Últimas opiniões enviadas
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Este me surpreendeu. Mesmo com um início apelando muito para o aspecto infantil (o que faz completo sentido considerando que é uma adaptação de um livro infantil), aos poucos o filme vai se alterando para tornar sua abordagem mais séria, o que é compatível com o próprio crescimento da personagem. Então o filme começa a crescer muito a partir do momento em que ela começa a fazer as entregas (a cena do cachorro é aquela que nos amarra de imediato à história) e vai percebendo aquilo que nós, que já passamos por isso, já sabemos há tempos: há pessoas boas e ruins no mundo, com algumas delas acabando com o nosso dia.
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Eu tenho uma relação de amor e ódio com o Estúdio Ghibli porque normalmente, e O Castelo no Céu se inclui nisso, eu amo o traço, adoro os roteiros e tenho vontade de morar naquele universo, mas sempre chega um momento em que a trama está se estendendo além do devido e tudo começa a ficar cansativo. Se na primeira hora de duração O Castelo no Céu nos instiga em querer saber quem são aqueles personagens, qual o poder daquela pedra e como irão resolver o conflito, em sua segunda hora ele acaba demorando demais em explicar coisas que nós já compreendemos perfeitamente, como se quisesse nos mostrar quão vilão é o vilão ou o porquê devemos fazer o certo, mesmo que com sacrifícios. Te dá vontade de gritar para a tela "Já entendi! Agora resolve o problema!".
Últimos recados
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Mths Gonc
Oi Davi, tudo certinho?
É uma delícia de assistir, sendo mais um filme do estúdio com referências à Alice, desde o buraco na árvore até o Gato de Chesire. Talvez seu único problema seja o aspecto amplo que querem conceder à figura de Totoro: você não sabe ao certo quem ele é, o que simboliza e qual a sua função. Ele simplesmente existe e qualquer interpretação que queira utilizar para esse simbolismo vai acabar sendo correta, o que no final deixa o roteiro um pouco frágil. A sorte é que os personagens são tão cativantes e a história é tão bem feita que tal aspecto pouco importa no resultado final. Você aprecia a história por si só.