Não vou me estender em alguma crítica... Mas o filme tem sérios furos no roteiro, personagens desnecessários, situações muito exageradas (mesmo pro padrão tecnológico do filme, se é que me entendem) e principalmente:
Eu, como fã de quadrinhos, achei uma afronta o que fizeram com o Mandarim. Ben Kingsley está ótimo no papel, mas desfiguraram e transformaram um dos melhores vilões em uma piada de mal gosto! - Além de, apesar de ser um bom vilão, o Aldrich Killian apenas repete a fórmula da "vingança", sendo que ela não tem motivação alguma!
Um filme que, simplesmente, não gera sentimento algum. Nem de medo, terror, emoção (sim, o filme TENTA emocionar)... Não digo que esperava ver um roteiro Woody Allenano, ou uma direção Kubrick Style, mas bons filmes de gênero existem aos montes! E esse não é um deles. Já esqueci mais da metade das cenas, mas pelo menos dei algumas risadas...
É inevitável a comparação com alguns filmes e séries que já abordaram o mesmo tema (Beleza Americana e a série Desperate Housewives, por exemplo), mas, ao contrário das mesmas, "The Oranges" não trás muita novidade e acaba caindo em clichês, como um dominó! O elenco até tem o seu carisma. Nomes de peso como Laurie e Janney sempre são bem-vindos e fazem o suficiente para levar o filme nas costas. Fora isso, o roteiro segue o mesmo bê-á-bá de tantos outros filmes sobre "Problemas de Famílias" e até a trilha sonora lembra "outros carnavais". Vale a pena conferir, mas não é de se esperar grandes coisas...
Um grande filme de ação, mas que transparece algo maior do que realmente é. Com uma história simples e de fácil entendimento, "Skyfall" prende o público com cenas de ação bem filmadas e executadas (a cena do trem salta os ouvidos com a absurda qualidade sonora) e novos personagens cativantes. Mas o roteiro esbarra em criar um vilão "cativante" ao público mas, ao mesmo tempo, sem profundidade. Bond, tem seu passado superficialmente revisitado e, desta forma, está ótimo, pois o personagem não necessita de qualquer sentimentalismo patriarcal. Já o passado de Silva (que gera suas motivações de vingança) é colocado de forma rasa que, se não fosse a belíssima atuação do Javier e de sua própria personalidade caricata, teria destruído o personagem. A história em si não traz novidade e (como já disse) é apresentada de uma forma grandiosa e com tons épicos, sendo ela tão simples e modesta. Alguns personagens ficam um pouco de escanteio ou caem em clichês perceptíveis no primeiro momento em tela (a agente amiga de Bond, de sobrenome engraçado e o personagem do Ralph Fiennes!) e, como já aconteceu em outros filmes, o próprio Bond é eclipsado no primeiro passo de Silva...
PS: Impossível não citar a música oscarizada da Adele. Lindíssima, "a cara" de filme 007 e com uma introdução muito bem realizada também... Oscar merecido!
Apesar de ter uma ideia no mínimo interessante (mas que hoje em dia já torna-se batida), é tão, mas tão abarrotado de clichês mal utilizados que me dá vergonha. Salva-se apenas o carisma da Amy Adams e as músicas...
Uma estrela para as músicas e a própria banda e outra para o mini concerto no telhado. "Let it be" não é um filme propriamente dito, mas uma quase, gravação caseira de quatro amigos em crise tentando voltar ao que eram antes. É uma pena que o filme não mostre mais do dia-a-dia de gravação da banda e seus lampejos de brilhantismo e conflitos. Nem qualquer tipo de entrevista é feita ou declaração do Fab Four para as câmeras, deixando as músicas tomarem conta do tempo e da metragem. Não que isso seja ruim, claro!
Apesar de poucas, as interações dos integrantes chamam um pouco a atenção: A leve discussão de Paul com George, a conversa de John e Paul e o dueto ao piano de Ringo e Paul mostram a humanidade dos "deuses" Beatles e suas deficiências. Ver que, "Two of Us" poderia ter uma melodia mais acelerada (e outra tão brega), mas que no final se tornou uma obra-prima, e uma das minhas favoritas do grupo. "Octopus's Garden" foi outra que sofreu alterações com o tempo e perdeu uma estrofe inicial horrível, graças a Deus! "Let it Be" também mudou (um "sorrow" fez diferença") e ainda é uma das músicas mais belas da história. "Across the Universe" se chamava "Nothing is gonna change", mas desde já trazia seu mantra icônico. E "Maxwell's Silver Hammer" SEMPRE foi chatinha e boba... certas coisas nunca mudam!
O gran finale, com o mini concerto no terraço e o alvoroço criado nas ruas, tendo a polícia que intervir, é algo que só os Beatles poderiam fazer e fecha muito bem o filme. Um (quase) canto dos cisnes para a maior banda de todos os tempo. The End!
PS: Confesso que me dava nervoso ver a Yoko Ono ali, parecendo a Samara, correndo atrás do John feito um cachorrinho e com aquela cara fechada dela. Sendo ela ou não, a cerne da separação do grupo, deveria ser um saco ter aquela mulher ali o tempo todo olhando pra sua cara enquanto você tentava fazer música!
Não é lá um filme original ou que traga algum tipo de catarse ou coisa parecida. Mas até que cumpre o papel de ser uma comédia romântica (bastante) clichê com uma pitada pop e atual... Vale a pena assistir, mas não é de se esperar muita coisa!
O filme é realmente incrível, apesar de ter uma montagem que não me agradou muito, mas no geral é uma verdadeira obra-prima, com roteiro, direção, fotografia, cenários, a lindíssima trilha sonora e as BRILHANTES atuações do trio principal que mereceram as indicações aos diversos prêmios e, adoradores de Day-Lewis que me desculpem, mas Joaquin Phoenix apresenta uma das melhores atuações da década e será uma pena vê-lo perdendo o Oscar. Paul Thomas Anderson continua afiado e apresentando ótimos e brilhantes filmes!
Durante todos os 127 minutos de duração de "Zero Dark Thirty" eu só pensava em como seria se o Michael Bay tivesse dirigido o mesmo. A dobradinha Kathryn Bigelow e Mark Boal realiza mais uma vez um filme político militar que encanta a crítica. E é de se aplaudir a coragem de realizar uma produção que nas mãos "erradas" (por isso a citação ao "diretor" do início) seria uma verdadeira ode á bandeira americana. Osama Bin Laden não era só o terrorista mais procurado do mundo, mas o ser que havia destruído inúmeras famílias no maior ataque da história. Por mais lindo e envolvente que fosse, Bigelow e Boal não realizaram algo que honrasse a América ou que enobrecesse (mais uma vez) o exército americano e suas políticas. Eles realizaram um filme cru, limpo de qualquer emoção além das motivações de sua protagonista, Maya.
Toda e qualquer identificação do público perante a história devesse ao pré-conhecimento do fato e a toda a jornada travada pela personagem para conseguir impor respeito e dizer quer suas intuições e pesquisas estavam sim, corretas e não eram só meras especulações. Jessica Chastain realiza um ótimo trabalho e, mesmo não tendo apresentando uma história emocional (não há qualquer envolvimento dela com o caso, além de profissional) ou qualquer relance de seu dia-a-dia fora do trabalho, a personagem traz todo e qualquer motivo para acreditarmos nela. Seus colegas de cena também estão muito bem nos seus papéis, destaque para Kyle Chandler e Jason Clarke.
