Gente, que isso? Alguém tem algum parecer sobre? Realmente, o cartaz é idêntico, e como a Inara disse, o que o Louis Garrel tá fazendo aí? É alguma paródia de Spring Breakers?
Por onde começar? Bem, vamos começar pelo elogio. Eu achei muitas das imagens fantásticas, de encher os olhos e o coração, na verdade é um filme mais visual/simbólico do que verbal, com certeza. O significado das cenas. Teve uma metáfora muito simples, mas que eu adorei: a parte que ele está fumando na janela e ao fundo o som daquela parada que tem um som relaxante e logo começa o som perturbador de um martelo para tirar a paz. Quanto a construção das personagens, rola aquele pulo que o espectador não sabe quem é o principal, acabam sendo os dois, cada um com seus conflitos internos. Eu acabei por achar um filme bom, mas é apenas bom ao meu ver. Tinha tudo pra ser ótimo! Mas ele não tem o seu ápice, talvez pela intenção de retratar friamente, mas eu não sei, senti falta de algo que não chegou, e isso me decepcionou.
Tive uma boa surpresa com esse filme, gostoso de assistir. A trilha sonora é uma coisa linda, as atuações são boas - ver o Cruise no início da carreira novinho - e o enredo que é muito bom. Ao contrário do que muitos disseram, eu não achei que a duração pesou, pra mim deu o suspense necessário, nem vi o tempo passar, eu curti. Talvez por ser um filme que eu não esperava nada, acabou me surpreendendo.
Eu entendo muito bem esse cara. Busca por inspiração é uma coisa que te faz buscar constantemente a magia, e quando não se encontra, é como se afundasse.
A iluminação desse filme é um show, sério, muito boa. Tudo se passa nas sombras, na escuridão. Quanto ao áudio, é uma pena que a maioria dos filmes brasileiros anteriores a 2006/2007 tenha um péssimo áudio. Eu acho que tentaram consertar colocando muito efeito na voz, a coisa ficou parecendo dublada as vezes, deixando os diálogos meio forçados - aliás é bem eclético a escolha dos atores, pareciam haver novatos e veteranos. Mas a direção é muito boa, gostei dos planos-sequências construídos. Agora o que o filme quis passar? É bastante confuso, vi várias referências ao tema religião/Deus por parte do Alcaide. Ma perece um labirinto confuso, todo atemporal, atrás de um segredo, um motivo, o que só é "respondido/justificado" no final do filme (se podemos dizer que é, rs). Aquele mesmo cenário, as mesmas repetições, me deixou um sentimento de prisão, inescapável.
Caraaaaca, esse filme é muito bom. O que é incrível nele é como toda, mas toda imagem mesmo, conta uma história, tem um "porquê" por trás dela. Ainda embaladas com as músicas do Pink Floyd, as quais contém letras fantásticas. O filme já abre com uma crítica ao capitalismo, manipulador de massas; depois às guerras - glória ao país? ; o totalitarismo dos meios de ensino, coibindo a arte (claro, ela é o instrumento que transcende a alienação. Ficou bem interessante aquela cena que o Pink está imaginando as crianças cantando e quando termina o professor diz algo como "Repitam: um quadrado tem 20 cm de..." ou seja, fale desse jeito, seja desse jeito, milimetricamente deste jeito), molda-se as crianças para serem tijolos e construírem futuramente o muro, indestrutível e imutável; a relação com o público ; a mídia. Ah, é muita coisa, não dá pra comentar tudo, dariam páginas, a melhor forma é assistir ao filme e captar todas essas mensagem. É fantástico!
Tem algo que descreve basicamente esse filme: human nature. Os personagens são tão consistentes que não precisou de mais nada, uma hora e meia dentro de um apartamento, um conflito, e pronto. Não precisou de altas manobras, o filme se sustenta porque o roteiro é forte, os diálogos. Brinca com a consciência humana, que entra sempre em contradição.
