Pegando apenas o pedaço da relação com Doca e últimos momentos da vida de Ângela Diniz, o filme traça o percurso decisivo de sua vida e seus abusos, focando apenas nisso e sem um aprofundamento dessa que poderia gerar uma rica história a ser contada. Mas Ísis Valverde brilha tanto na tela encarnando a própria socialite, que vale todo o tempo desperdiçado da história dela não contada. Atuação visceral, sem contar que nunca vi a Ísis tão linda como aqui.
Primeiro filme de Cimino já entregando todo seu estilo único com uma simpática e empolgante aventura road movie de roubo ao banco, bem estilosa por sinal. A dupla Clint Eastwood e Jeff Bridges é grandiosa e proporciona grandes momentos memoráveis. Aliás, as sequências entre os dois na estrada, dialogando e convivendo juntos, são muito mais interessantes do que as de fuga. Bridges levou merecidamente o Oscar de ator coadjuvante, ele conseguiu se destacar tanto (ou até mais) que Eastwood. Especialmente os últimos minutos, o filme também me comoveu bastante.
Filme totalmente auto destrutivo que mostra a própria derrocada do protagonista em busca de se fracassar cada vez mais, pegando uma passagem para o fundo do povo. O desenvolvimento de Tomas é o grande foco, a ponto da personagem feminina não ter importância alguma na narrativa. Gostei muito dessa representação dos personagens de diferentes lugares, mostrando como Paris é uma cidade tão diversificada. É uma história crua, cheia de frieza mas que fascina, seja pelas belas cenas sexuais ou pelo excelente trio central Franz, Ben e Adèle.
Achei simplesmente criativo e brilhante. Desde seu início narrando a rotina dos dias de vampiro de Augusto Pinochet, as explicações das vítimas que ele busca sugar o sangue e comer o coração, dando preferência aos americanos, enquanto os humanos da América do Sul sendo ruins, sacada ótima. A escolha de ser em preto e branco atenua o sombrio enredo e à figura do ditador que protagonista a obra. Sua fotografia e composição técnica impressionam, as sequências sem diálogos são maravilhosas. Por fim percebemos como esse filme poderia facilmente ser realidade (e na verdade é, vendo por um contexto metáforo). Frio, divertido e perturbador. Final poético, não poderia ser melhor. Mais uma obra memorável de Larraín.
O filme pega uma trecho Johnny Depp encarna o rei de Versalhes de maneira encantadora, cheio de sutilezas e nuances de humor, tendo uma boa conexão em cena com Maïwenn. Ela faltou colocar mais da sedução de Jeanne, porém trouxe personalidade à figura histórica. A direção de arte e fotografia são maravilhosas, o enquadramento perfeito, os figurinos luxuosos e a cenografia sublime. O filme tem todos os elementos de uma superprodução de época e consegue sustentar bem sua narrativa principal tanto quanto das paralelas.
Um filme que me marcou muito, sempre meche comigo. Um encontro entre duas gerações que se completam e criam um laço paternal. Repleto de momentos tocantes e memoráveis, uma verdadeira preciosidade. Omar Sharif e Pierre Boulanger, que dupla linda.
O filme segue aquela fórmula de outros filmes de heróis, com o protagonista ganhando poderes "sem querer" e se adaptando à nova vida etc, mas deixa sua marca e inova ao preencher esse universo com uma bela mistura latina. Xolo Maridueña nos conquista de imediato com sua simpatia e Bruna Marquezine está ótima como a antagonista (e não apenas um interesse amoroso dele) Jenny Kord, representando bem o Brasil. A família de Jaime Raeys é o grande diferencial nesse filme, o carisma deles e sua energia latina elevam o filme para um tom muito divertido, soando naturalmente, como por exemplo, seu tio dando berros histéricos em todo momento ou sua avó toda girl power, mas também consegue acertar em sua carga dramática, especialmente em uma cena específica bem tocante que mexeu comigo. A estética urbana futurística se molda muito bem com a história, tanto quanto o núcleo dos vilões, criando uma estética própria. Uma grata surpresa, não esperava muita coisa e acabei achando agradável demais.
