Documentário muito interessante, que não tem a proposta de oferecer soluções para o mistério do personagem D. B. Cooper e sim relembrar os detalhes do caso para quem não conhece e oferecer as últimas informações e teorias extravagantes para os fãs mais ferrenhos deste enigma policial.
Este continua sendo um dos crimes mais emblemáticos e cinematográficos da história, cometido por um anti herói que ainda gera (e vai gerar por muito tempo) entretenimento pra muitos entediados e desocupados pelo mundo...
E fascinante ver como a história virou um grande circo. A quantidade imensa (e em crescimento) de detetives de sofá entrando no vortex do Cooper em busca do santo graal dos casos nebulosos, cada um desesperado pelos seus 5 minutos de fama.
A principal linha de investigação mostrada no documentária diz respeito a Robert Rackstraw que teria ligações com a CIA e sempre foi o suspeito considerado o mais viável desde o início. É intrigante perceber como o FBI mostra um certo incômodo com tudo que esteja relacionado ao assunto, dando a entender que nunca facilitaria uma investigação que pudesse confirmar a real identidade de Cooper por investigadores independentes. É até compreensível, pois qualquer nova revelação atestaria a incompetência deles ao longo dos últimos 50 anos.
A relação de Dan Cooper com um personagem dos quadrinhos da época também parece incontestável e merecia ter sido melhor investigada. Mas a verdade é que depois de tanto tempo só encontrarão becos sem saída, como foi dito por vários entrevistados.
Devido a tudo isto, a lenda será inesgotável e este excelente documentário contribui pra botar mais lenha e manter essa fogueira acessa.
Excelente série, dinâmica, bem humorada e informativa trazendo vários conceitos surpreendentes mostrando que um mundo "Black Mirror" está cada dia mais plausível.
A proposta de mostrar tantas informações condensadas em episódios de 20 minutos é excelente, apesar de deixar algumas vezes uma sensação de superficialidade, muitos assuntos mereciam mais detalhes. Mas serve para motivar também para motivar o espectador a buscar mais informações sobre os temas.
Destaque para os seguintes episódios:
Relacionamentos futuristas com a personalização cada vez maior das opções para encontrar um par ideal.
Como os cuidados com a saúde serão automatizados no futuro com a digitalização de todo o histórico médico pessoal e criação de orgãos sob medida para substituir os originais e até se autocurar. Virar um cyborg aperfeiçoado geneticamente para viver centenas de anos será o novo normal.
Cheeseburguers feitos com carnes cultivadas artificialmente em casa e sem produzir danos ambientais.
E o melhor episódio de todos é sobre o pós vida futuro, onde os restos digitais poderão ser usados para criar avatares e a inteligência artificial permitirá a comunicação de uma versão artificial do morto. Muito coerente também a ideia dos cemitérios que usarão compostagem de corpos humanos para que sirvam de nutrientes para árvores que por sua vez teriam sistemas mostrando hologramas dos falecidos. É uma visão revolucionária e ecologicamente sustentável que ganharia facilmente muitos adeptos!
Mantêm o nível mediano da temporada anterior. Ainda não mostra qualquer indício de humor acima da média, apenas mais do mesmo.
Alguns episódios funcionam bem como: A vingança do George sobre o chefe, o acordo sexual furado, restaurante chinês e principalmente o episódio da mensagem comprometedora na secretária eletrônica que é o melhor da temporada.
Outros são pífios como o da jaqueta com forro esquisito, da estátua e o pior de todos que é aquele do ataque cardíaco do George.
Proposta interessante do programa, dá realmente uma noção do que rola nesses blind dates e da vergonha alheia que os envolvidos estão sujeitos.
Como todo reality do gênero sempre tem alguns episódios que rendem mais que outros, dependendo dos participantes escolhidos. O primeiro episódio da patricinha por exemplo foi difícil chegar ao final. Alguns participantes claramente demonstram nem estar tão envolvidos na dinâmica, estão ali só atrás de mídia e seus 5 minutos de fama.
De qualquer forma é um bom experimento social, a diversidade dos participantes também é algo interessante e alguns desfechos realmente surpreendem...
Essa temporada não tem o mesmo nível de originalidade e nem tantas surpresas e reviravoltas como a primeira. É mais uma prestação de contas sobre as tretas se desenrolaram após a série ir ao ar.
Mesmo assim continua sendo um ótimo entretenimento, principalmente trazendo novos detalhes sobre o desaparecimento obscuro do marido da Carol Baskin, que deixou os detetives de sofá enlouquecidos.
Pra que achava que Joe Exotic era insubstituível, a Netflix desencavou um Tim Stark que não deixa nada a desejar em termos de perturbação mental, merecia até um série própria...
Boa sequência que continua divertida e consegue manter o interesse do público na máfia dos tigres. Ainda deixando gancho pra outra temporada com a reviravolta do caso de Joe Exotic baseado na apresentação de novas provas.
O tipo de série que entrega muito mais do que promete. Quem poderia imaginar que por trás de zoológicos de felinos existiriam tantas intrigas e personagens tão excêntricos? Parabéns a Netflix por documentar tudo isso com tanta riqueza de detalhes, esse é o tipo de história que merece ser contada.
No final da temporada o destino dos tigres é o que menos interessa, as conspirações são muito mais interessantes. Que venham mais temporadas com o desenrolar desse caos!
Um documentário muito esclarecedor que já nem choca tanto pois escândalos semelhantes viraram quase rotina nos noticiários, não é o primeiro e nem será o último caso do tipo.
O caso serve para exemplificar perfeitamente como funcionam os sistemas religiosos, em geral todos usam a mesma fórmula que consiste na lavagem cerebral feita através da doutrinação desde a infância. Onde utilizam o método da ameaça de punição e recompensas para manter o rebanho obediente e amedrontado evitando questionamentos, pois questionar o líder, que se intitula escolhido de deus, seria como questionar a própria divindade.
Com relação à seita mostrada na série, existe o atenuante de serem uma comunidade fechada e totalmente controlada para evitar qualquer contato com o "mundo exterior", assim as pessoas apenas seguiam aquele fluxo como zumbis desde que nasciam. O que mais choca é que diariamente em pleno século 21 convivemos com essa realidade em nossa sociedade, onde as pessoas mesmo com todo acesso à informação ESCOLHEM se fingir de cegas e seguir lideranças religiosas que utilizam o mesmo método do Warren Jeffs para doutrinar o rebanho.
Mas com exceção da poligamia não existe muita diferença entre essa seita e o que fazem a milênios todas as religiões mais populares. Onde lideranças religiosas como papas, padres, pastores e médiuns (com suas supostas conexões diretas com alguma divindade) escravizam mentalmente seus seguidores fiéis com base em promessas e ameaças metafísicas e delirantes, para desta forma enriquecerem e manterem o ciclo de poder.
