Não acredito que o filme ganhe prêmio em Cannes por ser um filme pequeno e intimista, diante de megaproduções como Megalópolis, entre outras. Torço para que seja um trabalho consistente, forte, que transmita brasilidade. Confio nos talentos envolvidos. O filme brasileiro com chances de premiações é Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, pelo tema, escopo e experiência do diretor. Esse acho que deve estrear em Veneza.
Vai passar hoje no Telecine esse filme em homenagem às mães. Adaptado de uma peça homônima de Mauro Rasi (assisti uma versão protagonizada por Vera Holtz lá pelos anos 90), e dirigida por Murilo Benício, a versão para cinema mantém a trama original, mas inova ao colocar o próprio Mauro Rasi como narrador. Jovem tímido e sensível, parte de uma família dominada pela mãe de personalidade forte, cheia de energia e dominadora, a Pérola do título, interpretada magistralmente por Drica Moraes, ele assiste a tudo e depois transpõe o que vê para o papel. Assim como a peça, o filme é uma comédia com momentos dramáticos. Tocante e engraçada, tem um tom saudosista e onírico. Sem pesar a mão, fala de preconceitos e perdas. Passado dos anos 50 aos 80 em Bauru, rememora a rotina de uma família interiorana de classe média, movida a caipirinhas, sonhos e frustrações, parecida com muitas famílias brasileiras. Mauro Rasi teve uma vida curta, morreu aos 54 anos de câncer, mas deixou um legado, assim como sua mãe. O filme é uma homenagem também a ele e aos jovens que se descobrem homossexuais em um mundo predominantemente heterossexual.
Acabei de ver no Canal Brasil e vi que vai passar no Telecine amanhã. Ótima oportunidade para o público assistir uma obra tão delicada, que trata de maneira bem humorada e divertida temas caros às famílias. Muito bom um filme que não pesa a mão e consegue transmitir sentimento sem apelar para o sentimentalismo. Dei boas risadas e me emocionei.
Comédia dramática argentina de 2023, centrada em uma universidade pública e seus professores, Puan mostra um país cheio de problemas estruturais, antecipando o cenário atual em que o presidente Milei, obcecado por corte de gastos, mira na cultura e educação. Filme premonitório, a trama em si, a disputa entre um filósofo de carreira mais velho e o rival mais jovem e pedante, serve mais como desculpa para mostrar questões bem mais sérias que envolvem as universidades e discutir problemas filosóficos de uma maneira leve e divertida, sem muito aprofundamento. Os brasileiros, com certeza, vão se identificar.
Consegui ver uns 20 minutos e não senti nada, parecia que estava entorpecido... Sem graça, sem sentido, sem alma... Nem vou dar nota porque não vi o filme inteiro.
Apesar das qualidades do filme, senso comercial e entrar em grande circuito, não conseguiu atrair público, não ficou entre as 10 maiores bilheterias do fim de semana. Eu não vi propagandas na tv e internet.
Acabei de ver e amei o filme. O filme, além de ser muito bem produzido, dirigido e interpretado, é um daqueles raras filmes que te transportam para outra época, outra atmosfera, a dos anos 80, em que vivi minha juventude. O trabalho se som é primoroso, um dos melhores do cinema brasileiro atual. Parabéns aos envolvidos. O personagem de Jhonny Massaro é apaixonante. Queria dar 4 estrelas e meia, mas não aparecem as estrelas. Na minha lista dos melhores do ano! Simples, direto e envolvente.
Estou surpreso desse filme estrear em vários cinemas aqui em Santos, uma surpresa agradável, por sinal. Vou assistir daqui a pouco. Estranho é uma estreia ampla como essa com pouca divulgação. Não vi propaganda na tv ou internet.
Ainda na minha busca por filmes de Alex Garland, diretor de Guerra Civil, assisti Men e Aniquilação. Não gostei de Men, para mim um exercício cinematográfico excruciante, com roteiro complicado e imagens gráficas, e gostei muito de Aniquilação. Mistura de ficção científica e drama existencial, Aniquilação é um filme tenso, intrigante e acessível. Na sua maior parte uma produção comum, na parte final torna-se um trabalho poderoso, de uma beleza impactante. Adoraria ter visto no cinema, de preferência chapado. Nota dez para os efeitos. Esse diretor britânico é mesmo surpreendente, um dos melhores de sua geração.
