nada como um bom desenho animado adulto — mas os adultos nem sequer conversam sobre morte! — desses inflado de humor negro, sarcasmo, sangue fresco e cabeças decapitadas; há um pretexto fundamental nisso tudo, uma suposta incompatibilidade grotesca entre o visual cuidadosamente infantil, delicado e pomposo e as cenas sanguinárias e bárbaras dos queridos bichinhos e o vasto horizonte de possibilidades para se morrer; em um outro sentido, happy tree friends também é uma antologia de fábulas, as histórias possuem um senso moral... vide as frases que aparecem ao final de cada episódio que servem como advertências e ensinamentos aos espectadores mais desavisados; quase esqueci de mencionar o sadismo divertido que é aquela musiquinha em coro da abertura, depois de dois ou três episódios, a canção já serve de prelúdio para a aniquilação de alguma coisa bonita rs
gosto quando há o silêncio, onde ninguém fala e surge um ar de constrangimento, que sinceramente não sei de onde vem e nem porque vem... esse programa é todo contraditório; a obra é kitsch, mas excêntrica; ridícula, mas bem-composta; eu precisava mesmo de alguém pra falar sobre coprologia com uma seriedade filosófica
e não foi a queda no tempo o maior dos dramas da nossa pequena existência? deve ter sido a tragédia capital, a fatalidade primordial: depois desse tombo temporal, todo o resto é miséria e tentativa gramatical e pragmática de retorno ao paraíso perdido, a história humana é a história da não-resistência ao tempo, da inaptidão ao tédio
Happy Tree Friends (1ª Temporada)
4.3 64nada como um bom desenho animado adulto — mas os adultos nem sequer conversam sobre morte! — desses inflado de humor negro, sarcasmo, sangue fresco e cabeças decapitadas; há um pretexto fundamental nisso tudo, uma suposta incompatibilidade grotesca entre o visual cuidadosamente infantil, delicado e pomposo e as cenas sanguinárias e bárbaras dos queridos bichinhos e o vasto horizonte de possibilidades para se morrer; em um outro sentido, happy tree friends também é uma antologia de fábulas, as histórias possuem um senso moral... vide as frases que aparecem ao final de cada episódio que servem como advertências e ensinamentos aos espectadores mais desavisados; quase esqueci de mencionar o sadismo divertido que é aquela musiquinha em coro da abertura, depois de dois ou três episódios, a canção já serve de prelúdio para a aniquilação de alguma coisa bonita rs
Matador de Passarinho
4.6 4gosto quando há o silêncio, onde ninguém fala e surge um ar de constrangimento, que sinceramente não sei de onde vem e nem porque vem... esse programa é todo contraditório; a obra é kitsch, mas excêntrica; ridícula, mas bem-composta; eu precisava mesmo de alguém pra falar sobre coprologia com uma seriedade filosófica
Un Siècle d’Écrivains: Emil Cioran
3.9 2e não foi a queda no tempo o maior dos dramas da nossa pequena existência? deve ter sido a tragédia capital, a fatalidade primordial: depois desse tombo temporal, todo o resto é miséria e tentativa gramatical e pragmática de retorno ao paraíso perdido, a história humana é a história da não-resistência ao tempo, da inaptidão ao tédio
SholimART
4.3 2surrealismo tecnológico, já inventaram o termo cybersurrealismo?
Coragem, o Cão Covarde (1ª temporada)
4.4 268 Assista Agoraum dos desenhos mais kafkianos que já assisti, é um verdadeiro absurdo a cada episódio