Que bela obra, nossa. É uma história surpreendente, impossível não se envolver. Os personagens foram muito bem construídos, você sente o drama inteiro de cada um impresso nas cenas. Esteban apareceu pouco, apenas no início, mas como toda a trama aconteceu por causa do acidente, eu me afeiçoei pelo personagem de uma forma imensa. Foi agoniante ver Manuela sofrendo, o tempo passava e ela arrumava formas de tentar tirar a cabeça e ajudar todos a sua volta - vi nela uma personalidade muito pura, muito bonita - mas ficava claro que ela estava fraca, sempre que precisava falar sobre seu filho desabava. Cara, é um filme muito bonito. Trilha sonora deliciosa e direção bem conduzida, super recomendo.
Quem lê a sinopse até estranha o Bergman tratando de um drama romântico. Aí você começa a ver o filme e pensa "putz, é Bergman mesmo haha". Ele explorou ao máximo o relacionamento das personagens, a inquietação é tanta que o espectador mergulha na trama e fica tentando buscar junto soluções. Depois de tantos filmes dele com reflexões sobre religião, psique, morte, este é uma viagem ao mundo do amor. Muitos "porquês" que te levam a novas visões. O engraçado é que depois de assistir a esses filmes eu fico bem "tá, e agora?". A gente desmancha conceitos, a cabeça fica no mundo da confusão. Os diálogos com certeza são as melhores coisas desse filme. Unica coisa que para mim que pesou foi o tempo, poderia ter sido desenvolvido em duas horas, me causou um pouco de cansaço e eu comecei a desviar a atenção lá pelo final.
Eu curti a ideia de colocar as músicas como se fosse o pensamento das personagens, deu um ar mais natural pra estranheza que me causa normalmente os musicais. Mas...as músicas não são boas. Vocês repararam o quanto de efeito colocaram nas vozes? Sério, aquilo era puro e somente auto tune! Bem, é um filme gostosinho de ver, acho que a mensagem basicamente é que quando as coisas fogem do controle nós somos corpos perdidos, tentamos sempre roteirizar, criar um scrypt, mas não é assim que a banda toca. A naturalidade é a vida. Enfim, é um filme bem exagerado, bem leviano na sua mente, serve pra matar o tempo.
Eu não esperava nada, anteriormente vi um filme da Cappola que eu não curti, acabei tendo uma leve surpresa com esse. A direção dela é meio prematura aqui, parece que ficam faltando polimentos, sacadas mais elaboradas, mas não é ruim como eu achava que seria. Talvez pelo fato de ter me identificado com as personagens. Sinto muito desse enredo na minha vida, encontros e desencontros, histórias que vem e vão rapidamente de acordo com os caminhos contrários. Não é nada fantástico, mas por acaso eu achei gostosinho de assistir.
Estou completamente encantada por esse filme, me ganhou por inteiro! Construção das personagens é muito boa, dá pra se envolver legal com os sentimentos deles. A direção de Marcelo Gomes conduz de uma forma deliciosa, irei procurar outros filmes deste diretor, com certeza. O que achei bem interessante nele, é que se parar para se pensar na data que se passa, os acontecimentos da época, bate muito bem. Logo no começo do filme, Johann leva o filme numa vila. Todos ficam muito encantados com aquela magia que a máquina fazia. Se adentrar no detalhe, o filme que está sendo mostrado é exatamente do período que o cinema no Brasil estava funcionando pelo apelo nacionalista dos produtores e empresas para que as pessoas se tornassem expectadores de filmes, exibindo para as paisagens (belas cachoeiras). Essa filme optou por uma versão mais leve da vida Nordestina, não retrata os que vivem completamente a margem (como no caso de Vidas Secas), ele puxa mais pro que eu acredito ser a classe baixa. O que eu mais curti nele é que mostra muito a busca pela felicidade, mesmo em meio a desordem. Me passou uma mensagem muito bonita na hora que a moça fala que o mundo/pessoas seria muito mais bonito se só buscássemos a felicidade, e mais nada.