A ideia é boa, principalmente pelo fato dos adolescentes não serem burros e assumirem que estão correndo perigo invocando as forças do mal. Mas o filme tem vários fatores que sempre me irritam: roteiro cheio de incoerência, encontros mediúnicos jogados sem sentido, fora o problema de sempre, quando as pessoas estão possuídas ficam com o rosto machucado, cheio de marcas e minutos depois ao voltar ao normal, não tem mais nada. É um detalhe que realmente me irrita. No geral é aquele "terror" adolescente de sempre, sem tensão, sem causar medo algum e fica no mesmo ponto demorando a engrenar. Tenho certeza que se não fosse esse boca a boca da geração atual, o filme passaria batido e nunca que seria esse fenômeno de audiência.
Um filme que nos questiona a decisão que tomamos ou deixamos para depois, o relacionamento é mostrado de forma realista, com sutileza mas cheia de profundidade e impacto, mexendo com o emocional, não apenas dos personagens como de quem assiste. Desde o início eu decidi não depositar esperança alguma e nem torcer para o casal mas foi muito difícil. É quase que inevitável não sentir os golpes emocionais que eles sofrem. Terminei e continuo digestando as dores. Mais um filme que vou ficar refletindo: a maioria dos amores, por algum motivo, não podem florescer, eles simplesmente acontecem como uma passagem e quem sabe, voltam a se reencontrar em outras vidas.
Michelle Williams e Kelly Reichardt é uma dupla que ainda quero ver mais muitas e muitas vezes juntas. Como todas suas obras, a diretora imprime aqui seu minimalismo e cotidiano a partir de um momento específico da personagem central. Da ligação da artista com a pomba, da relação dela com a locatária até o processo de criação de suas esculturas. Cada cena tem suas nuances e contrastes com a narrativa, desde as mais simples. O que torna tudo encantador. Está no meu top 3 da diretora.
O diretor sabe muito bem como atingir construções de relacionamentos com maestria e aqui eleas se permeam junto à floresta que, conforte a história anda, o incêndio vai se aproximando junto cada vez mais, e mesmo já nos preparando para sua cosnequência, é impactante.. Paula Beer é definitivamente a nova musa de Petzold, não apenas dele como nossa também. Cada aparição sua em cena é iluminada, apaixonante, hipnotizante, sua beleza fascina. Sua personagem é construída com máximas camadas que afetam de diversas formas os homens ao seu redor. O protagonista é chato, propositalmente testa a nossa paciência mas se redime de uma forma sublime graças, ao talvez, o roteiro mais humano do diretor. A trilha é divina, a canção "Im my mind" não sai da minha cabeça, o desfecho com o som de Ryuichi Sakamoto é grandioso. Me deixou sem palavras.
Baseado em fatos reais sobre os ataques na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris, 90, o filme acaba seguindo uma linha muito mais do trauma pessoal dos personagens do que explorar o fato em si, isso não é um defeito mais acho que se seguisse numa montagem linear dos acontecimentos, oa invés de ter os flashbacks, tornaria mais interessante. o maior acerto desse filme: Noémie Merlant, essa mulher sempre perfeita.
Um road movie besteirol americano com protagonistas asiáticas e cheio de piadas pervertidas, o que achei que acabou ficando escrachado demais. Achei engraçado, senti vergonha alheia e tédio na mesma medida.
Xavier Dolan anunciou sua aposentadoria mas antes nos deixou essa minissérie. Ele insere os melhores elementos do seu cinema, contudo traz uma estrutura de episódios que foca em cada personagem e usa o suspense com maestria. Tudo aqui tem a identidade de Dolan. A relação complexa entre os irmãos que se reencontram para o embalsamento da mãe recém falecida e dai vamos entendendo o que causou a ruptura familiar através de acontecimentos do passado, no ano de 1991. Seu roteiro é mórbido, dramático e sufocante, brilhantemente interligado aos personagens paralelos e seus próprios dramas pessoais. Tanto o elenco adulto quanto os que interpretam os personagens jovens estão impecáveis e cada um deles atinge o seu mais alto nível em atuação, com destaque a Patrick Hivon, Julie Labreton, Éric Bruneau e o próprio Xavier Dolan. Fotografia linda, de tom sombria e sufocante, que combina perfeitamente com a trilha sonora espetacular de Hans Zimmer e David Fleming, que se completam no universo do diretor. A melhor minissérie que vi em tempos.
