Polemizar é a definição do Almodóvar, ainda mais na época da ressaca do franquismo. Contudo, Kika é um emaranhado de vulgaridades no vazio do enredo. Quando o nome do diretor é uma grife, qualquer que seja seu trabalho tem uma blindagem digna de um tanque, não importando quão ruim for, já que simplesmente é Almodóvar, o Tarantino da Espanha, para o bem ou para o mal.
Enquanto o enredo se passa nos Estados Unidos é suportável, mas ao passar para Allerdalle Hall a história desce ladeira a baixo. Além da indestrutibilidade da protagonista, soma-se ao conjunto catastrófico, um plot twist previsível e quase duas horas que parecem intermináveis, tamanha chatice da trama. Parece uma mistura de Tim Burton com Tarantino, o que para mim é o exemplo de que filme pior não pode existir.
Começa bem, mas como toda fronteira entre um ícone do cinema e um filme genérico, termina mal, o que é uma pena frente o potencial que poderia ter. Máfia russa não mortífera com sobrevivências milagrosas não transmitem veracidade.
Enrola muito para um desfecho esperado. Não sei porque a necessidade de tantos personagens, para uma trama tão tosca, que força uma ligação tão superficial entre todos, fora que a resolução do filme parte de uma compreensão súbita do personagem acerca dos fatos.
Dente Canino foi feito para chocar e arrancar elogios da crítica especializada, e quando isso ocorre, a construção de um enredo minimamente consistente é preterida por cenas grotescas e de gosto pervertido.
Para quem gosta das histórias do período é um filme interessante. É irônico que o ministro da propaganda nazista não se encaixava no padrão do arquétipo ariano que projetava.
Não achei excelente como falavam, mas a história é ágil pelo tempo adequado a capacidade do enredo. O interessante de assistir esse filme em 2022 é contemplar um EUA que não existe mais. É chocante que em 30 anos a América passar de uma nação anglo-saxã protestante para um puxadinho da América Latina. Lundegaard, Gunderson e Gustafson do século passado se tornaram o Gonzalez, Rodriguez e Lopez de 2022.
Filme para o gosto americano de retratar os heróis comuns. Seria melhor na minha opinião se fosse mais curto, porque não vi necessidade de esticarem tanto para um enredo tão enxuto.
Quando foi lançado deve ter sido um fetiche para a América branca, tão ingênua quanto ao submundo da diferente Nova York, com seus negros, prostitutas, mafiosos, sujeira e cinemas pornô, mas com os Estados Unidos de 2022, nunca tão distante da sua estrutura de fundação anglo-saxã, esse enredo não me impactou, até por que a cidade mostrada seria de primeiro mundo se comparada com as atuais Detroit, Cleveland ou St Louis.
Até a metade há um suspense que disfarça a chatice da falta de história, mas daí para frente o buraco no enredo não se sustenta. The Lighthouse foi feito para impactar a crítica especializada, por isso da diferença de avaliação com os expectadores comuns.
Entre Tinieblas é a representação do estado imoral na Espanha saída da era franquista, que se sustentou durante décadas no catolicismo radical e na imagem de defesa dos bons costumes e da família tradicional, mas que chegou à democracia como um país atrasado, empobrecido e corroído pela decadência urbana.
Se assistir como um puro e simples filme de ação é legal, já que a história é irrealista e não oferece qualquer sustentação para os acontecimentos mostrados.
Primeiro filme do Almodóvar que acho um saco. A 1h30min de duração pareceu 3 horas em uma história chata que não sai do lugar. Esperando um telefonema, medo de ser a polícia, entra e sai da cobertura. Me lembrou uma trabalho do Tarantino.
Esse filme deve ter chocado a tradicional família católica espanhola no pós-franquismo. Sem dúvida um retrato do atraso da Espanha do século XX, um país de fundo conservador, onde as viúvas que usavam preto nas vestimentas simultaneamente conviviam com a homossexualidade, prostituição e drogas de maneira consciente. Almodóvar joga na cara esse falso moralismo em seus trabalhos, sua assinatura mais contundente.
