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Marília Pêra

Nomes Alternativos: Marília Marzullo Pêra

615Número de Fãs

Nascimento: 22 de Janeiro de 1943 (72 years)

Falecimento: 5 de Dezembro de 2015

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - Brasil

Marília Pêra, foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira, conquistou ao longo de sua carreira cerca de 80 prêmios, foi a primeira atriz brasileira a ganhar um prêmio nos Estados Unidos, com um filme aclamado pela crítica mundial pelo filme ''Pixote: A Lei do Mais Fraco'' (1980).

Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado de seus pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau, o maior nome do teatro na época.

Dos catorze aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira, e O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda, voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo A Pequena Notável (1972), dirigido por Ary Fontoura; no A Tribute to Carmen Miranda no Lincoln Center, em Nova Iorque (1995), dirigido por Nelson Motta, e no musical Marília Pêra canta Carmen Miranda (2005), dirigido por Maurício Sherman.

Em 1964 derrotou Elis Regina num teste para o musical Como Vencer na Vida sem Fazer Força, logo depois, em 1975, gravou o LP Feiticeira, lançado pela Som Livre.

Sua primeira aparição na televisão foi em Rosinha do Sobrado, na Rede Globo, em 1965) e, em seguida, em A Moreninha, em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, A Úlcera de Ouro, de Hélio Bloch; saindo da Globo, a atriz também participou de 'Beto Rockfeller' (1968), de Bráulio Pedroso, na TV Tupi, novela que é considerada um marco da teledramaturgia brasileira, por sua linguagem moderna e ambientação urbana.

Em Fala Baixo Senão eu Grito, de 1969, um drama de Leilah Assumpção, interpretou a complexa personagem Mariazinha, além de estrear como produtora, por sua atuação, ganhou os prêmios da Associação Paulista de Críticos Teatrais (Troféu APCT), o Governador do Estado e o Prêmio Molière.

Marília foi convidada pelo diretor Daniel Filho para voltar à Globo em 1971, para interpretar a Shirley Sexy de 'O Cafona', de Bráulio Pedroso, personagem que lhe deu grande popularidade, e lhe valeu o Troféu Imprensa de melhor atriz; logo depois, fez 'Bandeira 2', escrita por Dias Gomes, como a taxista Noeli.

E no ano seguinte, foi a Serafina Rosa Petrone de 'Uma Rosa com Amor', de Vicente Sesso, na qual contracenou com Paulo Goulart, outro grande sucesso.

Marília foi a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo agradar ao público na difícil arte do monólogo, além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.

Depois, interpretou a personagem-título da novela 'Supermanoela' (1974), de Walther Negrão, e passou um bom tempo afastada das novelas.

Em 1982, ela interpretou a Alice, de 'Quem Ama não Mata', escrita por Euclydes Marinho, a minissérie causou forte impacto por causa da direção realista de Daniel Filho, das interpretações da atriz e de Cláudio Marzo e pela abordagem de um tema polêmico, o crime passional, o papel lhe valeu o Troféu APCA de melhor atriz.

Sua estreia como diretora aconteceu em 1978, na peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado.

Depois de 13 anos, a atriz voltou a fazer telenovelas na emissora, vivendo a sofisticada Rafaela Alvaray, em 'Brega & Chique', (1987), num papel escrito especialmente para ela por Cassiano Gabus Mendes. As cenas de Rafaela com o Dr. Montenegro, personagem de Marco Nanini – seu grande parceiro nos palcos também –, proporcionaram momentos memoráveis que fizeram da novela um grande sucesso de audiência no horário das 19h, que lhe valeu dois prêmios de melhor atriz o Troféu APCA e Troféu Imprensa.

Casou-se pela primeira vez aos dezessete anos, com o primeiro homem a beijá-la, o músico Paulo da Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969, aos dezoito, foi mãe de Ricardo Graça Mello, mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, seu parceiro em Fala Baixo Senão Eu Grito, e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina.

Nos anos 60, Marilia Pera chegou a ser presa durante a apresentação da peça Roda Viva (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês, foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram sua residência, assustando a todos, inclusive seu filho de sete anos, que dormia.

