Este mexeu muito mais comigo que "Machuca". A vida e força das mulheres - muitas vezes ainda colocadas como coadjuvantes de "grandes homens" - sempre me hipnotiza,
mesmo que esta força tenha seus limites dadas imposições da vida e a forma muito pessoal com que cada um lida com isso.
Violeta é artista pura, e vinda do sofrimento de tocar para comer, ganhar o mundo não lhe foi esforço. Mesmo assim, é incrível como mesmo um talento reconhecido, basta ser da America Latina para ser tratada como serviçal "muito bonita sua musica, mas comer é na cozinha".
A linguagem do filme é pura poesia, ainda mais embalado pelas musicas de Violeta.
A delicadeza de Labaki para tratar de temas duros já tinha me encantado em Caramelo. Aqui o sentimento ganhou novas proporções, aquele primeiro plano como uma elegia em movimento, as cores quentes que vieram do primeiro filme, a trilha sonora que já naquele me apaixonei aqui funcionou quase como personagem com planos musicais, a cumplicidade feminina naquele dada nos momentos de pequena liberdade no salão de beleza aqui ganha força e espaço expandindo para a aldeia. Gosto muito da analogia caricata e hiperbólica de algumas situações, afinal a fábula utópica é muito mais real pra mim que vidas serem perdidas por crenças.
Depois de todo encantamento; a realidade, o cotidiano, as obrigações que se tornam cobranças..e no meio de certa crueldade típica da vida a dois, encontrar ainda o amor, não como utopia, mas concretude. Hawk e Delpy, aiai!!!
Roteiro por demais afiado, chegou até me incomodar a acidez, porque é aquilo mesmo, e nem precisa ter filhos,rs.
Este foi meu primeiro Manoel de Oliveira. Sendo uma apaixonada por todo tipo de apreensão da imagem, fico extremamente empolgada quando algum filme trata do ato da fotografia, e a miscelânea a qual o filme me remete - fotografia, pintura e o próprio filme - me encantaram por completo. Para além disso, há tanta filosofia no roteiro que só com determinada bagagem vai-se apreendendo seu conteúdo. Pra minha sorte eu já tinha lido meses atrás a crítica no filmologia, que me ajudou MUITO, me senti contemplada. ( http://www.filmologia.com.br/?page_id=2309)
É preciso imersão, levei um tempo para chegar no dia exato!
Hans Weingartner mescla nesse lindo e triste filme, dois temas muito presentes em suas obras, distúrbio psicológico e crítica às cobranças do modo de vida capitalista ou o primeiro como sendo, muitas vezes, a consequência do segundo. Me volto, como quase sempre, ao "Mal-estar na Cultura" de Freud (1930) quando este coloca que o mundo faz exigências que o homem não consegue suprir, levando-o ao limite, e que para sobreviver este precisa fazer uso de lenitivos; que para ele os principais são o amor e a droga, pois ambos tiram da crueza do cotidiano. Muitos filmess tem retratado isso de alguma forma, quase um pedido para que o homem diminua seu ritmo caótico ou vai eclodir junto à cidade, tendo como saída a abstração total da mente
Gostei bastante de Distrito 09, e acho que o Blomkamp tentou à princípio construir algo que tivesse o mesmo efeito, mas o que saiu foi uma obra paradoxal. Acho que o Matt Damon estava ok, o problema é que dentro da crítica do filme ele não faz sentido nenhum
me lembrou MUITO "Eu sou a Lenda", pois, um homem dá sua vida para salvar a humanidade, e consequentemente salvar a Alice Braga e seu(sua) filho(a) haha.
esperava um total clichê canastrão. Mas, no lugar encontrei um filme bem interessante. Gostei da crítica à logística cruel de uma guerra e seus agentes (vencedores e vencidos), com atores que gosto, sem muita apelação. Gostei bastante, ótimo entretenimento.
Como muitos também me lembrei na hora de Natascha Kampusch. O filme foca na relação, muito ligada à Síndrome de Estocolmo, mostrando tentativas de um convívio, de algum vínculo, a única saída talvez para não enlouquecer. E é justamente por focar nisso que acredito que o filme traga essa sensação um tanto bizarra de calmaria. Isso não me incomodou, o que me pegou foi, pra variar, essa tradução, já que por ela esperei o foco nas relações pós cativeiro, que foram tratadas de pincelada apenas para entendermos o que de fato o título literal quer tratar, algo que remete somente à ela.
bombardeio de fotos a cada celebridade escolhida, assim como somos bombardeados, é lógico que muitos adolescentes tomam essas pessoas como referência, o plano da mansão da Audrina em silêncio visto de longe como se observássemos uma maquete, o plano da decisão judicial..e outros..
