Alguém poderia fazer uma dissertação de mestrado sobre os comentários do Filmow, traçando os perfis psicológicos dos diferentes públicos. Acho que o público de filme nacional dramático seria um dos mais mal humorados. Parece que tem uma necessidade de falar mal com prazer e com um ar blasé. Sempre termina com aquela coisa de "quase que o cinema nacional acertou, mas não foi dessa vez". Depois discorrem sobre supostos defeitos técnicos para terminarem com alguma concessão do tipo: "até que a fotografia é boa". Não me levem a mal, o filme pode merecer críticas, mas a forma como é feita, sei lá. Acho meio pedante. E não vou me isentar, talvez eu mesmo faça isso.
Que delícia de filme! Personagens mega carismáticos, principalmente o Baby! Trilha sonora contagiante! Ótimas cenas de ação! Ensel crescendo como ator!
O filme é bom? Sim! A tensão é bem construída e a trilha sonora ajuda muito. No quesito imersão, o filme é nota 10! Mas faltou um aprofundamento nos personagens. Não senti empatia por nenhum (talvez exceto o jovem garoto de 17 anos que está no barco de resgate), o que me deixou relativamente indiferente ao destino da maioria dos soldados. Como o verdadeiro protagonista do filme é a tensão, os atores parecem estar ali só para cumprir tabela. Podiam ter contratado qualquer um para o papel do Tom Hardy, por exemplo, e por um cachê bem menor. Se eu gostei muito? Sim! Se achei tão bom quanto esperava: não! Tenho a sensação que o filme não tem um pano de fundo bem construído. As coisas vão se desenrolando de modo meio apressado, sem a gente saber direito o que está acontecendo e como as coisas chegaram àquele ponto e porquê. Eu faria mais meia hora, tentando explorar mais o pano de fundo e o psicológico dos personagens. Um bom filme, mas sequer é o melhor do Nolan!
Sucesso comercial estrondoso na China. Arrecadou mais lá do que na própria Índia. Feliz eu fico por outros países começarem a expandir seu cinema para o mundo.
Talvez por eu estar com a expectativa lá embaixo, me surpreendi e gostei do filme. Fiquei surpreso com a grande revelação e o desfecho. Não acho que mereça nota tão baixa.
Acho engraçado uma pessoa aqui embaixo, nos comentários, chamar a Tailândia de terra de prostitutas, drogas e violência. De fato é um país com diversos problemas. Mas já estive na Tailândia e posso afirmar que é bem mais segura do que o Brasil. E, se não acredita, é só olhar a taxa de homicídio no Brasil e na Tailândia. Ganhamos de lavada. E não só por causa do Rio de Janeiro (estado pelo qual o sujeito abaixo parece ter ódio). Curitiba e Porto Alegre, por exemplo, tem taxas de homicídios bem maiores do que Bangcoc, a capital da Tailândia. Não acreditam? É só pesquisarem no Google. Espalhar ódio por causa de estereótipos é triste.
Gente, quem se interessou por esse filme e quer saber mais sobre Myanmar, sugiro dois filmes: "VJs de Myanmar - Notícias de um país fechado" (documentário sobre o protesto que aparece no fim desse filme sobre a Suu Kyi) e "Golden Kingdom". Vale a pena.
Uma sátira ácida a respeito da indústria de entretenimento gay tailandesa, que obriga jovens garotos a fazerem fanservice gay para o deleite do telespectador. O roteiro merecia uma produção mais caprichada, mas provavelmente faltou grana mesmo e não vontade.
O filme tem um ritmo lento e gostoso de assistir. O tempo passa tão devagar quanto a cidade de Higashikawa, onde se passa a história. Isso pode incomodar algumas pessoas. Meu amigo que assistiu comigo no cinema se incomodou. Eu, não. Particularmente, adorei. Os três atores principais estão muito bem à vontade em seus papéis e isso torna a história muito crível e envolvente. Eu amei a cadência e o ritmo da narrativa, como as coisas vão evoluindo lentamente até o desfecho. Achei a história bonita, cheia de pequenos momentos e detalhes. Uma sutil crítica à ditadura na Tailândia (não sei como isso passou pela censura) e um final inusitado e em aberto que pode desapontar os mais românticos. O filme trabalha bastante com a ideia de que o amor e o desejo podem nascer de modos inusitados e surpreendentes. Contra as expectativas das próprias pessoas envolvidas. Achei curioso (mas não surpreendente, visto que essa temática é comum em filmes LGBT asiáticos) a defesa incondicional da ideia de que uma pessoa que sinceramente se considera apenas como heterossexual possa "mudar" de orientação sexual. Isso contrasta com o senso comum no ocidente e América Latina de que a atração sexual é fixa, quase uma base natural. Mas o filme não faz afirmações levianas e banais, como se fosse possível mudar de gay para hétero ou vice e versa como quem troca de roupas. É mais como se as experiências e a flexibilidade em relação a elas pudesse nos fazer (alguns de nós, não todos, é claro) ver as coisas sob outro ponto de vista. Será?