É engraçado nesse filme ver a relação entre mulheres e homens, a curiosidade, a busca por algo novo, o medo de algo novo, quando um cede o outro corre, e vice versa. Me parece que quer mostrar como, nós humanos, agimos diante de estímulos. As ervas daninhas são como os nossos sentimentos, ali, sempre enraizados, esperando uma oportunidade para crescer. Ações e reações. Esperadas ou inesperadas. O ritmo as vezes pesa, mas vale conferir. Agora, vem cá: Oi? Que final foi esse? Alguém tem uma hipótese sobre o que aquela frasezinha quis dizer?
Este filme vale muito à pena assistir, então quero dar um conselho a quem pretende. Deite-se num lugar bem confortável, onde ninguém tire sua atenção, e pelo que eu to sentindo nos filmes do Tarkovsky, ou você se entrega completamente ou corre o risco de ficar por fora. Agora vamos lá, o filme já começa de forma incrível, você já sente que será pura reflexão logo nos primeiros diálogos. Dou destaque para a cena que Alexander está encostado na árvore, seu discurso passa uma forte mensagem, pode-se até se ligar ao título. Há uma crítica densa sobre a sociedade moderna, a sociedade das avessas. Na verdade esse título parece se referir a várias coisas neste filme, e não a propriamente uma. Outra questão fortíssima é a reflexão sobre a morte, a angústia de Alexander que o fez embrulhar a mente e chegar ao limite. É espiritualidade, filosofia, metafísica que conduzem esta obra, um forte contraste nas atitudes humanas, a natureza da alma. A unica coisa que me deixou dúvidas foram as cenas em preto e branco, se eram sonhos, imaginação, alguém tem alguma sugestão?
Eu acho que esperava algo diferente, eu curto muito a direção de Truffaut em "Os incompreendidos" e "O ultimo metro", mas neste - talvez por esperar algo parecido com o que vi anteriormente - fiquei um pouco decepcionada. O enredo é atrativo, se trata de um filme vanguardista, lança a possibilidade para diversas inspirações futuras no tema. O problema é que eu achei meio tedioso, talvez a linguagem, o jeito de construir as cenas... eu não sei. Eu sempre falo que falta de dinâmica atrapalha qualquer ótima ideia a se desenvolver, mas dinâmica demais, informação demais tira a pausa reflexiva, torna-se meio teatral. Eu adoro muito diversos filmes da Nouvelle Vague, mas este não me conquistou ]=
Caraca, filmão! Gosto quando filmes trazem abordagens e linguagens novas, eu fico assim, sem reação. Tem gente que pode achar uma pancadaria sem fundamento, mas com certeza é o oposto disso, tem muitos elementos subjetivos nas cenas que com certeza compõem um sentido. Por exemplo as cenas invertidas no apartamento, sei lá, talvez indicando um mundo de valores completamente invertidos ao senso comum, as cenas de trás para frente, o ritmo frenético quebrado pelo clima sentimental/psicológico de uma personagem. Ele brinca muito com a noção do normal, e pra mim ficou a pergunta... o protagonista estava apenas por visitar o mundo sórdido ou estava se deliciando com toda aquela perversão tomando conta da sua realidade? Achei fantástico!
Primeira coisa que embala bem o filme é a trilha sonora, transporta qualquer um pro clima que as duas personagens estavam vivendo. Se tem uma palavra pra descrever esse filme é: voar. Foi deliciosamente divertido ver aquelas duas meninas simplesmente voando.
Ai, meu cérebro! O ponto alto desse filme, com certeza, são os diálogos. É uma pena ele ser tão lento, arrastadão, rolou um desânimo. Mas é evidente que são reflexões incríveis, elas realmente carregariam e penetrariam com uma força gigantesca o espectador (sei que cumprem isso, mas cumpririam dez vezes mais) se o filme fosse um pouco mais dinâmico. Eu adorei os diálogos, me identifiquei profundamente com todas as contradições apresentadas sobre a existência, o destino e a felicidade. O estudo sobre as palavras, a perda de sentido delas, é de pirar. O que gostei mesmo nesse filme foi que soou como um desafio dentro de mim, me incomodou na alma quando foi ao ápice da falta de significados para o sujeito, como se a vida fosse nada, me fez perguntar sem parar: "Será mesmo? E se for? E se for?" É surrealista, mas Tarkosvky aproximou-o da realidade. O que seria o ser humano sem essa coisa esquisita que se chama refletir? Apesar da busca pelas sensações, as vezes acho que somos só isso. Estranho.