Já tinha visto o filme antes, mas não lembrava muito da sinopse, apesar de ter amado. Em tempos de inteligência artificial, o tema consegue antecipar algumas questões discutidas hoje. É possível um robô ter consciência de seus próprios atos, tornar-se independente e se auto-programar? Nós, seres humanos, estamos mexendo em um terreno perigoso, é o que se deduz ao final. Alex Garland, diretor e roteirista de Ex-Machina, é o mesmo de Guerra Civil, atual sucesso de público e crítica, e, nesse filme, ele demonstra dominar ambas as funções. O roteiro, superbem elaborado e complexo, foi indicado ao Oscar 2016 e o filme ganhou o de efeitos visuais. É uma ficção científica original, inteligente e de encher os olhos. Em cartaz na Netflix.
Roteiro, interpretações, efeitos, edição e produção, tudo de primeiríssimo nível. Alex Garland é um diretor e roteirista inteligentíssimo e talentoso, um profissional com algo a dizer sobre o mundo louco em que vivemos. Adorei o filme, tensão do início ao fim, com personagens bem delineados, tridimensionais e situações críveis. O mais importante está fora da tela, não é explicitado, o que faz o espectador refletir sobre os motivos que levaram à guerra civil. A cena crucial para entender é aquela em que o redneck pergunta ao personagem de Wagner Moura que tipo de americano ele é. A extrema direita quer nos levar para uma guerra civil. Resistiremos.
Mais uma série baseada em uma história real, Bebê Rena tem narrativa ágil, direta e quase sempre envolvente - uma pena ser tão longa, com 7 episódios. O que, inicialmente, se configura como comédia, torna-se um drama psicológico e thriller. Lembra um pouco o filme Louca Obsessão, com Kathy Bates, adaptação do livro de Stephen King. Uma mulher de meia idade começa a assediar um jovem barman e aspirante a comediante. Ele, carente e inseguro, alimenta o assédio da mulher. A série se concentra nas crises de consciência do rapaz, seus questionamentos, dúvidas, desnudando por inteiro tudo o que passou. Ao mesmo tempo que ele é um cara de personalidade fraca e submissa, sem coragem para enfrentar as situações, entrega ao espectador detalhes de sua vida íntima. Situações se repetem e muito do que se passa na tela não aconteceu de verdade, é ficção, é o que se deduz ao assistir. O comportamento de Donny exaspera, ele poderia ser mais decidido e a série, em alguns momentos, torna-se repetitiva. A interpretação da assediadora (Jéssica Gunning) impressiona.
Início interessante, divertido, com ótima trilha sonora e ambientação e, à medida que a história se desenrola, aos poucos, o filme torna-se um pesadelo, para a protagonista e para o espectador. O mais me incomodou não foi a mistura de gêneros, foi a repetição de situações (ela gritando, os fantasmas a perseguindo). O filme é longo, cansativo. Uma pena.
Não é um filme, é uma experiência cinematográfica. Do meio para o fim, não consegui olhar mais para as imagens horríveis e explícitas, perdi a vontade de assistir. É uma metáfora da opressão feminina? Talvez. Lembra muita aquele filme Mãe, acho que é esse o nome, que eu também não gostei. Amei Ex-Machina, do mesmo diretor e estou ansioso para assistir Guerra Civil.
Sou fã de Patricia Highsmith, criadora do personagem Ripley, e do filme O Talentoso Ripley, de Anthony Minghella e estava aguardando ansiosamente a minissérie da Netflix. Criado e dirigido por Steven Zaillian, a história, já conhecida, é expandida para 8 capítulos, cada um com quase 1 hora. Haja criatividade. Com tempo de sobra para contar a história, ele investe na atmosfera das cenas, acentuando o lado sombrio, no uso dos cenários deslumbrantes das antigas cidades italianas, nos móveis e utensílios, nas obras de arte renascentista, especialmente de Caravaggio, nas paisagens únicas. Tudo em preto e branco. Por sinal, a fotografia é belíssima. Mesmo quando a história soa arrastada, as imagens magnetizam o espectador. Eu adoro filmes contemplativos, lentos, desde que, é claro, com motivação, quando serve ao enredo, o que é o caso. Para apreciar melhor a série temos que esquecer uma ou outra questão do roteiro - a principal, a meu ver, é ninguém pensar, pedir ou publicar uma foto da primeira vítima, o que desvendaria o mistério dos assassinatos. Outra questão é a ingenuidade da maioria dos personagens. Como diz o ditado, pode-se enganar todas as pessoas por algum tempo e algumas pessoas durante todo o tempo, mas não se pode enganar todo o mundo por todo o tempo.
