Revisto depois de décadas, agora na chamada "versão do diretor" de duas horas. O filme ainda peca pela montagem terrível e, embora agora algumas situações sejam melhor desenvolvidas, o roteiro do Barker ainda é raso em seu desenvolvimento. Melhorou bem o final, é fato. Mas o destaque, mesmo, é o incrível trabalho de maquiagem das inúmeras criaturas. Resta ver se a chamada "Cabal Cut" de 144 minutos consegue transformar Raça das Trevas num ótimo filme.
Tem um bom suspense e bom elenco (foi legal rever a Joely Richardson, de O Enigma do Horizonte e Entre Elas), mas peca por um final inconsistente e uns lances que se mostram, no fim, inúteis, como a porta do celeiro batendo até arrebentar durante a tempestade. O plot realmente é bem previsível. O que segura a atenção são as boas atuações e boa dose de violência e crueldade. Vale a conferida
Quem curte esse estilo pesado do "folk horror" britânico, como Lista Para Matar, Men - Faces do Medo ou O Homem de Palha pode apreciar este filme, que a meu ver tem uma história ao mesmo tempo insana mas redondinha, bem contada e auxiliada por uma ótima trilha sonora sinistra, além de alguns bons efeitos visuais (conseguiram criar uma entidade bem diferente do que se costuma ver no gênero). A princípio difícil de acompanhar pela protagonista problemática e nada simpática, aos poucos a entendemos e porque ela é assim. Embora tenha alguns pontos sem resposta gostei do desfecho. Pra mim fez sentido.
Muito bom filme de ação e guerra, com toques de O Grande Herói (com Mark Whalberg) e Os Gritos do Silêncio em menor escala. Dar Salim co-protagoniza de forma marcante com Jake Gyllenhaal. O filme só é um pouco longo demais, perde um pouco de ritmo lá pela metade, mas se recupera e Guy Ritchie lhe dá um final satisfatório, inclusive com uma crítica considerável ao intervencionismo arrogante dos EUA e seu pouco caso para com aqueles que o país usa. Vale a pena.
Tem uma coisa nesse filme barato que me chamou mais a atenção que o elenco terrivelmente amador e o roteiro ruim: o cuidado nas cenas para que não quebrassem nada na casa. A impressão é que a grana era tão pouca que fizeram as cenas com todo cuidado pra não ter que arcar com os estragos na casa certamente alugada.
De vez em quando bate uma necessidade de ver um filme ruim e esse é uma boa pedida. O curioso é que teve sequências.
Felizmente, lá pela metade a estreia de Jonah Hill deixa de parecer um Kids e humaniza seus personagens, dando a eles mais profundidade. Ótimo elenco de meninos/adolescentes e ótima trilha sonora.
Assisti sabendo um mínimo e isso foi ótimo (inclusive a sinopse no Filmow tem um erro grande quanto ao que causa o naufrágio do iate). Esperava algo mais ameno e o filme é crítica social do começo ao fim, luta de classes na veia, permeada por muito humor ácido (e bastante escatológico no seu segundo ato). Duas coisas que achei brilhantes: a participação de Woody Harrelson como o capitão socialista que tem um embate de frases com o russo rico capitalista e a participação da banda Refused (quem conhece sabe de sua postura crítica e MUITO à esquerda, bem uma Rage Against The Machine sueca) no momento mais insano de Triângulo da Tristeza, justamente a sequência da tempestade. Aliás, o jantar me lembrou muito a cena famosa do Monty Phyton - O Sentido da Vida. Duvido que não tenha influenciado o diretor. O filme só não é melhor porque se alonga um pouco e de forma desnecessária no terceiro ato. Triste saber que Charlbie Dean faleceu precocemente, justo no momento em que estava em ascensão na carreira.
Ruim com força! Que decepção! A nível de comparação com um filme polêmico de suspense atual, perde feio para Soft & Quiet, esse, sim, tenso e bem escrito e dirigido. Não Fale o Mal funciona bem até a metade, mais ou menos. Depois é ladeira abaixo, num roteiro cheio de conveniências, como bem disse Renan num comentário abaixo, e a opção pelo choque gratuito e sem maiores motivações. Definitivamente, quem escreveu o roteiro
não deve ser pai nem mãe, ou não tem vocação para isso. A cena do carro é patética. Os pais reagindo com mera choradeira a dois sequestradores DESARMADOS! Penso que eu e minha esposa, nessa situação, teríamos trucidado o casal de agressores a dentadas, arrancado a jugular dos dois na unha, etc, mas o casal de "zumbis" assiste aos prantos os criminosos cortarem a língua da filha!
