A história de vingança é batida e isso não incomoda porque é bem dirigido, mostrando que o cinema é sobre imagem e uma direção competente consegue recontar qualquer trama. O roteiro mesmo lidando com o tema comum consegue criar um submundo interessante, um protagonista ameaçador - apoiado nas ótimas coreografias - e com uma motivação crível. É um bom filme de ação.
Então, os fãs das animações da Disney - a maioria de nós cresceu com elas - é impossível não ser tocado pela nostalgia, especialmente na cena eterna do tapete mágico, porém o filme não é bom; ele vive dos momentos memoráveis da animação. Focando no romance de Aladdin e Jasmine, poderia ter o nome dela também no título. Quase uma cópia idêntica da animação - apenas adicionaram mais pano de funo pra Jafar, Jasmine e criaram sua serva - , por ser um live-action dava para os produtores terem mais ambição: explorar a orfandade de Aladdin como o musical da Broadway, desenvolver sua relação com o Gênio, ele aqui o chama de amigo mas conhece Aladdin há pouco tempo, levando no patético "você está partindo meu coração".
Lado positivo é o design de produção, lindos figurinos, as sequências de ação e os efeitos visuais. A equipe de mixagem de som descaracterizou completamente as canções eternas do Alan Menken e merece um tapa. O problema de remakes é que sabemos a trama então não somos surpreendidos em nenhum momento, ao menos também não seremos ofendidos. Will Smith e Naomi Scott são os melhores do filme, ela é linda e cativante como Jasmine e Will sabe que é a estrela desse show na Disneylândia, encerrado com fogos de artíficio, é exatamente isso que Aladdin é.
Um bom drama romântico, que se tivesse explorado melhor o contexto político da época e focado menos em reprisar as diferenças entre o casal principal, algo que a montagem inicial deixa claro, seria perfeito. Redford tem trabalho em fazer Hubbell, egoísta e centrado no seu mundinho, compreensivel mas consegue, ele se encanta por Kate por ela desafia-lo a ser melhor do que é. Streisand está ótima como a militante Kate, que o ama cegamente a ponto de não ver que ele não é o homem para ela. É realista em mostrar porque muitos casamentos não funcionam e a canção-título é eterna.
Nunca tiveram interesse em fazer uma adaptação fiel do livro de Stoker né? mas essa ao menos é boa. Christopher Lee é assustador e charmoso como Drácula, a trama vai direto para as tentativas dos heróis, começando com Harker, de eliminar ele sem rodeios. As mulheres são apenas donzelas em perigo, o que é uma pena quando você pensa o quão interessantes são Lucy e Mina no livro. Algumas cenas são assustadoras e consegue manter a tensão mas o longa falha no momento que esperávamos: o confronto com Drácula, ele fica apenas lá parado esperando que Van Helsing (Cushing sempre vivaz) o mate. Fora isso, é um bom terror tradicional.
Menos horror e suspense e mais dramédia; No que ganha em espetáculo visual essa versão do Fantasma - que é um conto gótico - perde em mistério. O design de produção e a fotografia são de encher os olhos, o alivio cômico dos barítono e inspetor que tentam conquistar o coração de Christine funciona; Claude Rans faz um bom Erik perturbado mais tem pouco tempo para brilhar, Foster é uma heroína de papelão, sem desenvolvimento de caráter. As cenas de ópera são longas demais e poderiam ser diminuídas em prol da ação e dinamismo como a sequência da queda do lustre.
É uma comédia juvenil sensível, raro nos nossos dias sem os filmes do John Hughes, onde tudo para esse público é enlatado e sem sentimentos reais. Mostra exatamente como homossexuais se sentem ao se assumir. Merece pontos tbm por nos manter em dúvida sobre quem é o Blue até o último minuto. O problema com o longa é o mesmo de outros filmes teens, o personagem tem uma boa vida e parte do drama é criado por uma série de mentiras envolvendo seus amigos, que teriam sido evitados se ele tivesse contado a verdade para eles.
genérico demais, não tem imaginação no visual, na trilha ou mesmo na personalidade da sua heroína que é uma soldado, pronta para a guerra e sacrifício, tanto quanto Steve, ela é pouco multifacetada. A sua vida ser apresentada em flashbacks e diálogos expositivos, contribuem para isso, o filme não desenvolve sua personagem, joga um monte de informações aleatórias e espera que montemos seu óbvio quebra-cabeça. Enquanto Pantera tinha um universo próprio que o diferencia dos demais, o filme de origem da Capitã apenas mostra que a Marvel já perdeu o folego. Brie Larson faz o que pode pra salvar o filme, os efeitos que rejuvenescem Samuel Jackson são incríveis, algumas piadas funcionam. A ambientação anos 90 é nostálgica e a crítica do roteiro aos imperalistas que pintam imigrantes como terroristas é ótima, são esses pontos que valem a pena ver mais um passatempo da Marvel.
