Reality sensacional, com um formato diferenciado que tem objetivo de focar na capacidade intelectual dos competidores.
Interessante notar que as provas são projetadas para medir os diversos tipos de inteligência dos participantes, tanto inteligência lógica quanto inteligência interpessoal e capacidade de manipulação acabam tendo o mesmo peso no final.
De negativo podemos dizer que algumas provas são de difícil compreensão pra quem está assistindo. Ao contrário dos competidores, o telespectador não tem o mesmo tempo que eles pra conversar entre si, discutir as regras e tirar dúvidas com a produção. Então para quem assiste é puxado conseguir acompanhar algumas dinâmicas, mas ao longo das provas dá pra ir entendendo melhor.
Tomara que tenham mais temporadas e que inspirem algumas emissoras brasileiras a produzirem algum reality com essa qualidade e originalidade.
A principal qualidade e um dos diferenciais da série é a proposta de mostrar a guerra sem tantos filtros. Assim além do realismo das cenas de batalhas temos também a realidade dos "bastidores" do ambiente militar. Vemos desde as intrigas nos campos de treinamentos até a vaidade dos oficiais de alto escalão, que em busca de mais medalhas em seus uniformes enxergam os soltados simplesmente como "bucha de canhão".
Por outro lado há um destaque para o espírito de companheirismo e patriotismo, que sem dúvida são a maior motivação de um soldado no campo de batalha. E neste ponto é muito interessante notar que a direção nunca "demoniza" o soldado adversário e sim o infame regime nazista e seus líderes. Os soldados são retratados como indivíduos doutrinados e treinados para seguir ordens sem questionar, independente do teor político-ideológico de quem esteja no comando.
Afinal um soldado é em sua essência um "seguidor de ordens" e deixar de cumpri-las não é opção, mesmo que essas ordens em algum momento possam contrariar suas convicções pessoais. Dentro desse contexto a série tem muita sensibilidade ao mostrar que os "Irmãos de Guerra" habitam os dois lados das trincheiras e o forte discurso do oficial alemão aos seus soldados no último capítulo deixa isso bem nítido.
Bom documentário que mostra com riqueza de detalhes o que se sabe sobre o assassinato de Jill Dando, caso que até hoje nunca foi devidamente esclarecido e provavelmente nunca será.
O propósito do documentário obviamente não é apresentar a solução do caso indicando o assassino e sim relembrar o ocorrido e até servir como uma homenagem póstuma à jornalista.
Um ponto interessante foi sabermos a versão do acusado Barry George (outra vítima do caso), que foi nitidamente usado como bode expiatório na história para que a polícia incompetente conseguisse dar alguma satisfação improvisada ao público, depois do fracasso nas investigações.
Impressiona como esse cara nunca tenha conseguido pelo menos uma indenização pela perda injusta de 8 anos de sua vida.
Boa série. Conta com riqueza de detalhes algumas das maiores operações envolvendo espiões e serviços secretos da história.
Alguns episódios são mornos como os que envolvem o talibã e a invasão do Afeganistão. Mas outros são excelentes pela quantidade de detalhes e pelas entrevistas exclusivas com os personagens envolvidos nos casos. Os maiores destaques são os episódios sobre o atentado do Papa e as operações realizadas pelo Mossad na caçada humana dos responsáveis pelos atentados das Olimpíadas de Munique em 1972.
1ª temporada é razoável. Vendo atualmente é fácil perceber que o humor da época era bem mais inocente, baseado em trolagens entre amigos e desilusões amorosas bobas.
Ainda dá pra passar o tempo assistindo, mas se fosse lançada atualmente seria mais criticada do que reverenciada pelo público.
Boa temporada, o local escolhido permitiu aos competidores usar variadas técnicas de caça e pesca. Isso favoreceu que o mais bem treinado e capacitado em técnicas de sobrevivência vencesse merecidamente.
O competidor Jordan se mostrou um dos mais bem preparados de todas as temporadas, conseguindo caçar um alce, glutão e também pescar usando variadas técnicas. Além de caçar conseguiu processar e armazenar adequadamente a carne e protegê-la de ataques de outros animais. Sem dúvidas o prêmio dessa vez ficou em ótimas mãos, o cara mereceu seus 500 mil.
Ótimo reality de sobrevivência, com o diferencial de que os competidores ficam realmente SOZINHOS, sem qualquer assistência da produção durante a permanência no programa.
Desta vez os competidores foram escolhidos entre os "sobreviventes" de outras temporadas, o que teoricamente serviria para aumentar o nível da competição. Mas na prática muitos deixaram a desejar. Mostrando que com suas habilidades de caça precárias e pouca força de vontade não tinham mesmo a menor condição de sobreviver em qualquer ambiente hostil.
