Acabei de assistir "A Entidade (The Sinister)" e por incrível que pareça não é ruim. A tensão do arco dramático é eficaz, bem como o enredo. Tem alguns planos interessantes também, mas o que mais gostei é da maneira que escolheram usar a iluminação como parte da narrativa. Faz tempo que não vejo um filme atual, que faça uso de macetes cinematográficos lendários como o abuso de sombras e câmeras desfocadas por exemplo. A historia foi bem contada, com um final satisfatório e uma atuação igualmente boa do Ethan, mas que claro não deixou demonstrar o potencial dele. Talvez e agora entendo depois de ter visto, a reclamação do publico e critica ao filme, foi pelo fato do filme decidir seguir uma linha crua de enredo. Sem reviravoltas mirabolantes, sem artifícios visuais para empregar sustos desnecessários. O foco era a "real" no máximo que a realidade pudesse se equiparar diante de uma situação como aquela. Levei dois sustos durante o filme todo apenas. Não é uma maravilha, ainda mais para o gênero. Mas insisto; numa época em que as pessoas estão começando a se acostumar com sustos e terror provenientes de falsas câmeras escondidas e falsos documentários, um filme que se arrisque no velho terror trucado, muito mais sugestivo e psicológico do que o taxativo e apelativo, merece no minimo respeito.
Creio que ja assisti uns 10 títulos da franquia 007 ao longo da vida. Com certeza vi todos com o Pierce Brosnan, todos com o Daniel Craig e uns dois com o Sean Connery, e Um creio eu com o Roger Moore . Enfim, vi vários títulos ao longo dos anos. E esse Operação Skyfall não é o melhor da franquia mas é de longe o mais bem estruturado. Espera-se que ao longo do tempo, um diretor aprenda com os erros e acertos do anterior e complemente sua obra seguinte, buscando a cada dia a perfeição. Operação skyfall não é perfeito, mas é extremamente bem realizado. uma direção segura, bons planos, ótima trilha sonora, uma das sequencias iniciais mais bem elaboradas dentre todos os títulos e talvez o enredo mais plausível ate hoje. Daniel Craig esta seguro e convincente pela primeira vez no papel do agente com licença para matar. Se ate então tínhamos certa ressalva com relação a ele no papel, tão marcantemente feito por morenos altos, com sex appel latente, com todo um esteriótipo marcante; aqui, dessa vez, seu James Bond esta perfeito no papel. Talvez o maior erro do filme seja a escalação ou a ausência das bond girls aqui.. não que faça diferença, mas sentimos falta ne? rs Mas o principal feito do filme, foi continuar o que vem sendo mostrado desde a entrada de craig no papel. A evolução do Bond como personagem. Como nunca antes mergulhamos nas origens do agente, descobrimos cada vez mais seu lado humano, seus medos e receios. seus motivos a tudo. E eu particularmente adorei o fato deles pela primeira vez tbm resolverem mostra-lo envelhecendo. Apesar do agente sempre ter sido um cara de meia idade nos cinemas, nunca era mostrado suas limitações vindas pela idade. Aqui sim, os limites físicos de Bond mostram que ele é um ser humano, dotado de varias habilidades mas que no final das contas não é um super heroi como os outros títulos(principalmente a fase Brosnan) resolveram caracteriza-lo. e isso é uma evolução interessante. assim como a condução sutil, dos motivos pela qual o agente é tão mulherengo e no final das contas tão insatisfeito com as mulheres que rondam seu caminho rs. a Indução sobre sua sexualidade pode ate ter mexido com o orgulho dos fãs xiitas, mas que foi uma sacada magistral foi. No mais, o vilão aqui creio ser o mais elaborado dentre todos, ao menos o amis divertido e insano no minimo do ano, e meu querido Fienes sempre demonstrando um domínio em seus personagens excepcional. grande conquista para a franquia. Enfim. um otimo filme realmente!
om direção de Bill Condon, A Saga Crepúsculo – Amanhecer – Parte 2, chega ao fim, num filme hibrido divertido e quase que redentor de sua própria limitação.
Não é novidade que a Crepúsculo trouxe a tona um ode de questionamento acerca dos filmes de entretenimento e blockbuster no mundo todo. Detentores de bilhões em bilheteria e cultuados por jovens e adultos, a saga vampiresca, demonstrou que não é preciso habilidade ou talento para se conseguir uma posição relevante na indústria. Aliados a um marketing forte e um clã de seguidores e fãs da obra literária que originou a saga, os filmes dessa franquia demonstrou uma quase nula habilidade técnica, mas uma exemplar de divulgação.
e não é que acabei revendo? geente to com um serio problema... VICIEI nesse filme, nessa trama, nessa trilha, nessa fotografia, nessas atuações, nesses personagens... nessa invisibilidade toda! a tal ponto que ficarei extremamente emputecido se ele não for indicado ao minimo que merece, que é ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Ja comentei antes mas a quem interessar possa, minha critica exaltada e com razão (com link's para download da trilha sonora e do filme e da legenda, continuamente atualizada aos poucos rs ) >>
SENSACIONAL! Atemporal, delicado e devastador, vai da crueza a sensibilidade, diverte, encanta, deixa saudades, choca, emociona e faz refletir. Uma grata surpresa... escrevi sobre >>
fui assistir a esse filme por indicação. nem a sinopse e nem o trailer me animaram muito, confesso. assisti depois de protelar horrores e no geral, é um bom filme. As duas primeiras metades, primeiro e segundo atos são confusos, a estrutura narrativa esta dispersa e sem um unico elemento que os una, não há coesão de elementos, justificativas de atos, fatos e nem de ações. as coisas acontecem a esmo sem muito sentido de precisarem acontecer. Como aquela volta de carro, como o próprio carro, como a viagem de avião, ate mesmo o artificio do emprego e o erro inicial são frívolos no aspecto narrativo, não tem sentido de estarem ali. contudo, quando chegamos no inicio do 3° ato, tudo muda, e finalmente o filme se encontra. excelente trilha sonora, atuações boas e aquele climax próximo ao final é de uma densidade assombrosa. Um filme que peca ao querer mostrar demais as vezes mas que não se perde totalmente se tornando uma grata surpresa, emocionante em seu final e com uma "mensagem" bonita. aquelas 6 regras é de uma ternura e veracidade incrível hehe e eles citam faith No More.. preciso dizer mais alguma coisa? :)
Com ares de Melancolia, comédia romântica aposta no sentimental com mesclas de tom cômico e acerta o alvo, num filme gostoso, mas que poderia ser mais interessante.
