Assisti esse há algum tempo, logo após ver o documentário Public Speaking, e esqueci de marcar no Filmow. Apesar de não ter alguns episódios tão bons, melhorando ao longo da temporada, é delicioso de assistir em razão da figura de Fran ser fascinante, e por vezes até dá vontade de ter a vida dela, qual seja, uma casa sem tecnologia ou celulares, somente com livros, e que ninguém nos incomode. E muitas vezes você sequer concorda com o que ela fala, e por vezes ela própria não concorda com o que está falando, mas tem um raciocínio tão lógico naquilo que diz que é impossível não chegar ao final da frase e pensar "Realmente, ela tem um ponto". Gostaria que tivesse mais apresentadores ao estilo Spike Lee, em que fazia perguntas e debatia para ver como ela se sai nos momentos de conflito.
É uma série divertida. Os pontos fortes são o primeiro episódio e a meia hora final do último, em que tem boas cenas de lutas e efeitos incríveis mas, no restante, acaba sendo bem cansativo ao não saber como trabalhar características mais infantis com os momentos mais violentos. Por sorte os personagens são cativantes o suficiente para nos segurar na trama, mas poderia ter um ritmo mais frenético já que em nenhum momento sentimos perigo de fato com os inimigos que surgem (visto Boggy, o responsável pelo episódio mais fraco da temporada).
É uma boa série, mas longe de ser a obra prima que falam. É interessante o enfoque dado para o drama mas, sendo realista, o que nos segura a atenção é ver toda a interação entre Ellie e Joel porque, fora isso, a série tem poucos momentos que mostram algo de diferente que de fato valha a pena assistir. Isso porque boa parte das obras de zumbis já dão enfoque suficiente ao drama e questões políticas, como o filme do Romero. Seus episódios passam voando porque os personagens são cativantes, mas falta um perigo, uma urgência maior nos conflitos, de reutilizar coisas que são mostradas. Por exemplo, logo no início é mostrado que todos devem fazer o menor barulho possível para evitar os estaladores. No último episódio, sobem em prédio desconhecido fazendo todo o barulho. Isso tira toda a tensão do espectador. É ok, diverte e funciona até mesmo para aqueles que, como eu, nunca jogaram o jogo, mas não é uma série que colocaria dentre as minhas favoritas.
É preciso ter em mente que apesar de assistirmos Os Vampiros como um filme de mais de 7 horas de duração, ele era uma espécie de "minissérie" em uma época em que isso sequer existia ao certo, já que ainda eram os primórdios do cinema. Ele era apenas o segmento que acompanhava toda a programação do final de semana nas salas, que se iniciavam com os desenhos, passando ao seriado, os jornais/documentários e então o longa da noite. Com isso, a cada semana um novo episódio era visto pelo público dentro dessa grade de programação estilo TV Aberta.
Assistindo tudo em sequência por óbvio temos momentos cansativos, porque o "filme" não foi feito para ser visto desse modo. Ele tem seus títulos relembrando coisas que acabamos de ver, unicamente com a finalidade de ajudar o público que havia pego a história pela metade e que foi ao cinema somente para ver o longa do fim de noite, a não se sentir perdido. Ainda, principalmente nos episódios de maior duração, acaba ficando cansativo seus vinte minutos iniciais em que cria todo o clima para o episódio.
Apesar de todos esses percalços em razão da forma como vemos o cinema hoje (e que sequer incomodam, aliás), Os Vampiros é maravilhoso e acaba sendo um bom exemplo de obra que caberia um bom remake para apresentar a história ao público atual. Tenso, cheio de reviravoltas e com personagens fascinantes (Mazamette é incrível com suas piadas recorrentes, principalmente a de seus três filhos), funciona ainda hoje, sendo moderno mais de 100 anos após seu lançamento.
Peca um pouco na troca dos vilões, como se quisessem estender mais a obra (entre os capítulos 5-6 e 8-9), mas por sorte logo se recupera.
Os Beatles não tinham problemas, a imprensa que os matou. Você consegue chegar nessa conclusão depois de ver todo esse documentário definitivo. Enquanto todas as biografias relatam que as sessões de Let it Be eram caóticas, cáusticas e com trocas constantes de farpas, aqui você vê apenas o pessoal se divertindo fazendo o seu trabalho.
Claro, as farpas existem, mas são poucas e raras e mais motivadas por fatores externos do que internos (como os prazos, as notícias falsas que saíam na imprensa informando até mesmo que eles haviam trocado socos, sendo que nada disso aconteceu). O problema maior foi o Twickenham Studio, onde tiveram que trabalhar em um local desconhecido, frio (e em pleno inverno inglês), com um som ruim, sem foco ou rotina de trabalho. Após mudarem-se ao Apple Studios pode-se ver uma completa mudança nos comportamentos, com todos se mostrando mais seguros.
É interessante ver eles trabalhando de acordo com as mudanças em sua vida. Yoko Ono, sempre tratada como uma penetra, tem finalmente sua imagem real demonstrada: era alguém que só ficava ali, não incomodava e não interferia em nada na rotina da banda. É impressionante o amor dela por John, e este correspondendo. A cena de ambos dançando no estúdio é linda, um casal que se ama de verdade, não importa o que os outros digam.