Filmes melhores de temática LGBT já haviam sido indicados ao Oscar no passado. Pena que foi esse que ganhou. Achei um filme sem brilho, monótono. Os três atos da história são tão desconexos um do outro que o filme parece a junção de três curta metragens de diferentes diretores. Tamanha falta de sequência acaba por enfraquecer o personagem principal. Cada vez que passavam-se anos e um novo ator era introduzido, parecia ser um outro personagem, completamente diferente do anterior. Isso tirou ritmo do filme e me deixou indiferente em relação ao destino do personagem. Não consegui criar empatia por ninguém. O filme acabou e tive a sensação de que faltou ritmo, sequência, desenvolvimento e aprofundamento da história. Nao é um completo desastre, mas perde feio para outros filmes candidatos ao Oscar, como Lion e A Chegada.
Uma delícia de filme. Leve, descontraído, engraçado em alguns momentos e ainda consegue ser sério. E que personagem maravilhosa é a mãe do protagonista! A atriz está excelente! Esse diretor é muito bom!
Achei que a história do Apocalipse foi mal aproveitada. Ficou um vilão fraco, sem personalidade, estereotipado. Bem pior que Dias de um futuro Esquecido. Mas pelo menos te entretêm.
Confesso que tenho grande dificuldade entender o sucesso desse filme. Não vi grande coisa no primeiro (um filme de terror comum, sem nada de especial, aterrorizante ou diferenciado). O segundo filme segue a mesma fórmula. Nada de novo. Divertido de ver, dá alguns sustos, mas não passa disso. Igual o primeiro mesmo.
Bom, assim como grande parte do público, eu percebi que o Lukas estava morto bem no começo, já que ninguém, exceto o Elias, interagia com ele. Mas isso não me fez perder interesse no filme. Pelo contrário. Me instigou ainda mais a saber o que iria acontecer. Parece-me, com efeito, que os diretores deixam bem na cara ao longo do filme que o Lukas está morto. Os indícios são claros e não vejo intenção clara de ocultá-los. Na verdade, o que me deixou curioso era saber como esse fato seria desenvolvido e quais outros segredos estavam ocultos. Todo o clima de tensão construído é muito bem feito. Isso, pra mim, já tornou o longo interessantíssimo. Eu não achei o filme nada arrastado, achei lento, mas não foi uma lentidão que tenha me incomodado, pois eu mergulhei no clima proposto e fiquei tenso à espera dos acontecimentos. A grande virada é quando os garotos passam a serem "os vilões" da trama. Achei fantástico. E a grande revelação, pra mim, não foi que o outro filho estava morto, mas sim o FATO DE QUE O ELIAS SABE QUE O LUKAS ESTÁ MORTO E APENAS QUER QUE A MÃE VOLTE A "VÊ-LO", ASSIM COMO ELE!!! Essa, pra mim, foi a grande sacada! A mãe dos garotos, ao que parece, aceitou o fato do Elias ter ficado traumatizado pela morte do irmão e entrou no jogo psicológico de interagir com Lukas. Entretanto, isso parece ter agravado a condição psicológica do Elias, que pôs fogo na casa e causou o acidente que fez a mãe ter que fazer uma cirurgia. Veja que o filme dá o indício disso quando a mãe encontra o isqueiro na cama do Lukas e fica muito irritada! Elias deve ter posto fogo na casa e culpado Lukas (tanto que quando a mãe regressa da cirurgia, Elias pede pro irmão se desculpar por algo que ele fez, provavelmente o incêndio. Ele acha que é por causa disso que a mãe está ignorando o irmão). Depois de voltar do hospital, ela decide acabar com a fantasia do filho vivo e passa a exigir que ele não veja ou interaja com o irmão morto, pois percebeu que o jogo psicológico do filho se tornou perigoso. Isso acarreta mais uma onda de loucura de Elias, que passa a acreditar que ela não é a mãe deles de verdade, pois a verdadeira mãe, pra ele, podia ver o irmão também. Então, na verdade, a irritação de Elias não é por que ele não sabe que o irmão morreu, mas sim por que a mãe passou a recusar a interação com o filho morto. É por isso que ele diz que "a mãe quer nos separar". Elias não faz nenhum esforço pra fazer Lukas interagir com nenhuma outra pessoa, exceto a mãe. Acredito que ele não sofre de esquizofrenia ou da ilusão de acreditar verdadeiramente que Lukas ainda vive, mas sim que interagir com o irmão morto foi a forma que ele encontrou de superar a dor de sua perda. Estratégia que ele partilhou com a mãe por um tempo, mas que, para sua decepção, ela decidiu abandonar. Por isso ele está revoltado. Com a morte da mãe no final da história, ele pode interagir com ela assim como faz com Lukas e voltar a ter os três novamente consigo.