O diretor desse filme deveria assistir a filmes como O Silêncio do Lago (1988) pra ver se aprende a chocar com lógica e verossimilhança.
Ótima surpresa esse reboot (e não remake)! Não tenta ser só mais uma cópia ou sequência, os cenobitas têm um design diferente e impressionante, a trilha sonora é muito boa (bem ao estilo dos dois primeiros filmes) e até os atores são melhores que a média, em especial a protagonista, que vai crescentemente conquistando a atenção do espectador. Muito bons os efeitos de maquiagem, também.
Comédia Argentina com toques de mistério. O roteiro não é muito plausível mas o elenco é interessante, há uma boa química no casal central. Diego Torres, fisicamente, lembra muito o Rob Schneider.
É tão trash e tosco que é até divertido em muitos momentos, principalmente com Robert Englund emulando o humor que foi marca registrada do seu Freddy Krueger, agora sem maquiagem. Mulheres bonitas sem roupa, atuações exageradas e maquiagem sangrenta aos borbotões.
Esse é um caso em que se o filme NÃO tivesse ganho o Oscar de melhor filme, a derrota teria feito um bem maior à obra. Um filme bonito, simpático, musical (a grande sacada é o contraste com a família de pessoas surdas) e pra cima. Nada que justifique ter tirado o prêmio de obras melhores como Duna, Ataque dos Cães ou mesmo de Drive My Car, que poderia ter sido o novo Parasita e levado os prêmios de melhor filme internacional e melhor filme. Fica para Ritmo do Coração (que título piegas, hein!) um estigma que ele não merece, de filme inferior ou mesmo beneficiado injustamente pelos membros da Academia. Não tem nada de novo, é quadradão na forma e até no conteúdo, mas é inegável que se assiste com prazer, é o tal "feel good movie", que conta com bom elenco e boa produção. Demorei pra sacar que a mãe é a Marlee Matlin, de Filhos do Silêncio.
Filme suave sobre a rotina, poesia e sonhos de pessoas comuns, deparando pelo caminho com manias, tolerância, amor e várias duplas de gêmeos. Tem uma pegada monótona, com humor leve, atores simpáticos e uma trilha sonora constante e algo hipnótica. Tem, também, um fofo buldogue pelo qual a câmera de Jarmusch parece apaixonada. E quem não ficaria...
Filme para quem tem estômago forte. O diretor mantém suas marcas registradas (fotografia pendendo para o sépia, meio que "esfumaçada", muita nudez e cenas sujas, nojentas). Efeitos de maquiagem muito bons. Apelativo, com cenas reais de animais morrendo ou agonizando (embora seja num contexto natural - quem assistir vai entender), mas com a meia hora final, extremamente triste e angustiante, conseguindo ensejar emoções, graças aos atores e o uso da trilha melódica. Provavelmente a forma mais crua (e suja) em que um câncer foi retratado num filme.
Diálogos toscos e uma história que começa crível para logo desabar nos maiores absurdos. Nem o tema central é bem novidade, haja vista o filme de menor orçamento Tempestade, estrelado por Christian Slater e Morgan Freeman. Mas o diretor Rob Cohen manja de ação e nesse quesito o filme vai acelerado até o fim.
Boa mistura finlandesa de slasher e thriller, com reviravolta e um final bem amarrado, embora a certa altura do filme seja o esperado. Elenco acima da média do gênero, fotografia por vezes bem enquadrada, por vezes um tanto escura e boa trilha sonora eletrônica. No geral, valeu a pena.