Em sua estreia na direção Lorene Scafaria nos presenteia com um filme leve, de humor agridoce, com características que o fazem assemelhar-se com Melancolia, filme de 2011 do diretor dinamarquês Lars Von Trier.
Mas calma, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Enquanto melancolia pega pesado em dramas existenciais, com uma perfeição visual, quase orquestrada em tela, com firmeza, num drama perturbador e denso, “Procura-se um Amor Para o Fim do Mundo", não assume tal pretensão, mas nos entrega uma película semelhante no que diz respeito à “espera pelo fim”. (...) Não, não é Melancolia; é Romance cômico, mas nem por isso deixa de ser tocante e profundo a sua maneira.
Entenda lendo minha critica completa(aliás gostaria de dizer que me identifiquei demais com a Penny ali oks? MUITO em certos momentos):
é "Tin Man" que remonta a classica historia do Magico de Oz. Nela, o mundo de Oz assume ares de ficção cientifica, com direito a robos e tudo. A série é formada por três episódios, com 90 minutos de duração cada (calma, é grande, mas vale a pena). Como não poderia faltar, há o grande trio formado por Homem de lata, Espantalho e Leão, estrada de tijolos amarelos, bruxa perversa, Totó, os pequenos Munchkins e, para afirmar que é uma produção Sci Fi, uma cidade de robôs. Aparentemente a história parece ser a mesma, mas a trama de “Tin Man” é muito mais complexa que a do filme original. Quem for assistir a série esperando aquele mundo preto e branco, no qual a bruxa é malvada e a protagonista é boazinha, vai se surpreender.
A trama gira em torno da personagem DG, interpretada pela atriz Zooey Deschanel (Fim dos Tempos, 500 dias com ela). Ela é uma garçonete de uma pequena cidade, mas sua pacata vida muda completa quando ela é forçada a pular em um furacão. DG vai parar em um lugar chamado O.Z. (Outer Zone – original, não?), que é comandado por uma feiticeira do mal. A protagonista parte em busca por seus pais, mas acaba envolvida em algo maior.
O que chama atenção aqui é o excelente roteiro que a serie possui, coesa e inventiva, alem de possuir efeitos especiais admiráveis. mas o que todos que assistem a serie apontam e que eu destaco tbm inevitavelmente, é a maneira que eles introduzem os valores de coragem, amor, perseverança e inteligencia que na historia original é representada pelo espantalho, o leão e o homem de lata, aqui, em personagens muito mais humanos e verossímeis. super recomendo.
confesso que demorei um certo tempo para conferir esse longa. Por que a premissa não me agradava. Pensei se tratar de um filme semexpectativa de desenvolvimento. e errei feio. Tal qual Naufrago, o filme se sustenta com apenas um personagem. Uma visão. Mas aqui, ainda tem a imobilidade a todo instante. Mas ele se faz completamente justamente no que o cinema tem de melhor: ampliar nossa visão sobre aquela mostrada. A fotografia alaranjada que da lugar a uma mais densa e azulada quando se trata de recordações, conferem ao filme beleza, mas são os planos e a linguagem visual dele, bem como sua montagem eficaz que tornam ele uma grata surpresa. As panoramicas, os travellings, aqueles em primeira pessoa, a camera na mão, tremula, a mescla quase documental em certos momentos, tornam a experiencia visceral e realmente angustiante... nas primeiras "24horas" do personagem ali o filme ja nos tem nas mãos,, impossível não torcer pelo bem do protagonista. Direção de pulso e visão culminam niso e um roteiro bem decupado tbm diga-se de passagem. otimo mesmo ^^
Gostei bastante, como admirador da trilogia literária, claro que fiquei um pouco decepcionado com relação ao segundo filme, por divergir em ritmo das ações do livro. Mas é o que digo e insisto sempre. Pouco importa em que foi baseado, livro é livro, peça é peça e filme é filme. Não existe comparação entre; apenas elementos essenciais, alicercers que devem ser respeitados para poder se considerar algo baseado em. Então o comentario de ressalva que fiz foi só por ser admirador e ter aquele sentimento de "faltou algo" rs mas no geral a trilogio filmica sueca conseguiu se manternum nivel exemplar tanto tecnica como de atuações. A fotografia de ambos acho excelente, e condiz com a trama, os tons sobrios e escuros, a direção de arte sempre urbanizada e degradante, temos a sensação constante de estarmos sempre de noite, não ha cenas mesmo extrenas com um ceu aberto, de sol, bonito; e isso é so para refletir o estado de espirito de Lisbeth. A Millennium é a Lisbeth, é uma extensão de seu mundo particular, e o diretor aqui, entendeu isso. (apenas como comentário, talvez para promover discussão sobre; considero ainda assim o primeiro filme da franquia, melhor adaptado na versão americana, apenas por questão de ritmo mesmo, que no primeiro filme a narrativa pedia isso.) O final desse a Rainha do Castelo de Ar é plausivel, mas de novo minha reclamação é no ritmo. Ele é lento, não na trama, nos atos, mas é um problema na edição mesmo, as vezes uns cortes secos fariam bem, para conferir aquela adrenalina que o final pedia e merecia. No mais, assim como nos livros, é admirável que tenham conseguido dar um desfecho coerente a franquia, pq como os livros originalmente foram escritos para comporem uma serie de 10 é obvio que algumas pontas ficaram soltas, personagens introduzidos que não retornam e não se desenvolvem, segredos e informações importantes que não são reveladas( a irmã de Lisbeth, o motivo da tatoo de dragão; em termos de roteiro e narrativa; os favores e dividas de Lisbeth que nunca foram "pagas" e etc). Mas o autor dos livros morreu antes de conseguir completar essa serie, deixando apenas entregue completo ate esse terceiro livro- e metade do 4° -então é admirável que tenham ainda assim conseguido terminar com certa coerência tanto os livros quanto os filmes. Muito bom mesmo! e Lisbeth é vida na vida vamos combinar!