O Filme da Minha Vida
3.6 500 Assista AgoraAlguém poderia fazer uma dissertação de mestrado sobre os comentários do Filmow, traçando os perfis psicológicos dos diferentes públicos. Acho que o público de filme nacional dramático seria um dos mais mal humorados. Parece que tem uma necessidade de falar mal com prazer e com um ar blasé. Sempre termina com aquela coisa de "quase que o cinema nacional acertou, mas não foi dessa vez". Depois discorrem sobre supostos defeitos técnicos para terminarem com alguma concessão do tipo: "até que a fotografia é boa".
Não me levem a mal, o filme pode merecer críticas, mas a forma como é feita, sei lá. Acho meio pedante. E não vou me isentar, talvez eu mesmo faça isso.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraQue delícia de filme! Personagens mega carismáticos, principalmente o Baby! Trilha sonora contagiante! Ótimas cenas de ação!
Ensel crescendo como ator!
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraO filme é bom? Sim! A tensão é bem construída e a trilha sonora ajuda muito. No quesito imersão, o filme é nota 10! Mas faltou um aprofundamento nos personagens. Não senti empatia por nenhum (talvez exceto o jovem garoto de 17 anos que está no barco de resgate), o que me deixou relativamente indiferente ao destino da maioria dos soldados. Como o verdadeiro protagonista do filme é a tensão, os atores parecem estar ali só para cumprir tabela. Podiam ter contratado qualquer um para o papel do Tom Hardy, por exemplo, e por um cachê bem menor.
Se eu gostei muito? Sim! Se achei tão bom quanto esperava: não! Tenho a sensação que o filme não tem um pano de fundo bem construído. As coisas vão se desenrolando de modo meio apressado, sem a gente saber direito o que está acontecendo e como as coisas chegaram àquele ponto e porquê. Eu faria mais meia hora, tentando explorar mais o pano de fundo e o psicológico dos personagens.
Um bom filme, mas sequer é o melhor do Nolan!
Moonwalkers: Rumo a Lua
3.2 35Gente, como o Rupert Grint melhorou como ator!!!!
E que filme divertido!
Dunkirk
3.8 2,0K Assista AgoraQual a dificuldade de traduzir pra Dunquerque?
Parece que brasileiro tem vergonha da língua que fala.
Dangal
4.2 64Sucesso comercial estrondoso na China. Arrecadou mais lá do que na própria Índia. Feliz eu fico por outros países começarem a expandir seu cinema para o mundo.
Boneco do Mal
2.7 1,2K Assista AgoraTalvez por eu estar com a expectativa lá embaixo, me surpreendi e gostei do filme. Fiquei surpreso com a grande revelação e o desfecho. Não acho que mereça nota tão baixa.
Espíritos: A Morte Está ao Seu Lado
3.5 833Acho engraçado uma pessoa aqui embaixo, nos comentários, chamar a Tailândia de terra de prostitutas, drogas e violência. De fato é um país com diversos problemas.
Mas já estive na Tailândia e posso afirmar que é bem mais segura do que o Brasil. E, se não acredita, é só olhar a taxa de homicídio no Brasil e na Tailândia. Ganhamos de lavada. E não só por causa do Rio de Janeiro (estado pelo qual o sujeito abaixo parece ter ódio). Curitiba e Porto Alegre, por exemplo, tem taxas de homicídios bem maiores do que Bangcoc, a capital da Tailândia. Não acreditam? É só pesquisarem no Google.