O roteiro é bem delineado e escrito, mas perde um pouco de força devido a montagem realizada. Certas cenas desconexas não agregam em nada e, apenas fazem parte do minucioso trabalho da Bigelow em mostrar detalhes e mais detalhes, as vezes parecendo estar dirigindo um documentário. Mas, assim como mostrado em "The Hurt Locker", ela tem pulso firme na direção e me surpreendeu não ter levado uma indicação ao Oscar.
E já falando em Oscar, esse foi o último filme dos indicados que me restava. Curti todas as indicações principais a que foi indicado (até tiraria o Ang Lee e colocaria a Bigelow) e, se Argo não estivesse levando tudo, teria mais confiança que esse levaria "Melhor Filme", mesmo não achando tão justo assim.
Apesar de ter uma fotografia lindíssima e efeitos especiais milimetricamente bem feitos, "Life of Pi" não conseguiu me impressionar completamente. Tendo um roteiro rodeado de clichês e situações completamente pensadas para o 3-D (não que isso seja um absurdo, mas certos momentos são constrangedores), a saga do menino Pi torna-se chata e completamente desinteressante, tendo um protagonista sem carisma algum e com motivações bem contraditórias. O roteiro cria personagens que parecem ser importantes, mas que não acrescentam em nada e simplesmente somem sem problema algum (a "namorada" dele, por exemplo) Além de trazer um narrador (o próprio PI mais velho e por vezes o escritor) explicando e acentuando momentos que acabamos de ver e entender! Em certo momento do filme, é dito a seguinte frase: "Simplesmente aconteceu, porque precisa significar alguma coisa?" - Pois é... "Life of Pi" não significou nada para mim! Apesar de entender suas indicações aos prêmios principais do Oscar (a Academia adora um filme étnico com ares religiosos e histórias de superação), não concordo com nenhum deles, apenas com as indicações técnicas.
Que filme problemático!!!....... Mas no bom sentido, claro!
Depois de "The Fighter", David O. Russell cativa o público (e a Academia) com um filme, um pouco mais leve, mas que trata de assuntos tão complicados quanto o primeiro. O roteiro, brilhantemente escrito, aborda a depressão e bipolaridade de uma forma simples e direta, sem nunca ser um filme sobre essas doenças, mas sim um filme sobre pessoas que as possuem! Misturando romance e um pouco de "black humor", a história começa um pouco devagar, mas que engrena do meio para o final e termina de forma muito satisfatória.
Sim, todo mundo imaginava que eles terminariam juntos, mas é impossível não abrir um sorriso com a carta de Pat, e ao mesmo tempo se emocionar com o olhar maravilhado da mãe de Pat durante a dança e o breve discurso pai-filho!
A direção do O. Russel é firme e fabulosa como de costume e a fotografia também merece destaque com planos claustrofóbicos e closes diversos. Mas o grande ás na manga do filme, são as atuações. TODOS os atores estão incríveis em seus papéis e só merecem elogios. Apesar do Bradley ter mais tempo de tela, Jennifer é um verdadeiro furacão em todos os momentos e toma para si o filme, com a personagem mais carismática, sendo (como sempre) absurdamente linda!
Enfim, um longa que é um verdadeiro antro de personalidades problemáticas, doentes e quase esquizofrênicas, mas que cativam o público a cada minuto. Personagens adoráveis para um filme adorável!
Agora, about Oscar... Mereceu todas as indicações, mas não merce levar todos os prêmios. Não acharia ruim se ganhasse Direção, Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante (não são meus favoritos, mas se ganharem, OK!), mas a Jennifer MERECE ganhar esse Oscar. Ela é uma das melhores atrizes dessa nova safra e ela comanda o filme em suas aparições... Merece muito!
Eu gosto muito de musicais. Podem dizer que são bregas, sem graça, ou usar o famoso argumento: "Ninguém começa a cantar do nada! Isso é idiotice"... Enfim, eu nunca liguei e continuo assistindo musicais e curtindo suas músicas. "Les Misérables" é um verdadeiro musical! Isso sem dúvida. São canções e "diálogos cantados" durante todo o filme. Decisão corajosa de Tom Hooper, que compõe a trama com as músicas já clássicas e a reinvenção das mesmas, com letras diferentes (focando nos diálogos). Mas a coragem do mesmo, torna-se maçante com as 2:30 Hrs de projeção.
Era um alívio quando algum personagem simplesmente... Falava! e não precisa cantar para expressar seus sentimentos e agruras (que são muitas!). Claro que uma coisa influencia a outra, afinal, se não houvessem "diálogos cantados" a duração do filme seria menor (momentos que poderiam ser resolvidos com 2 linhas de diálogo ou até mesmo sem nenhum, ganham bastante tempo com a música), mas ao mesmo tempo, o roteiro é extensivo ao contar a triste história de Jean Valjean. Não haveria escapatória! O filme também peca um pouco no desenvolvimento da história ~cantada~ contada e sua resoluções
(A personagem Éponine, por exemplo, nunca fica bem delineada, alternando decisões e tendo um final que não me agradou muito.)
, mas fora isso, é um roteiro conciso e bem estruturado (completamente dividido em 3 atos, tal qual um espetáculo).
Tecnicamente é um filme impecável. Tom Hooper ganhou espaço e dinheiro para fazer uma belíssima produção e ter consigo, ótimos artistas de figurino e cenografia, além de utilizar uma fotografia similar ao de "O Discurso do Rei", mas com um toque clássico de musicais. Tudo para realizar um épico que, conseguiu, angariar indicações ao Oscar. Os atores e atrizes estão um espetáculo a parte. TODOS estão bem confortáveis em seus papéis e suas cantorias. O que menos se destaca é o Russell Crowe que realiza um Javert tão apático e sem graça que não me convenceu, além de suas canções serem chatíssimas! Hugh Jackman mostrou que não é só Wolverine e o atores que compõe o casal principal (Marcius e Cosette) transbordam simpatia (apesar dos agudos desnecessários da Amanda Seyfried). Samantha Barks (Éponine) é a melhor cantora do longa, além de ser belíssima. Sacha e Helena estão divertidíssimos e o elenco infantil não enche o saco em suas cenas, mas o grande destaque é Anne Hathaway. Seu tempo de tela não é tanto, mas até o fim do filme, é a que mais impressiona e chama a atenção. Seja pela entrega e belíssima atuação ou pela linda voz que trás a mais bela e conhecida canção da montagem: "I Dreamed a Dream". Impecável!
Agora, falando no Oscar. Não, não merece como Melhor Filme. Apesar de estar ótimo como Jean, o Lincoln do Day-Lewis ainda está imbatível. Talvez mereça Melhor Figurino e Design de Produção... Veremos. Mas a que mais merece é a Anne... Eu daria o Oscar pra ela se ela SÓ aparecesse pra cantar "I Dreamed a Dream" e nem aparecesse mais. Rs
Pode não ser um filme perfeito, mas sem dúvida, "Argo" cumpre o que promete e mostra o amadurecimento de Ben Affleck como diretor. O filme desenvolve sua história de forma simples e sem qualquer enrolação, deixando a tensão invadir a tela a cada minuto. Há momentos cômicos e de emoção,
Apesar de não tão bem trabalhado, os momentos emotivos entre Tony e seu filho cumprem seu papel e é impossível não abrir um sorriso de felicidade ao final!
mas no momento seguinte já nos é lembrado da história principal e quão impressionante ela é. Ver todo o desenrolar do "melhor plano ruim" é muito interessante e ao mesmo tempo desacreditador. Eu não conhecia o caso "Argo" e não sabia de sua resolução (apesar de já imaginar), e toda a tensão criada nos 40 minutos finais é de arrepiar a espinha. Créditos á direção de fotografia e atuações dos atores principais. Ben Affleck pode não ser o melhor ator do mundo, mas está rodeado de ótimas espécies em "Argo"! Destaque também para a direção de arte e seus "props" e ao figurino que trazem a década de 70 para as telas.