Mas, mesmo assim, ao longo do filme achei vários momentos chatinhos, mas de modo geral eu gostei.
Acho interessante, apesar de ser clichê, mas o problema pra mim foi o pouco aprofundamento tanto no coletivo histórico, como no foco que era o indivíduo.
Dou 02 estrelas porque acho que a idéia do suspense foi inteligente. O problema TODO, rs, foram os 3 protagonistas extremamente canastrões e o início do filme todo teenager, que não né? haha.
da mocinha do filme com câncer, que tenta já deixar a vida de seus amados ajeitada para quando ela não estiver
ganha outras formas, sai um pouco do campo intimista para o amplo, as relações humanas para além de sua casa. É tudo tão delicado, tão sutil, não tem como não se envolver.
E Rick Lee Jones, é muuuuuito amor!! https://www.youtube.com/watch?v=GprjXm9_AwE
Essas utopias que ocasionalmente ocorrem - meio a um Estado que não supre carências, que favorece um lado suprimindo outros, que faz com que o próprio proletariado se aliene de sua classe - são de um amor...um amor...
O poema de Victor Hugo é lindo : https://docs.google.com/document/d/1L0RLYhAP8Lwh_CDPY1MQkZn4yuce-3uDWaKoI1k1it8/edit
Que filme... acabei de assistir to ainda meio...enfim,rs.
Li uma opinião - em outro lugar - de que o filme seria maniqueísta e discordo totalmente, o filme mostra seres humanos bem falhos lidando com situações extremamente pesadas, mostrando inclusive as filhas da putice dentro da própria organização.
Por ser um filme focado no roteiro que privilegiou uma estética mais crua e urgente, não é um filme "bonito". Eu gostaria que tivesse tido, uma mescla nas linguagens mostrado as fotos da Melissa.
Um grande professor e amigo disse o óbvio e que não paramos para pensar; chamamos pejorativamente outros humanos de "animais" quando estes tem atitudes grotescas, agressivas, assassinas, mas, aqueles que cometem os absurdos são os humanos e não os bichos. Pösler mostra exatamente isso neste belíssimo filme, se isolados apenas com animais somos movidos por sua pureza e levados pelo relacionamento com estes, e o que nos diferencia enquanto seres dotados da razão é que como disse Saint-Exupéry somos responsáveis pelo que cativamos. O que neste caso é inclusive o que mantém a vida.
isso é comprovado no único momento que há um outro ser humano, o único momento de crueldade.
Enfim, fotografia maravilhosa, roteiro perfeito parecia que eu estava lendo (assistindo) uma autobiografia ( baseado no livro de Marlen Haushofer que eu preciso achar com urgência!rs).
Todos me diziam do peso deste filme, mas acho que eu ainda assim não esperava sentir o que eu senti.
A angústia vem de ver até que ponto o absurdo da eugenia pode chegar (e digo chegar e não chegou, pois, mesmo que de forma sutil mas não menos perversa, situações similares ocorrem). Para não fazer algo extremamente longo me atenho a um dos pontos que mais me chamou a atenção:
Saartjie passar por tres mãos: Primeiro o homem que tinha uma relação extremamente dúbia com ela de desejo e dominação, de animal que trazia lucro a mulher que amamentou seus filhos. Depois o domador que primeiro a atraiu com palavras doces ao pé do ouvido, quase hipnótica, encantando-a como faz com seus animais, para depois tratá-la de fato como um. E por último Jeanne, o que pra mim foi o mais forte ( ainda mais, sendo mulher e negra) pois, mostra que Saartjie estava abaixo de tudo, já que as mulheres no início do sec XIX praticamente não tinham espaço, imagina uma mulher e ainda negra, não há espaço que não seja ser dominada por todos. O único momento que ela pode ser em certa medida "livre" foi ao escolher não ir para o hospital, escolher a resignação da morte. é desesperador!
Dizer que é triste não é nem perto do que esse filme de fato é. Enfim, chorei,chorei.
Filmes que retratam a adolescência e época do colégio sem ser, necessariamente, para este público, costumam ser carregados de melancolia e nostalgia - como se o próprio tempo já tivesse passado. Hana e Alice é exatamente assim, mas Shunji Iwai, conseguiu além disso colocar doses de humor, de sociopatia (né?rs), conseguiu me fazer sentir como naquela época em que uma amizade é tudo na vida, importante o suficiente para os outros problemas - inclusive familiares - ficarem distantes. E em uma época em que tudo é sentido com tamanha densidade, qualquer tropeço é tombo fundo.
enfim, cada dia me apaixono mais por shunji iwai, por sua delicadeza, por essa fotografia perfeita!!! chorei fácil, por tanta doçura...