Depois de explorar por muito tempo o mundo dos samurais na série Ninjago, a LEGO mostra sua criatividade mais uma vez ao criar uma série que explora os sonhos. A animação é linda visualmente, tudo bem detalhado, tanto o bairro do Brooklyn, onde moram os protagonistas como o Mundos dos Sonhos onde tudo é possível. A turma das crianças são muito carismáticas, Mateo, Izzie, Cooper, Logan e Zoey, cada um com sua personalidade própria. Acho incrível a forma como cada um ganha um novo visual em seus sonhos e como eles conseguem se conectar para tentar derrotar os vilões. O Rei dos Pesadelos é bem aterrorizante, apesar de uma animação LEGO, tanto ele quanto seus seguidores, as criaturinhas bem arrepiantes, são bem ameaçadores e são capazes de causar pesadelos dentro dos sonhos e até mesmo fora deles. Todo o roteiro é muito bem construído, da ampulheta que cada membro da equipe possui e precisa tomar cuidado para não usar todo o pó para suas criações à origem e motivação do vilão. Outro acerto é o protagonista com vitiligo. A série deixa muitas possibilidades para mais temporadas e um universo imenso para explorar.
Descobri uma série que realmente não existe um episódio ruim, essa daqui. O mais genial dessa série é que o melhor das situações mais absurdas inimagináveis possíveis, são as reações dos outros personagens a essas situações. Charlie cada vez gritando mais, passo mal de rir, Dennis se superando cada vez mais, Dee nem comento, ela é maravilhosa. Adorei que nessa temporada Mac ganhou mais destaque e que eles voltaram a ficar vici*dos em drog*s. Os episódios do bebê, do deficiente mental e do molestador sósia de Dennis e da maratona de dança eu ri como nunca.
A Pixar repete a sua fórmula ao impressionar pela estética gráfica grandiosa e refinada. O que mais chama a atenção são os traços impressionantes, os movimentos e cores das chamas dos personagens de fogo de acordo com suas emoções, a forma de como os personagens de água se movimentam e como todos os elementos se quando estão juntos na sociedade. E mais uma vez eles colocam vários assuntos aqui: culturas, classes sociais, imigrantes, problemas na cidade e família tradicional, todas desenvolvidas de forma sensível e lúdica, apesar de não serem tão exploradas. O foco fica mesmo no romance "quase impossível" de Faísca e Gota, fogo e água. Senti falta de mostrar mais profundidade à cidade, mais dos elementos ar e terra e também de um vilão na história. Mas ainda assim o resultado achei muito bonito e já ganha pontos por ser uma animação original, sem ser remake ou uma sequência.
O Documentário revisita a paleta colorida da vida de Xuxa, de seus tempos de modelo, do início da carreira caótica, do lendário "Xou da Xuxa", passando por seus outros programas, seus amores: Senna e Pelé, sua carreira internacional, discos, sua carreira no cinema, o "polêmico" filme, shows, vida pessoal, polêmicas, incêndio no "Xuxa Park", pais, filha, paquitas, amigos, abuso e claro, o encontro e acerto de contas com Marlene Mattos. Mais do que a vida de uma artista, é uma viagem pelo minha infância, dos tempos de inocência, lembranças boas, sem maldade, cheia de brincadeiras, travessuras e nostalgia. As imagens de arquivo da globo são riquíssimas, registros históricos de outro nível, muitos raríssimos, que narram todas as fases da rainha dos baixinhos. No geral, um resultado bonito mas pecou na edição, por não seguir uma ordem cronológica, principalmente no episódio final. Senti falta de histórias de amigos próximos que renderiam muita coisa, dos videoclipes, mais sobre os álbuns musicais e da casa rosa. A direção de Pedro Bial poderia ter sido mais perspicaz, principalmente em achar um foco de construção estrutural, um fio narrativo mais natural cronologicamente e encerrar de forma mais simbólica. Ainda assim, um ótimo trabalho à altura dos 60 anos de Xuxa.
A série tomou proporções que eu não imaginava, sempre ao final de cada episódio já fico na curiosidade de qual tema errado e polêmico que vão abordar a seguir. Essa temporada, tão excepcional como a primeira, foi deles se passando por deficientes, terroristas, uso de entorpecentes, imagem religiosa, propina a drogas, com direito a um episódio HILÁRIO em homenagem ao filme "Menina de Ouro". Cheguei c chorar de rir. A entrada do personagem Frank, do Danny DeVito fez toda a diferença e não sei como foi possível ele ficar de fora do início. Todos os personagens aqui são absolutamente sem filtro ou senso nenhum, um mais errado do que o outro, o Charlie então, louco total da cabeça. Só tenho a resumir em uma palavra: sensacional!