A pergunta que fica é se algum dia a humanidade vai se livrar desse tipo de "zumbificação religiosa", que bug mental é esse que leva o ser humano a ignorar a tapeação óbvia promovida pelas religiões e suas mitologias estapafúrdias, em troca de garantir seu lugarzinho num paraíso fantasioso?
Nesse contexto o slogan da seita de ovelhas cegas do Warren Jeffs é revelador: "Se não entender, apenas ignore..."
Não paraceu grande coisa, os diálogos são banais e poucas piadas funcionam. O corte para os shows de stand-up (que são horríveis) não funciona e serve só pra tirar o ritmo dos episódios.
Além disso a falta de continuidade das histórias entre os episódios é uma opção esquisita da produção. Como é a primeira temporada se espera que aconteça algum aperfeiçoamento nas narrativas, mas por enquanto não convenceu e toda a fama da série parece superestimada, deu saudades do The Office...
Um ponto positivo é a nostalgia noventista que alguns momentos resgatam como a cena na videolocadora, gente comprando jornal, engraxando sapatos, jogando jogos de tabuleiro e até usando cheques!
Um experimento bem produzido, é o entretenimento baseado em constrangimento alheio levado às últimas consequências. E ao contrário de outros realities, neste caso o constrangimento envolve também familiares e amigos dos participantes. Por isso esse tipo de programa faz sucesso, afinal quem não gosta de ver os outros se iludindo?
Logo na fase das cabines já fica claro que aquilo é "fogo de palha", todo mundo já passou por isso ou presenciou essas paixões fulminantes e sabe que quanto maior o fogo mais rápido a fogueira é consumida.
Além disso muitos participantes claramente forçavam afinidades no desespero de formar um casal a todo custo pra conseguir "mídia", pois sabiam que uma exposição no Netflix significa milhares de seguidores instantâneos no Instagram. Alguém acha que isso não era "motivação" extra pra forçar uma interação?
Apesar das críticas acredito que um relacionamento estável possa surgir desse tipo de contato cego inicial, quem não se lembra dos famosos chats da UOL nos primórdios da Internet? Quantos relacionamentos reais se formaram ali? Mas sem aquela aceleração que o programa impõe. O desgaste que os relacionamentos enfrentam em 30 dias com o convívio diário quase forçado levaria meses para ocorrer na vida real.
No youtube tem o episódio do reencontro, onde mais roupa suja é lavada e mostra o desfecho dos casais.
Documentário razoável, apesar de contar com detalhes todos os acontecimentos que levaram ao vazamento de radiação na usina Three Mile Island e a repercussão midiática posterior, acaba se perdendo no excesso de detalhes desinteressantes e irrelevantes.
Toda a parte documental é muito bem conduzida pela produção, inclusive com depoimentos de diversos personagens envolvidos no incidente como moradores, políticos e funcionários da usina. A parte de dramatização também é muito bem colocada causando uma melhor imersão na história dos acontecimentos.
A segunda metade do documentário perde um pouco o fôlego ao mostrar as questões das denúncias e a polêmica em torno do tal guindaste que claramente não acrescentam muito ao contexto geral dando até uma impressão de sensacionalismo barato.
Interessante notar toda a histeria coletiva causada após as notícias do vazamento, com a população pedindo o fechamento total da usina mesmo sem ter o real entendimento do que estava ocorrendo, numa amostra do pânico generalizado que a desinformação e os boatos infundados podem causar.
E todo este alvoroço histérico comprometeu muito o desenvolvimento da indústria nuclear. Perderam uma excelente oportunidade de usar este caso para aprimorar os protocolos de segurança e aumentar a rigidez na fiscalização, o que poderia tornar a produção de energia nuclear realmente segura e limpa.
Uma das séries mais instigantes da Netflix, mostra que a realidade pode muitas vezes superar os melhores roteiros fictícios.
Hofmann provavelmente percebeu o poder da tapeação religiosa desde criança dentro da comunidade mórmon em que nasceu e decidiu tirar vantagem da ignorância e vontade de acreditar daqueles crentes. Não é muito diferente do que fazem padres, papas, pais de santos, espíritas e pastores ao longo da história com exceção da parte da psicopatia e bombas....
A seguinte frase dita durante o último episódio é muito esclarecedora: "Se uma coisa parece verdadeira e as pessoas a aceitam como verdadeira então ela se torna verdadeira". Esse é o padrão das enganações religiosas, que levam as pessoas a acreditarem em baboseiras como tábuas de ouro, salamandras, cobras falantes, anjos, virgens grávidas desde que sejam devidamente doutrinadas ao longo da vida.
Sobre a série, segue o padrão de qualidade da Netflix em seus documentários, com bom detalhamento, depoimentos de testemunhas, reportagens de época e apesar da ausência de entrevista com o próprio falsificador são exibidos seus depoimentos reais colhidos durante o processo.
No final a pergunta que fica é: quem tinha mais talento pra ludibriar otários, Joseph Smith ou Mark Hofmann? A ironia da história é que se Mark fosse um pouco mais ambicioso poderia ter inventado sua própria religião ou seita e enriquecido legalmente com isso sem se arriscar!
"Quando a ganância do criminoso se une à ganância da vítima os resultados são imprevisíveis."
As pegadinhas são bem produzidas, alguns episódios acabam sendo mais inspirados do que outros. Também dependo muito das vítimas que participam, algumas rendem mais que outras, uns são muito inexpressivos e acabam tirando a graça da brincadeira. Deviam fazer uma seleção melhor dos participantes.
O clímax das pegadinhas que é onde o caos começa a se espalhar é muito apressado, quando as vítimas começam a pirar e apresentar as melhores reações a brincadeira é encerrada, deixando uma sensação de que poderiam ter estendido um pouco mais.
Ou seja, a ideia é boa mas podiam melhorar bastante.
Excelente série documental sobre um dos mais notórios criminosos dos EUA. Retrata a onda de assassinatos do serial killer John Wayne Gacy, que matou pelo menos 33 jovens entre 1972 e 1978 em Chicago. Apresenta farto material com imagens e entrevistas com muitos envolvidos no caso naquela época, como parentes, investigadores, repórteres e de uma das vítimas sobreviventes.
Além dos assassinatos a sangue frio também choca ver o descaso com que as autoridades lidaram com o assunto por se tratar de gays desaparecidos pouco se esforçavam para investigar. O que contribuiu para o aumento do número de vítimas totais que até hoje não foi totalmente contabilizado.