Não achei um problema a duração, como muitos acharam, realmente não senti pesar. É o tipo de filme que eu só assisti porque estava num cinema, com toda aquela magia, tela grande e efeitos sonoros nas alturas (e olha que isso faz uma tremenda diferença) eu mesma não assistiria em casa pois não é o gênero que costumo procurar. Mas dentre outras opções que havia (tipo homem de ferro e heróis) eu preferi assistir este, ele não tenta se aproximar da realidade, é absurdo de forma escrachada, é divertido sim. As imagens são belas, fotografia de hollywood é de babar mesmo, dava uma louca vontade de pausar certas cenas e aumentar os segundos...era tudo tão rápido. Enfim, da parte de atuação, achei que o Depp segurou o papel bem, as piadas não eram engraçadíssimas, mas ali no clima todos riem e fica tudo certo. Muitas explosões, muitas explosões, e ah, muitas explosões. Acho que é isso. Alguém me responde uma coisa: da onde saiu aquela escaaaaaaada?
Eu acho que sou alienígena depois de ler todos os comentários. Acho que esperava algo diferente, uma linguagem diferente. Para 1948 apresenta inovações incríveis, mas a linguagem me remeteu muito a tipos de filme que eu não sou fã.
A sequência inicial desse filme já é fantástica, sério. Agora minha interpretação (recheada de spoilers, se você ainda não viu, pare de ler por aqui): Para mim, este é retrato da confusa natureza do ser humano. Culpa, medo, maldade, benevolência, seríamos nós feitos destes sentimentos? Ou somos apenas um, e falsamente todos? Ficou me parecendo que, pelas cenas finais, a mulher sabia que o filho iria cair, mas estava envolvida pelo desejo carnal. É um filme forte, que mexe com as suas interpretações sobre as intenções e sentimentos humanos. Um angustiante retrato da culpa, da confusão mental de uma mulher que se levou ao penhasco. Agora, fico me perguntando, se a intenção do diretor foi deixar também a mensagem de que a busca pelo prazer é algo negativo e sujo, porque se quis... eu acho que perde o pano de fundo, a metáfora religiosa para se tornar um filme meramente religioso. Mas creio que não, ainda mais com aquela dedicatória no final, acho que Lars quis transmitir nada mais que a realidade humana perante sua própria mente, psicanálise na veia.
Esse filme se sustenta por retratar a coisa de forma bem real, eu senti de perto a atmosfera do período de 1930, o modo como eram as relações daqueles que frequentavam a Lapa, o velho malandro carioca. É interessante por se tratar de uma biografia, foi isso que me manteve assistindo certas partes que não estavam me agradando muito, mas no geral, achei bom, as cenas das apresentações ficaram muito boas, as cores vibrantes (em contraste com o resto do filme que era bem escuro) com os desfocados caiu muito bem. A trilha sonora com músicas do Noel Rosa, Ari Barroso e Luiz Peixoto deu o clima que precisava, além de fazer conexão com o que a personagem parecia sentir.
Les coquillettes
2.2 18 Assista AgoraGente, que isso? Alguém tem algum parecer sobre? Realmente, o cartaz é idêntico, e como a Inara disse, o que o Louis Garrel tá fazendo aí? É alguma paródia de Spring Breakers?