Paul se torna cada vez mais autossuficiente: se antes ele ia diariamente à casa de John e, depois de uma visita de quatro horas, saía com uma canção pronta, agora ele compõe sozinho só na “voz e piano”, com pouco espaço para inserção dos instrumentos dos demais membros. Em Yesterday já havia feito isso e aqui ficou bem mais frequente com Let it Be e The Long and Winding Road.
George Harrison é o que mais surpreende com a sua segurança: chega para gravar For You Blue, dá as ordens, diz como quer o piano, o estilo da música e manda “Isso é para ser gravado em apenas um take”, e dá conta do recado. Não à toa, assim que a banda acabou, lançou um álbum triplo só com músicas inéditas. Ele já tinha muita bagagem para se sustentar como compositor.
Até mesmo Ringo, que passa a maior parte do tempo em seu canto ou pensando no seu futuro compromisso com Peter Sellers, surge de repente com uma canção própria, Octopus's Garden, tocando piano e mostrando que não é só um elemento de apoio.
É o documentário que faz jus aos Beatles e que te faz pensar “Não fez nenhum sentido a banda acabar”.
Conheci essa série por acaso, direto na 4ª temporada, e fiquei impressionado. Claro, as atuações pecam bastante mas cumprem o que propõe: ser engraçadas. O texto é ótimo, os personagens tem ótimo entrosamento e, mesmo com estereótipos, na comédia acaba facilitando a piada. Não consigo olhar o Timi Tiurri sem lembrar do Chaves. E Xuxeta rouba a cena sempre que aparece.
Maravilhoso. Nostálgico e apaixonante, é uma delícia de assistir. Como todos os entrevistados assumem, Bussunda era uma pessoa cativante simplesmente por ser quem ele era. Você observa que as piadas nem eram tão engraçadas, seu trabalho sequer era de protagonista, mas mesmo assim a imagem dele tinha uma atração tão grande que era impossível você não ser cativado por ela. Vale muito a pena ver e é um ótimo complemente à biografia escrita pelo Fiúza.
Uma boa temporada. Não gosto muito dos episódios em que ele segue uma fórmula estilo jogo de videogame, com o protagonista tendo uma missão por episódio, encontrando personagens que dizem "Se você conseguir para mim o item X, eu te ajudo". Por sorte, a segunda metade da temporada ignora tudo isso e se torna uma boa série.
Ele segue a fórmula de Breaking Bad, até mesmo na construção de cada temporada:o período em que Jimmy vai indo para um "lado sombrio", que tenta fazer de tudo por sua família e é desprezado por esta, o surgimento de um vilão (e no caso, ainda é o mesmo nas duas séries). Mas me incomodou um pouco a trama de Chuck, estendendo o personagem além do devido a ponto de torná-lo cansativo. Por sorte logo é seguido por toda a trama do tráfico de drogas, retirando a série do marasmo.
P.S.: Não que a série seja ruim. Mesmo não sendo um Breaking Bad, ainda é muito acima da média das produções atuais. A questão é mais pessoal. Como sou advogado, ver uma série que fala sobre o mundo jurídico automaticamente me cansa, porque na minha cabeça já penso em trabalho.
Pode parecer estranho quando você pensa “Caramba, o Woody Allen fez uma série!” mas, na realidade, isso é basicamente um filme seu. Se cortasse o penúltimo episódio, que pouco agrega para o contexto geral, você tem um filme de pouco menos de 2 horas de duração, algo próximo a seus filmes mais longos como Match Point.
Isso porque a estrutura em si não é de uma série. Para satisfazer esse estilo é colocado um momento de tensão em cada um dos episódios enquanto que, em um filme comum do Woody Allen, isso ocorreria uma ou duas vezes (ou talvez nenhuma, já que os diálogos nos filmes dele são mais importantes do que a história em si).
Mas o que mais chama a atenção e é agradável de se ver é assistir Woody Allen retornando às comédias, seu estilo inicial muito antes do cinema, trabalhando como roteirista para shows, programas e seu próprio stand-up. Acaba sendo um contraponto à Bananas, em que critica a esquerda e as ditaduras dos anos 60, não satirizando aqui nenhum de seus movimentos sociais.
Tem um texto muito bem escrito com sacadas geniais, algumas explícitas, como a de Jó, ou implícitas, como a revolucionária que rejeita todos os simbolismos, mas abre a geladeira e toma uma Coca-Cola.
Me empolgou bem mais do que a primeira temporada, isso porque segue mais o estilo de Garth Ennis. Não digo em fidelidade aos quadrinhos, pois é bem diferente, mas sim à forma e ideias, a não ter medo de falar coisas pesadas, de mostrar a violência e a bizarrice. Afinal, se a série já é para maiores de idade, porque insistir em pegar leve? Pega todas essas ideias e passa a satirizar a sociedade, qualquer que seja seu grupo social, espectro político, orientação sexual. Todo mundo possui um pouco de hipocrisia e, mesmo que doa, é a realidade deturpada que vivemos.