Musicalmente, é o material menos memorável de Rodgers, que enfrentava problemas de saúde no período da produção, ele compôs no piloto automático, a melodia mais vivaz é a sexista I Enjoy Being a Girl. A história é interessante, divertida mas poderia ter explorado melhor Helen Chao e é previsível alguns momentos. O elenco é bom e a coreografias também, é inferior aos musicais grandes de Rodgers & Hammerstein mas tem bons momentos.
Lindíssima fotografia, grandiosa orquestrações e canções memoráveis, Ao Sul do Pacífico é uma obra importantíssima em abordar o racismo, é claro que pra hj é datado sua descrição dos polinésios mas sua imagem de amor acima de questões étnicas foi importante na época (o filme é de 58 mas o musical é de 49!) e ainda é necessária, infelizmente. Apenas achei desnecessário o comprimento e a existência de muitas canções românticas parecidas, nenhuma delas bela como Some Enchanted Evening.
Morta com esse povo assistindo filme do Yorgo pela primeira vez e descobrindo que são estranhos KkKKKKKKK quer drama de época comuns, tem muitos por ai, um filme como esse vc não ver todo dia.
Um filme salvo pela condução porque o roteiro é fraco; uma briguinha tola separa um casal que ainda se ama? algo que pode ser resolvido facilmente, nada perto da profundidade e da razão de Os Guarda-Chuvas do Amor que ele tenta imitar. O roteiro coloca a maioria dos números musicais na primeira hora e depois parece desistir deles até a cena da audição. La La Land acredita, como seu protagonista, que só de nostalgia um filme pode viver e a Academia também, é um longa cheio de referencia aos clássicos sem muita vida própria, seus personagens são arquétipos, podiam ser qualquer um. Tirando o roteiro problemático, a condução do Chazelle é ótima, adoro seu dinamismo e planos abertos, a fotografia é bela, as cores fortes do figurino e design de produção dão uma vivacidade e encantamento único. Emma e Ryan estão ótimos - nada que mereça ganhar o Oscar, no entanto - a história é rasa para um filme tão cuidadosamente feito.
A atuação do trio feminino é a cereja de bolo, elas estão maravilhosas; Weiz constrói uma personagem complexa com Sarah, Coleman uma Rainha vulnerável e Stone a duas-caras. É interessante para um longa com tantas menções sexuais não ser nada quente, Yugo dirigi friamente pq esses personagens veem o sexo como uma conquista (os homens) e um meio para obter poder/status (as mulheres). Adorei os figurinos e a montagem, Abgail e Sarah usam os mesmos tons de cores porque são iguais: usam a Rainha para seus próprios fins. O roteiro tem muita semelhanças com o clássico A Malvada e é um milagre que isso não enfraqueça a experiencia. Spoilers a seguir: Abigail como Eve, nos faz torcer por ela no inicio mas logo se revela uma cobra, toma o lugar da outra, no fim, uma "fã" de Eve promete substitui-la/destruir sua "vitória" e Abgail não é tão vitoriosa assim. No entanto, o roteiro merece por pontos por manter ambíguo os sentimentos de Sarah pela Rainha, uma mulher de visão política, que seria presidente nos nossos tempos.
Apenas mantiveram a ilha mesmo, ignoraram a história do reboot para fazer um Indiana Jones e a Última Cruzada sem empolgação; o pai arqueólogo que deixa o filho um artefato que o faz cair nas mãos dos inimigos, cenas dentro da tumba cheia de armadilhas... a história do jogo era mais original; e também mais simples, a do filme é muito pretensiosa e confusa, não entendi nada de como a Rainha "salvou o mundo" e que raios era a doença. Não gostei que essa Lara é mais uma lutadora do que arqueóloga; Os pontos positivos são as cenas de luta e Alicia Vikander está ótima, ela faz uma Lara cheia de vivacidade, é uma pena que a maldição das adaptações de jogos, persista.
50% sequência e 50% remake, Mary Poppins Returns segue praticamente toda a estrutura do primeiro, o que enfraquece como obra independente. Fora isso, é tão charmoso como o original, te deixa com um sorriso no rosto e emociona ao longo da projeção; As novas canções funcionam - achei desnecessário, no entanto, todas elas ser uma pregação moral -, o elenco de apoio é ótimo e a parte técnica irrepreensível. Não concordei com a escolha de Emily Blunt fazer uma Mary Poppins mais fria que Julie Andrews. No fim, vale o conselho dela, "que no final do dia podemos aprender que nosense pode ser divertido", uma vida sem sonhos e imaginação, está sendo mal vivida.