Comecei a ver a série sem saber que eu precisava dela para curar meu dias de tristeza. O que ela tem de engraçada tem de politicamente incorreta, ela é totalmente errada, inconsequente, problemática e sem regras nenhuma, desde seu primeiro minuto do 1º episódio, literalmente. Cada episódio se superou em me surpreender por cutucar assuntos bem polêmicos com cenas inimagináveis. O quarteto protagonista Charlie, Mac, Dennis e Deandra é maravilhoso e por mais incrível que pareça eu consegui me identificar com cada um deles em algum momento. Humor mais ácido que já presenciei, bem delirante, surreal e genial. Essa 1ª temporada já é um grande proceder do quanto eles vão longe nas ofensas e piadas pesadas, sem dó nenhuma. Estou bem curioso para avançar até chegar nas temporadas mais recentes pra ver o quanto a série mudou de 2005 pra cá e ver como (e se) adaptaram.
É muito criativa a forma que os bastidores de uma novela é contada aqui, brincando com o lúdico vemos a história se passando em dois universos diferentes: o da vida real e dentro da tv ( ou especificamente da novela), que me fez lembrar de imediato o filme "Zoando Na TV", com Angélica. Mônica Iozzi está ótima no papel e consegue trazer um ar de dualidade de sua personagem quando fica presa dentro da novela. Miguel Falabella também aparece incrível atuando (o que acho muito melhor do que dirigindo), no papel do autor da novela "Reboque do Destino". Yara de Novaes é outra que destaco, conseguiu tirar de mim várias gargalhadas. O texto é muito divertido, as caracterizações exageradas, figurinos extravagantes e situações malucas, é muito interessante como funciona essa brincadeira desse mundo de novelas paralelos onde quando ela vai para seu intervalo, os personagens ficam congelados, quando o roteiro é modificado, acontece o mesmo na tela. Outra coisa que eu gostei muito é a estética do mundo paralelo da novela, é incrível o efeito de difusão de cores na tela diferenciando as cenas do mundo de fora, muito bem realizado. Série muito gostosa de assistir, principalmente quando encontramos referências escondidas nas cenas. É uma homenagem ao noveleiro.
Apostando numa proposta nova, a série musical mira para o público infanto-juvenil mas com elementos que chamam a atenção e que são poucos vistos nas obras recentes da globo como os números musicais, que colocam um repertório para todos os gostos e a fantasia, através dos personagens lúdicos Euterpe (Bel Lima), a musa da música grega e Dionísio (Tulio Starling), seu irmão. A partir da protagonista Vicky (Cecília Chancez) e seu rompimento com a melhor amiga, Luara (Tabatha Almeida) que a trama se desenrola e todos os personagens se unem no teatro Parnasus, principal cenário da série. Tanto o elenco principal quanto os secundários estão muito bem, destaque para Nicolas Prattes e Malu Rodrigues que também encenam as melhores sequências musicais. De imediato percebemos que se trata de um trabalho da excelente autora Rosane Svartman (dos sucessos "Totalmente Demais", "Bom Sucesso" e "Vai na Fé"), toda sua estética e essência está aqui, principalmente na forma como introduz a diversidade no elenco, na inocência e na sua forma delicada em tratar assuntos delicados. Gostei muito do resultado e espero que essa produção abra mais portas para outras séries brincando com o imaginário e fantasia.
A relação de um triângulo amoroso, uma mulher dividia entre dois homens: um misterioso e outro a que mantém uma relação ardente e estranha. O desenvolvimento é criado de forma tão rasa que nem o tanto de reviravoltas fazem diferença. As sequências mais explícitas também não acrescentam em nada. Mas foi interessante ver Marcello Mastroianni num personagem canastrão. O melhor do filme é o cenário fascinante e exótico de Marrocos e suas peculiaridades únicas.
Angela
2.5 81Pegando apenas o pedaço da relação com Doca e últimos momentos da vida de Ângela Diniz, o filme traça o percurso decisivo de sua vida e seus abusos, focando apenas nisso e sem um aprofundamento dessa que poderia gerar uma rica história a ser contada.
Mas Ísis Valverde brilha tanto na tela encarnando a própria socialite, que vale todo o tempo desperdiçado da história dela não contada. Atuação visceral, sem contar que nunca vi a Ísis tão linda como aqui.
Rotting in the Sun
3.5 82 Assista AgoraOs primeiros minutos são engraçados, depois do acontecimento que começa a dar um novo ponto de embarque para o filme, fica bem chato.