Entendo que Bulldogs são cachorros difíceis de se domesticar para uma cena, mas por favor mais cenas com o Terror!
É aquele crescendo, ao estilo Breaking Bad, de mostrar um sujeito bom com todos os seus ideais que vai se corrompendo aos poucos por se ver desiludido. As tramas de Saul são boas, mas por diversas vezes ficam cansativas (talvez apenas para mim, por ser advogado e lidar com isso o dia todo). No entanto, Mike consegue tirar esse marasmo que toma conta de alguns poucos episódios no meio da temporada. Esse ritmo não é algo negativo, porque tudo tem seu propósito para a construção geral da série. Nada ali é gratuito, tal qual em Breaking Bad, mas ainda assim acaba pesando ao espectador.
É uma boa série, e que talvez não tenha o mesmo impacto caso você assista sem ser na forma "maratona". Senti falta do tom mais escrachado e bizarro dos quadrinhos, algo que é corrigido na segunda temporada, e o fato de os episódios serem muito longos, por vezes sem necessidade, quebrando o ritmo de toda aquela insanidade. No entanto, em um tempo onde o cinema só fala de heróis, satirizar isso e de acordo com o nosso mundo atual é algo fantástico.
Temporada excelente, muito inteligente e te dando gosto de assistir. Joe Davola é um dos melhores vilões da televisão. O cara consegue te dar medo assistindo uma série de comédia! Kramer se torna o personagem favorito de todos, sendo o único aplaudido sempre que aparece. Começa a usar a continuidade nos episódios e ainda brinca com isso, aproveitando para criar piadas que só fazem sentido muitos episódios adiante, e o efeito disso é catártico! E o episódio The Contest é uma das melhores coisas que a TV já criou!
Uma boa temporada, que faz a transição entre o humor normal de sitcom para o humor característico de Seinfeld. Seu problema é que por vezes acaba indo longe demais nas paranoias de George, a ponto de te deixar tenso junto com o personagem e te fazendo se esquecer do humor. Mas o episódio da Limosine é maravilhoso!
É impressionante como a definição de Seinfeld sobre a série faz o completo sentido depois que você assiste: É uma série sobre nada. E isso não é algo ruim, mas sim real. É o humor de coisas do dia a dia, como o genial episódio do Restaurante Chinês, em que são mostrados 20 minutos em um único cenário com coisas que acontecem com todo mundo, como ter que esperar no restaurante e ver pessoas passando na sua frente, estar com fome, ter horário para ir ao cinema, e todas as conversas que se tem enquanto aguarda. É algo genial porque consegue te prender no trivial, no comum. Não chega sequer a ser uma “sitcom” porque, por vezes, a situação não existe, são só três amigos jogando conversa fora.
Temporada muito curta, o que prejudicou bastante na apresentação dos personagens. Tem bons momentos, como todas as apresentações de Seinfeld e algumas das paranoias do George, mas você acaba terminando de ver os 5 episódios com a sensação de que ainda é muito pouco. Ela só funciona porque você tem consciência de que muito mais ainda vai surgir.
Há anos eu não ficava triste vendo uma série chegar ao fim. A última vez que isso aconteceu foi com Breaking Bad, e a série acabou já tem 7 anos.
A última temporada de The Office é instável, com muitos erros amadores porque você vê claramente que os produtores não queriam “largar o osso”, forçando situações a ponto de descaracterizar seus personagens. Andy, na primeira metade, se torna outra pessoa, quase irreconhecível, um maníaco desprezível. A trama de Oscar e Angela é interessante, mas passam episódios inteiros em que você vê claramente que eles esquecem do ocorrido e não sabem o que fazer para voltar. E, claro, tem toda essa história de Jim e Pam que não faz jus ao casal. Pode ser realista, sim, mas não faz o menor sentido com a história que construíram. Jim sempre foi aquele cara que te faz apontar para a tela e dizer “Eu quero ser esse cara”, e não foram poucas as vezes em que fiz isso e realmente quis me tornar alguém melhor vendo ele. Jim e Pam sempre foram o porto seguro da série, aquele lugar em que todo espectador poderia ir e ter seu bom momento de The Office. A primeira metade da temporada foi uma grande sucessão de erros.
Mas, depois dessa primeira metade, quando realmente assumem que não há mais nada a fazer e o melhor é terminar a série no seu auge que tudo muda de figura. Dwight tem quase um prequel de seu tão sonhado spin off, um ótimo episódio, e a última sequência de seis episódios é linda, real, engraçada e te recompensa por acompanhar a vida dessas pessoas por tantos anos, vendo-os crescer dentro e fora das câmeras. É uma experiência magnífica e que funciona tão bem, com cada frase desses episódios sendo escrita com tanto cuidado, que não tem como dizer que até em seus erros ela não foi perfeita.