Na ansiedade de o filme ser selecionado para a competição principal do Festival de Cannes. A lista sai dia 11. Li em um site que ele está pronto, o que não esperava, já que terminaram as filmagens em agosto, se não me engano.
Filme leve e singelo, uma bonita homenagem ao universo e aos personagens de Adoniran Barbosa, Saudosa Maloca tem muitos acertos e um ou outro senão. Percebe-se o capricho na cenografia, direção de arte e caracterização dos atores, todos muito bem - destaque para o carcamano conquistador Joca (Gustavo Machado) e, claro, Paulo Miklos. O jovem diretor Pedro Serrano consegue transpor para as telas, de maneira criativa, as histórias contadas nas canções de Adoniran que, segundo ele, foi cronista de uma época, os anos 50, e de bairros paulistanos, principalmente o Bixiga e seus cortiços. O filme instiga um certo saudosismo no espectador e o faz querer cantarolar os clássicos de Adoniran. Os números musicais são o ponto alto do filme - bem que poderia ter mais, e a edição dosa muito bem os flash-backs. Sobre os senões, por vezes o ritmo da história se quebra e o final é meio abrupto - fica um gosto de quero mais.
Motel Destino
3.5 5Não acredito que o filme ganhe prêmio em Cannes por ser um filme pequeno e intimista, diante de megaproduções como Megalópolis, entre outras. Torço para que seja um trabalho consistente, forte, que transmita brasilidade. Confio nos talentos envolvidos. O filme brasileiro com chances de premiações é Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, pelo tema, escopo e experiência do diretor. Esse acho que deve estrear em Veneza.
Pérola
3.5 27Vai passar hoje no Telecine esse filme em homenagem às mães. Adaptado de uma peça homônima de Mauro Rasi (assisti uma versão protagonizada por Vera Holtz lá pelos anos 90), e dirigida por Murilo Benício, a versão para cinema mantém a trama original, mas inova ao colocar o próprio Mauro Rasi como narrador. Jovem tímido e sensível, parte de uma família dominada pela mãe de personalidade forte, cheia de energia e dominadora, a Pérola do título, interpretada magistralmente por Drica Moraes, ele assiste a tudo e depois transpõe o que vê para o papel. Assim como a peça, o filme é uma comédia com momentos dramáticos. Tocante e engraçada, tem um tom saudosista e onírico. Sem pesar a mão, fala de preconceitos e perdas. Passado dos anos 50 aos 80 em Bauru, rememora a rotina de uma família interiorana de classe média, movida a caipirinhas, sonhos e frustrações, parecida com muitas famílias brasileiras. Mauro Rasi teve uma vida curta, morreu aos 54 anos de câncer, mas deixou um legado, assim como sua mãe. O filme é uma homenagem também a ele e aos jovens que se descobrem homossexuais em um mundo predominantemente heterossexual.
Pérola
3.5 27Acabei de ver no Canal Brasil e vi que vai passar no Telecine amanhã. Ótima oportunidade para o público assistir uma obra tão delicada, que trata de maneira bem humorada e divertida temas caros às famílias. Muito bom um filme que não pesa a mão e consegue transmitir sentimento sem apelar para o sentimentalismo. Dei boas risadas e me emocionei.
Puan
3.6 6 Assista AgoraComédia dramática argentina de 2023, centrada em uma universidade pública e seus professores, Puan mostra um país cheio de problemas estruturais, antecipando o cenário atual em que o presidente Milei, obcecado por corte de gastos, mira na cultura e educação. Filme premonitório, a trama em si, a disputa entre um filósofo de carreira mais velho e o rival mais jovem e pedante, serve mais como desculpa para mostrar questões bem mais sérias que envolvem as universidades e discutir problemas filosóficos de uma maneira leve e divertida, sem muito aprofundamento. Os brasileiros, com certeza, vão se identificar.
A Paixão Segundo G.H.
3.0 35Pelo visto, o povo que foi assistir não leu o livro de Clarice Lispector, não sabia do que o filme se tratava...
A Batalha do Biscoito Pop-Tart
2.4 29Consegui ver uns 20 minutos e não senti nada, parecia que estava entorpecido... Sem graça, sem sentido, sem alma... Nem vou dar nota porque não vi o filme inteiro.