O que mais me chamou atenção nesse filme foi a liberdade dada a tudo. confesso que demorei anos para assistir. havia adquirido ele por recomendações de amigos e não assistia nunca. Fui ver finalmente esses dias e gostei bastante. O ponto alto fica pela beleza e acerto dos planos em algumas cenas e a concepção delas também, e claro, as musicas. Sempre com letras viscerais que fazem parte da trama, entre a angustia e a leveza. Não pesquisei sobre, mas creio ser um filme independente, e todo filme independente ou se perde ao querer ser cool demais ou demonstra brilhantismo ao ser relevante. Esse filme é a segunda opção, ou um meio termo nisso. A relação amorosa e sexual se mescla de forma natural, sem ser pedante, critica ou chocante. Ha uma naturalidade extrema a tratar disso que me agradou deveras. A sexualidade não esta ali para chocar ou polemizar, e sim para fazer parte do cotidiano natural, normal e isso é crível ali. O roteiro preza pelo estado emocional dos personagens e não pelos seus atos, fatos e consequencias e isso é peculiar. De pouco importa as ações ocorridas ali, o q importa é somente a sensação de perda, de angustia daquela geração retratada, as duvidas, anseios e paixões no meio disso tudo(emprego falho, condição financeiro tensa, existencialismo em cheque e etc..) Um ótimo filme, um musical relevante? talvez não.. mas interessante? sim, muito! e por isso vale a pena.. só não gostei do titulo...
Otimas atuações, principalmente da Vega. Muito interessante essa atriz... Trilha sonora divertida, e principalmente um roteiro que cativa. Claro que ha o clichê quase forçado do tudo é belo, basta ver a beleza da vida... mas mesmo assim a mensagem principal é dada: a idade não determina nada. Nunca se é jovem o bastante para se perder e nunca se é velho o suficiente para se encontrar. recomeçar. Um filme bacana.
Um enredo criativo, roteiro interessante, atuações mornas mas eficazes, e algumas panorâmicas muito bem filmadas. Me surpreendeu. Fui assistir por recomendação achando que seria uma experiencia apenas mediana mas, realmente é uma ótima valia.
Com direção de David Schwimmer – o eterno Dr. Ross Geller da serie Friends -, Trust é um drama de angustia psicológica e emocional, mas antes de tudo de alerta.
(....) um turbilhão de emoções vem à tona, tanto de Annie que se sente confusa, quanto de seus pais. Schwimmer, contando com um roteiro excepcionalmente bem escrito, traça uma narrativa densa, repleta de dramas psicológicos e emocionais. Ele imerge o telespectador numa crescente angustia ao mostrar a devastação de Annie e de seus pais pelo ocorrido. (...)
Mas é Liana Liberato e sua Annie que carregam o filme. Com uma atuação muito interessante, ela demonstra totalmente as confusões e receios de uma garota confiante, mas com dramas comuns e sérios de uma adolescente. Confusa, desiludida, se sentindo invadida, usada, humilhada, socialmente destruida. A carga emocional que a atriz consegue transpor a tela sem pecar em momento algum a obviedade comum de se atirar em gritos e puxões de cabelo é fabuloso. (Uma garota que promete bons papeis futuros.) Trust antes de tudo é um filme educacional. O esmero com o qual Schwimmer orquestra as cenas é admirável, desde montagens paralelas para elucidar os acontecimentos, ate as sobreposições de imagem que mostram a perturbação de Will (...)
A vilã ali não é a internet, nem mostra pais prolixos, ou uma jovem socialmente perturbada. Ele é frio ao mostrar que os perigos estão em toda a parte, que da mesma maneira que não devemos confiar num estranho na rua, não devemos confiar totalmente num estranho na internet. Ele sugere que a internet é apenas uma extensão de nossa realidade física e como tal, os cuidados com ela deve ser os mesmo. E nem sempre nos lembramos disso.
"Até onde pode chegar a insensatez humana?" (...) Valsa com Bashir é uma pequena obra prima cinematográfica não só pela técnica visual e estética conferida, mas pelo cunho reflexivo - e especificamente um dado momento histórico -; que se propôs a fazer em tela nos elucidando a uma das piores capacidades do Homem: o ato da guerra. (...) Valsa Com Bashir, filme em animação do diretor Ari Folman, que quase recria uma espécie de auto-biografia documental acerca dos terríveis episódios ocorridos durante o Massacre de Sabra e Chatila. Folman assume a própria persona, numa busca por verdades, por recordações de um passado terrível, e que por algum motivo se eclipsou em sua mente.
Através de uma narrativa que confere teor documentarista ao longa, 'Valsa' estrutura não só um enredo forte e pesado, como nos brinda com uma técnica de animação – desenho a mão, com traços de HQ – pouco usada no cinema nos últimos anos e repleta de beleza, e detalhes incríveis de concepção em seus traços.