O Último Golpe
3.5 39 Assista AgoraPrimeiro filme de Cimino já entregando todo seu estilo único com uma simpática e empolgante aventura road movie de roubo ao banco, bem estilosa por sinal.
A dupla Clint Eastwood e Jeff Bridges é grandiosa e proporciona grandes momentos memoráveis. Aliás, as sequências entre os dois na estrada, dialogando e convivendo juntos, são muito mais interessantes do que as de fuga. Bridges levou merecidamente o Oscar de ator coadjuvante, ele conseguiu se destacar tanto (ou até mais) que Eastwood.
Especialmente os últimos minutos, o filme também me comoveu bastante.
Passagens
3.4 79 Assista AgoraFilme totalmente auto destrutivo que mostra a própria derrocada do protagonista em busca de se fracassar cada vez mais, pegando uma passagem para o fundo do povo. O desenvolvimento de Tomas é o grande foco, a ponto da personagem feminina não ter importância alguma na narrativa.
Gostei muito dessa representação dos personagens de diferentes lugares, mostrando como Paris é uma cidade tão diversificada.
É uma história crua, cheia de frieza mas que fascina, seja pelas belas cenas sexuais ou pelo excelente trio central Franz, Ben e Adèle.
O Conde
3.2 95 Assista AgoraAchei simplesmente criativo e brilhante. Desde seu início narrando a rotina dos dias de vampiro de Augusto Pinochet, as explicações das vítimas que ele busca sugar o sangue e comer o coração, dando preferência aos americanos, enquanto os humanos da América do Sul sendo ruins, sacada ótima.
A escolha de ser em preto e branco atenua o sombrio enredo e à figura do ditador que protagonista a obra. Sua fotografia e composição técnica impressionam, as sequências sem diálogos são maravilhosas.
Por fim percebemos como esse filme poderia facilmente ser realidade (e na verdade é, vendo por um contexto metáforo). Frio, divertido e perturbador. Final poético, não poderia ser melhor.
Mais uma obra memorável de Larraín.
Jeanne du Barry
3.4 12O filme pega uma trecho
Johnny Depp encarna o rei de Versalhes de maneira encantadora, cheio de sutilezas e nuances de humor, tendo uma boa conexão em cena com Maïwenn. Ela faltou colocar mais da sedução de Jeanne, porém trouxe personalidade à figura histórica. A direção de arte e fotografia são maravilhosas, o enquadramento perfeito, os figurinos luxuosos e a cenografia sublime.
O filme tem todos os elementos de uma superprodução de época e consegue sustentar bem sua narrativa principal tanto quanto das paralelas.
Uma Amizade sem Fronteiras
4.0 66Um filme que me marcou muito, sempre meche comigo. Um encontro entre duas gerações que se completam e criam um laço paternal.
Repleto de momentos tocantes e memoráveis, uma verdadeira preciosidade. Omar Sharif e Pierre Boulanger, que dupla linda.
Besouro Azul
3.2 556 Assista AgoraO filme segue aquela fórmula de outros filmes de heróis, com o protagonista ganhando poderes "sem querer" e se adaptando à nova vida etc, mas deixa sua marca e inova ao preencher esse universo com uma bela mistura latina.
Xolo Maridueña nos conquista de imediato com sua simpatia e Bruna Marquezine está ótima como a antagonista (e não apenas um interesse amoroso dele) Jenny Kord, representando bem o Brasil.
A família de Jaime Raeys é o grande diferencial nesse filme, o carisma deles e sua energia latina elevam o filme para um tom muito divertido, soando naturalmente, como por exemplo, seu tio dando berros histéricos em todo momento ou sua avó toda girl power, mas também consegue acertar em sua carga dramática, especialmente em uma cena específica bem tocante que mexeu comigo.
A estética urbana futurística se molda muito bem com a história, tanto quanto o núcleo dos vilões, criando uma estética própria.
Uma grata surpresa, não esperava muita coisa e acabei achando agradável demais.
Fale Comigo
3.6 961 Assista AgoraA ideia é boa, principalmente pelo fato dos adolescentes não serem burros e assumirem que estão correndo perigo invocando as forças do mal. Mas o filme tem vários fatores que sempre me irritam: roteiro cheio de incoerência, encontros mediúnicos jogados sem sentido, fora o problema de sempre, quando as pessoas estão possuídas ficam com o rosto machucado, cheio de marcas e minutos depois ao voltar ao normal, não tem mais nada. É um detalhe que realmente me irrita.
No geral é aquele "terror" adolescente de sempre, sem tensão, sem causar medo algum e fica no mesmo ponto demorando a engrenar.