O filme representa o mais próximo que um longa de heróis chegou dos crossovers das HQ's, tem todos os seus vícios: Cenas de ação acima dos desenvolvimento de personagens, inchaços de tramas paralelas e o uso do choque para mudar o status quo, fiquei esperando o "continua na próxima edição", no fim. Com tantos heróis fazendo pontas, nenhum tem arco desenvolvido; no momento que sabemos q Gamorra é filha de Thanos - spoiler - cenas dps ela morre - fim do spoiler -, tudo é corrido. Os Vingadores são coadjuvantes no seu próprio filme, o Thanos é o protagonista em uma jornada do herói invertida, já nos indicando que ele vai vencer. Os diretores ganham pontos ao conseguir criar tensão e pequenas alegrias com qualquer possibilidade de vitória dos verdadeiros heróis. Thanos é um vilão ameaçador e multifacetado mas sua motivação é a típica megalomania dos quadrinhos. O acompanhamos enquanto vai ganhando as joias do infinito, uma por uma, como fase de video-game, outro problema do roteiro, além das piadas sem graças, no entanto, os roteiristas merecem pontos em não transformar o filme numa confusão, sabemos exatamente onde todos os heróis estão. Conseguindo emocionar em certos momentos, não por mérito do longa q não tem qualquer arco para os Vingadores, os relegando as cenas de ação, mas por acompanharmos esses personagens a 10 anos. 10 anos, algo que a Marvel nos lembrou nos créditos iniciais, é preparar o bolso, porque como todo "super arco" de quadrinhos, outros viram nos próximos anos para modificar o status quo com cenas chocantes que escondem a história rasa.
É o tipo de "road movie", que a trama não importa e sim a jornada, neste caso, a exploração da internet. O design de produção da cidadela virtual, a materialização de conceitos como "spam" em personagens, e etc, tudo é bastante imaginativo e engenhoso. É interessante em não apelar para um vilão, a insegurança de Ralph é seu próprio inimigo. O longa falha em repetir o terceiro ato do primeiro filme, em que Ralph trai Vannelope e causa uma destruição, fora isso, é uma boa animação.
A franquia Missão: Impossível mostra que há sempre chances de uma série se recuperar, essa trilogia dos 4,5 e 6, é infinitamente superior a trilogia inicial. McQuarrie vai fundo na humanidade do Hunt, ao mesmo tempo que cria uma trama engenhosa, cheia de surpresa e sequências de ação de tirar o fôlego; editadas sem os cortes irritantes. Não é todo dia que um filme de ação diverte sem precisarmos ignorar sua má direção e roteiro.
Aspectos positivos: o design de produção, maquiagem e fotografia são excelentes, é uma recriação imaginativa de Nova Iorque. Michael Jackson está ótimo como o Espantalho, a sua sequência é a melhor e canções como Brand New Day são boas. O arco sobre medo da Dorothy é melhor do que o arco da personagem no filme de 1939. Aspectos negativos: o roteiro segue o filme de 1939 ao invés do livro - com exceção de não transformar Glinda e a Bruxa do Norte na mesma pessoa -, com o qual é inevitavelmente comparado. A estrutura do filme de 1939, funciona em um longa infantil de 90 minutos mas não nessa produção de duas horas; ao invés de incluir as sequências de aventura do livro, colocam duas canções para cada amigo de Dorothy, desnecessário, soando como uma versão estendida do clássico. A Dorothy de Diana Ross consegue ser mais frágil que a de Judy Garland - uma criança forte no livro -, ela é muito neurótica e chorona. A coreografia é fraca, pela quantidade de números musicais, a dança elaborada daria ritmo as sequências, mas como a coreografia é ruim, o filme perde o ritmo mesmo nas canções animadas.
Um faroeste espacial, com direito a briga pela "água" por vários criminosos, rebeldes e sherifes espaciais, closes nas pistolas dos pistoleiros e poeira sendo levada pelo deserto; o clima de fronteira não envolve; claro, é interessante aprender sobre as origens do Han e as traições que transformam um ladrão bem intencionado no contrabandista cínico do episódio IV; mas a trama do aspirante a Clint Eastwood é desinteressante, não empolga em nenhum momento, além dos personagens já estabelecidos da trilogia original: Han, Chew e Landon, nenhum coadjuvante tem suas motivações estabelecidas para os compreendermos. Se o longa explorasse os sindicatos dos crimes, corrupção imperial - apenas citada - e os cowboys tentando sobreviver no meio disso como Era Uma Vez no Oeste, teria sido melhor. No entanto, a equipe optou pelas sequências de ação em prol da história; e por conta disso, o filme não tem o clima épico dos episódios anteriores. Como todo filme de Star Wars, tecnicamente é impecável, gostei particularmente da fotografia; as referências deixaram os fãs alegres quando reconhecerem; como disse antes, é interessante saber as origens de Han mas sua "aventura" solo, com perdão do trocadilho, não empolga.