Rodado entre as cidades de Montevideu, Toronto e São Paulo; Ensaio Sobre a Cegueira, filme do diretor Fernando Meirelles, baseado no aclamado livro de mesmo nome do autor José Saramago, nos traz personagens sem nomes, ambientes sociais e físicos inóspitos, e uma carga de dramaticidade e aflição latente. (...) A fotografia assinada por César Charlone assume um papel talvez ate mais importante do que a narrativa do longa. Com uma paleta de cores difusa puxadas quase que extremamente para o branco e o cinza, com imagens desfocadas, o que inclusive se segue ate o figurino desgastado e apagado, aliados a planos e enquadramentos sem nenhuma simetria ou nivelamento, que por vezes cortam em tela um personagem, um ambiente, com distorções e câmeras repetidamente tremidas, reflexões a todo instante; conferem ao filme a ideia plena de estarmos vivenciando a mesmo experiência que os personagens. Tudo nos remete a um ambiente de caos, pós-apocalíptico banhados em leite. E isso é sublime.
É curioso e assustador, por exemplo, nos depararmos com uma São Paulo totalmente devastada, em amplos planos filmados com maestria, como nunca antes. (...)
Por que se o mundo esta um caos, justamente por ninguém mais usar mascaras, uma vez que ninguém enxerga e ninguém mais precisa fingir nada, não há olhos de fora para apontar já que não te enxergam estar assim mesmo, sem visão não faz diferença se o mundo esta caótico. Mas ela como única a enxergar, ver a degradação humana pela falta de morais nos outros, é horripilante. Não por acaso o filme ganha ares de um verdadeiro longa de mortos-vivos.
Ben Affleck que nunca demonstrou ser um grande ator, apenas correto em cada papel que ganhava, mostra em sua estreia na direção, que domina a linguagem, e que tem uma visão clara de seus personagens, o que faz toda a diferença. É a mãe viciada e problemática são os tios que mais parecem avôs da criança que nutrem uma relação de amor e ódio pela mãe da criança, são os detetives que por sua idade jovem não são levados totalmente a serio e precisam se provar a todo instante enquanto carregam peso demais, são os policiais que surgem com a mesma dualidade de caráter dos bandidos, traficantes. E ele parece compreender totalmente o universo dessas personas, e isso é transmitido na narrativa e no enredo.
O roteiro conta com uma narrativa extremamente coesa e eficiente com diálogos sensacionais. Cada diálogo cumpre o papel de ser parte do enredo. São todos profundos, reflexivos e extremamente realistas. Aliados as atuações comedidas mais eficazes, com participação dos sempre ótimos Morgan Freeman e Ed Harris, o filme ainda carrega uma atmosfera densa, quase palpável devido a sua excelente fotografia urbana saturada, em tons escuros, ligeiramente opacos. Intensificados por sua trilha sonora pesada.
Com um roteiro contendo algumas falhas de evolução narrativa, e informações que se perdem às explicações necessárias; mas que compensa em seu magnífico panorama das crenças sociais e ditos comportamentais dos iranianos, o filme constrói momentos que vão da descontração e leveza a uma mudança brusca de aflição e verdadeiro beco sem saída.
É muito interessante os momentos em que o grupo de amigos dividem suas tarefas rotineiras e se divertem. Não ha nenhum vestígio naquela cultura massificante entre mulheres e homens tão característica da cultura daquele país. E é aí talvez que resida a força do filme e ao mesmo tempo a falha(encontrada em sua cena final). Não há distinção clara entre os homens e mulheres ali, se não fossem os veus sobre as cabeças das moças, não lembraríamos que estamos diante de uma obra islâmica Vide por exemplo a cena de abertura onde estão todos no carro rumo a casa de paria, gritando e rindo com as cabeças para fora da janela, principalmente as mulheres. Chega a chocar, por não imaginarmos tal "liberdade" numa cultura predominantemente machista e intolerante.
(algo q não citei na critica: é pesaroso notar a "fraqueza" na escolha do diretor em levar sua narrativa ao tom moralista no seu final, se o mais interessante era justamente o cunho de igualdade proposta entre homens e mulheres. Mas como em A Separação ele supre tudo isso, a gente releva.)
A Separação, filme ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2012, Ganhador do César (espécie de Oscar Francês) de Melhor Filme Estrangeiro do mesmo ano, alem de Vencer na mesma categoria o Globo de Ouro e Urso de Ouro e Prata no Festival de Berlim, do diretor Asghar Farhadi, é uma densa historia de demonstração de valores morais e éticos.
O Roteiro de Farhadim cria um arco dramático repleto de densidade em seus diálogos sempre críticos e seu enredo problemático. É impressionante a construção de narrativa criada por ele, que culmina num roteiro sempre em progressão, coerente, coeso, extramente bem amarrado e decupado.
A Entidade
3.2 2,3K Assista AgoraAcabei de assistir "A Entidade (The Sinister)" e por incrível que pareça não é ruim.
A tensão do arco dramático é eficaz, bem como o enredo. Tem alguns planos interessantes também, mas o que mais gostei é da maneira que escolheram usar a iluminação como parte da narrativa. Faz tempo que não vejo um filme atual, que faça uso de macetes cinematográficos lendários como o abuso de sombras e câmeras desfocadas por exemplo.
A historia foi bem contada, com um final satisfatório e uma atuação igualmente boa do Ethan, mas que claro não deixou demonstrar o potencial dele.