Agora falando no Oscar, gostaria de ter visto o Ben indicado a Melhor Direção, mas a Academia ainda não acredita tanto nele. Se ganhar melhor Filme, ficarei extremamente feliz e Melhor Roteiro também. Mas, apesar do Alan Arkin estar muito em no papel, ainda prefiro o Tommy Lee Jones por "Lincoln".
Durante as 2:30h de filme, pensei seriamente em conseguir uma cópia da constituição Americana para assistir e pesquisar ao mesmo tempo. Com uma verdadeira aula de história, "Lincoln" mostra uma cena importantíssima na história dos Estados Unidos, mas que exagera nos clichês e maneirismos de Hollywood.
Filme patriótico + Nomes de peso = Sucesso em Hollywood. Spielberg não apresenta muita novidade do seu habitual estilo de direção, não saindo de sua zona de conforto, evidenciando mais a sua produção de arte do que a própria história. (Calcando indicações e possíveis Oscar's técnicos, que possivelmente conseguirá). O roteiro peca em apresentar uma história calcada exageradamente nos desdobramentos históricos, sem qualquer grande aproximação do público perante o próprio A. Lincoln. Algumas pessoas podem se emocionar com o desgaste emocional de Molly, a rebeldia sem causa de Robert, e os momentos pai e filho de Lincoln e Tad, mas a importância familiar mostrada em tela torna-se ínfima perante o peso histórico jogado a todo momento. Tendo em vista que a finalidade emocional de Mr. Stevens torna-se muita mais satisfatória e surpreendente ao ser resolvida, do que qualquer problema familiar enfrentado por Lincoln. Mas é de se parabenizar o conteúdo histórico do filme (pode ser um pouco maçante para o público não americano, mas não deixa de ser interessante), que conta com muitos detalhes todo o desenrolar da 13ª emenda.
Todo o elenco está muito bem em seus determinados papéis. Sally Field pode ter sido mal conduzida em certos momentos, por Spielberg, demostrando emoções exageradas e nem um pouco confortáveis, mas (como sempre) Day-Lewis se entrega de corpo e alma ao seu Lincoln. Não, não é seu papel definitivo (Daniel Plaiview manda lembranças), mas é impossível terminar o filme sem acreditar naquele presidente e suas decisões desacreditadas. Todos os seus monólogos (as infindáveis histórias) são incríveis de se ver e prendem a atenção pelo conteúdo e por seu interlocutor. Um absurdo de tão bom! Mas o grande destaque do filme é o Tommy Lee Jones. O filme passa a imagem de Lincoln como um mediador. Alguém que está ali, com poder acima dos outros (afinal, ele é o presidente!) e que sabe, realmente, o que está fazendo. Mas essa mesma imagem em certos momentos, dá ao personagem, um distanciamento do público, trazendo a tona o Mr. Stevens e sua muleta. Um personagens com suas motivações, mas que precisa se adaptar as leis criadas por aqueles que nem ele mesmo confia. Considero ele o melhor e mais bem trabalhado personagem do filme, sendo muito merecido um Oscar de Ator Coadjuvante.
No resumo, Lincoln é um filme histórico muito do satisfatório, mas que peca em uma direção redonda demais e roteiro patriótico demais e pouco emocional. Com certeza sairá com algumas estatuetas da premiação do Oscar, e talvez até ganhe o prêmio principal, Melhor Ator e Roteiro... Não acho que leve Melhor Direção e Atriz Coadjuvante, mas espero mesmo que receba o de Melhor Ator Coadjuvante.
Uma história (relativamente) simples, mas que gera tantas reflexões. Sendo o filme quase inteiro rodado em um apartamento com dois atores (estupendos) e com toneladas de diálogo, situações "mornas" e nenhuma trilha sonora ao fundo, era de se esperar um bom cochilo durante as 2 horas de duração, mas cada momento abordado é digno de atenção, emoções a flor da pele e tantas vezes, de surpresa.
A direção do Haneke, somado ao incrível trabalho de fotografia trazem uma estética única e unilateral à algumas cenas. Planos fechados, que evocam muito mais a emoção e entrega dos personagens do que o que está ocorrendo no momento.
A cena inicial no concerto, o momento em que Anne fica paralisada e a cena final mostrando o vazio da casa e a filha do casal são lindíssimas e perfeitamente filmadas.
Falar da atuação dos protagonistas é redundância da pura entrega e perfeição em cena.
Com 5 indicações nas categorias principais do Oscar, é bem provável que "Amour" leve o de Filme Estrangeiro e Melhor Atriz e (espero) de Melhor Direção. Mas se ganhar melhor Filme e Melhor Roteiro, eu não ficaria triste de forma alguma!
Um dos piores filmes do Tim Burton, sem dúvida. História nem um pouco atrativa, que não diz a que veio em momento algum. Péssimo desenvolvimento de personagens e situações... Enfim, salva-se apenas o trabalho da produção de design com os cenários e a caracterização do próprio Barnabas e toda a atmosfera 70's abrangendo os hippies, o colorido e as roupas bregas e chamativas.
Único, perfeito, infinito e principalmente... Verdadeiro! The Perks of Being a Wallflower é o filme do ano e um filme que vai marcar minha vida para sempre...
Apesar de ser fã da Trilogia Senhor dos Anéis e de já ter lido "O Hobbit" e ter gostado muito, eu não estava com grandes expectativas para o filme. Não sei, parece que eu já sabia que ia ser um filme bárbaro e lindo... E realmente é!
Primeiramente, preciso falar que, apesar de ser do mesmo diretor e se passar no mesmo mundo fantasioso, O Hobbit é diferente da trilogia SdA... É um clima diferente, mais suave e aventuresco, sem toda a complexidade épica dos anteriores. É isso, por si só, já é um grande mérito. Desde o início, percebe-se que não haverá restrições somente à história do filme. Jackson resgatou apêndices e mais apêndices para explorar e aumentar a história, que é totalmente interligada com a trama principal. No decorrer da metragem, revisitamos o Condado e suas particularidades, assim como outros lugares e momentos iguais ao do livro (com pequenas modificações, claro). O roteiro segue a cartilha de mesclar drama, comédia e aventura, que é de dar inveja. Com diálogos idênticos ao livro e situações de tirar o fôlego, nada é mostrado sem algum propósito. São 169 minutos de uma história coesa, redonda, em que cada minuto precisa ser visto com atenção.
Bilbo, Gandalf e a trupe dos anões são um caso a parte. Cada anão, com suas particularidades e fanfarrice, tem um certo destaque. Thorin Escudo de Carvalho torna-se um personagem mais central (as vezes, mais do que Bilbo!) e tem sua história contada por completo, um belo exemplo da extensão da história além livro. Martin Freeman está absurdamente confortável com seu Bilbo e transborda simpatia. Impossível não torcer e se emocionar com o pequeno Hobbit. E Gandalf... é Gandalf! Ian McKellen continua incrível como o mago! Isso sem contar os personagens secundários (Cate Blanchett como Galadriel, linda) que compõe a história e a engrandecem ainda mais.