Ao contrário da nota, achei excelente. É um filme que brinca com o julgamento e certezas do expectador, inserindo flashes de memórias desvinculadas da trama principal, misturando crime presente, com guerra passada e um toque de problemas familiares atemporais. Isso porque o enredo não discute a escolha dos pais frente a responsabilização dos filhos, mas como racionalmente optamos interpretar a irracionalidade. Essa fala do Paul resume o conjunto do filme: “ A guerra é sempre motivada por um profundo ato de amor, ……. .Lutamos por quem e pelo que amamos. Liberdade, poder, religião, país … “.
É um filme interessante de acompanhar, com atuações de primeira. Russel Crowe está excelente, mesmo num papel contido e exemplifica o que é ter talento. A cena da penitência do garoto foi exagerada, dando uma pitada de novela mexicana para exagerar o sofrimento de jovens brancos privilegiados. Por aliás as minorias deveriam se engajar mais em desenvolver suas habilidades de interpretação do que ficar protestando por representatividade, já que nesse trabalho não fizeram falta para a qualidade do produto. Cristãos tentam faturar através da moral, assim como políticos, outras religiões, empresas e o resto do mundo.
Retrato da razão de Detroit ir de arsenal da democracia a símbolo do colapso urbano. Os distúrbios causados pelos negros na cidade levaram os brancos a se mudarem para os subúrbios, o que resultou além da perda de arrecadação a eleições sucessivas de prefeitos inaptos que aprofundaram a crise. O White boy Rick não era inocente, mas sua prisão arbitrária em razão de vingança pela tentativa de prisão da elite corrupta de Detroit é uma violação total dos direitos humanos. O filme é um reflexo dos prejuízos causados pelo identitarismo, em que os negros votam em razão da cor da pele e elegem lideranças que não vão ajudá-los em nada.
Superou minhas expectativas depois dos comentários que li no geral. Achei excelente por escancarar como a realidade é medonha pelo ser humano ser capaz de duvidar do óbvio e acreditar em tudo que ouve com exceção do que é comprovado. Para mim o Timothée Chalamet e a Jennifer Lawrence formaram o melhor casal dos últimos anos e são os personagens mais legais.
Filme que segue a linha de Hollywood de reforçar o preconceito contra os brancos pobres do Sul americano, estigmatizando-os como ignorantes racistas que matam vítimas indefesas. Imagine se os gaúchos ou paulistas fossem recriminados de exaltar ou guardar memórias do passado, como a revolução de 32. Isso ocorre com os sulistas que são obrigados a abandonar sua história em vista dos liberais.
Achei que não cumpriu a expectativa ao abordar de maneira tão superficial o movimento neo-nazista. A ascensão do supremacismo branco nos EUA tem razões mais profundas do que a banalização mostrada no filme. O que deveria ser mostrado acabou substituído pelo romance clichê, uma tática para atrair a audiência branca preocupada com racismo sem entedia-la com cenas de atores negros ou choca-la com brancos sem classe. A parte do cachorro foi a mais forte pra mim e onde houve a maior desumanização do grupo que antes parecia ser uma grande familia branca agradável.
A equipe de caracterização mirou no J. Edgar, mas acertou no Philip Hoffman. Até pensei que fosse ele no papel do Hoover velho. O filme é arrastado mesmo tendo várias passagens, já que preferiram não aprofundar nas polêmicas do lendário chefão do FBI, como sua conexão com a máfia e possível participação nos assassinatos de figuras chave do século XX dos EUA.
Kika
3.5 359 Assista AgoraPolemizar é a definição do Almodóvar, ainda mais na época da ressaca do franquismo. Contudo, Kika é um emaranhado de vulgaridades no vazio do enredo. Quando o nome do diretor é uma grife, qualquer que seja seu trabalho tem uma blindagem digna de um tanque, não importando quão ruim for, já que simplesmente é Almodóvar, o Tarantino da Espanha, para o bem ou para o mal.
A Colina Escarlate
3.3 1,3K Assista AgoraEnquanto o enredo se passa nos Estados Unidos é suportável, mas ao passar para Allerdalle Hall a história desce ladeira a baixo. Além da indestrutibilidade da protagonista, soma-se ao conjunto catastrófico, um plot twist previsível e quase duas horas que parecem intermináveis, tamanha chatice da trama. Parece uma mistura de Tim Burton com Tarantino, o que para mim é o exemplo de que filme pior não pode existir.