Porém gera incômodo o sensacionalismo com que a mídia tentou relacionar o assassino à figura de um palhaço pra vender mais jornal, como se ele usasse esse disfarce para atrair suas vítimas quando na realidade ele usava raramente a fantasia em eventos sociais que não tinham nada a ver com o caso. Na realidade a única máscara que ele utilizava era a de "cidadão de bem"...
O grande diferencial da série em relação a tantos outros documentários sobre este assassino são suas confissões obtidas durante sua prisão através de gravações de áudio de arquivo nunca antes ouvidas. Isso dá um toque a mais de credibilidade pois os eventos mostrados vão sendo intercalados com as declarações do próprio psicopata.
No final ainda mostra toda sua vaidade e arrogância debochando: "Eu matei 33 e eles só vão poder me matar uma vez. Gacy foi mais esperto de novo!"
Muito interessante a série, sobre um assunto popular mas cheios de tabus.
Bom poder conhecer a origem histórica de alguns palavrões que em muitos casos vão mudando de conotação ao longo do tempo de forma inexplicável como a palavra Dick que era uma simples abreviatura do nome Richard. E Pussy que originalmente fazia referência inocente aos gatos.
Outras origens são nebulosas e relacionadas com algumas lendas como Fuck que seria abreviatura de uma autorização real para os súditos poderem copular.
A série é um ótimo passatempo com Nicolas Cage mandando bem no modo sarcástico sempre ironizando as censuras hipócritas que essas palavras sofreram ao longo da história até mesmo no cinema, que até recentemente tinha regras estúpidas sobre os usos de certas expressões nos filmes.
Muito boa a proposta desse game show. É o único que alguém pode ganhar 1 milhão mesmo errando todas as perguntas saindo da mesmice dos programas desse gênero.
Os participantes e o apresentador são carismáticos e bem humorados tornando o programa um ótimo entretenimento, além de ser viciante. É difícil assistir um episódio só.
Bom documentário, trazendo um caso bizarro que gerou grande polêmica na época, servindo até para mudança nas leis, impedindo que criminosos posteriormente lucrem com seus crimes. Os episódios de mais de 1 hora cada acabam deixando a série um pouco arrastada, os depoimentos claramente são muito mais longos que o necessário para "encher linguiça".
Mas apesar de tudo é um documentário muito detalhado, com todos os fatos mostrados de forma até didática respeitando a cronologia dos acontecimentos e trazendo os depoimentos dos principais envolvidos.
No caso, Billy acusado de estupro nos anos 70 se aproveita do diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade para se tornar a primeira pessoa no sistema judiciário dos Estados Unidos a ser inocentada por isso.
O curioso é que desde o início a história inventada pelo criminoso era cheia de inconsistências, foi desmentido várias vezes como na carta em árabe e na questão de não falar os idiomas que afirmava conhecer. Isso levou a maioria dos especialistas a terem certeza de que se tratava de uma artimanha do cara pra se safar dos crimes. Mas como o caso foi considerado "exótico", alguns psiquiatras defenderam a história, até pra se promoverem na mídia e tirarem proveito da situação, inclusive com lançamento de livros.
Isso estimulou ainda mais o Billy a incrementar suas histórias, afinal a única personalidade verdadeira em todo esse caso era a personalidade narcisista dele. Com isso ele foi tirando cada vez mais vantagens do sistema legal e conseguindo lucrar ao se tornar uma celebridade. Inclusive com a informação inacreditável que o próprio James Cameron estava quase fechando a produção de um filme com o malandro...
Tudo isso seria apenas uma excentricidade cômica de um picareta tapeando a justiça se não fosse pelas mortes que poderiam ter sido evitadas se esse circo não tivesse sido armado desde o início, e não foi por falta de avisos. O golpe tá aí cai quem quer...
Muito boa série documental criminal, trazendo alguns casos de grande destaque na mídia envolvendo seriais killers famosos.
Os episódios são curtos e objetivos sem enrolação ou tentativas de criar suspenses para se chegar ao desfecho. Isso é ótimo pois todos os dados importantes sobre o caso estão lá, como os depoimentos dos envolvidos, confissões e reportagens de época. Mas não há desperdício de tempo com tramas paralelas.
Destaque para o caso da Aileen Wuornos que foi a primeira mulher serial killer a ser condenada nos EUA, e como ela foi capturada quase por acaso e em seguida confessou pra livra a cara da sua comparsa, com quem tinha um caso.
Documentário interessante, detalha situações interessantes do mundo da espionagem como por exemplo o tipo de "equipamentos raiz" que os espiões da moda antiga tinha que usar. E como a tecnologia foi mudando esse cenário e modernizando as técnicas.
A parte do recrutamento dos espiões usando dinheiro e a vaidade dos candidatos também é interessante. E ainda tem relatos de casos reais e o destino de espiões famosos.
Mas a imparcialidade deixou a desejar, a série é descaradamente tendenciosa principalmente ao mostrar espiões estrangeiros, ou agentes duplos atuando nos EUA como vilões e terem a cara de pau de sequer mencionar que fazem exatamente o mesmo com seu serviço secreto ao redor do mundo.
Ótimo documentário sobre um dos roubos mais famosos e engenhosos da história. A série detalha todos os detalhes logísticos desta operação e também da intrincada investigação que se seguiu ao longo de vários anos após o crime, inclusive com vários vídeos reais dos momentos das prisões de alguns envolvidos.
Este roubo é até hoje considerado o maior (em termos de dinheiro vivo) da história da gatunagem mundial. O montante foi de aproximadamente 160 milhões de reais, em cédulas de R$ 50 usadas e não rastreáveis, que juntas pesaram mais de três toneladas.
Dá sempre uma certa satisfação ver esse tipo de caso, onde o crime é realmente "organizado". Os caras conseguem causar um prejuízo desse tamanho nas instituições financeiras sem precisar dar um único tiro, só usando planejamento, informações privilegiadas e uma boa dose de cara de pau. Realmente como foi dito na série foi um crime cinematográfico!
O problema é que essa quantidade estratosférica de dinheiro não passa despercebida para ninguém. Inclusive os "parças" no submundo do crime e até policiais corruptos crescem os olhos em cima da grana. Por isso a fama de ser um "dinheiro maldito", pois os assaltantes tiveram que viver escondidos, desconfiados dos que estavam ao redor por medo de sequestros, extorsões e principalmente sem poder usufruir tanto do dinheiro. Deu pra notar inclusive o "alívio" que alguns pareceram sentir ao serem capturados e se livrarem da "maldição".
Outro aspecto interessante é ver que quando a PF realmente quer as investigações dão resultados. São mostrados em detalhes todo o procedimento de investigação e como as operações vão fechando o cerco, coletando pistas e usando informantes para resolver o caso. Mesmo sem a tecnologia e recursos atuais, toda a operação se mostra eficiente e bem orquestrada.