É o segundo filme do Shunji Iwai que assisto, o primeiro foi PICNIC que mexeu comigo de uma forma totalmente intimista, tudo recheado com uma fotografia linda e personagens densos, complexos e ao mesmo tempo suaves. Em Love Letter, apesar de não ter os elementos bizarros daquele, compõe-se também do paradoxo entre densidade e suavidade, com uma fotografia ainda mais linda, apaixonada por detalhes. Shunji Iwai é um diretor de extrema sensibilidade, que conseguiu amarrar todinha uma estória cheia de pontas. Assim, não sobrou nenhum confusão, só profundo amor.
mulheres tresloucadas e situações bizarras e tensas que surgem do cotidiano, AMEI!! Tsutsumi leva ao último nível hiperbólico uma crítica simples ao egocentrismo, às exigências de uma carreira que pode acabar no efêmero, à competitividade exacerbada.
Violeta Foi para o Céu
4.0 107 Assista AgoraEste mexeu muito mais comigo que "Machuca". A vida e força das mulheres - muitas vezes ainda colocadas como coadjuvantes de "grandes homens" - sempre me hipnotiza,
mesmo que esta força tenha seus limites dadas imposições da vida e a forma muito pessoal com que cada um lida com isso.
Violeta é artista pura, e vinda do sofrimento de tocar para comer, ganhar o mundo não lhe foi esforço. Mesmo assim, é incrível como mesmo um talento reconhecido, basta ser da America Latina para ser tratada como serviçal "muito bonita sua musica, mas comer é na cozinha".
A linguagem do filme é pura poesia, ainda mais embalado pelas musicas de Violeta.
E Agora, Aonde Vamos?
4.2 144A delicadeza de Labaki para tratar de temas duros já tinha me encantado em Caramelo. Aqui o sentimento ganhou novas proporções, aquele primeiro plano como uma elegia em movimento, as cores quentes que vieram do primeiro filme, a trilha sonora que já naquele me apaixonei aqui funcionou quase como personagem com planos musicais, a cumplicidade feminina naquele dada nos momentos de pequena liberdade no salão de beleza aqui ganha força e espaço expandindo para a aldeia.
Gosto muito da analogia caricata e hiperbólica de algumas situações, afinal a fábula utópica é muito mais real pra mim que vidas serem perdidas por crenças.
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraDepois de todo encantamento; a realidade, o cotidiano, as obrigações que se tornam cobranças..e no meio de certa crueldade típica da vida a dois, encontrar ainda o amor, não como utopia, mas concretude.
Hawk e Delpy, aiai!!!
Roteiro por demais afiado, chegou até me incomodar a acidez, porque é aquilo mesmo, e nem precisa ter filhos,rs.
O Estranho Caso de Angélica
3.4 40Este foi meu primeiro Manoel de Oliveira. Sendo uma apaixonada por todo tipo de apreensão da imagem, fico extremamente empolgada quando algum filme trata do ato da fotografia, e a miscelânea a qual o filme me remete - fotografia, pintura e o próprio filme - me encantaram por completo.
Para além disso, há tanta filosofia no roteiro que só com determinada bagagem vai-se apreendendo seu conteúdo. Pra minha sorte eu já tinha lido meses atrás a crítica no filmologia, que me ajudou MUITO, me senti contemplada.
( http://www.filmologia.com.br/?page_id=2309)
É preciso imersão, levei um tempo para chegar no dia exato!
A Cabana
3.9 38Hans Weingartner mescla nesse lindo e triste filme, dois temas muito presentes em suas obras, distúrbio psicológico e crítica às cobranças do modo de vida capitalista ou o primeiro como sendo, muitas vezes, a consequência do segundo. Me volto, como quase sempre, ao "Mal-estar na Cultura" de Freud (1930) quando este coloca que o mundo faz exigências que o homem não consegue suprir, levando-o ao limite, e que para sobreviver este precisa fazer uso de lenitivos; que para ele os principais são o amor e a droga, pois ambos tiram da crueza do cotidiano.
Muitos filmess tem retratado isso de alguma forma, quase um pedido para que o homem diminua seu ritmo caótico ou vai eclodir junto à cidade, tendo como saída a abstração total da mente
como bem nos mostra Weingartner.
O título original muito mais bonito e coerente, como de costume.