Tenho certeza que se não fosse esse boca a boca da geração atual, o filme passaria batido e nunca que seria esse fenômeno de audiência.
Vidas Passadas
4.2 729 Assista AgoraUm filme que nos questiona a decisão que tomamos ou deixamos para depois, o relacionamento é mostrado de forma realista, com sutileza mas cheia de profundidade e impacto, mexendo com o emocional, não apenas dos personagens como de quem assiste.
Desde o início eu decidi não depositar esperança alguma e nem torcer para o casal mas foi muito difícil. É quase que inevitável não sentir os golpes emocionais que eles sofrem. Terminei e continuo digestando as dores.
Mais um filme que vou ficar refletindo: a maioria dos amores, por algum motivo, não podem florescer, eles simplesmente acontecem como uma passagem e quem sabe, voltam a se reencontrar em outras vidas.
Esculturas da Vida
3.3 16 Assista AgoraMichelle Williams e Kelly Reichardt é uma dupla que ainda quero ver mais muitas e muitas vezes juntas.
Como todas suas obras, a diretora imprime aqui seu minimalismo e cotidiano a partir de um momento específico da personagem central.
Da ligação da artista com a pomba, da relação dela com a locatária até o processo de criação de suas esculturas. Cada cena tem suas nuances e contrastes com a narrativa, desde as mais simples. O que torna tudo encantador.
Está no meu top 3 da diretora.
Afire
3.8 50O diretor sabe muito bem como atingir construções de relacionamentos com maestria e aqui eleas se permeam junto à floresta que, conforte a história anda, o incêndio vai se aproximando junto cada vez mais, e mesmo já nos preparando para sua cosnequência, é impactante..
Paula Beer é definitivamente a nova musa de Petzold, não apenas dele como nossa também. Cada aparição sua em cena é iluminada, apaixonante, hipnotizante, sua beleza fascina. Sua personagem é construída com máximas camadas que afetam de diversas formas os homens ao seu redor.
O protagonista é chato, propositalmente testa a nossa paciência mas se redime de uma forma sublime graças, ao talvez, o roteiro mais humano do diretor. A trilha é divina, a canção "Im my mind" não sai da minha cabeça, o desfecho com o som de Ryuichi Sakamoto é grandioso.
Me deixou sem palavras.
Um Ano, Uma Noite
3.3 1Baseado em fatos reais sobre os ataques na noite de 13 de novembro de 2015 em Paris, 90, o filme acaba seguindo uma linha muito mais do trauma pessoal dos personagens do que explorar o fato em si, isso não é um defeito mais acho que se seguisse numa montagem linear dos acontecimentos, oa invés de ter os flashbacks, tornaria mais interessante.
o maior acerto desse filme: Noémie Merlant, essa mulher sempre perfeita.
Loucas em Apuros
3.3 94Um road movie besteirol americano com protagonistas asiáticas e cheio de piadas pervertidas, o que achei que acabou ficando escrachado demais.
Achei engraçado, senti vergonha alheia e tédio na mesma medida.
The Night Logan Woke Up
4.1 5Xavier Dolan anunciou sua aposentadoria mas antes nos deixou essa minissérie.
Ele insere os melhores elementos do seu cinema, contudo traz uma estrutura de episódios que foca em cada personagem e usa o suspense com maestria. Tudo aqui tem a identidade de Dolan.
A relação complexa entre os irmãos que se reencontram para o embalsamento da mãe recém falecida e dai vamos entendendo o que causou a ruptura familiar através de acontecimentos do passado, no ano de 1991.
Seu roteiro é mórbido, dramático e sufocante, brilhantemente interligado aos personagens paralelos e seus próprios dramas pessoais.
Tanto o elenco adulto quanto os que interpretam os personagens jovens estão impecáveis e cada um deles atinge o seu mais alto nível em atuação, com destaque a Patrick Hivon, Julie Labreton, Éric Bruneau e o próprio Xavier Dolan.
Fotografia linda, de tom sombria e sufocante, que combina perfeitamente com a trilha sonora espetacular de Hans Zimmer e David Fleming, que se completam no universo do diretor.
A melhor minissérie que vi em tempos.
LEGO® DREAMZzz (1ª Temporada)
4.0 1 Assista AgoraDepois de explorar por muito tempo o mundo dos samurais na série Ninjago, a LEGO mostra sua criatividade mais uma vez ao criar uma série que explora os sonhos.