Tecnicamente o filme é impecável, com efeitos especiais absurdos e uma direção firme do Peter Jackson. Destaque para o trabalho com edição de som, direção e arte e figurinos... Todos muito bem detalhados e bonitos.
Pra quem não leu o livro, pode ficar uma certa sensação de frustração ao final, exatamente por não finalizar a história por completo, mas ainda temos dois filmes pela frente e muita história a ser contada. Para os fãs, é um verdadeiro deleite. Peter Jackson conseguiu trazer a Terra-Média para nosso mundo, de novo, e não poderia ter feito de forma melhor!
Talvez esteja sendo um pouco supervalorizado... A história em si não tem lá muita novidade, é apenas bonitinha e cativante, com personagens de personalidade expressiva e acontecimentos surreais e imaginativos. O grande trunfo do filme, para mim, é a direção do Wes Anderson somado a brilhante fotografia (que é muito bem trabalhada e executada). Cada detalhe, como o uso das paletas de cores e a escolha dos ângulos e perspectivas trazem um tom único e fantasioso ao filme. Artisticamente é um filme belíssimo, mas em um todo, não me surpreendeu muito não.
PS: Morri de rir todas as vezes que a Tilda Swinton aparecia como a Social Services!
O sempre impecável visual da Pixar é elevado a um novo patamar em "Valente". As belíssimas imagens e contornos gráficos enchem os olhos (ainda mais vistos em HD!) e são os grandes atrativos do filme. Apesar disso, problemas no roteiro e uma protagonista que não alcança a total simpatia do público diminuem o que poderia ser um filme perfeito.
Com um roteiro preguiçoso, é impossível não lembrar de Irmão Urso, Procurando Nemo, Rei Leão e vários outros filmes Disney/Pixar que são galgados na mesma história. Não que, somente este fato, seja ruim, afinal de contas, de influências o cinema está cheio. Mas a falta de sensibilidade e emoção (que só é, realmente, aprofundada no final) enfraquecem a metragem. Alguns momentos também não são muito bem aproveitados e outros previsíveis:
No momento em que Merida e sua mãe são guiadas pela luz e passam pelo portal com o símbolo mostrado pela bruxa, eu já imaginei que o urso do início fosse o guerreiro do reino transformado pela mesma.
, continua um pouco egoísta e querendo mostrar a mãe que ela estava errada sobre como ser uma princesa.
Vale um super destaque para o impecável estudo da cultura céltica feito pelo estúdio, acentuando sotaques (vejam legendado!), vestimenta e toda a barbárie dos clãs, e para a trilha sonora que tem músicas lindas e deliciosas de se ouvir.
A Pixar acostumou mal o seu público, trazendo ano após anos produções excelentes e de qualidade invejável, e é impossível entrar no cinema para assistir a um filme do estúdio sem esperar algo menor do que isso. A estranheza que tive com UP e o sono que tive com Carros 2, faz parecer que a Pixar está ficando um pouco preguiçosa e sem inspiração, mas espero que em "Monsters University" o selo Perfeição de qualidade, volte para o (ainda) melhor estúdio de animação atualmente... Antes que a Dreamworks tome esse posto...
Depois de quatro filmes, o que esperar do "tão aguardado" final da Saga Crepúsculo? Pois é, nada... e é exatamente isso que o filme revela ao público.
Partirei da questão de que foi extremamente desnecessária a divisão em dois filmes. São 120 minutos contando uma única história que poderia ser feita em 30 ou 40! Toda a história é voltada para a criança e o possível embate contra os Volturi. Não há qualquer outro plot paralelo ou desenvolvimento algum de personagens. Tudo muito vago e quase sem sentido. Bella, talvez, seja a única personagem que se transforma (literalmente!). De menina boba e chata, passa a ser uma mulher mais firme e decidida, mas SEMPRE fiel e dependente do Edward. A fissura da autora em mostrar o amor perfeito e sem falhas do casal.
O roteiro traz situações e diálogos desprezíveis, principalmente as cenas desnecessárias que só são realizadas para mostrar a (esquisita) trilha sonora do filme, e as falas proferidas por Edward que piegas e bregas ao extremo. Além de "esquecer" motivações dos filmes anteriores (Edward nunca quis transformar Bella em vampira, e quando o mesmo acontece, ele se mostra super feliz e a vontade com a situação) e criar a história de amor de mais mal gosto da história: Jacob e a menina do nome esquisito. Como já citei, o roteiro carrega uma única história que se arrasta durante toda a metragem. Vai desde a percepção do que a menina é realmente, passando pelo recrutamento dos vampiros, chegando ao clímax mais furado da história! Mas vamos por partes...
Não entendi muito bem qual era a da menina do nome bizarro. Hora ela falava, hora ela só se comunicava através do seu "dom". Foram pouquíssimos os momentos de interação familiar com os pais (no início do filme, Edward prefere que Bella vá caçar primeiro ao invés de ver a filha), além de ser um dos PIORES trabalhos com efeitos especiais já feitos na história do cinema. Mal feito, artificial e absurdamente estranho! Chega a dar nervoso... Já as cenas de recrutamento, que poderiam ser mostradas em flash's (evidenciando o enche linguiça do roteiro, apenas para ser divido em dois) são ruins em todos os quesitos. Já não bastasse criar vampiros "vegetarianos" e brilhosos, a autora da saga precisava dar poderes dignos de X-men para eles. É tudo muito esquisito e ao mesmo tempo hilário, principalmente o menino que libera uma névoa negra! Parabéns pela criatividade (ou falta de...) E eis que surge o clímax... Sei que muito gente ficou chocado em impressionado com a reviravolta (inclusive eu)
(as cenas da batalha são bem dirigidas e coreografadas. E eu realmente achei que fosse tudo verdade e fiquei impressionado com a quantidade de mortes e cabeças arrancadas sem uma gota sequer de sangue no chão de NEVE)
mas torna-se algo tão frustrante que eu queria que aqueles últimos minutos voltassem! Não sei se toda essa situação existe no livro, se sim, só mostra a falta de coragem da autora!
Apesar de ter um final mequetrefe com uma montagem enunciando uma fusão "livro/filme", Amanhecer - Parte dois não é o pior filme da saga (Crepúsculo manda lembrança), mas também não é o melhor (título de Eclipse). Finaliza uma das piores sagas cinematográficas da história, que conquistou milhões de meninas que, assim como a Bella, acreditam que nasceram para viver um amor perfeito, sem manchas, que supera qualquer coisa e que as torna totalmente submissas e as invalidam completamente. A autora dessa saga conseguiu fazer essas meninas acreditarem e confiarem na repressão feminina e em uma visão utópica de príncipes encantados montados em cavalo branco. E é uma pena que elas tenham acreditado nisso tudo...
Pelo menos a autora e todos os realizadores dos filmes nos deram um parâmetro... de como NUNCA escrever uma história ou realizar um filme! Obrigado! =D
A Filha do Meu Melhor Amigo
2.8 362 Assista AgoraQue PORCARIA de título em Português é esse? HAHA' Meu Deus!