Isso deixa a sensação que o bom uso da inteligência na PF poderia fazer um estrago no crime organizado se tivessem a mesma determinação que demonstraram neste caso midiático e de mais repercussão nacional. Mas infelizmente como todos sabemos a corrupção que sempre se alastrou no meio policial impede que essa qualidade se torne rotina. E enquanto não se mudar essa realidade a eficiência da PF será sempre "seletiva", dependendo de seus alvos...
Apesar do documentário ser sobre o Neymar, ele é quase um coadjuvante na produção. Um cara de mais de 30 anos que mal consegue elaborar uma frase pra responder perguntas sobre a própria trajetória.
Chega a ser constrangedor tentar acompanhar alguma resposta dele, parece que a mente estacionou nos 15 anos de idade. Como um cara se dispõe a dar uma entrevista que será vista mundialmente no Netflix, deitado numa cama com os "parças" do lado como se fossem patéticos papagaios de pirata.
Quando se coloca no mesmo documentário jogadores bem articulados como Raí e Beckham, esse contraste fica ainda mais evidente. Por sorte dele, pra jogar futebol as habilidades necessárias são outras, e nessa área o cara realmente é fora da curva, os números comprovam isso e os haters vão ter que engolir, como o próprio Neymar disse numa entrevista após a conquista da medalha olímpica.
No final fica a sensação de ser um documentário pobre, em grande parte devido a participação do seu protagonista. Por incrível que pareça quem leva o documentário nas costas é o pai dele que consegue dar um mínimo coerência lógica para a história. Apesar do Neymar reclamar sobre o gerenciamento do pai em sua carreira, ele deveria é ficar muito grato, porque ficou óbvio que se não houvesse essa gestão firme por trás, com certeza o Neymar já teria "robinhado" na vida...
A série conta com seis episódios, com cerca de 20 minutos cada. E como é comum em produções do tipo, tem seus altos e baixos com uma alternância de qualidade entre os episódios.
Alguns são de qualidade bem duvidosa, como a parte sobre animações que parece até meio deslocado do restante da série, pode ter agradado aos fãs deste gênero, mas no geral foi bem maçante, cheio de detalhes técnicos desnecessários. Outro episódio dispensável é sobre “Tubarão” onde se esperava que fossem abordadas curiosidades da produção do filme, mas ficou só numa "homenagem" esquisita
Por outro lado os episódios sobre o filme "48 horas", que mudou paradigmas e praticamente fundou um novo gênero das "duplas de policiais", foi bem interessante com boas doses de curiosidades da produção e histórias de bastidores. Outro destaque foi a parte sobre vilões que se tornam icônicos por suas imperfeições, gerando simpatia entre os espectadores que se identificam com aspectos de suas personalidades.
Enfim, é uma série que tem um bom potencial, principalmente se souberem filtrar assuntos realmente interessantes e curiosos dos bastidores das grandes produções do cinema.
Nesta série, vencedora de um Globo de Ouro, o ponto alto sempre foram as reflexões existenciais sobre o sentimento de luto, para alguém que não tem a necessidade de se apegar a mitologias nem precisa de respostas consoladoras e ilusórias fornecidas por religiões para superar uma perda. Assim ele mostra que dentro dentro da racionalidade é perfeitamente possível conviver com o luto de uma forma saudável e até com uma certa visão bem humorada que envolvem essas situações.
O personagem Tony praticamente reflete o estilo pragmático do Ricky Gervais, que é um ateu convicto e nos seus stand-up sempre carrega no sarcasmo contra religião, pseudociências e superstições imbecis.
Com isso a série se despediu em alta, durou o tempo certo, sem se alongar desnecessariamente e nem se repetir. E deu aos seus personagens destinos satisfatórios, apesar de um exagero em encaixar "finais felizes" e melodramáticos no desfecho, contrastando com a proposta mais melancólica da série...
"Horóscopo é uma farsa, inventada apenas para consolar ingênuos e desesperados."
Ótima série documental sobre o "Assassino do Tronco" que aterrorizou a Nova Iorque dos anos 70.
Os capítulos são bem detalhados, com muitas imagens de arquivo e entrevistas com testemunhas e investigadores da época. Tudo isso favorece a imersão do espectador na história, dando uma noção real do ambiente sombrio e sujo da Times Square na década de 70.
Neste contexto geral favoreceu o aparecimento não apenas deste mas de uma série de psicopatas, que se aproveitavam da qualidade precária dos métodos de investigações da época para ficarem impunes.
É chocante ver como o trabalho policial era ainda mais negligente e quase amador comparado aos tempos atuais, sequer havia uma integração do sistema policial entre cidades próximas para se compartilhar informações de crimes, deixando os seriais killers à vontade para circularem na região. Junto a isso havia o fato de as prostitutas serem vistas quase como objetos descartáveis, e a morte de algumas era de certa forma tolerada e visto até como uma "limpeza" bem vinda da área.
O último capítulo é o mais marcante, com a entrevista do próprio assassino confessando ter matado uma média de 2 vítimas por mês durante vários anos, num total aproximado de 90 assassinatos ao todo (a maioria não solucionados). Ou seja, o que vimos foi só a ponta desse iceberg grotesco...
Série curiosa e pouco divulgada, aborda vários temas falando sobre como nós estamos conectados hoje em dia, de uma forma que nem nós mesmo imaginamos.
Alguns episódios são mais interessantes que outros, com destaque para o que fala sobre os padrões numéricos da lei de Benford, que chega a ser meio assustador.
De forma geral o apresentador e jornalista Latif Nasser além de carismático consegue passar as informações de forma leve, mas poderia ser um pouco mais objetivo. Alguns episódios acabam se tornando meio cansativos devido à enrolação do apresentador.
D. B. Cooper: Desaparecimento no Ar
3.1 12 Assista AgoraDocumentário muito interessante, que não tem a proposta de oferecer soluções para o mistério do personagem D. B. Cooper e sim relembrar os detalhes do caso para quem não conhece e oferecer as últimas informações e teorias extravagantes para os fãs mais ferrenhos deste enigma policial.
Este continua sendo um dos crimes mais emblemáticos e cinematográficos da história, cometido por um anti herói que ainda gera (e vai gerar por muito tempo) entretenimento pra muitos entediados e desocupados pelo mundo...
E fascinante ver como a história virou um grande circo. A quantidade imensa (e em crescimento) de detetives de sofá entrando no vortex do Cooper em busca do santo graal dos casos nebulosos, cada um desesperado pelos seus 5 minutos de fama.
