O legal desse documentário é que, além de poder conhecer um pouco mais sobre as intenções de Freud, o surgimento de suas análises e sua história em si, há espaço para muitos insights. Ou não, confusão mental aumenta mais ainda, rs. Enfim, este documentário é bastante interessante e me trouxe a vontade de pesquisar a fundo as teorias de Freud, o fato dele próprio se avaliar é curioso. Estar em contato com tantos devaneios, tanta reflexão, fiquei imaginando a que ponto eu chegaria me permitindo a entrar em contato com a coisa com tal profundidade... como ele diz, dissecar a alma, mas existe algo chamado medo. Freud fala sobre o que eu mais vejo nessa vida sobre a natureza humana, a contradição.
É incrível ver o nível que a animação está atingindo, por segundos se esquece que era um desenho, pelo menos eu tive essa impressão. Principalmente do personagem do Sakharine e seus capangas, fiquei impressionada, era muito real! Quanto a história, achei gostosa de assistir, é um filme delicinha.
A animação é sempre maravilhosa e os roteiros completamente birutinhas, é uma delícia de assistir. Uma coisa curiosa... eu comecei assistindo legendado, mas não aguentei e mudei para dublado, é incrível como a gente se familiariza com as vozes dos personagens, rola muito mais cumplicidade. Bem, é impossível não comparar com os outros anteriores, os dois primeiros são normalmente os melhores, e para mim essa franquia seguiu esta tendência. Mas é um bom filme, apesar do exagero americano de explodir coisas, que não havia tanto nos outros filmes, era mais comédia. Enfim, eu também não curti a música da Katy como trilha sonora, ficou... brega. Me julguem, k. Anyway, são personagens fantásticos e eu sempre me lembrarei da marquinha de cada um.
Este filme é um recorte do cotidiano, parece-me com a proposta do cinema-verdade, as coisas por elas mesmas. O longo período de existência da Terra e a nossa passagem tão leviana por aqui, virando pó... virando pó. E por mais que tentemos escapar, estaremos sempre no rebanho, na procissão, embarcando pro mesmo fim. Uma pena que seja tão longo, se daria bem como um curta.
É um filme interessante para reforçar o contexto histórico em que ocorriam os embates entre as tribos e os Portugueses. Para mim, foi novo saber que os índios eram canibais, eu achava que rolavam torturas das brabas, mas não que comiam seus prisioneiros. Uma das coisas que mais me chamou atenção neste filme foi o fator religioso. Constantemente é ressaltado nos diálogos a interação que essa cultura indígena tinha com a crença, marcado pelo medo. Quando Hans começa a falar que as doenças e desgraças da tribo ocorreram por causa do deus (branco), a postura da tribo muda e passa a acolher o homem. Vale à pena conferir, uma aula de história disfarçada rs. As cenas de rituais ficaram muito reais, achei bacana.
Caraca, como tem comentário negativo sobre esse filme. Como assim? Esse filme é genial! É complicado de entender porque é um tema que é tratado de forma abstrata, mas é fantástico. Estou surpresa com os comentários falando que o filme é superficial, que não há como entender onde não há para se entender, que o final é ruim. Putz, eu vi completamente o inverso de tudo isso! Tudo bem que opinião é opinião, justificar a lentidão é compreensível, mas dizer que é um filme raso...o que me parece é que tem muita gente preguiçosa por aí, não tenta buscar a proposta do filme.
Eu me amarro nos climas que o Lynch cria, que mestre, ele faz isso muito bem! Casa a música e os efeitos sonoros perfeitamente com as imagens, isso cria para o expectador, aquela coisa que te faz entrar no filme e não querer sair. O personagem deixa de ser distante e passa a se aprofundar no espectador. All right, muito bom, com esforço de interpretação (haha, muito esforço) se percebe que ligando os detalhes, não é tão abstrato assim, outros filmes do Lynch me deixaram sem respostas, com a cabeça fervendo. Este, prestando atenção no significado de cada personagem, com relação aos seus jeitos, seus esteriótipos, deu para sacar o "motivo da piração". Com certeza muita coisa ficou no ar, não devo ter captado nem metade, mas... Lynch é sempre Lynch, você acha que é uma coisa, e pode ser outra rs.