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraNão vou me estender em alguma crítica... Mas o filme tem sérios furos no roteiro, personagens desnecessários, situações muito exageradas (mesmo pro padrão tecnológico do filme, se é que me entendem) e principalmente:
Eu, como fã de quadrinhos, achei uma afronta o que fizeram com o Mandarim. Ben Kingsley está ótimo no papel, mas desfiguraram e transformaram um dos melhores vilões em uma piada de mal gosto! - Além de, apesar de ser um bom vilão, o Aldrich Killian apenas repete a fórmula da "vingança", sendo que ela não tem motivação alguma!
A Morte do Demônio
3.2 3,9K Assista AgoraUm filme que, simplesmente, não gera sentimento algum. Nem de medo, terror, emoção (sim, o filme TENTA emocionar)... Não digo que esperava ver um roteiro Woody Allenano, ou uma direção Kubrick Style, mas bons filmes de gênero existem aos montes! E esse não é um deles. Já esqueci mais da metade das cenas, mas pelo menos dei algumas risadas...
A Filha do Meu Melhor Amigo
2.8 362 Assista AgoraÉ inevitável a comparação com alguns filmes e séries que já abordaram o mesmo tema (Beleza Americana e a série Desperate Housewives, por exemplo), mas, ao contrário das mesmas, "The Oranges" não trás muita novidade e acaba caindo em clichês, como um dominó!
O elenco até tem o seu carisma. Nomes de peso como Laurie e Janney sempre são bem-vindos e fazem o suficiente para levar o filme nas costas.
Fora isso, o roteiro segue o mesmo bê-á-bá de tantos outros filmes sobre "Problemas de Famílias" e até a trilha sonora lembra "outros carnavais".
Vale a pena conferir, mas não é de se esperar grandes coisas...
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraUm grande filme de ação, mas que transparece algo maior do que realmente é. Com uma história simples e de fácil entendimento, "Skyfall" prende o público com cenas de ação bem filmadas e executadas (a cena do trem salta os ouvidos com a absurda qualidade sonora) e novos personagens cativantes.
Mas o roteiro esbarra em criar um vilão "cativante" ao público mas, ao mesmo tempo, sem profundidade. Bond, tem seu passado superficialmente revisitado e, desta forma, está ótimo, pois o personagem não necessita de qualquer sentimentalismo patriarcal. Já o passado de Silva (que gera suas motivações de vingança) é colocado de forma rasa que, se não fosse a belíssima atuação do Javier e de sua própria personalidade caricata, teria destruído o personagem.
A história em si não traz novidade e (como já disse) é apresentada de uma forma grandiosa e com tons épicos, sendo ela tão simples e modesta.
Alguns personagens ficam um pouco de escanteio ou caem em clichês perceptíveis no primeiro momento em tela (a agente amiga de Bond, de sobrenome engraçado e o personagem do Ralph Fiennes!) e, como já aconteceu em outros filmes, o próprio Bond é eclipsado no primeiro passo de Silva...
PS: Impossível não citar a música oscarizada da Adele. Lindíssima, "a cara" de filme 007 e com uma introdução muito bem realizada também... Oscar merecido!
Encantada
3.4 1,2K Assista AgoraApesar de ter uma ideia no mínimo interessante (mas que hoje em dia já torna-se batida), é tão, mas tão abarrotado de clichês mal utilizados que me dá vergonha. Salva-se apenas o carisma da Amy Adams e as músicas...
Let It Be
4.2 84 Assista AgoraUma estrela para as músicas e a própria banda e outra para o mini concerto no telhado. "Let it be" não é um filme propriamente dito, mas uma quase, gravação caseira de quatro amigos em crise tentando voltar ao que eram antes. É uma pena que o filme não mostre mais do dia-a-dia de gravação da banda e seus lampejos de brilhantismo e conflitos. Nem qualquer tipo de entrevista é feita ou declaração do Fab Four para as câmeras, deixando as músicas tomarem conta do tempo e da metragem. Não que isso seja ruim, claro!
Apesar de poucas, as interações dos integrantes chamam um pouco a atenção: A leve discussão de Paul com George, a conversa de John e Paul e o dueto ao piano de Ringo e Paul mostram a humanidade dos "deuses" Beatles e suas deficiências. Ver que, "Two of Us" poderia ter uma melodia mais acelerada (e outra tão brega), mas que no final se tornou uma obra-prima, e uma das minhas favoritas do grupo. "Octopus's Garden" foi outra que sofreu alterações com o tempo e perdeu uma estrofe inicial horrível, graças a Deus! "Let it Be" também mudou (um "sorrow" fez diferença") e ainda é uma das músicas mais belas da história. "Across the Universe" se chamava "Nothing is gonna change", mas desde já trazia seu mantra icônico. E "Maxwell's Silver Hammer" SEMPRE foi chatinha e boba... certas coisas nunca mudam!
O gran finale, com o mini concerto no terraço e o alvoroço criado nas ruas, tendo a polícia que intervir, é algo que só os Beatles poderiam fazer e fecha muito bem o filme. Um (quase) canto dos cisnes para a maior banda de todos os tempo. The End!
PS: Confesso que me dava nervoso ver a Yoko Ono ali, parecendo a Samara, correndo atrás do John feito um cachorrinho e com aquela cara fechada dela. Sendo ela ou não, a cerne da separação do grupo, deveria ser um saco ter aquela mulher ali o tempo todo olhando pra sua cara enquanto você tentava fazer música!
A Escolha Perfeita
3.8 1,6K Assista AgoraNão é lá um filme original ou que traga algum tipo de catarse ou coisa parecida. Mas até que cumpre o papel de ser uma comédia romântica (bastante) clichê com uma pitada pop e atual... Vale a pena assistir, mas não é de se esperar muita coisa!
O Mestre
3.7 1,0K Assista AgoraO filme é realmente incrível, apesar de ter uma montagem que não me agradou muito, mas no geral é uma verdadeira obra-prima, com roteiro, direção, fotografia, cenários, a lindíssima trilha sonora e as BRILHANTES atuações do trio principal que mereceram as indicações aos diversos prêmios e, adoradores de Day-Lewis que me desculpem, mas Joaquin Phoenix apresenta uma das melhores atuações da década e será uma pena vê-lo perdendo o Oscar. Paul Thomas Anderson continua afiado e apresentando ótimos e brilhantes filmes!
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista AgoraDurante todos os 127 minutos de duração de "Zero Dark Thirty" eu só pensava em como seria se o Michael Bay tivesse dirigido o mesmo.
A dobradinha Kathryn Bigelow e Mark Boal realiza mais uma vez um filme político militar que encanta a crítica. E é de se aplaudir a coragem de realizar uma produção que nas mãos "erradas" (por isso a citação ao "diretor" do início) seria uma verdadeira ode á bandeira americana. Osama Bin Laden não era só o terrorista mais procurado do mundo, mas o ser que havia destruído inúmeras famílias no maior ataque da história. Por mais lindo e envolvente que fosse, Bigelow e Boal não realizaram algo que honrasse a América ou que enobrecesse (mais uma vez) o exército americano e suas políticas. Eles realizaram um filme cru, limpo de qualquer emoção além das motivações de sua protagonista, Maya.
Toda e qualquer identificação do público perante a história devesse ao pré-conhecimento do fato e a toda a jornada travada pela personagem para conseguir impor respeito e dizer quer suas intuições e pesquisas estavam sim, corretas e não eram só meras especulações. Jessica Chastain realiza um ótimo trabalho e, mesmo não tendo apresentando uma história emocional (não há qualquer envolvimento dela com o caso, além de profissional) ou qualquer relance de seu dia-a-dia fora do trabalho, a personagem traz todo e qualquer motivo para acreditarmos nela.