A principal linha de investigação mostrada no documentária diz respeito a Robert Rackstraw que teria ligações com a CIA e sempre foi o suspeito considerado o mais viável desde o início. É intrigante perceber como o FBI mostra um certo incômodo com tudo que esteja relacionado ao assunto, dando a entender que nunca facilitaria uma investigação que pudesse confirmar a real identidade de Cooper por investigadores independentes. É até compreensível, pois qualquer nova revelação atestaria a incompetência deles ao longo dos últimos 50 anos.
A relação de Dan Cooper com um personagem dos quadrinhos da época também parece incontestável e merecia ter sido melhor investigada. Mas a verdade é que depois de tanto tempo só encontrarão becos sem saída, como foi dito por vários entrevistados.
Devido a tudo isto, a lenda será inesgotável e este excelente documentário contribui pra botar mais lenha e manter essa fogueira acessa.
O futuro
3.6 7 Assista AgoraExcelente série, dinâmica, bem humorada e informativa trazendo vários conceitos surpreendentes mostrando que um mundo "Black Mirror" está cada dia mais plausível.
A proposta de mostrar tantas informações condensadas em episódios de 20 minutos é excelente, apesar de deixar algumas vezes uma sensação de superficialidade, muitos assuntos mereciam mais detalhes. Mas serve para motivar também para motivar o espectador a buscar mais informações sobre os temas.
Destaque para os seguintes episódios:
Relacionamentos futuristas com a personalização cada vez maior das opções para encontrar um par ideal.
Como os cuidados com a saúde serão automatizados no futuro com a digitalização de todo o histórico médico pessoal e criação de orgãos sob medida para substituir os originais e até se autocurar. Virar um cyborg aperfeiçoado geneticamente para viver centenas de anos será o novo normal.
Cheeseburguers feitos com carnes cultivadas artificialmente em casa e sem produzir danos ambientais.
E o melhor episódio de todos é sobre o pós vida futuro, onde os restos digitais poderão ser usados para criar avatares e a inteligência artificial permitirá a comunicação de uma versão artificial do morto. Muito coerente também a ideia dos cemitérios que usarão compostagem de corpos humanos para que sirvam de nutrientes para árvores que por sua vez teriam sistemas mostrando hologramas dos falecidos. É uma visão revolucionária e ecologicamente sustentável que ganharia facilmente muitos adeptos!
Seinfeld (2ª Temporada)
4.3 93 Assista AgoraMantêm o nível mediano da temporada anterior. Ainda não mostra qualquer indício de humor acima da média, apenas mais do mesmo.
Alguns episódios funcionam bem como: A vingança do George sobre o chefe, o acordo sexual furado, restaurante chinês e principalmente o episódio da mensagem comprometedora na secretária eletrônica que é o melhor da temporada.
Outros são pífios como o da jaqueta com forro esquisito, da estátua e o pior de todos que é aquele do ataque cardíaco do George.
O Crush Perfeito (1ª Temporada)
3.0 59Proposta interessante do programa, dá realmente uma noção do que rola nesses blind dates e da vergonha alheia que os envolvidos estão sujeitos.
Como todo reality do gênero sempre tem alguns episódios que rendem mais que outros, dependendo dos participantes escolhidos. O primeiro episódio da patricinha por exemplo foi difícil chegar ao final. Alguns participantes claramente demonstram nem estar tão envolvidos na dinâmica, estão ali só atrás de mídia e seus 5 minutos de fama.
De qualquer forma é um bom experimento social, a diversidade dos participantes também é algo interessante e alguns desfechos realmente surpreendem...
A Máfia dos Tigres (2ª Temporada)
3.1 31 Assista AgoraEssa temporada não tem o mesmo nível de originalidade e nem tantas surpresas e reviravoltas como a primeira. É mais uma prestação de contas sobre as tretas se desenrolaram após a série ir ao ar.
Mesmo assim continua sendo um ótimo entretenimento, principalmente trazendo novos detalhes sobre o desaparecimento obscuro do marido da Carol Baskin, que deixou os detetives de sofá enlouquecidos.
Pra que achava que Joe Exotic era insubstituível, a Netflix desencavou um Tim Stark que não deixa nada a desejar em termos de perturbação mental, merecia até um série própria...
Boa sequência que continua divertida e consegue manter o interesse do público na máfia dos tigres. Ainda deixando gancho pra outra temporada com a reviravolta do caso de Joe Exotic baseado na apresentação de novas provas.
A Máfia dos Tigres (1ª Temporada)
4.0 219O tipo de série que entrega muito mais do que promete. Quem poderia imaginar que por trás de zoológicos de felinos existiriam tantas intrigas e personagens tão excêntricos? Parabéns a Netflix por documentar tudo isso com tanta riqueza de detalhes, esse é o tipo de história que merece ser contada.
No final da temporada o destino dos tigres é o que menos interessa, as conspirações são muito mais interessantes. Que venham mais temporadas com o desenrolar desse caos!
Rezar e Obedecer (1ª Temporada)
4.0 68Um documentário muito esclarecedor que já nem choca tanto pois escândalos semelhantes viraram quase rotina nos noticiários, não é o primeiro e nem será o último caso do tipo.
O caso serve para exemplificar perfeitamente como funcionam os sistemas religiosos, em geral todos usam a mesma fórmula que consiste na lavagem cerebral feita através da doutrinação desde a infância. Onde utilizam o método da ameaça de punição e recompensas para manter o rebanho obediente e amedrontado evitando questionamentos, pois questionar o líder, que se intitula escolhido de deus, seria como questionar a própria divindade.
Com relação à seita mostrada na série, existe o atenuante de serem uma comunidade fechada e totalmente controlada para evitar qualquer contato com o "mundo exterior", assim as pessoas apenas seguiam aquele fluxo como zumbis desde que nasciam. O que mais choca é que diariamente em pleno século 21 convivemos com essa realidade em nossa sociedade, onde as pessoas mesmo com todo acesso à informação ESCOLHEM se fingir de cegas e seguir lideranças religiosas que utilizam o mesmo método do Warren Jeffs para doutrinar o rebanho.
Mas com exceção da poligamia não existe muita diferença entre essa seita e o que fazem a milênios todas as religiões mais populares. Onde lideranças religiosas como papas, padres, pastores e médiuns (com suas supostas conexões diretas com alguma divindade) escravizam mentalmente seus seguidores fiéis com base em promessas e ameaças metafísicas e delirantes, para desta forma enriquecerem e manterem o ciclo de poder.
A pergunta que fica é se algum dia a humanidade vai se livrar desse tipo de "zumbificação religiosa", que bug mental é esse que leva o ser humano a ignorar a tapeação óbvia promovida pelas religiões e suas mitologias estapafúrdias, em troca de garantir seu lugarzinho num paraíso fantasioso?
