringue, todo o contexto é muito forte e brutal. Obviamente, várias coisas que já li e assisti sobre o contexto me vieram à mente. E, de forma curiosa, os versos da parte final de Faroeste Caboclo também vieram: "Jeremias, eu sou homem, coisa que você não é / E não atiro pelas costas não / Olha pra cá filha da puta, sem-vergonha / Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão." É coisa da minha cabeça, eu sei, mas acho que fez tanto sentido nessa história de Paco, Koffi e Mama Mujila...
Uma pergunta que ficou na minha mente durante todo o filme:
O que vocês acham de imersões culturais durante a gravidez?
O Enigma do Horizonte
3.2 310 Assista AgoraNas primeiras cenas, basicamente, é como se o espaço-tempo tivesse sido dobrado e os filmes Stargate (1994) e Matrix (1999) estivessem superpostos. Após alguns efeitos de CGI que me pareceram avançados para o ano de lançamento, temos Laurence Fishburne comandando uma nave retrofuturista e uma equipe bastante heterogênea - incluindo pessoas que parecem jovens ou inexperientes demais para estarem ali - tentando desvendar os mistérios de um portal cósmico artificial. Hehehhehe, bem, achei realmente muitas semelhanças deste filme com outros sci-fi dos anos 1990, e tento imaginar o que Fishburne pensou ao receber o roteiro junto com o livro "Simulacres et Simulation", de Jean Baudrillard.
Amei a estética do filme, particularmente o design da "máquina"
(que me lembrou de cara os anjos Ophanim). Também gostei muito da proposta geral do filme, polêmica, inovadora. Infelizmente, achei as atuações um pouco fracas e também senti que os personagens não fazem jus nem à situação em que se encontram nem ao background que precisariam ter para estarem ali. Talvez uma coisa tenha influenciado a outra, aliás =/
Enfim, a ideia é ótima e foi parcialmente bem-executada. Mas, certamente poderia ser melhor!
A Grande Entrevista
3.2 24 Assista AgoraGosto muito de filmes como esse, praticamente um docudrama, algo assim, seja no estilo true crime ou então com esse contexto jornalístico (Boston Strangler, Spotlight). The Scoop segue a mesma linha, talvez não com o mesmo orçamento, mas contando a história de forma dinâmica e envolvente.
Girl in the Closet
2.3 2Não se trata de um filme comercial, mas sim de um filme para TV com um propósito informativo bem específico. Como experiência de conscientização sobre o tema, é um filme super válido. Dito isso, as atuações poderiam ser melhor orientadas e o ritmo do flme é um pouco atropelado.
O Poder e a Lei
3.8 611 Assista grátisO filme me fez sentir dentro dos clássicos de John Grisham. Elenco sensacional, certamente à altura do ótimo roteiro. Ou seria o contrário, o roteiro que está mesmo à altura de tantos ótimos atores? Heheheh
Porém, sinceramente, achei as cenas finais meio clichê )=
Fúria Primitiva
3.6 58Esse filme é maravilhoso!
Perseguição de tuktuk, briga com machado, briga de faca no elevador, briga com fogos de artifício, briga com sapato de salto (aliás, que metáfora!), briga com prego de Havaiana (aliás, que métáfora!), puxa vida!
O começo foi bastante tradicional e, com mais ou menos um terço do filme, veio uma cena que eu costumo detestar:
quando o protagonista falha depois de apontar com uma arma para o rosto do vilão...
Porém, a partir disso, o filme só cresceu. Ação muito bem dirigida, ângulos lindos de se ver, lutas bem coreografadas. Uma breve pausa enquanto o protagonista se curava das feridas em um retiro de Hjiras, um segmento da Índia que precisava mesmo ser apresentado ao mundo (mas que o Tony Ramos já havia apresentado aos brasileiros no capítulo do casamento, na novela Caminho das Índias, em 2009). Depois disso mais pauleira, recordando o primeiro John Wick e, absolutamente, indo além de todas as continuações.
A Bruxa dos Mortos: Baghead
2.5 75 Assista AgoraTem alguns atores conhecidos, mas não tenta utilizar um ou dois nomes do elenco simplesmente para atrair público. Pelo contrário, aposta em um argumento bastante convincente e original. A primeira conversa do personagem Neill com a namorada, puxa, gostei demais, heheheh.
Infelizmente, a segunda metade do filme parece um pouco apressada e isso se evidencia, sobretudo, nas cenas em que a protagonista entra no buraco da parede. Nessas cenas, os efeitos especiais são sofríveis e até desnecessários.
De forma geral, não é um filme ruim, e sim, equilibrado. Entendi que é um longa baseado no curta de mesmo nome (de 2017, antes de Talk to Me), ambos dirigidos pelo Alberto Corredor. Não encontrei outros trabalhos do diretor, então, arrisco dizer que ele está começando muito bem.
Imaculada
3.1 141Não é exatamente original, as atuações não são convincentes e o desenvolvimento da história é meio fraco. Porém, o filme acerta ao não apostar em não forçar elementos pornográficos na história (apenas um certo erotismo) e também em
não utilizar elementos sobrenaturais para tentar amarrar a história. O final não me surpreendeu, mas não achei ruim.
Garota, Interrompida
4.1 1,9K Assista AgoraJá havia assistido em 2010, onze anos após o lançamento. Revi neste fim de semana e o filme continua bastante denso e impactante. Realmente, as atuações são o ponto mais forte da obra.
O Astronauta
2.9 118 Assista AgoraTenho gostado muito dos papéis mais recentes do Adam Sandler e o achei muito bom neste filme. Aliás, o filme, de forma geral, é sim bastante bom. Porém, senti que a Carey Mulligan podia ter sido melhor aproveitada pelos diretores.
O Homem dos Sonhos
3.5 133Engraçado e instigante. Assisti sem saber o que esperar e, de alguma forma, me senti positivamente surpreso com o tema e o desenvolvimento do filme.
A Incrível História de Adaline
3.7 1,5K Assista AgoraDuas páginas diferentes do Instagram divulgaram pequenos trechos do filme nesses último dias, me deixando bastante curioso. Vemos um discreto pano de fundo de ficção científica se desdobrando em um ótimo romance.
Pelos trechos que havia visto, esperava algo completamnte diferente do Harrison Ford, heheheh