O documentário tem um trabalho de montagem muito bem feito pela Netflix. Utilizando imagens reais do julgamento, souberam compilar de forma bastante coesa e imparcial o desenrolar desse caso que se transformou no maior espetáculo midiático dos últimos tempos.
Pra quem não tinha acompanhado tão de perto o julgamento foi possível através da série ter uma boa noção dos argumentos que ambos os lados utilizaram, baseados nas provas do processo.
E depois de tudo ficou bem nítido que o Depp, apesar de não ser um exemplo de moralidade, foi a vítima da situação. Amber Heard quis surfar na onda do movimento "Me Too" pra tentar levar vantagem no processo, imaginando que ia contar com a condescendência da opinião pública apenas pelo fato de ser mulher. Mas no fim o blefe deu muito errado e só serviu pra sujar pra sempre a imagem dessa farsante.
Série muito bem produzida, consegue abordar temas polêmicos de uma forma leve, irônica e com bastante informação documental sobre os casos relatados.
Todos os episódios com os capítulos do "manual" são interessantes, abordando aspectos diferentes sobre como implementar uma doutrinação religiosa eficiente, numa sociedade sedenta por "significados" místicos para suas vidas banais.
Entre os episódios os que mais chamam a atenção são o 4º episódio sobre Heaven's Gate e o último sobre o icônico Reverendo Moon, que conseguiu inventar uma religião bem sucedida apenas requentando mitologias anteriores.
É sensacional perceber como a série consegue de fato fazer uma síntese, com muito sarcasmo, sobre toda a loucura que envolve os mecanismos que fazem os sistemas de crenças funcionarem.
Mostram como qualquer conceito, por mais estapafúrdio que seja, tem chance de ser levado a sério se forem usadas as técnicas adequadas. Tanto faz se é um cometa mágico guiado por alienígenas ou o paraíso fantasioso cristão.
É difícil alguém assistir a uma série dessas e não fazer uma associação com os esquemas usados pelos líderes de religiões mais tradicionais, que utilizam os mesmos artifícios para lavar a mente das ovelhas e mantê-las obedientes e comprometidas com algum objetivo estúpido/místico.
Não é necessária lógica ou explicações plausíveis, basta usar a tendência do ser humano em querer seguir lideranças carismáticas que ofereçam explicações mágicas sobre questões existenciais que elas não entendem. Junto a isso é essencial inventar ameaças apocalípticas que estariam prestes a acontecer e atingiram àqueles que não seguissem às regras ou questionassem a "verdade" suprema.
O manual que a série mostra é o que sustenta o sistema religioso há milênios, só que a ovelhas do rebanho se tornaram cegas demais pra perceber o óbvio, devido à lavagem cerebral que sofreram desde o nascimento...
Foi a temporada com as mulheres mais descompensadas e histéricas de todas. Uma implica com chocolates, outra com uivos aleatórios, outra tem uma insegurança patológica sobre as ex do caras. E teve aquela que se incomodou pelo noivo tomar uma bebida pra dar uma comemorada. Foi de lascar...
O Valmir pode ser sem noção mas é o tipo de personagem que movimenta e dá audiência ao programa, não pode faltar um zé ruela desses nos reality shows.
Dentro desse contexto é surpreendente a quantidades de casamentos que o programa rendeu ao final, mas fica uma impressão que os caras entraram nessa arapuca só por medo de cancelamento. Não dá pra botar fé que nenhum daqueles casais dure muito tempo.
Boa série, inspirada no caso real de Michel Fourniret conhecido como Ogro das Ardenas. Ele é considerado o maior assassino em série da França tendo feito no mínimo 7 vítimas entre 1987 e 2003. Ele morreu na prisão em 2021 devido à problemas cardíacos.
Em meio a tantas produções sobre seriais killers que se multiplicam aos montes, a Netflix acertou desta vez em focar na cúmplice, dando um certo diferencial ao caso.
Na série o foco é todo em Monique Olivier que era esposa do maníaco e teriam se conhecido por troca de cartas, enquanto ele ainda cumpria pena por estupro na década de 1960. Quando os crimes do marido foram descobertos inicialmente ela foi vista como mais uma vítima submissa, sendo obrigada a participar dos crimes pelo marido abusivo.
Posteriormente foi comprovada sua participação ativa nos sequestros e abusos que tinham detalhes macabros, como o fato de ela usar seu próprio filho como isca pra atrair as vítimas e fazendo depois fazer teste de virgindade nelas para comprovar se eram realmente virgens e satisfazer as fantasias sexuais do marido.