Distante
3.7 32Por onde começar? Bem, vamos começar pelo elogio. Eu achei muitas das imagens fantásticas, de encher os olhos e o coração, na verdade é um filme mais visual/simbólico do que verbal, com certeza. O significado das cenas. Teve uma metáfora muito simples, mas que eu adorei: a parte que ele está fumando na janela e ao fundo o som daquela parada que tem um som relaxante e logo começa o som perturbador de um martelo para tirar a paz. Quanto a construção das personagens, rola aquele pulo que o espectador não sabe quem é o principal, acabam sendo os dois, cada um com seus conflitos internos. Eu acabei por achar um filme bom, mas é apenas bom ao meu ver. Tinha tudo pra ser ótimo! Mas ele não tem o seu ápice, talvez pela intenção de retratar friamente, mas eu não sei, senti falta de algo que não chegou, e isso me decepcionou.
A Firma
3.4 179 Assista AgoraTive uma boa surpresa com esse filme, gostoso de assistir. A trilha sonora é uma coisa linda, as atuações são boas - ver o Cruise no início da carreira novinho - e o enredo que é muito bom. Ao contrário do que muitos disseram, eu não achei que a duração pesou, pra mim deu o suspense necessário, nem vi o tempo passar, eu curti. Talvez por ser um filme que eu não esperava nada, acabou me surpreendendo.
Alexandre Deschaumes - The Search for Inspiration
5.0 2Eu entendo muito bem esse cara. Busca por inspiração é uma coisa que te faz buscar constantemente a magia, e quando não se encontra, é como se afundasse.
O Veneno da Madrugada
3.0 18A iluminação desse filme é um show, sério, muito boa. Tudo se passa nas sombras, na escuridão. Quanto ao áudio, é uma pena que a maioria dos filmes brasileiros anteriores a 2006/2007 tenha um péssimo áudio. Eu acho que tentaram consertar colocando muito efeito na voz, a coisa ficou parecendo dublada as vezes, deixando os diálogos meio forçados - aliás é bem eclético a escolha dos atores, pareciam haver novatos e veteranos. Mas a direção é muito boa, gostei dos planos-sequências construídos. Agora o que o filme quis passar? É bastante confuso, vi várias referências ao tema religião/Deus por parte do Alcaide. Ma perece um labirinto confuso, todo atemporal, atrás de um segredo, um motivo, o que só é "respondido/justificado" no final do filme (se podemos dizer que é, rs). Aquele mesmo cenário, as mesmas repetições, me deixou um sentimento de prisão, inescapável.
Pink Floyd - The Wall
4.4 703Caraaaaca, esse filme é muito bom. O que é incrível nele é como toda, mas toda imagem mesmo, conta uma história, tem um "porquê" por trás dela. Ainda embaladas com as músicas do Pink Floyd, as quais contém letras fantásticas. O filme já abre com uma crítica ao capitalismo, manipulador de massas; depois às guerras - glória ao país? ; o totalitarismo dos meios de ensino, coibindo a arte (claro, ela é o instrumento que transcende a alienação. Ficou bem interessante aquela cena que o Pink está imaginando as crianças cantando e quando termina o professor diz algo como "Repitam: um quadrado tem 20 cm de..." ou seja, fale desse jeito, seja desse jeito, milimetricamente deste jeito), molda-se as crianças para serem tijolos e construírem futuramente o muro, indestrutível e imutável; a relação com o público ; a mídia. Ah, é muita coisa, não dá pra comentar tudo, dariam páginas, a melhor forma é assistir ao filme e captar todas essas mensagem. É fantástico!
Deus da Carnificina
3.8 1,4KTem algo que descreve basicamente esse filme: human nature. Os personagens são tão consistentes que não precisou de mais nada, uma hora e meia dentro de um apartamento, um conflito, e pronto. Não precisou de altas manobras, o filme se sustenta porque o roteiro é forte, os diálogos. Brinca com a consciência humana, que entra sempre em contradição.
Tudo Sobre Minha Mãe
4.2 1,3K Assista AgoraQue bela obra, nossa. É uma história surpreendente, impossível não se envolver. Os personagens foram muito bem construídos, você sente o drama inteiro de cada um impresso nas cenas. Esteban apareceu pouco, apenas no início, mas como toda a trama aconteceu por causa do acidente, eu me afeiçoei pelo personagem de uma forma imensa. Foi agoniante ver Manuela sofrendo, o tempo passava e ela arrumava formas de tentar tirar a cabeça e ajudar todos a sua volta - vi nela uma personalidade muito pura, muito bonita - mas ficava claro que ela estava fraca, sempre que precisava falar sobre seu filho desabava. Cara, é um filme muito bonito. Trilha sonora deliciosa e direção bem conduzida, super recomendo.