Vish, pelo que vejo, fui a unica que se decepcionou com esse filme. Para mim foi uma pena, não encontrei o ar tarantinesco, que é sempre muito evidente, quase impossível de não se identificar. Senti que esse foi como qualquer um, cenas manjadas, quase esperadas. A história é fantástica, não tem como negar, é um enredo muito criativo, mas para mim, não segurou a execução, que não saiu como eu esperava... sei lá. Ficou normal. Tarantino não é normal, rs.
No começo eu confesso que estava uma confusão monumental na minha cabeça, mas certa hora me veio uma luz (ou não, vai saber). Mas acabei por formular algo. Este filme me lembrou a premissa de "Sr. Ninguém", mas com um desenvolvimento que passa mais nas entrelinhas. Continuamente é citada a "ação" em relação ao "personagem que a exerce", por exemplo, você fez algo e este algo te fez ser quem você é (e na hora que a moça canta, este pensamento fez mais sentido ainda na minha cabeça). Agindo de formas diferentes, somos outros personagens, outras pessoas, com outro destino e outra história. Cada ação nasce da essência subjetiva de cada um, portanto ações diferentes... pessoas diferentes. Tomando uma ação "x" e não a "y" você é um certo alguém. E estas atitudes ditam seu destino. Enfim, confuso isso que eu tentei falar. Achei a direção genial, atuações de alto nível e principalmente adorei o fato de ser birutinha, é um filme que eu assistiria novamente e recomendo, dá aquela sensação ótima de ficar tentando caçar significados, mesmo que seja difícil, cada um faz o filme baseando no básico que está explícito ali.
Meses vivendo como seres à deriva do desconhecido, angustiante! As narrações são muito profundas, incrível ouvir da boca de cada um deles a descrição dos momentos mais aflitos de suas vidas. Foi uma experiência emocionante assistir, tanto pela história incrível de vida, quanto pelos questionamentos que intrigaram as vítimas a cerca de destino, Deus, força da natureza, acaso ou o que seja... memorável.
Que bom que eu não abandonei o filme, ushhh. Os primeiros dez minutos me desanimaram, mas depois a história engatou com os flashblacks e foi realmente envolvente. As atuações desse filme são incríveis, a direção tem uma leveza que eu achei no ponto, para não se tornar um dramão denso (por causa do tema). A questão foi tratada de uma maneira gostosa de se assistir, recomendo. Tem belíssimas frases e momentos chave.
As cenas de dança desse filme são simplesmente lindas, emocionantes de verdade, o jeito que a câmera passeia e as sombras usadas, belo. Quanto ao desenvolvimento do roteiro, eu senti que certas partes ficaram arrastadas, porém a premissa é muito boa, o contexto histórico fala alto e garante um bom filme.
Um filme simples mas muito bem estruturado, eu me pegava - sem reparar - de tempos em tempos, com um sorriso de orelha à orelha. Muito profundo e singelo. Tudo nesse filme é de uma sensibilidade enorme, as poesias, as metáforas, os personagens, até o jeito da senhorinha de vestir. Pois bem, teve uma coisa que fiquei pensando... nunca consigo ligar pontos meio abstratos (posso estar viajando),
mas tive a impressão de quando Mija estava olhando a ponte - se pensar, foi a partir deste momento que ela começou a tentar sentir verdadeiramente a essência das coisas, buscar a poesia dentro dela - e o vento levou seu chapéu e cai no rio, não pude deixar de pensar no lance da cor. Momentos antes ela havia comentado que a cor branca significada "virgindade". Fiquei pensando que o chapéu branco ter sido levado embora poderia significar o novo jeito de Mija... que ela passou de observadora para praticante das palavras. Sei lá, só pensei mesmo, vai saber. Alguém pensou nisso? k Bom, falam que cada espectador meio que faz o filme, interpretei assim.