Atualmente ela continua presa e poderá pedir liberdade condicional em 2032, quando tiver 84 anos.
A série é baseada no famoso assalto à banco ocorrido em Estocolmo no ano de 1973 que acabou dando origem à expressão "Síndrome de Estocolmo", pela atitude colaborativa dos reféns em relação aos seus sequestradores naquela ocasião.
O formato que escolheram para retratar o caso que foi questionável. Os relatos são muito fantasiosos e cartunescos, colocando em dúvida até onde se pode levar a sério o que está sendo mostrado. Além disso os episódios são longos e depois do 2º já se tornam cansativos e repetitivos.
Porém a caracterização do ator Bill Skarsgård como Clark Olofsson é excelente, tanto do ponto de vista comportamental quanto físico. Toda a ambientação dos anos 70 também é muito eficiente em recriar o clima da época, onde a precariedade investigativa das forças policiais favoreciam bastante a "carreira" desse tipo de criminoso.
A Netflix poderia ter optado por um formato mais convencional de "true crimes" para este caso, com mais imagens de época e depoimentos reais sobre o ocorrido. Seria mais interessante e principalmente mais informativo do que essa versão "pastelão".
Tomara que um dia produzam algo mais sério e detalhado sobre o assunto.
Deu uma boa decaída em relação à primeira parte, onde as principais teorias da conspiração foram mostradas. Sobrou pra esta segunda parte detalhar mais sobre a origem dos personagens principais, o que não foi tão interessante quanto se esperava.
Também teve um destaque exagerado para abordar as crises sentimentais da Reagan, o que contribuiu pra levar a temporada pro o ralo de vez.
Interessante saber como a ideia do programa surgiu de forma improvisada, sem grandes ambições mas acabou se tornando um fenômeno mundial e muito lucrativo.
A série mostra com detalhes os bastidores das turnês e como a indústria do entretenimento é cruel com os artistas que movimentam as engrenagens do show. Por um lado parece abusivo mas essa é o padrão do show business, depois que assina o contrato já era.
E foi muita ingenuidade do elenco querer fazer chantagem achando que eram insubstituíveis, mesmo já sabendo como o público pouco se importava com quem saia ou entrava no programa.
A temporada mantém a qualidade da série que é uma das melhores do gênero na Netflix. O grande atrativo dos episódios é que são curtos e direto ao ponto, em 40 minutos conseguem apresentar os casos com riqueza de detalhes. Com isso a série é uma boa opção tanto pra quem já tinha ouvido falar nos casos quanto pra quem não conhecia.
O destaque desta temporada são os casos do assassino da ferrovia e o intrigante imitador do Zodíaco que se mostrou tão escorregadio quanto o original e se não fosse por um golpe de sorte da polícia, provavelmente ele estaria solto até hoje como o original.
Série fraca, cheio de personagens mal desenvolvidos e situações sem lógica. A premissa é inverossímil desde o primeiro capítulo, é possível imaginar várias soluções muito mais simples pra resolver os conflitos do que os planos mirabolantes que são vistos.
Lembra muito aqueles dramalhões mexicanos da pior qualidade, não dá pra entender o hype que isso gerou...
Com exceção do primeiro episódio foi frustrante presenciar a decadência de uma das séries mais inovadoras dos últimos tempos.
Essa temporada é um reflexo dessa fase "lacradora" da Netflix e mostra nitidamente que quando o foco se limita em satisfazer certas "agendas" a qualidade do produto final acaba indo pro ralo. Tomara que a Netflix aprenda com esse fracasso e que essa série tão prestigiada volte a ter como principal preocupação o foco naquilo que o público realmente espera, que são aquelas histórias provocativas do tipo que "explodem a mente".
Boa série cheia de referências, com bastante humor negro e sátiras inteligentes sobre as mais famosas teorias da conspiração. Mas são tantas novidades que surgem nas redes sociais que é até difícil se manter atualizado sobre todas as novidades desse tema.
O episódio dos terraplanistas (com a tatuagem DESPERTO) foi o melhor, dá uma boa amostra da nível de bitolamento dos conspiracionistas modernos, com suas teorias psicodélicas sobre a manipulação da humanidade pelo "Estado Profundo".
Bom poder conhecer um pouco sobre os sistemas de vigilância que monitoram esse tipo de conspiração terrorista. Apesar dessa vigilância respingar na liberdade do cidadão comum é o tipo de mal necessário para se evitar tragédias causadas por perturbados religiosos ao redor do mundo.
E foi uma satisfação ter visto em um episódio um terrorista de 14 anos sendo condenado à prisão perpétua, é desse tipo de resposta exemplar que o mundo tá precisando pra combater crimes de ódio.