Temporada bem regular, o que não significa que seja ruim, mas que possui poucos episódios ao nível de The Office, como o episódio do Quiz ou o da tatuagem. Acrescenta personagens que pouco agregam, como Robert Califórnia, que só vai funcionar lá pelo final, após o seu divórcio, e Nellie, que mesmo com suas tentativas de fazer piada acaba surgindo de uma forma tão fpd que atrapalha completamente a introdução da personagem. Mas, é The Office. O ruim deles ainda é bom.
Uma temporada bem instável, chegando a ter episódios em que você não dá uma única risada, talvez porque já comece a assistir com a ciência de que Michael vai embora (o que não é um spoiler considerando que na época, assim que estreou a temporada, as pessoas também já sabiam disso).
Acaba caindo no lugar comum de todas as séries de comédia: depois de um tempo ela abandona a ideia de sitcom e passa a lidar com os dramas e sentimentos dos personagens, seus problemas de relacionamento e inseguranças. Isso serve para criar conflito e ainda te deixar apreensivo, mas perde um pouco do poder de fazer rir, como por exemplo as inseguranças de Andy sobre o trabalho e sobre Erin.
Ponto positivo: Mesmo sendo algo que ninguém queria, inclusive Steve Carell, a saída de Michael faz o completo sentido na história do personagem. Michael tinha seus colegas de trabalho como sua família, sempre sendo seu sonho ter uma (até no episódio em que ele mostra seu vídeo criança dizendo que no futuro “gostaria de ter um milhão de filhos para assim poder ter um milhão de amigos” acabamos tendo uma ideia disso). A partir do momento em que ele finalmente consegue ter uma família, seu trabalho passa a não ter sentido, sendo lógico que ele abandone o lugar que em vários anos não lhe deu aumento, ou lhe ferrou (como ele diz no episódio da audiência de Jan, “Você espera que seu trabalho lhe ferre, não sua companheira”).
Que série incrível. Não tem como, Twin Peaks é a obra máxima de David Lynch e uma das melhores coisas que a televisão já produziu (só não digo que é a maior porque ainda existe muita coisa boa como Breaking Bad, Além da Imaginação e Sopranos). Tem toda a carga que a série constrói, sendo cativante vermos os personagens seguindo suas vidas (ou não) após 25 anos. Se torna uma ficção científica de primeira e pode até ser vista como uma série de dois finais: o episódio 17, mais enxuto e com respostas, e o episódio 18, mais abstrato, digno de Lynch (e que alguns entendem até mesmo como um gancho para uma possível temporada seguinte).
É estranho porque nunca consigo descrever aquilo que sinto quando se trata dos filmes de Lynch. Aconteceu a mesma coisa tempos atrás, quando vi "Os últimos dias de Laura Palmer" e "A Estrada Perdida". Dá a impressão que você recebe a mensagem sutilmente, mas não consegue traduzi-la para os outros.
É uma boa temporada, mas nada tão marcante quanto as anteriores. Acaba saindo daquela ideia de focar em situações de escritório, uma sitcom, para ser uma comédia de personagens, mudando muito do estilo da série e criando episódios que até são interessantes, mas que você não dá nenhuma risada, como os dois últimos, por exemplo. Por sorte os personagens são muito bons e você assiste porque quer vê-los bem e felizes. Você torce por Erin e Andy, quer ver Pam e Jim em sua nova vida e Michael sendo Michael.
Fico divido, sem saber como avaliar. Isso porque os episódios ruins, que são vários, são extremamente ruins, com diálogos clichês e de péssimo gosto, tornando um martírio assistir a série (e se torna até compreensível a razão de a audiência ter caído a ponto de levar o cancelamento), utilizando como saída eliminar diversos personagens que não funcionam mais, com a sua morte ou o mero desaparecimento. No entanto, os episódios bons são muito acima da média, sendo estes os episódios iniciais, até o encerramento do ciclo de Laura Palmer, e os episódios finais, quando Mark Frost e David Lynch voltam à série. Seu último capítulo é instigante e bem construído, e ainda consegue ser aberto o suficiente sem deixar aquela sensação de vazio.
Uma das melhores temporadas, em que já conseguiram familiarizar o público de forma suficiente com os personagens a ponto de tornar engraçado um mero olhar ou movimento, como acontece sempre que alguém menciona drogas e atividades ilícitas e a câmera rapidamente foca Creed. Essa temporada é com certeza uma das melhores coisas já produzidas na comédia.
Faz de Conta que NY é uma Cidade
4.2 30 Assista AgoraAssisti esse há algum tempo, logo após ver o documentário Public Speaking, e esqueci de marcar no Filmow. Apesar de não ter alguns episódios tão bons, melhorando ao longo da temporada, é delicioso de assistir em razão da figura de Fran ser fascinante, e por vezes até dá vontade de ter a vida dela, qual seja, uma casa sem tecnologia ou celulares, somente com livros, e que ninguém nos incomode. E muitas vezes você sequer concorda com o que ela fala, e por vezes ela própria não concorda com o que está falando, mas tem um raciocínio tão lógico naquilo que diz que é impossível não chegar ao final da frase e pensar "Realmente, ela tem um ponto". Gostaria que tivesse mais apresentadores ao estilo Spike Lee, em que fazia perguntas e debatia para ver como ela se sai nos momentos de conflito.