Martin e Viktor ♥ !!!
http://www.youtube.com/watch?v=_ogVor9uZoo
Elysium
3.3 2,0K Assista AgoraGostei bastante de Distrito 09, e acho que o Blomkamp tentou à princípio construir algo que tivesse o mesmo efeito, mas o que saiu foi uma obra paradoxal. Acho que o Matt Damon estava ok, o problema é que dentro da crítica do filme ele não faz sentido nenhum
a "ralé" do mundo - ou os povos latinos - versus os americanos, e o salvador é o estereótipo físico do mundo elysium
me lembrou MUITO "Eu sou a Lenda", pois, um homem dá sua vida para salvar a humanidade, e consequentemente salvar a Alice Braga e seu(sua) filho(a) haha.
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista Agoraesperava um total clichê canastrão. Mas, no lugar encontrei um filme bem interessante. Gostei da crítica à logística cruel de uma guerra e seus agentes (vencedores e vencidos), com atores que gosto, sem muita apelação. Gostei bastante, ótimo entretenimento.
Vida de Solteiro
3.7 261 Assista AgoraComo não amar Cameron Crowe?!?! Filmes com as melhores referências musicais, imensa doçura!!
Vedder novinho, muito amor! ♥
A Estranha Vida de Timothy Green
3.9 1,3K Assista AgoraSendo adotada e sabendo o quanto meus pais queriam um filho e sofreram para ter, só posso me identificar com tamanha doçura!
De Volta Para Casa
3.3 27 Assista AgoraComo muitos também me lembrei na hora de Natascha Kampusch. O filme foca na relação, muito ligada à Síndrome de Estocolmo, mostrando tentativas de um convívio, de algum vínculo, a única saída talvez para não enlouquecer. E é justamente por focar nisso que acredito que o filme traga essa sensação um tanto bizarra de calmaria.
Isso não me incomodou, o que me pegou foi, pra variar, essa tradução, já que por ela esperei o foco nas relações pós cativeiro, que foram tratadas de pincelada apenas para entendermos o que de fato o título literal quer tratar, algo que remete somente à ela.
Gostei bastante.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraCompreendo a idéia crítica e gosto da estética da Coppola
bombardeio de fotos a cada celebridade escolhida, assim como somos bombardeados, é lógico que muitos adolescentes tomam essas pessoas como referência, o plano da mansão da Audrina em silêncio visto de longe como se observássemos uma maquete, o plano da decisão judicial..e outros..
Mas, mesmo assim, ao longo do filme achei vários momentos chatinhos, mas de modo geral eu gostei.
Testemunhas de Uma Guerra
3.5 48Acho interessante, apesar de ser clichê, mas o problema pra mim foi o pouco aprofundamento tanto no coletivo histórico, como no foco que era o indivíduo.
Armadilha
2.2 589Dou 02 estrelas porque acho que a idéia do suspense foi inteligente. O problema TODO, rs, foram os 3 protagonistas extremamente canastrões e o início do filme todo teenager, que não né? haha.
enfim, engraçado.
Discordo de quem acha que
precisava ter alguma motivação além do sadismo. seres humanos são bizarros, fazem coisas apenas pela maldade muitas vezes. não me surpreende.
Fried Dragon Fish
3.1 1muito divertido!!!!
e adorei ver esse comecinho do shunji iwai!!!
Patrick, Idade 1,5
4.0 493Totalmente adorável!!!!
Adorei tudo, as atuações, a delicadeza do roteiro, a fotografia de cores vivas e a câmera dinâmica com travellings e closes.
Tudo o Que Desejamos
3.7 29Sou declaradamente apaixonada por dramas, a capacidade do cinema em nos emocionar é algo que sempre me surpreende.
Aqui, o clichê
da mocinha do filme com câncer, que tenta já deixar a vida de seus amados ajeitada para quando ela não estiver
É tudo tão delicado, tão sutil, não tem como não se envolver.
E Rick Lee Jones, é muuuuuito amor!!
https://www.youtube.com/watch?v=GprjXm9_AwE
72 Horas
3.6 838 Assista Agoraesperava um filme bem ruinzinho, não sabia que era remake. mas gostei bastante, o suspense foi efetivo até o fim!
As Neves do Kilimanjaro
3.9 65Essas utopias que ocasionalmente ocorrem - meio a um Estado que não supre carências, que favorece um lado suprimindo outros, que faz com que o próprio proletariado se aliene de sua classe - são de um amor...um amor...
O poema de Victor Hugo é lindo : https://docs.google.com/document/d/1L0RLYhAP8Lwh_CDPY1MQkZn4yuce-3uDWaKoI1k1it8/edit
Políssia
4.0 273Que filme... acabei de assistir to ainda meio...enfim,rs.