O filme é um bom entreternimento, consegue equilibrar humor e drama; a maioria das sequencias de açao funcionam, especialmente quando usa só uma camera - menos a bizarra batalha submarina, que parece Star Wars e nao o fundo do mar - o melhor do longa e criar personagens simpaticos com motivações criveis, incluindo seus vilões. Sua grande falha e ser previsivel, - spoilers a frente - no momento que o pai do Arraia aparece, vc sabe que ele vai morrer, vc sabe que Arthur vai perder o desafio com Orc e etc; alguns dialogos sao sofriveis - "precisam de um heroi" - e expositivos demais. Se Aquaman nao refresca em novidades ao menos refresca em nao nos decepcionar como BvS.
A Wrinkle in Time é um clássico da literatura que não é fácil de se adaptar por ser muito filosófico, conceitual, é uma jornada de descobrimento sobre o que é a vida do trio principal, discute inclusive religião, e o trio amadurece no fim do livro; nada disso é traduzido para o o filme, que apenas corrobora com a fama de "indapitavel" do livro, infelizmente. Uma obra complexa, a Disney tentou simplificá-la em um filme de 90 minutos, tudo soa corrido e confuso, conceitos são apresentados após o outro sem dar tempo de absorvê-los ou explorá-lo. O trio das senhoras é interessante, por causa das suas ótimas atrizes e eu tive mais vontade de acompanhá-las do quer Meg, Calvin e Charles, e isso é um problema, especialmente a Meg que é a protagonista; ela é desinteressante e aborrecida. Nada impressiona no filme, nem seu visual CGI - apesar de ótimo - . A Wrinkle in Time, continua sendo um clássico apenas na estante dos livros.
O enredo é inverossímil, especialmente o terceiro ato. A não-existência de um sistema de segurança para reativar a hibernação em uma nave tão sofisticada é patético. O romance é sexista, uma fantasia masculina; a cena de Aurora - é claro que ela tinha que ter o nome da bela adormecida, a mais passiva princesa da Disney -, implorando pra Jim voltar pra ela, é patética. Apenas vale pela bela trilha sonora e fotografia.
o filme tem uma boa premissa mas não consegue desenvolver satisfatoriamente nenhum dos arcos que cria; o melhor dele é Grindewald que convence como um Hitler, um vilão manipulador e carismático, mais ameaçador que Voldemort. A tal profecia dos irmãos que emula a do Escolhido, poderia ter sido descartada sem alterar o plot e ter dado mais tempo ao Obscuro; Queenie foi uma que não teve tempo de desenvolver seu próprio arco. Newt é como um Harry - protegido de Dumbledore - com mais personalidade, Dumbledore é colocado em segundo plano por medo de explorar sua homossexualidade, o que é uma pena, seria um grande peso dramático a trama dele e do Grindewald. O filme não traz novidades no mythos de Harry, está tudo ali: sangues puros vs. trouxas e cia, mas traz personagens interessantes para nos importamos com o próximo capitulo.
roteiro superficial, carregado nas costas por Hugh Jackman que humaniza um sujeito que explorou pessoas em situação vulnerável. O filme romantiza os vergonhosos circos de horrores, proibidos desde os anos 60 e funciona se você ignora a realidade. As competentes Zendaya e Michele Williams são desperdiçadas. As sequências musicais são bem conduzidas mas não possuem canções fortes para sustentá-las, é quase impossível distinguir uma da outra, todas são hinos e baladas pop carregados de auto tune, sem apelo emocional. O filme agrada nossa geração em busca de empoderamento e que gosta dessas canções; a conclusão é cliquê, a subtrama da cantora de ópera era previsivel para qualquer telespectador atento. A única função que ele cumpre bem é a condução das sequências musicais e Hugh Jackman é grande demais para um filme pequeno, de resto, oportunidade desperdiçada por questões de mercado.
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraA história de vingança é batida e isso não incomoda porque é bem dirigido, mostrando que o cinema é sobre imagem e uma direção competente consegue recontar qualquer trama. O roteiro mesmo lidando com o tema comum consegue criar um submundo interessante, um protagonista ameaçador - apoiado nas ótimas coreografias - e com uma motivação crível. É um bom filme de ação.