One Piece: A Série (1ª Temporada)
4.2 264 Assista AgoraÉ uma série divertida. Os pontos fortes são o primeiro episódio e a meia hora final do último, em que tem boas cenas de lutas e efeitos incríveis mas, no restante, acaba sendo bem cansativo ao não saber como trabalhar características mais infantis com os momentos mais violentos. Por sorte os personagens são cativantes o suficiente para nos segurar na trama, mas poderia ter um ritmo mais frenético já que em nenhum momento sentimos perigo de fato com os inimigos que surgem (visto Boggy, o responsável pelo episódio mais fraco da temporada).
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraÉ uma boa série, mas longe de ser a obra prima que falam. É interessante o enfoque dado para o drama mas, sendo realista, o que nos segura a atenção é ver toda a interação entre Ellie e Joel porque, fora isso, a série tem poucos momentos que mostram algo de diferente que de fato valha a pena assistir. Isso porque boa parte das obras de zumbis já dão enfoque suficiente ao drama e questões políticas, como o filme do Romero.
Seus episódios passam voando porque os personagens são cativantes, mas falta um perigo, uma urgência maior nos conflitos, de reutilizar coisas que são mostradas. Por exemplo, logo no início é mostrado que todos devem fazer o menor barulho possível para evitar os estaladores. No último episódio, sobem em prédio desconhecido fazendo todo o barulho. Isso tira toda a tensão do espectador.
É ok, diverte e funciona até mesmo para aqueles que, como eu, nunca jogaram o jogo, mas não é uma série que colocaria dentre as minhas favoritas.
Os Vampiros
4.0 75É preciso ter em mente que apesar de assistirmos Os Vampiros como um filme de mais de 7 horas de duração, ele era uma espécie de "minissérie" em uma época em que isso sequer existia ao certo, já que ainda eram os primórdios do cinema. Ele era apenas o segmento que acompanhava toda a programação do final de semana nas salas, que se iniciavam com os desenhos, passando ao seriado, os jornais/documentários e então o longa da noite. Com isso, a cada semana um novo episódio era visto pelo público dentro dessa grade de programação estilo TV Aberta.
Assistindo tudo em sequência por óbvio temos momentos cansativos, porque o "filme" não foi feito para ser visto desse modo. Ele tem seus títulos relembrando coisas que acabamos de ver, unicamente com a finalidade de ajudar o público que havia pego a história pela metade e que foi ao cinema somente para ver o longa do fim de noite, a não se sentir perdido. Ainda, principalmente nos episódios de maior duração, acaba ficando cansativo seus vinte minutos iniciais em que cria todo o clima para o episódio.
Apesar de todos esses percalços em razão da forma como vemos o cinema hoje (e que sequer incomodam, aliás), Os Vampiros é maravilhoso e acaba sendo um bom exemplo de obra que caberia um bom remake para apresentar a história ao público atual. Tenso, cheio de reviravoltas e com personagens fascinantes (Mazamette é incrível com suas piadas recorrentes, principalmente a de seus três filhos), funciona ainda hoje, sendo moderno mais de 100 anos após seu lançamento.
Peca um pouco na troca dos vilões, como se quisessem estender mais a obra (entre os capítulos 5-6 e 8-9), mas por sorte logo se recupera.
The Beatles: Get Back
4.7 117Os Beatles não tinham problemas, a imprensa que os matou. Você consegue chegar nessa conclusão depois de ver todo esse documentário definitivo. Enquanto todas as biografias relatam que as sessões de Let it Be eram caóticas, cáusticas e com trocas constantes de farpas, aqui você vê apenas o pessoal se divertindo fazendo o seu trabalho.
Claro, as farpas existem, mas são poucas e raras e mais motivadas por fatores externos do que internos (como os prazos, as notícias falsas que saíam na imprensa informando até mesmo que eles haviam trocado socos, sendo que nada disso aconteceu). O problema maior foi o Twickenham Studio, onde tiveram que trabalhar em um local desconhecido, frio (e em pleno inverno inglês), com um som ruim, sem foco ou rotina de trabalho. Após mudarem-se ao Apple Studios pode-se ver uma completa mudança nos comportamentos, com todos se mostrando mais seguros.
É interessante ver eles trabalhando de acordo com as mudanças em sua vida. Yoko Ono, sempre tratada como uma penetra, tem finalmente sua imagem real demonstrada: era alguém que só ficava ali, não incomodava e não interferia em nada na rotina da banda. É impressionante o amor dela por John, e este correspondendo. A cena de ambos dançando no estúdio é linda, um casal que se ama de verdade, não importa o que os outros digam.
Paul se torna cada vez mais autossuficiente: se antes ele ia diariamente à casa de John e, depois de uma visita de quatro horas, saía com uma canção pronta, agora ele compõe sozinho só na “voz e piano”, com pouco espaço para inserção dos instrumentos dos demais membros. Em Yesterday já havia feito isso e aqui ficou bem mais frequente com Let it Be e The Long and Winding Road.