Tive a sorte de, após ver o filme, estar presente num debate, foi indispensável para entender algumas pontas que haviam ficado soltas. Este filme é incrível pelos seus diálogos, é composto pela presença forte e evocativa de frases muito bem estruturadas dentro da narração, um filme para ser visto mais de uma vez para um bom entendimento. Ele usa a situação como se passasse na Rússia, porém o que se falava mesmo era da Polônia, questão da censura, se percebe. A questão mais redundante é o fato dos embates políticos (se pesquisar sobre o assunto, situa-se a efervescência de revoltas), as opiniões divergentes sobre que posição tomar à frente, quem assumir o papel de líder (herói), e até o fator religioso, jogando na parede com diálogos pensadíssimos. A dificuldade do filme é acompanhar o ritmo, o espectador fica meio perdido com tantas personagens e divagações, e não sabe exatamente que postura "assumir", mas a coisa é realmente assim, contradição é um tema que sempre será ótimo e delicioso de ser tratado.
Impressionante, saí da sala de exibição com a sensação de ser golpeada, e olhando ao redor, senti que as pessoas pareciam estar da mesma forma. Filme real, busca em sua ótima condução, o duro contexto que aquelas personagens se encontravam. É um filme incômodo, mas não no mal sentido, pelo menos para mim foi uma experiencia fantástica de reflexão, metáforas bem utilizadas. Durante o filme inteiro a mulher se compara com bichos... no sertão a lei é de sobrevivência. Intenso, as atuações - inclusive das crianças - me impressionaram, eu realmente me toquei com esse filme.
Maravilhoso surrealismo de Jeunet, me diverti pra caramba, as duas gêmeas malvadas são hilárias. Esse diretor tem umas sacadas maneiríssimas, o lance da lágrima, a fumaça do cigarro, sei lá, tudo é tão inesperado, ele sempre arruma um jeito de, com pequenos detalhes, surpreender. Mó viagem esse filme, com certeza não é algo infantil - o que poderia acontecer por causa da estética absurda e o tema, mas não acontece - e palmas merecidas às atuações, aquela esquisitice toda me lembrou até Burton, fantastique.
Eu não consegui gostar, ér. Honestamente, do que adianta ter uma premissa interessantíssima se não se cria uma conexão para apresentá-la? Eu sou amantes dos alternativos, pois normalmente seguem sua própria linha, sem fórmulas, mas este, pra mim foi até agressivo. Agressivo ao audiovisual, desconfortável não por me cutucar, mas pela estética confusa e arrastada. Ok, arte é subjetiva, mas se você quer se sua arte seja sentida e pensada é preciso criar pelo menos um meio para mostrar ao espectador a visão. Consegui extrair muito pouco, sério, gostei de poucas partes.
Agora Godard me ganhou, valeu à pena insistir, terceiro filme que assisto dele e não havia gostado dos últimos dois, mas este, há, acertou em cheio! Crítica atingindo no ponto certo, passada de uma maneira que eu achei genial. Ficou equilibrado, não poupou sua densidade mas não tirou a noção temporal e deixou abstratíssimo como fez em "Filme Socialismo". Os embates de opinião, dando destaque para a cena do trem por exemplo, com diálogos fervendo, foi o que me cativou. Afinal, revolução pra quem?
É impressionante, cada take desse filme tem um ângulo e uma simplicidade admirável, me senti vendo uma quadro ou uma fotografia em movimento. Bato palmas ao diretor por enquadrar de forma tão bela e ao diretor de arte por colocar as nuances em cinza, preto e branco contrastado. Mas preciso admitir, a sinopse havia me chamado, pois é interessantíssima, mas pesou muuuuito na duração, acho que se daria melhor sendo um média metragem de 50 minutos, porque olha... depois desse tempo a fotografia já não compensava toda a densidade pesada e lenta do filme.
Foi uma bela surpresa esse filme, recheado de críticas bem estruturadas, e um retrato da época onde o ideal de liberdade era buscado e fomentado. Trilha sonora maravilhosa, eu achei esse filme muito bom, fiquei realmente surpresa pela qualidade, sendo de 82 e produzido aqui.