Eu Me Importo
3.3 1,2K Assista AgoraComeça bem, mas como toda fronteira entre um ícone do cinema e um filme genérico, termina mal, o que é uma pena frente o potencial que poderia ter. Máfia russa não mortífera com sobrevivências milagrosas não transmitem veracidade.
Los Angeles: Cidade Proibida
4.1 528 Assista AgoraEnrola muito para um desfecho esperado. Não sei porque a necessidade de tantos personagens, para uma trama tão tosca, que força uma ligação tão superficial entre todos, fora que a resolução do filme parte de uma compreensão súbita do personagem acerca dos fatos.
Dente Canino
3.8 1,2K Assista AgoraDente Canino foi feito para chocar e arrancar elogios da crítica especializada, e quando isso ocorre, a construção de um enredo minimamente consistente é preterida por cenas grotescas e de gosto pervertido.
Lída Baarová
3.5 36Para quem gosta das histórias do período é um filme interessante. É irônico que o ministro da propaganda nazista não se encaixava no padrão do arquétipo ariano que projetava.
Fargo: Uma Comédia de Erros
3.9 920 Assista AgoraNão achei excelente como falavam, mas a história é ágil pelo tempo adequado a capacidade do enredo.
O interessante de assistir esse filme em 2022 é contemplar um EUA que não existe mais. É chocante que em 30 anos a América passar de uma nação anglo-saxã protestante para um puxadinho da América Latina. Lundegaard, Gunderson e Gustafson do século passado se tornaram o Gonzalez, Rodriguez e Lopez de 2022.
O Caso Richard Jewell
3.7 244 Assista AgoraFilme para o gosto americano de retratar os heróis comuns. Seria melhor na minha opinião se fosse mais curto, porque não vi necessidade de esticarem tanto para um enredo tão enxuto.
Coreia do Norte: Segredos Obscuros
4.6 3Faz um resumo dos acontecimentos que levaram à Coreia do Norte até aqui.
Taxi Driver
4.2 2,6K Assista AgoraQuando foi lançado deve ter sido um fetiche para a América branca, tão ingênua quanto ao submundo da diferente Nova York, com seus negros, prostitutas, mafiosos, sujeira e cinemas pornô, mas com os Estados Unidos de 2022, nunca tão distante da sua estrutura de fundação anglo-saxã, esse enredo não me impactou, até por que a cidade mostrada seria de primeiro mundo se comparada com as atuais Detroit, Cleveland ou St Louis.
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraAté a metade há um suspense que disfarça a chatice da falta de história, mas daí para frente o buraco no enredo não se sustenta. The Lighthouse foi feito para impactar a crítica especializada, por isso da diferença de avaliação com os expectadores comuns.
Maus Hábitos
3.6 187Entre Tinieblas é a representação do estado imoral na Espanha saída da era franquista, que se sustentou durante décadas no catolicismo radical e na imagem de defesa dos bons costumes e da família tradicional, mas que chegou à democracia como um país atrasado, empobrecido e corroído pela decadência urbana.
Sem Perdão
3.6 190 Assista AgoraSe assistir como um puro e simples filme de ação é legal, já que a história é irrealista e não oferece qualquer sustentação para os acontecimentos mostrados.
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraPrimeiro filme do Almodóvar que acho um saco. A 1h30min de duração pareceu 3 horas em uma história chata que não sai do lugar. Esperando um telefonema, medo de ser a polícia, entra e sai da cobertura. Me lembrou uma trabalho do Tarantino.
O Que Eu Fiz Para Merecer Isto?
3.7 126 Assista AgoraEsse filme deve ter chocado a tradicional família católica espanhola no pós-franquismo. Sem dúvida um retrato do atraso da Espanha do século XX, um país de fundo conservador, onde as viúvas que usavam preto nas vestimentas simultaneamente conviviam com a homossexualidade, prostituição e drogas de maneira consciente. Almodóvar joga na cara esse falso moralismo em seus trabalhos, sua assinatura mais contundente.