George Harrison é o que mais surpreende com a sua segurança: chega para gravar For You Blue, dá as ordens, diz como quer o piano, o estilo da música e manda “Isso é para ser gravado em apenas um take”, e dá conta do recado. Não à toa, assim que a banda acabou, lançou um álbum triplo só com músicas inéditas. Ele já tinha muita bagagem para se sustentar como compositor.
Até mesmo Ringo, que passa a maior parte do tempo em seu canto ou pensando no seu futuro compromisso com Peter Sellers, surge de repente com uma canção própria, Octopus's Garden, tocando piano e mostrando que não é só um elemento de apoio.
É o documentário que faz jus aos Beatles e que te faz pensar “Não fez nenhum sentido a banda acabar”.
Xilindró (4ª Temporada)
3.3 1Conheci essa série por acaso, direto na 4ª temporada, e fiquei impressionado. Claro, as atuações pecam bastante mas cumprem o que propõe: ser engraçadas. O texto é ótimo, os personagens tem ótimo entrosamento e, mesmo com estereótipos, na comédia acaba facilitando a piada. Não consigo olhar o Timi Tiurri sem lembrar do Chaves. E Xuxeta rouba a cena sempre que aparece.
Meu Amigo Bussunda
4.2 18Maravilhoso. Nostálgico e apaixonante, é uma delícia de assistir. Como todos os entrevistados assumem, Bussunda era uma pessoa cativante simplesmente por ser quem ele era. Você observa que as piadas nem eram tão engraçadas, seu trabalho sequer era de protagonista, mas mesmo assim a imagem dele tinha uma atração tão grande que era impossível você não ser cativado por ela. Vale muito a pena ver e é um ótimo complemente à biografia escrita pelo Fiúza.
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraUma boa temporada. Não gosto muito dos episódios em que ele segue uma fórmula estilo jogo de videogame, com o protagonista tendo uma missão por episódio, encontrando personagens que dizem "Se você conseguir para mim o item X, eu te ajudo". Por sorte, a segunda metade da temporada ignora tudo isso e se torna uma boa série.
Gina Carano, você quer o mundo, eu te dou!
Better Call Saul (3ª Temporada)
4.4 312 Assista AgoraEle segue a fórmula de Breaking Bad, até mesmo na construção de cada temporada:o período em que Jimmy vai indo para um "lado sombrio", que tenta fazer de tudo por sua família e é desprezado por esta, o surgimento de um vilão (e no caso, ainda é o mesmo nas duas séries). Mas me incomodou um pouco a trama de Chuck, estendendo o personagem além do devido a ponto de torná-lo cansativo. Por sorte logo é seguido por toda a trama do tráfico de drogas, retirando a série do marasmo.
P.S.: Não que a série seja ruim. Mesmo não sendo um Breaking Bad, ainda é muito acima da média das produções atuais. A questão é mais pessoal. Como sou advogado, ver uma série que fala sobre o mundo jurídico automaticamente me cansa, porque na minha cabeça já penso em trabalho.
Crise em Seis Cenas
3.5 61 Assista AgoraPode parecer estranho quando você pensa “Caramba, o Woody Allen fez uma série!” mas, na realidade, isso é basicamente um filme seu. Se cortasse o penúltimo episódio, que pouco agrega para o contexto geral, você tem um filme de pouco menos de 2 horas de duração, algo próximo a seus filmes mais longos como Match Point.
Isso porque a estrutura em si não é de uma série. Para satisfazer esse estilo é colocado um momento de tensão em cada um dos episódios enquanto que, em um filme comum do Woody Allen, isso ocorreria uma ou duas vezes (ou talvez nenhuma, já que os diálogos nos filmes dele são mais importantes do que a história em si).
Mas o que mais chama a atenção e é agradável de se ver é assistir Woody Allen retornando às comédias, seu estilo inicial muito antes do cinema, trabalhando como roteirista para shows, programas e seu próprio stand-up. Acaba sendo um contraponto à Bananas, em que critica a esquerda e as ditaduras dos anos 60, não satirizando aqui nenhum de seus movimentos sociais.
Tem um texto muito bem escrito com sacadas geniais, algumas explícitas, como a de Jó, ou implícitas, como a revolucionária que rejeita todos os simbolismos, mas abre a geladeira e toma uma Coca-Cola.
Conversa muito bem com os dias atuais.
The Boys (2ª Temporada)
4.3 647 Assista AgoraMe empolgou bem mais do que a primeira temporada, isso porque segue mais o estilo de Garth Ennis. Não digo em fidelidade aos quadrinhos, pois é bem diferente, mas sim à forma e ideias, a não ter medo de falar coisas pesadas, de mostrar a violência e a bizarrice. Afinal, se a série já é para maiores de idade, porque insistir em pegar leve? Pega todas essas ideias e passa a satirizar a sociedade, qualquer que seja seu grupo social, espectro político, orientação sexual. Todo mundo possui um pouco de hipocrisia e, mesmo que doa, é a realidade deturpada que vivemos.