Os filmes do Dolan tem uma fotografia encantadora, sério, é incrível! E seus roteiros são sempre inovadores, eu curto muito. Minha unica critica negativa ao filme é sua duração, de quase três horas, isso realmente me cansou. Eu sou apaixonada pelo modo como ele filma, sempre pegando detalhes, usando de ângulos diferentes, passando uma mensagem a cada cena. As atuações são incríveis, dando destaque para Suzanne Clément. Não é um filme extremamente sensível quanto podeira ser, achei os outros do Dolan mais profundos, e esperei deste também - por causa do tema - ainda assim tem seus momentos emocionantes, é belo, é belo.
Vish, acho que vi um filme diferente de vocês, k. Do meu ponto de vista o roteiro não é fraco, aliás, para entendê-lo leva um certo tempo, assisti com uma amiga e passamos um longo tempo depois do término do filme discutindo, pois aquele final precisava fazer um sentido. O fato do cara pedir para desligar todos os sons e no final tomar uma atitude inversa, gritando. Isso me deixou louca pensando. Penso ter haver com o fato de explanar os sentimentos, a amargura ou a válvula de escape. Outro lance interessante é o fato do simbolismo da mulher estar no palco, quase nua. Mostra-se também a visão por trás das cortinas, mesmo que de forma rala, mas trata. Achei a fotografia linda e as atuações também. É um bom filme.
Não fiquei entediada sequer um segundo, a tensão psicológica das personagens me invadiu completamente. Forte, forte por mostrar sem fantasias a realidade suja, a perversão. Trilha sonora bem agoniante, combinava muito bem com a forma que as cenas foram montadas.
Desconstrói qualquer padrão, faz olhar por outros ângulos sobre conceitos impregnados, grita diretamente com a sociedade do espetáculo. Recomendadíssimo!
A invenção da psicanálise
4.1 9O legal desse documentário é que, além de poder conhecer um pouco mais sobre as intenções de Freud, o surgimento de suas análises e sua história em si, há espaço para muitos insights. Ou não, confusão mental aumenta mais ainda, rs. Enfim, este documentário é bastante interessante e me trouxe a vontade de pesquisar a fundo as teorias de Freud, o fato dele próprio se avaliar é curioso. Estar em contato com tantos devaneios, tanta reflexão, fiquei imaginando a que ponto eu chegaria me permitindo a entrar em contato com a coisa com tal profundidade... como ele diz, dissecar a alma, mas existe algo chamado medo. Freud fala sobre o que eu mais vejo nessa vida sobre a natureza humana, a contradição.
As Aventuras de Tintim
3.7 1,8K Assista AgoraÉ incrível ver o nível que a animação está atingindo, por segundos se esquece que era um desenho, pelo menos eu tive essa impressão. Principalmente do personagem do Sakharine e seus capangas, fiquei impressionada, era muito real! Quanto a história, achei gostosa de assistir, é um filme delicinha.
Madagascar 3: Os Procurados
3.5 1,4K Assista AgoraA animação é sempre maravilhosa e os roteiros completamente birutinhas, é uma delícia de assistir. Uma coisa curiosa... eu comecei assistindo legendado, mas não aguentei e mudei para dublado, é incrível como a gente se familiariza com as vozes dos personagens, rola muito mais cumplicidade. Bem, é impossível não comparar com os outros anteriores, os dois primeiros são normalmente os melhores, e para mim essa franquia seguiu esta tendência. Mas é um bom filme, apesar do exagero americano de explodir coisas, que não havia tanto nos outros filmes, era mais comédia. Enfim, eu também não curti a música da Katy como trilha sonora, ficou... brega. Me julguem, k. Anyway, são personagens fantásticos e eu sempre me lembrarei da marquinha de cada um.
As Quatro Voltas
3.9 35Este filme é um recorte do cotidiano, parece-me com a proposta do cinema-verdade, as coisas por elas mesmas. O longo período de existência da Terra e a nossa passagem tão leviana por aqui, virando pó... virando pó. E por mais que tentemos escapar, estaremos sempre no rebanho, na procissão, embarcando pro mesmo fim. Uma pena que seja tão longo, se daria bem como um curta.