Espalhar ódio por causa de estereótipos é triste.
Mindfulness and Murder
2.9 2É impressão minha ou esse filme é uma versão oriental de O nome da Rosa?
Além da Liberdade
4.1 190 Assista AgoraGente, quem se interessou por esse filme e quer saber mais sobre Myanmar, sugiro dois filmes: "VJs de Myanmar - Notícias de um país fechado" (documentário sobre o protesto que aparece no fim desse filme sobre a Suu Kyi) e "Golden Kingdom".
Vale a pena.
O Buda - A História de Siddhartha
4.3 8Um erro que esse filme reitera é que Buda era príncipe. Kapilavastu era uma República e ele nunca foi de nenhuma família real.
Love Love You
3.6 41O primeiro filme foi melhor.
Boyfriend
2.5 5Uma sátira ácida a respeito da indústria de entretenimento gay tailandesa, que obriga jovens garotos a fazerem fanservice gay para o deleite do telespectador.
O roteiro merecia uma produção mais caprichada, mas provavelmente faltou grana mesmo e não vontade.
Present Perfect
3.2 9O filme tem um ritmo lento e gostoso de assistir. O tempo passa tão devagar quanto a cidade de Higashikawa, onde se passa a história. Isso pode incomodar algumas pessoas. Meu amigo que assistiu comigo no cinema se incomodou. Eu, não.
Particularmente, adorei. Os três atores principais estão muito bem à vontade em seus papéis e isso torna a história muito crível e envolvente. Eu amei a cadência e o ritmo da narrativa, como as coisas vão evoluindo lentamente até o desfecho. Achei a história bonita, cheia de pequenos momentos e detalhes. Uma sutil crítica à ditadura na Tailândia (não sei como isso passou pela censura) e um final inusitado e em aberto que pode desapontar os mais românticos.
O filme trabalha bastante com a ideia de que o amor e o desejo podem nascer de modos inusitados e surpreendentes. Contra as expectativas das próprias pessoas envolvidas. Achei curioso (mas não surpreendente, visto que essa temática é comum em filmes LGBT asiáticos) a defesa incondicional da ideia de que uma pessoa que sinceramente se considera apenas como heterossexual possa "mudar" de orientação sexual. Isso contrasta com o senso comum no ocidente e América Latina de que a atração sexual é fixa, quase uma base natural. Mas o filme não faz afirmações levianas e banais, como se fosse possível mudar de gay para hétero ou vice e versa como quem troca de roupas. É mais como se as experiências e a flexibilidade em relação a elas pudesse nos fazer (alguns de nós, não todos, é claro) ver as coisas sob outro ponto de vista. Será?
A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell
3.2 1,0K Assista AgoraBem decepcionante. Ficou no clichezao.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraFilmes melhores de temática LGBT já haviam sido indicados ao Oscar no passado. Pena que foi esse que ganhou. Achei um filme sem brilho, monótono. Os três atos da história são tão desconexos um do outro que o filme parece a junção de três curta metragens de diferentes diretores. Tamanha falta de sequência acaba por enfraquecer o personagem principal. Cada vez que passavam-se anos e um novo ator era introduzido, parecia ser um outro personagem, completamente diferente do anterior. Isso tirou ritmo do filme e me deixou indiferente em relação ao destino do personagem. Não consegui criar empatia por ninguém. O filme acabou e tive a sensação de que faltou ritmo, sequência, desenvolvimento e aprofundamento da história. Nao é um completo desastre, mas perde feio para outros filmes candidatos ao Oscar, como Lion e A Chegada.
Depois da Tempestade
3.9 53Uma delícia de filme. Leve, descontraído, engraçado em alguns momentos e ainda consegue ser sério. E que personagem maravilhosa é a mãe do protagonista! A atriz está excelente!
Esse diretor é muito bom!
Four Ways to Die in My Hometown
1Alguém sabe onde encontrar para baixar?
The Blue Hour
3.1 19Filme legendado em PT-BR aqui: h tt p://yaoidramatico. blogspot. com.br /2016/05/the-blue-hour-2015. html
(Juntem os espaços)
A Lenda do Guerreiro do Fogo Parte II
3.5 4Legendado em inglês bem aqui (Juntem os espaços): htt p:// www. moviedramaguide .com /2015/11/ thai-movie-king-naresuan -2-2007-blu-ray.html
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraAchei que a história do Apocalipse foi mal aproveitada. Ficou um vilão fraco, sem personalidade, estereotipado.