Entendo que Bulldogs são cachorros difíceis de se domesticar para uma cena, mas por favor mais cenas com o Terror!
Better Call Saul (2ª Temporada)
4.3 358 Assista AgoraÉ aquele crescendo, ao estilo Breaking Bad, de mostrar um sujeito bom com todos os seus ideais que vai se corrompendo aos poucos por se ver desiludido. As tramas de Saul são boas, mas por diversas vezes ficam cansativas (talvez apenas para mim, por ser advogado e lidar com isso o dia todo). No entanto, Mike consegue tirar esse marasmo que toma conta de alguns poucos episódios no meio da temporada. Esse ritmo não é algo negativo, porque tudo tem seu propósito para a construção geral da série. Nada ali é gratuito, tal qual em Breaking Bad, mas ainda assim acaba pesando ao espectador.
The Boys (1ª Temporada)
4.3 820 Assista AgoraÉ uma boa série, e que talvez não tenha o mesmo impacto caso você assista sem ser na forma "maratona". Senti falta do tom mais escrachado e bizarro dos quadrinhos, algo que é corrigido na segunda temporada, e o fato de os episódios serem muito longos, por vezes sem necessidade, quebrando o ritmo de toda aquela insanidade. No entanto, em um tempo onde o cinema só fala de heróis, satirizar isso e de acordo com o nosso mundo atual é algo fantástico.
Seinfeld (4ª Temporada)
4.6 86 Assista AgoraTemporada excelente, muito inteligente e te dando gosto de assistir. Joe Davola é um dos melhores vilões da televisão. O cara consegue te dar medo assistindo uma série de comédia! Kramer se torna o personagem favorito de todos, sendo o único aplaudido sempre que aparece. Começa a usar a continuidade nos episódios e ainda brinca com isso, aproveitando para criar piadas que só fazem sentido muitos episódios adiante, e o efeito disso é catártico! E o episódio The Contest é uma das melhores coisas que a TV já criou!
Seinfeld (3ª Temporada)
4.5 101 Assista AgoraUma boa temporada, que faz a transição entre o humor normal de sitcom para o humor característico de Seinfeld. Seu problema é que por vezes acaba indo longe demais nas paranoias de George, a ponto de te deixar tenso junto com o personagem e te fazendo se esquecer do humor. Mas o episódio da Limosine é maravilhoso!
Seinfeld (2ª Temporada)
4.3 94 Assista AgoraÉ impressionante como a definição de Seinfeld sobre a série faz o completo sentido depois que você assiste: É uma série sobre nada. E isso não é algo ruim, mas sim real. É o humor de coisas do dia a dia, como o genial episódio do Restaurante Chinês, em que são mostrados 20 minutos em um único cenário com coisas que acontecem com todo mundo, como ter que esperar no restaurante e ver pessoas passando na sua frente, estar com fome, ter horário para ir ao cinema, e todas as conversas que se tem enquanto aguarda. É algo genial porque consegue te prender no trivial, no comum. Não chega sequer a ser uma “sitcom” porque, por vezes, a situação não existe, são só três amigos jogando conversa fora.
Seinfeld (1ª Temporada)
4.1 180 Assista AgoraTemporada muito curta, o que prejudicou bastante na apresentação dos personagens. Tem bons momentos, como todas as apresentações de Seinfeld e algumas das paranoias do George, mas você acaba terminando de ver os 5 episódios com a sensação de que ainda é muito pouco. Ela só funciona porque você tem consciência de que muito mais ainda vai surgir.
The Office (9ª Temporada)
4.3 653Há anos eu não ficava triste vendo uma série chegar ao fim. A última vez que isso aconteceu foi com Breaking Bad, e a série acabou já tem 7 anos.
A última temporada de The Office é instável, com muitos erros amadores porque você vê claramente que os produtores não queriam “largar o osso”, forçando situações a ponto de descaracterizar seus personagens. Andy, na primeira metade, se torna outra pessoa, quase irreconhecível, um maníaco desprezível. A trama de Oscar e Angela é interessante, mas passam episódios inteiros em que você vê claramente que eles esquecem do ocorrido e não sabem o que fazer para voltar. E, claro, tem toda essa história de Jim e Pam que não faz jus ao casal. Pode ser realista, sim, mas não faz o menor sentido com a história que construíram. Jim sempre foi aquele cara que te faz apontar para a tela e dizer “Eu quero ser esse cara”, e não foram poucas as vezes em que fiz isso e realmente quis me tornar alguém melhor vendo ele. Jim e Pam sempre foram o porto seguro da série, aquele lugar em que todo espectador poderia ir e ter seu bom momento de The Office. A primeira metade da temporada foi uma grande sucessão de erros.
Mas, depois dessa primeira metade, quando realmente assumem que não há mais nada a fazer e o melhor é terminar a série no seu auge que tudo muda de figura. Dwight tem quase um prequel de seu tão sonhado spin off, um ótimo episódio, e a última sequência de seis episódios é linda, real, engraçada e te recompensa por acompanhar a vida dessas pessoas por tantos anos, vendo-os crescer dentro e fora das câmeras. É uma experiência magnífica e que funciona tão bem, com cada frase desses episódios sendo escrita com tanto cuidado, que não tem como dizer que até em seus erros ela não foi perfeita.