Hans Staden
3.4 37É um filme interessante para reforçar o contexto histórico em que ocorriam os embates entre as tribos e os Portugueses. Para mim, foi novo saber que os índios eram canibais, eu achava que rolavam torturas das brabas, mas não que comiam seus prisioneiros. Uma das coisas que mais me chamou atenção neste filme foi o fator religioso. Constantemente é ressaltado nos diálogos a interação que essa cultura indígena tinha com a crença, marcado pelo medo. Quando Hans começa a falar que as doenças e desgraças da tribo ocorreram por causa do deus (branco), a postura da tribo muda e passa a acolher o homem. Vale à pena conferir, uma aula de história disfarçada rs. As cenas de rituais ficaram muito reais, achei bacana.
Cosmópolis
2.7 1,0K Assista AgoraCaraca, como tem comentário negativo sobre esse filme. Como assim? Esse filme é genial! É complicado de entender porque é um tema que é tratado de forma abstrata, mas é fantástico. Estou surpresa com os comentários falando que o filme é superficial, que não há como entender onde não há para se entender, que o final é ruim. Putz, eu vi completamente o inverso de tudo isso! Tudo bem que opinião é opinião, justificar a lentidão é compreensível, mas dizer que é um filme raso...o que me parece é que tem muita gente preguiçosa por aí, não tenta buscar a proposta do filme.
Estrada Perdida
4.1 469 Assista AgoraEu me amarro nos climas que o Lynch cria, que mestre, ele faz isso muito bem! Casa a música e os efeitos sonoros perfeitamente com as imagens, isso cria para o expectador, aquela coisa que te faz entrar no filme e não querer sair. O personagem deixa de ser distante e passa a se aprofundar no espectador. All right, muito bom, com esforço de interpretação (haha, muito esforço) se percebe que ligando os detalhes, não é tão abstrato assim, outros filmes do Lynch me deixaram sem respostas, com a cabeça fervendo. Este, prestando atenção no significado de cada personagem, com relação aos seus jeitos, seus esteriótipos, deu para sacar o "motivo da piração". Com certeza muita coisa ficou no ar, não devo ter captado nem metade, mas... Lynch é sempre Lynch, você acha que é uma coisa, e pode ser outra rs.
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraVish, pelo que vejo, fui a unica que se decepcionou com esse filme. Para mim foi uma pena, não encontrei o ar tarantinesco, que é sempre muito evidente, quase impossível de não se identificar. Senti que esse foi como qualquer um, cenas manjadas, quase esperadas. A história é fantástica, não tem como negar, é um enredo muito criativo, mas para mim, não segurou a execução, que não saiu como eu esperava... sei lá. Ficou normal. Tarantino não é normal, rs.
Holy Motors
3.9 651No começo eu confesso que estava uma confusão monumental na minha cabeça, mas certa hora me veio uma luz (ou não, vai saber). Mas acabei por formular algo. Este filme me lembrou a premissa de "Sr. Ninguém", mas com um desenvolvimento que passa mais nas entrelinhas. Continuamente é citada a "ação" em relação ao "personagem que a exerce", por exemplo, você fez algo e este algo te fez ser quem você é (e na hora que a moça canta, este pensamento fez mais sentido ainda na minha cabeça). Agindo de formas diferentes, somos outros personagens, outras pessoas, com outro destino e outra história. Cada ação nasce da essência subjetiva de cada um, portanto ações diferentes... pessoas diferentes. Tomando uma ação "x" e não a "y" você é um certo alguém. E estas atitudes ditam seu destino. Enfim, confuso isso que eu tentei falar. Achei a direção genial, atuações de alto nível e principalmente adorei o fato de ser birutinha, é um filme que eu assistiria novamente e recomendo, dá aquela sensação ótima de ficar tentando caçar significados, mesmo que seja difícil, cada um faz o filme baseando no básico que está explícito ali.
A Sociedade da Neve
4.2 31 Assista AgoraMeses vivendo como seres à deriva do desconhecido, angustiante! As narrações são muito profundas, incrível ouvir da boca de cada um deles a descrição dos momentos mais aflitos de suas vidas. Foi uma experiência emocionante assistir, tanto pela história incrível de vida, quanto pelos questionamentos que intrigaram as vítimas a cerca de destino, Deus, força da natureza, acaso ou o que seja... memorável.