Em 1980, ganhou o mundo com aclamado 1980, “Pixote”, pelo qual ganhou o Prêmio Air France de Melhor Atriz,o da Sociedade de Críticos de Cinema de Boston (Society of Films Critics), Estados Unidos, pela atuação, e o Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos (National Society of Critics Awards - USA).

Em 1992, fez o musical Elas por Elas, um enorme sucesso de público e crítica.

Ao lado da cantora Simone e de Cláudia Raia tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989, depois confessou não entender nada de política.

Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella, onde interpreta duas irmãs gêmeas.

Além de interpretar, Marília cantava, dançava e atuava também como coreógrafa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.

Faleceu em seu apartamento em Ipanema, no Rio de Janeiro, no dia 5 de dezembro de 2015, em seus últimos meses de vida, a atriz lutava contra um câncer de pulmão, ela passara o ano em tratamento médico, segundo informações dos familiares, combatendo um desgaste nos ossos do quadril, o que a fez se afastar do trabalho.

O corpo da atriz foi sepultado à tarde, em meio a grande emoção e aplausos, no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Principais Prêmios:
1969 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
1969 – Prêmio de Melhor Atriz pelo Governo do Rio de Janeiro por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
1969 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
1971 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “O Cafona”
1973 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Apareceu a Margarida”
1977 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz por atuação em “O Exercício”
1980 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Pixote”
1981 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema de Boston (Society of Films Critics), Estados Unidos, pela atuação em “Pixote"
1982 – Prêmio de Melhor Atriz pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos (National Society of Critics Awards - USA), pela atuação em “Pixote"
1983 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Bar da Esperança”
1983 – Prêmio Air France de Melhor Atriz por atuação em “Bar da Esperança”
1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Bar da Esperança”
1983 – Prêmio Molière de Melhor Atriz por atuação em “Brincando em Cima Daquilo”
1983 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Adorável Júlia”
1983 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Quem Ama não Mata”
1987 – Troféu Imprensa de Melhor Atriz por atuação em “Brega & Chique”
1987 – Kikito de Ouro de Melhor Atriz (Festival de Gramado) por atuação em “Anjos da noite”
1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Televisão pela APCA por atuação em “Brega & chique”
1988 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pelo Festival de Cartagena (Colômbia) por atuação em "Dias melhores virão"
1988 – Comenda da Ordem do Rio Branco no Grau de Oficial
1989 – Menção como uma das Melhores Atrizes da década pela Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos
1996 – Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Havana por atuação em "Tieta do Agreste"
1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Cinema pela APCA por atuação em “Tieta”
1996 – Prêmio de Melhor Atriz de Teatro pela APCA por atuação em “Master Class”
1997 – Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
1996 – Prêmio Sharp de Melhor Atriz de Teatro por atuação em “Master Class”
1999 – Grande Prêmio Cinema Brasil, na categoria de Melhor Atriz, por atuação em "O Viajante"
2003 – Comenda da ordem do mérito cultural na classe de comendador - Ministério da Cultura
2004 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Fala Baixo Senão eu Grito”
2005 – Prêmio Qualidade Brasil de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
2005 – Prêmio Shell de Melhor Atriz por atuação em “Mademoiselle Channel”
2006 – Prêmio Eletrobrás de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
2007 – Lente de Cristal de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Miami por atuação em "Polaróides Urbanas"
2007 – Prêmio Faz Diferença 2006 de Melhor Atriz por atuação em "Mademoiselle Chanel"
2008 – Prêmio Contigo! De Melhor Atriz Coadjuvante por atuação em “Duas Caras”
2009 – Prêmio Arte Qualidade Brasil de Melhor Atriz Teatral Musical por atuação em “A Gloriosa”

Cônjuge: Bruno Faria (de 1998 a 2015), Nelson Motta (de 1972 a 1980), Paulo
Villaça (de 1969 a 1971), Agildo Ribeiro (de 1965 a 1968), Paulo Graça Mello (de 1960 a 1962)
Filhos: Ricardo Graça Mello, Nina Morena, Esperança Motta

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