The Office (8ª Temporada)
4.0 302Temporada bem regular, o que não significa que seja ruim, mas que possui poucos episódios ao nível de The Office, como o episódio do Quiz ou o da tatuagem. Acrescenta personagens que pouco agregam, como Robert Califórnia, que só vai funcionar lá pelo final, após o seu divórcio, e Nellie, que mesmo com suas tentativas de fazer piada acaba surgindo de uma forma tão fpd que atrapalha completamente a introdução da personagem. Mas, é The Office. O ruim deles ainda é bom.
The Office (7ª Temporada)
4.5 401 Assista AgoraUma temporada bem instável, chegando a ter episódios em que você não dá uma única risada, talvez porque já comece a assistir com a ciência de que Michael vai embora (o que não é um spoiler considerando que na época, assim que estreou a temporada, as pessoas também já sabiam disso).
Acaba caindo no lugar comum de todas as séries de comédia: depois de um tempo ela abandona a ideia de sitcom e passa a lidar com os dramas e sentimentos dos personagens, seus problemas de relacionamento e inseguranças. Isso serve para criar conflito e ainda te deixar apreensivo, mas perde um pouco do poder de fazer rir, como por exemplo as inseguranças de Andy sobre o trabalho e sobre Erin.
Ponto positivo: Mesmo sendo algo que ninguém queria, inclusive Steve Carell, a saída de Michael faz o completo sentido na história do personagem. Michael tinha seus colegas de trabalho como sua família, sempre sendo seu sonho ter uma (até no episódio em que ele mostra seu vídeo criança dizendo que no futuro “gostaria de ter um milhão de filhos para assim poder ter um milhão de amigos” acabamos tendo uma ideia disso). A partir do momento em que ele finalmente consegue ter uma família, seu trabalho passa a não ter sentido, sendo lógico que ele abandone o lugar que em vários anos não lhe deu aumento, ou lhe ferrou (como ele diz no episódio da audiência de Jan, “Você espera que seu trabalho lhe ferre, não sua companheira”).
Twin Peaks (3ª Temporada)
4.4 621 Assista AgoraQue série incrível. Não tem como, Twin Peaks é a obra máxima de David Lynch e uma das melhores coisas que a televisão já produziu (só não digo que é a maior porque ainda existe muita coisa boa como Breaking Bad, Além da Imaginação e Sopranos). Tem toda a carga que a série constrói, sendo cativante vermos os personagens seguindo suas vidas (ou não) após 25 anos. Se torna uma ficção científica de primeira e pode até ser vista como uma série de dois finais: o episódio 17, mais enxuto e com respostas, e o episódio 18, mais abstrato, digno de Lynch (e que alguns entendem até mesmo como um gancho para uma possível temporada seguinte).
É estranho porque nunca consigo descrever aquilo que sinto quando se trata dos filmes de Lynch. Aconteceu a mesma coisa tempos atrás, quando vi "Os últimos dias de Laura Palmer" e "A Estrada Perdida". Dá a impressão que você recebe a mensagem sutilmente, mas não consegue traduzi-la para os outros.
The Office (6ª Temporada)
4.5 199É uma boa temporada, mas nada tão marcante quanto as anteriores. Acaba saindo daquela ideia de focar em situações de escritório, uma sitcom, para ser uma comédia de personagens, mudando muito do estilo da série e criando episódios que até são interessantes, mas que você não dá nenhuma risada, como os dois últimos, por exemplo. Por sorte os personagens são muito bons e você assiste porque quer vê-los bem e felizes. Você torce por Erin e Andy, quer ver Pam e Jim em sua nova vida e Michael sendo Michael.
Twin Peaks (2ª Temporada)
4.2 299Fico divido, sem saber como avaliar. Isso porque os episódios ruins, que são vários, são extremamente ruins, com diálogos clichês e de péssimo gosto, tornando um martírio assistir a série (e se torna até compreensível a razão de a audiência ter caído a ponto de levar o cancelamento), utilizando como saída eliminar diversos personagens que não funcionam mais, com a sua morte ou o mero desaparecimento. No entanto, os episódios bons são muito acima da média, sendo estes os episódios iniciais, até o encerramento do ciclo de Laura Palmer, e os episódios finais, quando Mark Frost e David Lynch voltam à série. Seu último capítulo é instigante e bem construído, e ainda consegue ser aberto o suficiente sem deixar aquela sensação de vazio.
The Office (5ª Temporada)
4.6 372Uma das melhores temporadas, em que já conseguiram familiarizar o público de forma suficiente com os personagens a ponto de tornar engraçado um mero olhar ou movimento, como acontece sempre que alguém menciona drogas e atividades ilícitas e a câmera rapidamente foca Creed. Essa temporada é com certeza uma das melhores coisas já produzidas na comédia.