Meu Pé Esquerdo
4.2 420Que bom que eu não abandonei o filme, ushhh. Os primeiros dez minutos me desanimaram, mas depois a história engatou com os flashblacks e foi realmente envolvente. As atuações desse filme são incríveis, a direção tem uma leveza que eu achei no ponto, para não se tornar um dramão denso (por causa do tema). A questão foi tratada de uma maneira gostosa de se assistir, recomendo. Tem belíssimas frases e momentos chave.
O Sol da Meia-Noite
3.8 73 Assista AgoraAs cenas de dança desse filme são simplesmente lindas, emocionantes de verdade, o jeito que a câmera passeia e as sombras usadas, belo. Quanto ao desenvolvimento do roteiro, eu senti que certas partes ficaram arrastadas, porém a premissa é muito boa, o contexto histórico fala alto e garante um bom filme.
Poesia
4.1 189Um filme simples mas muito bem estruturado, eu me pegava - sem reparar - de tempos em tempos, com um sorriso de orelha à orelha. Muito profundo e singelo. Tudo nesse filme é de uma sensibilidade enorme, as poesias, as metáforas, os personagens, até o jeito da senhorinha de vestir. Pois bem, teve uma coisa que fiquei pensando... nunca consigo ligar pontos meio abstratos (posso estar viajando),
mas tive a impressão de quando Mija estava olhando a ponte - se pensar, foi a partir deste momento que ela começou a tentar sentir verdadeiramente a essência das coisas, buscar a poesia dentro dela - e o vento levou seu chapéu e cai no rio, não pude deixar de pensar no lance da cor. Momentos antes ela havia comentado que a cor branca significada "virgindade". Fiquei pensando que o chapéu branco ter sido levado embora poderia significar o novo jeito de Mija... que ela passou de observadora para praticante das palavras. Sei lá, só pensei mesmo, vai saber. Alguém pensou nisso? k Bom, falam que cada espectador meio que faz o filme, interpretei assim.
Os Possessos
3.8 7Tive a sorte de, após ver o filme, estar presente num debate, foi indispensável para entender algumas pontas que haviam ficado soltas. Este filme é incrível pelos seus diálogos, é composto pela presença forte e evocativa de frases muito bem estruturadas dentro da narração, um filme para ser visto mais de uma vez para um bom entendimento. Ele usa a situação como se passasse na Rússia, porém o que se falava mesmo era da Polônia, questão da censura, se percebe. A questão mais redundante é o fato dos embates políticos (se pesquisar sobre o assunto, situa-se a efervescência de revoltas), as opiniões divergentes sobre que posição tomar à frente, quem assumir o papel de líder (herói), e até o fator religioso, jogando na parede com diálogos pensadíssimos. A dificuldade do filme é acompanhar o ritmo, o espectador fica meio perdido com tantas personagens e divagações, e não sabe exatamente que postura "assumir", mas a coisa é realmente assim, contradição é um tema que sempre será ótimo e delicioso de ser tratado.
Vidas Secas
3.9 278Impressionante, saí da sala de exibição com a sensação de ser golpeada, e olhando ao redor, senti que as pessoas pareciam estar da mesma forma. Filme real, busca em sua ótima condução, o duro contexto que aquelas personagens se encontravam. É um filme incômodo, mas não no mal sentido, pelo menos para mim foi uma experiencia fantástica de reflexão, metáforas bem utilizadas. Durante o filme inteiro a mulher se compara com bichos... no sertão a lei é de sobrevivência. Intenso, as atuações - inclusive das crianças - me impressionaram, eu realmente me toquei com esse filme.
Ladrão de Sonhos
3.8 120Maravilhoso surrealismo de Jeunet, me diverti pra caramba, as duas gêmeas malvadas são hilárias. Esse diretor tem umas sacadas maneiríssimas, o lance da lágrima, a fumaça do cigarro, sei lá, tudo é tão inesperado, ele sempre arruma um jeito de, com pequenos detalhes, surpreender. Mó viagem esse filme, com certeza não é algo infantil - o que poderia acontecer por causa da estética absurda e o tema, mas não acontece - e palmas merecidas às atuações, aquela esquisitice toda me lembrou até Burton, fantastique.