Seus colegas de cena também estão muito bem nos seus papéis, destaque para Kyle Chandler e Jason Clarke.
O roteiro é bem delineado e escrito, mas perde um pouco de força devido a montagem realizada. Certas cenas desconexas não agregam em nada e, apenas fazem parte do minucioso trabalho da Bigelow em mostrar detalhes e mais detalhes, as vezes parecendo estar dirigindo um documentário. Mas, assim como mostrado em "The Hurt Locker", ela tem pulso firme na direção e me surpreendeu não ter levado uma indicação ao Oscar.
E já falando em Oscar, esse foi o último filme dos indicados que me restava. Curti todas as indicações principais a que foi indicado (até tiraria o Ang Lee e colocaria a Bigelow) e, se Argo não estivesse levando tudo, teria mais confiança que esse levaria "Melhor Filme", mesmo não achando tão justo assim.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KApesar de ter uma fotografia lindíssima e efeitos especiais milimetricamente bem feitos, "Life of Pi" não conseguiu me impressionar completamente. Tendo um roteiro rodeado de clichês e situações completamente pensadas para o 3-D (não que isso seja um absurdo, mas certos momentos são constrangedores), a saga do menino Pi torna-se chata e completamente desinteressante, tendo um protagonista sem carisma algum e com motivações bem contraditórias. O roteiro cria personagens que parecem ser importantes, mas que não acrescentam em nada e simplesmente somem sem problema algum (a "namorada" dele, por exemplo) Além de trazer um narrador (o próprio PI mais velho e por vezes o escritor) explicando e acentuando momentos que acabamos de ver e entender!
Em certo momento do filme, é dito a seguinte frase: "Simplesmente aconteceu, porque precisa significar alguma coisa?" - Pois é... "Life of Pi" não significou nada para mim!
Apesar de entender suas indicações aos prêmios principais do Oscar (a Academia adora um filme étnico com ares religiosos e histórias de superação), não concordo com nenhum deles, apenas com as indicações técnicas.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraMais um grande filme do Tarantino... Mais um filme divertidíssimo do Tarantino!
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraQue filme problemático!!!....... Mas no bom sentido, claro!
Depois de "The Fighter", David O. Russell cativa o público (e a Academia) com um filme, um pouco mais leve, mas que trata de assuntos tão complicados quanto o primeiro.
O roteiro, brilhantemente escrito, aborda a depressão e bipolaridade de uma forma simples e direta, sem nunca ser um filme sobre essas doenças, mas sim um filme sobre pessoas que as possuem!
Misturando romance e um pouco de "black humor", a história começa um pouco devagar, mas que engrena do meio para o final e termina de forma muito satisfatória.
Sim, todo mundo imaginava que eles terminariam juntos, mas é impossível não abrir um sorriso com a carta de Pat, e ao mesmo tempo se emocionar com o olhar maravilhado da mãe de Pat durante a dança e o breve discurso pai-filho!
A direção do O. Russel é firme e fabulosa como de costume e a fotografia também merece destaque com planos claustrofóbicos e closes diversos.
Mas o grande ás na manga do filme, são as atuações. TODOS os atores estão incríveis em seus papéis e só merecem elogios. Apesar do Bradley ter mais tempo de tela, Jennifer é um verdadeiro furacão em todos os momentos e toma para si o filme, com a personagem mais carismática, sendo (como sempre) absurdamente linda!
Enfim, um longa que é um verdadeiro antro de personalidades problemáticas, doentes e quase esquizofrênicas, mas que cativam o público a cada minuto. Personagens adoráveis para um filme adorável!
Agora, about Oscar... Mereceu todas as indicações, mas não merce levar todos os prêmios. Não acharia ruim se ganhasse Direção, Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante (não são meus favoritos, mas se ganharem, OK!), mas a Jennifer MERECE ganhar esse Oscar. Ela é uma das melhores atrizes dessa nova safra e ela comanda o filme em suas aparições... Merece muito!
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraEu gosto muito de musicais. Podem dizer que são bregas, sem graça, ou usar o famoso argumento: "Ninguém começa a cantar do nada! Isso é idiotice"... Enfim, eu nunca liguei e continuo assistindo musicais e curtindo suas músicas. "Les Misérables" é um verdadeiro musical! Isso sem dúvida. São canções e "diálogos cantados" durante todo o filme. Decisão corajosa de Tom Hooper, que compõe a trama com as músicas já clássicas e a reinvenção das mesmas, com letras diferentes (focando nos diálogos). Mas a coragem do mesmo, torna-se maçante com as 2:30 Hrs de projeção.
Era um alívio quando algum personagem simplesmente... Falava! e não precisa cantar para expressar seus sentimentos e agruras (que são muitas!). Claro que uma coisa influencia a outra, afinal, se não houvessem "diálogos cantados" a duração do filme seria menor (momentos que poderiam ser resolvidos com 2 linhas de diálogo ou até mesmo sem nenhum, ganham bastante tempo com a música), mas ao mesmo tempo, o roteiro é extensivo ao contar a triste história de Jean Valjean. Não haveria escapatória!
O filme também peca um pouco no desenvolvimento da história ~cantada~ contada e sua resoluções
(A personagem Éponine, por exemplo, nunca fica bem delineada, alternando decisões e tendo um final que não me agradou muito.)
Tecnicamente é um filme impecável. Tom Hooper ganhou espaço e dinheiro para fazer uma belíssima produção e ter consigo, ótimos artistas de figurino e cenografia, além de utilizar uma fotografia similar ao de "O Discurso do Rei", mas com um toque clássico de musicais. Tudo para realizar um épico que, conseguiu, angariar indicações ao Oscar.
Os atores e atrizes estão um espetáculo a parte. TODOS estão bem confortáveis em seus papéis e suas cantorias. O que menos se destaca é o Russell Crowe que realiza um Javert tão apático e sem graça que não me convenceu, além de suas canções serem chatíssimas! Hugh Jackman mostrou que não é só Wolverine e o atores que compõe o casal principal (Marcius e Cosette) transbordam simpatia (apesar dos agudos desnecessários da Amanda Seyfried). Samantha Barks (Éponine) é a melhor cantora do longa, além de ser belíssima. Sacha e Helena estão divertidíssimos e o elenco infantil não enche o saco em suas cenas, mas o grande destaque é Anne Hathaway.
Seu tempo de tela não é tanto, mas até o fim do filme, é a que mais impressiona e chama a atenção. Seja pela entrega e belíssima atuação ou pela linda voz que trás a mais bela e conhecida canção da montagem: "I Dreamed a Dream". Impecável!
Agora, falando no Oscar. Não, não merece como Melhor Filme. Apesar de estar ótimo como Jean, o Lincoln do Day-Lewis ainda está imbatível. Talvez mereça Melhor Figurino e Design de Produção... Veremos. Mas a que mais merece é a Anne... Eu daria o Oscar pra ela se ela SÓ aparecesse pra cantar "I Dreamed a Dream" e nem aparecesse mais. Rs
Argo
3.9 2,5KPode não ser um filme perfeito, mas sem dúvida, "Argo" cumpre o que promete e mostra o amadurecimento de Ben Affleck como diretor.
O filme desenvolve sua história de forma simples e sem qualquer enrolação, deixando a tensão invadir a tela a cada minuto. Há momentos cômicos e de emoção,
Apesar de não tão bem trabalhado, os momentos emotivos entre Tony e seu filho cumprem seu papel e é impossível não abrir um sorriso de felicidade ao final!