Filme estranho que é uma montanha russa de tantos altos e baixos. Padece daquele mal terrível do cinema brasileiro do período, a impostação de voz, o teatralismo exacerbado, o que faz com que, curiosamente, quem se saia melhor seja Carlos Kroeber, num personagem que poderia cair facilmente no caricato, mas graças ao ator é o mais crível e humano. A própria Norma Bengell oscila, aborreciva nos diálogos em tom normal, comovente quando a cena pede emoções mais exaltadas. A fotografia é muito bonita e lembra, em especial nos momentos em que enquadra os personagens no centro da tela, os filmes de Visconti e Bunuel. Aliás, essa história poderia muito bem ter sido filmada por um desses diretores. Já o roteiro soa muito mal desenvolvido e com um ritmo cansativo. Por fim, Tom Jobim na trilha sonora seria um ponto alto, mas o tema principal se repete de forma de forma irritante.
Há uma guerra acontecendo no continente e há outras na ilha, contra a solidão, contra a mesmice, a falta de perspectiva. É tudo tão repetitivo e de pouca esperança que há pessoas jovens tirando a própria vida e homens maduros agindo como se nunca... tivessem amadurecido. Tudo ironicamente envolvido por belíssimas paisagens. Elenco excepcional capitaneado por Farrell e Gleason, num roteiro com bastante a se pensar após o final.
Bom drama sobre uma amizade que se torna um triângulo amoroso com a chegada de uma bela jovem na vida de dois amigos que tentam estabelecer uma carreira musical. É um tanto arrastado na sua primeira metade e subutiliza alguns atores e atrizes, como Barbara Paz. Em se tratando do elenco principal, Maria Casadevall e Rômulo Estrela se saem muito bem como os jovens Bebel e Ney, enquanto Otávio Muller se destaca como o Marcos maduro, embora exagere numa ou outra cena, mas chega a emocionar na cena próxima ao final, no velho bar. No geral, o filme tem problemas de ritmo e de captação dos diálogos, mas o uso de Soldados, da Legião Urbana, as atuações do elenco principal e o belíssimo desfecho colocam a obra acima da média. Do meio pro fim, aliás, parece um outro filme.
Suspense policial espanhol bem interpretado e com boa ambientação, que lembra um pouco a cinessérie dinamarquesa Departamento Q. O chamariz aqui é a trama se passar no começo da pandemia e do confinamento, mas fora isso o filme é bem esquemático, inclusive no estilo da fotografia. É um bom passatempo, apesar disso. Consegue manter a atenção até o fim.
Os velhos clichês de perseguição na estrada, sequestro, lugar isolado no mato. Mas a dupla de atores é boa (você torce pela mocinha e odeia com força o vilão), a direção consegue construir um bom suspense. O Amazon Prime erra na classificação etária: o filme é bem violento para meros 12 anos, principalmente em seu epílogo.
Uma ideia interessante desenvolvida de forma irritante, que fracassa quase o tempo inteiro na tentativa de ser engraçada ou em criar suspense. Vê-se que todos os atores do reduzido elenco são bons, mas a histeria do roteiro, por momentos, beira o insuportável. Funcionam o divertido número musical e os dez minutos finais.
Sonora e visualmente deslumbrante, embora incomode na sua indefinição de gênero e experimentalismo, que o torna por vezes maçante. De certa forma, deve ter sido precursor dos videoclipes e de filme como A Cela, em termos estéticos.
Aos poucos, o cinema de terror e suspense italiano, tão tradicional dos anos 1960 até a década de 1980, vai ressurgindo. Neste aqui fica clara a influência de Dario Argento e Mario Bava, tanto na ambientação e cores como na trilha sonora eclética. É de desenrolar lento, tipicamente europeu, o que não será do agrado de todos (eu particularmente gosto). No geral o elenco convence, em especial os dois adolescentes e a mãe de Samuel. Final muito, muito inesperado, mesmo que o filme deixe dicas no seu desenrolar. Uma delas é quando
o médico enforca Lídia com um cachecol. Ele chega a ficar vermelho de tanta força que usa, mas a velha senhora não morre, recuperando o fôlego em pouquíssimo tempo
. Considerando essa cena, tudo o que vem depois faz sentido, embora você se dê conta apenas no desfecho. Quem tiver paciência pode curtir.
Raça das Trevas
3.1 83Revisto depois de décadas, agora na chamada "versão do diretor" de duas horas. O filme ainda peca pela montagem terrível e, embora agora algumas situações sejam melhor desenvolvidas, o roteiro do Barker ainda é raso em seu desenvolvimento. Melhorou bem o final, é fato. Mas o destaque, mesmo, é o incrível trabalho de maquiagem das inúmeras criaturas. Resta ver se a chamada "Cabal Cut" de 144 minutos consegue transformar Raça das Trevas num ótimo filme.