Aumenta que é Rock'n Roll
3.8 9Apesar das qualidades do filme, senso comercial e entrar em grande circuito, não conseguiu atrair público, não ficou entre as 10 maiores bilheterias do fim de semana. Eu não vi propagandas na tv e internet.
Aumenta que é Rock'n Roll
3.8 9Acabei de ver e amei o filme. O filme, além de ser muito bem produzido, dirigido e interpretado, é um daqueles raras filmes que te transportam para outra época, outra atmosfera, a dos anos 80, em que vivi minha juventude. O trabalho se som é primoroso, um dos melhores do cinema brasileiro atual. Parabéns aos envolvidos. O personagem de Jhonny Massaro é apaixonante. Queria dar 4 estrelas e meia, mas não aparecem as estrelas. Na minha lista dos melhores do ano! Simples, direto e envolvente.
Aumenta que é Rock'n Roll
3.8 9Estou surpreso desse filme estrear em vários cinemas aqui em Santos, uma surpresa agradável, por sinal. Vou assistir daqui a pouco. Estranho é uma estreia ampla como essa com pouca divulgação. Não vi propaganda na tv ou internet.
Aniquilação
3.4 1,6K Assista AgoraAinda na minha busca por filmes de Alex Garland, diretor de Guerra Civil, assisti Men e Aniquilação. Não gostei de Men, para mim um exercício cinematográfico excruciante, com roteiro complicado e imagens gráficas, e gostei muito de Aniquilação. Mistura de ficção científica e drama existencial, Aniquilação é um filme tenso, intrigante e acessível. Na sua maior parte uma produção comum, na parte final torna-se um trabalho poderoso, de uma beleza impactante. Adoraria ter visto no cinema, de preferência chapado. Nota dez para os efeitos. Esse diretor britânico é mesmo surpreendente, um dos melhores de sua geração.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraJá tinha visto o filme antes, mas não lembrava muito da sinopse, apesar de ter amado. Em tempos de inteligência artificial, o tema consegue antecipar algumas questões discutidas hoje. É possível um robô ter consciência de seus próprios atos, tornar-se independente e se auto-programar? Nós, seres humanos, estamos mexendo em um terreno perigoso, é o que se deduz ao final. Alex Garland, diretor e roteirista de Ex-Machina, é o mesmo de Guerra Civil, atual sucesso de público e crítica, e, nesse filme, ele demonstra dominar ambas as funções. O roteiro, superbem elaborado e complexo, foi indicado ao Oscar 2016 e o filme ganhou o de efeitos visuais. É uma ficção científica original, inteligente e de encher os olhos. Em cartaz na Netflix.
Guerra Civil
3.8 231Tem muita gente dando nota sem ver...
Jorge da Capadócia
3.2 7Ninguém aqui assistiu ainda??
Guerra Civil
3.8 231Roteiro, interpretações, efeitos, edição e produção, tudo de primeiríssimo nível. Alex Garland é um diretor e roteirista inteligentíssimo e talentoso, um profissional com algo a dizer sobre o mundo louco em que vivemos. Adorei o filme, tensão do início ao fim, com personagens bem delineados, tridimensionais e situações críveis. O mais importante está fora da tela, não é explicitado, o que faz o espectador refletir sobre os motivos que levaram à guerra civil. A cena crucial para entender é aquela em que o redneck pergunta ao personagem de Wagner Moura que tipo de americano ele é. A extrema direita quer nos levar para uma guerra civil. Resistiremos.
Bebê Rena
4.1 502 Assista AgoraMais uma série baseada em uma história real, Bebê Rena tem narrativa ágil, direta e quase sempre envolvente - uma pena ser tão longa, com 7 episódios. O que, inicialmente, se configura como comédia, torna-se um drama psicológico e thriller. Lembra um pouco o filme Louca Obsessão, com Kathy Bates, adaptação do livro de Stephen King. Uma mulher de meia idade começa a assediar um jovem barman e aspirante a comediante. Ele, carente e inseguro, alimenta o assédio da mulher. A série se concentra nas crises de consciência do rapaz, seus questionamentos, dúvidas, desnudando por inteiro tudo o que passou. Ao mesmo tempo que ele é um cara de personalidade fraca e submissa, sem coragem para enfrentar as situações, entrega ao espectador detalhes de sua vida íntima. Situações se repetem e muito do que se passa na tela não aconteceu de verdade, é ficção, é o que se deduz ao assistir. O comportamento de Donny exaspera, ele poderia ser mais decidido e a série, em alguns momentos, torna-se repetitiva. A interpretação da assediadora (Jéssica Gunning) impressiona.