Diário da França
3.7 1Esse documentário é coisa fina, assistam, lindo mesmo.
Cenas de um Casamento
4.4 232Quem lê a sinopse até estranha o Bergman tratando de um drama romântico. Aí você começa a ver o filme e pensa "putz, é Bergman mesmo haha". Ele explorou ao máximo o relacionamento das personagens, a inquietação é tanta que o espectador mergulha na trama e fica tentando buscar junto soluções. Depois de tantos filmes dele com reflexões sobre religião, psique, morte, este é uma viagem ao mundo do amor. Muitos "porquês" que te levam a novas visões. O engraçado é que depois de assistir a esses filmes eu fico bem "tá, e agora?". A gente desmancha conceitos, a cabeça fica no mundo da confusão. Os diálogos com certeza são as melhores coisas desse filme. Unica coisa que para mim que pesou foi o tempo, poderia ter sido desenvolvido em duas horas, me causou um pouco de cansaço e eu comecei a desviar a atenção lá pelo final.
Nine
3.0 859 Assista AgoraEu curti a ideia de colocar as músicas como se fosse o pensamento das personagens, deu um ar mais natural pra estranheza que me causa normalmente os musicais. Mas...as músicas não são boas. Vocês repararam o quanto de efeito colocaram nas vozes? Sério, aquilo era puro e somente auto tune! Bem, é um filme gostosinho de ver, acho que a mensagem basicamente é que quando as coisas fogem do controle nós somos corpos perdidos, tentamos sempre roteirizar, criar um scrypt, mas não é assim que a banda toca. A naturalidade é a vida. Enfim, é um filme bem exagerado, bem leviano na sua mente, serve pra matar o tempo.
Encontros e Desencontros
3.8 1,7K Assista AgoraEu não esperava nada, anteriormente vi um filme da Cappola que eu não curti, acabei tendo uma leve surpresa com esse. A direção dela é meio prematura aqui, parece que ficam faltando polimentos, sacadas mais elaboradas, mas não é ruim como eu achava que seria. Talvez pelo fato de ter me identificado com as personagens. Sinto muito desse enredo na minha vida, encontros e desencontros, histórias que vem e vão rapidamente de acordo com os caminhos contrários. Não é nada fantástico, mas por acaso eu achei gostosinho de assistir.
Cinema, Aspirinas e Urubus
3.9 364 Assista AgoraEstou completamente encantada por esse filme, me ganhou por inteiro! Construção das personagens é muito boa, dá pra se envolver legal com os sentimentos deles. A direção de Marcelo Gomes conduz de uma forma deliciosa, irei procurar outros filmes deste diretor, com certeza. O que achei bem interessante nele, é que se parar para se pensar na data que se passa, os acontecimentos da época, bate muito bem. Logo no começo do filme, Johann leva o filme numa vila. Todos ficam muito encantados com aquela magia que a máquina fazia. Se adentrar no detalhe, o filme que está sendo mostrado é exatamente do período que o cinema no Brasil estava funcionando pelo apelo nacionalista dos produtores e empresas para que as pessoas se tornassem expectadores de filmes, exibindo para as paisagens (belas cachoeiras). Essa filme optou por uma versão mais leve da vida Nordestina, não retrata os que vivem completamente a margem (como no caso de Vidas Secas), ele puxa mais pro que eu acredito ser a classe baixa. O que eu mais curti nele é que mostra muito a busca pela felicidade, mesmo em meio a desordem. Me passou uma mensagem muito bonita na hora que a moça fala que o mundo/pessoas seria muito mais bonito se só buscássemos a felicidade, e mais nada.