Frio nos Ossos
3.0 237 Assista AgoraTem um bom suspense e bom elenco (foi legal rever a Joely Richardson, de O Enigma do Horizonte e Entre Elas), mas peca por um final inconsistente e uns lances que se mostram, no fim, inúteis, como a porta do celeiro batendo até arrebentar durante a tempestade. O plot realmente é bem previsível. O que segura a atenção são as boas atuações e boa dose de violência e crueldade. Vale a conferida
A Matriarca
2.0 22 Assista AgoraQuem curte esse estilo pesado do "folk horror" britânico, como Lista Para Matar, Men - Faces do Medo ou O Homem de Palha pode apreciar este filme, que a meu ver tem uma história ao mesmo tempo insana mas redondinha, bem contada e auxiliada por uma ótima trilha sonora sinistra, além de alguns bons efeitos visuais (conseguiram criar uma entidade bem diferente do que se costuma ver no gênero). A princípio difícil de acompanhar pela protagonista problemática e nada simpática, aos poucos a entendemos e porque ela é assim. Embora tenha alguns pontos sem resposta gostei do desfecho. Pra mim fez sentido.
O Pacto
3.9 241 Assista AgoraMuito bom filme de ação e guerra, com toques de O Grande Herói (com Mark Whalberg) e Os Gritos do Silêncio em menor escala. Dar Salim co-protagoniza de forma marcante com Jake Gyllenhaal. O filme só é um pouco longo demais, perde um pouco de ritmo lá pela metade, mas se recupera e Guy Ritchie lhe dá um final satisfatório, inclusive com uma crítica considerável ao intervencionismo arrogante dos EUA e seu pouco caso para com aqueles que o país usa. Vale a pena.
American Poltergeist: Não Desperte os Mortos
1.0 103 Assista AgoraTem uma coisa nesse filme barato que me chamou mais a atenção que o elenco terrivelmente amador e o roteiro ruim: o cuidado nas cenas para que não quebrassem nada na casa. A impressão é que a grana era tão pouca que fizeram as cenas com todo cuidado pra não ter que arcar com os estragos na casa certamente alugada.
De vez em quando bate uma necessidade de ver um filme ruim e esse é uma boa pedida. O curioso é que teve sequências.
Anos 90
3.9 502Felizmente, lá pela metade a estreia de Jonah Hill deixa de parecer um Kids e humaniza seus personagens, dando a eles mais profundidade. Ótimo elenco de meninos/adolescentes e ótima trilha sonora.
Triângulo da Tristeza
3.6 730 Assista AgoraAssisti sabendo um mínimo e isso foi ótimo (inclusive a sinopse no Filmow tem um erro grande quanto ao que causa o naufrágio do iate). Esperava algo mais ameno e o filme é crítica social do começo ao fim, luta de classes na veia, permeada por muito humor ácido (e bastante escatológico no seu segundo ato). Duas coisas que achei brilhantes: a participação de Woody Harrelson como o capitão socialista que tem um embate de frases com o russo rico capitalista e a participação da banda Refused (quem conhece sabe de sua postura crítica e MUITO à esquerda, bem uma Rage Against The Machine sueca) no momento mais insano de Triângulo da Tristeza, justamente a sequência da tempestade. Aliás, o jantar me lembrou muito a cena famosa do Monty Phyton - O Sentido da Vida. Duvido que não tenha influenciado o diretor.
O filme só não é melhor porque se alonga um pouco e de forma desnecessária no terceiro ato.
Triste saber que Charlbie Dean faleceu precocemente, justo no momento em que estava em ascensão na carreira.
Não Fale o Mal
3.6 676Ruim com força! Que decepção! A nível de comparação com um filme polêmico de suspense atual, perde feio para Soft & Quiet, esse, sim, tenso e bem escrito e dirigido. Não Fale o Mal funciona bem até a metade, mais ou menos. Depois é ladeira abaixo, num roteiro cheio de conveniências, como bem disse Renan num comentário abaixo, e a opção pelo choque gratuito e sem maiores motivações. Definitivamente, quem escreveu o roteiro
não deve ser pai nem mãe, ou não tem vocação para isso. A cena do carro é patética. Os pais reagindo com mera choradeira a dois sequestradores DESARMADOS! Penso que eu e minha esposa, nessa situação, teríamos trucidado o casal de agressores a dentadas, arrancado a jugular dos dois na unha, etc, mas o casal de "zumbis" assiste aos prantos os criminosos cortarem a língua da filha!