Guerra Civil
3.8 231Estreia hoje nos Estados Unidos e semana que vem no Brasil.
A Paixão Segundo G.H.
3.0 35Pretendo ver no fim de semana, as críticas tem sido positivas...
Motel Destino
3.5 5Entrou na disputa pela Palma de Ouro em Cannes. Karin é um dos meus diretores favoritos...
Noite Passada em Soho
3.5 742 Assista AgoraInício interessante, divertido, com ótima trilha sonora e ambientação e, à medida que a história se desenrola, aos poucos, o filme torna-se um pesadelo, para a protagonista e para o espectador. O mais me incomodou não foi a mistura de gêneros, foi a repetição de situações (ela gritando, os fantasmas a perseguindo). O filme é longo, cansativo. Uma pena.
Guerra Civil
3.8 231Ansioso para ver. Um filme político sem ser político. Tema vibrante, Wagner Moura no elenco e um diretor talentoso só pode dar samba.
Men: Faces do Medo
3.2 405 Assista AgoraNão é um filme, é uma experiência cinematográfica. Do meio para o fim, não consegui olhar mais para as imagens horríveis e explícitas, perdi a vontade de assistir. É uma metáfora da opressão feminina? Talvez. Lembra muita aquele filme Mãe, acho que é esse o nome, que eu também não gostei. Amei Ex-Machina, do mesmo diretor e estou ansioso para assistir Guerra Civil.
Ripley
4.2 82 Assista AgoraSou fã de Patricia Highsmith, criadora do personagem Ripley, e do filme O Talentoso Ripley, de Anthony Minghella e estava aguardando ansiosamente a minissérie da Netflix. Criado e dirigido por Steven Zaillian, a história, já conhecida, é expandida para 8 capítulos, cada um com quase 1 hora. Haja criatividade. Com tempo de sobra para contar a história, ele investe na atmosfera das cenas, acentuando o lado sombrio, no uso dos cenários deslumbrantes das antigas cidades italianas, nos móveis e utensílios, nas obras de arte renascentista, especialmente de Caravaggio, nas paisagens únicas. Tudo em preto e branco. Por sinal, a fotografia é belíssima. Mesmo quando a história soa arrastada, as imagens magnetizam o espectador. Eu adoro filmes contemplativos, lentos, desde que, é claro, com motivação, quando serve ao enredo, o que é o caso. Para apreciar melhor a série temos que esquecer uma ou outra questão do roteiro - a principal, a meu ver, é ninguém pensar, pedir ou publicar uma foto da primeira vítima, o que desvendaria o mistério dos assassinatos. Outra questão é a ingenuidade da maioria dos personagens. Como diz o ditado, pode-se enganar todas as pessoas por algum tempo e algumas pessoas durante todo o tempo, mas não se pode enganar todo o mundo por todo o tempo.
Ainda Estou Aqui
2Na ansiedade de o filme ser selecionado para a competição principal do Festival de Cannes. A lista sai dia 11. Li em um site que ele está pronto, o que não esperava, já que terminaram as filmagens em agosto, se não me engano.
Saudosa Maloca
3.5 15Filme leve e singelo, uma bonita homenagem ao universo e aos personagens de Adoniran Barbosa, Saudosa Maloca tem muitos acertos e um ou outro senão. Percebe-se o capricho na cenografia, direção de arte e caracterização dos atores, todos muito bem - destaque para o carcamano conquistador Joca (Gustavo Machado) e, claro, Paulo Miklos. O jovem diretor Pedro Serrano consegue transpor para as telas, de maneira criativa, as histórias contadas nas canções de Adoniran que, segundo ele, foi cronista de uma época, os anos 50, e de bairros paulistanos, principalmente o Bixiga e seus cortiços. O filme instiga um certo saudosismo no espectador e o faz querer cantarolar os clássicos de Adoniran. Os números musicais são o ponto alto do filme - bem que poderia ter mais, e a edição dosa muito bem os flash-backs. Sobre os senões, por vezes o ritmo da história se quebra e o final é meio abrupto - fica um gosto de quero mais.