Aladdin
3.9 1,3K Assista AgoraEntão, os fãs das animações da Disney - a maioria de nós cresceu com elas - é impossível não ser tocado pela nostalgia, especialmente na cena eterna do tapete mágico, porém o filme não é bom; ele vive dos momentos memoráveis da animação. Focando no romance de Aladdin e Jasmine, poderia ter o nome dela também no título. Quase uma cópia idêntica da animação - apenas adicionaram mais pano de funo pra Jafar, Jasmine e criaram sua serva - , por ser um live-action dava para os produtores terem mais ambição: explorar a orfandade de Aladdin como o musical da Broadway, desenvolver sua relação com o Gênio, ele aqui o chama de amigo mas conhece Aladdin há pouco tempo, levando no patético "você está partindo meu coração".
Lado positivo é o design de produção, lindos figurinos, as sequências de ação e os efeitos visuais. A equipe de mixagem de som descaracterizou completamente as canções eternas do Alan Menken e merece um tapa. O problema de remakes é que sabemos a trama então não somos surpreendidos em nenhum momento, ao menos também não seremos ofendidos. Will Smith e Naomi Scott são os melhores do filme, ela é linda e cativante como Jasmine e Will sabe que é a estrela desse show na Disneylândia, encerrado com fogos de artíficio, é exatamente isso que Aladdin é.
Nosso Amor de Ontem
3.9 117 Assista AgoraUm bom drama romântico, que se tivesse explorado melhor o contexto político da época e focado menos em reprisar as diferenças entre o casal principal, algo que a montagem inicial deixa claro, seria perfeito. Redford tem trabalho em fazer Hubbell, egoísta e centrado no seu mundinho, compreensivel mas consegue, ele se encanta por Kate por ela desafia-lo a ser melhor do que é. Streisand está ótima como a militante Kate, que o ama cegamente a ponto de não ver que ele não é o homem para ela. É realista em mostrar porque muitos casamentos não funcionam e a canção-título é eterna.
O Vampiro da Noite
3.8 102Nunca tiveram interesse em fazer uma adaptação fiel do livro de Stoker né? mas essa ao menos é boa. Christopher Lee é assustador e charmoso como Drácula, a trama vai direto para as tentativas dos heróis, começando com Harker, de eliminar ele sem rodeios. As mulheres são apenas donzelas em perigo, o que é uma pena quando você pensa o quão interessantes são Lucy e Mina no livro. Algumas cenas são assustadoras e consegue manter a tensão mas o longa falha no momento que esperávamos: o confronto com Drácula, ele fica apenas lá parado esperando que Van Helsing (Cushing sempre vivaz) o mate. Fora isso, é um bom terror tradicional.
O Fantasma da Ópera
3.5 46 Assista AgoraMenos horror e suspense e mais dramédia; No que ganha em espetáculo visual essa versão do Fantasma - que é um conto gótico - perde em mistério. O design de produção e a fotografia são de encher os olhos, o alivio cômico dos barítono e inspetor que tentam conquistar o coração de Christine funciona; Claude Rans faz um bom Erik perturbado mais tem pouco tempo para brilhar, Foster é uma heroína de papelão, sem desenvolvimento de caráter. As cenas de ópera são longas demais e poderiam ser diminuídas em prol da ação e dinamismo como a sequência da queda do lustre.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraÉ uma comédia juvenil sensível, raro nos nossos dias sem os filmes do John Hughes, onde tudo para esse público é enlatado e sem sentimentos reais. Mostra exatamente como homossexuais se sentem ao se assumir. Merece pontos tbm por nos manter em dúvida sobre quem é o Blue até o último minuto. O problema com o longa é o mesmo de outros filmes teens, o personagem tem uma boa vida e parte do drama é criado por uma série de mentiras envolvendo seus amigos, que teriam sido evitados se ele tivesse contado a verdade para eles.
Capitã Marvel
3.7 1,9K Assista Agoragenérico demais, não tem imaginação no visual, na trilha ou mesmo na personalidade da sua heroína que é uma soldado, pronta para a guerra e sacrifício, tanto quanto Steve, ela é pouco multifacetada. A sua vida ser apresentada em flashbacks e diálogos expositivos, contribuem para isso, o filme não desenvolve sua personagem, joga um monte de informações aleatórias e espera que montemos seu óbvio quebra-cabeça. Enquanto Pantera tinha um universo próprio que o diferencia dos demais, o filme de origem da Capitã apenas mostra que a Marvel já perdeu o folego.
Brie Larson faz o que pode pra salvar o filme, os efeitos que rejuvenescem Samuel Jackson são incríveis, algumas piadas funcionam. A ambientação anos 90 é nostálgica e a crítica do roteiro aos imperalistas que pintam imigrantes como terroristas é ótima, são esses pontos que valem a pena ver mais um passatempo da Marvel.