Talvez e agora entendo depois de ter visto, a reclamação do publico e critica ao filme, foi pelo fato do filme decidir seguir uma linha crua de enredo. Sem reviravoltas mirabolantes, sem artifícios visuais para empregar sustos desnecessários. O foco era a "real" no máximo que a realidade pudesse se equiparar diante de uma situação como aquela.
Levei dois sustos durante o filme todo apenas. Não é uma maravilha, ainda mais para o gênero. Mas insisto; numa época em que as pessoas estão começando a se acostumar com sustos e terror provenientes de falsas câmeras escondidas e falsos documentários, um filme que se arrisque no velho terror trucado, muito mais sugestivo e psicológico do que o taxativo e apelativo, merece no minimo respeito.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraSobre 007 - operação Skyfall
Creio que ja assisti uns 10 títulos da franquia 007 ao longo da vida. Com certeza vi todos com o Pierce Brosnan, todos com o Daniel Craig e uns dois com o Sean Connery, e Um creio eu com o Roger Moore . Enfim, vi vários títulos ao longo dos anos. E esse Operação Skyfall não é o melhor da franquia mas é de longe o mais bem estruturado.
Espera-se que ao longo do tempo, um diretor aprenda com os erros e acertos do anterior e complemente sua obra seguinte, buscando a cada dia a perfeição.
Operação skyfall não é perfeito, mas é extremamente bem realizado. uma direção segura, bons planos, ótima trilha sonora, uma das sequencias iniciais mais bem elaboradas dentre todos os títulos e talvez o enredo mais plausível ate hoje.
Daniel Craig esta seguro e convincente pela primeira vez no papel do agente com licença para matar. Se ate então tínhamos certa ressalva com relação a ele no papel, tão marcantemente feito por morenos altos, com sex appel latente, com todo um esteriótipo marcante; aqui, dessa vez, seu James Bond esta perfeito no papel.
Talvez o maior erro do filme seja a escalação ou a ausência das bond girls aqui.. não que faça diferença, mas sentimos falta ne? rs
Mas o principal feito do filme, foi continuar o que vem sendo mostrado desde a entrada de craig no papel. A evolução do Bond como personagem. Como nunca antes mergulhamos nas origens do agente, descobrimos cada vez mais seu lado humano, seus medos e receios. seus motivos a tudo. E eu particularmente adorei o fato deles pela primeira vez tbm resolverem mostra-lo envelhecendo. Apesar do agente sempre ter sido um cara de meia idade nos cinemas, nunca era mostrado suas limitações vindas pela idade. Aqui sim, os limites físicos de Bond mostram que ele é um ser humano, dotado de varias habilidades mas que no final das contas não é um super heroi como os outros títulos(principalmente a fase Brosnan) resolveram caracteriza-lo. e isso é uma evolução interessante.
assim como a condução sutil, dos motivos pela qual o agente é tão mulherengo e no final das contas tão insatisfeito com as mulheres que rondam seu caminho rs. a Indução sobre sua sexualidade pode ate ter mexido com o orgulho dos fãs xiitas, mas que foi uma sacada magistral foi.
No mais, o vilão aqui creio ser o mais elaborado dentre todos, ao menos o amis divertido e insano no minimo do ano, e meu querido Fienes sempre demonstrando um domínio em seus personagens excepcional. grande conquista para a franquia.
Enfim. um otimo filme realmente!
A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2
3.0 4,0K Assista Agoraom direção de Bill Condon, A Saga Crepúsculo – Amanhecer – Parte 2, chega ao fim, num filme hibrido divertido e quase que redentor de sua própria limitação.
Não é novidade que a Crepúsculo trouxe a tona um ode de questionamento acerca dos filmes de entretenimento e blockbuster no mundo todo. Detentores de bilhões em bilheteria e cultuados por jovens e adultos, a saga vampiresca, demonstrou que não é preciso habilidade ou talento para se conseguir uma posição relevante na indústria. Aliados a um marketing forte e um clã de seguidores e fãs da obra literária que originou a saga, os filmes dessa franquia demonstrou uma quase nula habilidade técnica, mas uma exemplar de divulgação.
minha critica >> leia completo >>
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista Agorae não é que acabei revendo? geente to com um serio problema... VICIEI nesse filme, nessa trama, nessa trilha, nessa fotografia, nessas atuações, nesses personagens... nessa invisibilidade toda! a tal ponto que ficarei extremamente emputecido se ele não for indicado ao minimo que merece, que é ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.
Ja comentei antes mas a quem interessar possa, minha critica exaltada e com razão (com link's para download da trilha sonora e do filme e da legenda, continuamente atualizada aos poucos rs ) >>
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista AgoraSENSACIONAL!
Atemporal, delicado e devastador, vai da crueza a sensibilidade, diverte, encanta, deixa saudades, choca, emociona e faz refletir. Uma grata surpresa... escrevi sobre >>
As Vantagens de Ser Invisível
4.2 6,9K Assista Agoraquede legenda mundo quede? :(
Bem-Vindo à Vida
3.7 535 Assista Agorafui assistir a esse filme por indicação. nem a sinopse e nem o trailer me animaram muito, confesso.
assisti depois de protelar horrores e no geral, é um bom filme.
As duas primeiras metades, primeiro e segundo atos são confusos, a estrutura narrativa esta dispersa e sem um unico elemento que os una, não há coesão de elementos, justificativas de atos, fatos e nem de ações. as coisas acontecem a esmo sem muito sentido de precisarem acontecer. Como aquela volta de carro, como o próprio carro, como a viagem de avião, ate mesmo o artificio do emprego e o erro inicial são frívolos no aspecto narrativo, não tem sentido de estarem ali.
contudo, quando chegamos no inicio do 3° ato, tudo muda, e finalmente o filme se encontra.
excelente trilha sonora, atuações boas e aquele climax próximo ao final é de uma densidade assombrosa.