Ervas Daninhas
3.1 142É engraçado nesse filme ver a relação entre mulheres e homens, a curiosidade, a busca por algo novo, o medo de algo novo, quando um cede o outro corre, e vice versa. Me parece que quer mostrar como, nós humanos, agimos diante de estímulos. As ervas daninhas são como os nossos sentimentos, ali, sempre enraizados, esperando uma oportunidade para crescer. Ações e reações. Esperadas ou inesperadas. O ritmo as vezes pesa, mas vale conferir. Agora, vem cá: Oi? Que final foi esse? Alguém tem uma hipótese sobre o que aquela frasezinha quis dizer?
O Sacrifício
4.3 148Este filme vale muito à pena assistir, então quero dar um conselho a quem pretende. Deite-se num lugar bem confortável, onde ninguém tire sua atenção, e pelo que eu to sentindo nos filmes do Tarkovsky, ou você se entrega completamente ou corre o risco de ficar por fora. Agora vamos lá, o filme já começa de forma incrível, você já sente que será pura reflexão logo nos primeiros diálogos. Dou destaque para a cena que Alexander está encostado na árvore, seu discurso passa uma forte mensagem, pode-se até se ligar ao título. Há uma crítica densa sobre a sociedade moderna, a sociedade das avessas. Na verdade esse título parece se referir a várias coisas neste filme, e não a propriamente uma. Outra questão fortíssima é a reflexão sobre a morte, a angústia de Alexander que o fez embrulhar a mente e chegar ao limite. É espiritualidade, filosofia, metafísica que conduzem esta obra, um forte contraste nas atitudes humanas, a natureza da alma. A unica coisa que me deixou dúvidas foram as cenas em preto e branco, se eram sonhos, imaginação, alguém tem alguma sugestão?
Jules e Jim - Uma Mulher Para Dois
4.1 335 Assista AgoraEu acho que esperava algo diferente, eu curto muito a direção de Truffaut em "Os incompreendidos" e "O ultimo metro", mas neste - talvez por esperar algo parecido com o que vi anteriormente - fiquei um pouco decepcionada. O enredo é atrativo, se trata de um filme vanguardista, lança a possibilidade para diversas inspirações futuras no tema. O problema é que eu achei meio tedioso, talvez a linguagem, o jeito de construir as cenas... eu não sei. Eu sempre falo que falta de dinâmica atrapalha qualquer ótima ideia a se desenvolver, mas dinâmica demais, informação demais tira a pausa reflexiva, torna-se meio teatral. Eu adoro muito diversos filmes da Nouvelle Vague, mas este não me conquistou ]=
Ex Baterista
3.8 314Caraca, filmão! Gosto quando filmes trazem abordagens e linguagens novas, eu fico assim, sem reação. Tem gente que pode achar uma pancadaria sem fundamento, mas com certeza é o oposto disso, tem muitos elementos subjetivos nas cenas que com certeza compõem um sentido. Por exemplo as cenas invertidas no apartamento, sei lá, talvez indicando um mundo de valores completamente invertidos ao senso comum, as cenas de trás para frente, o ritmo frenético quebrado pelo clima sentimental/psicológico de uma personagem. Ele brinca muito com a noção do normal, e pra mim ficou a pergunta... o protagonista estava apenas por visitar o mundo sórdido ou estava se deliciando com toda aquela perversão tomando conta da sua realidade? Achei fantástico!
Thelma & Louise
4.2 967 Assista AgoraPrimeira coisa que embala bem o filme é a trilha sonora, transporta qualquer um pro clima que as duas personagens estavam vivendo. Se tem uma palavra pra descrever esse filme é: voar. Foi deliciosamente divertido ver aquelas duas meninas simplesmente voando.