Muito bom conhecer essa trajetória inspiradora do Schwarzenegger que contra todas as probabilidades conseguiu se destacar em tudo que se propôs a fazer, usando inteligência e força de vontade. É uma história de vida extraordinária que facilmente poderia virar roteiro de filme.
O documentário foi perfeito em dividir a história em 3 segmentos, mostrando detalhes poucos conhecidos sobre sua vida antes da fama, em seguida como ator mundialmente reconhecido e por fim em sua aventura na política.
Inclusive essa parte foi a mais surpreendente, mostrando sua conexão com os Kennedy através do seu casamento com Maria Shriver e como isso foi moldando seu interesse pela carreira política. Mesmo desacreditado pela sua inexperiência, o cara pode não ter sido brilhante como governador mas pelo menos tentou fazer a diferença, tentando encaixar uma agenda fora dos padrões da política tradicional e deixar um legado.
Um receio era que o documentário fosse muito "chapa branca" como acontece muitas vezes, mas até nisso ele foi satisfatório ao mostrar os "esqueletos no armário" do Arnold. E ele matou no peito as polêmicas sem fugir dos assuntos, reconhecendo também suas derrotas.
Bom documentário, apesar de não trazer nada de muito novo mostra como está a questão do emprego nos EUA, numa época de transformações no mercado de trabalho causados pelo avanço da tecnologia.
Mas a participação do Barack Obama acaba sendo o grande atrativo, o cara é bom de papo e tem um carisma inegável. Pena não ter conseguido implementar mudanças mais impactantes e duradouras durante os 8 anos em que foi presidente.
Documentário muito bem produzido e com alto nível de detalhamento. Com várias entrevistas e imagens reais da época. Destaque para a impressionante perseguição cinematográfica ao terrorista pelas ruas de Boston.
Identificar esse tipo de "lobo solitário" é tarefa quase impossível, o perigo pode estar morando ao lado e ninguém desconfiar. Mas como foi mostrado existem formas de se monitorar comunicações suspeitas entre extremistas, se as autoridades tivessem levado mais a sério todos os indícios envolvendo esses dois irmãos talvez a tragédia fosse evitada...
Não é um formato muito inovador, muito do que é mostrado pode ser visto em diversos canais por assinatura. Mas dentro da proposta do programa é um bom entretenimento pra quem curte esse tipo de leilões.
A crítica fica por conta do excesso de foco nos itens esportivos, deveria haver uma diversidade maior, principalmente com relação à artigos históricos que podem ser tão rentáveis quanto os esportivos da "moda".
Excelente documentário, trazendo um resumo detalhado sobre um dos casos mais bizarros e notórios dos EUA. Além das imagens de época o grande diferencial são as entrevistas com as autoridades que participaram do cerco e alguns dos fanáticos bitolados sobreviventes. Tudo isso ofereceu uma visão mais ampla do que realmente motivou essa tragédia em 1993.
Até hoje muito se fala em abuso de autoridade e excessos cometidos pelos agentes federais no desfecho do caso. Mas em última análise dá pra perceber que o único erro das autoridades foi terem esperado 51 dias pra invadir.
Não é possível negociar com fanáticos cujos cérebros não funcionam mais de maneira racional, quando o fanatismo religioso entra por uma porta a sanidade mental já saiu pela outra. Isso claro nas entrevistas com sobreviventes, onde os fanáticos nunca reconhecem sua própria insanidade e ainda se julgam injustiçados pelo seu líder não poder praticar pedofilia em paz...
Neste tipo de caso a tolerância tem que ser zero. Não há espaço para argumentações lógicas com um sujeito que se considera uma reencarnação de divindade. Se tivessem invadido de surpresa logo no começo ou um sniper tivesse acertado a cabeça do líder dos malucos quando na primeira chance certamente o número de crianças mortas teria sido bem menor do que foi.
O Jogo do Diabo (1ª Temporada)
4.3 60 Assista AgoraReality sensacional, com um formato diferenciado que tem objetivo de focar na capacidade intelectual dos competidores.
Interessante notar que as provas são projetadas para medir os diversos tipos de inteligência dos participantes, tanto inteligência lógica quanto inteligência interpessoal e capacidade de manipulação acabam tendo o mesmo peso no final.
De negativo podemos dizer que algumas provas são de difícil compreensão pra quem está assistindo. Ao contrário dos competidores, o telespectador não tem o mesmo tempo que eles pra conversar entre si, discutir as regras e tirar dúvidas com a produção. Então para quem assiste é puxado conseguir acompanhar algumas dinâmicas, mas ao longo das provas dá pra ir entendendo melhor.