Hellraiser
3.2 406 Assista AgoraÓtima surpresa esse reboot (e não remake)! Não tenta ser só mais uma cópia ou sequência, os cenobitas têm um design diferente e impressionante, a trilha sonora é muito boa (bem ao estilo dos dois primeiros filmes) e até os atores são melhores que a média, em especial a protagonista, que vai crescentemente conquistando a atenção do espectador. Muito bons os efeitos de maquiagem, também.
Extraños en la Noche
2.3 1 Assista AgoraComédia Argentina com toques de mistério. O roteiro não é muito plausível mas o elenco é interessante, há uma boa química no casal central. Diego Torres, fisicamente, lembra muito o Rob Schneider.
As Strippers Zumbi
2.5 175 Assista AgoraÉ tão trash e tosco que é até divertido em muitos momentos, principalmente com Robert Englund emulando o humor que foi marca registrada do seu Freddy Krueger, agora sem maquiagem. Mulheres bonitas sem roupa, atuações exageradas e maquiagem sangrenta aos borbotões.
No Ritmo do Coração
4.1 753 Assista AgoraEsse é um caso em que se o filme NÃO tivesse ganho o Oscar de melhor filme, a derrota teria feito um bem maior à obra. Um filme bonito, simpático, musical (a grande sacada é o contraste com a família de pessoas surdas) e pra cima. Nada que justifique ter tirado o prêmio de obras melhores como Duna, Ataque dos Cães ou mesmo de Drive My Car, que poderia ter sido o novo Parasita e levado os prêmios de melhor filme internacional e melhor filme. Fica para Ritmo do Coração (que título piegas, hein!) um estigma que ele não merece, de filme inferior ou mesmo beneficiado injustamente pelos membros da Academia. Não tem nada de novo, é quadradão na forma e até no conteúdo, mas é inegável que se assiste com prazer, é o tal "feel good movie", que conta com bom elenco e boa produção. Demorei pra sacar que a mãe é a Marlee Matlin, de Filhos do Silêncio.
Paterson
3.9 353 Assista AgoraFilme suave sobre a rotina, poesia e sonhos de pessoas comuns, deparando pelo caminho com manias, tolerância, amor e várias duplas de gêmeos. Tem uma pegada monótona, com humor leve, atores simpáticos e uma trilha sonora constante e algo hipnótica. Tem, também, um fofo buldogue pelo qual a câmera de Jarmusch parece apaixonada. E quem não ficaria...
Carcinoma
3.2 19Filme para quem tem estômago forte. O diretor mantém suas marcas registradas (fotografia pendendo para o sépia, meio que "esfumaçada", muita nudez e cenas sujas, nojentas). Efeitos de maquiagem muito bons. Apelativo, com cenas reais de animais morrendo ou agonizando (embora seja num contexto natural - quem assistir vai entender), mas com a meia hora final, extremamente triste e angustiante, conseguindo ensejar emoções, graças aos atores e o uso da trilha melódica. Provavelmente a forma mais crua (e suja) em que um câncer foi retratado num filme.
No Olho do Furacão
2.5 149Diálogos toscos e uma história que começa crível para logo desabar nos maiores absurdos. Nem o tema central é bem novidade, haja vista o filme de menor orçamento Tempestade, estrelado por Christian Slater e Morgan Freeman. Mas o diretor Rob Cohen manja de ação e nesse quesito o filme vai acelerado até o fim.
Lago Bodom
2.8 57 Assista AgoraBoa mistura finlandesa de slasher e thriller, com reviravolta e um final bem amarrado, embora a certa altura do filme seja o esperado. Elenco acima da média do gênero, fotografia por vezes bem enquadrada, por vezes um tanto escura e boa trilha sonora eletrônica. No geral, valeu a pena.