Flor de Lotus
3.6 3Musicalmente, é o material menos memorável de Rodgers, que enfrentava problemas de saúde no período da produção, ele compôs no piloto automático, a melodia mais vivaz é a sexista I Enjoy Being a Girl. A história é interessante, divertida mas poderia ter explorado melhor Helen Chao e é previsível alguns momentos. O elenco é bom e a coreografias também, é inferior aos musicais grandes de Rodgers & Hammerstein mas tem bons momentos.
Ao Sul do Pacífico
3.3 4Lindíssima fotografia, grandiosa orquestrações e canções memoráveis, Ao Sul do Pacífico é uma obra importantíssima em abordar o racismo, é claro que pra hj é datado sua descrição dos polinésios mas sua imagem de amor acima de questões étnicas foi importante na época (o filme é de 58 mas o musical é de 49!) e ainda é necessária, infelizmente. Apenas achei desnecessário o comprimento e a existência de muitas canções românticas parecidas, nenhuma delas bela como Some Enchanted Evening.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraMorta com esse povo assistindo filme do Yorgo pela primeira vez e descobrindo que são estranhos KkKKKKKKK quer drama de época comuns, tem muitos por ai, um filme como esse vc não ver todo dia.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraUm filme salvo pela condução porque o roteiro é fraco; uma briguinha tola separa um casal que ainda se ama? algo que pode ser resolvido facilmente, nada perto da profundidade e da razão de Os Guarda-Chuvas do Amor que ele tenta imitar. O roteiro coloca a maioria dos números musicais na primeira hora e depois parece desistir deles até a cena da audição. La La Land acredita, como seu protagonista, que só de nostalgia um filme pode viver e a Academia também, é um longa cheio de referencia aos clássicos sem muita vida própria, seus personagens são arquétipos, podiam ser qualquer um.
Tirando o roteiro problemático, a condução do Chazelle é ótima, adoro seu dinamismo e planos abertos, a fotografia é bela, as cores fortes do figurino e design de produção dão uma vivacidade e encantamento único. Emma e Ryan estão ótimos - nada que mereça ganhar o Oscar, no entanto - a história é rasa para um filme tão cuidadosamente feito.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraA atuação do trio feminino é a cereja de bolo, elas estão maravilhosas; Weiz constrói uma personagem complexa com Sarah, Coleman uma Rainha vulnerável e Stone a duas-caras. É interessante para um longa com tantas menções sexuais não ser nada quente, Yugo dirigi friamente pq esses personagens veem o sexo como uma conquista (os homens) e um meio para obter poder/status (as mulheres). Adorei os figurinos e a montagem, Abgail e Sarah usam os mesmos tons de cores porque são iguais: usam a Rainha para seus próprios fins.
O roteiro tem muita semelhanças com o clássico A Malvada e é um milagre que isso não enfraqueça a experiencia. Spoilers a seguir: Abigail como Eve, nos faz torcer por ela no inicio mas logo se revela uma cobra, toma o lugar da outra, no fim, uma "fã" de Eve promete substitui-la/destruir sua "vitória" e Abgail não é tão vitoriosa assim. No entanto, o roteiro merece por pontos por manter ambíguo os sentimentos de Sarah pela Rainha, uma mulher de visão política, que seria presidente nos nossos tempos.
Tomb Raider: A Origem
3.2 942 Assista AgoraApenas mantiveram a ilha mesmo, ignoraram a história do reboot para fazer um Indiana Jones e a Última Cruzada sem empolgação; o pai arqueólogo que deixa o filho um artefato que o faz cair nas mãos dos inimigos, cenas dentro da tumba cheia de armadilhas... a história do jogo era mais original; e também mais simples, a do filme é muito pretensiosa e confusa, não entendi nada de como a Rainha "salvou o mundo" e que raios era a doença. Não gostei que essa Lara é mais uma lutadora do que arqueóloga; Os pontos positivos são as cenas de luta e Alicia Vikander está ótima, ela faz uma Lara cheia de vivacidade, é uma pena que a maldição das adaptações de jogos, persista.
O Retorno de Mary Poppins
3.5 343 Assista Agora50% sequência e 50% remake, Mary Poppins Returns segue praticamente toda a estrutura do primeiro, o que enfraquece como obra independente. Fora isso, é tão charmoso como o original, te deixa com um sorriso no rosto e emociona ao longo da projeção; As novas canções funcionam - achei desnecessário, no entanto, todas elas ser uma pregação moral -, o elenco de apoio é ótimo e a parte técnica irrepreensível. Não concordei com a escolha de Emily Blunt fazer uma Mary Poppins mais fria que Julie Andrews. No fim, vale o conselho dela, "que no final do dia podemos aprender que nosense pode ser divertido", uma vida sem sonhos e imaginação, está sendo mal vivida.