Tomara que tenham mais temporadas e que inspirem algumas emissoras brasileiras a produzirem algum reality com essa qualidade e originalidade.
Irmãos de Guerra
4.7 621 Assista AgoraA principal qualidade e um dos diferenciais da série é a proposta de mostrar a guerra sem tantos filtros. Assim além do realismo das cenas de batalhas temos também a realidade dos "bastidores" do ambiente militar. Vemos desde as intrigas nos campos de treinamentos até a vaidade dos oficiais de alto escalão, que em busca de mais medalhas em seus uniformes enxergam os soltados simplesmente como "bucha de canhão".
Por outro lado há um destaque para o espírito de companheirismo e patriotismo, que sem dúvida são a maior motivação de um soldado no campo de batalha. E neste ponto é muito interessante notar que a direção nunca "demoniza" o soldado adversário e sim o infame regime nazista e seus líderes. Os soldados são retratados como indivíduos doutrinados e treinados para seguir ordens sem questionar, independente do teor político-ideológico de quem esteja no comando.
Afinal um soldado é em sua essência um "seguidor de ordens" e deixar de cumpri-las não é opção, mesmo que essas ordens em algum momento possam contrariar suas convicções pessoais. Dentro desse contexto a série tem muita sensibilidade ao mostrar que os "Irmãos de Guerra" habitam os dois lados das trincheiras e o forte discurso do oficial alemão aos seus soldados no último capítulo deixa isso bem nítido.
O Assassinato de Jill Dando
2.8 5 Assista AgoraBom documentário que mostra com riqueza de detalhes o que se sabe sobre o assassinato de Jill Dando, caso que até hoje nunca foi devidamente esclarecido e provavelmente nunca será.
O propósito do documentário obviamente não é apresentar a solução do caso indicando o assassino e sim relembrar o ocorrido e até servir como uma homenagem póstuma à jornalista.
Um ponto interessante foi sabermos a versão do acusado Barry George (outra vítima do caso), que foi nitidamente usado como bode expiatório na história para que a polícia incompetente conseguisse dar alguma satisfação improvisada ao público, depois do fracasso nas investigações.
Impressiona como esse cara nunca tenha conseguido pelo menos uma indenização pela perda injusta de 8 anos de sua vida.
O Mundo da Espionagem
3.2 4 Assista AgoraBoa série. Conta com riqueza de detalhes algumas das maiores operações envolvendo espiões e serviços secretos da história.
Alguns episódios são mornos como os que envolvem o talibã e a invasão do Afeganistão. Mas outros são excelentes pela quantidade de detalhes e pelas entrevistas exclusivas com os personagens envolvidos nos casos. Os maiores destaques são os episódios sobre o atentado do Papa e as operações realizadas pelo Mossad na caçada humana dos responsáveis pelos atentados das Olimpíadas de Munique em 1972.
Merece uma 2ª temporada!
Friends (1ª Temporada)
4.6 8291ª temporada é razoável. Vendo atualmente é fácil perceber que o humor da época era bem mais inocente, baseado em trolagens entre amigos e desilusões amorosas bobas.
Ainda dá pra passar o tempo assistindo, mas se fosse lançada atualmente seria mais criticada do que reverenciada pelo público.
Sozinhos (6ª Temporada)
3.9 3 Assista AgoraBoa temporada, o local escolhido permitiu aos competidores usar variadas técnicas de caça e pesca. Isso favoreceu que o mais bem treinado e capacitado em técnicas de sobrevivência vencesse merecidamente.
O competidor Jordan se mostrou um dos mais bem preparados de todas as temporadas, conseguindo caçar um alce, glutão e também pescar usando variadas técnicas. Além de caçar conseguiu processar e armazenar adequadamente a carne e protegê-la de ataques de outros animais. Sem dúvidas o prêmio dessa vez ficou em ótimas mãos, o cara mereceu seus 500 mil.
Sozinhos (5ª Temporada)
3.5 3 Assista AgoraÓtimo reality de sobrevivência, com o diferencial de que os competidores ficam realmente SOZINHOS, sem qualquer assistência da produção durante a permanência no programa.
Desta vez os competidores foram escolhidos entre os "sobreviventes" de outras temporadas, o que teoricamente serviria para aumentar o nível da competição. Mas na prática muitos deixaram a desejar. Mostrando que com suas habilidades de caça precárias e pouca força de vontade não tinham mesmo a menor condição de sobreviver em qualquer ambiente hostil.
Johnny Depp x Amber Heard
2.8 47 Assista AgoraO documentário tem um trabalho de montagem muito bem feito pela Netflix. Utilizando imagens reais do julgamento, souberam compilar de forma bastante coesa e imparcial o desenrolar desse caso que se transformou no maior espetáculo midiático dos últimos tempos.