Carne Trêmula
4.0 585Almodóvar é o único que faz do estilo exagerado algo bom, sendo muito superior ao overrated Tarantino.
O Jantar
2.2 90 Assista AgoraAo contrário da nota, achei excelente. É um filme que brinca com o julgamento e certezas do expectador, inserindo flashes de memórias desvinculadas da trama principal, misturando crime presente, com guerra passada e um toque de problemas familiares atemporais. Isso porque o enredo não discute a escolha dos pais frente a responsabilização dos filhos, mas como racionalmente optamos interpretar a irracionalidade.
Essa fala do Paul resume o conjunto do filme: “ A guerra é sempre motivada por um profundo ato de amor, ……. .Lutamos por quem e pelo que amamos. Liberdade, poder, religião, país … “.
No final aparentemente o Beau retorna a ligação e portanto está vivo.
Boy Erased: Uma Verdade Anulada
3.6 402 Assista AgoraÉ um filme interessante de acompanhar, com atuações de primeira. Russel Crowe está excelente, mesmo num papel contido e exemplifica o que é ter talento. A cena da penitência do garoto foi exagerada, dando uma pitada de novela mexicana para exagerar o sofrimento de jovens brancos privilegiados. Por aliás as minorias deveriam se engajar mais em desenvolver suas habilidades de interpretação do que ficar protestando por representatividade, já que nesse trabalho não fizeram falta para a qualidade do produto. Cristãos tentam faturar através da moral, assim como políticos, outras religiões, empresas e o resto do mundo.
White Boy Rick
3.4 94 Assista AgoraRetrato da razão de Detroit ir de arsenal da democracia a símbolo do colapso urbano. Os distúrbios causados pelos negros na cidade levaram os brancos a se mudarem para os subúrbios, o que resultou além da perda de arrecadação a eleições sucessivas de prefeitos inaptos que aprofundaram a crise. O White boy Rick não era inocente, mas sua prisão arbitrária em razão de vingança pela tentativa de prisão da elite corrupta de Detroit é uma violação total dos direitos humanos. O filme é um reflexo dos prejuízos causados pelo identitarismo, em que os negros votam em razão da cor da pele e elegem lideranças que não vão ajudá-los em nada.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraSuperou minhas expectativas depois dos comentários que li no geral. Achei excelente por escancarar como a realidade é medonha pelo ser humano ser capaz de duvidar do óbvio e acreditar em tudo que ouve com exceção do que é comprovado. Para mim o Timothée Chalamet e a Jennifer Lawrence formaram o melhor casal dos últimos anos e são os personagens mais legais.
O Segredo
3.1 50Filme que segue a linha de Hollywood de reforçar o preconceito contra os brancos pobres do Sul americano, estigmatizando-os como ignorantes racistas que matam vítimas indefesas. Imagine se os gaúchos ou paulistas fossem recriminados de exaltar ou guardar memórias do passado, como a revolução de 32. Isso ocorre com os sulistas que são obrigados a abandonar sua história em vista dos liberais.
Skin: À Flor da Pele
3.7 88Achei que não cumpriu a expectativa ao abordar de maneira tão superficial o movimento neo-nazista. A ascensão do supremacismo branco nos EUA tem razões mais profundas do que a banalização mostrada no filme. O que deveria ser mostrado acabou substituído pelo romance clichê, uma tática para atrair a audiência branca preocupada com racismo sem entedia-la com cenas de atores negros ou choca-la com brancos sem classe. A parte do cachorro foi a mais forte pra mim e onde houve a maior desumanização do grupo que antes parecia ser uma grande familia branca agradável.
J. Edgar
3.5 646 Assista AgoraA equipe de caracterização mirou no J. Edgar, mas acertou no Philip Hoffman. Até pensei que fosse ele no papel do Hoover velho. O filme é arrastado mesmo tendo várias passagens, já que preferiram não aprofundar nas polêmicas do lendário chefão do FBI, como sua conexão com a máfia e possível participação nos assassinatos de figuras chave do século XX dos EUA.
Harriet: O Caminho Para a Liberdade
3.7 217 Assista AgoraEsse recado foi MODERADO.
Motivo: Infração dos Termos de Uso. Comentários ofensivos.
Equipe Filmow.com