Um filme que peca ao querer mostrar demais as vezes mas que não se perde totalmente se tornando uma grata surpresa, emocionante em seu final e com uma "mensagem" bonita. aquelas 6 regras é de uma ternura e veracidade incrível hehe
e eles citam faith No More.. preciso dizer mais alguma coisa? :)
Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo
3.5 1,8K Assista AgoraCom ares de Melancolia, comédia romântica aposta no sentimental com mesclas de tom cômico e acerta o alvo, num filme gostoso, mas que poderia ser mais interessante.
Em sua estreia na direção Lorene Scafaria nos presenteia com um filme leve, de humor agridoce, com características que o fazem assemelhar-se com Melancolia, filme de 2011 do diretor dinamarquês Lars Von Trier.
Mas calma, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Enquanto melancolia pega pesado em dramas existenciais, com uma perfeição visual, quase orquestrada em tela, com firmeza, num drama perturbador e denso, “Procura-se um Amor Para o Fim do Mundo", não assume tal pretensão, mas nos entrega uma película semelhante no que diz respeito à “espera pelo fim”.
(...)
Não, não é Melancolia; é Romance cômico, mas nem por isso deixa de ser tocante e profundo a sua maneira.
Entenda lendo minha critica completa(aliás gostaria de dizer que me identifiquei demais com a Penny ali oks? MUITO em certos momentos):
Em um Mundo Melhor
3.9 317Tin Man: A Nova Geração de OZ
3.0 114é "Tin Man" que remonta a classica historia do Magico de Oz.
Nela, o mundo de Oz assume ares de ficção cientifica, com direito a robos e tudo.
A série é formada por três episódios, com 90 minutos de duração cada (calma, é grande, mas vale a pena). Como não poderia faltar, há o grande trio formado por Homem de lata, Espantalho e Leão, estrada de tijolos amarelos, bruxa perversa, Totó, os pequenos Munchkins e, para afirmar que é uma produção Sci Fi, uma cidade de robôs. Aparentemente a história parece ser a mesma, mas a trama de “Tin Man” é muito mais complexa que a do filme original. Quem for assistir a série esperando aquele mundo preto e branco, no qual a bruxa é malvada e a protagonista é boazinha, vai se surpreender.
A trama gira em torno da personagem DG, interpretada pela atriz Zooey Deschanel (Fim dos Tempos, 500 dias com ela). Ela é uma garçonete de uma pequena cidade, mas sua pacata vida muda completa quando ela é forçada a pular em um furacão. DG vai parar em um lugar chamado O.Z. (Outer Zone – original, não?), que é comandado por uma feiticeira do mal. A protagonista parte em busca por seus pais, mas acaba envolvida em algo maior.
O que chama atenção aqui é o excelente roteiro que a serie possui, coesa e inventiva, alem de possuir efeitos especiais admiráveis.
mas o que todos que assistem a serie apontam e que eu destaco tbm inevitavelmente, é a maneira que eles introduzem os valores de coragem, amor, perseverança e inteligencia que na historia original é representada pelo espantalho, o leão e o homem de lata, aqui, em personagens muito mais humanos e verossímeis.
super recomendo.
127 Horas
3.8 3,1K Assista Agoraconfesso que demorei um certo tempo para conferir esse longa. Por que a premissa não me agradava.
Pensei se tratar de um filme semexpectativa de desenvolvimento. e errei feio.
Tal qual Naufrago, o filme se sustenta com apenas um personagem. Uma visão. Mas aqui, ainda tem a imobilidade a todo instante. Mas ele se faz completamente justamente no que o cinema tem de melhor: ampliar nossa visão sobre aquela mostrada. A fotografia alaranjada que da lugar a uma mais densa e azulada quando se trata de recordações, conferem ao filme beleza, mas são os planos e a linguagem visual dele, bem como sua montagem eficaz que tornam ele uma grata surpresa.
As panoramicas, os travellings, aqueles em primeira pessoa, a camera na mão, tremula, a mescla quase documental em certos momentos, tornam a experiencia visceral e realmente angustiante... nas primeiras "24horas" do personagem ali o filme ja nos tem nas mãos,, impossível não torcer pelo bem do protagonista.
Direção de pulso e visão culminam niso e um roteiro bem decupado tbm diga-se de passagem. otimo mesmo ^^
Millennium III: A Rainha do Castelo de Ar
4.1 474Gostei bastante, como admirador da trilogia literária, claro que fiquei um pouco decepcionado com relação ao segundo filme, por divergir em ritmo das ações do livro. Mas é o que digo e insisto sempre. Pouco importa em que foi baseado, livro é livro, peça é peça e filme é filme. Não existe comparação entre; apenas elementos essenciais, alicercers que devem ser respeitados para poder se considerar algo baseado em.
Então o comentario de ressalva que fiz foi só por ser admirador e ter aquele sentimento de "faltou algo" rs mas no geral a trilogio filmica sueca conseguiu se manternum nivel exemplar tanto tecnica como de atuações. A fotografia de ambos acho excelente, e condiz com a trama, os tons sobrios e escuros, a direção de arte sempre urbanizada e degradante, temos a sensação constante de estarmos sempre de noite, não ha cenas mesmo extrenas com um ceu aberto, de sol, bonito; e isso é so para refletir o estado de espirito de Lisbeth.
A Millennium é a Lisbeth, é uma extensão de seu mundo particular, e o diretor aqui, entendeu isso.
(apenas como comentário, talvez para promover discussão sobre; considero ainda assim o primeiro filme da franquia, melhor adaptado na versão americana, apenas por questão de ritmo mesmo, que no primeiro filme a narrativa pedia isso.)