Pra quem não tinha acompanhado tão de perto o julgamento foi possível através da série ter uma boa noção dos argumentos que ambos os lados utilizaram, baseados nas provas do processo.
E depois de tudo ficou bem nítido que o Depp, apesar de não ser um exemplo de moralidade, foi a vítima da situação. Amber Heard quis surfar na onda do movimento "Me Too" pra tentar levar vantagem no processo, imaginando que ia contar com a condescendência da opinião pública apenas pelo fato de ser mulher. Mas no fim o blefe deu muito errado e só serviu pra sujar pra sempre a imagem dessa farsante.
Como Se Tornar um Líder de Seita
3.8 31 Assista AgoraSérie muito bem produzida, consegue abordar temas polêmicos de uma forma leve, irônica e com bastante informação documental sobre os casos relatados.
Todos os episódios com os capítulos do "manual" são interessantes, abordando aspectos diferentes sobre como implementar uma doutrinação religiosa eficiente, numa sociedade sedenta por "significados" místicos para suas vidas banais.
Entre os episódios os que mais chamam a atenção são o 4º episódio sobre Heaven's Gate e o último sobre o icônico Reverendo Moon, que conseguiu inventar uma religião bem sucedida apenas requentando mitologias anteriores.
É sensacional perceber como a série consegue de fato fazer uma síntese, com muito sarcasmo, sobre toda a loucura que envolve os mecanismos que fazem os sistemas de crenças funcionarem.
Mostram como qualquer conceito, por mais estapafúrdio que seja, tem chance de ser levado a sério se forem usadas as técnicas adequadas. Tanto faz se é um cometa mágico guiado por alienígenas ou o paraíso fantasioso cristão.
É difícil alguém assistir a uma série dessas e não fazer uma associação com os esquemas usados pelos líderes de religiões mais tradicionais, que utilizam os mesmos artifícios para lavar a mente das ovelhas e mantê-las obedientes e comprometidas com algum objetivo estúpido/místico.
Não é necessária lógica ou explicações plausíveis, basta usar a tendência do ser humano em querer seguir lideranças carismáticas que ofereçam explicações mágicas sobre questões existenciais que elas não entendem. Junto a isso é essencial inventar ameaças apocalípticas que estariam prestes a acontecer e atingiram àqueles que não seguissem às regras ou questionassem a "verdade" suprema.
O manual que a série mostra é o que sustenta o sistema religioso há milênios, só que a ovelhas do rebanho se tornaram cegas demais pra perceber o óbvio, devido à lavagem cerebral que sofreram desde o nascimento...
Casamento às Cegas: Brasil (3ª Temporada)
2.7 52Foi a temporada com as mulheres mais descompensadas e histéricas de todas. Uma implica com chocolates, outra com uivos aleatórios, outra tem uma insegurança patológica sobre as ex do caras. E teve aquela que se incomodou pelo noivo tomar uma bebida pra dar uma comemorada. Foi de lascar...
O Valmir pode ser sem noção mas é o tipo de personagem que movimenta e dá audiência ao programa, não pode faltar um zé ruela desses nos reality shows.
Dentro desse contexto é surpreendente a quantidades de casamentos que o programa rendeu ao final, mas fica uma impressão que os caras entraram nessa arapuca só por medo de cancelamento. Não dá pra botar fé que nenhum daqueles casais dure muito tempo.
A Cúmplice do Mal: Monique Olivier
3.6 12 Assista AgoraBoa série, inspirada no caso real de Michel Fourniret conhecido como Ogro das Ardenas. Ele é considerado o maior assassino em série da França tendo feito no mínimo 7 vítimas entre 1987 e 2003. Ele morreu na prisão em 2021 devido à problemas cardíacos.
Em meio a tantas produções sobre seriais killers que se multiplicam aos montes, a Netflix acertou desta vez em focar na cúmplice, dando um certo diferencial ao caso.
Na série o foco é todo em Monique Olivier que era esposa do maníaco e teriam se conhecido por troca de cartas, enquanto ele ainda cumpria pena por estupro na década de 1960. Quando os crimes do marido foram descobertos inicialmente ela foi vista como mais uma vítima submissa, sendo obrigada a participar dos crimes pelo marido abusivo.
Posteriormente foi comprovada sua participação ativa nos sequestros e abusos que tinham detalhes macabros, como o fato de ela usar seu próprio filho como isca pra atrair as vítimas e fazendo depois fazer teste de virgindade nelas para comprovar se eram realmente virgens e satisfazer as fantasias sexuais do marido.
Atualmente ela continua presa e poderá pedir liberdade condicional em 2032, quando tiver 84 anos.