Vingadores: Guerra Infinita
4.3 2,6K Assista AgoraO filme representa o mais próximo que um longa de heróis chegou dos crossovers das HQ's, tem todos os seus vícios: Cenas de ação acima dos desenvolvimento de personagens, inchaços de tramas paralelas e o uso do choque para mudar o status quo, fiquei esperando o "continua na próxima edição", no fim. Com tantos heróis fazendo pontas, nenhum tem arco desenvolvido; no momento que sabemos q Gamorra é filha de Thanos - spoiler - cenas dps ela morre - fim do spoiler -, tudo é corrido.
Os Vingadores são coadjuvantes no seu próprio filme, o Thanos é o protagonista em uma jornada do herói invertida, já nos indicando que ele vai vencer. Os diretores ganham pontos ao conseguir criar tensão e pequenas alegrias com qualquer possibilidade de vitória dos verdadeiros heróis. Thanos é um vilão ameaçador e multifacetado mas sua motivação é a típica megalomania dos quadrinhos. O acompanhamos enquanto vai ganhando as joias do infinito, uma por uma, como fase de video-game, outro problema do roteiro, além das piadas sem graças, no entanto, os roteiristas merecem pontos em não transformar o filme numa confusão, sabemos exatamente onde todos os heróis estão. Conseguindo emocionar em certos momentos, não por mérito do longa q não tem qualquer arco para os Vingadores, os relegando as cenas de ação, mas por acompanharmos esses personagens a 10 anos.
10 anos, algo que a Marvel nos lembrou nos créditos iniciais, é preparar o bolso, porque como todo "super arco" de quadrinhos, outros viram nos próximos anos para modificar o status quo com cenas chocantes que escondem a história rasa.
WiFi Ralph: Quebrando a Internet
3.7 740 Assista AgoraÉ o tipo de "road movie", que a trama não importa e sim a jornada, neste caso, a exploração da internet. O design de produção da cidadela virtual, a materialização de conceitos como "spam" em personagens, e etc, tudo é bastante imaginativo e engenhoso. É interessante em não apelar para um vilão, a insegurança de Ralph é seu próprio inimigo. O longa falha em repetir o terceiro ato do primeiro filme, em que Ralph trai Vannelope e causa uma destruição, fora isso, é uma boa animação.
Missão: Impossível - Efeito Fallout
3.9 788A franquia Missão: Impossível mostra que há sempre chances de uma série se recuperar, essa trilogia dos 4,5 e 6, é infinitamente superior a trilogia inicial. McQuarrie vai fundo na humanidade do Hunt, ao mesmo tempo que cria uma trama engenhosa, cheia de surpresa e sequências de ação de tirar o fôlego; editadas sem os cortes irritantes. Não é todo dia que um filme de ação diverte sem precisarmos ignorar sua má direção e roteiro.
O Mágico Inesquecível
3.4 60 Assista AgoraAspectos positivos: o design de produção, maquiagem e fotografia são excelentes, é uma recriação imaginativa de Nova Iorque. Michael Jackson está ótimo como o Espantalho, a sua sequência é a melhor e canções como Brand New Day são boas. O arco sobre medo da Dorothy é melhor do que o arco da personagem no filme de 1939.
Aspectos negativos: o roteiro segue o filme de 1939 ao invés do livro - com exceção de não transformar Glinda e a Bruxa do Norte na mesma pessoa -, com o qual é inevitavelmente comparado. A estrutura do filme de 1939, funciona em um longa infantil de 90 minutos mas não nessa produção de duas horas; ao invés de incluir as sequências de aventura do livro, colocam duas canções para cada amigo de Dorothy, desnecessário, soando como uma versão estendida do clássico. A Dorothy de Diana Ross consegue ser mais frágil que a de Judy Garland - uma criança forte no livro -, ela é muito neurótica e chorona. A coreografia é fraca, pela quantidade de números musicais, a dança elaborada daria ritmo as sequências, mas como a coreografia é ruim, o filme perde o ritmo mesmo nas canções animadas.
Han Solo: Uma História Star Wars
3.3 638 Assista AgoraUm faroeste espacial, com direito a briga pela "água" por vários criminosos, rebeldes e sherifes espaciais, closes nas pistolas dos pistoleiros e poeira sendo levada pelo deserto; o clima de fronteira não envolve; claro, é interessante aprender sobre as origens do Han e as traições que transformam um ladrão bem intencionado no contrabandista cínico do episódio IV; mas a trama do aspirante a Clint Eastwood é desinteressante, não empolga em nenhum momento, além dos personagens já estabelecidos da trilogia original: Han, Chew e Landon, nenhum coadjuvante tem suas motivações estabelecidas para os compreendermos. Se o longa explorasse os sindicatos dos crimes, corrupção imperial - apenas citada - e os cowboys tentando sobreviver no meio disso como Era Uma Vez no Oeste, teria sido melhor. No entanto, a equipe optou pelas sequências de ação em prol da história; e por conta disso, o filme não tem o clima épico dos episódios anteriores.