O final desse a Rainha do Castelo de Ar é plausivel, mas de novo minha reclamação é no ritmo. Ele é lento, não na trama, nos atos, mas é um problema na edição mesmo, as vezes uns cortes secos fariam bem, para conferir aquela adrenalina que o final pedia e merecia.
No mais, assim como nos livros, é admirável que tenham conseguido dar um desfecho coerente a franquia, pq como os livros originalmente foram escritos para comporem uma serie de 10 é obvio que algumas pontas ficaram soltas, personagens introduzidos que não retornam e não se desenvolvem, segredos e informações importantes que não são reveladas( a irmã de Lisbeth, o motivo da tatoo de dragão; em termos de roteiro e narrativa; os favores e dividas de Lisbeth que nunca foram "pagas" e etc). Mas o autor dos livros morreu antes de conseguir completar essa serie, deixando apenas entregue completo ate esse terceiro livro- e metade do 4° -então é admirável que tenham ainda assim conseguido terminar com certa coerência tanto os livros quanto os filmes. Muito bom mesmo! e Lisbeth é vida na vida vamos combinar!
Canções de Amor
4.1 829 Assista AgoraO que mais me chamou atenção nesse filme foi a liberdade dada a tudo.
confesso que demorei anos para assistir. havia adquirido ele por recomendações de amigos e não assistia nunca.
Fui ver finalmente esses dias e gostei bastante.
O ponto alto fica pela beleza e acerto dos planos em algumas cenas e a concepção delas também, e claro, as musicas. Sempre com letras viscerais que fazem parte da trama, entre a angustia e a leveza.
Não pesquisei sobre, mas creio ser um filme independente, e todo filme independente ou se perde ao querer ser cool demais ou demonstra brilhantismo ao ser relevante. Esse filme é a segunda opção, ou um meio termo nisso. A relação amorosa e sexual se mescla de forma natural, sem ser pedante, critica ou chocante. Ha uma naturalidade extrema a tratar disso que me agradou deveras. A sexualidade não esta ali para chocar ou polemizar, e sim para fazer parte do cotidiano natural, normal e isso é crível ali. O roteiro preza pelo estado emocional dos personagens e não pelos seus atos, fatos e consequencias e isso é peculiar. De pouco importa as ações ocorridas ali, o q importa é somente a sensação de perda, de angustia daquela geração retratada, as duvidas, anseios e paixões no meio disso tudo(emprego falho, condição financeiro tensa, existencialismo em cheque e etc..) Um ótimo filme, um musical relevante? talvez não.. mas interessante? sim, muito! e por isso vale a pena.. só não gostei do titulo...
Um Astro em Minha Vida
3.0 43so me irritou o titulo em português... q destoa todo o sentido do filme ¬¬
Um Astro em Minha Vida
3.0 43Otimas atuações, principalmente da Vega. Muito interessante essa atriz...
Trilha sonora divertida, e principalmente um roteiro que cativa.
Claro que ha o clichê quase forçado do tudo é belo, basta ver a beleza da vida... mas mesmo assim a mensagem principal é dada: a idade não determina nada.
Nunca se é jovem o bastante para se perder e nunca se é velho o suficiente para se encontrar. recomeçar. Um filme bacana.
11:14
3.6 199Um enredo criativo, roteiro interessante, atuações mornas mas eficazes, e algumas panorâmicas muito bem filmadas. Me surpreendeu. Fui assistir por recomendação achando que seria uma experiencia apenas mediana mas, realmente é uma ótima valia.
Confiar
3.4 1,8K Assista grátisCom direção de David Schwimmer – o eterno Dr. Ross Geller da serie Friends -, Trust é um drama de angustia psicológica e emocional, mas antes de tudo de alerta.
(....) um turbilhão de emoções vem à tona, tanto de Annie que se sente confusa, quanto de seus pais.
Schwimmer, contando com um roteiro excepcionalmente bem escrito, traça uma narrativa densa, repleta de dramas psicológicos e emocionais. Ele imerge o telespectador numa crescente angustia ao mostrar a devastação de Annie e de seus pais pelo ocorrido.
(...)
Mas é Liana Liberato e sua Annie que carregam o filme. Com uma atuação muito interessante, ela demonstra totalmente as confusões e receios de uma garota confiante, mas com dramas comuns e sérios de uma adolescente. Confusa, desiludida, se sentindo invadida, usada, humilhada, socialmente destruida. A carga emocional que a atriz consegue transpor a tela sem pecar em momento algum a obviedade comum de se atirar em gritos e puxões de cabelo é fabuloso. (Uma garota que promete bons papeis futuros.)
Trust antes de tudo é um filme educacional. O esmero com o qual Schwimmer orquestra as cenas é admirável, desde montagens paralelas para elucidar os acontecimentos, ate as sobreposições de imagem que mostram a perturbação de Will (...)
A vilã ali não é a internet, nem mostra pais prolixos, ou uma jovem socialmente perturbada. Ele é frio ao mostrar que os perigos estão em toda a parte, que da mesma maneira que não devemos confiar num estranho na rua, não devemos confiar totalmente num estranho na internet. Ele sugere que a internet é apenas uma extensão de nossa realidade física e como tal, os cuidados com ela deve ser os mesmo. E nem sempre nos lembramos disso.
critica completa:
Amor a Toda Prova
3.8 2,1K Assista AgoraRyan Gosling
Valsa com Bashir
4.2 305 Assista Agora"Até onde pode chegar a insensatez humana?"
(...)
Valsa com Bashir é uma pequena obra prima cinematográfica não só pela técnica visual e estética conferida, mas pelo cunho reflexivo - e especificamente um dado momento histórico -; que se propôs a fazer em tela nos elucidando a uma das piores capacidades do Homem: o ato da guerra.
(...)