Clark
3.7 38A série é baseada no famoso assalto à banco ocorrido em Estocolmo no ano de 1973 que acabou dando origem à expressão "Síndrome de Estocolmo", pela atitude colaborativa dos reféns em relação aos seus sequestradores naquela ocasião.
O formato que escolheram para retratar o caso que foi questionável. Os relatos são muito fantasiosos e cartunescos, colocando em dúvida até onde se pode levar a sério o que está sendo mostrado. Além disso os episódios são longos e depois do 2º já se tornam cansativos e repetitivos.
Porém a caracterização do ator Bill Skarsgård como Clark Olofsson é excelente, tanto do ponto de vista comportamental quanto físico. Toda a ambientação dos anos 70 também é muito eficiente em recriar o clima da época, onde a precariedade investigativa das forças policiais favoreciam bastante a "carreira" desse tipo de criminoso.
A Netflix poderia ter optado por um formato mais convencional de "true crimes" para este caso, com mais imagens de época e depoimentos reais sobre o ocorrido. Seria mais interessante e principalmente mais informativo do que essa versão "pastelão".
Tomara que um dia produzam algo mais sério e detalhado sobre o assunto.
Departamento de Conspirações (Parte 2)
4.1 20 Assista AgoraDeu uma boa decaída em relação à primeira parte, onde as principais teorias da conspiração foram mostradas. Sobrou pra esta segunda parte detalhar mais sobre a origem dos personagens principais, o que não foi tão interessante quanto se esperava.
Também teve um destaque exagerado para abordar as crises sentimentais da Reagan, o que contribuiu pra levar a temporada pro o ralo de vez.
Músculos e Confusão: A História Por Trás de American Gladiators
3.6 4Interessante saber como a ideia do programa surgiu de forma improvisada, sem grandes ambições mas acabou se tornando um fenômeno mundial e muito lucrativo.
A série mostra com detalhes os bastidores das turnês e como a indústria do entretenimento é cruel com os artistas que movimentam as engrenagens do show. Por um lado parece abusivo mas essa é o padrão do show business, depois que assina o contrato já era.
E foi muita ingenuidade do elenco querer fazer chantagem achando que eram insubstituíveis, mesmo já sabendo como o público pouco se importava com quem saia ou entrava no programa.
Na Cola dos Assassinos (3ª Temporada)
3.6 7A temporada mantém a qualidade da série que é uma das melhores do gênero na Netflix. O grande atrativo dos episódios é que são curtos e direto ao ponto, em 40 minutos conseguem apresentar os casos com riqueza de detalhes. Com isso a série é uma boa opção tanto pra quem já tinha ouvido falar nos casos quanto pra quem não conhecia.
O destaque desta temporada são os casos do assassino da ferrovia e o intrigante imitador do Zodíaco que se mostrou tão escorregadio quanto o original e se não fosse por um golpe de sorte da polícia, provavelmente ele estaria solto até hoje como o original.
Perfil Falso (1ª Temporada)
2.5 58 Assista AgoraSérie fraca, cheio de personagens mal desenvolvidos e situações sem lógica. A premissa é inverossímil desde o primeiro capítulo, é possível imaginar várias soluções muito mais simples pra resolver os conflitos do que os planos mirabolantes que são vistos.
Lembra muito aqueles dramalhões mexicanos da pior qualidade, não dá pra entender o hype que isso gerou...
Black Mirror (6ª Temporada)
3.3 602Com exceção do primeiro episódio foi frustrante presenciar a decadência de uma das séries mais inovadoras dos últimos tempos.
Essa temporada é um reflexo dessa fase "lacradora" da Netflix e mostra nitidamente que quando o foco se limita em satisfazer certas "agendas" a qualidade do produto final acaba indo pro ralo. Tomara que a Netflix aprenda com esse fracasso e que essa série tão prestigiada volte a ter como principal preocupação o foco naquilo que o público realmente espera, que são aquelas histórias provocativas do tipo que "explodem a mente".
Departamento de Conspirações (Parte 1)
4.1 37 Assista AgoraBoa série cheia de referências, com bastante humor negro e sátiras inteligentes sobre as mais famosas teorias da conspiração. Mas são tantas novidades que surgem nas redes sociais que é até difícil se manter atualizado sobre todas as novidades desse tema.
O episódio dos terraplanistas (com a tatuagem DESPERTO) foi o melhor, dá uma boa amostra da nível de bitolamento dos conspiracionistas modernos, com suas teorias psicodélicas sobre a manipulação da humanidade pelo "Estado Profundo".
É tragicômico...