A animação é linda visualmente, tudo bem detalhado, tanto o bairro do Brooklyn, onde moram os protagonistas como o Mundos dos Sonhos onde tudo é possível. A turma das crianças são muito carismáticas, Mateo, Izzie, Cooper, Logan e Zoey, cada um com sua personalidade própria. Acho incrível a forma como cada um ganha um novo visual em seus sonhos e como eles conseguem se conectar para tentar derrotar os vilões.
O Rei dos Pesadelos é bem aterrorizante, apesar de uma animação LEGO, tanto ele quanto seus seguidores, as criaturinhas bem arrepiantes, são bem ameaçadores e são capazes de causar pesadelos dentro dos sonhos e até mesmo fora deles.
Todo o roteiro é muito bem construído, da ampulheta que cada membro da equipe possui e precisa tomar cuidado para não usar todo o pó para suas criações à origem e motivação do vilão. Outro acerto é o protagonista com vitiligo.
A série deixa muitas possibilidades para mais temporadas e um universo imenso para explorar.
It's Always Sunny in Philadelphia (3ª Temporada)
4.4 23 Assista AgoraDescobri uma série que realmente não existe um episódio ruim, essa daqui. O mais genial dessa série é que o melhor das situações mais absurdas inimagináveis possíveis, são as reações dos outros personagens a essas situações.
Charlie cada vez gritando mais, passo mal de rir, Dennis se superando cada vez mais, Dee nem comento, ela é maravilhosa. Adorei que nessa temporada Mac ganhou mais destaque e que eles voltaram a ficar vici*dos em drog*s.
Os episódios do bebê, do deficiente mental e do molestador sósia de Dennis e da maratona de dança eu ri como nunca.
Elementos
3.7 467A Pixar repete a sua fórmula ao impressionar pela estética gráfica grandiosa e refinada.
O que mais chama a atenção são os traços impressionantes, os movimentos e cores das chamas dos personagens de fogo de acordo com suas emoções, a forma de como os personagens de água se movimentam e como todos os elementos se quando estão juntos na sociedade.
E mais uma vez eles colocam vários assuntos aqui: culturas, classes sociais, imigrantes, problemas na cidade e família tradicional, todas desenvolvidas de forma sensível e lúdica, apesar de não serem tão exploradas. O foco fica mesmo no romance "quase impossível" de Faísca e Gota, fogo e água.
Senti falta de mostrar mais profundidade à cidade, mais dos elementos ar e terra e também de um vilão na história.
Mas ainda assim o resultado achei muito bonito e já ganha pontos por ser uma animação original, sem ser remake ou uma sequência.
Xuxa, O Documentário
3.5 87O Documentário revisita a paleta colorida da vida de Xuxa, de seus tempos de modelo, do início da carreira caótica, do lendário "Xou da Xuxa", passando por seus outros programas, seus amores: Senna e Pelé, sua carreira internacional, discos, sua carreira no cinema, o "polêmico" filme, shows, vida pessoal, polêmicas, incêndio no "Xuxa Park", pais, filha, paquitas, amigos, abuso e claro, o encontro e acerto de contas com Marlene Mattos.
Mais do que a vida de uma artista, é uma viagem pelo minha infância, dos tempos de inocência, lembranças boas, sem maldade, cheia de brincadeiras, travessuras e nostalgia.
As imagens de arquivo da globo são riquíssimas, registros históricos de outro nível, muitos raríssimos, que narram todas as fases da rainha dos baixinhos.
No geral, um resultado bonito mas pecou na edição, por não seguir uma ordem cronológica, principalmente no episódio final. Senti falta de histórias de amigos próximos que renderiam muita coisa, dos videoclipes, mais sobre os álbuns musicais e da casa rosa.
A direção de Pedro Bial poderia ter sido mais perspicaz, principalmente em achar um foco de construção estrutural, um fio narrativo mais natural cronologicamente e encerrar de forma mais simbólica. Ainda assim, um ótimo trabalho à altura dos 60 anos de Xuxa.
It's Always Sunny in Philadelphia (2ª Temporada)
4.3 33A série tomou proporções que eu não imaginava, sempre ao final de cada episódio já fico na curiosidade de qual tema errado e polêmico que vão abordar a seguir.
Essa temporada, tão excepcional como a primeira, foi deles se passando por deficientes, terroristas, uso de entorpecentes, imagem religiosa, propina a drogas, com direito a um episódio HILÁRIO em homenagem ao filme "Menina de Ouro". Cheguei c chorar de rir.