Li uma opinião - em outro lugar - de que o filme seria maniqueísta e discordo totalmente, o filme mostra seres humanos bem falhos lidando com situações extremamente pesadas, mostrando inclusive as filhas da putice dentro da própria organização.
Por ser um filme focado no roteiro que privilegiou uma estética mais crua e urgente, não é um filme "bonito". Eu gostaria que tivesse tido, uma mescla nas linguagens mostrado as fotos da Melissa.
Mas, é foda!
A Parede
4.0 43Um grande professor e amigo disse o óbvio e que não paramos para pensar; chamamos pejorativamente outros humanos de "animais" quando estes tem atitudes grotescas, agressivas, assassinas, mas, aqueles que cometem os absurdos são os humanos e não os bichos. Pösler mostra exatamente isso neste belíssimo filme, se isolados apenas com animais somos movidos por sua pureza e levados pelo relacionamento com estes, e o que nos diferencia enquanto seres dotados da razão é que como disse Saint-Exupéry somos responsáveis pelo que cativamos. O que neste caso é inclusive o que mantém a vida.
isso é comprovado no único momento que há um outro ser humano, o único momento de crueldade.
Enfim, fotografia maravilhosa, roteiro perfeito parecia que eu estava lendo (assistindo) uma autobiografia ( baseado no livro de Marlen Haushofer que eu preciso achar com urgência!rs).
Luchs ♥♥
Chorei horrores.
Vênus Negra
4.0 159Todos me diziam do peso deste filme, mas acho que eu ainda assim não esperava sentir o que eu senti.
A angústia vem de ver até que ponto o absurdo da eugenia pode chegar (e digo chegar e não chegou, pois, mesmo que de forma sutil mas não menos perversa, situações similares ocorrem).
Para não fazer algo extremamente longo me atenho a um dos pontos que mais me chamou a atenção:
Saartjie passar por tres mãos:
Primeiro o homem que tinha uma relação extremamente dúbia com ela de desejo e dominação, de animal que trazia lucro a mulher que amamentou seus filhos.
Depois o domador que primeiro a atraiu com palavras doces ao pé do ouvido, quase hipnótica, encantando-a como faz com seus animais, para depois tratá-la de fato como um.
E por último Jeanne, o que pra mim foi o mais forte ( ainda mais, sendo mulher e negra) pois, mostra que Saartjie estava abaixo de tudo, já que as mulheres no início do sec XIX praticamente não tinham espaço, imagina uma mulher e ainda negra, não há espaço que não seja ser dominada por todos.
O único momento que ela pode ser em certa medida "livre" foi ao escolher não ir para o hospital, escolher a resignação da morte.
é desesperador!
Dizer que é triste não é nem perto do que esse filme de fato é.
Enfim, chorei,chorei.
Hana e Alice
3.7 22 Assista AgoraFilmes que retratam a adolescência e época do colégio sem ser, necessariamente, para este público, costumam ser carregados de melancolia e nostalgia - como se o próprio tempo já tivesse passado. Hana e Alice é exatamente assim, mas Shunji Iwai, conseguiu além disso colocar doses de humor, de sociopatia (né?rs), conseguiu me fazer sentir como naquela época em que uma amizade é tudo na vida, importante o suficiente para os outros problemas - inclusive familiares - ficarem distantes. E em uma época em que tudo é sentido com tamanha densidade, qualquer tropeço é tombo fundo.
enfim, cada dia me apaixono mais por shunji iwai, por sua delicadeza, por essa fotografia perfeita!!!
chorei fácil, por tanta doçura...
Love Letter
3.8 18É o segundo filme do Shunji Iwai que assisto, o primeiro foi PICNIC que mexeu comigo de uma forma totalmente intimista, tudo recheado com uma fotografia linda e personagens densos, complexos e ao mesmo tempo suaves. Em Love Letter, apesar de não ter os elementos bizarros daquele, compõe-se também do paradoxo entre densidade e suavidade, com uma fotografia ainda mais linda, apaixonada por detalhes.
Shunji Iwai é um diretor de extrema sensibilidade, que conseguiu amarrar todinha uma estória cheia de pontas. Assim, não sobrou nenhum confusão, só profundo amor.
2LDK
3.4 25mulheres tresloucadas e situações bizarras e tensas que surgem do cotidiano, AMEI!! Tsutsumi leva ao último nível hiperbólico uma crítica simples ao egocentrismo, às exigências de uma carreira que pode acabar no efêmero, à competitividade exacerbada.
Insano!