Nesse contexto o slogan da seita de ovelhas cegas do Warren Jeffs é revelador: "Se não entender, apenas ignore..."
Seinfeld (1ª Temporada)
4.1 180 Assista AgoraNão paraceu grande coisa, os diálogos são banais e poucas piadas funcionam. O corte para os shows de stand-up (que são horríveis) não funciona e serve só pra tirar o ritmo dos episódios.
Além disso a falta de continuidade das histórias entre os episódios é uma opção esquisita da produção. Como é a primeira temporada se espera que aconteça algum aperfeiçoamento nas narrativas, mas por enquanto não convenceu e toda a fama da série parece superestimada, deu saudades do The Office...
Um ponto positivo é a nostalgia noventista que alguns momentos resgatam como a cena na videolocadora, gente comprando jornal, engraxando sapatos, jogando jogos de tabuleiro e até usando cheques!
Casamento às Cegas: Brasil (1ª Temporada)
3.1 157 Assista AgoraUm experimento bem produzido, é o entretenimento baseado em constrangimento alheio levado às últimas consequências. E ao contrário de outros realities, neste caso o constrangimento envolve também familiares e amigos dos participantes. Por isso esse tipo de programa faz sucesso, afinal quem não gosta de ver os outros se iludindo?
Logo na fase das cabines já fica claro que aquilo é "fogo de palha", todo mundo já passou por isso ou presenciou essas paixões fulminantes e sabe que quanto maior o fogo mais rápido a fogueira é consumida.
Além disso muitos participantes claramente forçavam afinidades no desespero de formar um casal a todo custo pra conseguir "mídia", pois sabiam que uma exposição no Netflix significa milhares de seguidores instantâneos no Instagram. Alguém acha que isso não era "motivação" extra pra forçar uma interação?
Apesar das críticas acredito que um relacionamento estável possa surgir desse tipo de contato cego inicial, quem não se lembra dos famosos chats da UOL nos primórdios da Internet? Quantos relacionamentos reais se formaram ali? Mas sem aquela aceleração que o programa impõe. O desgaste que os relacionamentos enfrentam em 30 dias com o convívio diário quase forçado levaria meses para ocorrer na vida real.
No youtube tem o episódio do reencontro, onde mais roupa suja é lavada e mostra o desfecho dos casais.
O mais surpreendente é o plot twist da Fernanda e Mack que depois do programa se reencontraram e tiveram até filho.
Reação Nuclear
3.4 14Documentário razoável, apesar de contar com detalhes todos os acontecimentos que levaram ao vazamento de radiação na usina Three Mile Island e a repercussão midiática posterior, acaba se perdendo no excesso de detalhes desinteressantes e irrelevantes.
Toda a parte documental é muito bem conduzida pela produção, inclusive com depoimentos de diversos personagens envolvidos no incidente como moradores, políticos e funcionários da usina. A parte de dramatização também é muito bem colocada causando uma melhor imersão na história dos acontecimentos.
A segunda metade do documentário perde um pouco o fôlego ao mostrar as questões das denúncias e a polêmica em torno do tal guindaste que claramente não acrescentam muito ao contexto geral dando até uma impressão de sensacionalismo barato.
Interessante notar toda a histeria coletiva causada após as notícias do vazamento, com a população pedindo o fechamento total da usina mesmo sem ter o real entendimento do que estava ocorrendo, numa amostra do pânico generalizado que a desinformação e os boatos infundados podem causar.
E todo este alvoroço histérico comprometeu muito o desenvolvimento da indústria nuclear. Perderam uma excelente oportunidade de usar este caso para aprimorar os protocolos de segurança e aumentar a rigidez na fiscalização, o que poderia tornar a produção de energia nuclear realmente segura e limpa.
O Falsificador Mórmon
3.6 20 Assista AgoraUma das séries mais instigantes da Netflix, mostra que a realidade pode muitas vezes superar os melhores roteiros fictícios.
Hofmann provavelmente percebeu o poder da tapeação religiosa desde criança dentro da comunidade mórmon em que nasceu e decidiu tirar vantagem da ignorância e vontade de acreditar daqueles crentes. Não é muito diferente do que fazem padres, papas, pais de santos, espíritas e pastores ao longo da história com exceção da parte da psicopatia e bombas....
A seguinte frase dita durante o último episódio é muito esclarecedora: "Se uma coisa parece verdadeira e as pessoas a aceitam como verdadeira então ela se torna verdadeira". Esse é o padrão das enganações religiosas, que levam as pessoas a acreditarem em baboseiras como tábuas de ouro, salamandras, cobras falantes, anjos, virgens grávidas desde que sejam devidamente doutrinadas ao longo da vida.
Sobre a série, segue o padrão de qualidade da Netflix em seus documentários, com bom detalhamento, depoimentos de testemunhas, reportagens de época e apesar da ausência de entrevista com o próprio falsificador são exibidos seus depoimentos reais colhidos durante o processo.
No final a pergunta que fica é: quem tinha mais talento pra ludibriar otários, Joseph Smith ou Mark Hofmann? A ironia da história é que se Mark fosse um pouco mais ambicioso poderia ter inventado sua própria religião ou seita e enriquecido legalmente com isso sem se arriscar!
"Quando a ganância do criminoso se une à ganância da vítima os resultados são imprevisíveis."
Grite, você está sendo filmado (Temporada 2)
3.1 14As pegadinhas são bem produzidas, alguns episódios acabam sendo mais inspirados do que outros. Também dependo muito das vítimas que participam, algumas rendem mais que outras, uns são muito inexpressivos e acabam tirando a graça da brincadeira. Deviam fazer uma seleção melhor dos participantes.
O clímax das pegadinhas que é onde o caos começa a se espalhar é muito apressado, quando as vítimas começam a pirar e apresentar as melhores reações a brincadeira é encerrada, deixando uma sensação de que poderiam ter estendido um pouco mais.
Ou seja, a ideia é boa mas podiam melhorar bastante.
Conversando com um Serial Killer: O Palhaço Assassino
3.7 84Excelente série documental sobre um dos mais notórios criminosos dos EUA. Retrata a onda de assassinatos do serial killer John Wayne Gacy, que matou pelo menos 33 jovens entre 1972 e 1978 em Chicago. Apresenta farto material com imagens e entrevistas com muitos envolvidos no caso naquela época, como parentes, investigadores, repórteres e de uma das vítimas sobreviventes.
Além dos assassinatos a sangue frio também choca ver o descaso com que as autoridades lidaram com o assunto por se tratar de gays desaparecidos pouco se esforçavam para investigar. O que contribuiu para o aumento do número de vítimas totais que até hoje não foi totalmente contabilizado.
Porém gera incômodo o sensacionalismo com que a mídia tentou relacionar o assassino à figura de um palhaço pra vender mais jornal, como se ele usasse esse disfarce para atrair suas vítimas quando na realidade ele usava raramente a fantasia em eventos sociais que não tinham nada a ver com o caso. Na realidade a única máscara que ele utilizava era a de "cidadão de bem"...
O grande diferencial da série em relação a tantos outros documentários sobre este assassino são suas confissões obtidas durante sua prisão através de gravações de áudio de arquivo nunca antes ouvidas. Isso dá um toque a mais de credibilidade pois os eventos mostrados vão sendo intercalados com as declarações do próprio psicopata.
No final ainda mostra toda sua vaidade e arrogância debochando: "Eu matei 33 e eles só vão poder me matar uma vez. Gacy foi mais esperto de novo!"
A História do Palavrão (1ª Temporada)
3.7 16 Assista AgoraMuito interessante a série, sobre um assunto popular mas cheios de tabus.
Bom poder conhecer a origem histórica de alguns palavrões que em muitos casos vão mudando de conotação ao longo do tempo de forma inexplicável como a palavra Dick que era uma simples abreviatura do nome Richard. E Pussy que originalmente fazia referência inocente aos gatos.
Outras origens são nebulosas e relacionadas com algumas lendas como Fuck que seria abreviatura de uma autorização real para os súditos poderem copular.
A série é um ótimo passatempo com Nicolas Cage mandando bem no modo sarcástico sempre ironizando as censuras hipócritas que essas palavras sofreram ao longo da história até mesmo no cinema, que até recentemente tinha regras estúpidas sobre os usos de certas expressões nos filmes.
Bola dentro da Netflix!
O Blefe de 1 Milhão!
3.4 8 Assista AgoraMuito boa a proposta desse game show. É o único que alguém pode ganhar 1 milhão mesmo errando todas as perguntas saindo da mesmice dos programas desse gênero.
Os participantes e o apresentador são carismáticos e bem humorados tornando o programa um ótimo entretenimento, além de ser viciante. É difícil assistir um episódio só.
As 24 Personalidades de Billy Milligan
3.6 51 Assista AgoraBom documentário, trazendo um caso bizarro que gerou grande polêmica na época, servindo até para mudança nas leis, impedindo que criminosos posteriormente lucrem com seus crimes. Os episódios de mais de 1 hora cada acabam deixando a série um pouco arrastada, os depoimentos claramente são muito mais longos que o necessário para "encher linguiça".
Mas apesar de tudo é um documentário muito detalhado, com todos os fatos mostrados de forma até didática respeitando a cronologia dos acontecimentos e trazendo os depoimentos dos principais envolvidos.
No caso, Billy acusado de estupro nos anos 70 se aproveita do diagnóstico de transtorno dissociativo de identidade para se tornar a primeira pessoa no sistema judiciário dos Estados Unidos a ser inocentada por isso.
O curioso é que desde o início a história inventada pelo criminoso era cheia de inconsistências, foi desmentido várias vezes como na carta em árabe e na questão de não falar os idiomas que afirmava conhecer. Isso levou a maioria dos especialistas a terem certeza de que se tratava de uma artimanha do cara pra se safar dos crimes. Mas como o caso foi considerado "exótico", alguns psiquiatras defenderam a história, até pra se promoverem na mídia e tirarem proveito da situação, inclusive com lançamento de livros.
Isso estimulou ainda mais o Billy a incrementar suas histórias, afinal a única personalidade verdadeira em todo esse caso era a personalidade narcisista dele. Com isso ele foi tirando cada vez mais vantagens do sistema legal e conseguindo lucrar ao se tornar uma celebridade. Inclusive com a informação inacreditável que o próprio James Cameron estava quase fechando a produção de um filme com o malandro...
Tudo isso seria apenas uma excentricidade cômica de um picareta tapeando a justiça se não fosse pelas mortes que poderiam ter sido evitadas se esse circo não tivesse sido armado desde o início, e não foi por falta de avisos. O golpe tá aí cai quem quer...
Na Cola dos Assassinos (1ª Temporada)
3.6 24Muito boa série documental criminal, trazendo alguns casos de grande destaque na mídia envolvendo seriais killers famosos.
Os episódios são curtos e objetivos sem enrolação ou tentativas de criar suspenses para se chegar ao desfecho. Isso é ótimo pois todos os dados importantes sobre o caso estão lá, como os depoimentos dos envolvidos, confissões e reportagens de época. Mas não há desperdício de tempo com tramas paralelas.
Destaque para o caso da Aileen Wuornos que foi a primeira mulher serial killer a ser condenada nos EUA, e como ela foi capturada quase por acaso e em seguida confessou pra livra a cara da sua comparsa, com quem tinha um caso.
Com certeza, vale conferir a 2ª temporada.
O Arsenal dos Espiões
3.2 8Documentário interessante, detalha situações interessantes do mundo da espionagem como por exemplo o tipo de "equipamentos raiz" que os espiões da moda antiga tinha que usar. E como a tecnologia foi mudando esse cenário e modernizando as técnicas.
A parte do recrutamento dos espiões usando dinheiro e a vaidade dos candidatos também é interessante. E ainda tem relatos de casos reais e o destino de espiões famosos.
Mas a imparcialidade deixou a desejar, a série é descaradamente tendenciosa principalmente ao mostrar espiões estrangeiros, ou agentes duplos atuando nos EUA como vilões e terem a cara de pau de sequer mencionar que fazem exatamente o mesmo com seu serviço secreto ao redor do mundo.
3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central
3.8 53Ótimo documentário sobre um dos roubos mais famosos e engenhosos da história. A série detalha todos os detalhes logísticos desta operação e também da intrincada investigação que se seguiu ao longo de vários anos após o crime, inclusive com vários vídeos reais dos momentos das prisões de alguns envolvidos.
Este roubo é até hoje considerado o maior (em termos de dinheiro vivo) da história da gatunagem mundial. O montante foi de aproximadamente 160 milhões de reais, em cédulas de R$ 50 usadas e não rastreáveis, que juntas pesaram mais de três toneladas.
Dá sempre uma certa satisfação ver esse tipo de caso, onde o crime é realmente "organizado". Os caras conseguem causar um prejuízo desse tamanho nas instituições financeiras sem precisar dar um único tiro, só usando planejamento, informações privilegiadas e uma boa dose de cara de pau. Realmente como foi dito na série foi um crime cinematográfico!