A entrada do personagem Frank, do Danny DeVito fez toda a diferença e não sei como foi possível ele ficar de fora do início.
Todos os personagens aqui são absolutamente sem filtro ou senso nenhum, um mais errado do que o outro, o Charlie então, louco total da cabeça.
Só tenho a resumir em uma palavra: sensacional!
It's Always Sunny in Philadelphia (1ª Temporada)
4.2 70Comecei a ver a série sem saber que eu precisava dela para curar meu dias de tristeza. O que ela tem de engraçada tem de politicamente incorreta, ela é totalmente errada, inconsequente, problemática e sem regras nenhuma, desde seu primeiro minuto do 1º episódio, literalmente.
Cada episódio se superou em me surpreender por cutucar assuntos bem polêmicos com cenas inimagináveis. O quarteto protagonista Charlie, Mac, Dennis e Deandra é maravilhoso e por mais incrível que pareça eu consegui me identificar com cada um deles em algum momento.
Humor mais ácido que já presenciei, bem delirante, surreal e genial. Essa 1ª temporada já é um grande proceder do quanto eles vão longe nas ofensas e piadas pesadas, sem dó nenhuma.
Estou bem curioso para avançar até chegar nas temporadas mais recentes pra ver o quanto a série mudou de 2005 pra cá e ver como (e se) adaptaram.
Novela (1ª Temporada)
3.2 13 Assista AgoraÉ muito criativa a forma que os bastidores de uma novela é contada aqui, brincando com o lúdico vemos a história se passando em dois universos diferentes: o da vida real e dentro da tv ( ou especificamente da novela), que me fez lembrar de imediato o filme "Zoando Na TV", com Angélica.
Mônica Iozzi está ótima no papel e consegue trazer um ar de dualidade de sua personagem quando fica presa dentro da novela. Miguel Falabella também aparece incrível atuando (o que acho muito melhor do que dirigindo), no papel do autor da novela "Reboque do Destino". Yara de Novaes é outra que destaco, conseguiu tirar de mim várias gargalhadas.
O texto é muito divertido, as caracterizações exageradas, figurinos extravagantes e situações malucas, é muito interessante como funciona essa brincadeira desse mundo de novelas paralelos onde quando ela vai para seu intervalo, os personagens ficam congelados, quando o roteiro é modificado, acontece o mesmo na tela.
Outra coisa que eu gostei muito é a estética do mundo paralelo da novela, é incrível o efeito de difusão de cores na tela diferenciando as cenas do mundo de fora, muito bem realizado.
Série muito gostosa de assistir, principalmente quando encontramos referências escondidas nas cenas. É uma homenagem ao noveleiro.
Vicky e a Musa (1ª Temporada)
3.4 7Apostando numa proposta nova, a série musical mira para o público infanto-juvenil mas com elementos que chamam a atenção e que são poucos vistos nas obras recentes da globo como os números musicais, que colocam um repertório para todos os gostos e a fantasia, através dos personagens lúdicos Euterpe (Bel Lima), a musa da música grega e Dionísio (Tulio Starling), seu irmão.
A partir da protagonista Vicky (Cecília Chancez) e seu rompimento com a melhor amiga, Luara (Tabatha Almeida) que a trama se desenrola e todos os personagens se unem no teatro Parnasus, principal cenário da série.
Tanto o elenco principal quanto os secundários estão muito bem, destaque para Nicolas Prattes e Malu Rodrigues que também encenam as melhores sequências musicais.
De imediato percebemos que se trata de um trabalho da excelente autora Rosane Svartman (dos sucessos "Totalmente Demais", "Bom Sucesso" e "Vai na Fé"), toda sua estética e essência está aqui, principalmente na forma como introduz a diversidade no elenco, na inocência e na sua forma delicada em tratar assuntos delicados. Gostei muito do resultado e espero que essa produção abra mais portas para outras séries brincando com o imaginário e fantasia.
Atrás Daquela Porta
3.2 1A relação de um triângulo amoroso, uma mulher dividia entre dois homens: um misterioso e outro a que mantém uma relação ardente e estranha.
O desenvolvimento é criado de forma tão rasa que nem o tanto de reviravoltas fazem diferença. As sequências mais explícitas também não acrescentam em nada. Mas foi interessante ver Marcello Mastroianni num personagem canastrão.
O melhor do filme é o cenário fascinante e exótico de Marrocos e suas peculiaridades únicas.