A Casa Assassinada
3.4 17Filme estranho que é uma montanha russa de tantos altos e baixos. Padece daquele mal terrível do cinema brasileiro do período, a impostação de voz, o teatralismo exacerbado, o que faz com que, curiosamente, quem se saia melhor seja Carlos Kroeber, num personagem que poderia cair facilmente no caricato, mas graças ao ator é o mais crível e humano. A própria Norma Bengell oscila, aborreciva nos diálogos em tom normal, comovente quando a cena pede emoções mais exaltadas. A fotografia é muito bonita e lembra, em especial nos momentos em que enquadra os personagens no centro da tela, os filmes de Visconti e Bunuel. Aliás, essa história poderia muito bem ter sido filmada por um desses diretores. Já o roteiro soa muito mal desenvolvido e com um ritmo cansativo. Por fim, Tom Jobim na trilha sonora seria um ponto alto, mas o tema principal se repete de forma de forma irritante.
Os Banshees de Inisherin
3.9 570 Assista AgoraHá uma guerra acontecendo no continente e há outras na ilha, contra a solidão, contra a mesmice, a falta de perspectiva. É tudo tão repetitivo e de pouca esperança que há pessoas jovens tirando a própria vida e homens maduros agindo como se nunca... tivessem amadurecido. Tudo ironicamente envolvido por belíssimas paisagens. Elenco excepcional capitaneado por Farrell e Gleason, num roteiro com bastante a se pensar após o final.
Depois de Tudo
2.7 38Bom drama sobre uma amizade que se torna um triângulo amoroso com a chegada de uma bela jovem na vida de dois amigos que tentam estabelecer uma carreira musical. É um tanto arrastado na sua primeira metade e subutiliza alguns atores e atrizes, como Barbara Paz. Em se tratando do elenco principal, Maria Casadevall e Rômulo Estrela se saem muito bem como os jovens Bebel e Ney, enquanto Otávio Muller se destaca como o Marcos maduro, embora exagere numa ou outra cena, mas chega a emocionar na cena próxima ao final, no velho bar. No geral, o filme tem problemas de ritmo e de captação dos diálogos, mas o uso de Soldados, da Legião Urbana, as atuações do elenco principal e o belíssimo desfecho colocam a obra acima da média. Do meio pro fim, aliás, parece um outro filme.
Infiesto
2.8 65 Assista AgoraSuspense policial espanhol bem interpretado e com boa ambientação, que lembra um pouco a cinessérie dinamarquesa Departamento Q. O chamariz aqui é a trama se passar no começo da pandemia e do confinamento, mas fora isso o filme é bem esquemático, inclusive no estilo da fotografia. É um bom passatempo, apesar disso. Consegue manter a atenção até o fim.
Sozinha
3.1 239Os velhos clichês de perseguição na estrada, sequestro, lugar isolado no mato. Mas a dupla de atores é boa (você torce pela mocinha e odeia com força o vilão), a direção consegue construir um bom suspense. O Amazon Prime erra na classificação etária: o filme é bem violento para meros 12 anos, principalmente em seu epílogo.
Me Assuste
2.6 44 Assista AgoraUma ideia interessante desenvolvida de forma irritante, que fracassa quase o tempo inteiro na tentativa de ser engraçada ou em criar suspense. Vê-se que todos os atores do reduzido elenco são bons, mas a histeria do roteiro, por momentos, beira o insuportável. Funcionam o divertido número musical e os dez minutos finais.
A Cor da Romã
4.1 133Sonora e visualmente deslumbrante, embora incomode na sua indefinição de gênero e experimentalismo, que o torna por vezes maçante. De certa forma, deve ter sido precursor dos videoclipes e de filme como A Cela, em termos estéticos.
O Ninho
3.0 60Aos poucos, o cinema de terror e suspense italiano, tão tradicional dos anos 1960 até a década de 1980, vai ressurgindo. Neste aqui fica clara a influência de Dario Argento e Mario Bava, tanto na ambientação e cores como na trilha sonora eclética. É de desenrolar lento, tipicamente europeu, o que não será do agrado de todos (eu particularmente gosto). No geral o elenco convence, em especial os dois adolescentes e a mãe de Samuel. Final muito, muito inesperado, mesmo que o filme deixe dicas no seu desenrolar. Uma delas é quando
o médico enforca Lídia com um cachecol. Ele chega a ficar vermelho de tanta força que usa, mas a velha senhora não morre, recuperando o fôlego em pouquíssimo tempo