Bem pior que Dias de um futuro Esquecido. Mas pelo menos te entretêm.
Invocação do Mal 2
3.8 2,1K Assista AgoraConfesso que tenho grande dificuldade entender o sucesso desse filme. Não vi grande coisa no primeiro (um filme de terror comum, sem nada de especial, aterrorizante ou diferenciado). O segundo filme segue a mesma fórmula. Nada de novo. Divertido de ver, dá alguns sustos, mas não passa disso. Igual o primeiro mesmo.
O Último Dançarino de Mao
4.1 235Um tanto maniqueísta. China malvada. Estados Unidos, terra da liberdade.
As sequências de dança são magníficas!
Boa Noite, Mamãe
3.5 1,5K Assista AgoraGostei do filme e discordo da maioria dos comentários. Vou explicar o motivo abaixo:
Bom, assim como grande parte do público, eu percebi que o Lukas estava morto bem no começo, já que ninguém, exceto o Elias, interagia com ele. Mas isso não me fez perder interesse no filme. Pelo contrário. Me instigou ainda mais a saber o que iria acontecer. Parece-me, com efeito, que os diretores deixam bem na cara ao longo do filme que o Lukas está morto. Os indícios são claros e não vejo intenção clara de ocultá-los. Na verdade, o que me deixou curioso era saber como esse fato seria desenvolvido e quais outros segredos estavam ocultos. Todo o clima de tensão construído é muito bem feito. Isso, pra mim, já tornou o longo interessantíssimo. Eu não achei o filme nada arrastado, achei lento, mas não foi uma lentidão que tenha me incomodado, pois eu mergulhei no clima proposto e fiquei tenso à espera dos acontecimentos.
A grande virada é quando os garotos passam a serem "os vilões" da trama. Achei fantástico. E a grande revelação, pra mim, não foi que o outro filho estava morto, mas sim o FATO DE QUE O ELIAS SABE QUE O LUKAS ESTÁ MORTO E APENAS QUER QUE A MÃE VOLTE A "VÊ-LO", ASSIM COMO ELE!!! Essa, pra mim, foi a grande sacada! A mãe dos garotos, ao que parece, aceitou o fato do Elias ter ficado traumatizado pela morte do irmão e entrou no jogo psicológico de interagir com Lukas. Entretanto, isso parece ter agravado a condição psicológica do Elias, que pôs fogo na casa e causou o acidente que fez a mãe ter que fazer uma cirurgia. Veja que o filme dá o indício disso quando a mãe encontra o isqueiro na cama do Lukas e fica muito irritada! Elias deve ter posto fogo na casa e culpado Lukas (tanto que quando a mãe regressa da cirurgia, Elias pede pro irmão se desculpar por algo que ele fez, provavelmente o incêndio. Ele acha que é por causa disso que a mãe está ignorando o irmão). Depois de voltar do hospital, ela decide acabar com a fantasia do filho vivo e passa a exigir que ele não veja ou interaja com o irmão morto, pois percebeu que o jogo psicológico do filho se tornou perigoso. Isso acarreta mais uma onda de loucura de Elias, que passa a acreditar que ela não é a mãe deles de verdade, pois a verdadeira mãe, pra ele, podia ver o irmão também. Então, na verdade, a irritação de Elias não é por que ele não sabe que o irmão morreu, mas sim por que a mãe passou a recusar a interação com o filho morto. É por isso que ele diz que "a mãe quer nos separar". Elias não faz nenhum esforço pra fazer Lukas interagir com nenhuma outra pessoa, exceto a mãe. Acredito que ele não sofre de esquizofrenia ou da ilusão de acreditar verdadeiramente que Lukas ainda vive, mas sim que interagir com o irmão morto foi a forma que ele encontrou de superar a dor de sua perda. Estratégia que ele partilhou com a mãe por um tempo, mas que, para sua decepção, ela decidiu abandonar. Por isso ele está revoltado. Com a morte da mãe no final da história, ele pode interagir com ela assim como faz com Lukas e voltar a ter os três novamente consigo.
[spoiler][/spoiler]
Maravilhoso!