Ver todo o desenrolar do "melhor plano ruim" é muito interessante e ao mesmo tempo desacreditador. Eu não conhecia o caso "Argo" e não sabia de sua resolução (apesar de já imaginar), e toda a tensão criada nos 40 minutos finais é de arrepiar a espinha. Créditos á direção de fotografia e atuações dos atores principais. Ben Affleck pode não ser o melhor ator do mundo, mas está rodeado de ótimas espécies em "Argo"!
Destaque também para a direção de arte e seus "props" e ao figurino que trazem a década de 70 para as telas.
Agora falando no Oscar, gostaria de ter visto o Ben indicado a Melhor Direção, mas a Academia ainda não acredita tanto nele. Se ganhar melhor Filme, ficarei extremamente feliz e Melhor Roteiro também. Mas, apesar do Alan Arkin estar muito em no papel, ainda prefiro o Tommy Lee Jones por "Lincoln".
Lincoln
3.5 1,5KDurante as 2:30h de filme, pensei seriamente em conseguir uma cópia da constituição Americana para assistir e pesquisar ao mesmo tempo. Com uma verdadeira aula de história, "Lincoln" mostra uma cena importantíssima na história dos Estados Unidos, mas que exagera nos clichês e maneirismos de Hollywood.
Filme patriótico + Nomes de peso = Sucesso em Hollywood. Spielberg não apresenta muita novidade do seu habitual estilo de direção, não saindo de sua zona de conforto, evidenciando mais a sua produção de arte do que a própria história. (Calcando indicações e possíveis Oscar's técnicos, que possivelmente conseguirá).
O roteiro peca em apresentar uma história calcada exageradamente nos desdobramentos históricos, sem qualquer grande aproximação do público perante o próprio A. Lincoln. Algumas pessoas podem se emocionar com o desgaste emocional de Molly, a rebeldia sem causa de Robert, e os momentos pai e filho de Lincoln e Tad, mas a importância familiar mostrada em tela torna-se ínfima perante o peso histórico jogado a todo momento. Tendo em vista que a finalidade emocional de Mr. Stevens torna-se muita mais satisfatória e surpreendente ao ser resolvida, do que qualquer problema familiar enfrentado por Lincoln.
Mas é de se parabenizar o conteúdo histórico do filme (pode ser um pouco maçante para o público não americano, mas não deixa de ser interessante), que conta com muitos detalhes todo o desenrolar da 13ª emenda.
Todo o elenco está muito bem em seus determinados papéis. Sally Field pode ter sido mal conduzida em certos momentos, por Spielberg, demostrando emoções exageradas e nem um pouco confortáveis, mas (como sempre) Day-Lewis se entrega de corpo e alma ao seu Lincoln. Não, não é seu papel definitivo (Daniel Plaiview manda lembranças), mas é impossível terminar o filme sem acreditar naquele presidente e suas decisões desacreditadas. Todos os seus monólogos (as infindáveis histórias) são incríveis de se ver e prendem a atenção pelo conteúdo e por seu interlocutor. Um absurdo de tão bom!
Mas o grande destaque do filme é o Tommy Lee Jones. O filme passa a imagem de Lincoln como um mediador. Alguém que está ali, com poder acima dos outros (afinal, ele é o presidente!) e que sabe, realmente, o que está fazendo. Mas essa mesma imagem em certos momentos, dá ao personagem, um distanciamento do público, trazendo a tona o Mr. Stevens e sua muleta. Um personagens com suas motivações, mas que precisa se adaptar as leis criadas por aqueles que nem ele mesmo confia. Considero ele o melhor e mais bem trabalhado personagem do filme, sendo muito merecido um Oscar de Ator Coadjuvante.
No resumo, Lincoln é um filme histórico muito do satisfatório, mas que peca em uma direção redonda demais e roteiro patriótico demais e pouco emocional. Com certeza sairá com algumas estatuetas da premiação do Oscar, e talvez até ganhe o prêmio principal, Melhor Ator e Roteiro... Não acho que leve Melhor Direção e Atriz Coadjuvante, mas espero mesmo que receba o de Melhor Ator Coadjuvante.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraUma história (relativamente) simples, mas que gera tantas reflexões.
Sendo o filme quase inteiro rodado em um apartamento com dois atores (estupendos) e com toneladas de diálogo, situações "mornas" e nenhuma trilha sonora ao fundo, era de se esperar um bom cochilo durante as 2 horas de duração, mas cada momento abordado é digno de atenção, emoções a flor da pele e tantas vezes, de surpresa.
Não, eu não esperava que ele matasse a mulher!
A direção do Haneke, somado ao incrível trabalho de fotografia trazem uma estética única e unilateral à algumas cenas. Planos fechados, que evocam muito mais a emoção e entrega dos personagens do que o que está ocorrendo no momento.
A cena inicial no concerto, o momento em que Anne fica paralisada e a cena final mostrando o vazio da casa e a filha do casal são lindíssimas e perfeitamente filmadas.
Falar da atuação dos protagonistas é redundância da pura entrega e perfeição em cena.
Com 5 indicações nas categorias principais do Oscar, é bem provável que "Amour" leve o de Filme Estrangeiro e Melhor Atriz e (espero) de Melhor Direção. Mas se ganhar melhor Filme e Melhor Roteiro, eu não ficaria triste de forma alguma!
O Garoto de Liverpool
3.8 1,0K Assista grátisPor mais irônico que seja, o filme só engrena quando o Paul aparece... rs
Sombras da Noite
3.1 4,0K Assista AgoraUm dos piores filmes do Tim Burton, sem dúvida. História nem um pouco atrativa, que não diz a que veio em momento algum. Péssimo desenvolvimento de personagens e situações... Enfim, salva-se apenas o trabalho da produção de design com os cenários e a caracterização do próprio Barnabas e toda a atmosfera 70's abrangendo os hippies, o colorido e as roupas bregas e chamativas.
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraÚnico, perfeito, infinito e principalmente... Verdadeiro!
The Perks of Being a Wallflower é o filme do ano e um filme que vai marcar minha vida para sempre...
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
4.1 4,7K Assista AgoraApesar de ser fã da Trilogia Senhor dos Anéis e de já ter lido "O Hobbit" e ter gostado muito, eu não estava com grandes expectativas para o filme. Não sei, parece que eu já sabia que ia ser um filme bárbaro e lindo... E realmente é!
Primeiramente, preciso falar que, apesar de ser do mesmo diretor e se passar no mesmo mundo fantasioso, O Hobbit é diferente da trilogia SdA... É um clima diferente, mais suave e aventuresco, sem toda a complexidade épica dos anteriores. É isso, por si só, já é um grande mérito.
Desde o início, percebe-se que não haverá restrições somente à história do filme. Jackson resgatou apêndices e mais apêndices para explorar e aumentar a história, que é totalmente interligada com a trama principal. No decorrer da metragem, revisitamos o Condado e suas particularidades, assim como outros lugares e momentos iguais ao do livro (com pequenas modificações, claro).
O roteiro segue a cartilha de mesclar drama, comédia e aventura, que é de dar inveja. Com diálogos idênticos ao livro e situações de tirar o fôlego, nada é mostrado sem algum propósito. São 169 minutos de uma história coesa, redonda, em que cada minuto precisa ser visto com atenção.