Terrorismo - Atentados Frustrados
3.6 3 Assista AgoraBom poder conhecer um pouco sobre os sistemas de vigilância que monitoram esse tipo de conspiração terrorista. Apesar dessa vigilância respingar na liberdade do cidadão comum é o tipo de mal necessário para se evitar tragédias causadas por perturbados religiosos ao redor do mundo.
E foi uma satisfação ter visto em um episódio um terrorista de 14 anos sendo condenado à prisão perpétua, é desse tipo de resposta exemplar que o mundo tá precisando pra combater crimes de ódio.
Arnold
4.1 54 Assista AgoraMuito bom conhecer essa trajetória inspiradora do Schwarzenegger que contra todas as probabilidades conseguiu se destacar em tudo que se propôs a fazer, usando inteligência e força de vontade. É uma história de vida extraordinária que facilmente poderia virar roteiro de filme.
O documentário foi perfeito em dividir a história em 3 segmentos, mostrando detalhes poucos conhecidos sobre sua vida antes da fama, em seguida como ator mundialmente reconhecido e por fim em sua aventura na política.
Inclusive essa parte foi a mais surpreendente, mostrando sua conexão com os Kennedy através do seu casamento com Maria Shriver e como isso foi moldando seu interesse pela carreira política. Mesmo desacreditado pela sua inexperiência, o cara pode não ter sido brilhante como governador mas pelo menos tentou fazer a diferença, tentando encaixar uma agenda fora dos padrões da política tradicional e deixar um legado.
Um receio era que o documentário fosse muito "chapa branca" como acontece muitas vezes, mas até nisso ele foi satisfatório ao mostrar os "esqueletos no armário" do Arnold. E ele matou no peito as polêmicas sem fugir dos assuntos, reconhecendo também suas derrotas.
Trabalho
3.5 4 Assista AgoraBom documentário, apesar de não trazer nada de muito novo mostra como está a questão do emprego nos EUA, numa época de transformações no mercado de trabalho causados pelo avanço da tecnologia.
Mas a participação do Barack Obama acaba sendo o grande atrativo, o cara é bom de papo e tem um carisma inegável. Pena não ter conseguido implementar mudanças mais impactantes e duradouras durante os 8 anos em que foi presidente.
Procurados - EUA: O Atentado à Maratona de Boston
4.1 15 Assista AgoraDocumentário muito bem produzido e com alto nível de detalhamento. Com várias entrevistas e imagens reais da época. Destaque para a impressionante perseguição cinematográfica ao terrorista pelas ruas de Boston.
Identificar esse tipo de "lobo solitário" é tarefa quase impossível, o perigo pode estar morando ao lado e ninguém desconfiar. Mas como foi mostrado existem formas de se monitorar comunicações suspeitas entre extremistas, se as autoridades tivessem levado mais a sério todos os indícios envolvendo esses dois irmãos talvez a tragédia fosse evitada...
Coleções que Valem Ouro (1ª Temporada)
3.2 5 Assista AgoraNão é um formato muito inovador, muito do que é mostrado pode ser visto em diversos canais por assinatura. Mas dentro da proposta do programa é um bom entretenimento pra quem curte esse tipo de leilões.
A crítica fica por conta do excesso de foco nos itens esportivos, deveria haver uma diversidade maior, principalmente com relação à artigos históricos que podem ser tão rentáveis quanto os esportivos da "moda".
O Cerco de Waco
3.4 23 Assista AgoraExcelente documentário, trazendo um resumo detalhado sobre um dos casos mais bizarros e notórios dos EUA. Além das imagens de época o grande diferencial são as entrevistas com as autoridades que participaram do cerco e alguns dos fanáticos bitolados sobreviventes. Tudo isso ofereceu uma visão mais ampla do que realmente motivou essa tragédia em 1993.
Até hoje muito se fala em abuso de autoridade e excessos cometidos pelos agentes federais no desfecho do caso. Mas em última análise dá pra perceber que o único erro das autoridades foi terem esperado 51 dias pra invadir.
Não é possível negociar com fanáticos cujos cérebros não funcionam mais de maneira racional, quando o fanatismo religioso entra por uma porta a sanidade mental já saiu pela outra. Isso claro nas entrevistas com sobreviventes, onde os fanáticos nunca reconhecem sua própria insanidade e ainda se julgam injustiçados pelo seu líder não poder praticar pedofilia em paz...
Neste tipo de caso a tolerância tem que ser zero. Não há espaço para argumentações lógicas com um sujeito que se considera uma reencarnação de divindade. Se tivessem invadido de surpresa logo no começo ou um sniper tivesse acertado a cabeça do líder dos malucos quando na primeira chance certamente o número de crianças mortas teria sido bem menor do que foi.