Como todo filme de Star Wars, tecnicamente é impecável, gostei particularmente da fotografia; as referências deixaram os fãs alegres quando reconhecerem; como disse antes, é interessante saber as origens de Han mas sua "aventura" solo, com perdão do trocadilho, não empolga.
Aquaman
3.7 1,7K Assista AgoraO filme é um bom entreternimento, consegue equilibrar humor e drama; a maioria das sequencias de açao funcionam, especialmente quando usa só uma camera - menos a bizarra batalha submarina, que parece Star Wars e nao o fundo do mar - o melhor do longa e criar personagens simpaticos com motivações criveis, incluindo seus vilões. Sua grande falha e ser previsivel, - spoilers a frente - no momento que o pai do Arraia aparece, vc sabe que ele vai morrer, vc sabe que Arthur vai perder o desafio com Orc e etc; alguns dialogos sao sofriveis - "precisam de um heroi" - e expositivos demais. Se Aquaman nao refresca em novidades ao menos refresca em nao nos decepcionar como BvS.
Uma Dobra no Tempo
2.3 329 Assista AgoraA Wrinkle in Time é um clássico da literatura que não é fácil de se adaptar por ser muito filosófico, conceitual, é uma jornada de descobrimento sobre o que é a vida do trio principal, discute inclusive religião, e o trio amadurece no fim do livro; nada disso é traduzido para o o filme, que apenas corrobora com a fama de "indapitavel" do livro, infelizmente. Uma obra complexa, a Disney tentou simplificá-la em um filme de 90 minutos, tudo soa corrido e confuso, conceitos são apresentados após o outro sem dar tempo de absorvê-los ou explorá-lo. O trio das senhoras é interessante, por causa das suas ótimas atrizes e eu tive mais vontade de acompanhá-las do quer Meg, Calvin e Charles, e isso é um problema, especialmente a Meg que é a protagonista; ela é desinteressante e aborrecida. Nada impressiona no filme, nem seu visual CGI - apesar de ótimo - . A Wrinkle in Time, continua sendo um clássico apenas na estante dos livros.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraO enredo é inverossímil, especialmente o terceiro ato. A não-existência de um sistema de segurança para reativar a hibernação em uma nave tão sofisticada é patético. O romance é sexista, uma fantasia masculina; a cena de Aurora - é claro que ela tinha que ter o nome da bela adormecida, a mais passiva princesa da Disney -, implorando pra Jim voltar pra ela, é patética. Apenas vale pela bela trilha sonora e fotografia.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista Agorao filme tem uma boa premissa mas não consegue desenvolver satisfatoriamente nenhum dos arcos que cria; o melhor dele é Grindewald que convence como um Hitler, um vilão manipulador e carismático, mais ameaçador que Voldemort. A tal profecia dos irmãos que emula a do Escolhido, poderia ter sido descartada sem alterar o plot e ter dado mais tempo ao Obscuro; Queenie foi uma que não teve tempo de desenvolver seu próprio arco. Newt é como um Harry - protegido de Dumbledore - com mais personalidade, Dumbledore é colocado em segundo plano por medo de explorar sua homossexualidade, o que é uma pena, seria um grande peso dramático a trama dele e do Grindewald. O filme não traz novidades no mythos de Harry, está tudo ali: sangues puros vs. trouxas e cia, mas traz personagens interessantes para nos importamos com o próximo capitulo.
O Rei do Show
3.9 897 Assista Agoraroteiro superficial, carregado nas costas por Hugh Jackman que humaniza um sujeito que explorou pessoas em situação vulnerável. O filme romantiza os vergonhosos circos de horrores, proibidos desde os anos 60 e funciona se você ignora a realidade. As competentes Zendaya e Michele Williams são desperdiçadas. As sequências musicais são bem conduzidas mas não possuem canções fortes para sustentá-las, é quase impossível distinguir uma da outra, todas são hinos e baladas pop carregados de auto tune, sem apelo emocional. O filme agrada nossa geração em busca de empoderamento e que gosta dessas canções; a conclusão é cliquê, a subtrama da cantora de ópera era previsivel para qualquer telespectador atento. A única função que ele cumpre bem é a condução das sequências musicais e Hugh Jackman é grande demais para um filme pequeno, de resto, oportunidade desperdiçada por questões de mercado.