A Idade da Terra
3.6 52 Assista AgoraEu não consegui gostar, ér. Honestamente, do que adianta ter uma premissa interessantíssima se não se cria uma conexão para apresentá-la? Eu sou amantes dos alternativos, pois normalmente seguem sua própria linha, sem fórmulas, mas este, pra mim foi até agressivo. Agressivo ao audiovisual, desconfortável não por me cutucar, mas pela estética confusa e arrastada. Ok, arte é subjetiva, mas se você quer se sua arte seja sentida e pensada é preciso criar pelo menos um meio para mostrar ao espectador a visão. Consegui extrair muito pouco, sério, gostei de poucas partes.
A Chinesa
3.9 135Agora Godard me ganhou, valeu à pena insistir, terceiro filme que assisto dele e não havia gostado dos últimos dois, mas este, há, acertou em cheio! Crítica atingindo no ponto certo, passada de uma maneira que eu achei genial. Ficou equilibrado, não poupou sua densidade mas não tirou a noção temporal e deixou abstratíssimo como fez em "Filme Socialismo". Os embates de opinião, dando destaque para a cena do trem por exemplo, com diálogos fervendo, foi o que me cativou. Afinal, revolução pra quem?
Sudoeste
3.8 49É impressionante, cada take desse filme tem um ângulo e uma simplicidade admirável, me senti vendo uma quadro ou uma fotografia em movimento. Bato palmas ao diretor por enquadrar de forma tão bela e ao diretor de arte por colocar as nuances em cinza, preto e branco contrastado. Mas preciso admitir, a sinopse havia me chamado, pois é interessantíssima, mas pesou muuuuito na duração, acho que se daria melhor sendo um média metragem de 50 minutos, porque olha... depois desse tempo a fotografia já não compensava toda a densidade pesada e lenta do filme.
O Sonho Não Acabou
3.2 12 Assista AgoraFoi uma bela surpresa esse filme, recheado de críticas bem estruturadas, e um retrato da época onde o ideal de liberdade era buscado e fomentado. Trilha sonora maravilhosa, eu achei esse filme muito bom, fiquei realmente surpresa pela qualidade, sendo de 82 e produzido aqui.
Laurence Anyways
4.1 553 Assista AgoraOs filmes do Dolan tem uma fotografia encantadora, sério, é incrível! E seus roteiros são sempre inovadores, eu curto muito. Minha unica critica negativa ao filme é sua duração, de quase três horas, isso realmente me cansou. Eu sou apaixonada pelo modo como ele filma, sempre pegando detalhes, usando de ângulos diferentes, passando uma mensagem a cada cena. As atuações são incríveis, dando destaque para Suzanne Clément. Não é um filme extremamente sensível quanto podeira ser, achei os outros do Dolan mais profundos, e esperei deste também - por causa do tema - ainda assim tem seus momentos emocionantes, é belo, é belo.
Turnê
3.5 41Vish, acho que vi um filme diferente de vocês, k. Do meu ponto de vista o roteiro não é fraco, aliás, para entendê-lo leva um certo tempo, assisti com uma amiga e passamos um longo tempo depois do término do filme discutindo, pois aquele final precisava fazer um sentido. O fato do cara pedir para desligar todos os sons e no final tomar uma atitude inversa, gritando. Isso me deixou louca pensando. Penso ter haver com o fato de explanar os sentimentos, a amargura ou a válvula de escape. Outro lance interessante é o fato do simbolismo da mulher estar no palco, quase nua. Mostra-se também a visão por trás das cortinas, mesmo que de forma rala, mas trata. Achei a fotografia linda e as atuações também. É um bom filme.
Os Crimes de Snowtown
3.4 113 Assista AgoraNão fiquei entediada sequer um segundo, a tensão psicológica das personagens me invadiu completamente. Forte, forte por mostrar sem fantasias a realidade suja, a perversão. Trilha sonora bem agoniante, combinava muito bem com a forma que as cenas foram montadas.
Da Servidão Moderna
4.2 114 Assista AgoraDesconstrói qualquer padrão, faz olhar por outros ângulos sobre conceitos impregnados, grita diretamente com a sociedade do espetáculo. Recomendadíssimo!