Stalker
4.3 505 Assista AgoraAi, meu cérebro! O ponto alto desse filme, com certeza, são os diálogos. É uma pena ele ser tão lento, arrastadão, rolou um desânimo. Mas é evidente que são reflexões incríveis, elas realmente carregariam e penetrariam com uma força gigantesca o espectador (sei que cumprem isso, mas cumpririam dez vezes mais) se o filme fosse um pouco mais dinâmico. Eu adorei os diálogos, me identifiquei profundamente com todas as contradições apresentadas sobre a existência, o destino e a felicidade. O estudo sobre as palavras, a perda de sentido delas, é de pirar. O que gostei mesmo nesse filme foi que soou como um desafio dentro de mim, me incomodou na alma quando foi ao ápice da falta de significados para o sujeito, como se a vida fosse nada, me fez perguntar sem parar: "Será mesmo? E se for? E se for?" É surrealista, mas Tarkosvky aproximou-o da realidade. O que seria o ser humano sem essa coisa esquisita que se chama refletir? Apesar da busca pelas sensações, as vezes acho que somos só isso. Estranho.
O Cavaleiro Solitário
3.2 1,4K Assista AgoraNão achei um problema a duração, como muitos acharam, realmente não senti pesar. É o tipo de filme que eu só assisti porque estava num cinema, com toda aquela magia, tela grande e efeitos sonoros nas alturas (e olha que isso faz uma tremenda diferença) eu mesma não assistiria em casa pois não é o gênero que costumo procurar. Mas dentre outras opções que havia (tipo homem de ferro e heróis) eu preferi assistir este, ele não tenta se aproximar da realidade, é absurdo de forma escrachada, é divertido sim. As imagens são belas, fotografia de hollywood é de babar mesmo, dava uma louca vontade de pausar certas cenas e aumentar os segundos...era tudo tão rápido. Enfim, da parte de atuação, achei que o Depp segurou o papel bem, as piadas não eram engraçadíssimas, mas ali no clima todos riem e fica tudo certo. Muitas explosões, muitas explosões, e ah, muitas explosões. Acho que é isso. Alguém me responde uma coisa: da onde saiu aquela escaaaaaaada?
A Espada Era a Lei
3.8 303 Assista AgoraQue saudade disso, oshe. Magia pura!
Os Sapatinhos Vermelhos
4.3 171 Assista AgoraEu acho que sou alienígena depois de ler todos os comentários. Acho que esperava algo diferente, uma linguagem diferente. Para 1948 apresenta inovações incríveis, mas a linguagem me remeteu muito a tipos de filme que eu não sou fã.
Anticristo
3.5 2,2K Assista AgoraA sequência inicial desse filme já é fantástica, sério. Agora minha interpretação (recheada de spoilers, se você ainda não viu, pare de ler por aqui): Para mim, este é retrato da confusa natureza do ser humano. Culpa, medo, maldade, benevolência, seríamos nós feitos destes sentimentos? Ou somos apenas um, e falsamente todos? Ficou me parecendo que, pelas cenas finais, a mulher sabia que o filho iria cair, mas estava envolvida pelo desejo carnal. É um filme forte, que mexe com as suas interpretações sobre as intenções e sentimentos humanos. Um angustiante retrato da culpa, da confusão mental de uma mulher que se levou ao penhasco. Agora, fico me perguntando, se a intenção do diretor foi deixar também a mensagem de que a busca pelo prazer é algo negativo e sujo, porque se quis... eu acho que perde o pano de fundo, a metáfora religiosa para se tornar um filme meramente religioso. Mas creio que não, ainda mais com aquela dedicatória no final, acho que Lars quis transmitir nada mais que a realidade humana perante sua própria mente, psicanálise na veia.
Madame Satã
3.9 421 Assista AgoraEsse filme se sustenta por retratar a coisa de forma bem real, eu senti de perto a atmosfera do período de 1930, o modo como eram as relações daqueles que frequentavam a Lapa, o velho malandro carioca. É interessante por se tratar de uma biografia, foi isso que me manteve assistindo certas partes que não estavam me agradando muito, mas no geral, achei bom, as cenas das apresentações ficaram muito boas, as cores vibrantes (em contraste com o resto do filme que era bem escuro) com os desfocados caiu muito bem. A trilha sonora com músicas do Noel Rosa, Ari Barroso e Luiz Peixoto deu o clima que precisava, além de fazer conexão com o que a personagem parecia sentir.