Valsa Com Bashir, filme em animação do diretor Ari Folman, que quase recria uma espécie de auto-biografia documental acerca dos terríveis episódios ocorridos durante o Massacre de Sabra e Chatila. Folman assume a própria persona, numa busca por verdades, por recordações de um passado terrível, e que por algum motivo se eclipsou em sua mente.
Através de uma narrativa que confere teor documentarista ao longa, 'Valsa' estrutura não só um enredo forte e pesado, como nos brinda com uma técnica de animação – desenho a mão, com traços de HQ – pouco usada no cinema nos últimos anos e repleta de beleza, e detalhes incríveis de concepção em seus traços.
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Ensaio Sobre a Cegueira
4.0 2,5KRodado entre as cidades de Montevideu, Toronto e São Paulo; Ensaio Sobre a Cegueira, filme do diretor Fernando Meirelles, baseado no aclamado livro de mesmo nome do autor José Saramago, nos traz personagens sem nomes, ambientes sociais e físicos inóspitos, e uma carga de dramaticidade e aflição latente.
(...)
A fotografia assinada por César Charlone assume um papel talvez ate mais importante do que a narrativa do longa. Com uma paleta de cores difusa puxadas quase que extremamente para o branco e o cinza, com imagens desfocadas, o que inclusive se segue ate o figurino desgastado e apagado, aliados a planos e enquadramentos sem nenhuma simetria ou nivelamento, que por vezes cortam em tela um personagem, um ambiente, com distorções e câmeras repetidamente tremidas, reflexões a todo instante; conferem ao filme a ideia plena de estarmos vivenciando a mesmo experiência que os personagens. Tudo nos remete a um ambiente de caos, pós-apocalíptico banhados em leite. E isso é sublime.
É curioso e assustador, por exemplo, nos depararmos com uma São Paulo totalmente devastada, em amplos planos filmados com maestria, como nunca antes.
(...)
Por que se o mundo esta um caos, justamente por ninguém mais usar mascaras, uma vez que ninguém enxerga e ninguém mais precisa fingir nada, não há olhos de fora para apontar já que não te enxergam estar assim mesmo, sem visão não faz diferença se o mundo esta caótico. Mas ela como única a enxergar, ver a degradação humana pela falta de morais nos outros, é horripilante. Não por acaso o filme ganha ares de um verdadeiro longa de mortos-vivos.
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Políssia
4.0 273Medo da Verdade
3.7 460 Assista AgoraJa avisa comentado, mas agora critiquei:
Ate que ponto o correto é o certo a se fazer?
Ben Affleck que nunca demonstrou ser um grande ator, apenas correto em cada papel que ganhava, mostra em sua estreia na direção, que domina a linguagem, e que tem uma visão clara de seus personagens, o que faz toda a diferença.
É a mãe viciada e problemática são os tios que mais parecem avôs da criança que nutrem uma relação de amor e ódio pela mãe da criança, são os detetives que por sua idade jovem não são levados totalmente a serio e precisam se provar a todo instante enquanto carregam peso demais, são os policiais que surgem com a mesma dualidade de caráter dos bandidos, traficantes. E ele parece compreender totalmente o universo dessas personas, e isso é transmitido na narrativa e no enredo.
O roteiro conta com uma narrativa extremamente coesa e eficiente com diálogos sensacionais. Cada diálogo cumpre o papel de ser parte do enredo. São todos profundos, reflexivos e extremamente realistas. Aliados as atuações comedidas mais eficazes, com participação dos sempre ótimos Morgan Freeman e Ed Harris, o filme ainda carrega uma atmosfera densa, quase palpável devido a sua excelente fotografia urbana saturada, em tons escuros, ligeiramente opacos. Intensificados por sua trilha sonora pesada.
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À Procura de Elly
4.0 148Com um roteiro contendo algumas falhas de evolução narrativa, e informações que se perdem às explicações necessárias; mas que compensa em seu magnífico panorama das crenças sociais e ditos comportamentais dos iranianos, o filme constrói momentos que vão da descontração e leveza a uma mudança brusca de aflição e verdadeiro beco sem saída.
É muito interessante os momentos em que o grupo de amigos dividem suas tarefas rotineiras e se divertem. Não ha nenhum vestígio naquela cultura massificante entre mulheres e homens tão característica da cultura daquele país. E é aí talvez que resida a força do filme e ao mesmo tempo a falha(encontrada em sua cena final). Não há distinção clara entre os homens e mulheres ali, se não fossem os veus sobre as cabeças das moças, não lembraríamos que estamos diante de uma obra islâmica Vide por exemplo a cena de abertura onde estão todos no carro rumo a casa de paria, gritando e rindo com as cabeças para fora da janela, principalmente as mulheres. Chega a chocar, por não imaginarmos tal "liberdade" numa cultura predominantemente machista e intolerante.
(algo q não citei na critica: é pesaroso notar a "fraqueza" na escolha do diretor em levar sua narrativa ao tom moralista no seu final, se o mais interessante era justamente o cunho de igualdade proposta entre homens e mulheres. Mas como em A Separação ele supre tudo isso, a gente releva.)
critica completa:
A Separação
4.2 726 Assista AgoraA Separação, filme ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2012, Ganhador do César (espécie de Oscar Francês) de Melhor Filme Estrangeiro do mesmo ano, alem de Vencer na mesma categoria o Globo de Ouro e Urso de Ouro e Prata no Festival de Berlim, do diretor Asghar Farhadi, é uma densa historia de demonstração de valores morais e éticos.
O Roteiro de Farhadim cria um arco dramático repleto de densidade em seus diálogos sempre críticos e seu enredo problemático. É impressionante a construção de narrativa criada por ele, que culmina num roteiro sempre em progressão, coerente, coeso, extramente bem amarrado e decupado.
Minha critica completa: