Alegoria muito bem marcada pra demência senil/alzheimer. Lembrou "Meu Pai", só que trocando a sensibilidade pelo horror. Em Meu Pai a doença se expande pro exterior, assim ficando evidente ao expectador; em Relíquia Macabra (péssimo título BR) o expectador, através da sanidade da filha e da neta, é quem vai adentrando fisicamente - pelo interior oculto da casa -, nos meandros de um cérebro decadente, confuso, triste, distorcido e cheio de fantasmas. Em ambos os filmes o ritmo é bem demarcado e vai crescendo aos poucos, até que não haja mais identidade, só que nesse a coisa não é tão bem construída no primeiro ato e não se desenvolve tão bem no segundo. Claro, não há comparações entre os dois filmes pois são propostas absolutamente distintas.
“Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que veem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os veem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.”
descamba prum "behind the scenes" de monstros em suas matanças, o que é um comentário ainda mais sarcástico a hegemonia cultural dos EUA, aqui representada pelos slashers oitentistas. Se no primeiro havia certo respeito ao subgênero, com a construção da atmosfera, clímax e etc, aqui o filme parte pra zombaria escrachada, sem qualquer compostura.
Como esperado, o melhor filme de terror de 2021. A combinação Banjong Pisanthanakun + Na Hong-jin deu exatamente naquilo que eu imaginava: um filme que funciona em duas camadas de horror puro.
A 1ª, na parte "found footage", explora um terror explícito, visual, com sustos e tudo mais que a gente tá acostumado no subgênero e tbm nos (melhores) filmes de possessão demoníaca; a 2ª complementa a 1ª e a deixa ainda mais assustadora: um terror folclórico muito bem ambientado, com uma fotografia que simplesmente ignora as limitações do formato "found footage", atuações afinadíssimas (contidas em certos momentos e caricatas, como no bom terror asiático, noutros). A direção de arte e a trilha sonora também vencem os limites do formato e contribuem muito para a construção da atmosfera... e o roteiro, pqp!, que roteiro! Nada de brilhante, apesar de algumas reviravoltas; pra conseguir comportar subgêneros que podem ser tão distintos na forma e na linguagem, o roteiro chega ao limite (depois disso o filme se tornaria exagerado, rocambolesco, e se perderia): não há o que tirar nem por, e nisso a montagem serve perfeitamente ao propósito, assim como a edição, que vai se entregando, pouco a pouco, à loucura do ato final, num crescente muito bem calculado - que pode não servir pra alguns, eu confesso que fiquei um pouco tonto.
O monstro é feito de massinha, se move em stop-motion e tem cara de buceta.
Melanie Anne Phillips dirigiu, roteirizou, produziu, editou e fez até a trilha sonora, tudo isso sob o pseudônimo de David Michel Hillman. Esse foi o segundo e último filme que ela dirigiu. Hoje ela presta consultorias e escreve sobre roteiros. Pois é...
Traduzindo o vazio; materializando a depressão; dando forma ao luto. Começa como um thriller psicológico clássico desses que pipocam às dúzias todo ano e termina como um bom Lars Von Trier.
É um discurso, basicamente, "antiextremismo". No duelo com o chefão do mal lá, parece um estudante de humanas astrólogo-esquerdista querendo dar lição de moral no Malcom X. Á tomá no cu, porra!
Musical da Broadway sobre um grupo cafonérrimo, dirigido pelo Clint quase como uma peça filmada. Não funciona como drama biográfico, todos os arcos dramáticos ficam distantes do espectador, tornando difícil se relacionar com os personagens ou a história, seja pela empatia ou cativado pela música. Além disso, que voz TERRÍVEL DE ENJOADA do maluco que faz o Frank Valli! Tudo muito mal montado, ao fim parece que o filme tem 4 horas de duração.
Ponto positivo pra direção um tanto ousada do Clint; por transpor a obra em sua crueza, com o mesmo elenco principal, e gravar as canções ao vivo.
Os últimos 15/20 minutos do filme parece que vc tá num jogo de atari
Acho que o Clint não estava maduro o bastante pra dirigir esse filme em 1982. Parece um requentado dos filmes de espionagem dos anos 60, com uma produção fraca pro investimento. Todas as atuações incomodam pelo tom caricato. O forte mesmo é a tensão das cenas de perseguição e a fotografia a céu aberto, em Viena. Clint demitiu seu editor de longa data, Ferris Webster, após esse filme, por razões não reveladas. Como se precisasse revelar...
Filme extremamente pessoal. Sabia que o Clint mandava bem no piano... Mas no violão tbm?! Maluco é foda. Apesar da vozinha diminuta, não comprometeu interpretando as canções.
A cena no carro onde Red tá compondo "Honkytonk Man", ainda faltando alguns versos em que ele emenda com tecidos fonéticos e o moleque vai improvisando os versos faltantes enquanto dirige, fazendo da canção uma parceria, é de uma sensibilidade ímpar, sem um tom remoto sequer de pieguice.
Purge meets Green Book in western (com um toque de Handmaid's Tale)
Impressionante como eles só erram nas críticas políticas! Bem intencionado, talvez, mas acaba saindo mais superficial que um trabalho de sociologia no ensino médio.
Relíquia Macabra
3.3 260Alegoria muito bem marcada pra demência senil/alzheimer. Lembrou "Meu Pai", só que trocando a sensibilidade pelo horror. Em Meu Pai a doença se expande pro exterior, assim ficando evidente ao expectador; em Relíquia Macabra (péssimo título BR) o expectador, através da sanidade da filha e da neta, é quem vai adentrando fisicamente - pelo interior oculto da casa -, nos meandros de um cérebro decadente, confuso, triste, distorcido e cheio de fantasmas. Em ambos os filmes o ritmo é bem demarcado e vai crescendo aos poucos, até que não haja mais identidade, só que nesse a coisa não é tão bem construída no primeiro ato e não se desenvolve tão bem no segundo.
Claro, não há comparações entre os dois filmes pois são propostas absolutamente distintas.
A Noite do Chupacabras
3.4 284 Assista AgoraO filme que o Rob Zombie sonha fazer, mas nunca teve capacidade
Sem Conexão: Parte 2
1.5 107“Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que veem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os veem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.”
Jack Kerouac
Sem Conexão: Parte 2
1.5 107Começa com uma conexão fraca com as críticas e piadas do anterior. Até que
descamba prum "behind the scenes" de monstros em suas matanças, o que é um comentário ainda mais sarcástico a hegemonia cultural dos EUA, aqui representada pelos slashers oitentistas. Se no primeiro havia certo respeito ao subgênero, com a construção da atmosfera, clímax e etc, aqui o filme parte pra zombaria escrachada, sem qualquer compostura.
Férias Sangrentas De Verão
1.6 19Dessa leva de filmes de tubarão recentes, esse é, fácil, o mais divertido.
Sem Conexão: Parte 2
1.5 107Saiu. Que delícia!
Bolsonaro e Adélio - Uma Fakeada No Coração Do Brasil
3.4 24Os cara ainda acham que a facada foi fake?
A esquerda tá fazendo um esforço bem grande pra ser mais burra que a direita, pqp!
Os Assassinatos da Rua Morgue
3.3 36O melhor do filme é a influência do expressionismo alemão.
O pior é quando o filme tenta ser fiel ao conto do Poe.
Dos melhores filmes de terror da Universal nos anos 30.
A Médium
3.4 344 Assista AgoraComo esperado, o melhor filme de terror de 2021. A combinação Banjong Pisanthanakun + Na Hong-jin deu exatamente naquilo que eu imaginava: um filme que funciona em duas camadas de horror puro.
A 1ª, na parte "found footage", explora um terror explícito, visual, com sustos e tudo mais que a gente tá acostumado no subgênero e tbm nos (melhores) filmes de possessão demoníaca; a 2ª complementa a 1ª e a deixa ainda mais assustadora: um terror folclórico muito bem ambientado, com uma fotografia que simplesmente ignora as limitações do formato "found footage", atuações afinadíssimas (contidas em certos momentos e caricatas, como no bom terror asiático, noutros). A direção de arte e a trilha sonora também vencem os limites do formato e contribuem muito para a construção da atmosfera... e o roteiro, pqp!, que roteiro! Nada de brilhante, apesar de algumas reviravoltas; pra conseguir comportar subgêneros que podem ser tão distintos na forma e na linguagem, o roteiro chega ao limite (depois disso o filme se tornaria exagerado, rocambolesco, e se perderia): não há o que tirar nem por, e nisso a montagem serve perfeitamente ao propósito, assim como a edição, que vai se entregando, pouco a pouco, à loucura do ato final, num crescente muito bem calculado - que pode não servir pra alguns, eu confesso que fiquei um pouco tonto.
Era tudo que eu esperava e mais um pouco!
Slumber Party Massacre
2.7 28Segundo a proposta, quase perfeito!
Até agora é o filme mais divertido lançado em 2021.
The Strangeness
2.6 6Um bom filme, apesar da precariedade da produção.
O monstro é feito de massinha, se move em stop-motion e tem cara de buceta.
Melanie Anne Phillips dirigiu, roteirizou, produziu, editou e fez até a trilha sonora, tudo isso sob o pseudônimo de David Michel Hillman. Esse foi o segundo e último filme que ela dirigiu. Hoje ela presta consultorias e escreve sobre roteiros. Pois é...
Tetsuo, o Homem de Ferro
3.7 136Cronenberg, Lynch e Svankmajer foram à uma festa anos 80...
A Casa Sombria
3.3 394 Assista AgoraTraduzindo o vazio; materializando a depressão; dando forma ao luto.
Começa como um thriller psicológico clássico desses que pipocam às dúzias todo ano e termina como um bom Lars Von Trier.
The Power
2.7 36 Assista AgoraFilmaço!
Negra Como a Noite
2.4 34Até a premissa legal saiu pela culatra no fim
É um discurso, basicamente, "antiextremismo". No duelo com o chefão do mal lá, parece um estudante de humanas astrólogo-esquerdista querendo dar lição de moral no Malcom X.
Á tomá no cu, porra!
Dave Chappelle: Encerramento
3.6 24 Assista AgoraQuando um especial de stand-up faz vc rir pra caralho, pensar pra caralho e até chorar.
Chappelle é o melhor em atividade!
Jersey Boys - Em Busca da Música
3.6 166 Assista AgoraMusical da Broadway sobre um grupo cafonérrimo, dirigido pelo Clint quase como uma peça filmada. Não funciona como drama biográfico, todos os arcos dramáticos ficam distantes do espectador, tornando difícil se relacionar com os personagens ou a história, seja pela empatia ou cativado pela música. Além disso, que voz TERRÍVEL DE ENJOADA do maluco que faz o Frank Valli! Tudo muito mal montado, ao fim parece que o filme tem 4 horas de duração.
Ponto positivo pra direção um tanto ousada do Clint; por transpor a obra em sua crueza, com o mesmo elenco principal, e gravar as canções ao vivo.
Raposa de Fogo
3.1 47 Assista AgoraBlockbusterzão típico da Guerra Fria, mas com uns 15 anos de atraso
Os últimos 15/20 minutos do filme parece que vc tá num jogo de atari
Acho que o Clint não estava maduro o bastante pra dirigir esse filme em 1982. Parece um requentado dos filmes de espionagem dos anos 60, com uma produção fraca pro investimento. Todas as atuações incomodam pelo tom caricato. O forte mesmo é a tensão das cenas de perseguição e a fotografia a céu aberto, em Viena.
Clint demitiu seu editor de longa data, Ferris Webster, após esse filme, por razões não reveladas. Como se precisasse revelar...
Honkytonk Man: A Última Canção
3.7 28 Assista AgoraFilme extremamente pessoal. Sabia que o Clint mandava bem no piano... Mas no violão tbm?! Maluco é foda. Apesar da vozinha diminuta, não comprometeu interpretando as canções.
A cena no carro onde Red tá compondo "Honkytonk Man", ainda faltando alguns versos em que ele emenda com tecidos fonéticos e o moleque vai improvisando os versos faltantes enquanto dirige, fazendo da canção uma parceria, é de uma sensibilidade ímpar, sem um tom remoto sequer de pieguice.
A Mula
3.6 355 Assista Agoraall work and no play makes tata a dull boy
Cry Macho: O Caminho para Redenção
3.0 179 Assista AgoraSinto que o Clint dos últimos 10 anos têm feito filmes com pressa, sem muito capricho em certos aspectos técnicos que parecem até meio bobos.
Não julgo. Eu faria o mesmo.
A Harpa Maldita
2.8 2Cê tá doido, que filmão da porra!
Me caguei todinho no final, quando a moça recebe a ligação dizendo que não mandaram a menina.
Um Filme de Cinema
3.9 22Um desfile de cineastas fodas e o José Padilha
Uma Noite de Crime: A Fronteira
3.0 254 Assista AgoraPurge meets Green Book in western (com um toque de Handmaid's Tale)
Impressionante como eles só erram nas críticas políticas! Bem intencionado, talvez, mas acaba saindo mais superficial que um trabalho de sociologia no ensino médio.