O problema é que essa quantidade estratosférica de dinheiro não passa despercebida para ninguém. Inclusive os "parças" no submundo do crime e até policiais corruptos crescem os olhos em cima da grana. Por isso a fama de ser um "dinheiro maldito", pois os assaltantes tiveram que viver escondidos, desconfiados dos que estavam ao redor por medo de sequestros, extorsões e principalmente sem poder usufruir tanto do dinheiro. Deu pra notar inclusive o "alívio" que alguns pareceram sentir ao serem capturados e se livrarem da "maldição".
Outro aspecto interessante é ver que quando a PF realmente quer as investigações dão resultados. São mostrados em detalhes todo o procedimento de investigação e como as operações vão fechando o cerco, coletando pistas e usando informantes para resolver o caso. Mesmo sem a tecnologia e recursos atuais, toda a operação se mostra eficiente e bem orquestrada.
Isso deixa a sensação que o bom uso da inteligência na PF poderia fazer um estrago no crime organizado se tivessem a mesma determinação que demonstraram neste caso midiático e de mais repercussão nacional. Mas infelizmente como todos sabemos a corrupção que sempre se alastrou no meio policial impede que essa qualidade se torne rotina. E enquanto não se mudar essa realidade a eficiência da PF será sempre "seletiva", dependendo de seus alvos...
Neymar: O Caos Perfeito
3.2 68Apesar do documentário ser sobre o Neymar, ele é quase um coadjuvante na produção. Um cara de mais de 30 anos que mal consegue elaborar uma frase pra responder perguntas sobre a própria trajetória.
Chega a ser constrangedor tentar acompanhar alguma resposta dele, parece que a mente estacionou nos 15 anos de idade. Como um cara se dispõe a dar uma entrevista que será vista mundialmente no Netflix, deitado numa cama com os "parças" do lado como se fossem patéticos papagaios de pirata.
Quando se coloca no mesmo documentário jogadores bem articulados como Raí e Beckham, esse contraste fica ainda mais evidente. Por sorte dele, pra jogar futebol as habilidades necessárias são outras, e nessa área o cara realmente é fora da curva, os números comprovam isso e os haters vão ter que engolir, como o próprio Neymar disse numa entrevista após a conquista da medalha olímpica.
No final fica a sensação de ser um documentário pobre, em grande parte devido a participação do seu protagonista. Por incrível que pareça quem leva o documentário nas costas é o pai dele que consegue dar um mínimo coerência lógica para a história. Apesar do Neymar reclamar sobre o gerenciamento do pai em sua carreira, ele deveria é ficar muito grato, porque ficou óbvio que se não houvesse essa gestão firme por trás, com certeza o Neymar já teria "robinhado" na vida...
A Ótica do Cinema
3.8 9A série conta com seis episódios, com cerca de 20 minutos cada. E como é comum em produções do tipo, tem seus altos e baixos com uma alternância de qualidade entre os episódios.
Alguns são de qualidade bem duvidosa, como a parte sobre animações que parece até meio deslocado do restante da série, pode ter agradado aos fãs deste gênero, mas no geral foi bem maçante, cheio de detalhes técnicos desnecessários. Outro episódio dispensável é sobre “Tubarão” onde se esperava que fossem abordadas curiosidades da produção do filme, mas ficou só numa "homenagem" esquisita
Por outro lado os episódios sobre o filme "48 horas", que mudou paradigmas e praticamente fundou um novo gênero das "duplas de policiais", foi bem interessante com boas doses de curiosidades da produção e histórias de bastidores. Outro destaque foi a parte sobre vilões que se tornam icônicos por suas imperfeições, gerando simpatia entre os espectadores que se identificam com aspectos de suas personalidades.
Enfim, é uma série que tem um bom potencial, principalmente se souberem filtrar assuntos realmente interessantes e curiosos dos bastidores das grandes produções do cinema.
After Life: Vocês Vão Ter de Me Engolir (3ª Temporada)
4.1 63 Assista AgoraNesta série, vencedora de um Globo de Ouro, o ponto alto sempre foram as reflexões existenciais sobre o sentimento de luto, para alguém que não tem a necessidade de se apegar a mitologias nem precisa de respostas consoladoras e ilusórias fornecidas por religiões para superar uma perda. Assim ele mostra que dentro dentro da racionalidade é perfeitamente possível conviver com o luto de uma forma saudável e até com uma certa visão bem humorada que envolvem essas situações.
O personagem Tony praticamente reflete o estilo pragmático do Ricky Gervais, que é um ateu convicto e nos seus stand-up sempre carrega no sarcasmo contra religião, pseudociências e superstições imbecis.
Com isso a série se despediu em alta, durou o tempo certo, sem se alongar desnecessariamente e nem se repetir. E deu aos seus personagens destinos satisfatórios, apesar de um exagero em encaixar "finais felizes" e melodramáticos no desfecho, contrastando com a proposta mais melancólica da série...
"Horóscopo é uma farsa, inventada apenas para consolar ingênuos e desesperados."
Cena do Crime: O Assassino da Times Square
3.4 19 Assista AgoraÓtima série documental sobre o "Assassino do Tronco" que aterrorizou a Nova Iorque dos anos 70.
Os capítulos são bem detalhados, com muitas imagens de arquivo e entrevistas com testemunhas e investigadores da época. Tudo isso favorece a imersão do espectador na história, dando uma noção real do ambiente sombrio e sujo da Times Square na década de 70.
Neste contexto geral favoreceu o aparecimento não apenas deste mas de uma série de psicopatas, que se aproveitavam da qualidade precária dos métodos de investigações da época para ficarem impunes.
É chocante ver como o trabalho policial era ainda mais negligente e quase amador comparado aos tempos atuais, sequer havia uma integração do sistema policial entre cidades próximas para se compartilhar informações de crimes, deixando os seriais killers à vontade para circularem na região. Junto a isso havia o fato de as prostitutas serem vistas quase como objetos descartáveis, e a morte de algumas era de certa forma tolerada e visto até como uma "limpeza" bem vinda da área.
O último capítulo é o mais marcante, com a entrevista do próprio assassino confessando ter matado uma média de 2 vítimas por mês durante vários anos, num total aproximado de 90 assassinatos ao todo (a maioria não solucionados). Ou seja, o que vimos foi só a ponta desse iceberg grotesco...
A Era dos Dados: A Ciência por Trás de Tudo …
4.0 12 Assista AgoraSérie curiosa e pouco divulgada, aborda vários temas falando sobre como nós estamos conectados hoje em dia, de uma forma que nem nós mesmo imaginamos.
Alguns episódios são mais interessantes que outros, com destaque para o que fala sobre os padrões numéricos da lei de Benford, que chega a ser meio assustador.
De forma geral o apresentador e jornalista Latif Nasser além de carismático consegue passar as informações de forma leve, mas poderia ser um pouco mais objetivo. Alguns episódios acabam se tornando meio cansativos devido à enrolação do apresentador.