Bilbo, Gandalf e a trupe dos anões são um caso a parte. Cada anão, com suas particularidades e fanfarrice, tem um certo destaque. Thorin Escudo de Carvalho torna-se um personagem mais central (as vezes, mais do que Bilbo!) e tem sua história contada por completo, um belo exemplo da extensão da história além livro. Martin Freeman está absurdamente confortável com seu Bilbo e transborda simpatia. Impossível não torcer e se emocionar com o pequeno Hobbit. E Gandalf... é Gandalf! Ian McKellen continua incrível como o mago!
Isso sem contar os personagens secundários (Cate Blanchett como Galadriel, linda) que compõe a história e a engrandecem ainda mais.
Tecnicamente o filme é impecável, com efeitos especiais absurdos e uma direção firme do Peter Jackson. Destaque para o trabalho com edição de som, direção e arte e figurinos... Todos muito bem detalhados e bonitos.
Pra quem não leu o livro, pode ficar uma certa sensação de frustração ao final, exatamente por não finalizar a história por completo, mas ainda temos dois filmes pela frente e muita história a ser contada.
Para os fãs, é um verdadeiro deleite. Peter Jackson conseguiu trazer a Terra-Média para nosso mundo, de novo, e não poderia ter feito de forma melhor!
PS: É ótimo ver Saruman questionando Gandalf sobre o retorno de Sauron... HAHA'
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraTalvez esteja sendo um pouco supervalorizado... A história em si não tem lá muita novidade, é apenas bonitinha e cativante, com personagens de personalidade expressiva e acontecimentos surreais e imaginativos. O grande trunfo do filme, para mim, é a direção do Wes Anderson somado a brilhante fotografia (que é muito bem trabalhada e executada). Cada detalhe, como o uso das paletas de cores e a escolha dos ângulos e perspectivas trazem um tom único e fantasioso ao filme.
Artisticamente é um filme belíssimo, mas em um todo, não me surpreendeu muito não.
PS: Morri de rir todas as vezes que a Tilda Swinton aparecia como a Social Services!
Valente
3.8 2,8K Assista AgoraO sempre impecável visual da Pixar é elevado a um novo patamar em "Valente". As belíssimas imagens e contornos gráficos enchem os olhos (ainda mais vistos em HD!) e são os grandes atrativos do filme.
Apesar disso, problemas no roteiro e uma protagonista que não alcança a total simpatia do público diminuem o que poderia ser um filme perfeito.
Com um roteiro preguiçoso, é impossível não lembrar de Irmão Urso, Procurando Nemo, Rei Leão e vários outros filmes Disney/Pixar que são galgados na mesma história. Não que, somente este fato, seja ruim, afinal de contas, de influências o cinema está cheio. Mas a falta de sensibilidade e emoção (que só é, realmente, aprofundada no final) enfraquecem a metragem. Alguns momentos também não são muito bem aproveitados e outros previsíveis:
No momento em que Merida e sua mãe são guiadas pela luz e passam pelo portal com o símbolo mostrado pela bruxa, eu já imaginei que o urso do início fosse o guerreiro do reino transformado pela mesma.
E a própria Merida,
mesmo depois de ter transformado a mãe
Vale um super destaque para o impecável estudo da cultura céltica feito pelo estúdio, acentuando sotaques (vejam legendado!), vestimenta e toda a barbárie dos clãs, e para a trilha sonora que tem músicas lindas e deliciosas de se ouvir.
A Pixar acostumou mal o seu público, trazendo ano após anos produções excelentes e de qualidade invejável, e é impossível entrar no cinema para assistir a um filme do estúdio sem esperar algo menor do que isso. A estranheza que tive com UP e o sono que tive com Carros 2, faz parecer que a Pixar está ficando um pouco preguiçosa e sem inspiração, mas espero que em "Monsters University" o selo Perfeição de qualidade, volte para o (ainda) melhor estúdio de animação atualmente...
Antes que a Dreamworks tome esse posto...
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
3.0 4,0K Assista AgoraDepois de quatro filmes, o que esperar do "tão aguardado" final da Saga Crepúsculo? Pois é, nada... e é exatamente isso que o filme revela ao público.
Partirei da questão de que foi extremamente desnecessária a divisão em dois filmes. São 120 minutos contando uma única história que poderia ser feita em 30 ou 40! Toda a história é voltada para a criança e o possível embate contra os Volturi. Não há qualquer outro plot paralelo ou desenvolvimento algum de personagens. Tudo muito vago e quase sem sentido.
Bella, talvez, seja a única personagem que se transforma (literalmente!). De menina boba e chata, passa a ser uma mulher mais firme e decidida, mas SEMPRE fiel e dependente do Edward. A fissura da autora em mostrar o amor perfeito e sem falhas do casal.
O roteiro traz situações e diálogos desprezíveis, principalmente as cenas desnecessárias que só são realizadas para mostrar a (esquisita) trilha sonora do filme, e as falas proferidas por Edward que piegas e bregas ao extremo. Além de "esquecer" motivações dos filmes anteriores (Edward nunca quis transformar Bella em vampira, e quando o mesmo acontece, ele se mostra super feliz e a vontade com a situação) e criar a história de amor de mais mal gosto da história: Jacob e a menina do nome esquisito. Como já citei, o roteiro carrega uma única história que se arrasta durante toda a metragem. Vai desde a percepção do que a menina é realmente, passando pelo recrutamento dos vampiros, chegando ao clímax mais furado da história! Mas vamos por partes...
Não entendi muito bem qual era a da menina do nome bizarro. Hora ela falava, hora ela só se comunicava através do seu "dom". Foram pouquíssimos os momentos de interação familiar com os pais (no início do filme, Edward prefere que Bella vá caçar primeiro ao invés de ver a filha), além de ser um dos PIORES trabalhos com efeitos especiais já feitos na história do cinema. Mal feito, artificial e absurdamente estranho! Chega a dar nervoso...
Já as cenas de recrutamento, que poderiam ser mostradas em flash's (evidenciando o enche linguiça do roteiro, apenas para ser divido em dois) são ruins em todos os quesitos. Já não bastasse criar vampiros "vegetarianos" e brilhosos, a autora da saga precisava dar poderes dignos de X-men para eles. É tudo muito esquisito e ao mesmo tempo hilário, principalmente o menino que libera uma névoa negra! Parabéns pela criatividade (ou falta de...)
E eis que surge o clímax... Sei que muito gente ficou chocado em impressionado com a reviravolta (inclusive eu)
(as cenas da batalha são bem dirigidas e coreografadas. E eu realmente achei que fosse tudo verdade e fiquei impressionado com a quantidade de mortes e cabeças arrancadas sem uma gota sequer de sangue no chão de NEVE)
Apesar de ter um final mequetrefe com uma montagem enunciando uma fusão "livro/filme", Amanhecer - Parte dois não é o pior filme da saga (Crepúsculo manda lembrança), mas também não é o melhor (título de Eclipse).
Finaliza uma das piores sagas cinematográficas da história, que conquistou milhões de meninas que, assim como a Bella, acreditam que nasceram para viver um amor perfeito, sem manchas, que supera qualquer coisa e que as torna totalmente submissas e as invalidam completamente. A autora dessa saga conseguiu fazer essas meninas acreditarem e confiarem na repressão feminina e em uma visão utópica de príncipes encantados montados em cavalo branco.
E é uma pena que elas tenham acreditado nisso tudo...
Pelo menos a autora e todos os realizadores dos filmes nos deram um parâmetro... de como NUNCA escrever uma história ou realizar um filme! Obrigado! =D